Download PDF
ads:
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Presidente da República Federativa do Brasil
Ernesto Geisel
Ministro da Educação e Cultura
Ney Braga
ads:
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS
DE ENSINO-APRENDIZAGEM
-uma abordagem sistêmica-
Secretário-Geral
Euro Brandão
Diretora-Geral do DEF
Anna Bernardes da Silveira Rocha
Assessora-Chefe da CODEN
Hetty Loretti Rossi
Brasil. Departamento de Ensino Fundamental
Construção de materiais de ensino-aprendizagem; uma abordagem sistêmica.
Brasília, Ministério da Educação e Cultura, Departamento de Documentação e
Divulgação, 1978.
99 p.
Elaboração de Cósete Ramos.
1. Ensino de 1º grau-Aprendizagem. I. Ramos, Cósete. II Título
CDD-372.07
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS
DE ENSINO-APRENDIZAGEM
-uma abordagem sistêmica-
ELABORAÇÃO
Cosete Ramos
Doutora em Educação (Engenharia da Instrução/Tecnologia Educacional)
Capa e ilustrações: Ralph Tadeu Gehre
APRESENTAÇÃO
Esta é a terceira publicação com que o DEF aborda Materiais de Ensino.
Agora, baseando a elaboração de materiais na "engenharia da instrução", desenvolve e orienta
o processo por via sistêmica.
O objetivo é sensibilizar os responsáveis, nas Secretarias de Educação, para técnicas atualiza-
das de produção de materiais, de modo a torná-los capazes de promover melhores recursos de aprendizagem
dos alunos e maiores facilidades de trabalho docente.
Que este fascículo cumpra seu propósito.
Anna Bernardes da Silveira Rocha
Diretora-Geral do DEF
SUMÁRIO
ENSINO-APRENDIZAGEM
MATERIAIS DE ENSINO-APRENDIZAGEM
CONSTRUÇÃO DO ENSINO (INSTRUÇÃO)
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO-APRENDIZAGEM — modelo
de abordagem sistêmica —
Etapas do modelo:
1. Definindo o Gol Instrucional
2. Derivando Gols Facilitadores
3. Formulando Objetivos Instrucionais
4. Construindo Testes Relativos ao Critério
5. Selecionando e Desenvolvendo Estratégias Instrucionais
6. Acionando as Estratégias Instrucionais
7. Analisando e Interpretando os Resultados Instrucionais
O modelo e os momentos instrucionais
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ENSINO-APRENDIZAGEM
APRENDIZAGEM
processo interno que capacita o indivíduo a realizar determinados desempenhos.
processo de mudança do comportamento.
A aprendizagem é ativada por uma variedade de estímulos do meio ambiente do indivíduo que aprende.
A diferença entre o desempenho de um indivíduo antes e depois de ser envolvido numa situação de
aprendizagem
permite inferir a ocorrência da aprendizagem.
ENSINO -APRENDIZAGEM
Como produto, considera-se por aprendizagem as mudanças no comportamento do
aluno, comumente resultantes de uma instrução deliberadamente construída.
EXTERNO
INTERNO
EXTERNO
Externamente é organizada uma série de estímulos (INSTRUÇÃO) visando facilitar o processo interno de
APRENDIZAGEM do aluno e, como conseqüência, torná-lo capaz de certos COMPORTAMENTOS ou
desempenhos.
O que se deve pretender é:
organizar o meio ambiente do aluno com estímulos os rnais variados, de
forma a
levar o aluno a realizar aquelas mudanças internas
mudanças essas que se refletirão no comportamento externo do
aluno.
ENSINO OU INSTRUÇÃO
esforço organizado para dirigir e controlar situações que venham a produzir
mudanças planejadas em um indivíduo;
processo através do qual o meio ambiente é deliberadamente organizado, a fim de
capacitar o indivíduo a aprender.
Neste sentido, a instrução envolve assegurar ao aluno um meio ambiente organizado no qual se espera
que reaja
supondo-se que suas reações resultarão nas pretendidas modificações do com-
portamento, modificações essas que constituem aprendizagem.
INSTRUÇÃO
INSTRUÇÃO
Elementos constituintes essenciais da Instrução
(1) propósitos instrucionais
(2) estratégias instrucionais
(3) resultados instrucionais
INSTRUÇÃO
INSTRUÇÃO
TERMINAL
apresenta o propósito final da instrução
de forma sucinta
FACILITADORES
apresentam os propósitos que vão "facilitar" e permitir que o gol
terminal seja atingido
de forma sucinta
Exemplificando:
calcular a área do triângulo
multiplicar n
os
racionais
classificar triângulos
identificar o triangulo
reconhecer base e altura de triângulos
discriminar, formas...
INSTRUÇÃO
TERMINAL
apresenta o propósito final da instrução
de forma detalhada
FACILITADORES
apresentam os propósitos que vão "facilitar" e possibilitar que o
objetivo terminal seja atingido
de forma detalhada
Os objetivos instrucionais especificam detalhadamente os propósitos da instrução
de forma a permitir que eles sejam genericamente comunicados e compreendidos.
Exemplificando:
Num item de teste de preenchimento, apresentados três
triângulos com as respectivas dimensões de base e altura, o
aluno será capaz de calcular (escrevendo a solução) a área de'
cada triângulo, sem erro.
Apresentada uma série de 10 triângulos de diferentes tipos, o
aluno será capaz de classificar (nomeando) cada um deles, com
80% de exatidão.
