LOGI A
OBSERVAÇÕES:
O brasileiro do interior do Paraná é, pois, um mesaticéfalo.
O autor considera ter usado instrumento impróprio de medida, supondo, assim, imperfeitos
seus resultados; Como ponto de referência, dá a distribuição deste índice, seg. Roquette
Pinto, entre os tipos étnicos brasileiros: Brancos — 62 e 68; negros—70 e 85; mulatos
— 72 e 84 ; caboclos —67 e 82.
«O índice facial do paranaense é... próximo dos escandinavos, índice das raças brancas.»
(Sette Ramalho).
Encontramos, nos paranaenses, ainda, uma alta frequência em l,m73.
L O GI A
Medidas tomadas no ato da incorporação. Refletem, segundo o autor, as precaríssimas
condições de vida e de alimentação dos conscritos. Não diz em contrário o maior períme-
tro abdominal, mas, ao revés, também este dado deve refletir a miséria física, a falta de
exercícios adequados e a alimentação defeituosa (farinhas, em predominância), a vermi-
nose e o paludismo. Quatro meses após a incorporação, 85 % tiveram um aumento médio
de peso de 7,950 kg, sendo mais frequente o aumento de 2 kg.
O a.utor adverte que as medidas de elasticidade toráxica talvez não sejam exatas, dada a
falta de compreensão dos conscritos para as exigências técnicas da prova para esta medida.
Na grande surpresa da tão alta capacidade vital, há ainda, a registrar uma elevação da
curva ao nível de 4000 cc. A explicação provável da elevada capacidade vital do para-
naense: grande frequência das estaturas altas; predominância dos longetlpos; residência
em planaltos a 1.000 metros médios. Corroborando este índice: a baixa cifra dos inca-
pazes por moléstias do aparelho respiratório.
Após menos de quatro meses de instrução, nota-se um aumento médio de 6,800 kg em
60 % dos mensurados, em relação à forca manual direita. «O mesmo fenómeno observa-se
em relação às outras medidas».
OLOGIA
486
283
40
379
278
73
206
60
%
35 %
5 %
46,8
%
34,3
%
9 %
25 %
O autor conclue : «Relação tronco-membros —: Julgamos verificar quais os tipos predomi-
nantes na região. Para isso fizemos o cálculo da relação fundamental (tronco-membros).
Foi o seguinte o resultado obtido :
Com graus negativos (Longetipos)
Com graus positivos (Braquitipos)
Em equilíbrio absoluto (Normotipo absoluto)
Em equilíbrio relativo
Longetipos absolutos
Braquitipos absolutos
Predominância dos longetipos absolutos
Por aí se verifica uma predominância, não só relativa, como absoluta, dos Longetipos
sobre os Braquitipos».
O autor, para explicá-lo, apresenta, primeiro, a hipótese, para fato idêntico do nordeste
brasileiro, de Ferraz e Andrade Júnior, segundo a qual teria ido para o Interior justamente
o longetipo, isto é, o aventureiro, enquanto que o comodismo dos braquitipos teria feito
com que estes se fixassem no litoral. O autor, por sua parte, sugere que, sendo, como
se viu, o paranaense do interior um desnutrido, isto poderia influir para determinar aquela
predominância dos longelíneos,
avultado de casos de incapacidade física por defeitos adquiridos. Na maioria tratava-se
de disformidade consequentes e tratamento inadequado de fraturas, luxações, queimadu-
ras, etc, apresentando-nos um aspecto digno de nota sobre a situação de nossos patrícios
do interior : a falta de assistência médica».