da atenção integral à crianças e adolescentes a ser ofe-
recida por serviços integrados de defesa de direitos,
promoção da saúde, creche, pré-escola, escola, esporte
e lazer, cultura e educação para o trabalho, apoiados
em ações complementares de alimentação, teleducação
e gestão participativa. Assim, a atenção integral supõe
alternativas tais como a construção de espaços físicos
integrados (sempre que a demanda de serviços sociais
o justifique), a ampliação e adequação de espaços físi-
cos pré-existentes ou, ainda, a articulação de serviços
isolados existentes em determinada comunidade.
A ação do Ministério da Educação e do Desporto
no Brasil, incluindo também os níveis e graus ulterio-
res, orienta-se no sentido da descentralização e na di-
reção da integração de esforços e recursos, sustentan-
do-se fortemente em recursos humanos capacitados e
qualificados - os educadores.
Numa discussão dos processos de descentraliza-
ção, não pode deixar de ser mencionado, ainda, o pro-
blema da identidade cultural. Uma descentralização
efetiva ensejará melhores oportunidades de levar para
o âmbito do planejamento curricular manifestações
próprias da cultura regional. Se isto é desejável, por
um lado, por outro, a observação de Casassus. um es-
pecialista da UNESCO, é importante. Afirma este es-
tudioso que o currículo local não conduz nem à unidade
nacional, nem ao acesso aos conhecimentos universais
relacionados ao desenvolvimento da ciência. Pelo
contrário, tende a limitar a mobilidade do educando,
fixando-o em sua cultura local. A multiplicação de
programas locais exige uma articulação com o progra-
ma nacional, em proporções a serem determinadas (2).
Posto isso, é importante admitir um certo grau de re-
gionalização curricular com o objetivo de não se per-
der a identidade na diversidade que se amplia. Esta te-