INSTRUÇÃO
termo ampio-genérico
modos usados para implementar a instrução e permitir que os propósitos sejam
atingidos;
como fazer para que o aluno aprenda
—que procedimentos utilizar?
—que meios empregar?
—que eventos efetivar?
INSTRUÇÃO
INSTRUÇÃO
CONSTITUINTE
RESULTADOS
INSTRUCIONAIS
Instrução
termo ampio-genérico
conseqüências do processo instrucional
o que realmente o aluno aprendeu
O que se
O que realmente
o aluno aprendeu?
pretendia que
o aluno aprendesse?
INSTRUÇÃO
Os resultados instrucionais são coletados através de instrumentos os mais diver-
sos
testes escritos
testes orais
exercícios
questionários de auto-avaliação
ficha de observação do professor
outros ...
A partir da análise e interpretação dos resultados instrucionais é possível
determinar:
o que o aluno aprendeu
quão eficiente e eficaz foi a instrução
até que ponto os propósitos forarn atingidos
quais os ajustes que se fazem necessários
MATERIAIS DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
MATERIAL DE ENSINO-APRENDIZAGEM
expressão genérica que inclui diferentes instrumentos, materiais ou recursos que
podem ser usados para instruir;
meios físicos que apresentam um conjunto de informações que vão servir de
suporte ao processo ensino-aprendizagem
Conceituamos meio instrucional como:
aquilo ou quem externamente suporta o ato de aprender e ensinar aquilo ou em
quem o ato de aprender e ensinar se assenta
aquilo ou quem serve de base
para o ato de ensinar e aprender
MATERIAL DE ENSINO
O material de ensino-aprendizagem será efetivo na medida em que for selecionado e/ou construido a partir
de objetivos de ensino pré-definidos.
MATERIAL
OBJETIVO
DE
DE
ENSINO
ENSINO
OBJETIVO DE ENSINO
Num teste escrito, apresentadas gravuras de dez
animais - cinco dos quais mamíferos —, o aluno será
capaz de classificar (marcando) os animais
mamíferos, com 100% de exatidão.
MATERIAIS DE ENSINO
alguns animais vivos
gravuras e cartazes
texto mimeografado
MATERIAL DE ENSINO
Diferentes meios instrucionais podem ser os responsáveis pela instrução.
O PROFESSOR
como MEIO
O aluno aprende a partir do que o PROFESSOR ensina.
MATERIAL DE ENSINO
O aluno aprende a partir do que determinado MATERIAL INSTRUCIONAL
ensina.
28
MATERIAL DE ENSINO
O PROFESSOR
e o MATERIAL
como MEIOS
O aluno aprende a partir do que o PROFESSOR e o MATERIAL ensinam.
CONSTRUÇÃO DO ENSINO (INSTRUÇÃO)
CONSTRUÇÃO DA INSTRUÇÃO
Diferentes abordagens podem ser usadas para construir a instrução.
Uma abordagem sistêmica para a engenharia da instrução é o que propomos neste documento.
processo total de definir gols instrucionais e construir um sistema
para atingir tais gols
dito de outra forma, engenharia da-instrução é a:
construção sistêmica da instrução
sistematização da instrução
Nesta abordagem, a instrução é vista como um SISTEMA
sistema esse formado de diversos componentes que constituem um todo or-
ganizado para o alcance de um propósito específico.
CONSTRUÇÃO DA INSTRUÇÃO
0 processo instrucional se constitui num todo complexo, composto de inúmeros elementos e funções
inter-relacionados que precisam operar de forma coerente a fim de atingir resultados, com sucesso.
Para alcançar o produto-chave da educação
desenvolver uma instrução efetiva.
— a aprendizagem do aluno — torna-se indispensável
Construir uma instrução que venha facilitar a aprendizagem do
aluno é o que visa toda "abordagem sistêmica" da instrução.
É uma técnica, um conceito operacional, para planejar, imple-
mentar e avaliar o processo instrucional, tendo sua ênfase colo-
cada na aprendizagem dos alunos.
Esta abordagem busca assegurar relações ordenadas e interação de recursos humanos, técnicos e
ambientais a fim de atingir os gols estabelecidos para a instrução.
Nesta abordagem os propósitos são definidos com antecedência e revisões efetuadas até que estes
propósitos sejam alcançados.
CONSTRUÇÃO DA INSTRUÇÃO
Existem inúmeros "modelos"de abordagem sistêmica, nos quais o processo instrucional é decomposto
num certo número de elementos que formam um fluxo sistemático.
Estes modelos diferem nos componentes incluídos e na seqüência em que estes são apresentados.
Todos esses modelos, porém, visam maximizar a eficiência e eficácia do processo ensino-aprendizagem.
CONSTRUÇÃO DA INSTRUÇÃO
Os modelos de abordagem sistêmica para a instrução são uma conseqüência de 20 anos de pesquisas
sobre o processo da aprendizagem.
Cada componente dos modelos é baseado em conhecimentos teóricos, resul-
tados de pesquisa, testes empíricos, os quais demonstram a efetividade daquele
componente.
Estes modelos de abordagem sistêmica se constituem na maneira rnais aproximada de um tratamento
científico para a instrução.
Os modelos colocam junto — num todo coerente — muitos dos conceitos já estudados em variadas
situações educacionais:
ex.: objetivos instrucionais ex.:
testes relativos ao critério ...
