nhor Ministro, indo diretamente ao assunto, indagar, como em comple-
mentação àquilo que V. Ex.
a
com bravura, com coragem mesmo — aquela
coragem definida por Napoleão, não sendo o ato heróico muitas vezes
fruto até por contradição do próprio medo, como aquela bravura que a
sentinela tem, indormida, pelas madrugadas afora — como V. Ex.
a
a enfren-
tou como problema, inclusive, de impopularidade, qual seja o do pagamen-
to, necessário do ensino superior, para que se possa preencher o vazio
que V. Ex.
a
herdou de épocas pretéritas. V. Ex.
a
enfrentou-o com aquela
coragem que o saudoso Presidente Kennedy apontou, por exemplo, em
prova de cratch, dizendo, inclusive, que a popularidade a gente arma-
zena para gastar quando é necessário.
Em complementação a isso, senhor Ministro, eu indagaria de
V. Ex.
a
a respeito de algo que chamamos de Banco Nacional de Educa-
ção. Uma idéia que pode sedimentar; não pretendendo ser dono da
verdade, nem pretendendo ter inventado, mas eu a observei funcionando
e funcionando bem em vários países, em viagem que fiz à minha custa
à Europa e, inclusive, aos Estados Unidos. Lá pude ver, por exemplo,
que o National Defense Education Act e o Higher Education Act bene-
ficiaram logo, com o seu advento, cerca de um milhão de jovens pobres.
Seria renomada demagogia, Senhor Ministro, se apresentássemos aqui, co-
mo projeto de lei, um tal esboço, porque, evidentemente, existe o óbice
constitucional do aumento de despesa. Então eu não o fiz, mas encami-
nhei-o, inclusive, a V. Ex.
a
, a título de contribuição modesta, mas sincera.
E gostaria de que V. Ex.
a
, que atingiu dois excelentes resultados, dissesse
qual a vereda, qual a perspectiva que lançaria para o futuro, exatamente
nesse sistema de financiamento de bolsas em larga margem, que, em sín-
tese, poderíamos dizer, poderiam haurir também um adicional sobre im-
posto de bebidas, um adicional sobre fumo, ao lado da já dividida
Loteria Esportiva e ao lado de outras fontes que poderíamos ter, no
sentido de dar a partida do capital inicial deste Banco. Este não seria.
necessariamente, um novo Banco, porque poderia aproveitar a rede das
Caixas Econômicas ou do próprio Banco do Brasil, de modo a financiar
o maior número possível de bolsas, levando-se em conta o aspecto
qualitativo, porque daríamos um maior número de bolsas exatamente
àquelas profissões que são mais carentes no nosso meio. Se olharmos
em redor, veremos, Senhor Ministro — V. Ex.
a
sabe melhor do que qualquer
um — como existe um número irrisório de geólogos neste País, como existe
cerca de mais de mil municípios, mil e quinhentos municípios aproxi-
madamente, sem um único médico neste País e como há carência de
técnicos de nível médio! Em complementação aos gigantescos, aos excep-
cionais esforços que V. Ex.
a
materializou em grandes resultados, eu per-
guntaria da possibilidade de acrescentarmos mais este expediente, das
possibilidades para o futuro, augurando que V. Ex.
a
continuasse inclusive
na pasta, porque acho que ninguém, ninguém mesmo, faria melhor que
V. Ex.
a
. Muito obrigado.
O SR. MINISTRO JARBAS PASSARINHO - Muito obrigado.