Os modelos mostram como estes e outros conceitos se inter-relacionam para
construir uma instrução efetiva.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE
ENSINO-APRENDIZAGEM -modelo
de abordagem sistêmica-
MODELO DE ABORDAGEM SISTÊMICA
O modelo de abordagem sistêmica que estamos propondo neste documento se caracteriza por:
MODELO DE ABORDAGEM SISTEMICA
O modelo a seguir organiza elementos já examinados anteriormente, de forma a dar ao processo ins-
trucional um enfoque sistêmico.
O fluxograma que se segue apresenta o modelo
engenharia da instrução.
CONSTRUAS — uma abordagem sistêmica para a
MODELO DE ABORDAGEM SISTEMICA
CONSTRUAS Modelo de
Abordagem Sistêmica da Instrução
(proposto por Cosete Ramos)
MODELO DE ABORDAGEM SISTEMICA
O modelo de abordagem sistêmica para a engenharia da instrução — CONSTRUAS — propõe sere
etapas a serem desenvolvidas em seqüência, uma após a outra:
Definir o Gol Instrucional
Derivar Góis Facilitadores
Formular Objetivos Instrucionais
Construir Testes Relativos ao Critério
Selecionar e Desenvolver as Estratégias Instrucionais
Acionar as Estratégias Instrucionais
Analisar e Interpretar os Resultados Instrucionais
D
A seguir, serão examinados estes componentes/etapas.
Em cada etapa discriminar-se-á:
a tarefa a realizar o
produto a resultar
A
ETAPAS DO MODELO
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
1
ETAPA
Conceitos relacionados:
GOL INSTRUCIONAL
definição sumária (poucas palavras) de um comportamento/conduta/desempe
nho
que se espera do aluno ao final de determinada instrução. Redigido em termos do
resultado de aprendizagem esperado do aluno em conseqüência da instrução.
GOL INSTRUCIONAL TERMINAL
propósito final específico de determinada seqüência de instrução. Terminal, no
sentido de que o seu desempenho é precedido da aprendizagem de todos os gols
facilitadores (pré-requisitos).
A tarefa a ser realizada nesta etapa:
definir o que se pretende atingir com a instrução
TAREFA
definir o que se deseja em termos da aprendizagem dos alunos.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
As respostas às seguintes perguntas encaminharão diretamente à definição do gol instrucional terminal:
Que tipo de competência se pretende que o aluno desenvolva através do
material de ensino?
Que tipo de desempenho se deseja que o estudante seja capaz de demonstrar
ao final do estudo do material instrucional a ser construído?
0 gol terminal precisa ser redigido em termos do desempenho (ação ou atuação) do aluno.
o que ele deverá ser capaz de fazer ao término do estudo de determinado
material de ensino.
0 gol instrucional deve indicar clara e especificamente um COMPORTAMENTO - DESEMPENHO —
CONDUTA, passível de ser observado ou mensurado.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
Alguns exemplos de "possíveis" gols instrucionais em diferentes áreas:
discriminar as letras "p" e "b"
classificar palavras quanto ao nº de sílabas
executar movimentos de ginástica de solo
identificar figuras geométricas efetuar
a adição de números inteiros
conceituar fração
relacionar as características dos mamíferos
descrever as etapas do método
científico originar um plano antipoluição
enunciar os estados brasileiros
gerar soluções para problemas de migrações populacionais
construir uma tabela demográfica
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
Ao definir o gol instrucional é normalmente desejável determinar a classe de desempenho especificada
pelo gol.
Para tanto, pode-se usar, entre outras, uma das seguintes taxionomias:
Três domínios de Objetivos Educacionais
Domínio Cognitivo Domínio Psicomotor Domínio
Afetivo
Cinco tipos de Capacidades Aprendidas
Habilidades Intelectuais
Estratégias Cognitivas
Informações Verbais
Habilidades Motoras
Atitudes
O produto que deve resultar desta etapa:
o enunciado sucinto e sem detalhe de um desempenho que se
espera do aluno
o enunciado claro e específico de um gol instrucional terminal (para
o qual será construído determinado material de ensino).'
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
ETAPA
Conceito relacionado:
GOLS FACILITADORES
São aqueles subgols pré-requisitos, que vão encaminhar ("facilitar") e possibi
litar o
atingimento do gol terminal. Os gols facilitadores precisam ser dominados pelo aluno
antes que ele possa obter mestria no gol terminal.
A tarefa a ser realizada nesta etapa:
desenvolver a "análise do gol instrucional terminal"
determinar o relacionamento entre os gols facilitadores
construir um mapa instrucional diagnosticar as competências
de entrada
Nesta etapa desenvolve-se a "análise do gol instrucional terminal" através da qual serão identificados os
gols facilitadores (subgols ou pré-requisitos).
os gols facilitadores derivados serão ensinados no material de ensino e
permitirão o alcance do gol terminal definido.
A análise do gol instrucional irá resultar na identificação de habilidades e informações que o aluno
precisa aprender a fim de atingir o gol terminal.
esta identificação permitirá a organização de uma seqüência de desempenhos
subordinados que estão compreendidos pelo gol terminal e que precisam ser
aprendidos pelo aluno antes que ele possa executar o gol terminal.
Nesta seqüência estarão definidas as habilidades subordinadas que precisam ser alcançadas a fim de
capacitar o aluno a aprender outras habilidades rnais complexas ou superordenadas.
a aquisição de uma habilidade subordinada facilita e promove transferência'
positiva para a aprendizagem de habilidades superordenadas.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
2
Nesta etapa será determinado o relacionamento entre os gols facilitadores, após o que inicia-se a
montagem do mapa instrucional.
Conceito relacionado:
MAPA INSTRUCIONAL
diagrama que mostra o relacionamento entre os diversos gols facilitadores e sua
organização em relação ao gol terminal. Especifica o que deve ser aprendido pelo aluno e
em que seqüência, a fim de que ele possa realizar o desempenho exigido pelo gol
terminal.
0 mapa instrucional mostra a ordem em que os gols precisam ser ensinados no material instrucional
— do rnais simples ao rnais complexo.
Segue-se um exemplo de mapa instrucional. A numeração de 1 a 12 indica a seqüência em que os
gols devem ser ensinados.
ao elaborar o material instrucional esta ordem será seguida.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
2
Um exemplo de mapa instrucional
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
2
Nesta etapa será feito o diagnóstico das competências de entrada: onde iniciar a
instrução?
o que considerar como comportamentos de
entrada?
Conceito relacionado:
COMPETÊNCIAS DE ENTRADA
Especificamente, aqueles conhecimentos e/ou habilidades — pré-requisitos —
que
o aluno deve ser capaz de demonstrar antes do começo de uma seqüência instrucional.
As competências de entrada não farão parte da instrução a ser fornecida pelo material de ensino.
estas competências já devem ter sido adquiridas pelos alunos.
estas competências são consideradas como "mínimo" para entrada no programa
instrucional.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
2
Neste esboço de mapa instrucional foram identificados os gols que farão parte da instrução a ser
fornecida pelo material de ensino e aquelas competências de entrada que os alunos já devem possuir
antes de começar o programa.
O produto que deve resultar desta etapa:
enunciados sucintos de gols instrucionais facilitadores
mapa instrucional que mostre:
os gols integrantes da instrução
os gols considerados competências de entrada
a seqüência de ensino a seguir
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
ETAPA
Conceito relacionado
OBJETIVO INSTRUCIONAL
de ensino, comportamental, de desempenho (sinônimo)
descrição detalhada do que o aluno será capaz de fazer ao completar uma uni
dade de instrução
ampliação de um gol instrucional, podendo incluir três ou rnais elementos
componentes.
A tarefa a ser realizada nesta etapa:
detalhar os gols terminal e facilitadores
formular objetivos instrucionais (que determinarão o material de
ensino a ser construído)
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
3
No mapa instrucional foram incluídos vários gols instrucionais
ao se acrescentar a um gol instrucional outros componentes, teremos um ob-
jetivo instrucional.
Existem diferentes esquemas para formular objetivos de ensino. 0 rnais simples deles (Mager) pro
põe três componentes:
r~—
DESEMPENHO
a especificação do que o aluno será capaz de fazer
englobando a intenção principal (gol) e o comportamento indicador (se
necessário)
) CONDIÇÃO
a especificação das circunstâncias sob as quais o desempenho deverá ocorrer
CRITÉRIO
a especificação do padrão mínimo de desempenho satisfatório
Ao elaborar um objetivo instrucional de acordo com este esquema é preciso:
especificar claramente um desempenho observável e mensurável que o
aluno
deve executar de acordo com condições e critérios previamente estabelecidos.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
3
Conceitos relacionados
r
INTENÇÃO PRINCIPAL
sinônimo de gol instrucional. Parte essencial de um objetivo de ensino, integran
te do
desempenho. Tipo de resultado de aprendizagem esperado do aluno ao final de
determinada instrução.
COMPORTAMENTO INDICADOR
ação aberta e observável do aluno que permitirá determinar se a intenção prin
cipal coberta foi atingida satisfatoriamente.
O desempenho precisa ser diretamente observável ou diretamente mensurável.
Exemplos de desempenhos diretamente observáveis:
escrever, consertar, nomear, listar, apontar ...
Estes desempenhos visíveis — diretamente observáveis — são
chamados de ABERTOS.
Exemplos de desempenhos diretamente mensuráveis:
calcular, identificar, classificar, reconhecer ...
Estes desempenhos invisíveis, (mentais, cognitivos, internos) —
que não podem ser diretamente observáveis — são chamados de
COBERTOS.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
3
Toda vez que o gol instrucional se constituir num desempenho coberto, tornase necessário incluir
um
comportamento indicador através do qual seja possível verificar se a intenção principal (gol) foi atingida
satisfatoriamente.
A seguir, um exemplo de um gol instrucional detalhado e transformado num objetivo instrucional
GOL INSTRUCIONAL
reconhecer o substantivo numa oração
OBJETIVO INSTRUCIONAL
Num teste escrito, apresentado um conjunto de cinco orações, o
aluno será capaz de reconhecer (sublinhando) o substantivo em
cada oração, com 100% de exatidão.
Analisando o desempenho deste objetivo instrucional
"reconhecer..." — gol instrucional (intenção principal) coberto
"sublinhando" — comportamento indicador
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
3
O objetivo deve incluir o desempenho (intenção principal) exatamente igual àquele definido no gol.
BINÔMIO 1
0 gol é a essência do objetivo.
O objetivo é o detalhamento do gol.
0 objetivo instrucional é o padrão a ser usado para julgar o sucesso da instrução.
0 produto que deve resultar desta etapa:
enunciados detalhados de objetivos instrucionais terminal e
facilitadores (para os quais o material de ensino será construido)
PRODUTO
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
4
Conceitos relacionados
TESTE
todo instrumento, técnica ou procedimento usado para medir o desempenho do
aluno com relação a um objetivo específico.
TESTE RELATIVO AO CRITÉRIO
procedimento de avaliação no qual o desempenho do aluno é comparado com um
padrão absoluto: o objetivo instrucional.
usado para determinar se o aluno atingiu o objetivo ao nível de mestria especificado.
A tarefa a ser realizada nesta etapa:
desenvolver testes relativos ao critério (a fim de medir os objetivos
propostos para o material instrucional)
TAREFA
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
4
Formulados os objetivos instrucionais que se pretende atingir através do material de ensino, parte-se
para o desenvolvimento de testes que permitam obter evidências de que os objetivos foram atingidos.
o teste nesta abordagem tem um sentido bem amplo:
instrumento, procedimento ou forma de mensuração
Os testes são considerados como função dos objetivos pretendidos.
os objetivos servem de base para o desenvolvimento de testes a serem usados
para avaliar o desempenho do aluno e a efetividade da instrução.
Antes de pensar em como ensinar, já se define o como avaliar
nesta etapa elaboram-se os instrumentos que serão utilizados para coletar os
resultados instrucionais.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
4
A seguir, um exemplo de teste relativo ao critério construído a partir de um gol/objetivo instrucional.
GOL INSTRUCIONAL
identificar o retângulo
OBJETIVO INSTRUCIONAL
Num teste escrito, apresentados diagramas de várias figuras geométricas, o aluno
será capaz de identificar (marcando) o retângulo, sem erro.
TESTE RELATIVO AO CRITÉRIO Examine as figuras
abaixo. Depois, marque com uma cruz o retângulo:
Este é um ¡tem de teste relativo ao critério porque:
o desempenho solicitado pelo teste é equivalente ao desempenho exigido pelo
gol/objetivo
a condição de desempenho fornecida pelo teste é equivalente à condição de
desempenho definida pelo objetivo
o teste mede o objetivo em termos de desempenho e condição.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
4
Os resultados de itens de teste relativos ao critério indicam exatamente:
tivo
se o aluno desempenhou adequadamente o objetivo
se o aluno alcançou o critério ou a mestria no objetivo.
O teste deve refletir exatamente o objetivo.
BINÔMIO 2
0 objetivo determina o teste. 0
teste corresponde ao objetivo.
A expressão "teste relativo ao objetivo" com o mesmo sentido de "teste relativo ao critério" está sendo
cada vez rnais empregada, pois indica claramente a relação entre:
o item de teste e o objetivo instrucional.
4
Pode-se distinguir quatro tipos de "testes relativos aos objetivos" passíveis de serem usados no material
instrucional.
TESTE-DIAGNÓSTICO DAS COMPETÊNCIAS DE ENTRADA
construído para verificar se o aluno é capaz de desempenhar as competências de
entrada
aplicado antes do início do estudo do material
concebido como teste independente ou como parte do pré-teste.
PRÉ-TESTE
construído para verificar se o aluno já tem mestria nos objetivos instrucionais
pretendidos para o material de ensino
aplicado antes do início do estudo do material
elaborado para medir os objetivos antes da própria instrução.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
4
TESTE NO PROCESSO
construido para ajudar o aluno a determinar seu próprio progresso com vistas ao
atingimento dos objetivos especificados para o material de ensino que está
estudando
elaborado para permitir ao aluno auto-avaliar sua própria aprendizagem
aplicado durante a instrução.
PÓS-TESTE
construído para verificar se o aluno é capaz de exibir o desempenho especificado pelo
objetivo do material de ensino que acaba de estudar
aplicado após a conclusão do estudo do material.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
4
Dependendo dos objetivos do material instrucional, muitas vezes será necessário construir itens de teste
relativo ao critério com estas quatro finalidades.
Estes testes relativos ao critério, construídos para medir especificamente os objetivos, são impor
tantes para:
avaliar o progresso do aluno
fornecer informações sobre a eficiência/eficácia do material instrucional
0 produto que deve resultar desta etapa:
itens de teste relativos ao critério (para os objetivos instru
cionais)
PRODUTO
pré-teste e/ou pós-teste, teste no processo, teste-diagnóstico das
competências de entrada (a serem usados como parte da instrução
fornecida pelo material de ensino).
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
5
Conceito relacionado
ESTRATÉGIAS INSTRUCIONAIS
expressão genérica que inclui um conjunto inter-relacionado de seqüências (ati-
vidades) variadas de instrução, cada uma servindo a um propósito específico —
para ensinar determinado objetivo
englobam os procedimentos, meios e os eventos instrucionais
-)
A tarefa a ser realizada nesta etapa
selecionar e desenvolver as estratégias instrucionais procedimentos meios
eventos
elaborar um material de ensino que permita o alcance dos objetivos
propostos
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
5
Nesta etapa serão selecionadas e desenvolvidas as estratégias instrucionais
os procedimentos, meios e eventos que irão instruir
Conceitos relacionados
PROCEDIMENTOS INSTRUCIONAIS
expressão genérica que inclui métodos, técnicas, processos que podem ser usados para
instruir
MEIOS INSTRUCIONAIS
expressão genérica que inclui diferentes materiais, equipamentos, instrumentos que
podem ser usados para instruir
EVENTOS INSTRUCIONAIS
expressão genérica que inclui diferentes acontecimentos, momentos que devem ocorrer
enquanto o aluno recebe a instrução e nos quais ele se engaja.
Que procedimentos, meios e eventos serão necessários para levar o aluno a aprender os objeti
trucionais definidos?
ivos ins-
A resposta desta pergunta encaminhará à identificação de estratégias direcio-
nadas para os objetivos.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
Em função do objetivo de ensino a atingir, será selecionado o tipo de estratégia a desenvolver
tipos de procedimentos tipos de materiais
tipos de eventos
BINÔMIO 3
5
O objetivo determina a estratégia
A estratégia conduz ao atingimento do objetivo
Os objetivos de ensino pretendidos vão se constituir no parâmetro em função do qual será feita também a
seleção:
das atividades a desenvolver
do conteúdo a apresentar
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
5
Até a etapa 5 ainda não havia sido definido qual o material de ensino a ser construído.
Somente depois de especificados:
gols instrucionais (terminal e facilitadores)
objetivos instrucionais (terminal e facilitadores)
testes relativos ao critério
inicia-se o processo de seleção de qual o material de ensino a ser construído,
em função dos elementos já especificados.
Existem vários esquemas (rnais ou menos requintados) para a seleção de meios instrucionais.
Abaixo, estão relacionados alguns critérios básicos a considerar:
o tipo de aprendizagem envolvida no gol/objetivo instrucional
os requisitos instrucionais indispensáveis à consecução do tipo de apren-
dizagem envolvida no gol/objetivo instrucional
os recursos disponíveis
— os recursos humanos, materiais e financeiros necessários à elaboração
e produção do material instrucional
a durabilidade e flexibilidade do material
o custo
as características do alunado
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
5
Exemplificando:
GOL INSTRUCIONAL
calcular percentagem
OBJETIVO INSTRUCIONAL
Num teste escrito, apresentados oito exercios (do tipo 10% de 70), o aluno será
capaz de calcular (escrevendo a solução) a percentagem. Padrão de desempenho
satisfatório: 7 respostas corretas em 8.
TESTE RELATIVO AO OBJETIVO Calcule as seguintes
percentagens, escrevendo a solução no local apropriado:
10% de 80 =
7% de 70 =
12% de 124=
20% de 200 =
15% de 300 =
5% de 90 =
8% de 64 =
50% de 500 =
MATERIAL DE ENSINO (SELECIONADO)
módulo de ensino auto-instrucional e auto-suficiente
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
5
Antes de selecionar a INSTRUÇÃO MODULAR (ensino através de módulos) como a estratégia
instrucional adequada para levar ao atingimento do gol/objetivo instrucional definido, foram considerados:
o tipo de aprendizagem envolvida no gol/objetivo
os requisitos instrucionais desta classe de gol/objetivo
os recursos disponíveis
a durabilidade e flexibilidade do material
o custo
as características do alunado
Ao se construir o módulo de ensino, deverão ser incorporados ao mesmo:
r
os procedimentos (atividades) relevantes ao alcance dos objetivos os meios
(materiais) relevantes ao alcance dos objetivos
os eventos
instrucionais relevantes ao alcance dos objetivos
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
5
Ao desenvolver o material de ensino, atenção especial devem ter os eventos instrucionais a serem
efetivados.
Conceito relacionado
A seguir, a relação dos eventos instrucionais rnais comuns (apontados por Gagné, Briggs e outros)
Captar a atenção
Informar o objetivo
Recordar os pré-requisitos
Apresentar a situação-estímulo
Fornecer orientação da aprendizagem
Fornecer prática
Fornecer feedback
Intensificar retenção e/ou transferência
Provocar o desempenho
Avaliar o desempenho
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
5
O material de ensino é um composto de dois elementos básicos:
MATERIAL DO ALUNO
Pode incluir os seguintes componentes:
o guia de orientação de como o aluno deve usar o material (simples e
sintético)
o material propriamente dito (aquele selecionado como capaz de levar o aluno
ao atingimento dos objetivos)
testes (para servir de auto-avaliação do aluno)
os objetivos do material
MANUAL DO PROFESSOR
Pode incluir os seguintes componentes:
descrição geral do matérial do aluno
orientação para o uso do material do aluno
informações importantes ao instrutor
testes para avaliar o desempenho do aluno
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
5
Após terem sido selecionados e desenvolvidos procedimentos, meios e eventos — a estratégia
instrucional está completa.
É possível então montar o material instrucional.
Apesar de organizado coerentemente, o material deve estar em forma não
definitiva, a fim de:
permitir uma testagem
facilitar as modificações futuras
0 produto que deve resultar desta etapa:
o protótipo do material de ensino (material este considerado capaz
de levar os alunos a obterem mestria nos objetivos instrucionais).
PRODUTO
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
6
ETAPA
Conceito relacionado
AVALIAÇÃO FORMATIVA
processo usado para obter informações a fim de aumentar a eficiência e eficácia do
material de ensino.
a ênfase é colocada na coleta de dados para revisar o material instrucional.
permite o aperfeiçoamento de materiais e procedimentos instrucionais com base nos
dados coletados.
TAREFA
colocar em ação, com um grupo de alunos, o protótipo do material
de ensino construído
A tarefa a ser realizada nesta etapa:
iniciar a avaliação formativa do material de ensino
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
6
Nesta etapa, o material de ensino será utilizado, em caráter experimental, com um grupo de alunos.
Quando o protótipo do material instrucional está pronto, deve ser conduzida uma série de avaliações
para (1) determinar quão eficientemente o material funciona e (2) coletar dados que possam identificar
formas de melhorar o material.
a avaliação do material instrucional compreende a testagem do (1) material do
aluno (2) manual do professor.
A avaliação formativa do material de ensino engloba três estágios distintos:
Avaliação Um a Um Avaliação de
Pequeno Grupo
Avaliação de
Campo
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
6
Conceitos relacionados
AVALIAÇÃO UM A UM
testagem do material de ensino com alunos em particular, individualmente, (um a um)
e a revisão do material em função das informações obtidas
AVALIAÇÃO DE PEQUENO GRUPO
testagem do material de ensino com um pequeno grupo de alunos representativos
da população-alvo, para a qual o material foi construido, e a revisão do material em
função das informações obtidas
AVALIAÇÃO DE CAMPO
testagem do material de ensino na situação real e com membros da população-alvo e
a revisão do material em função das informações obtidas.
Por motivos didáticos, discutiremos a avaliação formativa em dois momentos:
Nesta etapa (6) a ênfase será colocada na condução de cada um destes três
tipos de avaliação formativa.
Na etapa seguinte (7) a ênfase será colocada na análise/interpretação/revisão do
material instrucional.
Os procedimentos de avaliação formativa a seguir apresentados foram organizados a partir de idéias
discutidas por Dick e Carey e outros.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
6
Avaliação Um a Um
População testada
selecionar de 1 a 3 alunos representativos da população-alvo (para a qual o material foi
construído)
selecionar alunos capazes de demonstrar as competências de entrada mas não o desem-
penho exigido pelo objetivo terminal
selecionar um aluno "abaixo" e outro "acima" do nível médio de aprendizagem.
Procedimentos
trabalhar com um aluno de cada vez (um a um)
fornecer explicações sobre o teste piloto e como usar o material
deixar o aluno estudar livremente o material (protótipo 1 )
fornecer ajuda adicional ao aluno (quando solicitado)
registrar reações, dúvidas e o tempo necessário para o aluno completar o estudo do
material
realizar uma entrevista com o aluno ao final do estudo do material (para obter indicações
quanto às reações afetivas do aluno e a eficácia do material)
I Resultados
organizar, analisar e interpretar os resultados dos alunos (em termos de desempenho e
reações afetivas)
implementar as revisões necessárias (em face de todas as observações obtidas)
montar o protótipo 2 (após as alterações resultantes da avaliação um a um)
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
6
Avaliação de Pequeno Grupo
População testada
selecionar de 10 a 20 alunos representativos da população-alvo
selecionar alunos capazes de demonstrar as competências de entrada, mas não o desem-
penho exigido pelo objetivo terminal
selecionar alunos de diferentes níveis de aprendizagem (baixo, médio, alto)
Procedimentos
trabalhar com o grupo de alunos ao mesmo tempo ou em horários distintos
fornecer explicações sobre o teste piloto e o material
deixar os alunos estudarem livremente o protótipo 2 (dentro ou fora da sala de aula)
fornecer ajuda adicional aos alunos, quando solicitado
registrar reações, dúvidas e o tempo necessário para os alunos completarem o estudo do
material
solicitar aos alunos que respondam a um Questionário de Atitudes escrito, ao final do
estudo
do material (para obter indicações quanto às reações afetivas do aluno e a eficácia do material).
Resultados
organizar, analisar e interpretar os resultados dos alunos (em termos de desempenho e
reações afetivas)
implementar as revisões necessárias (em face de todas as informações obtidas)
montar o protótipo 3 (após as alterações resultantes da avaliação de pequeno grupo)
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
6
Avaliação de Campo
População testada
selecionar de 20 a 40 alunos (uma turma completa) membros da população-alvo, para a qual
o material foi construído.
Procedimentos
trabalhar com os alunos em situação real — exatamente como se pretende que o mate
rial seja usado futuramente
os alunos estudam o material ou:
(1) num mesmo período de aula - apesar de trabalharem individualmente
(2) num local e horário de sua própria conveniência
fornecer explicações sobre o teste piloto e o material
deixar os alunos estudarem livremente o protótipo 3
fornecer um mínimo de ajuda (quando solicitado)
registrar reações, dúvidas e o tempo necessário para os alunos completarem o estudo do
material
solicitar aos alunos que respondam a um Questionário de Atitudes escrito, ao final do
estudo
do material (para obter indicações que demonstrem ou a eficiência do material ou a necessidade de
nova revisão).
Resultados
organizar, analisar e interpretar os resultados
implementar as revisões (se necessárias)
montar o material de ensino (protótipo 4), após as alterações resultantes da avaliação
_ decampo).
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
6
à
Quando se tratar da avaliação de materiais de ensino a serem posteriormente difundidos na rede
escolar, a "população testada" deverá pressupor uma amostragem mínima um pouco rnais ampla:
avaliação um a um
de 1 a 3 alunos de 3 escolas diferentes
escolas da capital ou do interior
avaliação de pequeno grupo
de 10 a 20 alunos de 3 escolas diferentes
escolas da capital ou do interior
avaliação de campo
de 20 a 40 alunos (1 turma completa) de 10 escolas diferentes
escolas da capital e do interior
O produto que deve resultar desta etapa:
o material de ensino testado (após ter sido usado com grupos de
alunos, em caráter experimental)
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
7
Conceito relacionado
RESULTADOS INSTRUCIONAIS
dizem respeito aos produtos do processo instrucional
vão determinar a eficácia do processo instrucional — até que ponto os pro
pósitos
foram atingidos
A tarefa a ser realizada nesta etapa:
analisar e interpretar os resultados instrucionais, obtidos em cada
testagem
revisar o material instrucional, em função dos dados coletados
concluir a avaliação formativa do material de ensino
Nesta etapa realiza-se a análise e interpretação dos resultados do teste piloto ao qual o material foi
submetido
CONSTRU
Ç
ÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
em função destes resultados, o material será revisado a fim de que se torne um
instrumento realmente eficiente — capaz de ocasionar a aprendizagem dos alunos.
A análise e interpretação dos resultados instrucionais irá determinar se:
o gol instrucional terminal foi atingido
FJM DO PROCESSO
o gol
instrucional terminal não foi atingido
REVISÃO DO PROCESSO
Quando concluir este processo de revisão?
quando os alunos alcançarem o critério de mestria estabelecido no objetivo terminal
do material
quando for alcançado o padrão de sucesso estabelecido para o material
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
7
O exame da diferença entre os resultados obtidos pelos alunos após o estudo do material e os obje-
tivos definidos para o material determinará o que deve ser alterado.
As alterações serão incorporadas na revisão do material de ensino para tor-
ná-lo um instrumento instrucional rnais efetivo.
Conceito relacionado
REVISÃO EMPIRICA
revisão baseada nos resultados de testes e na coleção de outros tipos de infor-
mação quantitativa
A linha pontilhada "Ciclo de Revisão — se necessário" indica que os dados da avaliação formativa
serão usados para:
revisar o material de ensino
reexaminar cada um dos componentes do modelo
se necessário, alterar certos componentes
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
Entre as fontes que podem ser examinadas a fim de se obter material adequado para a análise e inter-
pretação dos resultados e decisões sobre as revisões que se fazem necessárias situam-se:
respostas dos alunos no teste-diagnóstico das competências de entrada
respostas dos alunos no pré-teste
respostas dos alunos nos exercícios de prática incluídos nas atividades de aprendizagem
respostas dos alunos nos testes no processo
respostas dos alunos no pós-teste
comportamentos dos alunos enquanto estudavam o material (gestos, comentários, dúvidas,
perguntas para esclarecimento...)
comentários ou anotações feitas pelos alunos sobre dificuldades encontradas
respostas afetivas dos alunos obtidas através de entrevista e/ou questionário escrito
tempo necessário para o aluno completar o estudo do material
observações gerais do avaliador
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
7
Cada uma destas fontes fornecerá informações indispensáveis a implementar mudanças que irão
aumentar a eficácia do material de ensino.
À medida que um material instrucional é revisado até que de fato atinja o objetivo para o qual foi
construido, este material está passando por um processo de validação.
VALIDAÇÃO
processo resultante da avaliação formativa de materiais de ensino
A ênfase na avaliação formativa é colocada na obtenção de evidências empíricas.
os resultados empíricos — dados baseados no desempenho dos alunos —
são
usados para julgar e/ou ampliar a eficiência do material instrucional
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
B
O MODELO E OS MOMENTOS
INSTRUCIONAIS
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS PE ENSINO
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
Este modelo CONSTRUAS é formado de componentes que interagem
um componente influi no outro
a definição de um componente posterior pode alterar o componente anterior
um componente alimenta (fornece feedback) o outro
Cada componente do modelo tem seus próprios input (entrada), output (saída) e processos específicos.
Juntos, os componentes do modelo constroem produtos pré-determinados.
CONSTRUÇÃO DE MATERIAIS DE ENSINO
Através do modelo coletam-se informações que são usadas para que o produto final atinja o nível
desejado de efetividade.
Este modelo CONSTRUAS permite que se construa sistematicamente a instrução, instrução esta capaz
de propiciar a aprendizagem dos alunos.
BINÔMIO
Instrução dirigida para a aprendizagem.
Aprendizagem que se constitui na razão de ser da instrução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RAMOS, Cosete. Série: Engenharia da instrução. Rio de Janeiro, Editora Bloch/MEC - 1977
Módulo 1 — Definindo o gol instrucional.
Módulo 2 — Derivando gols facilitadores.
Mòdulo 3 — Formulando objetivos instrucionais.
Módulo 4 — Construindo testes relativos ao cririo.
Módulo 5— Selecionando e desenvolvendo estratégias instrucionais.
Módulo 6 — Efetivando os eventos instrucionais.
Módulo 7— Analisando e interpretando os resultados instrucionais.
Módulo 8 — Elaborando objetivos de ensino — diferentes esquemas.
Módulo 9 — Construindo um item de teste adequado.
Módulo 10 — Construindo um módulo de ensino.
Módulo 11 Avaliando materiais de ensino.
DEF/MEC. Sistema de material de ensino-aprendizagem - uma perspectiva. 1977.
DEF/MEC. Sistema de material de ensino-aprendizagem — subsídios para montagem. 1977.
MAGER, Robert. Formulação de objetivos de ensino. Editora Globo S.A. 1977.
GAGNÉ, Robert. M. The conditions of learning. Holt, Rinehart and Winston. 3ª edição. 1977.
DICK, Walter and CAREY, Lou. The systematic design of instruction. Scott Foresman. 1977.
GAGNÉ, Robert M. and BRIGGS, S. Leslie. Principles of instructional design. Holt, Rinehart and Winston, Inc. 1974.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo