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ERNANI ALMEIDA FERRAZ
TELEDUCAÇÃO PARA O
TRABALHADOR BRASILEIRO
Um estudo da recepção teleducativa
ANEXOS
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DA JANEIRO
DOUTORAMENTO
2001
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ANEXOS
1 - SISTEMÁTICA DA PESQUISA
2-DECUPAGENS
3 - BANCO DE INDICADORES
4 - GRUPAMENTO DE INDICADORES
5 - INDICADORES POR CATEGORIAS
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ANEXO 1
SISTEMÁTICA DA PESQUISA
1ª FASE: CONCEPÇÃO
SISTEMÁTICA DA PESQUISA
ANEXO 2
DECUPAGENS
(1
a
TRIANGULAÇÃO)
DECUPAGEM 01/FITA 01
DEPOIMENTO: Orientadora de Aprendizagem.
0:07:20" - "Meu nome é Celina, eu venho de Congonhas, uma cidade histórica também. Vim
parar aqui por "N" motivos particulares e acabei ficando por aqui. Formação: fiz o básico,
magistério que era o que toda mocinha sonhava na época, depois fiz outras coisas. Prestei o
vestibular para Ciências Econômicas, parei por motivos financeiros. Tive a oportunidade de
estar trabalhando nesta escola com o apoio do outro prefeito, o falecido Tião Moréia, que eu
fui pedir para ir trabalhar, é que aqui ainda funciona o sistema de pedir emprego, a gente ainda
não tem curso Ele me deu oportunidade, vim aqui, aí juntamente, com o pessoal da escola, a
Claudia que hoje é Supervisora e na época Diretora, a Joana D'Arc também, indicação talvez,
mas mesmo o fato de estar no Telecurso, na Telesala hoje, foi uma questão mais financeira da
prefeitura Teria de ser uma pessoa com disponibilidade e que fosse funcionário da prefeitura.
Porque a prefeitura na época, não podia contratar ninguém. Aí, eu abracei a causa né. e
estamos aí na luta"
0 08':50" - "No TC sim. só mesmo de Orientador de Aprendizagem. Não é nem dar aula né, só
orientador mesmo os estudos e o Marcos, dando apoio a gente como Secretário, na
Coordenação.
0:09':00" - Motivos levaram a Prefeitura instalar TC?
0 09": 16" - "A gente tem aqui. nós temos um passado que me cotaram por que eu não sou de
Ewbanck e me disseram que aqui era um polo comercial. Ewbanck era um pólo comercial, nós
tínhamos aqui fábrica de chapéus, de queijo. O ponto comercial era aqui na estação, as pessoas
vinham de Juiz de Fora trocar mercadorias, comprar mercadorias e, foi acabando aos poucos,
Foi acabando Não vou entrar na questão do porque, nem quem tem culpa, nem nada, ou quem
tem. não cabe a mim. A gente vê que de um tempo para cá a coisa foi piorando e Ewbanck
está se tornando praticamente uma cidade dormitório. As pessoas que estavam saindo daqui
para prestar serviços em Santos Dumond, em Juiz de Fora, nas cidades vizinhas e a maioria
das vezes, serviços mais pesados por falta de cultura. Cultura não desculpe, pela falta de
diploma, vamos colocar assim. E há uma deficiência muito grande. Então, foi ficando assim, a
necessidade de trabalhar assim, há eu vou ter que parar de estudar porque eu tenho que
trabalhar, e foi ficando uma quantidade muito grande de pessoas, aí o Marcos, o Secretário,
uma pessoa sempre muito envolvida e gosta da área da educação, teve acesso a esse convênio,
e imediatamente ele correu e foi avisando a uma minoria mesmo né, porque Ewbanck ainda
tem um sistema de contratação, eu tenho impressão que se tiver um concurso hoje, e se colocar
como quesito escolaridade, muita gente vai perder o emprego, muita gente vai perder o
emprego Eu tenho a impressão de que é um dos motivos mais fortes, além da preocupação
mesmo de formar o cidadão, formar pessoas, que a gente tá vendo que a coisa está perigando.
Alem do Telecurso, das Telesalas, tem vindo alguns cursos, o Marcos tem implantado alguns
cursos de mecânica, de auxiliar de secretaria, auxiliar de escritório, mesmo assim, tentando dar
pelo menos um apoio para esse pessoal, uma qualificação para esse pessoal que é muita gente,
e muita gente mesmo que precisa e eu acho que veio numa boa hora".
0 11' 40" - Estimativa entre os 4 mil habitantes?
0 11' 50" - "Na época o Marcos me convidou e estava naquela pendência assim, de quantas
pessoas, qual o público-alvo. a clientela que teria. Eu fiz isso, eu mesma. Eu saí de porta em
comunidade se você precisar. Tem um químico que trabalha na Prefeitura e. de vez enquanto.
quando eu dou uma recorrida lá. espera aí, me ajuda aqui que eu estou com uma dificuldade.
Mecânica, tem um mecânico aqui da cidade, as vezes tem uma aula de ciências. Eu não vou
falar que eu sei se eu tenho dificuldade. Eu corro lá, então, assim eu acredito que a verba. Fora
isso. eu acredito que o espaço, nós temos aqui algumas escolas, né. Outras escolas e até
pessoas bastante capacitadas, eu digo assim, aventureiras, uma pessoa que abraça a causa
Pessoas mesmo capacitadas, com nível superior, de formação superior, eu acredito que tenha
sim Eu acredito, que tendo a verba, a prefeitura podendo pagar, eu acredito que tenha o
pessoal com certeza"
0 18' 26" - Telessalas em Ewbanck da Camara''
0 18' 36" - "Nesta escola é uma telessala A gente trabalha em 2 horários, mesmo para atender,
mesmo em função do atendimento no princípio sim, nós tivemos problemas de sala super
lotada Chequei a ter 140 alunos. Aí nós dividimos em função de dois horários. Por causa
disso, hoje em dia. em função de atender aquelas pessoas que chegam aqui no nosso BR, o
nosso ônibus barato, que as pessoas chegam de Juiz de Fora. que chega aqui, por volta das
lº 30 horas. Então não dá para eles tomarem um banho e vir para a escola (...) são 2 turmas.
Uma das 6 ás 8. E outra das 8 ás 10, mas em função disso. Não do número de alunos que já
reduziu bastante, mas em função de atender a um horário para eles. Aí, é assim. Dá uma aula
de 6 ás 8 e depois repete tudo. lógico, não é que repete, a matéria é a mesma, a forma de dar
geralmente, é sempre diferente".
0 19' 20"-Quantos alunos?
0 19' 30" -Nos temos 35.
0 20' 10" - Há quanto tempo tem o TC?
0 20':15" - Há mais de um ano. nós começamos em setembro de 98. Nós já estamos quase
formando. Tem alguns alunos como ouvintes, porque é uma questão de verba, tem que ver
como é que vai ficar isso. como que vai funcionar. O Marquinhos passou, a última vez que eu
estive conversando com ele. que a gente teria que ver verba mesmo porque, poderia continuar.
Então eu tenho alguns alunos que estão mas assim, assumiram compromisso comigo, estão
vindo tá. me procuram, porque essa 1
a
turma está terminado, então, se eu não tiver, se nós não
tivermos condição de continuar, eles estão cientes de que a gente tem compromisso com essa
1ª turma, que começou, tá. e tem alguns alunos é que eu falo ouvintes porque eles nem
participam, mas eu não tenho cadastro deles. Justamente, com essa preocupação da gente não
poder dar continuidade aos estudos deles".
0 21' 15" - Módulos e disciplinas?
0 21'.20" - "Nós temos a 1
a
fase, matemática, português e história, então pessoas venceram
essa etapa Estão livres e tudo, mas essas pessoas que não venceram eu, isso é uma coisa
minha, nestas últimas provas, as pessoas que não conseguiram na 1
a
vez. ... eu tiro alguns dias,
uma semana, duas semanas, dependendo do número de pessoas, aí, faço uma revisão simulada.
uma coisa assim, mesmo pra acompanhar. Então, na 1
a
fase, matemática, português, história e
depois tem a de geografia. Mas tem pessoas que não venceram nenhuma delas, né. E tem
pessoas que estão aí terminando, faltando uma só. Mas é nesse modo. matemática, português.
história e geografia e ciências depois".
() 22' 10" - Abraçou a causa?
0 22' 18" - "E eu gosto... é aquilo que a gente estava conversando é gratificante. Eu acho que
nâo é nem salário, nem nada. Porque, nem vou falar salário porque não é coisa por aí não É
aquela coisa de ver. Você vê essa menina quando começou a falar da mãe dela, ela chora junto
com a mãe dela E muito bom!".
0 22' 50" - indice de aprovação?
0 22' 58" - "Olha na 1
3
prova que foi em Juiz de Fora, a gente não tinha conseguido trazer para
cá Ou melhor, não ê nem uma questão de conseguir. Eu fiquei é meio preocupada por ser uma
instituição muito séria E uma coisa muito bem elaborada e tudo. E eu, fiquei muito
preocupada de trazer essas provas para casa. Então, eu pedi na época, se não tinha alguém para
trazer comigo, até pela idoneidade da coisa, dos cursos, das provas, então, eu fiquei com medo
de trazer sozinha. Ti confesso, eu fiquei morrendo de medo, tipo assim: 'Há ela é filha da
diretora, na época a Glória era a diretora, passar em três provas, porque ela passou em três
provas?. Então, na 1
a
etapa, 1
a
prova, que foi em ... novembro, 12 pessoas prestaram prova e
destes 12. 8 pessoas passaram. Dessa vez, agora, no total foram 80 provas ... nós tivemos cerca
de 50 aprovações. 50 matérias aprovadas, mais ou menos, tem pessoas que prestaram 3
provas, outros 4. 5. outras só 2, outros só 1 ... uma média de mais ou menos ...".
0 25' 00" - Nivel de evasão?
0 25' 10" - "Eu costumo fazer, é que eu brinco muito né, tipo assim, passar na rua, vou puxar a
sua orelha, vou chamar a atenção. Eu converso muito, esta é a alternativa, oferecer o que? Só
mesmo mostrar que se não quiser melhorar, se a pessoa não tiver iniciativa, não vai melhorar.
Então, eu procuro conversar muito, ir na casa de poucas pessoas eu fui. Algumas que eu tinha
mais liberdade, eu cheguei a ir, mas de cobrar ao encontrar na rua, espera aí, procurar saber o
que aconteceu, você está chateado com alguma coisa, você tem algum problema, o que a gente
pode fazer para melhorar, alternar horário, porque se não pode vir às 6 vem às 8. Até mesmo
essa sessão de sábado, tem uma menina aqui do lado, que não está vindo porque está de
namoradinho novo. não quer nem saber de escola. É um dos casos, sai de casa com os livros
debaixo do braço, pai e mãe acham que está indo para a escola e tá nessa ilusão, aí de parar na
rua Mas eu procuro correr atrás e conversar, mesmo acho que é o que eu posso fazer, oferecer
o que? Só mesmo uma visão de um futuro melhor.. Acho que não tem mais nada que poderia
fazer eu comento sempre que a porta está sempre aberta ... É uma coisa que eu sempre falei.
as portas ficam sempre abertas para aqueles que querem chegar, são bem vindos, mas os que
querem atrapalhar também estejam convidados a sair. Então, é assim, eu quero que venham
sim Corro atrás, peço, converso, explico, procuro mostrar. E um público que também não é
mais criancinha Acho que não é nem por aí. E mostrar mesmo a necessidade de um futuro
melhor. Mas eu falo muito nessa questão, que vir vem e seja bem vindo. Não quer também que
não me atrapalhe Não tem mais como".
0 27' 18" - Reclamações das provas ou periodicidades?
0 27' 22" - "Eu acredito que isso facilitaria muito, mesmo porque, para pessoas que ficaram
como eu tenho alunos aqui, de 40, 50 anos e que estão fora da escola a 20, 30 anos, pessoas
que chegaram a fazer só mesmo o primário e muitas das pessoas até mal o primário fizeram e
tão tentando. Então é muito dificil assimilar muita coisa. Para a gente que estuda todo dia, que
está envolvido com a escola todo dia, seria uma coisa mesmo mais parcelada, tipo terminar um
modulo e não falo assim, por matérias, mas por volume mesmo. O primeiro volume de
matemática terminou, então uma avaliação, até mesmo via superintendência mesmo, via o
Sesi. que e o nosso caso. que a gente presta nossa prova no Sesi, mas eu acho que isso
facilitaria muito, muito mesmo. E a gente vê aí as últimas provas, é penúltimas provas, eu não
tive acesso porque antes a gente não tinha acesso porque antes, a gente não tinha acesso as
provas Mas. nessa ultima prova agora, deixaram as provas com a gente. É uma divergência
mesmo Uma prova de português facilima... As pessoas que foram reprovadas nessa prova de
português não sabem, não querem, não é nem questão de não saber, não querem nem ler,
porque era muito fácil. E uma prova de matemática mais puxada então, assim, vamos colocar
assim, um nivel de cobrança diferente. Eu acredito que na prova, palavras deles, que a última
prova de matemática estava muito mais fácil que essa prova de matemática e português e outra
estava mais dificil Então eu acredito que aja um contrapeso, uma mais fácil, outra mais
difícil, mas eu acredito que por módulo, por volume e um nível, ou mais dificil ou que não
haja essa divergência, eu acredito que ajudaria bastante".
0 2° 47" - Como veio a ser Orientadora de Aprendizagem?
0 30' 00" - "Como já disse, eu sou funcionária da Prefeitura, na época a Cláudia até que me
indicou Ela. o Marcos falou para ela, ela tinha participado da 1" reunião e ela tinha colocado
dois nomes, o meu e o de um professor de português, formada com curso superior e acredito
que o Marcos conversou comigo, conversei também com o Tião Meireles, o prefeito, veio
conversar comigo na questão basicamente financeira, de por eu já ser uma funcionária da
prefeitura, mais fácil fazer uma prestação de serviço à prefeitura. Fica mais coerente, mesmo
que a gente não tem esse vínculo de concurso. E contratação, fica até difícil para se explicar.
Então, a minha posição como OA, foi essa de que tá aqui, eu quis, gostei da idéia e tô ficando
até hoje"
0 31' 00" -Clientela?
0 31' 18" - "Olha. basicamente, pessoas que não tiveram muita oportunidade na vida e estão
correndo atrás, principalmente, os que ainda estão. Os que vão voltar, mas uma faixa etária
bem variada Nós temos alunos de 17, 18 anos, uma faixa bem variada, mas a preocupação, a
caracteristica comum, trabalhadores, pais de família, mães de família. Pessoas que estão
vislumbrando mesmo uma vida melhor que está vendo as dificuldades que estão ai fora. Mas.
principalmente, trabalhadores que precisavam, precisavam mesmo e se não correr o bicho vai
pegar"
0 32' 11" - Estudo X Esforço Pessoal?
0 32'20" - "Nossa mãe. é muito, eu tenho alunos aqui que chegam a dormir em sala de aula.
As vezes um colega mais descansado vai mexer, vai brincar, eu falo, não gente deixa, ele vai
recuperar isso depois. Aí. quando termina a aula, há desculpa, eu dormi, não tudo bem, eu não
acordo antes tá. tipo assim, vai dormir em casa, não, deixa quietinho lá. um sacrifício muito
grande. pessoas que vem direto do trabalho, pessoas que as vezes chegam, hum tá um
cheirinho de merenda, da suplência regular que serve merenda, hum, não jantei ainda, às vezes
e o que. nove e meia. quase dez horas da noite. São pessoas que estão correndo atrás por
necessidade Por sentir que a coisa está apertando, está afunilando e se não correr atrás, eles
vão perder mesmo Pessoas que basicamente, que trabalham fora de Ewbanck, como eu falei,
domesticas, pedreiros, auxiliar de pedreiros, de firma também. Eu tenho aqui um rapaz que
trabalha na Belgo, ele vem dia sim dia não Então, são pessoas bastante sacrificadas, muito
mesmo"
O 34': 10" - O que dá certo ou não no TC
7
0 34'20" - "Acho que essa (maleabilidade) ... essa flexibilidade de freqüência mesmo né,
porque eu acho que no ensino regular eles cobram 75% de freqüência do aluno presencial. Eu
não acredito que para esse pessoal, isso não funcionaria mesmo. E essa força como que eu
posso falar, incentivo deles mesmo, partindo deles mesmos né. porque a gente falar é muito
bonito que daqui a um ano e meio você está tirando a 8
a
série, uma coisa que tem que estudar
4 anos. correndo o risco de ser reprovado e daqui a uma ano e meio. você tira e vai conseguir o
ensino fundamental. Mas se não tiver um incentivo deles, uma iniciativa deles, não vai. Eu
acredito que essa forma de mostrar que tem que ser dele, da vontade dele, eu acho isso muito
gratificante dentro do Telecurso, mostrando para eles que é da iniciativa deles mesmo,
mostrando assim, se eu estudar eu vou conseguir. Porque eu não vou conseguir? Sem aquela
cobrança de horário de chegar, seis horas você tem que chegar aqui na escola, oito horas tem
que chegar, se você não vem. você vai ser reprovado. Então, eu acho que por essa flexibilidade
é muito válida, muito proveitosa".
0 35":50" - Procuraram meios de informação e conhecimento?
0 36' 00" - "Além da auto-estima, que é um fator marcante na maioria dos meus alunos ... na
maioria deles, a auto-estima, principalmente, das pessoas mais idosas, daqueles que sentem
satisfação de botar o caderno debaixo do braço e sair para a escola. Pessoas que me contam, eu
quase não preciso assistir mais o jornal. Eles todo dia, há você assistiu o jornal hoje, você
assistiu o Fantástico, assistiu isso? Então é aquela necessidade de estar presente, de estar ...
(caminhão) ... a necessidade mesmo de estar fazendo parte mesmo, de estar assistindo a um
jornal, de ter opinião própria deles. Tem alunos, principalmente, donas de casa, mães, que às
vezes as professoras mandavam cortar alguma coisa do jornal, tinham mães que falavam
assim Eu não agüento isso. não agüento a professora mandar ficar procurando em jornal e
revista Eu não tenho tempo para isso. Hoje em dia, são elas sabe, que estão querendo
participar, prestar atenção e chegam para contar, tipo assim, cada dia um quer falar o que
assistiu Outras vezes, é aula de ciências ou de geografia, falam lá na Tchecoslováquia, lá na
Rússia e aquela necessidade de falar, você assistiu o jornal ontem, falar daquela aula que nós
assistimos Então, estão mais presentes até mesmo no mundo lá fora, trazendo para cá, fazendo
comparações Eu brigo muito com eles, tem o rio que passa quase no fundo da casa de todo
mundo, o Paraibuna aqui. que é onde todo mundo jogava o lixinho, aí um dia a gente
conversando que tinha uma enchente horrorosa, inclusive na minha casa entrou água pra
danar E o pessoal culpando o prefeito porque o rio estava cheio de capim. Eu nunca soube
que capim segura água O que segura água é lixo, é bananeira, é sofá, televisão, é tudo que
vocês jogam dentro do rio. Há. não é por aí que o rio leva tudo. É leva até onde ele consegue
carregar. Então, hoje em dia, quando eles passam e vêem o lixo dentro do rio, já dizem, já tem
pessoal jogando lixo no rio. Então, tudo aquilo que a gente mostrou no vídeo estão trazendo
para a vida deles mesmos. Eu acho que isso é uma mudança que, mesmo que não consigam
completar o ensino fundamental, que eles não vão muito além disso, é o ensinamento de vida
mesmo que é muito válido".
0 39' 50" - Procuram programas educativos?
0 39' 55" - "Alguns assistem televisão, procuram ... é o que eu ti falei, alguns trabalham, saem
muito cedo e quando chegam não tem aquela persistência em manter esse vínculo. Mas tem
uma aluna, é até a Afrânia. que pegou um livro desse tamanho, de ensino fundamental e tudo
que a gente dá aqui. ela fica procurando no livro, aí chega e diz: Há eu vi isso em determinado
lugar Tem alguns né. principalmente, ligados a esporte que passaram a entender, vamos
colocar assim. Há às vezes eu não entendi isso e aquilo e passaram a ler e procurar mais. saber
o porque das coisas, porque tem mais facilidade para ler procuram mais. Eu acredito nessa
coisa de trazer o que está muito longe para perto deles".
0 40' 40" - Dominio da linguagem/desperta outras informações?
0 40' 50" - "E interessante, é uma aula de geografia, tem uma aluna que é a Rosimar, ela que
um dia falou, eu detestava geografia. Mas porque você usou no passado, detestava? Há porque
hoje eu gosto. O fato do video, de estar vendo, o que estão falando, tipo assim, há o solo lá da
conxinxina é seco é árido, o que é seco? Ela não conseguia fazer uma comparação e com o
video né. essa facilidade de ver o que está falando, de ver o que está estudando, ela hoje adora
geografia .O uso de mapas, eu uso muito os mapas, muitas vezes a gente estudava geografia, a
professora dava lá. é não quero questionar o trabalho de ninguém, mas coisa tradicional
mesmo, de pergunta e resposta, decoreba, então, tipo assim: Celina, Maiami fica a onde?
Estão, vamos la para o mapa, vamos lá procurar. Então, passaram a gostar com o apoio do
video, corn o apoio dos mapas, com esse acesso a esse material que não tinha. Ajudou muito".
0 42' 25" - Os impactos/o que mudou na vida deles?
0 42' 33" - "Principalmente, a auto-estima e a possibilidade de esticar o horizonte, de estender
o horizonte De repente, tem muita gente, tem uma aluna, que ela quer se formar, tirar o 2
o
grau so para servir cafezinho na Mercedes Benz e ela acha que só vai conseguir se tirar o
ensino medio, se ela conseguir tirar o ensino médio. Então é assim, a pessoa diz, eu tô aqui
mas não vou nem fazer prova. Não vou nem fazer prova. Eu quero apenas aprender melhor
para quando meu filho me perguntar alguma coisa, eu conseguir pelo menos entender o que
ele está perguntando E essas mesmas pessoas não estão mais satisfeitas só com o ensino
fundamental. Elas querem o 2
o
e se conseguirem o 2
o
vão querer o profissionalizante. Então é
assim, esse aumento, essa idéia de que pode ir além, e porque não?".
0 44'20" - TC X comunicação?
0 45' 12" - "Nós temos aqui uma característica até de um tempo atrás, professores daquele
ensino tradicional, aluno, carteira, professor, quadro, aquela coisa assim. E se perguntava e se
respondia basicamente, aquilo que se perguntava. E então, muitas pessoas perguntavam
alguma coisa. Eu não me esqueço de uma árvore de possibilidades numa das primeiras aulas
de matemática, quando eu ia perguntar eles baixavam a cabeça, sabe, fingiam que estavam
conversando com a pessoa do lado, aquele medo e u não sabia o nome de todo mundo, eram
cento e tantas pessoas, não guardava o nome de todo mundo. Aí, tinha mesmo que chegar
perto ou falar você aí. baixavam a cabeça, o que é como? Hoje, mal eu tô conversando,
pedindo uma opinião, pergunto para um ou outro que fale e até mesmo fora da escola tem
um grupinho de pessoas que chegar a propor aqui na estação, um espaço ocioso, que era uma
estação mesmo, a sede da estação que era ali. Inclusive, falaram de escrever para o Roberto
Marinho para ver se a gente consegue montar um museu aqui, da cidade. Iniciativa deles.
Eram pessoas assim, que mal conversavam. Conversavam com a gente assim, de cabeça baixa
Até mesmo fora. que a gente sabe, de conversar de igual para igual, de chegar numa prefeitura,
de chegar num médico Pessoas que tinham vergonha de perguntar. Ás vezes, esperavam todo
mundo sair para comentar problemas pessoais, que a gente acaba se tornando conselheira,
ouvinte, pelo menos. Conselheiro não chegaria a tanto mas, um ouvinte. As pessoas
esperavam todo mundo sair para perguntar escondidinho, quando tinham coragem de
perguntar Hoje em dia não. Perguntam no meio de todo mundo, fazem perguntas que antes
achavam que seria uma coisa muito escabrosa e hoje, perguntam Eu acredito até que essa
noção mesmo de comunicação, que antes não tinha, realmente não tinha. A gente só
conversava mesmo o essencial".
0 47' 40" - Melhorou a comunicação no trabalho?
0 46' 50" - "Até mesmo de reivindicar tipo assim (interferência)
0 48' 18"- "Até mesmo tem um fato engraçado, é no refeitório, ás vezes ele tinha vergonha de
chegar, ou trocar, ou falar que não queria isso. Falei mas que bobeira gente é coisa minha, né.
Então com o passar do tempo as pessoas vão (caminhão) Então, como eu ti falei,
várias pessoas, até mesmo para ir lá na prefeitura, reivindicar alguma coisa, saber falar
diferente Muitas vezes, quando saiam, até mesmo para discutir questões políticas, porque
aqui. por ser uma cidade pequena, ás vezes as pessoas criticavam muito, jogavam muitas
pedras mas. não tinha essa coisa de chegar e conversar mas. porque isso acontece? A gente já
tem pessoas que estão mais abertas em chegar e conversar e chegar, há eu conversei com
fulano, eu não tinha coragem de chegar e conversar. Então, a gente tem várias coisas assim".
0 49 20" - Rapaz da Belgo?
0 49' 30" - "E esse rapaz, ele tinha dificuldades assim, no refeitório de pedir ou pedir para
trocar alguma coisa, ficava inibido. E com o passar, eu acredito que não seja tanto pelo curso
em si. mas pela liberdade de comunicação, de chegar e pedir não eu quero que troque isso, eu
não quero isso. ficava ás vezes acanhado, a palavra certa era isso, acanhado e com o passar do
tempo se tornou mais aberto. Pessoas que saíram daqui tristes, pessoas que tiveram que mudar.
eu tenho a Adriana e o Alexandre que tiveram que ir embora, tiveram que mudar. E justamente
esse lado de vergonha. A gente conversava com eles, eles começavam a rir, não respondia não,
ria. so ria E já bastante tempo depois já chegavam, conversavam, encontrava na rua para
cumprimentar, coisa que ás vezes ia cumprimentar nâo, ficava abaixada a cabeça, se eu tivesse
com o meu marido então, nem pensar, nem olhavam e depois não, com o passar do tempo, a
comunicação mesmo"
0 50' 33" - Mudanças na familia?
0 50' 40" - "Tem pessoas que, pais que tem a estória de um aluno, um menino, ele começou a
estudar, já tinha começado a estudar, tinha começado as provas lá em Juiz de Fora e. depois
voltou, começou a estudar com a gente aqui e começou na malandragem, não queria saber,
sem graça, vinha pra escola, aquela coisa toda e, não dava nada. Ai o pai veio, eu vou estudar,
pegou os livros aqui comigo e não vinha mas, pegou os livros, se eu precisar tudo bem, mas é
uma pessoa assim, altamente capaz. Eu vou estudar em casa, posso fazer a prova? Pode e
deve. não só pode como deve. Ele fez 5 provas de uma só vez, passou em 4. Ficou só devendo
uma Tenho mais que começaram a estudar porque o filho estava precisando de ajuda na
escola Não sabia nem o que a gente podia ver. Começaram a estudar por causa disso.
Exemplo, né. há eu estou estudando para dar exemplo para meu filho. Hoje, uma ex-aluna, que
é uma senhora, que lamentavelmente, ela sumiu, ela teve um problema de câncer, ficou muito
debilitada mesmo e saiu daqui chorando. Ela não queria parar, mas aí, ficou incompatível
aquela história toda. Mas graças a Deus, hoje, ela está bem mas, com todas aquelas
conseqüências do câncer. Hoje, ela estava conversando comigo que de manhã, ela falou que o
neto dela falou: Vó a senhora está precisando voltar para a escola. Porque, ela: Felipe vai lá
dentro e pega dois real pra ir pra escola. O menino está com 7 anos, está na pré-escola. Ela
fala Felipe, pega dois real pra comprar o pão. Aí, ele fala: o Vó, você está precisando voltar a
estudar com a tia Celina, são dois reais. Então, essa comparação de que o menino já sabe que
ela tem que vir para a escola. Não tem que vir para a escola, né. Seria bom que ela viesse. E
tem dois casos, como eu estava falando de mãe e filho. A mãe com uma certa idade, o filho
bem mais novo não querer muita coisa, a mãe veio, passou também, vem estudar, ela
freqüenta regularmente e a esperança dela é essa, eu vou que é para ver se ele me acompanha
Mas geralmente, ele não vem muito não. Ele é bem malandrinho. Mas o exemplo da mãe está
dado Ela vem. ela estuda, não é, e é aquela coisa também de exemplo mesmo não só com os
filhos maiores mas. principalmente, com os filhos menores. Nós temos alunos aqui na rede
regular que não querem estudar para trabalhar. Assim, tão assim, dificuldades todo mundo
tem Mas não a gente pode fazer as duas coisas junto, trabalhar e estudar"
0 54' 20" - Algum caso?
0 54' 44" - "Corn certeza Pais assim tem uma mãe. a Wanderly. falar nisso ela está sumida,
falar na Wanderly ela está sumida. Essa coisa de recorte de jornal, notícia de jornal. Então, ela
tinha muita dificuldade em saber que notícia ela podia recortar para a filha dela. Aí, a gente
conversando hoje. de vez enquanto eu faço isso também. Quando tinha aula de português, de
montar um anuncio de jornal e coisa assim, e ficou muito mais fácil. Ela fala que agora, ela
sabe o que é anuncio, o que é notícia, o que é propaganda. Facilitou muito para ela. Facilitou
muito para todo mundo, ajuda bastante".
0 55'38" - Consciência de estudar/Globalização?
0 56' 09" - "Depoimentos deles mesmo, palavras deles mesmos. Você vai ter oportunidade de
conversar, dessa necessidade de estar melhorando, porque se não melhorarem, não procurarem
ter uma iniciativa, vão ficar para atrás. Não lembra eu comentei com você em Juiz de Fora,
tinha uma fila imensa. Aí. foram perguntar para que era a fila no Hiperbretas. Eram pessoas
que estavam com um envelope com currículo, visando um salário mínimo para estocador
Tudo isso. em procuro conversar com eles, mostrar muito para eles que hoje em dia não é só
ter diploma E fácil, você até dependendo do lugar que você vai, a gente sabe disso, tem
instituições que acabam até vendendo, até isso infelizmente, isso acontece. Mas não é só a
necessidade do diploma, mas de conhecimento e iniciativa, principalmente, iniciativa. Pessoas
que além de ter o conhecimento ter iniciativa, ter vontade de querer fazer. Eu converso muito
corn eles tipo assim, você vai procurar um emprego na Belgo, vamos colocar assim, motorista
né. tá lá. motorista. Na entrevista, eles vão perguntar se você tem carteira, se você conhece de
mecânica. A necessidade não de ser um profissional dessa área, mas de você estar aberto a
várias a outras atividades que ti possam levar a tomar uma iniciativa e ter a segurança e a
garantia que isso vai dar certo. Eu converso muito com eles e eles também da parte deles,
sentem muito essa necessidade de estar melhorando. Tanto que não estão satisfeitos só com o
ensino fundamental. Estão querendo o 2
o
grau, estão querendo o profissionalizante. Estão
querendo empresa aqui. Antes eles visavam muito essa coisa de vou estudar para conseguir
um bom emprego em Juiz de Fora. Hoje não, vamos estudar e cobrar que aqui em Ewbanck
tenha uma empresa uma forma que a gente possa conseguir montar uma firma. Então, é uma
mudança, não? Eu acredito que seja e não, aquela submissão de pegar esse BR aí, esse ônibus
que e cansativo né. É um urbano, pegar esse urbano, andar até lá em cima. ir trabalhar, chegar
cansado, pegar ali. voltar a pé novamente. Então, estão querendo o que? Se a gente conseguir
essa melhoria, ótimo. Então vamos por uma empresa para cá. Vamos formar profissional
suficiente, pra gente tocar essa empresa aqui. Ajudar a empresa e até mesmo em termos, eu
procuro conversar com eles. em termos de arrecadação de imposto. Se você vai trabalhar em
Juiz de Fora. você está levando o seu dinheiro queira ou não para Juiz de Fora. Então, vamos
trazer para cá Então, esse exemplo aí do museu, é uma grande iniciativa deles".
0 59'45" - Eles conseguiram captar o que é globalização?
1 00' 22" - "Eu acredito que sim. Até mesmo pelas conversas que a gente tem durante a aula. È
como eu falei, eu procuro trazer muito para nossa realidade. O que é a globalização em si
Vamos ver todo mundo junto mas. cada um na sua área específica, mas que todo mundo
atenda a todo mundo e que a vida se torne melhor. E tipo assim, eu sei matemática bem. o
outro sabe desenhar bem então, vamos juntar isso tudo. Eu procuro trazer isso Eu acredito que
sim Eu posso até fazer uma revisão nessa parte aí e dar uma olhadinha. Acho que conseguem
sim Mesmo porque, a um tempo atrás, você levava ai meses para não falar num outro termo,
até uma informação correta de um determinado assunto. Hoje em dia. é instantâneo. É uma
prova assim, que se você não fizer hoje, amanhã pode ser tarde. Eu acredito que sim".
1 01' 21" - Senso critico mais apurado com o ensino?
1 01' 40" - "A gente conversa muito da importância deles serem eles mesmos, né. Não é só
aluno da escola, ou cidadão Eubanckense mas, ser uma pessoa capaz de mudar, né. Eu brinco
muito com eles a história de Ewbanck da Camara, do engenheiro que deu origem a nossa
cidade por causa dela, Porque ele era simplesmente um engenheiro que estava fazendo o
serviço dele que era a estrada de ferro e, porque o nome de Ewbanck da Câmara, porque a
passagem dele por aqui fez diferença. Eu procuro conversar com eles que a passagem de cada
um faz a diferença. As vezes, até mesmo vai fazer diferença para o bem ou para o mal, nem
mais. nem menos, mas é de cada um. Eu faço a minha parte, o vídeo tá lá, televisão, o quadro.
os mapas, a vontade da gente de ensinar, vontade da gente de explicar, está tudo lá, mas vai
depender de cada um aprender mais do que aquilo que quer aprender, mas ninguém consegue.
né"
1 02' 50" - Trazem jornais para a sala, tem maior senso critico?
1 02' 05" - "Mudou muito. né. Não sei, quem sou eu para julgar. Eu acho é que mudou.
Mesmo porque muitas vezes era só uma notícia de jornal. Uma das últimas aulas, que a gente
assistiu, falando da .África, da pobreza da África, é uma coisa que aconteceu lá do outro lado
do mundo, mas é uma coisa que está acontecendo só lá? Hoje em dia, eles comparam muito,
eles trazem muito para a nossa região aqui perto da gente. Lá eu já não posso fazer nada. mas
eu posso fazer alguma coisa aqui. Então, eu acho que há uma mudança para melhor. Eu
acredito, é opinião minha"
DECUPAGEM 02/FITA 01
DEPOIMENTO: Orientadora de Aprendizagem.
1 03 02" - Como percebe interação da tecnologia?
1 04' 09" - "E né. o visual né. ajuda demais da conta Quando era coisa de livro, uma coisa
que às vezes foi escrita, uma edição de 1990. uma coisa que você estaria ali estudando ali
apesar desses livros não terem sido editados por nós. não é uma coisa, mas uma coisa visual.
essa interação que ti dá esse direito de parar na hora. né, passou alguma coisa você. alguém ti
perguntar alguma coisa, você parar e perguntar o que você entendeu? Você não entendeu? Eu
vi desse jeito e você não viu? Eu acho que esse uso da tecnologia, que está aí. a nosso favor,
eu acho muito válido assim. E muito útil mesmo, que palavra eu vou dizer, essencial hoje, hoje
essencial Há algum tempo atrás poderia ser facultativo, ser privilégio. Hoje, é essencial".
1 04' 25" - video ajuda reter conteúdos'!'
] 04' 30" - "Auxilia bastante. Lógico, há casos raros, exceções, como nós falamos, em termos
de matemática, por exemplo, não é que deixe a desejar. E a matemática em si. que ti cobra
uma área diferente Cobra uma postura diferente. Não é só o video, muitas vezes, algumas
aulas de geografia até mesmo de história, dispensam comentários, dispensam. É tão completo
que dispensa A matemática não. principalmente, porque a matemática todo mundo, uma
grande parte das pessoas, tem um certo tabú em relação a matemática, salvo estas falas
especificas, ajuda demais da conta, é bastante proveitoso".
1 05' 16" - TV em casa e no TC
7
1 05' 50" - "E diferente
7
Não sei. Hoje em dia está tão aqui né, entranhado. que eu acredito
que não seja diferente, faz parte. Lógico, lá eu posso optar por "N" canais diferentes. Aqui, eu
vou optar pela hora A forma de repente, a seqüência, mas eu acho que hoje em dia é a mesma
coisa"
1 06' 18" - Novela poderia ter conteúdos didáticos?
1 06'.30" - "Poderia não. eu acho que teriam que ter. Quando eu disse a mesma coisa é pela
facilidade de se manusear. Facilidade do uso, de ligar e desligar e aproveitar tudo aquilo.
Mesmo porque nas minhas aulas de história, dentro dos conteúdos de história, eu procuro
buscar muito programas de televisão mesmo. Essa novela das oito aí, aquela da Guerra de
Canudos então, deveria ter essa informação contida mesmo dentro dos programas que deixam
muito a desejar, infelizmente, deixam muito a desejar. Teriam, seria, acho que facilitaria para
todos educadores para a vida. para o ser humano mesmo, que dentro de um programa de
humor não fosse só risada, tivesse uma risada, mas que fosse uma pitadinha de consciência,
uma cutucadinha. uma alfinetadinha, sem contar os outros programas. O humor é que a gente
vé tanta coisa ruim que a gente procura ver mais humor".
1 07 55" - TC lembra novela?
1 11" 00" - "Parte geralmente de situações do dia-a-dia e jogam aí dentro um fato histórico, ou
partindo desse fato para uma exploração maior dentro de cada conteúdo. Geralmente, todas as
matérias são assim".
1:11' 50" - Ficção em todos os programas?
1 :13' 00" - "E de repente até mesmo, eu não sei se eu consegui ti entender bem. Mas de
repente até pelo cotidiano que a gente leva, porque se fosse uma coisa muito diferente, de
repente ate dispersaria. Mas. como tem aquela trama, aquela situação do incêndio, aquela
situação do roubo Então são coisas que estão muito dentro da realidade, de novela, do dia-a-
dia e tudo e. que eu acho que ajuda bastante. Há uma semelhança muito grande".
1 13 40" . Cotidiano e novela?
1 15' 00" . "Eu vou ti falar isso baseado nas aulas de história, quando a coisa fica muito
jornalística mesmo, assim de informação dada, né. Eu estou ti jogando uma informação, eu
acho até que fica mais dificil percebar. Então, quando é coisa jogada assim, comparando o que
e atual com o futuro, ou com o passado, eu acho que fica mais fácil. E o que é a novela? São
pessoas que se colocam nas posições de más e de boas, e tudo. Tem pessoas que se identificam
corn aquelas pessoas também. Então, eu acredito que seja a questão do cotidiano, do dia-a-dia.
de estar se refletindo naquelas imagens".
1 16' 10" - Precisa melhorar no TC?
1.16' 50" - "Eu nâo digo melhorar, em questão de programas eu não diria melhorar. Eu acho
que só o video em matemática, eu acho que, é lógico em algumas aulas não tem o melhor
problema Mas só o vídeo em matemática, às vezes dificulta. Porque, eu acredito até que pela
rapidez. Não tem uma seqüência, não seria seqüência, não tem um passo-a-passo. Não tem
aquele passo-a-passo que a gente vai fazendo a pessoa, com o aluno e que ele vai ti
entendendo, no que você está fazendo. Então, tipo assim, há isso aqui vamos ver se eu lembro
alguma coisa. bem. porque que na multiplicação de fração é o numerador pelo denominador e
já na divisão é o inverso, o numerador pelo denominador, o denominador pelo numerador.
Então, eu acho que faz rápido, entendeu? Passa lá no vídeo muito rapidamente. Eu acho que o
acompanhamento para quem já tem uma noção, ok. Mas, para o pessoal aqui. que são pessoas
que estão ha muito tempo fora da escola e, fora que, da matemática todo mundo tem medo. Eu
acredito que são rápidas demais. A questão seria essa - muito rápido".
1 18' 22" - Video nas outras disciplinas?
1 18' 40" - "Eu senti dificuldade com ele na matemática. E justamente nessa ... (interferência).
1 19'30" - "Eu acredito que seja isso, não sei, eu estou ti falando com o pessoal aqui, né Mas
essa. passa rapidinho. há é assim. Então, eu acho que para uma pessoa estudar sozinha, um
alto didata, eu acredito que não teria uma domínio maior. Ele teria mais dificuldade nisso aí.
Então, a gente pega. detalha, passa o vídeo e detalha depois, né. Muitas vezes não dá certo, aí
a gente joga o livro pra cima".
1 20":05" - "Eu gostei muito do de geografia, eu gostei muito de geografia, história também,
português também Eu só vejo dificuldades em matemática. Eu acho que o material e muito
bom mesmo e até mesmo os livros. E bem cautelosos. Eu gostei muito do material".
1 20' 40" - Dificuldades de trabalhar com o TC?
1 20 45" - "Não. volto a falar, eu sou uma pessoa que aprendi, acredito que aprendi tanto
quanto o pessoal da sala. Tenho uma formação básica, uma formação de ensino médio. Mas, o
material dá muito apoio. E lógico que a gente procura muito mais coisas também. A gente
traz. se eu estiver lá embaixo, eu vou ti mostrar a quantidade de livros de 5
a
a 8
a
série, que a
gente vai pegando para auxiliar. Principalmente, para me auxiliar. Extêncil, mimeografar.
121' 24" - Segue metodologia, improvisa ou cria outros mecanismos?
121' 50" - "Ai. é como eu já ti falei, eu já sapatiei mesmo literalmente, numa questão de
matemática, tentando explicar um probleminha de porcentagem, eu fiquei uma aula inteira,
duas horas direto, é assim gente, procura entender, não aceitaram, não entenderam e eles são
asim. não entendeu, não entendeu mesmo. Sem essa de que entendi, não. Não entendi. Aí vai
escreve alguma coisa no quadro e vira, traz alguma coisa de fora, alguma explicação de fora e
tem um caso até. deixa eu ver se recordo, essa aula ficou assim, na história, né. Eu expliquei,
tronei a explicar, inclusive caiu uma questão na prova desse mesmo estilo, mudaram os
números Fizeram, graças a Deus que fizeram. Mas ficaram assim, tá, a gente vai aceitar
porque eu estou falando mas. a questão de entender mesmo não. Ficaram, né, com algumas
duvidas. Mas já aconteceu casos de levar, trazer algum aluno, um dia chegou numa aula de
ciências que cabelo de cavalo vira cobra, que os pais falaram, coisa de folclore. Há então tá,
mas como? Há se botar na água. Vai trazer dengue, né, mas cobra eu acredito que não
Trouxemos, tá lá no armário, cabelo, né, e a cobra não rolou Mas outras vezes também,
demonstrando para eles. Acontece é fato então, vamos fazer o experimento aqui. Vamos ver se
acontece mesmo. E outras vezes também, de explicar uma. duas, três vezes e não dá certo.
Entendeu fulano? Entendi Então vem cá, explica aqui, fala do seu jeito, o que você entendeu?
Ai. os outros entendem o que o colega está falando e não entenderam comigo. E ruim? Não.
ótimo Então tomara que você entenda outras vezes para me ajudar. São recursos que a gente
vai. não deu de um jeito. As vezes, eu falo alguma coisa, aí questiona algum deles. Há mas eu
acho que não é assim. Então tudo bem, eu não sei ou me deu uma dúvida, eu volto. Esse rapaz
lá da prefeitura mesmo, como é que ele se chama, Marzinho. ele mexe aí. com a água de
Ewbanck da Câmara, ele faz tratamento de água. Há pouco tempo fui atrás, falei Marzinho, eu
falei isso e você falou que eu estou errada. Foi até uma questão de plantação de plantas na
beirada do rio. que se contaminam tudo. A maioria contestou. Há o que é que tem, não tem o
maior problema, a planta não vai adquirir essa poluição do rio? Eu acredito que sim. Eu fui
atrás dele e ele falou é você está certa, não está errada não, é não vai passar tudo mas, parte
dessa contaminação vai para essa planta sim. Então, eu não tenho vergonha de chegar e falar
eu não sei. não entendo, vou procurar saber. S eu não aprender, espera aí, vou buscar uma
outra pessoa que sabe explicar e tem uma aula de matemática que eu estou devendo até hoje
Uma que tem um violão, um teclado, essa vem nem me atrevo, não sei, não tem condição, não
vou fazer Até de fato relacionada a fração. O dia que eu conseguir uma pessoa para vir cá, as
pessoas para vocês, eu não vou me atrever. Não fez falta, graças à deus".
pegar montar uma estorinha, montar alguma coisa, mas o material em si eu usei muito e eu
acho muito, muito bom".
1 25' 20" - Mesmo com a metodologia do TC, tem que fazer adaptação?
1 25' 30" - "Tem uma adaptação, uma atualização, vamos colocar assim. E lógico, a gente
segue aquela coisa, vídeo, que são 15 a 20 minutos de vídeo, a explicação da gente, o horário
das 8 principalmente, são pessoas que dificilmente ficam aqui fazendo os exercícios. Não
prendo, porque a maioria, como eu falei, são pessoas que vem direto, não vai jantar, vai ficar
aqui até as 10 horas, não vai fazer o exercício e, se fizer não vai ter proveito nenhum. Então,
vai para a casa. toma um banho, descansa, fez, aprendeu? O que me interessa é isso. A gente
segue basicamente essa metodologia, vídeo, explicação, tirar dúvidas, fazer algum tipo de
exercicio, mas a gente acaba sempre inventando. Um dia eu faço um simulado, rodo algumas
provindas, procuro colocar num nível acima Me lembro que na primeira, muita gente quis
parar porque eu não ia conseguir e eu disse não. não é assim. Eu estou colocando muita coisa
assim, de macèlezinho. para chamar mais, apurar mais a atenção. Ai explico, isso foi feito por
causa disso Olha. atenção nisso aqui. A gente procura ir trazendo alguma coisa, assim, se não
a gente não dá conta também"
1 27' 02" - Algo de conteúdo para melhorar?
1 27' 50" - 'Eu acho que dá para levar legal, em termos de conteúdo. Há uma diferença grande
das aulas de geografia que eu estudei a tantos anos atrás. Há uma diferença, mas acredito que
para bem melhor, mas eu acredito que não"
1 28' 40" - E essa interação vídeo, aula e material didático?
1 29' 17" . "Eu acho que olha só. eu estou pensando, só o vídeo, mais a explicação, mais eu.
mais eles. só. tipo assim, aplicado em qualquer lugar pura e simplesmente, eu acho que não vai
funcionar nâo O que funciona sempre é trazer o vídeo, mais a explicação para dentro de cada
realidade Então, tipo assim, nâo adianta muito a aquela aula bonita de ciências ou de
matemática mesmo, se não tiver urna aplicabilidade aqui. dentro do universo deles. Então, o
que resolve, o que completa é tudo isso, aplicado na realidade de cada um. Fatos diferentes
acontecem, a gente tem níveis de pensar diferentes, né, de funcionários de uma empresa, pais
de familia, donas de casa. professores, tudo é cada um dá um exemplo e tudo isso junto, acho
que se complementa e pura e simplesmente o vídeo, seja o profissional que for, acho que só
ele não vai resolver não. Tudo isso, dentro da realidade de cada um. né. é a mesma coisa de eu
estar fazendo aqui o que vem de Belo horizonte. Eu acho que não vai funcionar ou vai
funcionar de maneira diferente".
1 34' 20" - Visão da educação?
1 34' 30" - "Eu acho que ultimamente está se tendo uma visão, não sei se é porque é época de
politica, mas eu acho que está tendo uma abertura maior, está se falando mais em educação e
no caos que está esta educação. Eu vou falar de Minas Gerais porque a gente está envolvida
aqui corn Minas. De uns anos para cá, de uns seis, sete anos para cá, eu falo isso baseado no
meu filho Eu tenho um filho de 14 anos, eu tenho visto uma, não seria negligência, mas uma
forma de cobrar diferente, que eu não concordo muito. Tem a Claudia, supervisora, que às
vezes, a gente entra em conflito por causa daquela questão do construtivismo. Quando eu
entrei aqui. como eu disse o meu cargo era um cargo político, o que eu vou fazer? Não sabia
para onde ia. a escola tinha se municipalizado, não sabia se ia para a sala ou para a secretaria
Ai falei com eles. se for para eu trabalhar o construtivismo eu vou embora, porque é uma visão
que a gente tinha de que a visão que eu tinha era de ver o resultado com o meu filho Uma
coisa que não tinha muita cobrança mesmo, ou essa cobrança era de uma forma que eu não
conseguia entender Então, eu acho que com as pessoas desses últimos anos, eu acho que ficou
muito a desejar Agora, lógico, de algum tempo para cá, essa necessidade, tanto de ter esse
tipo de programa, do Telecurso, de aceleração de aprendizagem, nós tivemos aqui algumas
experiências no ensino fundamental de aceleração de aprendizagem. Esse curso presencial
noturno em 6 meses. 6 meses de cada série, é em busca de um resgate mesmo. Eu acredito que
em busca de um resgate Houve uma defasagem muito grande. Eu não sei se por mudança de
metodologia, desse construtivismo, que eu não domino e como eu falei com ela. tenho medo,
porque hoje que eu conheço esse projeto, eu acredito que seja um projeto muito bom mas, um
projeto muito bom para uma realidade muito diferente da nossa ...., mas para quem não tem
dominio como a gente, tem aqui problema, mesmo financeiro, os problemas de carência
mesmo Eu acho uma dificuldade muito grande para eles. é de carência mesmo. Eu acho uma
dificuldade muito grande para eles. É bem puxado. Eu vejo isso, vi isso baseado na educação
do meu filho e no meu tempo, na minha época de estudo, era uma coisa mais cobrada, até
mesmo pelos pais. Hoje em dia há uma preocupação muito grande em passar, né O meu filho
passou, tirou a 8ª seria e na nossa época a preocupação era diferente, de aprender. Então, eu
acredito que isso esteja mudando, principalmente, por parte do povo. Uma consciência de que
tem que mudar, tem que aprender, tem que estudar Mas foi meio quase que perderam as
rédeas ai. pelo indice de analfabetismo aí é violento".
1 38' 20" - Escola X novas tecnologias?
1.38' 40" - "E o que a gente estava falando do dia-a-dia. né. Se fizer isso. essa abertura, não só
para a tecnologia, do video. TV, tinha uma supervisora aqui, no ano passado, que falou no
retroprojetor Nós não temos, mas manipula de outras maneiras. Então, se a gente não correr
atras disso, se as escolas não correrem atrás disso, ou você, ou as pessoas que conseguem
mesmo fazer mágicas, porque tem lugares ai que você sabe que não tem nem energia elétrica,
quanto mais o resto Mas aqueles que tem essa condição e não aproveitar, eles vão ficar aquém
e vão ficando como escola uma chata. Aquela escola do menino sentado, do professor lá na
frente, se ela não modificar, vai ficar para trás. E quem vai ser o maior prejudicado? SÃO
nossos filhos, o nosso futuro. E nós temos aí um projeto que é dos "Amigos da Escola", que
não deixa de ser uma tecnologia, um apoio muito grande, mas tem que ter essa abertura porque
se não tiver, infelizmente, eu acho que vai sair perdendo".
1 10' 11" - OA X tecnologia?
1 40' 50" - "Se não tiver essa abertura, ele vai continuar dando aula, principalmente, aquele
que e concursado, vamos colocar assim, mas é ele que vai estar perdendo. Eu acredito que o
maior perdedor seja ele Eu ti falei no construtivismo que é uma maravilha de programa, mas
que tem que arregaçar as mangas e ser aberto a aprender junto com o aluno. Se esse
profissional ficou preso ao caderninho de escrita comum e tudo, ou ele vai ser muito bom. um
excepcional profissional, vai se superar ou o menino no ano que vem vai pedir para ir para a
sala do outro Eu quero estudar com fulano, nâo quero estudar mais com esse aqui não".
1 47.21" - Ser Orientadora de Aprendizagem (OA)?
1 47' 35" - "O que é gratificante, não sei se vai parecer demagogia, mas é realmente não é, o
pouquinho que cada um mudou. Acho prá mim que é gratificante saber que eu fiz diferença
Quando falo eu. falo eu Marcos, eu Celina, eu Telecurso, eu possibilidades, entendeu? É ver
esses alunos, ver essa senhora chorar porque fez uma provinha, uma provinha não, porque
para ela foi um provão, chorar. Ela literalmente, chorou de soluçar. Isso é muito bom, é muito
gratificante Financeiramente não. Eu preciso, preciso e peguei porque foi uma maneira não só
de ajudar na época a situação, mas foi uma visão nova. Confesso novamente, que fiquei
apavorada quando eu vi. quando eu cheguei que eu vi aquela sala imensa, cheia, lotada, tremi,
senti muito medo Mas hoje, um ano e quatro meses depois é muito gratificante, muito
gratificante, principalmente, ver essa gente que estudou, que fez, né. Eu sempre fui uma boa
aluna, não tive nenhum problema de média porque meu pai cobrava muito. Então, esse passar
de ano. tirar a 8
a
série, não teve a importância que teve para essa senhora, que tem para os
outros Essa é a gratificação maior. E fazer diferença mesmo".
FIM
0 01 10" - Como viam a educação antes e como vêem agora?
0 01' 38" - (2) "Eu acho assim, a gente sempre teve muita oportunidade de estudo, mas depois
do TC veio a oportunidade para pessoas iguais a mim. que tinha um tempo afastado da escola
porque não tive a oportunidade de fazer o 1
o
grau completo, por isso eu não fiz. Então deu
muita oportunidade prá mim e prá várias pessoas. Quando começou o ginásio, de 5
a
a 8
a
, eu
pensei em começar, mas ai. dona de casa, criança, então tive essa oportunidade e muitas outras
pessoas Então o TC deu oportunidade para muita gente. Começou aqui, não é Celina? Com
cento e tantas pessoas. E claro que durante o curso alguém acaba desistindo. E também o 2
o
grau que alguns anos não tinha, agora já passou para o estado. Eu acho que a educação em
Ewbanck tem oportunidade para todos. Tem o pré. tem a escola de 1
a
a 4
a
. tem o ginásio, tem
o 2° grau e agora tem o TC que deu oportunidade para muitas pessoas".
0 03".10" - (3) "Eu acho que agora está bem melhor do que antes"
0 03' 40"" - (8) "A gente já conversou várias vezes sobre isso. Pena que a Afrânia se desligou
E uma outra aluna, ela e assim prá frente, gosta muito de falar abobrinha também, mas gosta
muito de falar. Mas é uma pessoa que cobra (ruído/todos falam) inclusive essa aqui está
cobrando o 2° Grau. justamente para recuperar esse tempo perdido, como é o caso da Lélia, da
Regimar, a Ligia também, as outras mesmo, eu não me recordo os motivos não, mas eu acho
que e por falta de oportunidade mesmo. E essa oportunidade que está tendo de pegar,
aproveitar esse tempo. E lógico que acaba se estendendo mais do que o programado, que seria
de um ano e meio. já se estendeu um pouco mais devido a vários fatores. Um deles era a
questão de sair daqui para fazer as provas fora. E uma coisa que a gente já consegue trazer
para cá Nós já estamos realizando as provas aqui. Já facilitou bem. E a questão financeira na
maioria, na grande maioria é a questão financeira e juntamente com a disponibilidade de
tempo Muitos não tem essa disponibilidade. A gente tinha alunos aqui que inclusive o irmão
dela. que as vezes, no princípio, chegava a cochilar na sala de aula. Chegam aqui, fazer o que?
E o tempo que ele tem. A oportunidade que ele está tendo. Está correndo atrás. Então, eu
acredito que antes do TC. tinha sim esta oportunidade mas, uma oportunidade até mais restrita
pelo tempo gasto de estar ou não na sala de aula, que é uma cobrança. A D. Edna, que foi
minha professora, ei estudei na escola dela. aí. tinha a extinta CEMEG, agora, ela,
principalmente, ela. tinha uma cobrança muito grande com a questão de freqüência. Era uma
questão de legislação E a legislação, a lei cobra muito isso. E a gente não tinha como escapar.
Quem tinha disponibilidade de tempo conseguia vencer. Já o TC tem essa flexibilidade. A
gente brinca muito aqui. há já está indo embora, vou puxar a orelha. A D. Lélia ali. ficou um
DEPOIMENTO: Grupo Focai (5 alunas, 2 OA, 1 Diretora).
1-(M7)- OA (40/50 anos)
2-(Ml)- Lar (60/70 anos)
3- (M5) - Enfermeira (20/30 anos)
4- (M3) - Estudante (20/30 anos)
5-(M2)- Lar (40/50 anos)
6- (M4)- Estudante (15/25 anos)
7- (M6) - OA (30/40 anos)
8- (M8) - Diretora da Escola - (40/50 anos)
DECUPAGEM 03 / FITA 02
O 06' 30" - (5) "Eu antes né. tinha vontade assim, de voltar a estudar né. porque parei na 8
a
serie, ai casei, perdi as provas finais, aí ei fiquei né. Tinha o que, 17 anos, não é Celina?, que
eu estava fora da escola Aí, surgiu a oportunidade e eu comecei, depois me deu um desânimo
sabe. fiquei assim, nervosa. Não estava entendendo nada. Há vou parar! E vim e eu agradeço a
Celina que eu vim desenvolver os livros e ela me fez voltar com os livros, não você vai
continuar, me deu uma força sabe. Agora, minha vontade é fazer o 1
o
grau, 2
o
grau e quem
sabe. Deus me ajudando, eu consigo a faculdade. Realizar o meu sonho, meu sonho de ser
arquiteta e eu tenho fé em Deus"
0 07" -40" - Aprender pelo TC fez diferença?
0 07' 51" - (5) "Há fez sim. a gente aprende muita coisa né. A gente fez novos amigos, nossa
conhece tanta gente. E muito bom eu gosto. O dia em que eu não venho prá aula. eu me sinto
mal Está faltando alguma coisa sabe. eu gosto".
0 08' 40" - (2) ''Eu pensei assim, saber mais alguma coisa, nunca é demais aprender mais um
pouco Mas. depois que começa a fazer o TC a sua visão é outra. Você já está pensando num
2º Grau. uma faculdade. Eu já não sei né, se vou chegar na faculdade, quem sabe, nunca é
tarde Então tem pessoas, quer dizer, você está estudando prá que? Quer dizer, prá que? Você
deveria pintar lá para ver porque , eu acho que desperta essa vontade da gente começar. A
gente começa com uma idéia depois, já parte para querer mais alguma coisa, alcançar um
objetivo que até hoje a gente não tinha pensado".
0 09 45" - (4) "Eu casei. né. A gente casa. Tem gente que acha que a gente está pronta, não
precisa mais nada. não precisa de estudar. Só que a gente vê que as coisas não são assim.
porque, para tudo hoje precisa de estudo. Você precisa nem que seja o 1
o
Grau ou o 2° Grau. o
máximo que você conseguir, senão você não consegue nada. E para min foi ótimo, porque eu
so via televisão, né. Para min foi ótimo, eu adoro vir estudar. Sem contar os problemas de
casa. Ai vem para cá e esquece tudo".
0 10" 10"" - Mas o que você pretende com os estudos?
0 10" 28" - (4) "Há. eu pretendo, se Deus quiser e se eu não tomar mais bombas, aí, eu
pretendo fazer o 2° grau. fazer cursos. Faculdade eu não penso muito não, porque, é muita
coisa Mas assim, fazer um curso, começar a trabalhar. Eu penso em continuar, não penso em
parar"
0 11" 07" - (1) "Eles. antes pensavam que não iam Ter oportunidade ás vezes, de fazer uma
faculdade, de fazer o 2° Grau. Vocês hoje, estão tendo uma visão de que não tem oportunidade
de fazer uma faculdade Mas às vezes, até vocês chegarem lá, a faculdade está mais fácil e já
chegou aqui para vocês também. É nisso que a gente tem que pensar porque a vida do aluno
esta sendo facilitada de tal modo que a gente pode Ter esperança de futuramente, a faculdade
vir até nos Porque, prá gente sair daqui para estudar em Juiz de Fora e Barbacena e outros
locais que tem faculdade é realmente muito difícil. Tem muitos gastos, é longe. Então, é dificil
pra gente, tem que Ter esperança que um dia a faculdade pode chagar até a gente também.
Porque a gente, ás vezes pensa que atualmente, não tem e que isso nunca vai ser possível.
Como foi possivel o TC chegar até aqui, é possível a faculdade chegar. Então, a gente não
tempão fugida da escola, mas é uma pessoa que tem capacidade e o TC dá essa margem, essa
flexibilidade e ajuda, acho que muito".
pode perder a esperança Tem sempre uma esperança e vontade né. tendo sempre vontade a
gente vence. Nós estamos comentando, eu estou falando assim, do meu caso, que eu sou
professora, então ontem os alunos tiveram o contato com o livro a primeira vez, os alunos que
eu estou trabalhando Então eles leram na primeira página aquela cata do TC aos alunos. Então
eles viram la a 1
a
fase. que é o 1
o
Grau. Aí, eles me perguntaram: O professora, eles não me
chamam pelo nome não. é professora, mas o que vem a ser, corresponde o que? Eu falei você
terminou essa 1
a
fase aqui. você passa para a 2
a
e 3
a
fase corresponde a você Ter estudado até
a 8ª série E mas aqui no livro tem uma 2" fase e essa aqui vai corresponder ao 2
o
Grau? Eu
falei, ai . você vai estudar essa fase aqui e vai corresponder ao 2
o
Grau. como você tivesse
estudado la A Regina que professora recem-formada. que está trabalhando na escola, vai
corresponder ao curso que a Regina fez, só que não vai ser profissionalizante. E ainda tem lá o
profissionalizante Ai. eles falam assim: Será que a gente vai chegar até lá? Será que nós
vamos conseguir chegar nesses cursos profissionalizantes através do TC
7
Eu digo, olha. a
gente tem sempre que Ter a esperança porque o dia que a gente perder a esperança, a vida da
gente acaba Então a gente tem sempre que Ter esperança e acreditar que isso acaba
acontecendo na vida da gente"
0 1?' 44" - E possível chegar lá?
0 13" 50" - (2) "Não. não é impossível. Basta a gente querer. Basta querer que consegue. Eu
sou muito determinada, como eu ti falei, tem um tempo assim, está casada, criando os filhos e
se acomoda. Mas se eu pensei, vou agora, vou estudar, estou determinada, eu não paro. É
como a Celina falou, eu estou um pouco fugida da escola, mas eu não parou eu não desisto.
Ha. mais agora tem o inglês. Não tem importância, porque agora também eu não vou desistir.
né .Então, eu acho assim, eu estou determinada, se eu tiver oportunidade. Prá sair não, as
coisas são mais difíceis mesmo, tem gastos prá estudar fora, mas se tem uma oportunidade
aqui Porque, se a gente não fizer esse primeiro grau, quando tiver o segundo grau ou tiver
uma faculdade, você não vai fazer porque não fez o primeiro grau. Então, a gente vai por
etapa, tem como fazer Eu tenho esperanças sim, não desanimo porque minha falha estudava
em Juiz de Fora e na formatura tinha um senhor de uns 60 anos, se formando também, em
pedagogia como ela Então, era aquela turma de jovens e ele lá. Eu achei bonito. Então, eu
acho que é um exemplo que a gente deve seguir. Porque se eu posso, porque um jovem não
pode? Eu tenho esperança, a gente vai conseguir sim".
0 ] 5" 10" - Relação estudos X mercado de trabalho
7
0 15' 45" - (5) "Se não estudar fica dificil de você conseguir emprego. Porque, hoje em dia,
até para você trabalhar de faxineiro, você tem que Ter um pouco de estudos. Servir um
cafezinho assim, em algum lugar, você tem que tem um pouco de estudos. A pessoa tem que
saber ler. conversar com uma autoridade maior, eu acho que tem estudar, tem que ser alguém
na vida. né Até para varrer rua aí, ser gari, tem que estudar, porque, senão, não consegue.
Antigamente, não. era mais fácil. A pessoa que é analfabeto de tudo, não sabe ler. não saber
escrever, não sabe nem conversar, como é que ele vai conseguir emprego? Não consegue.
Então, eu acho que essa oportunidade do TC".
0 16' 40"- Alguém mais para falar disso, algum exemplo?
0 17" 10"- (1) "Eu tenho um exemplo de um ex-aluno meu. Ele estudava comigo na 2
a
série.
mas ele nâo queria nada com os estudos. Ele ia prá aula obrigado pelos pais. Obrigado a ir
para a escola .Então ele estudou até a 2
a
série, mas ele sabia escrever e ler mal. Então, um dia,
na hora do recreio, ele fugiu Ele aprontou muito e fugiu, não voltou mais para a escola. E a
minha mãe. e prima da mãe dele e ela está sempre em contato com eles. Ele falou para minha
mãe que o maior arrependimento dele foi não estudado porque ele trabalhava numa firma e
ele poderia estar lá trabalhando como apontador e ele não está nesse cargo porque não tem
estudo Ele não sabe ler. não sabe escrever corretamente, ele não teve oportunidade, Ele
poderia estar numa situação melhor, ganhando melhor e que ele perdeu essa oportunidade
porque ele não estudou. Então, eu falo sempre com os alunos, às vezes, vocês pensam que a
gente e professora e fica falando isso pra vocês que é prá incentivar vocês a estudar, mas os
exemplos de pessoas que não estudaram e se arrependeram, está aí todo dia prá gente ver. A
pessoa, as vêzes, tem a oportunidade de arranjar um serviço melhor e a pessoa não arranja.
porque não tem estudo Principalmente, porque o governo está investindo tanto na educação,
as firmas estão ajudando, então, se eles estão ajudando, eles não vão dar oportunidade para
pessoas que não tem estudos E claro que eles vão cobrar o que eles estão dando para o povo
17le? vão cobrar esse retorno e cobrando através de que, através do diploma, não empregado
pessoas que nâo tem o diploma de 8ª série, de 2º grau Então, eles estão exigindo justamente
por causa do que eles dão para o povo".
0 18" 57"'- Estas mudanças no trabalho tem a ver corn a globalização?
0 19'20" - (não souberam falar)
0 20' 24"- Mudou algo na família com os estudos?
0 20' 40"- (5) "Mudou sim, muitas vezes, assim, algumas coisas eu não sabia nem falar direito,
né Ai. falava errado. Agora não. eu já falo corretamente. Uma coisa assim, que eu não sabia.
que eu vejo. assim no TC, eu chego em casa toda feliz, falo para minhas filhas, porque eu
tenho uma de 15 e uma de 16. Aí, eu falo, puxa, hoje, eu aprendi isso e eu não sabia. Tem
coisas que eles também não sabiam e eles ficam radiantes porque, puxa mãe é assim? A minha
mãe agora está toda metida porque ela aprendeu isso. E mudou muito sabe. Até a maneira de
tratar assim as crianças em casa sabe? A gente aprende a conversar direito. As vexes, é assim,
um pouco grossa, não. tenho que mudar, agora eu estou estudando, não é assim. Mudou, prá
mim mudou muito".
0 21' 55"- Algum outro exemplo?
0 22' 00"- (4) "Há. porque sempre muda. A pessoa está estudando e vai aprendendo, vai
melhorando. Quando você está estudando a sua tendência é ir para frente ... E meu marido
também estuda, faz TC já está no 2º grau, só que ele estuda em Santos Dumond, porque a
firma pediu ...a gente sempre conversa sobre as aulas porque ele está no 2 , se eu tiver alguma
duvida ligo prá ele. para me ajudar a fazer os exercícios de matemática. Me chama de
burrinha mas acontece Mas mudou bastante coisa".
0 22" 48"-O que mudou?
0 22' 52"- (3) "Acho que cada vez vai mudando mais. Cada vez vai se aperfeiçoando mais o
conhecimento ... Muda porque a gente comenta sempre alguma coisa nova que a gente
aprende, alguma coisa nova que a gente não sabia".
0 23' 00" -O que mudou?
0 23' 30" - (6) "As vezes, alguma coisa que eu não sabia e agora eu sei com minha mãe, com
meu irmão. Minha mãe estuda comigo também. Aí, às vezes, eu estou com dúvidas e eles me
explicam ou eu explico prá eles... Às vezes, ele entende mais que eu, aí, ele me explica , aí, eu
explico pra ele Quando eu entendo mais que ele, eu explico prá ele. alguma matéria que eu
tenho mais facilidade".
0 24' 30" - Esperam do futuro?
n 24' 50" - (6) "Eu quero continuar estudando e também fazer uma faculdade Fazer
engenharia, se Deus quiser"
0 25' 40"- Como é estudar e ler além do livro a televisão?
0 25' 50"- (5) "Eu acho bom. porque você aprende duas vezes. Aprende vendo na televisão e
depois ela vai explicando tudo de novo com mais calma. Porque na TV é rapidinho né. 15
minutos, às vezes, a gente perde alguma coisa, um aluno fala alguma coisa, a gente olha para
atrás e perde também Aí. esquece o video, aí. ela vem e explica tudo de novo, Eu acho muito
bom""
0 26' 00"- O video ajuda?
0 26' 20"- (4) "Ajuda bastante, porque você vê o vídeo, aí, a dúvida que você tiver, você
pergunta para ela (professora) e ela explica prá gente, é bem melhor".
o 26' 50" - O vídeo ajuda?
0 26' 56"" - (2) "Eu acho muito mais importante porque só ler o livro, quer dizer, tem matéria
que você tem que ler o livro mesmo e acaba tendo que saber sozinha. Mas. em outras matérias
e importante o video, é muito importante. O jeito das pessoas falarem ali. aquele diálogo deles
chama a atenção e você acaba aprendendo melhor. Já leu o livro, viu o video e depois as
duvidas a Celina tira prá gente e enquanto tiver uma dúvida ela tá ali. Então, acho que só o
livro nâo E importante o video e é importante também o professor para tirar as dúvidas"'.
0 27' 43"- Em que aula o vídeo não rende?
0 27' 50"- (6) "A gente não entende nada, parece grego Só depois que a Celina vai explicar é
que a gente entende Aí. quando a gente acha que é dificil e quando a gente aprende a gente vê
que e fácil"
0 28' 00" - O que deve melhorar no vídeo?
0 28' 10" - (2) "O video na matemática não dá para pegar muita coisa não. Vai no livro
mesmo e na professora".
0 28' 50" - Como melhorar a vida em Ewbanck da Câmara?
0 30' 00" - (4) '"Eu acho que é incentivar outras pessoas para estudar também ... de mostrar o
que a gente está aprendendo para eles e ver que é uma boa estudar".
0 30' 29" - Montar um negócio?
0 31" 05" - (2) ''Pensar em montar uma coisa assim, realmente, eu nunca pensei não. Mas
pensar em lutar por isso. eu acho assim, que mesmo com pouco estudo mas eu sempre estou
na Prefeitura, é saúde, é na educação, sempre dando a minha pouca ajuda que eu posso. Mas
agora, estudando, acho que essa ajuda pode ser maior de lutar também pelos direitos da
cidade, correr atrás né. tentar melhorar alguma coisa. Então, com o estudo a gente tem mais
facilidade disso. né".
O 32' 15"- (7) "A gente conversou muito sobre isso e foi sobre a estação ... Aqui dentro de
Ewbanck borne um periodo, vamos colocar assim, um período de ouro. Fábricas, várias
fabricas de queijos, chapéu, charuto, tamanco. Então, era um pólo comercial e depois isso foi
dissipando, acabando, foram buscando outros caminhos e Ewbanck virou uma cidade
dormitório Costumo falar, aqui é uma cidade dormitório. Tirando a Prefeitura, escolas que
hoje a maioria está com a Prefeitura e comércio e mercado, bar. a gente não tem mais
praticamente renda nenhuma. E quando essa menina falou, perece que tinham outras pessoas
interessadas no espaço e depois acabou desistindo, que é ali, o espaço da estação, que foi
cedido e está sem utilidade ... Então, a menina, foi idéia dela. eu cheguei a conversar com o
Marcio, mas ele tinha essa outra pessoa interessada em montar mesmo que fosse um museu.
Nós chegamos até a comentar outras coisas ai. como artesanato, uma coisa assim, mas ficou
por ai mesmo. E a questão de verba. ... Então, esse espaço era ideal já que é um espaço cedido
Na época, eu cheguei a conversar com o Márcio, que uma das preocupações seria contratar
uma pessoa para ficar disponível, para tomar conta do lugar, mas já tem muita coisa que
poderia ser colocada nesse museu. Aqui mesmo, a gente tem no sotão ali, que tem um
mimeógrafo, acho que foi um dos primeiros, uma peça de museu mesmo. Então várias coisas
que se poderia aproveitar. Foi idéia daqui, dessa menina e infelizmente, a gente não pode
colocar e a primeira barreira realmente, foi financeira".
FIM
DECUPAGEM 04 / FITA 02
DEPOIMENTO: Grupo Focal (5 alunas, 2 OA, 1 Diretora).
1- (M7) - OA (40/50 anos)
2-(Ml)- Lar (60/70 anos)
3- (M5) - Enfermeira (20/30 anos)
4- (M3) - Estudante (20/30 anos)
5- (M2)- Lar (40/50 anos)
6- (M4) - Estudante (15/25 anos)
7- (M6)- OA (30/40 anos)
8- (M8) - Diretora da Escola - (40/50 anos)
0 35" 33"- O que acham da TV?
0 35" 42"- (5) 'Eu não acho muito boa não. Eu acho que a televisão hoje, é, tem muitas cenas
de sexo. no horário impróprio. Não tem mais censura, é tudo liberado, aí, nossos filhos ficam
vendo televisão. Ai. aprende alguma coisa errada, está vendo aquilo na televisão e acha que
pode fazer isso. Os próprios desenhos mesmo, hoje em dia é só violência, violência. Eu acho
que a televisão não esta boa não. Eu acho que a censura poderia voltar. Eu acho que com essas
novelas está havendo muita separação assim, sabe, do casal. Eu me lembro que antigamente, a
novela das 6 e das 7 não podia ter separação, sabe? Você assistia a novela e o casal não se
separava So na novela das 8. Hoje, naquela Malhação, que é uma novela mais cedo, é uma
pouca vergonha. E só sexo. menina de 14 anos engravidando, outra querendo mandar tirar o
neném Eu acho que está tudo errado. Isso, acho que deveria ter uma mudança porque a gente
ensina para os nossos filhos de um jeito e eles vêem na televisão e, aí, puxa mãe. é assim? A
senhora falou que não é assim, que não pode, mas como na televisão pode? Vai você querer
colocar na cabeça deles do seu jeito, como você aprendeu, porque eu já sou mais antiga né.
aprendi de outro jeito Hoje em dia, está essa pouca vergonha, falando prá usar a camisinha, eu
acho isso ai tudo errado"".
0 37' 35" - (2) "Eu concordo com a Lídia, acho também alguns programas bons, mas a
maioria nâo é nessa faixa mesmo. Então, se você quiser ensinar a seus filhos hoje em dia, está
dificil porque a televisão está mostrando tudo ao contrário".
0 37" 50" - Que programas são bons"?
0 38' 00"" - (5) "Eu gosto muito do Globo Repórter, sabe. Eu gosto muito da Ana Maria, gosto
muito do Video Show também, mas das novelas eu não gosto não. Só gosto do SBT. Eu acho
as novelas da Globo muito indecentes. O SBT já é mais devagar, tem também, mas é mais
devagar Eu sinto muito pelo Roberto Marinho".
0 38" 40"" - Que acham da TV Globo?
0 38' 50" - (2) "Eu acho que é uma emissora poderosa mesmo, né. A gente pode dizer
poderosa mesmo Tem programas muito bons, muito bem feitos. Acabou de passar até A
Muralha, espetacular, muito bem feita, mas aí, tem também aqueles programas que eu acho
que por ser a Globo, tem condições de apresentar um programa de nível melhor ... Eu acho
assim, a televisão em si. não é a Globo, né, separou muito a família, dividiu. Antigamente, os
pais ficavam vendo as crianças na rua brincando e não se vê mais isso. E só televisão o dia
inteiro Faz ale mal A criança fica ali o dia inteiro, não tem mais distração. Marido e mulher
nâo conversam mais. nem com os filhos. Quer dizer, tirou muito isso da família, eu acho. Mas
que pelo menos tivesse programas assim, como o Globo Repórter, que é um programa
instrutivo**
0 40' 20" - Novela pode educar?
0.40*.43" - (5) "Poderia ao invés de estar passando estas cenas de sexo, de separação, eles
poderiam estar passando coisas que educassem, edificassem Poderia passar prá gente que está
vendo que é errado a pessoa casar por casar, que é errado a pessoa fazer coisa errada sempre.
Que o adolescente tem que ter respeito, não ser violento. Eu acho que seria assim o caso".
0 41 20" - (1) "Quando aparece uma boa notícia na televisão, ela é passada de uma vez, com
um tempo minimo. Então, passa aquilo rapidinho, uma vez só e não passa mais. Quando
acontece uma coisa ruim. aquilo fica em cena a semana inteira. Então, aquele cara lá. que
entrou no shopping e matou não sei quantas pessoas, aquele cara virou um Deus. ele foi
endeusado Ele ficou o tempo todo, uma semana inteira sendo notícia. Então, aquilo que ele
fez. prá mim. dá uma impressão de que ele fez não foi ruim, que foi uma coisa boa porque ele
se tomou um Deus. O tempo todo ele era noticia. E quando as coisas são boas. que passam
coisas boas na televisão, boas notícias, eles passam aquilo num tempo tão rapidinho, acabou
ali. não passa mais. não fala mais naquele assunto. Só aquele mínimo ali, para dizer que não
falou Mas. quando a coisa é ruim, eles dão aquele enfoque, ficam o tempo todo passando. Eu
acho que a televisão deveria divulgar mais as coisas boas, porque a gente vê tantos bons
exemplos, tanta coisa boa que a gente vê nesse Brasil a fora e que é passado num programa em
cinco minutos, no máximo dez, e acabou, não se fala mais naquilo. Então, aquilo nâo deveria
ser divulgado de manhã, de tarde, no Jornal Hoje, amanhã, no Domingo, no Fantástico?
Porque o programa não poderia divulgar mais as coisas boas? Porque eles dão ênfase só as
coisas ruins?
0 43' 11" - Telecurso lembra novela?
0 43 '35"- (6) O Telecurso parece uma novela mas é educativa. Tudo que a gente aprende ali
e bom A gente vai precisar aprender aquilo, agora a novela não".
0 44 '23" - (2) "Eu acho que seguindo o exemplo do Telecurso, que é uma novelinha né, que
educa, então, porque a televisão não pode fazer uma novela que eduque. Não precisa ser
igualzinha ao Telecurso, seguir o mesmo né. do Telecurso não, mas podia ter alguma coisa do
pais. as belezas, mostrar uma família como deve ser, quer dizer, mostra tudo ao contrário,
então, tem de mostrar educando".
0 45' 00" - (1) "Mas vocês acham que se a novela fosse desse jeito ia ter audiência? Porque o
Programa do Gugu. que é um programa tão bom, tem aquela coisa nojenta que chama
"Banheira do Gugú". aquela coisa insuportável, horrorosa, me parece prá estragar o programa
Tem tanta coisa boa no programa e tem aquela coisa de Banheira do Gugú, que é uma coisa de
péssimo gosto, uma coisa de baixo nível. Eu não gosto. Então, porque o Gugú põe aquilo? E
por causa da audiência? Então, se passar uma coisa dessa vai ter audiência?
0 45" 39" - Porque tem audiência?
0 46".00" - ( ) "Você não está fazendo nada. não tem nada para fazer Você senta e vê. não
tem outra escolha. Dia de domingo é dificil. Domingo não tem nada. É Gugú, é Faustão,
aquele tal de Gilberto Braga sei lá, são tudo parecido os programas, é tudo igual"
0 46' 33" - (7) "Eu acredito que é uma questão de cultura. Com o passar do tempo é ruim mas.
ai. da IBOPE, ai o outro vai tentar acompanhar e vai só piorando. E tudo uma questão de
cultura Se de repente começasse a incutir essa forma de educação, essa forma de proveito
dêsse espaço A gente liga a televisão e está corn o mundo na nossa casa. Então, através da
televisão, daquela telinha, a gente tem coisas boas e coisas ruins. E como eu tô ti falando é
questão de cultura porque está ali. Esse programa vem e dá IBOPE aí. o outro vem e dá
IBOPE também E se começar a melhorar, se tiver alguma coisa, através desse Jogo do Milhão
ai. e uma coisa, não só o Jogo do Milhão, tem ai torta na cara, uns programinhas assim. Acaba
ti ensinando, ti levando curiosidades para discussão em sala. Eu acho que é uma questão de
cultura mesmo ou de falta de cultura. Não de cultura que precisa ser resgatada, vamos colocar
assim, o programa A Muralha foi um programa ótimo, o que ele trouxe para a gente? Um
pouco da nossa historia e muita gente seguiu. Era um programa pesado, tarde, foi passado num
horário bem tarde, tinha cenas de violência, de injustiça, de discriminação, de cativeiro, de
tudo isso Mas não e que a gente passou por isso? Mostrou uma realidade e a gente precisa
conhecer Então, eu acho que tem que existir essa procura, resgatar esse espaço que a gente
está perdendo para as novelas ruins, para os programas indecentes, mas uma coisa que está em
tempo de ser resgatada O Telecurso não está aí. O TC é passado na televisão, às 6 horas da
manhã, justamente a questão do horário No horário nobre de 8 horas vai passar o Pila. a
mulher do Pita. vai passar o assassino e tudo e o TC passa às 7 horas da manhã. Então, quem
não esta dormindo está saindo para o trabalho. Então, eu acho que é uma questão de
reestruturação Agora, quem vai re-estruturar, a quem procurar, já é o outro lado da moeda".
0
19'00"
_ Com educação a programação da televisão mudaria?
0 50' 30"" - (1) (Programa do Gugú) "Ele tem partes bastante interessantes. O programa, eu
gosto de assistir, tem coisas boas no programa sim, mas tem a parte ruim, que ele faz prá ter
audiência. Tem as partes ruins mas, tem muita coisa boa que dá prá aproveitar. Eu gosto.
Certas entrevistas, certas coisas que ele mostra, certas ajudas, por exemplo, igual a esse
domingo, ele estava fazendo um sorteio para ajudar entidades. Então, quer dizer, ele está
fazendo um trabalho bom Mostrando as pessoas que precisam, mostrando que está ajudando
as crianças carentes Então, é um trabalho bom, tem as coisas boas, não é o tempo todo ruim.
Mas. o dificil é as pessoas saberem separar isso, né. Isso é que é dificil, porque, na hora que eu
estou pondo numa programação que eu gosto que é uma coisa educativa, a minha filha briga
comigo, é um choro danado e não quer deixar a televisão ligada e tem que mudar para o canal
que ela quer Aí. ela quer ver só a Globo. Ela quer ver só o SBT, desenhos, só coisa que,
novela, então coisa que ela gosta de assistir, não importando a minha opinião. Eu gosto muito
de assistir a Rede Vida. a Canção Nova, a TV do Século XXI. Tem muita coisa boa, que
ensina muita coisa boa. Aquela TV Cultura, mas ela não gosta de assistir nada disso. Ela gosta
de assistir só o SBT e a Globo".
0 51' 57" - (7) "Pois é. quando ela foi conversar com as coleguinha dela, o que é que as
coleguinhas dela viram? O que o pai e a mãe. em casa. o que eles virão. Então, é questão de
cultura O que você estava vendo e o que você vai passar prá frente?... ela vai assistir a um
outro tipo de programa e quando ela chegar no mundo restrito, que não tem essa oportunidade
de assistir outros canais bons também, outros programas bons, vamos tirar canal, vamos
colocar programa, outros programas bons. É a cultura que já está ali na cabeça da criança. O
que ela vai assistir? Aquilo que ela possa conversar com a coleguinha na sala de aula. Fazer o
que' Agora, quanto a mudar, acho que vai depender muito da clientela mesmo. Acho que se
tiver assim, o IBOPE cair. vamos colocar assim, vai ter que mudar".
0.53' 00"- (1) "Ele vai ver o que é interessante e o que é melhor para a vida dele porque, ele
está vendo o que não vale a pena e. ele, não vai querer assistir aquilo mais. Então. aí. o
IBOPE, vai cair os pontos no IBOPE e eles vão ser obrigados a mudar a programação".
0.53'10" - (2) "Quando o Brasil tiver uma cultura, né, todos tiver o primeiro grau pelo
menos Quer dizer, um pais com mais cultura não vai querer ver aquele tipo de programa. Se
não vai ver. eles vão mudar. Porque, eles não vão mudar enquanto o povo não exigir essa
mudança .O Roberto marinho é um homem culto, então fica essa briga entre eles, eles vão
brigar, mas não é que vamos mudar, porque, quando a gente estiver com (... ruído...), nós
consegue mudar esse programa. O povo não vai ligar naquele programa. Eles vão ser
obrigados a fazer um outro tipo de programa. Eu converso com o meu sobrinho, os outros é o
dia inteiro na televisão. Mas, tenho um sobrinho que estuda em Juiz de Fora, de manhã. Estuda
em Santos Dumond. inglês, de tarde. Estuda o Segundo Grau, à noite aqui. Ele não se interessa
por esses programas. Ele quer falar de outras coisas, quer dizer, já está evoluído, de outra
maneira, uma outra cultura. Quer dizer, o dia em que o país mudar, estivar assim, vai mudar os
programas de televisão, porque nós não vamos ver e vai mudar. Mas, enquanto a gente está Já
vendo isso tudo. nós estamos falando mal eles, vão continuar passando, ganhando IBOPE".
0 54' 37" - Se eles se achavam hoje, mais exigentes com a programação da televisão?
0 55' 02" - (4) "A gente sabe quando é mentira, sabe. A gente sabe quando é mentira, quando
eles ficam fazendo sensacionalismo não é? Só que não é bom assim, eles ficam enfeitando
quando vai ver descobre que não era bem daquele jeito".
0 55" 40" - Você acredita em tudo na TV?
0 55" 45" - (4) "Eu não. há não acredito em muita coisa que passa. Eu não acredito nâo ...
(Jornal Nacional) Há eu acho que eles enfeitam muito as notícias. As vezes, uma notícia desse
tamanho eles. colocam desse tamanho".
0 55" 04" - (5) "As vezes, acontece um acidente, aí, morreu assim, 20 pessoas. Eles falam, que
foi 30.35. Aí. você vai ler o Jornal que não foi aquele tanto".
0 56" 01" - (1) (Narra um acidente )
0 57" 30" - Se acha hoje. mais crítico/a diante da TV?
0 57' 40"' - (1) "E claro, quanto mais conhecimento a gente vai tendo, mais você vai vendo
aquilo que está falando lá. Se é verdade, se é exagerado. Prá isso é que tem que ter
conhecimento, porque se não. o que falar, você vai acreditar também. Então, a gente
estudando, a gente vai mudando a cabeça né, o conhecimento é outro".
0 58" 00" - (1) "Agora é que é uma época boa para vocês serem bastante críticos. Vem a
época da campanha, ai. vai ser uma época boa para vocês ficarem bastante críticos daqui pra
frente, tá. principalmente, da televisão".
0 58" 17" - (5) Aqui mesmo a gente tem uma coisa verídica. O Sr. Bejani que ia trazer o BR-
040 (ônibus) aqui dentro de Ewbanck da Câmara .... eu é que não tenho oportunidade de falar
com esse Sr. Bejani. ò Sr. Bejani é ou não é homem de palavra? Não honra as calças que
veste, promete e não cumpre e com isso, o povo bobo acreditou porque precisa, depende aí,
desse BR - 040. Votou nele. pôs ele lá em cima, e cadê que ele veio aqui em Ewbanck?".
0.59 50" - (Zona total, todos falam ao mesmo tempo)
1 00' 00" - (Segue o papo sobre o Bejani)
1 02" 30" - (5) "A gente tem que saber sim, porque antes de voltar a estudar, eu tinha até
medo de perguntar, vergonha de perguntar as coisas para as pessoas. Agora, não tenho mais
não Se mandasse pergunta ali, eu não, eu não ia, Agora, eu vou na maior cara-de-pau, não
quero nem saber".
FIM
0.00' 00" - Apresentação.
0.01'.30" - Como viam a educação antes e como vêem agora?
0 02'.30" - (6) "É. pelo Telecurso, a gente está aprendendo novas matérias. Coisa que há
muito tempo nós paramos de estudar. Eu, por exemplo, agora estou aprendendo bastante
coisas, coisas novas que eu não aprendi antigamente".
0 02' 44" - Como é estar estudando de novo?
0 02".50" - (6) "Prá mim é uma realidade porque, por exemplo, hoje em dia, sem estudo a
gente não consegue nada. E dificil conseguir emprego. Eles estão exigindo".
0 03'. 10" - (3) "Estudar é sempre bom porque a gente vai aprendendo assim, novas
matérias, novas maneiras de conviver, até mesmo com os colegas em sala de aula. E
também pelo jeito da professora ensinar prá gente. São muitas coisas diferentes que
anteriormente a gente não tinha aprendido, estamos aprendendo agora, no presente".
0 03' 40" - Telecurso abriu nova visão?
0 03'50" - (3) "O TC, praticamente está me mostrando um outro caminho. Antigamente, a
gente não pode levar por certas dificuldades financeiras, até mesmo em casa. Agora, hoje.
praticamente, aí, eu vou levar essa telessala aí, que está dando mais oportunidade para as
pessoas que não puderam estudar anteriormente e está tendo agora".
0 04' 30" - Mudou alguma
7
0 04' 38" - (5) "Há ficou mais dificil, bem mais dificil".
0 04'43" - (8) "Eu não gostava de português, agora com o TC é melhor. Eu acho que o
português do TC é mais fácil do que o normal, que a gente estudava na escola".
0 05' 29" - (8) "Só a matemática. Eu acho que matemática tinha que ser só do dia-a-dia,
não Ter essas coisas dificil. Tem coisa que a gente nunca ouviu falar e tem que fazer, é
dificil prá gente pegar assim. A gente está muito tempo parado".
0 06'07" - Relação estudo e trabalho?
0.06' 22" - (3) "Eu vejo com muita dificuldade, até mesmo por preconceito, que chegam
muitas pessoas que precisam trabalhar e quando chegam na empresa assim, pedindo um
emprego, totalmente ele não é empregado por falta de grau, de um nível escolar. E uma
coisa errada Na minha classe por exemplo, eu sou vigilante, sou formado. Te, várias
pessoas também, formadas comigo e não estão conseguindo empregar por falta de
DEPOIMENTO: Grupo Focai (9 alunos, 1 OA)
1-(H9) Estudante (18/25 anos)
2- (H5) Caseiro (30/40 anos)
3- (H1) Segurança (25/30 anos)
4- (H6) Estudante (18/25 anos)
5- (H7) Digitador (20/25 anos)
6- (H4) Funcionário Público (30/40 anos)
7- (H8) Estudante (18/25 anos)
8- (H3) Auxiliar de Restaurante (20/30 anos)
9- (H2) Operário (45/50 anos)
10-(M6) OA (30/40 anos)
DECUPAGEM 05 / FITA 03
escolaridade. Uns exigem o 1
o
grau, o outro o 2° grau completo. Eu acho que desde que a
pessoa formou que ele foi capaz de enfrentar essa profissão. Então, eu acho que não deve
haver racismo dessa forma. E onde que se encontram esse pessoal todo desempregado. Ás
vezes, aquele que está lá tem grau de escolaridade mas, não tem a prática que o que está
aqui fora tem. E por isso. que tem muitas pessoas desempregadas e esse tipo de
preconceito. Eu acho que deveria acabar. Então, é por isso que muita gente se preocupa e
voltam para sala de aula".
0.07'30" - Todos devem estudar?
0 07' 41" - (6) "Eu. acho que sim. Porque, sem o estudo a gente não consegue nada. Igual
en falei, várias exigem o grau de estudo".
0.08'. 10" - Relação trabalho X estudo?
0 08' 27" - (3) "Essa parte que você falou me interessa. Porque, quando eu era mais jovem
um pouquinho, o meu pai me tirou da sala de aula para poder ajudar a manter a casa. Ao
todo somos 5 irmãos então, onde ele trabalhava sozinho prá sustentar a casa e achou um
pouquinho de dificuldade e falou: Meu filho, hoje, infelizmente, você vai Ter que sair da
aula. Nós roçávamos pasto, eu não tenho vergonha de falar, porque isso é uma realidade.
Então, eu falei pai essa vida tem que mudar. O jeito é enfrentar isso aqui. Era marimbondo
mordendo, era aquela coisa, sabe. Depois, eu falei, eu tirei a 6
a
série do 1
o
grau. Então, na
época, você fazia o curso para vigilância, então, eu tentei, fiz, estudei direto, onde foi que
en consegui dar um passo mais à frente e até mesmo ajudar meus pais que hoje estão
precisando. Hoje. eu arrumei uma mulher para mim, eu casei. Levo minha vida
particularmente, mas sempre quando eu posso, eu estou ajudando a ele lá, sempre dando
apoio para ele E. ele está satisfeito comigo nessa posição. E agora, eu voltei a sala de aula
para tentar levar mais à frente, porque o próprio Major, que é meu superior, pediu que eu
tirasse o 1
o
grau. o 2
o
grau. para ver se me encaixa na PM. Eu tô ai. Estou tentando com
dificuldade mas. vou tentar".
0 10' 11" - Vocês sabem o que é Globalização e sua relação com o trabalho?
0 11' 00" - (não souberam responder, não lembram da aula)
0.13' 31" - (8) "Eu trabalho na Belgo Mineira. Mas, eu trabalho na APURAS, que é uma
empreiteira da Belgo. Então, certa vez eu procurei saber se tinha um jeito de passar para a
Belgo, para dentro da Belgo mesmo. E falaram que para eu passar, tem que ter pelo menos
o 2
o
grau Aí. fui falar com a mulher, lá e ela disse que tinha que ter pelo menos o 1
o
grau
completo e estar pelo menos cursando o 2
o
grau. Porque, não aceitam mais ninguém com
menos escolaridade. (...) já é uma necessidade da gente estudar e isso foi o que me levou a
voltar a estudar. Lá fornece o estudo também, mas, eu preferi fazer aqui. E lá tem isso aí,
que você falou de ISO 14.000, 9.000".
0 1T 50" - Estudo melhorou a comunicação?
0.19' 15" - (6) "Melhorou sim. Principalmente, em português. Eu era uma pessoa de
comunicar pouco e agora, estou me comunicando mais com as pessoas, porque eu sempre
fui assim meio fechado, meio fechadão. Agora, estou me comunicando mais".
0 19' 30" - (3) "É realmente isso mudou mesmo .... (interferência) .... eu também, quando
eu ai conversar com uma pessoa (outro: ficava com vergonha, meio acanhado)
principalmente, uma pessoa mais estudada que a gente, com medo de falar as palavras, os
verbos Igual a gente fala: Tem um mucado de coisa para eu fazer, mas a palavra correta
não é essa. é bocado, né. Então, certas coisas, são pequenas palavras como essa que a gente
vai aprendendo como se pronuncia ela corretamente".
O 20' 06" - (6) "Eu. por exemplo, fui criado na roça. Eu vim para o centro, hoje moro no
centro e através disso, eu tô me evoluindo e através dos estudos também".
0.20' 26" - (3) "Até mesmo de chegar numa empresa assim, para como se diz assim, você
conversa com um psicólogo, ser entrevistado. Até o meio da gente conversar com ela, ela
percebe isso também. Então, a gente tem que procurar aprender mais como se pronuncia.
prestar mais atenção naquilo que vai ser falado, porque, às vezes, se você falar errado você
coloca tudo a perder. Então, a gente presta atenção na aula de português que é para se
dirigir as palavras as pessoas, aos colegas, né, tem que prestar atenção no que vai dizer. De
repente, como eu falei, aqui a gente pode colocar tudo a perder, por causa de uma palavra
que você pronuncia errado. Então, é isso aí".
0 21'44" - (9) "E realmente, a gente tem mais facilidade da falar com uma autoridade
assim, de conversar com um doutor. A gente já sabe como tratar as pessoas, é bem melhor.
Até para chegar para você mandar um curriculo para uma firma. Eles vão ver seu grau de
estudo, você só tem o primário, infelizmente, agora não há chance mesmo e vão falar:
Infelizmente, está fechada as portas para você porque seu grau de estudo é baixo. Quer
dizer, quando a gente chegar a falar, a gente está cursando já o Telecurso, a visão deles é
bem melhor em relação a gente, que a gente está correndo atrás, batalhando, prá cada dia
melhorar, é só assim mesmo que vai ... (intervenção) .... Mesmo com a idade que já tem,
mas a gente nâo desistiu porque, enquanto há vida há esperança e só assim, a gente
consegue".
0.23'.00" - (8) "Eu trabalho com pessoas mais estudadas que eu. Então, eu sirvo comida
para eles Então, a gente ficava com um pouco de vergonha de sentar na mesa com eles. De
repente, surge um assunto que a gente não conhece. Então, agora a gente estudando, a
gente tem condições de sentar e debater junto com eles aquele assunto. ... (intervenção)
Voltar a estudar abriu a mente prá gente voltar a discutir".
0.23' 44" - (3) "Onde eu comecei a trabalhar foi na CJF (conservadora) na época. Aí, eu
chegava lá no restaurante para almoçar, então, sentado todo aquele pessoal qualificado ali,
conversa vai. conversa vem, eu ali, mudo né, sem nada saber como conversar. Até mesmo
pela intimidade que eu não tinha. Eu virei e falei assim, eu acho que estou falando alguma
coisa que vai agradar e de repente eu falo alguma coisa errada aqui, eu acabo me
prejudicando. Então, estudando, vai conhecendo mais palavras, as pessoas e vai perdendo o
medo de se comunicar. E isso aí".
0 24'.23" - Melhorou em casa?
0.25'.05" - (9) "Melhorou .... minha relação com a família toda em casa assim, ás vezes, eu
tratava de uma maneira mais agressiva. Agora, através dos estudos até a maneira de tratar
as pessoas".
0 25' 35" - Melhorou com os filhos nos trabalhos de escola?
0 25' 40" - (9) "A minha filha por exemplo, ela está fazendo a 8
a
série. Tem muitas coisas.
as vezes, que eu preciso da ajuda dela. Às vezes, ela aprendeu de uma maneira, eu aprendi
de outra Aí. a gente vai assim, fica mais fácil de aprender. Da maneira dela e da minha, a
gente pega . Mas o menino, aí eu já tenho que ensinar para ele Porque antes, eles
sabiam que eu só tinha o primário. Até para conversar, né, ficava difícil. Agora não, o
diálogo é sempre mais aberto. O que ela passa prá mim, o que eu não sei e eu passo prá ela
o que eu sei. é mais fácil".
0 26' 50" - (3) "Quando se tem que lidar com o público como é o meu caso que todo final
de semana sai aí para fora para fazer show, um pagodinho daqui prá lá. Então, a gente tem
vários tipos música Então, as pessoas que estão ouvindo e que entende mesmo, essas
pessoas chegam perto de mim e falam assim: VOCÊ levou sertanejo no pagode e seu
português estava correto. Porque, não é só cantar ali não, você tem que saber pronunciar a
palavra, porque sai tudo errado Realmente, foi um show que a gente fez aqui em Ewbanck
na festa, que uma Vereadora, acho que a Márcia, falou: Vocês estão de parabéns até no
jeito de pronunciar as palavras. E isso aí. estão corretos. Ai, eu pensei comigo, pôxa, o
Telecurso então está vigorando, porque, antigamente, eu falava tudo errado. Hoje, a gente
vai aprendendo e a cada dia que passa você vai aprendendo".
0 28' 26" - Esperam do futuro?
0 28'.40" - (6) "Eu por exemplo, pretendo fazer o 2° grau. Tirar o 1
o
e tentar fazer o 2°, se
Deus quiser".
0 28'.50" - (9) "Eu também não penso em parar tão cedo. Se Deus quiser, enquanto tiver
dando prá mim ir. porque o estudo, nunca é demais".
0 28' 56" - (6) "E prá gente aqui, nós temos tudo de graça. E nós temos que aproveitar essa
oportunidade. Porque, nós temos aqui de graça as pessoas, os livros, só basta a boa vontade
da gente".
0 29'.40" - (3) "A gente mesmo se auto-valorizando em matéria de escolaridade, além de
ser um beneficio prá gente mesmo, também vai dar mais um conforto prá a família em
casa Porque se você trabalhar bem, é o jeito de que você corresponde a família em casa
Então, estudar é assim, legal né, você cada dia, você vai estudando, quer dizer, se tirar o 2°
grau hoje. eu alcanço um emprego melhor, melhor também, será para minha família".
0 30'.20" - Com o estudo como poderão ajudar a Ewbanck da Câmara?
0 31' 40" - (9) "Eu acho que curso profissionalizante seria o início para alguma empresa se
interessar a vir para o lugar, sabendo que vai encontrar o profissional que eles necessitam.
O municipio por exemplo, a cidade aqui, se vir uma empresa para cá, vai existir emprego
para o pessoal daqui. Mas, lá eu não vou encontrar mão-de-obra especializada".
0 32'.20" - Estudar pelo video?
0 33' 50" - (3) "O video é bom. Melhor também é com a professora tirando as dúvidas da
gente Também no video a gente fica conhecendo a história do Brasil anteriormente. A
história que a gente está vivendo aqui e mostra prá gente como foi o passado, o que
aconteceu antigamente, porque a gente não teve oportunidade de estudar anteriormente.
Vai mostrando prá gente e a professora aqui, vai tirando a dúvida da gente. Por isso, que o
video é importante. Nós aprendemos com a professora e o vídeo também mostra as coisas
que anteriormente, a gente não poderia ver".
0 35'.00" - (1) "Você vendo assim, fica difícil você aprender ou pegar logo alguma coisa
que passa, ás vezes precisa de explicação da professora. Se não tiver a professora prá
explicar fica dificil mesmo".
0 35' 40" - (9) "E sou totalmente a favor do vídeo. Gosto das aulas do vídeo, portanto, eu
pego as aulas de manhã também, do vídeo, às 6 horas da manhã. Prá mim, é interessante.
Alguma dúvida que eu tenho ali, eu vou anoto e chego e pergunto a professora Celina.
Depois, durante a aula também, qualquer dúvida vai e ela esclarece prá gente. Fica mais
fácil Você vê a coisa e depois ela explicando, fica mais fácil".
0 30'. 13" - (8) "O video mostra mais como é que acontece. Por exemplo, a gente estudando
ciência sôbre clorofila, essas coisas, sobre a folha. Mostra tudo como é feita a respiração.
Então, o vídeo mostra detalhe, coisa que o livro não mostra. O livro só fica aquele desenho
ali O video não. No video mostra como é feito. Então, é mais fácil da gente lembrar".
0 39.00" - (3) "Quer dizer, se você prestar atenção ali, você vai aprender coisas também
diferentes Então, eu acho que o vídeo é necessário sim".
0 43' 50" - (3) " Isso também é um ato psicológico, sabe porque, porque o Sr. guarda
aquela, vamos supor. Globo Repórter, nós estamos assistindo o Globo Repórter, então.
você guarda com mais facilidade, porque você não tem preocupação em decorar ele pela
frente. E por isso que a pessoa guarda com mais facilidade. Agora, uma coisa que você vai
ter que estudar"
0 45' 02" - (8) "O principal é gostar do que está fazendo, porque quando a gente estuda e
não gosta, não aprende. Não adianta que não aprende. Eu sempre gostei de estudar e eu.
sempre senti facilidade de guardar as matérias do que eu estudo. Então, eu acho que o
principal é gostar do que está fazendo".
0 45'31" - (3) "O mais certo da gente pegar o livro prá estudar, é não ficar preocupado em
decorar, mesmo que a pessoa vai decorar tudo. Você lê o livro assim, vai vendo as
matérias. Amanhã, quando você tiver com a cabeça mais fresca, na hora de fazer as provas,
aquilo vem refletindo aos poucos o que você estudou eu acho que a gente lendo o livro
sem o compromisso de amanhã chegar, fazer a prova e acertar".
0 48 10" - (3) "Porque aquele cara conseguiu eu não vou conseguir? Isso vai muito do
interesse da pessoa Não, eu não sou diferente dele, eu tenho que tentar, eu tenho que
conseguir também. Se a pessoa pensa assim, eu vou fazer aquela prova, nunca que eu vou
conseguir Igual o meu caso de fazer essa prova, eu estava com medo de fazer essa prova.
E vou fazer ela. mesmo que eu passe ou não. Mas, pelo menos eu vou ter uma noção de
como é essa prova e na 2ª vez, eu venho mais preparado. E assim que vai".
0 48'.55" - (9) (fala de como foi fazer a prova em Juiz de Fora, que não conhecia ninguém,
era estranho, ficou mais nervoso, etc.) "Já conseguimos trazer as provas para cá, foi feita
aqui. eu já sabia a matéria, não é tão dificil assim, tornei a fazer as três, graças a Deus. não
estudei tanto, e passei nas três. Quer dizer, é o sistema psicológico. A 1ª vez, a gente vê
como é que é. não é tão difícil, é fácil".
FIM
O 52' 35" - TV brasileira"?
O 52' 59" - (6) "É razoável, tem coisas até interessantes, por exemplo, igual o jornal. Mas
tem coisas que não é agradável, igual ao domingo por exemplo, as pessoas às vezes,
querem descansar, ai. passam esses programas chatos".
.0.53'19" - (3) "Eu acho que a televisão ao mesmo tempo que é boa é ruim também. A TV
hoje. se tornou popular e ensina muitas coisas assim, que as crianças aprendem rápido e
que às vezes, não é bom para a criança Violência na televisão, cenas assim, que
crianças menores não podem ver. Às vezes, assiste um filme tiroteio prá lá e prá cá, às
vezes o pai tem uma arma em casa, que não pode ter. A criança acha que é de brinquedo.
vais querer fazer, há no filme passou assim, vamos fazer igual e pronto vai. É uma coisa
que a televisão talvez, não poderia mostrar esses filmes de violência. Porque, muitos pais
falam Há. vou Ter uma arma em casa e eu tô me auto-protegendo. É o momento que a
arma vai valer e vai colocar ele atrás das grades. Então, eu acho que a televisão nessa parte,
ela está errada" "a novela também mostra muita coisa errada, mas ao mesmo tempo,
ela está distraindo a pessoa também. A televisão por um lado é boa e é ruim também".
0 54'.59" - Que programas são bons e ruins?
0 55' 22" - (3) "Eu gosto muito de programa que distrai como Os Trapalhões ... agora eu
sou contra esses filmes aí".
0 53" 55" - (6) "Tem algumas coisas que servem prá gente no dia-a-dia".
0 56'20" - E a novela?
0 56' 29" - (8) "Essa novela que esta passando à noite. Terra Nostra, mostra como surgiu a
nossa civilização, mas ao mesmo tempo que ela fez isso, tem outras que já leva para o
outro lado. mostra cenas, que devido ao horário, não devia passar. Então, novela ao mesmo
tempo que é bom é ruim".
0 57'.00" - Passaram a ler mais jornal, ouvir rádio, ver TV?
0 57'.20" - (9) "Mesmo antes de estudar aqui no TC, eu já gostava, sempre que eu posso
leio um jornal. Ler jornal, eu adoro ler jornal. Para mim, o mais interessante na TV é
esporte e o jornal"
DEPOIMENTO: Grupo Focai (9 alunos, 1 OA)
1- (H9) Estudante (18/25 anos)
2- (H5) Caseiro (30/40 anos)
3- (H1) Segurança (25/30 anos)
4- (H6) Estudante (18/25 anos)
5- (H7) Digitador (20/25 anos)
6- (H4) Funcionário Público (30/40 anos)
7- (H8) Estudante (18/25 anos)
8- (H3) Auxiliar de Restaurante (20/30 anos)
9- (H2) Operário (45/50 anos)
10-(M6) OA (30/40 anos)
DECUPAGEM 06 / FITA 03
O 57' 40" - (8) "Prá mim, TV só serve para isso, ver esporte e jornal e do Chaves, não posso
esquecer do chaves".
0 58'.00"- (3) (fala de futebol)
0 59'55" - Questionam as noticias da TV? (não rendeu, não responderam)
1 01' 40" - O que acham da TV Globo?
1.01.58" - (1) "Prá mim é a melhor que tem. Só que informa tudo pela metade assim,
aconteceu um negócio ali. ou eles aumentam ou diminui, a Globo é assim. O SBT já
mostra tudo que aconteceu e pega tudo na hora. Tudo que aconteceu lá o SBT mostra, a
Globo não".
1 02'.30" - (8) "Isso acontece porque a Globo tem mais notícias e não pode perder muito
tempo encima daquilo ali".
1.03'. 15" - (1) "Não sei onde é acho que é na Record, mostra tudo ali, os crimes que estão
acontecendo. A Globo não, só fala, de tal lugar".
1 04'.30" - O TC parece novela?
1.05' 08" - (5) "É igual a telenovela mesmo, sempre que está explicando alguma coisa, o
video e ai pára naquela cena, igualzinho a cena de novela". (O TC também deixa um
suspense).
1 06'.08" - Ter um pouco de novela facilita?
1 06' 10" - (3) "Eu acho que essa novelinha que tem na telessala é um meio deles tentarem
levar o conhecimento até na memória do assistente. E por isso que eles bolam essa cena
para dar uma boa imaginação no assistente".
1 07'. 18" - (8) "Se não tiver essa novelinha, se fosse só uma pessoa falando, igual ao jornal,
ficava só com o professor na sala. Interessante é ter a novelinha ali, prá gente ver, prá
acompanhar".
1 08'. 13" - Ajuda a reter os conteúdos?
1 08'.20" - (9) "Você presta mais atenção, fica mais fixado naquilo, aí, ajuda a gente a
gravar mais. aprender".
1 08'.40" - Com mais educação a TV vai mudar?
1 09'.20" - (3) "Eu acho que mudaria. Porque, vem novas idéias".
1 11'.26" - (9) "A programação vai ter que ser diferente, vai ter que acompanhar. Conforme
a população vai desenvolvendo os estudos e tudo, tudo deles, tem que se aperfeiçoar.
acompanhando o desenvolvimento. Porque, se não, eles vão perder. A gente pode citar um
exemplo, o que dá muito Ibope, as pessoas quase todas assistem é o Show do Milhão, do
Silvio Santos E um programa interessante, onde a gente via, aprendia, e ainda se divertia.
.Ajudava a ajuda a gente e a eles também, porque o Ibope deles, essa audiência subia".
1 12'.03" - (8) "Enquanto isso, tem o programa do Ratinho que é um programa que não
ensina nada. E um programa que só fala bobeira. E uma coisa que se a população estiver
estudada, eles não vão querer aquilo ali. Não vão querer ver quebra-pau, não vão querer
ver violência".
1 12' 00" - Por que tanta gente assiste o Ratinho?
1.13'..45" - (8) "Eu acho que é pelo fato da população brasileira não ser uma população
estudada. Não ser uma população com mais conhecimento. Então, eles vão ver Ratinho
porque já está acostumado com aquele tipo de vida ali".
1 14'03" - (4) "Ele deixa o mais interessante para o final, aí, a pessoa fica assistindo.
assistindo"
1 14' 46" - Com mais educação o programa muda?
1 14'.50" - (8) "Eu acredito que passe por uma transformação, porque, se não passar vai
ficar um programa atrasado, não vai estar acompanhando o mundo".
1 15' 07" - (3) "Eu acho que tudo de ruim que aconteceu aqui no nosso Brasil, é porque,
nos mesmo estando inocentes, nós aceitamos. Você não vê o exemplo do presidente, o que
ele fez com a gente, chamando o pessoal todo de vagabundo. Pessoas que já bateram o
martelo, já suou a camisa para aposentar e ainda chamar de vagabundo. Porque, porque ele
está lá encima. Porque a maioria aceitou concordou com ele de chamar de vagabundo ".
1 17'.40" - (9) "Muitos políticos aí, só procuram a gente na hora do voto. A gente tem que
saber quem realmente é. A gente não sabe de todos, mas pelo menos um bocadinho. Pelo
menos o que é provado, olha esse cara, aconteceu isso no governo dele, na administração
dele"
1 1810" - (3) "Politica é uma coisa que não devia existir no Brasil. Porque, eu lá comigo,
eu não consigo entender. Eu penso assim, se o que já está no poder não está dando conta,
porque os de fora estão apedrejando ele. Chega lá, vai fazer pior".
1 19 .30" - (8) "Quanto a TV dar prioridade a politica, eu acho uma coisa certa. Porque, se
a gente elegeu o politico, agente quer saber o que ele está fazendo .... porque se com a TV
encima, eles já roubam, imagina se não tem notícia nenhuma de politica, onde a gente
estaria hoje?".
1 25' 02" - Como era a educação antes e como é agora?
1.25'. 10" - (3) "Hoje é bem melhor com certeza. Porque, o método do ensino vem com
novas matérias, novos conhecimentos. Por isso, que hoje em dia, eu acho que está bem
melhor".
1.25' 20" - (6) "Está bem melhor, hoje em dia".
1.27'.20" - (3) "O Sr. fez com que a gente tirasse do fundo do ser da gente e desabafar
algumas palavras que tinha que Ter saído a muito tempo e hoje, com a sua presença aqui,
saiu com mais facilidade".
1 29'40" - (8) "Quanto aquela pergunta que você fez de antes e agora da educação, a
educação de antes era, não é que era ruim, era boa, era mais rigorosa mas, era devagar.
Agora, o que a gente aprendeu com 10, 12 anos, nossos filhos aprendem com 5, 6 anos. A
gente passa para eles mais rápido e isso com a ajuda da comunicação, de televisão, rádio.
jornais e revistas Antigamente, não existia isso. Antigamente, eu acho que era só
professor e rádio, que tinha para passar isso prá frente. Agora, a gente tem vários meios
para passar isso prá frente. Então, a educação de hoje já está mais evoluída".
FIM
0.04'. 10" - Como viam a educação antes e como vêem agora?
0 05'.50" - (4) "Hoje é bem mais fácil. Porque, igual antigamente, não era todo mundo que
podia estudar né. Nós mesmos, donas de casa, não tínhamos oportunidade. Agora não, a
gente tem. Melhorou bastante. Eu acho".
0.06'. 10" - Hoje é mais fácil de se aprender?
0 06'. 17" - (4) "Eu acho que é bem mais fácil, porque..." ( interrupção )
0 06' 40" - (2) "Através do vídeo, hoje em dia, a gente tem mais facilidade. Por exemplo, a
gente trabalha durante o dia e à noite. Nós temos o vídeo que facilita prá gente a nossa
aprendizagem".
0 06'.59" - O vídeo ajuda após um dia de trabalho?
0 07'.09" - (2) "Eu acho que sim, porque dura menos. Porque, antigamente, tinha que ficar
4 horas dentro de uma sala e, através do vídeo a gente assiste 1 hora. Igual a nós, por
exemplo, nós assistimos 2 horas de aula. Aí, dá prá descansar um pouco a mente".
0 07' 50" - (3) "Você está perguntando de antigamente é, eu posso falar com autoridade
que era muito mais dificil. O ensino, o método que era decoreba, até obrigava a colocar
aquilo na cabeça de uma criança. Então, hoje não. Esses métodos de agora, a criança
aprende brincando. Eu fico boba de ver minhas netas de tão pequenininhas e como é que já
sabe coisas que a gente demorava de aprender como escrever o nome da gente. A
pequenininha com 4 anos já escreve, quer dizer, é um bom método, bem melhor acho,
agora E prá nós agora também, que facilidade. A gente não tinha essa facilidade. Está tudo
muito dificil prá gente sair prá estudar em Santos Dumond ou Juiz de Fora. Nem todos
tinham condições financeiras para isso. Agora não, temos aqui, então, até o 2° grau. E tudo
de graça Agora veio o Telecurso e deu mais oportunidade. Porque a gente que é dona de
casa como a Lídia estava falando, de sair prá estudar, ter que cuidar de casa e ficar dentro
de sala de aula 4 horas, né. Então, o TC, a gente já vem à noite, que está mais folgada
mesmo. Fica menos tempo. Tem o vídeo que ajuda, os livros e a professora que dá aquela
força Então, é bem mais fácil. O que animou a gente".
0 09'. 15" - Está sendo bom voltar a estudar?
0 09'20" - (3) "Muito bom ... nossa mãe. Eu adorei voltar a estudar. Eu tentei algumas
vezes começar, mas não tinha oportunidade, era dificil mesmo. Então, com casa, filho
pequeno, então, não tinha condição de sair para ir para Santos Dumond ou estudar em Juiz
de Fora Então, eu desisti. Depois, aqui em Ewbanck também, quando começou a 5
a
a 8
a
,
DEPOIMENTOS: Grupo Focal (4 homens, 4 mulheres e 1 OA)
1-(M5) Enfermeira (20/30 anos)
2- (H4) Funcionário Público (30/40 anos)
3-(Ml) Lar (60/70 anos)
4-(M2)Lar (40/50 anos)
5- (Hl) Segurança (25/30 anos)
6- (H3) Auxiliar de Restaurante (20/30 anos)
7- (H2) Operário (45/50 anos)
8- (M3) Estudante (20/30 anos)
9- (M6) OA (30/40 anos)
DECUPAGEM 07 / FITA 04
que nâo tinha aqui. Eu tentei, também não deu. Horário de almoço, horário de trabalho.
Agora é que apareceu essa oportunidade e a minha filha me deu a maior força, vai, e, eu
vou mesmo. Eu adorei, gostei, não quero parar não. Se der, eu vou continuar até onde der".
0 10' 06" - (6) "Porque o vídeo eu acho que antigamente era só explicando, os professores
ficavam explicando, mostravam o livro, era retrato, não dava prá pegar legal. O vídeo eu
acho que mostra mais. ajuda a gente a entender melhor o que está sendo estudado, o que
esta sendo explicado Então, eu acho que o vídeo ajudou bem" .... "Porque na foto a gente
vê. está parado, ali. Então, a gente vê como eram feitos os movimentos, como tudo
acontecia, como tudo acontece. Então, eu acho que o vídeo é bem melhor".
0 11'.25" - (2) "Porque no livro a gente vê ele parado e através do vídeo é movimentando.
clareia mais a mente, chama mais atenção".
0 11 '49" - Motivou fazer o TC?
0 12'.00" - (4) "Porque eu sempre tive vontade de estudar, de me formar. Só que eu nunca
tive condição. Eu fiz o supletivo, porque na época era supletivo. Aí, fiz a 8
a
série, mas aí.
não tive oportunidade de fazer as provas finais porque eu trabalhava de doméstica e
morava no emprego Aí. fiquei sem emprego. Tive que morar no Rio. Tive que morar
muito longe. Fui para o Recreio dos Bandeirantes e eu estudava na Lagoa. Aí, eu não tinha
como eu vir. Na época nâo tinha ônibus. Aí, eu fiquei. Eu parei, né. Aí, casei, mas o meu
sonho de toda minha vida foi de me formar. Eu tinha verdadeira loucura para me formar.
Acho tão bonito a pessoa estudar, se formar, ser alguém. A pessoa falar: Há, fulano é um
engenheiro, é um professor. Acho tão bonito. Acho, também, pela cultura também, né. Aí,
quando apareceu essa oportunidade, eu aproveitei e estou aqui. Até hoje eu tenho vontade.
A minha maior vontade é de ser arquiteta. Não sei se vou chegar até lá. quem sabe, né? Eu
pretendo acabar, fazer o 2
o
grau se tiver, fazer e se tiver oportunidade, fazer o 2
o
grau e
chegar a faculdade, se Deus me ajudar. E eu estou adorando, né. Estou até pensando, se
não tiver o outro prá nós, vai ser muito chato porque vai ficar parado. Aí, você acaba
esquecendo o que aprendeu, depois tem que voltar de novo".
0 13'.48" - (3) "Porque o vídeo, a gente vê o vídeo, eu acho que é diferente de você ler o
livro Porque o vídeo, às vezes, você está assim, até conversando com alguém, você de
repente lembra do que viu no vídeo. Eu acho que clareia mais a mente da gente, sabe. São
umas estorinhas assim, bonitinhas, uma coisa bem contada, né, igual história, né. Porque
eu nunca fui muito boa em história não. Não sei porque que eu não passei, de bobeira, eu
nâo me conformo por ter marcado o gabarito errado, eu não passei. E eu nem tinha visto
nada Tudo é o que eu vi no video mesmo, sabe. Que eu vi no vídeo, inclusive aquela
pergunta da vacina, eu lembrei do vídeo, que eu tinha visto no vídeo. Aí fui lá, marquei
certinho Então, essas coisas assim né, fica na mente, a gente lembra. Eu acho que é bem
melhor .... É sim. é mais gostoso que antigamente. E igual ao que ele falou, tinha que
decorar aqueles questionários enormes. Ficava decorando geografia, história. E agora, não
tem mais a necessidade de ficar decorando aquilo tudo".
0 15' 20" - (4) "E você tem que ver que prá nós que moramos aqui em Ewbanck, as coisas
é sempre mais dificil. Você vê, aqui uma faculdade você tem que ir prá Juiz de Fora. né.
Ai. você sabe a condução, né. Eu sei lá. Quem sabe, mais tarde, até eu chegar à faculdade
já tem mais condução barata Porque, eu acho que condução prá nós que mora aqui em
Ewbanck. você tem que enfrentar esse ônibus de Juiz de Fora. Você pagar direto prá
Santos Dumond. eu acho um pouco pesado, sabe. Aí, não sei, até lá, quando chegar a
minha vez. né. Eu não perco as esperanças".
0.16'.30" - Dificuldades para estudar?
0 16'.37" - (7) "Acordo às 5 horas da manhã. Aí, chega essa hora. Mas, com satisfação está
valendo a pena pra ser recompensado, não tem outro jeito mesmo".
0.16'.48" - Está valendo a pena?
0 16' 52" - (7) "Sem o estudo agora, já está dificil com o estudo, né, sem o estudo é
impossivel conseguir alguma coisa. Cada vez mais tem que evoluir mais e estar sempre
mais atualizado Sem ele, jamais vai conseguir acompanhar".
0 17'40" - (4) "Eu queria ter o 2
o
grau mas, depois né, eu pensei: puxa, chegar até a
faculdade, ô meu Deus. nossa" (interferência) "não é impossível, não é. É igual
eu falo prá minha filha O sonho da minha filha é fazer cinema. Aí, ela estava falando: Há
mamãe, é tão dificil, eu fico pensando, eu vou terminar o ano que vem e ela sai, né, 2
o
grau Mãe. como é que eu vou fazer prá enfrentar uma faculdade? Não dá nem vontade de
estudar Não minha filha, você não pensa assim não. Você tem que pensar que vai fazer.
você vai acabar o seu estudo, mesmo que você não tenha condição de enfrentar uma
faculdade agora, mas tarde, se você tiver uma oportunidade. Você já passou pelo 1
o
e pelo
2° grau. ai. é só você fazer o vestibular. Puxa mãe, aí eu vou me formar já velha. Ela quer
formar o mais rápido possível. Eu falei, não Carla, tem que ter paciência. Quem sabe. Deus
não ti abençoe, tu ganha uma bolsa. Porque a gente não sabe o dia de amanhã. O dia de
amanhã pertence a Deus. tudo pode acontecer. Aí, o sonho dela é esse. Vai fazer e vai em
frente minha filha".
0 21'20"-O TC dá certo?
0.21.30" - (2) "Eu acredito que sim, porque através do estudo hoje, igual eles disseram.
porque sem o estudo não se consegue nada. Está cada vez mais dificil. Aí, tem que batalhar
até o fim"
0 21' 50" - O que melhorou?
0 22' 26" - (3) Principalmente, eu acho que muda o ambiente que a gente lidava antes.
Agora com um pouco mais de estudo já é bem mais diferente o modo que a gente está
lidando no meio das pessoas. Então, há mais facilidade, melhorou muito".
0.23'.03" - Passaram a buscar outras fontes de informação?
0 23'.30" - (4) "Eu pelo menos, né, me interesso. Só que eu não leio assim, O Globo. Eu
leio mais assim, a Folha Universal porque é o jornal que eu tenho oportunidade. Mas vem
muita coisa interessante. Não sei se você já ouviu falar desse jornal que é da igreja. Esse
jornal eu leio mais. né. Vejo jornal, gosto de ver o Globo repórter, entendeu? É uma pena
que a gente vê assim, no jornal é muita mentira. Assim, uma notícias que deixam a gente
chateada Fala uma coisa e quando você vai ver não é nada daquilo, né. Eu penso assim,
sabe. acho que eles mentem um pouco. Cada um quer contar de um jeito. Aí, quando você
vai juntando, você vai descobrindo que não é assim desse jeito, é diferente. O jornal fala
uma coisa, a televisão fala outra, as revistas também, né, porque tem, tem a Veja, que
também dá muitas notícias boas e más" (interferência) "você vê o que aquele falou.
daquele jeito e esse está falando, desse, quem está falando a verdade. É legal sim".
0 25'.00" - Mudança como veio?
0 25'.10" - (4) "E veio com o estudo sim. Porque, antes eu não ficava assim, novela, jornal,
chegava na hora do jornal eu ia lá e desligava. Ia arrumar a cozinha. E agora, não.
Qualquer coisa, igual está falando alguma coisa, né, assim, aconteceu alguma coisa, aí, eu
vou lá e aumento e Fico prestando atenção e não quero nem que ninguém fale do meu lado.
Toda hora que fala aquilo, eu tenho que estar ali ouvindo, que é prá ver onde é que está a
verdade, no rádio, na televisão. Então, é bom, é bom sim".
0 25'.38" - Como percebem a imprensa?
0 26' 15" - (3) "Interesse, inclusive o pessoal agora fala mesmo é política. Há está falando
desse candidato, protegendo aquele, porque tem um compromisso com aquele. Isso a
imprensa tem Acho que tem porque é o que aparenta".
0 26' 50" - O que mudou na vida?
0 27' 15" - (4) "Mudou sim. Mudou, assim, até a maneira da gente falar com a outra
pessoa. Você fica assim, muito tempo sem estudar, não liga para ver um jornal, você fica
ignorante. A partir do momento em que você volta a estudar, você aprende até a falar
melhor, sabe. Igual eu. só falava gritando, ainda mais se me fizessem raiva. E agora
estudando, foi até um dia em que a Celina falou que a gente tem que respeitar o direito do
outro. Então, me ajudou. Agora eu sei onde começa o meu direito, onde termina também,
onde começa o direito do outro e termina também. Isso me ajudou muito sim. Lidar com os
filhos dentro de casa era só brigando. Minhas meninas falavam: puxa mãe, a senhora só
sabe gritar com a gente. A senhora não fala com educação. Não, agora elas falam, a
senhora está mais educada, sabe conversar. Mas a gente fica assim, afastada, a gente fica
mais ignorante mesmo. Você também lida com umas pessoas que também é igual a você.
que não estuda, não se comunica, né. Aí, acaba pegando a mania até do outro. Aí você vai
para a escola e você pega a mania do professor, do seu colega".
0.28" 50" - (3) "Está tão bom, tão gostoso aprendeu que você começa a querer fazer
diferente. Lá em casa eu sempre gostei de ler, de ver televisão, ver notícias de ver até onde
que eu ia ali. Mas. agora esse Jogo do Milhão, eu não perco um dia. Antes, de todo mundo
falar, eu quero falar para ver se eu acerto. Então, o interesse da gente é muito maior,
porque está adquirindo o conhecimento. Então, o interesse da gente é muito maior, porque
está adquirindo o conhecimento. Então, você quer testar até onde está melhorando na sua
vida. E melhora muito mesmo".
0 30'.39" - (5) "Como ela disse aí, o TC está, como se diz, é o despertar para a vida
Porque, através do TC, até pessoas idosas, você pode ver um sorriso no rosto deles,
relembrando aquilo que há muito tempo atrás não pode aprender. Hoje, você vê o TC pela
televisão e que até os idosos estão se formando, aprendendo novos passos, aprendendo a
dar outras caminhadas. Porque esse TC aí, está dando muita gente prá (interferência
externa) está ajudando muito a dar novos passos. Aprender novas coisas que
antigamente nós não aprendíamos. Então, agora, pra gente o TC está ajudando mesmo".
0 31'57" -No trabalho?
0 31".5'" - (5) "Nós temos um engenheiro lá, porque eu trabalho de segurança da portaria
Tem dia que ele chega meio mal humorado e eu falo: Bom dia doutor? Bom dia? Aí, vai lá
pra cima volta e começa a conversar comigo. Aí, põe prá fora o que está acontecendo com
ele. assim: hoje eu errei o nível da água lá, tem que levar isso lá. Não, não se preocupa não,
isso é coisa da vida. isso acontece, quer dizer, eu já comecei a abrir mais para as pessoas.
Até mesmo a gente estar calmo pode passar para ele uma energia que talvez ele não
esperava receber na hora. Então, através disso aí, a gente aprende a se comunicar, perde
um pouco da vergonha e põe prá fora".
0.33'. 10" - (6) "E que eu trabalho com restaurante, então, a gente ficava corn vergonha de
sentar na mesa com o pessoal, porque lá, a maioria estuda o TC. Então, eles discutiam o
assunto e eu ficava com vergonha da talvez sair um assunto e da gente não saber do que
estava falando Então, agora, com a gente estudando também, junto com eles ali, se sair
aquele assunto, a gente tem como debater com eles, porque a gente está estudando .... Hoje,
não. Hoje. eu posso sentar em qualquer mesa com eles, que a gente conversa sobre
qualquer coisa sobre a escola Lá, outro dia. chegou o Chefão mesmo, o Homem da
Boca larga. Chegou, sentou na mesa, era de manhã, não tinha ninguém no refeitório, aí. ele
chegou, sentou, me chamou para conversar. Perguntou se eu estudava, o que eu estava
fazendo Ai. falei para ele que estava estudando no TC. Aí, ele me falou continua e assim
que você tirar o TC você me procura que a gente dá um jeito de melhorar a sua situação
aqui na empresa"
0.34'.40" - (S) "E a facilidade do estudo sempre ajuda demais as pessoas. Hoje em dia, eu
chego perto de um chefe, como antigamente eu não chegava. Eu tinha vergonha, não vou
saber responder a ele. Só dele se encaminhar par o meu lado eu tentava sair de lado, esse
cara vem puxar assunto, eu estava sem jeito, não sabia falar. Hoje em dia não. Tenho
diálogo com ele. se me perguntar, se souber eu respondo, se não souber eu tenho como me
sair sem ter que precisar fugir dele. E no meu trabalho, através do TC, a minha profissão
mexe muito com medidas e essas coisas. E eu não tinha muita teoria, tinha mais prática.
Agora, hoje em dia. eu faço as coisas e entendo mais da teoria. Através do TC aprendi mais
da matemática área e essas coisas. E, sem dúvida, cada vez mais vai melhorar".
0 35' 45" - (7) "Quando eu tenho dúvida por exemplo, eu vou, quando eu chego em casa, se
der para eu fazer no outro dia, aí eu pego o livro, aí vai clareia a mente lá não é assim
mesmo que faz? Porque as pessoas querem saber o que você sabe na prática, mas na teoria
principalmente Principalmente, quando você vai fazer uma entrevista por exemplo, eles
perguntam mais é teoria, a prática vê depois. A gente tem que saber mesmo. Graças a
Deus. agora está um pouco melhor".
0 36'.20" - Ajudou no trabalho?
0 36' 30" - (7) "Até para ter outra profissão. Eu tenho a minha, mas vou fazer outros
cursos, se Deus quiser. Ainda porque, vai ser muito mais fácil partir para outras melhores.
As chances de emprego é bem mais fácil".
0.38' 19" - Mudou em casa?
0 38'.30" - (1) "A vida de casal todo mundo sabe que é dificil. Não é aquela coisa de sentar
muito, conversar. Tem filho, tem aula, tem trabalho do curso então, não dá muito prá
conversar Sempre que eu preciso de uma ajuda ele senta, me ajuda. Me xinga bastante.
fala que eu sou burrinha, mas passa".
0.39'. 13" - (3) "Na minha casa, à noite é que eu gosto de ir na cozinha, abrir meu livro
Meu marido fala: Tá fazendo faculdade. Eu tomo meu livro e ele incentivou, até ele. Não
isso aqui. medida eu é que entendo. Pera aí, deixa eu ver esse livro. Então, até ele está
interessado. Ontem, falou: Tá falando Inglês? Até Inglês eu tô querendo falar. Mas é
impressionante como é que a gente empolga. Aí, veio esse Inglês agora e só faltava
Comecei a estudar o livro de Inglês, que gostoso, que vontade de falar mesmo, de
aprender é muito bom" ... "Então, eu acho assim, que se a gente começa a fazer a coisa
com um interesse e vontade, não é dificil, você consegue. Ainda mais pessoas mais novas,
né"
0 40'.35" - (5) "Eu acho que as matérias só se tornam ruins quando a gente não entende
elas. quando ela não encaixa direito. Depois que ela encaixa direitinho, a gente passa a
gostar. Eu não gostava muito de matemática agora, eu estudando um pouquinho em casa,
também no livro, a gente vai aprendendo passo-a-passo do que está sendo ali, explicado
ali Qualquer dúvida que haja entre a gente, a professora está ali para explicar. Então, cada
vez mais eu tenho vontade de aprender. E aí, se vai seguindo".
0 41'.06" - O video de matemática como é?
0 41'. 16" - (3) "Da outra vez. nós comentamos, é muito rápido. Então, quando aparece lá
uma conta por exemplo, aqueles numerozinhos vai andando, quer dizer, a pessoa tem muita
dificuldade e complica. Acho que a matemática é muito complicada, muito rápida. Aí, tem
que ser muito mais o livro e o professor, se não não dá prá pegar não".
0 42'.25" - (3) "Pelo vídeo só, eu não tinha aprendido nada. Foi mais pelo livro e o
professor clareando. Porque, a matemática tem que ter um raciocínio mais lento. Você tem
que pensar bem. Não dá tempo, no vídeo não dá".
0 42'.50" - (1) [falando da prova que não passou] ... "Também, é pior que a 1ª prova é
matemática, no Sábado, de manhã, não dá nem prá relaxar. Você já dorme com aquilo tudo
na cabeça. Não podia ser história? Mas não, matemática. Acabou comigo, não dá".
0.43'. 15" - (6) "Mas a matemática, mesmo que muita gente não goste, é a mais importante
de todas. Pelo fato dela estar no nosso dia. A matemática todo dia, toda hora, a gente está
mexendo com a matemática. Então, para aprender a matemática é importante a gente
gostar. Porque a gente gostando do que a gente faz, então fica mais fácil de entender".
0 43' 40" - (7) "Há é. português eu não, agora não, depois que eu fiz a prova e passei, agora
eu já quero pensar no 2
o
grau, se Deus quiser. Mas, no princípio, nossa senhora, eu não
gostava de jeito nenhum Matemática, eu já sentia mais facilidade pelo meu trabalho.
Agora, português, puxa vida".
0 44'.48" - A novelinha do TC ajuda?
0 44'.50" - (6) "Se não tiver aquela novelinha, for igual a um telejornal, uma pessoa lá
falando, acho que a pessoa não vai entender o que está acontecendo. Então, aquela
novelinha ajuda, já vai mexer com a imaginação da gente. A gente vai imaginando o que
está acontecendo. Então, na hora que a gente precisa de lembrar aquilo, a gente lembra da
novelinha ali. e vai lembrando de tudo. Então, isso ajuda muito. Porque, se fosse prá ficar
como a gente está aqui conversando, assim, um telejornal, o cara falava ali e pronto, está
no livro, aí ferrou, fica menos interessante".
0 45'.34" - (10) "Ajuda porque faz a gente ter mais vontade de aprender, porque a gente vê
que eles tem a mesma dificuldade de aprender. Coisa que a gente ficava dizendo mágoas,
eu não sei de nada e a gente vê que tem também outras pessoas que não sabem e que
também tem vontade de aprender".
0 46' 40" - E a tecnologia?
0 47.00" - (6) "Porque você vê aí as empresas estão demitindo pessoas prá colocar o
computador no lugar das pessoas. Então, a gente está vendo essa mudança também na
escola, através do video. Aí a gente vê que o ensino ajuda a entender melhor. Então, eu
acho que a gente devia parar e pensar se a gente não estudar, se a gente não entrar na era da
tecnologia a gente vai ficar para atrás se a gente continuar na era do livro. Então, a
tecnologia hoje é tudo. Então, a gente tem que tentar acompanhar e prá acompanhar tem
que ser estudando".
0.47'.35" - (5) "Não sei se está dentro do nosso aprendizado aqui. mas é o seguinte, eu acho
que alguns cabeções que tem lá em cima, está achando que o nosso país está precisando de
gente mais formada Acho que eles estão enxergando o erro deles. Porque, vamos supor.
hoje está ai se vendo robô, computador, igual a ele falou agora a pouco, então, nessa parte
está havendo muito desemprego aí. Tem pais de família desempregados e uma máquina
substituindo aquele cidadão que estava trabalhando. Então, eu acho que o governo ou sei lá
alguém, já está reconhecendo o erro deles, colocando uma telessala prá gente se
desenvolver mais um pouco".
0 50' 00" - A máquina substitui o homem?
0.50' 09" - (7) [falando-se dos robôs] "É, em compensação, o serviço que gastava 20
funcionários para fazer, sô ele fazia, o robô. Mas, outros colegas dele devem ter perdido o
emprego certamente, porque o robô, a produção dele foi muito maior".
0.50'.30" - (5) "Eu acho que no lugar de muitos robôs que existem hoje aí, teria muitas
pessoas empregadas. Não teria essas pessoas aí, com a dificuldade que existe no Brasil
hoje. eu acho que a tecnologia hoje, por um lado ela está melhorando, mas tem mais que
preocupar coma a área da medicina. Deixar essa tecnologia automobilística prá lá e se
preocupar mais com a saúde do cidadão que está vindo para o futuro. Então, nessa parte ai,
eles já tem que se preocupar mais com a medicina que eu já acho particularmente. Então, o
governo querer robôs de montar carro ou substituir algum outro funcionário, isso aí não.
Eu acho que eles estão andando prá trás nessa parte aí, eles tinham que se preocupar com a
medicina hoje em dia".
0 55' 20" - (5) "Eu acho que a tecnologia veio na hora certa. Mas, sô que o homem não está
sabendo tirar proveito dela. Eu acho que o homem tem que pensar mais um pouco. Porque.
enquanto eles economizam lá fora, o pessoal aqui sofre com as conseqüências deles lá. Eu
acho que isso é uma maneira meio errada. Agora, a tecnologia pelos Meios de
Comunicação também, eu acho legal. Porque hoje, você quer falar com alguém lá fora,
você consegue se comunicar. Essa parte aí, está tudo bem. Mas, igual eu falei, se eles lá
fora se preocupam um pouquinho mesmo com medicina, igual eu falei agora a pouco, seria
bem melhor prá gente".
0 56'.40" - (5) "Porque, hoje em dia, tem engenheiro que tem que tirar o chapéu prá pião.
Sô que ele não admite isso. Então, através de TC nós estamos caminhando e aprendendo a
se comunicar com aqueles que estão lá em cima".
0 58' 35" - (3) "A tecnologia é uma realidade. Então, a gente tem que se adaptar. É o
mesmo caso nosso, antigamente, estudar não fazia falta. Hoje, faz. Então, a gente teve que
mudar a cabeça. E a mesma coisa, ou a gente vai se adaptar a tecnologia ou vai ficar prá
trás Porque, isso agora é cada vez mais. Não tem uma volta, cada vez vai evoluindo mais".
1 00' 28" - (4) "Eu acho que é até um incentivo prá gente estudar. Porque, igual você falou.
né. a pessoa não sabe mexer com a máquina, aí, para ela não perder é um incentivo para ela
estudar para ela aprender a mexer com aquilo, eu penso assim".
1 00' 50" - (6) "Em matéria de tecnologia, os países lá de fora avançaram na frente. O
Brasil e um país que ficou para atrás e agora eles não estão sabendo como lidar com isso
a prova de ciências foi danadinha. foi prá pegar a gente mesmo. Então, as provas são
assim, eu acho que matemática foi bem. Então, eu acho que tem que saber mesmo".
1 11' 14" - (4) "Eu acho que não deveria ser por gabarito. Deveria ser corrigida a prova que
você fez Porque, às vezes, você acerta a prova e marca errado o gabarito. Foi o que eu fiz,
me ferrei. Então, se a prova fosse corrigida eu tava bem".
FIM
1.12'.00" - A nossa televisão é boa?
1 15' 00" - (5) "Por um lado a televisão é bom, por outro lado também, é ruim. Porque.
você vê muitos adolescentes hoje, que estão estudando às vezes, comete até um crime.
Assiste um filme de bang-bang, tiroteio e essas coisas. E a criança já é um bichinho arteiro,
então, vendo essas cenas assim, ele já acha que pode fazer aquilo com o coleguinha. Então,
a televisão nesse lado ai. a televisão está zero mesmo. Na minha opinião, ela devia mostrar
outras coisas que chamem a atenção tanto faz do jovem, da criança e do adulto",
1 15' 40" - E o lado bom?
1.15'.43" - (5) "O bom é o jornalismo que transmite também um pouco meio diferente,
errado, mas a gente vai relevando. Porque, nem a gente mesmo conhecemos a verdade".
1 15'.58" - (7) "Realmente, tem muita cena na televisão que não devia ser mostrada. Muitos
assassinaram os colegas dentro da sala de aula. Eu acho que a televisão não deveria
mostrar isso. Outro dia. estava vendo no jornal, não sei quem, matou 23. Isso aí, é drogas.
essas coisas, envolvimento demais, entendeu? Põe aquilo na cabeça, às vezes tem rixa com
outro colega, aí é um inferno. Aconteceu nessa escola, vou dar um jeito de fazer isso aqui
também Eu acho que estimula um pouco a violência ao invés de combater, estimula.
incentiva".
1 17' 58" - (4) "Há pouco tempo, reprisou aquele filme O boneco Assassino. Houve um
caso de uma criança que fez com o colega ou a irmã a mesma coisa que viu o boneco fazer.
Então, eu acho que deveria ser proibido, né, assim, pessoas assim, mais tarde. As vezes,
tarde, outro dia eu perdi o sono, liguei a televisão e estava passando um filme ótimo, na
Globo Eu acho que chamava Renascer de Uma mulher. Era uma comédia, mas um filme
muito bom. Por que não passa mais cedo. Passa essa hora, quase ninguém vê. Quem vê é
quem perdeu o sono, aí liga a televisão. Não podia passar mais cedo? A família reunida na
sala assistindo um filme desse, seria ótimo. Agora é só bang-bang, prostituição, essas
coisas, mulher pelada, homem pelado, também".
1 18'.30" - (5) "Tanto vê que eles falam programa proibido para menores de 14 anos
Porque, naquela hora eles não passam como é que eu posso falar, um filme que dá prazer
das pessoas verem, sem violência, sem nada. Agora, passa outros tipos de coisa e impede
muito das pessoas ver aquele filme que tem vontade de ver. Até dentro de casa. aí, uns
falam: eu vou comprar uma TV prá mim, porque essa aí, a gente não pode ver, aí eu vejo o
que eu quero".
DEPOIMENTOS: Grupo Focai (4 homens, 4 mulheres e 1 OA)
1-(M5) Enfermeira (20/30 anos)
2- (H4) Funcionário Público (30/40 anos)
3-(Ml) Lar (60/70 anos)
4-(M2)Lar (40/50 anos)
5- (Hl) Segurança (25/30 anos)
6- (H3) Auxiliar de Restaurante (20/30 anos)
7- (H2) Operário (45/50 anos)
8- (M3) Estudante (20/30 anos)
9- (M6) OA (30/40 anos)
DECUPAGEM 08 / FITA 04
1 28'.50" - Qual telejornal fala a verdade?
1 29' 00" - (6) "Eu particularmente, acredito mais na Globo, Gosto mais da Globo. Porque
eles passam a dar noticia, dar um monte de notícias, não fica lá presa a uma notícia só. Os
telejornais das outras emissoras se apegam muito mais aos detalhes, leva lá, filma lá,
mostra tudo. A Globo não, fala, mostra algumas cenas do que aconteceu e passa a bola prá
frente, não faca em cima daquilo. Então, a gente vê aquilo, quer saber um pouco mais
sobre aquilo, compra um jornal prá ver o que é que está acontecendo".
1 29' 45" - Tudo na Globo é verdade?
1.29' 47" - (6) "Muitas vezes, eles começam muito bem com uma reportagem. Aí. vai
passando os dias. quando está chegando o final, eles começam a corresponder o que estava
realmente acontecendo Acho que isso está acontecendo com o dinheiro. Eles dão dinheiro
pra não falar o que está mesmo acontecendo".
1.30'. 15" - (4) "Quando chega na hora de saber a verdade, eles escondem. Eu, igual a outra
vez que você me perguntou se eu lembrava de um fato que a Globo tivesse passado para o
publico que não era verdade eu lembrei. A Globo, acho que foi em 83, eu estava no
Maracanã, na reunião da Igreja Universal. Todo mundo que esta aqui lembra disso. A
Globo fez aquele sensacionalismo, falou que os pastores estavam carregando sacos de
dinheiro nas costas e. não era. Eu digo prá vocês que não era porque eu estava lá e eu não
era nem da igreja. Eu fui naquele dia prá reunião, me convidaram e tal. Então, aquilo era
pedidos. Houve sim. coleta de oferta nos saquinhos vermelhos. Mas, o que estava dentro
daqueles sacos e que os pastores estavam dentro daqueles sacos e que os pastores estavam
nas costas, era pedidos de oração e a Globo falou que era dinheiro e isso é mentira. Eu sou
testemunha disso. Depois houve uma outra, eu não lembro o que houve, saiu um bispo da
igreja e o bispo falou que aquilo não era dinheiro que eles estavam carregando e a Globo
não falou Dai. eu me decepcionei porque, puxa, porque que mente, não fala a verdade.
né Prá que falar aquilo, já joga a pessoa contra a igreja., aí, fica aquela confusão Então,
eu acho que a Globo é muito mentirosa. Não só pelo fato que aconteceu ou porque sou da
igreja eu estou defendendo, porque, na época, eu não era da igreja. Que eu estou
defendendo, eu não estou, porque, na época, eu não era da igreja. Não tem nada a ver. é
tudo mentira Eu acho que ela mente muito".
1.33'.30" - (3) "Há poucos dias agora, aquela notícia de Alexandre Pires, você viu o SBT
dar a notícia e a Globo dá um pedacinho só. Mas o SBT tudo que falava, defendia o
Alexandre e a Globo, principalmente, esse jornal mais tarde, da Lílian, tinha um jeitinho de
falar como se ele fosse culpado, que ele era o culpado. E o SBT, eu ponho no SBT, rapaz
bom. rapaz isso, não fez por mal. Ai, punha para lá e diz que ele estava bêbado. Você nota
direitinho a intenção de cada uma. Uma de defender e a outra de atacar Você fica
perdido, você tira a própria conclusão. Porque a Globo diz que ele estava bêbado, era
culpado, que jogou o carro em cima O SBT entre dizendo que ele nunca faria isso, quer
dizer, eu vou ficar dividida Então, você tira a sua própria conclusão, porque a
emissora, ela puxa pro seu lado, de quem ela quer proteger a pessoa, protege".
1 35' 10" - (3) "Fernando Henrique fez isso, é muito bom A Globo esta protegendo o FHC.
Ela tem um compromisso com o FHC, com o governo
9
Será que ela tá protegendo? Será
que ele fez mesmo?".
45
1.19'. 19" - (10) "A maioria dos filmes passam os caras drogados, as pessoas drogadas, se
drogando Depois, passam eles se curando, vencendo o vício e aí, as crianças acham que o
que elas fizerem, depois elas vão conseguir sair rapidinho e não é, a realidade não é essa".
1 10' 50" -Eanovela?
1 20' 00" - (4) "Tem gente, igual tem adolescente e criança, tem gente adulta que começa a
ver a novela e ameaça a querer viver aquilo. A novela mesmo, mostra aí, mulher traindo
marido, marido traindo mulher. Então, elas acham que pode fazer aquilo também. Então.
eu acho que as novelas não são boas".
I 20'.35" - (4) "Antigamente, eu lembro que a novela das 7 não mostrava separação. Não
havia, era proibido. Só havia separação na novela das 8. Agora aquela novelinha, como é
que chama
9
Malhação. aquilo é uma pouca vergonha. É a mãe brigando para ficar com a
filha, sei lá. acho que deixa confusa a cabeça do jovem sim. Há minha mãe tá separando,
fulana também na televisão separou. Aí, hoje em dia é normal e não é. Eu acho que tinha
que passar pro povo que a família tem que ser unida, não separar, entendeu? Eu acho que
prejudica ura pouco".
1 21'.30" - (3) "Antigamente, se pensava prÁ casar, prá se viver. Agora, é a gente casa. se
não der certo, a gente separa, a gente larga. O que é que é isso? A televisão, a novela".
1.21'41" - (4) "Hoje. o negócio deles é ficar, namorar, juntar. Aí, engravida, é bonito ... Ao
invés de estar estudando. Tem que aproveitar a vida, tem que aproveitar, Ter oportunidade
de ir ao teatro, ao cinema, passear. Prá que vai engravidar? Eu sei lá, a televisão tem culpa
também".
1 23' 00" - (3) "Agora eu acho que tem alguns programas sim. Passa e Repassa, esse Show
do Milhão. A Globo também tem, na Eliana".
1.23'.20" - O que é legal no Show do Milhão?
1 23'.22" - (3) "A gente aprende. A gente vai testando o conhecimento da gente. Antes de
responder alguém, a gente já vai respondendo. Há é isso mesmo, há não é, então, a gente
vai aprendendo é. como se fosse uma aula. A gente aprende .... Eu acho que pelo menos
está ensinando alguma coisa boa".
1 26'33" - E o telejornal?
1.26'.30" - (6) "O Jornal Nacional, eu acho bom. Dá muita notícia. Outra vez, que você
teve aí. eles falaram que não gosta porque só dá a notícia pela metade. Mas tem que ser
pela metade para dar espaço para outras notícias. Vai falar o tempo inteiro sobre uma
mesma noticia, vai falar o tempo inteiro só daquilo? Então, eu acho o Jornal Nacional é
bom"
1 27' 18"-E isso é bom?
1 27' 22" - (6) "Eu acho que não, mas aí pinta o interesse. Você vê o Jornal Nacional hoje,
então, você pensa, amanhã eu compro o jornal e vou saber o resto dos detalhes do que tá
acontecendo sobre aquela notícia".
1 28'. 10" - (6) "Eles faz só o momento. Momento em que a pessoa tá ali. Sendo noticia,
eles estão sempre cobrindo. A pessoa deixou de ser noticia, eles não querem nem saber.
Isso tem tudo a ver com política, você vê o caso do Fernando Collor, aconteceu aquilo.
agora a gente não vê falar dele mais".
1 36'05" - (7) "É igual esse caso da corrupção lá em São Paulo. A Globo saiu com a
noticia, malhando mesmo legal e o SBT, só defendendo. Quer dizer, uma emissora tem
interesse que o outro ganhe e outra quer que ele saia".
1.37.05" - (3) "Na novela, também tem sempre tem uma coisinha que fala de política.
Então, você só vê que está indo para aquele lado que eles querem. Então, aproveitam da
novela também, eu acho, prá encaixar. Tão incutindo na pessoa que vê a novela e tá
ouvindo. Então, já dá a entender que o fulano é bom ou então já dá a entender que o fulano
é bom ou então, já faz um deboche qualquer do outro".
1 38' 10" - (5) "Eu particularmente, acho que é uma falta de respeito com o próximo.
porque, não só a respeito dos Sem Terra, eles estão ensinando os outros a fazer cá fora. de
se apoderar daquilo que obtém e sem mesmo ter o consentimento, o consentimento de
ajudar aquele que tá precisando porque, se hoje em dia, as pessoas roubam não é mesmo
por ser sem vergonha não, é prá defender a família dentro de casa. Tá certo que a palavra
roubar não encaixa bem mas. cada um pula do jeito que pode. Então, se existe isso, hoje
em dia ai. a culpa é de nós todos, brasileiros. E do cidadão porque o nosso presidente esta
ai. ele só está lá em cima é porque nós apoiamos ele de um modo geral. As eleições está
vindo ai. agora temos que pensar bem pelo próximo paço que a gente vai tomar. Outro dia
mesmo, eu ouvi um aposentado falando: O meu salário não tá dando, deu vontade de
responder para ele. só não respondi por respeito. Ué, como é que pode reclamar agora se
fomos nós cidadãos que votamos nesse elemento que tá lá em cima. Então a gente tem que
pensar muito bem passo que a gente vai tomar. Porque, fica chato as pessoas passarem
porque estão passando. Nós não precisamos disso não".
1 39'.31" - (4) "A culpa é do povo, porque o povo que teve a oportunidade de tirar esse
homem do poder e colocou ele de novo lá. A culpa é do povo. Será que o povo não viu?
Será que não tinha coisa errada? Eu colocava o Ciro Gomes".
1 40" 04"" - (5) "Eu acho que enquanto existir esse negócio chamado dinheiro, o Brasil não
vai prá frente. Mas. quem garante que se esse homem continuar lá em cima, a favor da
justiça eleitoral prá esse tipo de corrupção. Prá ajudar mais à favor dos votos, mesmo, ele
tendo perdido Isso. ninguém sabe. Só mesmo os poderosos lá que vão saber disso aí".
1.40".30'"- (4) "Mas. é isso que eu estava falando porque o povo teve oportunidade de tirar
esse homem e não tirou".
1 40'.35'"- (5) "Mas é isso que eu tô falando. Ele pode ter até perdido lá, que o pessoal da
Justiça Eleitoral ".
1 41' 40" - (10) "A maioria das pessoas pensam: tá ruim, então, não vai mais piorar, mais
do que está ai. vota em qualquer um".
1 41" 44" - (5) "Infelizmente, a gente não tem como acertar o voto da gente. De repente,
você acha que a pessoa vai ser bom e talvez, até pior".
1 41" 50" - (7) "Fica muito dificil porque a gente só vai saber do trabalho do político
através da televisão. Quer dizer, aqueles que eles indicaram que é aquele. Quer dizer, só se
joga na zebra. Se esse aqui é o bom, então, eu vou naquele outro que eles não estam
apoiando tanto".
1 42' 20""- O TC pode ajudar na escolha das próximas eleições, por que?
1.42".50"- (7) "Sem dúvida, agora ele vai pensar duas vezes. Agora, ele tem mais clareza
através, dentro disso tudo que está acertado com a gente atualmente. Agora, a gente
estudando e isso ai tudo. Não isso, aí vai ver a mesma coisa do outro. Vai tirar esse e
colocar e vai continuar do mesmo jeito. De todo jeito, fica difícil, não adianta isso aí.
Agora, é tipo assim, uma Máfia. Todos que entram vai ter que fazer o jogo deles. Só se
mudar tudo. a mentalidade de todos eles. Aí, seria possível. Outro que entrar lá, no lugar
dele. ou entrar lá no lugar dele, ou entrar no jogo deles ou eles vão dar um jeito de sumir
com ele. de dar uma doença e acabar com eles".
1 44' 40" - (6) "O TC pode ajudar é me matéria de passado. A gente estudando, a gente
quer ficar por dentro, a gente vê mais notícias, a gente vai guardando na cabeça. Então.
depois relembra o que aconteceu, o que ele fez. Aí, a gente já vai saber que ele já não é boa
pessoa Já pelo que ele fez no passado é bom votar em outro que esse aí já teve lá e não fez
nada E o que o TC envolve é que a gente lembra, a gente não estava estudando, aí, não
presta atenção. A gente ia pelo momento. Então, agora a gente estuda, a gente volta a
pensar no passado o que aconteceu com a pessoa, o que ela foi antes. Então, isso aí, o TC
ajudou bastante".
1.45".30" - (5) "O TC, hoje em dia, está sendo praticamente uma arma para o cidadão
futuramente combater a crise. Sem estudo, ninguém chega a nada. Porque, contra esses
cabeções de lá. não tem como. Então, o TC está nos ensinando como combater para uma
certa fome mais tarde. Porque, sem estudo você não vai prá frente mesmo. Até mesmo por
que enquanto existirem pessoas maiores que a gente, até mesmo, não sei como explicar, só
sei dizer que o fundamento maior aí, é encarar mesmo o TC e, seguindo emfrente. Não tem
como se não pegar essa arma que a gente estamos tudo aí. Vamos passar fome
futuramente Você tá vendo aí, a empresa pedindo o primeiro e segundo grau, não tem
como. Imagina aquela pessoa que não tem nem o primeiro grau e o segundo grau para
seguir à frente, vai passar fome futuramente".
1.46.35" - (4) "Não teve a oportunidade de estudar, né. Igual aquelas pessoas que
cortavam cana. Muita gente deixou de cortar cana e veio prá cidade grande prá tentar
arrumar um emprego. Aí, cadê o emprego? Porque a pessoa não tem estudo? Aí, o que
acontece? Vem as favelas porque as pessoas não tem como morar. Começa a invasão, igual
esse caso aí. dos Sem Terra. Eu não concordo com isso. Acho que todo mundo tem que
trabalhar e comprar o seu pedacinho de chão e construir a sua casa. Não é invadir o que é
dos outros. Porque eles invadem, né. Aí, ficam uns tempos ali. Aí, depois eles invadem
igual a essas invasões que a gente vê aqui mesmo em Juiz de Fora, Eles invadem, ficam
uns tempos, montam uns barraquinhos lá. Depois, vendem para outros, ganham um
dinheiro já vai prá um outro lugar. Eu conheço pessoas lá no Rio que faz isso. Vende prá
um já invade em outro lugar, aí, já não vai para outro, o governo dá ganho de causa para
eles e já vende para outro e aí, já vai ganhando dinheiro assim. Eu não concordo".
1.47".40" - (5) "Eu não tô contra o lugar onde eu moro que é até aqui em São Firmino. Lá é
assim, tem pessoas que chegam e cercam um pedacinho e é seu. Eu até queria conversar
com o Sr. Prefeito mas, quem sou eu para chegar até ele e pensar a respeito disso. Mas, a
Colônia não está longe de virar uma favela não. Porque, lá, baixa pessoas de tudo quanto é
tipo Então, as pessoas chegam lá cercam e invadem. Pessoas que você nem sabe de que
familia é Então, nessa parte aí, onde eu moro ali, na minha opinião está a zero".
1.57".45"- (3) "Nós todos também aqui, agradecemos, não é gente? Desse tempo que nós
passamos aqui. também foi muito importante prá gente".
1,58 05" - (5) "Porque, a gente de certas formas se comunicando, porque muitas vezes, as
pessoas nâo tem oportunidade de se comunicar com as pessoas. Até mesmo vem trazendo
ai o stress, a depressão, por falta de comunicação. Então, a gente começa a ver amigos
assim, e distrair um pouco a cabeça. A gente vai crescendo interiormente".
FITA 05 (CONTINUAÇÃO)
0 03" 06"- (5) "Prá mim. esse curso que a gente está fazendo aqui já melhorou assim, em
algumas coisas. Como meio de comunicar, como meio de escrever a parte de português.
porque eu sou segurança e toda vez que eu vou assumir o posto eu tinha que registrar a
ocorrência, com alteração ou sem alteração, tem que registrar. Então, quando há alteração
na área de serviço, tem que registrar para o superior que é o chefe lá, tem que tomar
conhecimento dela Tem que saber como é que você vai escrever o que é que vai colocar
ali Porque por um simples erro, você pode botar tudo a perder. Pode ir para outras pessoas
diferentes que a gente não sabe. Isso aí, me tirou um pouco daquela dificuldade que eu
tinha de relatar. Então, nessa parte até me ajudou um pouquinho".
FIM
DECUPAGEM 09 / FITA 06
DEPOIMENTO: (H 10) Coordenador de Educação
0.01.04" - Como coordenador do Telecurso?
0.01":07" - Posso... Posso. Não até isso aí como se fosse uma data anterior ao desligamento
não há problema não. né.
0 01' 24" - Apresentação
Bom. meu nome é Marcos Esteves, eu sou secretário de administração da Prefeitura de
Ewbanck da Câmara, e acumulando também o cargo de coordenador municipal de educação.
Estou neste cargo desde 27/02/97. eu já havia ocupado este cargo anteriormente na
administração passada e tive a felicidade né, o privilégio de ter sido convidado pela atual
administração para que continuasse esse trabalho.
0 02'04'"- Faz faculdade?
0 02 '07" - Eu sou estudante do curso de Letras né, faço curso em Juiz de Fora e... apenas
com uma disciplina em andamento, as outras disciplinas do curso já estão totalmente
concluidas ja
0 02' 21" - O que levou a Prefeitura a investir no Telecurso?
0 02'49" - Até o ano de 1997 nós mantínhamos no municipio a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio. E... mas não tínhamos um programa, não tínhamos meios de
oferecer educação pra aquelas pessoas que não tiveram condições de estudar na idade própria,
seja por dificuldade de acesso à escola, seja por força de necessidade de entrar no mercado de
trabalho né Então nós já havíamos feito o contato diretamente com a Fundação Roberto
Marinho, mas não obtivemos resposta. Em 97, o governo do Estado fez um convite à
Prefeitura pro lançamento oficial do programa Salas de Minas pelo governo do Estado. Então,
juntamente com o prefeito, nós participamos do lançamento do programa né, na... e a partir
desse momento nós começamos a conversar sobre a possibilidade de efetivamente colocar o
programa aqui no municipio. E... depois de algumas conversas, de alguns contatos, nós
achamos que tínhamos demanda, tinha número grande de interessados né.
0 04" 27" - E... interessados em participar do programa. E a partir de 98, no início de 98, nós
tivemos a oportunidade de colocá-lo em prática.
0 04" 42" - Dificuldades?
0 04" 53" - É... sem dúvida as dificuldades né, todas as vezes que iniciamos um programa
novo. nós temos né. tudo aquilo que é novo de início né, nós temos dificuldades.
Principalmente em se tratando de Prefeitura, de um órgão público. Nós trabalhamos com
aquela questão da dificuldade financeira. Mas nós sabemos que, o quão importante seríamos
realmente colocar o programa funcionando no município, principalmente né, que sabíamos
que a partir do momento que nós tivéssemos com o programa funcionando, mais do"que
educação, nós estaríamos oferecendo cidadania para esses alunos né. No início, nós já
tínhamos uma profissional aqui no município que já trabalhava em escolas de ensino
fundamental, e em conversa corn a direção da escola, fizemos contato com esse profissional, e
esse profissional teve interesse em participar do programa e a partir daí nós começamos,
fizemos um levantamento, fizemos um convite para que aqueles interessados né, procurassem
a escola para que manifestassem o interesse de se matricular no programa e no início, até
porque ele não tinha uma definição exata do número exato de alunos, nós trabalhamos com
algumas dificuldades, nós xerocamos bastante material na época né, não tínhamos os livros
ainda né. já tínhamos conseguido as fitas junto a Secretaria de Educação do governo do
Estado de Minas, e a partir dai começamos o trabalho.
0 06' 43" - Necessário para desenvolver a proposta?
0 07' 02" - Olha. acho que são vários aspectos em que eles são dependentes um do outro.
Acredito que hoje talvez o principal nós já temos, que nós temos profissionais interessados em
fazer com que o programa continue e que continue dando certo. Com né, nós... tem aí um
resultado hoje já muito bom. nós temos a manifestação concreta, a resposta dos alunos que
fazem parte do programa Acho que o resultado né, a resposta oferecida por esses alunos é
uma prova disso Agora, é hoje a exemplo da dificuldade que todas as prefeituras estão
enfrentando, nós temos as nossas dificuldades também. È... até então os recursos que eram
direcionados ao programa telesalas, ele, esses recursos eram utilizados na educação, no ensino
fundamental né. aqueles alunos até 14, 15 anos de 1ª a 4
a
série. Que 5
a
, 8
a
hoje continuam
como responsabilidade do Estado. Então o que aconteceu a partir de 98, os recursos que até
então iriam somente para os alunos de ensino fundamental, eles, parte deles foram
direcionados para esse programa, houve, digamos assim, uma redistribuição desses recursos
pra que esses alunos pudessem ter o material didático pedagógico, pra que tivesse profissional
dentro de sala né. e demais material de apoio que é indispensável à continuidade do programa
né
0 08' 45" - Material de apoio?
0 08 53" - Isso. o material de apoio tem um custo, nós... o ano passado, dentro da sistemática
do Fundo Nacional para Desenvolvimento da Educação, nós apresentamos uma proposta de
trabalho junto ao Fundo e nessa proposta nós esperamos conseguir recursos para que nós
comprássemos o material didático, os livros individuais para todo o programa. Apresentamos
o projeto, o plano de trabalho foi aceito pelo FNDE, mas não na sua totalidade. Nós fizemos
uma solicitação de aproximadamente três mil e seiscentos reais que acreditamos ser suficiente
para conclusão desse trabalho né, dessa primeira turma que aí está, só que recebemos apenas
hum mil e trezentos reais, esse recurso, parte dele, já foi utilizado na compra de alguns livros,
mas nós vamos precisar de mais recursos.
0 10' 01" - Estão ampliando?
0 10:11" - Sim. Nós temos uma vila próxima ao centro, distante aqui um, não tão próxima
né. é aproximadamente cinco quilômetros, essa distância impediu que alguns alunos,
principalmente porque trabalham durante o dia, até que eles cheguem nas suas residências, é...
isso impediu que fizessem matricula nessa turma que temos hoje já em funcionamento. Então
para que pudéssemos então (interrupção), para que pudéssemos (interrupção). A idéia da
Prefeitura quando iniciou o programa era de oferecer a oportunidade a todos aqueles que
tivessem interesse, que manifestassem interesse em se matricular. Prova é que nós fizemos
essa abertura agora, esses alunos da Colônia São Firmino que manifestaram interesse, que
não tinham condições, mesmo a Prefeitura oferecendo transporte, de estudar aqui na sede do
municipio, nós criamos essa nova turma como forma de oferecer o programa a todos aqueles
do municipio, sem discriminação, a oportunidade de participar do programa. Então hoje temos
já mais aproximadamente entre 15, 20 alunos já freqüentando esta nova turma, eles estão
começando o primeiro módulo já com um professor também contratado pelo Poder Público
Municipal Hoje nós temos a dizer que em meios assim à dificuldades inerentes às prefeituras.
nós continuamos em condições de manter o programa em funcionamento e em bom
funcionamento. A pergunta que nós temos e nós ainda não temos resposta, a pergunta que não
temos resposta, se a médio e a longo prazo se vamos continuar com os meios necessários,
com recursos exclusivamente dos cofres municipais de manter o programa, até porque é
interesse do municipio. Já fomos procurados por alguns alunos da turma, da atual turma de,
aqueles que concluírem o 1
o
grau, de terem início o 2
o
grau e o ensino de nível médio
também
0 13' 18"- Iniciativa dos alunos?
0.13' 49" - Acredito que num primeiro momento algumas pessoas não tinham certeza de que
o programa ia ser mantido até o final dele, independente do número de alunos. E tamanha foi
nossa felicidade de saber que o programa não só continuou e tá continuando bem , e que o
indice de evasão foi muito baixo, baixíssimo
0 14":16" - Nivel de evasão?
0 14'25" - Acredito né, nós podemos depois pegar os dados oficiais, mas a evasão com
certeza foi muito baixa e é engraçado a situação que eu poderia comentar aqui, um dia saindo
do trabalho, encontrei com uma das pessoas que tava matriculadas no curso e perguntei a ela
como estavam as aulas e ela me disse que parou. Até um tanto quanto constrangida ela me
confidenciou isso e acredito que constrangida porque quando ela começou ela perguntou se a
Prefeitura iria adquirir o material, porque ela não teria condições de comprar esse material.
Eu disse para ela que ela um compromisso nosso de dar todas as condições, de oferecer todas
as condições para que o programa continuasse até o final. Então eu perguntei para ela qual a
razão, o porque de ela ter parado, ela alegou problemas de família, problemas pessoais, filhos
estudando, afazeres domésticos, naquele momento a impediu de dar continuidade, mas que
com certeza ela voltaria em outra oportunidade. Triste por um lado de saber que ela por
motivos pessoais ela teve que naquele momento parar, mas há expectativa de que ela possa
voltar ainda né.
0 15' 50" - Interesse?
0 15' 56" - E. não há dúvida, eu acho que é, eu conheço bem a pessoa e quando ela alegou
problemas pessoais ela realmente, acredito que tenham sido problemas realmente a impediu
de dar continuidade. Até porque quando ela perguntou se a Prefeitura iria ajudar no material
ela demonstrou assim total interesse e já alegou né, ela mostrou essa dificuldade que ela teria,
mas se ela perguntou se a Prefeitura daria, iria fornecer o material é porque ela realmente
tinha interesse de continuar.
0 16" 28" - índice de aprovação?
0 16" 31" - O índice de aprovação também é um, como que nós poderíamos dizer?, é uma
resposta que nos dá um conforto muito grande de saber que é uma semente que nós plantamos
que está dando bons frutos né. Que o resultado em Minas Gerais, e as provas vieram a
confirmar isso. um resultado muito bom. Temos aqui uma experiência que nós poderíamos
contar também nessa primeira turma, nós temos a mãe e filho, a mãe sendo aprovada e o filho
sendo reprovado, e o filho por total desinteresse né, nós já tivemos até uma conversa com ele
e foi para nós assim gratificante saber que a mãe, a mãe 20 anos fora da escola, ela foi
aprovada porque ela teve interesse de, não só de freqüentar as aulas e de vontade de aprender.
quer dizer uma pessoa que tá a mais de vinte anos fora da escola e tá sendo aprovada e isso
acho que é muito gratificante, acho que é gratificante para o aluno, pra essa mãe, é gratificante
para o professor que tá lá, o orientador de aprendizagem, e é gratificante para a escola e pra
Prefeitura que deu esse pontapé, digamos assim, para que a coisa continuasse, para que a
coisa começasse.
0 18' 16" -É, ela já tem uma certa idade sim. Ela com certeza tem uns 48, 46 anos.
0 18' 29" - É. eu acho que é um resultado bastante abonador né, acho que uma pessoa que tá
esse tempo fora de uma escola, que não tem acesso assim aos meios culturais, que não tem
acesso, que nesse tempo todo não teve acesso à novas oportunidades educacionais, que se nós
fossemos fazer uma entrevista com ela acredito que ela seja o espelho dos demais alunos lá
né. que ficou presa dentro de casa. que dizer, alguma informação que tem seja muito pouca
através da televisão, então eu acho, é uma resposta assim por demais gratificante.
0 19' 20" - Periodicidade das provas?
0 19' 54" - Eu acho que até certo ponto é justificável porque todo aluno, é acredito, tão logo
ele passou por um momento de aprendizagem ele gostaria de ser submetido desde já à
avaliação né. O que acontece pra nós aqui é que quando nós começamos com esse trabalho
nós solicitamos apoio do CESl através do Centro de Atenção ao Trabalhador, do município de
Juiz de Fora. então nós estabelecemos uma cooperação com eles no sentido de que as provas
fossem aplicadas pelo pessoal do CES1 no momento, em épocas já agendadas pelo próprio
CESl Acreditamos nós que isso ia trazer benefícios em linhas gerais para a escola, para os
alunos como um todo em resultado final. Acredito que é de uma certa forma e em função do
calendário estar preso ao CESI isso traga alguns transtornos para o aluno, mas acredito que
ainda que alguns alunos tenham questionado isso eles sabem que a melhor forma de aplicação
dos testes... Acredito que a forma como vêm sendo conduzidas a aplicação dos testes. (...) a
forma de apoio que o CESl tem dado. acredito que em linhas gerais, eu acho que isso deva
compensar esse. digamos assim, essa queixa que aIguns alunos poderiam ter apresentado.
0 21" 42"-Clientela?
0 21" 56" - Bom. acredito que se fizermos uma análise sócio-econômica, são alunos de renda
baixa e que por duas razões não estudaram na idade que deveriam ter estudado. A primeira
delas porque provavelmente foram, são alunos que vieram da zona rural e que não tinham
escola nas proximidades para que pudessem efetuar seus estudos. Esse é o primeiro aspecto.
O segundo, eu acho que são alunas que apesar de morarem dentro do município com escola
próxima, a necessidade de trabalho os obrigou a procurarem né, postos de trabalho, até para
ajudarem no orçamento familiar e isso os impediu de freqüentar a escola; a escola oferecendo
um ensino só na parte da manha, na parte da tarde, esses alunos não tiveram os meios de
continuarem os seus estudos.
0 23".09" - Não há duvidas. A questão do horário realmente, é inclusive em nosso município,
Ewbanck da Câmara, o que fez com que nós tivemos, tivéssemos uma resposta bastante
expressiva do ponto de vista do número de alunos, não há dúvidas de que foi o horário. O
horário que foi fundamental.
0 24":09" - do trabalho, para que possam ter um tempo para que possam ir em suas casas.
tomarem seu banho, fazerem uma alimentação e se dirigirem à escola, coisa que se fosse em
outro municipio onde trabalham. Santos Dumont, Juiz de Fora, acredito que seria um pouco
dificil
0 24 32" - Esforço dos alunos?
0 24 46" - Tem uma passagem de um dos alunos que nos procuraram quando a realização da
primeira prova, quando da, não da realização da primeira prova, quando foi divulgado o
resultado da primeira prova. Ele chegou à Prefeitura, já colega nosso de longa data, e ele tinha
assim um sorriso estampado no rosto, assim mais de muita alegria, falando do resultado que
tinha, que por uma questão ele não teria fechado a prova. E que ele tava brigando com ele
mesmo porque a questão (...) que ele errou era uma questão fácil, que ele poderia ter fechado
toda a prova Então eu acho que esse comentário desse aluno é, acho que pode ser. com
certeza, estendido assim a quase totalidade né, dos alunos que estão freqüentando o curso.
Acho que é bastante ilustrativo. Eu acha que assim, saber que estudou depois desse tempo
todo e que teve um bom resultado na avaliação, eu acho que é bastante ilustrativo esse
comentário Queria ter um resultado melhor ainda.
0 26" 14" - O que acha do Telecurso?
0.26' 29 - O meu parecer é resultado dessa primeira experiência que nós estamos tendo em
Ewbanck e eu acho que é extremamente positiva. Eu acho que é uma oportunidade que
aquêles que não tiveram oportunidade tem pra realizarem os seus estudos. Eu acho que é uma
forma compensatória sim. eu acho que o ideal seria que tivéssemos uma oportunidade que
todos os brasileiros tivessem oportunidade de estudar enquanto criança, na faixa etária própria
né. para cada nível de ensino. Infelizmente a realidade do pais não nos permite que isso seja
né. não é mesmo levada a cabo. No entanto, volto a repetir, apesar de ser uma forma
compensatória de ensino, eu acho que é extremamente positivo, eu acho que poderíamos, é eu
falo agora por Ewbanck. não tenho dados né, não tenho informações de como isso funciona
em outros municipios onde o programa é mantido por recursos públicos e mesmo empresas.
embora nós sabemos né. até informação do professor de que a forma como é encarada o
programa na empresa é totalmente diferente da forma como o programa é encarado na
comunidade Mas eu acho que poderíamos talvez aqui no municipio talvez ter uma maior
integração entre as escolas que oferecem, por exemplo, um ensino de 5
a
a 8
a
série, poderia
talvez ter uma integração maior com a escola que ministra o Telecurso né, talvez o que falte
um pouco mais talvez um pouco mais de integração, mas eu acho assim que o trabalho
daqueles que estão envolvidos acho que é bastante comprometido, acho até que um dos
aspectos fundamentais pra que o programa venha dando, apresentando os resultados que vem
apresentando é o comprometimento das pessoas que estão envolvidas, o comprometimento
acho que é primordial. Aí eu vou citar desde aqui o comprometimento por parte do aluno, do
orientador, da direção da escola, daquela... da pessoa de apoio que tá lá fazendo um cafezinho.
que tá fazendo a limpeza da escola, eu acho que é um trabalho conjunto. Incluiria todos aí, e é
claro as pessoas, não poderia deixa de citar também o Poder Público né, que...
0.29" 18"- Mudança nos alunos?
0 29" 49" - Não há duvidas. Com alguns alunos com os quais nós temos assim um contato
( ) mais próximo foi possível identificar que o objetivo que nós tínhamos quando do inicio
do trabalho, ele vem sendo alcançado e que mais do que oferecer educação para um diploma,
para que o aluno possa ter um diploma de conclusão de curso, é de educar pra cidadania A
gente tem observado isso assim com bastante nitidez nesses alunos, que foram despertar de
consciência critica. As pessoas quando assistem um noticiário pela TV, quando lêem um
artigo de jornal, elas passam a ver isso de uma outra forma. Porque até então, acho que por
não terem tido aquela oportunidade de levar, de discutir dentro de sala de aula uma questão
que pra aqueles alunos, pra aquelas pessoas que tem tido acesso à sala de aula podem ser
ressoas simples, mas para aquelas pessoas que não freqüentam a escola, em alguns
momentos, tornam-se bastante complicados, então as pessoa assim liam, mas não entendiam
né. é ler sem conseguir identificar aquilo que realmente estava escrito, via aquela coisa sem
poder identificar. Eu acho que sobre este aspecto também o resultado tem (...) sido bastante
positivo
0 31" 41" - Comentário
0 31" 47" - Acho que é o despertar de consciência mesmo, de poder, de ter condição de
criticar, de sair do lugar comum, daquela conversa de "como que tá o tempo hoje", "se vais
chover"", "bom, qual é o resultado do jogo de ontem", não, é de saber discutir mesmo, porque
Que uma região tá dessa forma, porque que a questão do ensino tá sendo feita dessa maneira
né. as implicações de uma lei que está sendo discutida no Congresso, na Câmara de
Deputados, na Assembléia Legislativa, em nível municipal, na Câmara de Vereadores, no que
que uma decisão de um ato do Poder Executivo pode influir na vida de cada um. Com certeza
isso tem influenciado esses alunos sim.
FIM
56
DECUPAGEM 10 / FITA 06
DEPOIMENTO: (H10) Coordenador de Educação
0 32" 35" - O Telecurso mudou a vida dos alunos?
0 32-44" - Acredito que sim E é nosso interesse fazer com que, partindo da premissa que o
processo educacional é um processo dinâmico, é criar condições para que esses alunos
continuem os seus estudos, que nós não tenhamos que, por força de uma dificuldade ou de
outra tenhamos que impedir ou concluir esse programa agora no ensino fundamental, no
primeiro grau. que nós temos a oportunidade de dar seqüência nisso e a partir daí, quem sabe,
outros cursos também né, que extrapolem essa fronteira da educação básica.
0 33.30" - Cursos profissionalizantes?
0 33. 35" - Sim. nós no final de 99, nós revidamos todos os esforços no sentido de criar
Comissão Unanime Municipal de Emprego, pra que através dessa comissão nós tivéssemos a
partir de 2000 maiores condições de conseguir cursos profissionalizantes né, com recursos do
Fundo de Amparo ao Trabalhador. E esses cursos que pudessem criar novas fontes de, novas
formas de qualificação para pessoas aqui da comunidade.
0 34" 17"" - A comunicação deles melhorou?
0.34"52" - Eu acho que através dessas conversas, mesmo essas conversas informais, eu acho
que elas (...) são exemplos de que na prática isso trouxe né, mudanças assim bastante
significativas na vida desses alunos né. Esse exemplo de que aquele aluno, ele antes era
timido, tinha uma grande dificuldade de comunicação né, hoje ele já se sente mais a vontade,
e por que que ele se sente mais a vontade? Porque já tem mais segurança de algum
conhecimento que ele adquiriu. E o conhecimento adquirido, ele dá segurança para as pessoas
se manifestarem, para expor opiniões, para ela a partir do momento que até então ela ouvia e
se limitava a ouvir e ela não dava opiniões porque ela não tinha meios de argumentar. Hoje a
partir do momento que ela tá tendo acesso a novas oportunidades educacionais ela tem como
discutir, tem como né. apresentar propostas, coisa que até então não vinha acontecendo.
0 36" 06"-Família?
0 36": 15" - Eu tive a oportunidade de conversar com dois alunos e esses dois alunos fizeram o
seguinte comentário: que eles já sentiam no dever, na obrigação, eles são pais, e tem os alunos
matriculados em escolas aqui do município. Que sentiam o dever, a obrigação de manter os
alunos na escola, mas que hoje eles passam a enxergar isso com amplidão muito maior que
tinha anteriormente. Hoje ele não pensa que manter o aluno na escola não é obrigação do pai,
mas que manter o aluno na escola é criar condições para que seu filho possa crescer, sob todos
os aspectos, do ponto de vista cultural, que até então era manter na escola porque tem que
estudar, porque é a obrigação dele é estudar e porque ele precisa estudar porque o estudo é um
passaporte para um emprego melhor, para salários melhores. Hoje ele vê também sob um
outro aspecto, é a questão da cultura, da própria cidadania, são outros enfoques que ele passou
a ter
0 37.37" - Percebem a necessidade de estudar?
0 38' 02" - Eu acredito que sim . Eu acredito que a partir do momento que recomeçaram
depois de anos e anos afastados da sala de aula, que eles descobriram essa necessidade
também Eu acredito que, eu acho que a oportunidade de estarem dentro de uma sala de aula,
como já foi dito anteriormente, despertou uma consciência nos alunos em todos os sentido,
desde da questão cultural, da questão da própria educação em si e notadamente da questão
profissional, que as pessoas sabem que hoje no mercado de trabalho cada vez mais
competitivo se não tiverem a qualificação mínima, não tiverem o nível básico de
conhecimento, se não tiverem no mínimo um diploma de educação básica, aí nós não vamos
nem nos limitar apenas na questão do primeiro grau, ai vamos levar isso até a questão do
ensino médio né. encerrando o ciclo da educação básica. Eles sabem , vêem hoje também
como. alguns como uma necessidade. Claro que nós temos que levar em consideração que há
alguns alunos nessa turma que nós temos hoje que acreditam, não vêem o curso apenas como
a aquisição simples e pura de conhecimentos, de cidadania» vêem o curso com objetivo
profissionai Mas temos aqueles também que não têm a coisa só pelo lado profissional, que
nâo vêem no curso só, não vêem o curso com o objetivo profissional, ou como que eu diria,
conquistar um espaço no mercado de trabalho. Tem aqueles que sabem que talvez até em
função da própria idade, nós ternos alunos com idade já um pouquinho mais avançada, mas
que tem interesse mesmo de aquisição de conhecimentos voltado para o lado da questão
educacional pura e simples e cultural e etc.
0 40"50" - Interação vídeo, material didático, sala de aula?
0 41"17"" - Eu acredito que a tecnologia hoje, ela é fundamental no processo ensino-
aprendizagem. Acredito que ela não substitui e jamais vai substituir os recursos humanos.
Mas a tecnologia hoje não há dúvidas ela é fundamental, e acredito que principalmente na
questão da educação de jovens e adultos, pra esse público que esteve por tanto tempo afastado
da sala de aula eu acho que esse é um recurso didático assim fundamental e que tem sido
assim muito importante pra que esse aluno ele tivesse mais facilidade de adquirir esse
conhecimento, que até que tá sendo levado até ele. Acho que aquele aluno né, que ficou tantos
anos afastado da escola, mas que por tantos anos estava sentado em frente ao monitor de
televisão, eu acho que a TV, o vídeo, ele trouxe para esse aluno uma aproximação que ele já
tinha dentro de casa. Eu acho que de uma certa forma ela foi uma ponte sem dúvida que
estreitou o caminho que seria longo pra esse aluno que ficou tanto tempo fora, é esse recurso
ele estreitou o caminho entre o aluno e entre o orientador de aprendizagem.
0 43' 18'" - Novas tecnologias como uma ferramenta de auxílio ao ensino?
0 43 27" - Sim. hoje nós temos que, a educação hoje mais do que nunca é um processo
continuo. E a educação ela vem acompanhando o desenvolvimento de novas tecnologias e a
cada dia que passa nós temos mais e mais tecnologias disponíveis ao seres humanos, e essas
tecnologias vão sendo incorporadas ao processo educacional. Então eu vejo com bastante
otimismo a aplicação desses recursos, principalmente na educação dessas pessoas que ficaram
a margem do processo quando da idade normal que deveriam ter estudado. Eu vejo com
bastante otimismo, continuo acreditando que os recursos humanos são fundamentais, mas eu
acho que toda e qualquer tecnologia que possa facilitar, que possa fazer com que o processo
ensino-aprendizagem seja, esteja mais próximo do aluno, eu acho que é (...) bastante bem
vindo
0 45' 00" - Papel do educador?
0 46 03" - Eu acredito que assim como aconteceu com o livro didático, o livro didático
nunca substituiu o professor ou o orientador de aprendizagem dentro da sala de aula, o que foi
o livro didático, foi e continua sendo (...) o auxiliar do trabalho do educador. Da mesma forma
eu vejo os recursos tecnológicos, o vídeo, a televisão, o computador com a internet e outros
meios que nós temos aí a disposição. Eu acho que a tecnologia não deve escravizar o
educador, o educador deve saber lidar com a tecnologia em beneficio de melhores condições
de ensino-aprendizagem aos seus educandos. Eu acho que o educador, o orientador que ele
sabe explorar ao máximo os recursos tecnológicos, ele com certeza vai estar fazendo um
trabalho muito bom.
0 47". 15"- Bate-papo
O 48 29" - "A leitura de mundo precede a leitura da palavra, mas que leitura desta é
fundamental para que se tenha a continuidade da leitura daquele." Então eu acho que é aquela
interdependência que nós vimos entre o conhecimento de mundo e o conhecimento da
palavra Eu acho que a questão educacional tá justamente aí né.
0 48'56" - Ratinho e Faustão?
0 49 37" - Com certeza Eu acredito até que eles não sairiam não. mas com certeza eles se
mudariam, o enfoque de seus programas seria outro com certeza né. Agora, porque eles têm
tamanha audiência, porque fazem tanto sucesso, porque o grande número, a grande parte da
população brasileira não teve acesso a oportunidades educacionais e eles falam justamente
aquilo que essas pessoas que não (...) tiveram oportunidades educacionais sabem ouvir e
conseguem entender Então não adiante você, essas pessoas se colocarem o canal de televisão
sintonizado numa TV educativa, numa Rede Minas, num programa de debate, elas vão se
sentir totalmente deslocadas, elas não vão entender nada. Até em alguns momentos alguns
gostariam de participar, de assistir o programa, mas às vezes até o próprio vocabulário que é
utilizado ele. esse vocabulário ele não é acessível ao grosso da população brasileira então...
0.50"52" - Educação brasileira?
0 51" 32" - Antes de nós começarmos a entrevista o senhor comentou de um trabalho que o
senhor tinha começado a respeito da TV Escola. Eu acho que se nós tivéssemos a TV Escola,
eu acredito que são muitos os programas que são apresentados na TV Escola que já são de
uma linguagem mais acessível a algumas camadas, a maior parte da população brasileira.
Agora eu vejo a TV Escola ainda como sendo bastante elitizada porque só quem tem
parabólica que tem condições de assistir né.
0 52' 13" - TV Escola/parabólicas?.
0 53 '53" - (governo fornecia antena) "Sim, fornecia, só que aí o grande problema é que a
escola às vezes não tinha recursos para adquirir esse material (fitas, manutenção), por menor
que seja o custo do material a escola às vezes tinha outras prioridades, ou que pelo menos
naquele momento era prioridade para a escola ela não dá continuidade a gravação dos
programas né Agora eu acho que talvez eu tenha sido assim bastante crítico no meu
comentário, mas eu acredito assim que (...) tivéssemos a TV Escola, eu sei que o custo seria
altíssimo, mas que tivesse uma televisão aberta, seria forma de quem sabe, não tivéssemos um
canal aberto principalmente nos finais de semana nós teríamos uma audiência menor nos
programas do Silvio Santos e outros mais.
0 54' 48" - Discussão sobre o canal ser aberto ou não.
0 56' 00" - Por isso que a TV a cabo e por assinatura dá margem para esse crescimento, assim
quase que assim, a grosso modo. de forma infinita.
1 10" 00" -Bate papo
FIM
00" 00" - Apresentação.
02": 16" - O que motivou vocês a procurarem o TC?
03" .16" - (1) Eu falo (interrupção). Eu sempre, como eu já falei aqui da outra vez. sempre
tive vontade de continuar os meus estudos, né? Porque quando eu era mais jovem não tive
oportunidade. E até você lembra, né Celina? que um dia a gente conversando né? eu falei
com você que tinha vontade de estudar, você falou comigo porque eu não fazia aquele
curso né? por correspondência né? Até me emprestou um livrinho né? mas aí não deu. Aí
quando surgiu oportunidade né? Que ia ter o telecurso aqui a Celina mandou me avisar. Eu
fui uma das primeiras que veio correndo né? fazer a inscrição. Porque o meu sonho sempre
foi estudar, me formar e ser uma arquiteta que eu pretendo ainda, né? Pretendo ainda
chegar lá né? Então... é isso... só (interrupção).
03' 30" - Quis parar?
03' 40" - (1) Ah, eu quis. Ah, no início assim... eu achava muito dificil, nosso Deus, tinha
hora que eu tinha vontade de jogar tudo pro alto. Porque a gente fica muito tempo sem
estudar né Celina? Aí você vai vendo as dificuldades. Mas agora não, agora eu quero ir.
nosso Deus. agora tá muito bom né? Eu quero ir em frente.
04' 53" _ (2) Bom. o motivo de eu estar estudando aqui, no telecurso 2000, é o seguinte:
meu pai me tirou da situação muito cedo, então quando as oportunidades vão surgindo aí
por falta de estudo a gente perde, então mais um motivo que eu estou aqui também
estudando e com isso tudo a gente passa a aprender coisas novas que passaram muito
tempo sem oportunidade de se aprender né? Como hoje aí, como diz você, anteriormente, a
tecnologia que tá cada vez avançando né? Precisando de gente mais qualificadas. Então é
mais um motivo pra gente tá estudando né? pra vê se consegue romper pela frente né?
05' 35" - (3) Bom. o motivo d'eu tá estudando de novo é... o fato de agora ter essa
condições de estudar. O fato de eu trabalhar numa grande empresa e... a empresa necessita
que a gente tenha estudo. Pra tê o título lá, BS 8000, alguma coisa assim. Então eles
falaram que precisavam ter gente de, pelo menos, o 1
o
grau formado. Pra tê, pra continuar
trabalhado lá. Aí eu fui. aproveitei que já tava com vontade mesmo de voltar a estudar,
aproveitei a boca. E continuei porque quando eu era menor nâo tive condições, meu pai foi
criado sem estudo, ele achava que nóis também deveria ser criado sem estudo. Aí
aproveitei a oportunidade que a empresa deu de estudar, voltei.
DEPOIMENTOS: Grupo Focai (4 homens, 4 mulheres, 2 OA, 1 Diretora, 1
Coordenador de Educação)
1-(M2) Lar (40/50 anos)
2- (Hl) Segurança (25/30 anos)
3- (H3) Auxiliar de Restaurante (20/30 anos)
4- (H2) Operário (45/50 anos)
5- (M3) Estudante (20/30 anos)
6-(Ml) Lar (60/70 anos)
7- (M5) Enfermeira (20/30 anos)
8- (Mo) OA (30/40 anos)
9- (H10) Coordenador de Educação ( 30/40 anos)
10- (H4) Funcionário Público (30/40 anos)
11- (M8) Diretora da Escola (40/50 anos)
12-(M7) OA (40/50 anos)
DECUPAGEM 11 / FITA 07
06" 35" - Empresa obrigou?
06" 38" - (3) Não. a empresa não obrigou, a empresa só colocou lá as condições dela. mas
nâo obrigou ninguém a pegar. Eu vi. conversei com o pessoal que mexe com estudo e ele
falou você nâo precisa nem estudar aqui, cê pode estudar lá mesmo. Aí eu fiz por vontade
minha mesmo
06' 53" - Empresa ameaçou?
06' 55" - (3) Não. não ameaçou.
06'57" - Optou a estudar aqui?
07" 08" - (3) Optei em estudar aqui. mas não só por isso, acho que mesmo se eu sair dali
eu tenho que continuar estudando porque a gente tem que acompanhar a evolução do que
ta acontecendo, hoje quem não tem estudo não é nada.
07" 21" - Estudar aqui
7
07" 25" - (3) "Lá porque lá tinha que estudar após o serviço, tinha que acabar o serviço e
estudar lá mesmo. E aqui não, aqui eu posso estudar à tarde, que é melhor estudar, com
horário melhor e lá também por não conhecer ninguém, assim os colegas de casse, a gente
conhecia pouca gente. A maioria são de Juiz de Fora. Então eu preferi estudar aqui com
gente mais conhecida.
07' 52" - (10) Sente mais a vontade?
07' 54" - (3) Isso. aqui a gente se sente mais a vontade, porque eu fiz até a 6
a
série aqui
então eu acho que aqui já conhece todo mundo e eu acho mais fácil quando a gente já
conhece, tem mais liberdade para pedir uma explicação, isso conta muito.
08" 16" - (A) Eu voltei a estudar por causa dessa oportunidade né? De ter o telecurso aqui
em Ewbank porque na época que eu estudava e tudo, eu não levava muito a sério né? no
meu tempo, no caso. a gente com o... só primário tinha serviço e tal, tudo bem. não era tão
exigido assim. E como a gente começa a trabalhar mais cedo, eu comecei a trabalhar muito
cedo Ai ficava dificil de estudar e trabalhar. E também nas oportunidade que eu tinha
também, em vez de estudar a verdade é que eu ia era bagunçar, como se diz. Aí, as
oportunidades eu perdia... de emprego. Aí quando eu vim pra cá, senti falta do estudo né?
que tem muitos anos. aí realmente sem estudos fica muito difícil. Aí agora eu ia fazer até
em Juiz de Fora ou em Santos Dumont, eu ia me apertar de um jeito que fosse e ia ter que
fazer né? porque não tem mais caminho pra mim sem estudo. Aí teve aqui, eu resolvi ficar
por aqui mesmo. Se Deus quiser dá continuidade até quando o prefeito e com ajuda do
Marcos aqui né
7
Eu já tive oportunidade antes de estar num bom emprego e naquele tempo não exigia tanto
assim o 2° grau. mas se eu tivesse ao menos um curso qualificado eu teria pegado essa
oportunidade, mas agora graças a Deus tô me agarrando a todos os cantos. Tô fazendo
curso no Senai de sábado, dia de Sábado, o dia inteiro.
11" 03 - Curso?
11 ".04" - Torneiro mecânico. Aí acaba agora dia 16 (...) e os outros que tiver e puder fazer.
eu vou fazer também, se Deus quiser.
11" 25" - (5) Eu fui por arrependimento de ter deixado de estudar para trabalhar, aí eu vi
que não valia a pena só ficar trabalhando, aí eu vi que eu tinha que estudar para eu
conseguir ter alguma coisa. Porque oportunidade eu tive só que eu joguei fora, agora eu tô
correndo atrás do prejuízo.
12" 02" - (8) Também. Parei de bobera, né? Aí agora quis voltar e não quero parar mais.
12" 41" - (6) Ah. eu foi minha cunhada. Eu nem sabia que ia começar o curso aqui. ela
falo assim, oh Rosimar vô passa a estudar, eu falei aonde? Ela falo assim, aqui mesmo, vai
ter telecurso Ai eu peguei por curiosidade, né? Ah ela vai eu também vô. Não tô fazendo
nada mesmo né? Aí eu peguei e fui com ela, comecei até ela parou né, Celina? Duas
cunhadas minha entro comigo as duas pararam e eu continuei, e adorei apesar de que não
passei até hoje. sabe? (interrupção). Um dia, um dia chegarei lá, não vou desistir por isso
ne? Um dia eles cansam, vão ver lá Rosimar reprovada e me passam (...) nem que seja por
pena
13' 29" - (7) Mais novinha da turma... eu já falei também daqui né? Depois desse tempo
todo. quase 50 anos. que eu só tinha até a 4
a
série, mas falta de oportunidade, porque só
tinha outros cursos fora de Ewbank. E minha irmã estudava, meu irmão, então eu via que
pesava em casa né? Prós três não tinha condições, então deixe, parei na 4
a
série, mas
sempre tinha vontade. Minha filha chegava em casa com as provas dela lá, eu pegava a
prova e tentava fazer, naquela vontade, então quando surgiu o telecurso conversei com a
Celina Ah vai ter o telecurso, uma oportunidade. Aí a Claudia também chegou, aí vai lá,
então vamos lá fazer. E comecei. Também depois dessa idade, desse tempo todo, mas a
gente foi vendo que não é tão dificil e a Celina também, uma ótima professora. Aquela ali
não entendeu, tá lá explicando, então fui conseguindo fazer as provas, primeiro em Juiz de
Fora. primeiro, as três provas né? Aí consegui passar nas três. Aí já anima né? Falei êpa,
então tá bom. Aí consegui fazer o 1
o
grau né, e agora tô tentando o 2
o
. Agora também não
vou parar não. não sei se vai ter oportunidade de aproveitar isso que eu tô fazendo como
profissional em alguma área, mas pelo menos, pra conhecimento, pra ter mais
conhecimento é bom. Então eu já fiz duas provas agora, essa duas eu passei né Celina?
Então se Deus quiser eu pretendo continuar e vamo vê.
15" 05" - Antes do TC e depois do TC?
17": 14" - (7) Ah, eu penso assim, que eu sou mais velha, eu tenho mais tempo, que eu
sempre participei, não atrapalhava minha vida assim, movimentos que eu participava de
Igreja, todo movimento aqui em Ewbank, né? É carnaval, é... são festas da Igreja, tava
sempre ajudando, tava sempre participando, mas eu acho que cê tá sempre no meio assim,
ai às vezes cê nota. tem um assunto, tem uma coisa, aí pô! é só falar uma palavra, aí cê
vem. pó não tô. Então a gente acaba se sentindo mal daquilo. Cê tá entrosado no meio da
turma, mas tá sentindo que a pessoa tem mais estudo, então tá falando alguma coisa que
você não tá entendendo ali. isso faz a gente sentir também mal né? Então procurar entender
62
aquilo tudo. participar das coisas com mais clareza. Entender melhor as coisas Então eu
acho que isso faz você sentir mal também. Então eu sempre quis, achei que devia, por esse
motivo também Quanto mais estudo mais a gente tiver, melhor né? Porque qualquer
ambiente que você lidar, que você (...) você não se acha tão (...) das outras pessoas (...)
achar que você tá tão pra baixo né? Não tá entendendo aquilo, certas coisas, então eu acho
que isso ai. eu me sentia assim. Então estudando não, você já acha assim, já estudei então
sei aquilo, sei aquilo. né? Igual a prova de Inglês (...) meu sobrinho tá fazendo curso de
Inglês então chega lá. eu querendo falar inglês com coisa que eu sabia claramente inglês. E
ele ja tem o curso, já estuda há muitos anos. mas dá porque eu aprendi um pouquinho, já
tava toda. né? Me empresta o dicionário. Você já sente assim, mas, já sente melhor, né?
19 16" - Antes, concordam?
19 42" - (4) Eu concordo plenamente com o que ela falou... eu também tinha essas
dificuldades As vezes tinha uma reunião, da turminha de colega batendo papo e taí... o
pessoal aqui não vai falar minha língua. Ficava perdido no assunto em que eles estão,
entendeu, sabendo dos estudos deles e tal, né? (...) o estudo deles e o meu né? Aí a gente
tinha toda essa dificuldade. O serviço também, às vezes chegar perto de um engenheiro pra
conversar, pedir alguma explicação, tudo isso sentia muito mal. Muita dificuldade mesmo.
E o relacionamento em casa também, até com a família da gente mudou muito bem, graças
a Deus. em relação ao que era antes e hoje com estudo eu vejo que não é bem assim do
jeito que eu via as coisas. Aí, hoje tenho mais paciência até com os filhos assim, educar
assim, converso, entendeu? (...) de falar em vez de gritar, que não resolve, mais na base do
diálogo, falando baixo, fica mais fácil deles entenderem e a gente passa menos raiva né? E
eles também.
20" 42" - Melhora no relacionamento familiar depois do estudo?
20" 57" - (4) Ah. sem duvida, sem dúvida. Isso, dizer pra senhora, eu era um ignorante.
Chegava qualquer coisa ia falando logo da minha maneira, entendeu? Não ouvia a opinião
dos meus filhos, quer dizer, as crianças ficavam, ficavam (...) depois passava tudo aquilo, a
raiva passava, mas pô não devia, fui grosso demais entendeu? Não devia mas (...) e tal (...)
pra todo mundo aí já tinha falado também, não tinha como voltar atrás. Por aí, né?
21 "26" - (9) Eu me recordo que o Ademir logo que a gente começou a estudar, ele falou,
antes que a gente começasse a estudar, eu acho que eu aprendi muito mais do que passei,
eu me recordo que ele falou um dia comigo assim, agora eu já sei como é que eu vou
chegar lá e cobrar o meu aumento, (risos). Agora eu sei como é que eu vou chegar lá e
cobrar o meu aumento.
22' 31" - (5) Mudou bastante a rotina de casa, a gente chega em casa e tem alguma coisa
pra contar Mãe a Celina falou isso, a gente viu isso na aula, no livro tava escrito tal coisa,
diferente do que a gente achava, aí de corrigir os exercícios, a Celina corrigia, tava certo.
mas ela tinha uma explicação pra dar porque tava certo, sempre a gente tava cobrando
porque isso tá certo, porque que tá escrito isso, a gente tinha que saber porquê. Tinha
coisas que a gente não concordava, a resposta tava certo, mas pra gente não tava certo.
tinha que ser o que a gente tava pensando.
23" 03"" - Vai procurar o por quê?
23' 14" - (5) You. Em tudo eu vou atrás do porquê. Tinha um exercício lá, que tinha uma
resposta tal e eu queria saber o porque daquela resposta, porque tinha que ser aquela
resposta Tinha coisa que a gente achava que não tinha nem lógica, mas era a resposta
certa Ai a gente procurava saber porquê.
23' 34" - E no dia a dia?
23' 40" - (5) Fiquei muito mais curiosa, muito mesmo. Tudo eu tenho que saber porque.
tenho que saber a explicação. Tem que ter uma explicação porque aquilo é daquele jeito. A
gente aprende bastante coisa, não só durante a aula, como conversar, como falar as coisas
certas, a gente perde a vergonha de chegar num algum lugar que a gente precisa resolver
algum problema, a gente resolve direitinho, a gente não tem medo de conversar com os
outros, porque eu por exemplo, antigamente pra estudar eu tinha vergonha de chegar pro
professor e perguntar. Eu achava que ele ia me dar uma resposta que eu não ia gostar, que
eu ia ficar sem graça, agora não, agora eu pergunto, se alguém não me responder direito, eu
tenho uma resposta pra dar direitinho. Se alguém me tratar mal, eu não vou tratar mal, eu
vou saber responder, tratando bem. Bem diferente. (...) A Celina também ensinou muita
coisa pra gente Não. não é só o que tava no livro, porque a gente veio pra estudar pra saber
uma coisa, pra fazer uma prova, só que a gente ganhou muito mais do que o saber da gente,
a gente ganhou a amizade da Celina, o afeto dela. Ela é muito carinhosa, ela não parece
uma professora, ela parece uma família, uma pessoa da família da gente, (interrupção)
Agora mesmo nos dias que a gente não tá estudando a gente procura ela, qualquer coisinha
que acontece com a gente, a gente vem contar pra ela correndo, ela passou a ser parte da
familia da gente mesmo.
25' 23"" -(11) (Fala do trabalho que Rosilene deu quando criança para estudar porque não
queria, ela e a irmã)
26' 09" - (5) O pessoal da escola deu muita força pra minha mãe e tal, teve um dia, que eu
não tenho vergonha de falar pra ninguém, ela pediu licença pra todo mundo, me levou pro
banheiro e me deu uma coca! Eu falo com ela, mãe eu nunca agradeço a senhora tanto por
a senhora ter me batido, porque foi bom, porque depois disso (Joana D'Arc interrompe,
elas conversam sobre a vergonha que ela sentia e que a fazia ter medo de ir a escola).
27' 06" - (5) Foi a convivência com os outros...
27' 23" -(11 )Não foi só a Celina, mas principalmente a iniciativa de cada um de vocês de
procurar a escola
27" 39" - (5) Foi a Celina, foi a convivência com cada um da sala. Ajuda bastante.
(bate-papo)
28" 01" - (9) Quando ela fala né? Que a gente é, que eu faço parte da família dela, que
todos façam idéia que fazem parte da minha também, espero que sim, eu acho que a gente
criou esse. que eu tava falando corn a Edna a pouco tempo, essa família mesmo dentro da
sala. essa liberdade que a gente tem de quando um erra, ou alguma coisa que não devia
errar, tem que chegar, peraí, não é assim. Oh, Celina, não vim, não deu pra vir, mas tava lá
na rua. que eu passo oh vou puxar orelha, eu acho que foi, é essa abertura que né? Deles
comigo, eu volto a falar, eu acho que aprendi muito mais com eles do que eles aprenderam
comigo, com certeza. A Lídia também, quando nós começamos, assim se é pra ela
perguntar alguma coisa, ela abaixava a cabeça, perguntava uma vez. Se não entendeu,
Lidia entendeu? As vezes ela falava que entendia pra não perguntar de novo, aí pela cara a
gente tava vendo que não tinha entendido. Não, então vamo volta (...) não, não é por aí,
não entendeu vamo volta, a gente não tem tempo marcado, a gente não tem um ano letivo
pra seguir, a gente tem uma matéria pra vencer, então se vencer né? Pra essa prova
maravilha, se não vencer a gente vai continuar com a sala ou fora de sala, entende? Eu
converso muito com eles a esse respeito, tem dúvida de alguma coisa, mesmo que não seja.
igual a Lélia né? Já tá no 2
o
grau, a Cleidiomar também já tá fazendo matérias de 2° grau.
Se eu puder ajudar, maravilha, melhor, se eu não puder, a gente vai procurar, pega livro,
pega uma coisa, pega outra, mas não é aquele compromisso, aquela obrigação de tempo
que a gente tem. a gente não tem essa obrigação de tempo, tempo é a gente que faz. E o
que conta é o que a gente aprendeu. Não tá aqui, é uma aluna nova de pouco tempo, agora
ela falou comigo, ela fez as provas agora de geografia e ciências e ela passou com 15 e 17
né? Assim, bem no limite. 15 em ciências e 17 em geografia. Aí ela sentou do meu lado.
mas com um sorriso desse tamanho, graças a Deus que eu passei com que eu aprendi,
porque tudo que tá aqui que eu respondi, eu aprendi. Isso não é muito bom? Então acho
que o que conta é isso. essa. a Joana falando que essa menina perdeu a timidez, não tem
que ser timida. tem que fazer igual ao Ademir, saber chegar lá e cobrar, tem que falar.
30' 31" - (5) Tem que perguntar o por quê.
30' 34" - (9) E se não te responder, você pergunta de novo, por que não?
30'.38" - Mudança na família?
31' 27" - (6) Antes, como era antes Celina? Não, melhorou bastante. Que melhorou.
melhorou, que sempre que ele tem, apesar que ele tá no 2° grau, quando ele tem alguma
duvida ele chega e ele me pergunta, antes não me perguntava, tadinha de mim né? Agora
ele chega, ele pergunta, quer saber minha opinião, quando ele vai, chega os gabaritos das
provas ele. ele me chama pra mim ajudar ele a corrigir, assim ver direitinho se passou se
nâo Melhorou bastante na convivência dentro de casa, conversar com as pessoas na rua
né? Melhora em tudo. muita coisa. Eu acho que você vai aprendendo, você vai aprendendo
a se comunicar melhor, a conversar melhor, a entender melhor as coisas. Que às vezes uma
pessoa conversa uma coisa com você, aquela coisa é boa. pra te ajudar, mas você como não
entende sabe? Ai pensa que a pessoa tá te maltratando, já tá falando mal. já tá querendo se
meter na sua vida. ai você aprende que as coisas não são assim. Você aprende a ver as
coisas de uma maneira diferente, totalmente diferente, graças a Celina, né professora?
32':22" - Você era mais fechada?
32' 24" - (6) Não. sempre fui assim, desse jeitinho minha filha, né Celina? Sempre fui
desse jeito Não fechada, assim tímida, falar ah Rosimar é uma pessoa tímida, nunca fui.
Sempre fui falante, mas assim a gente sabendo a falar melhor ajuda muito. Porque falar
muito, falar abobrinha, antes ficar calada né? Porque quem vai ficar ouvindo um monte de
abobrinha o tempo todo? Não tem jeito, ajuda muito, bastante. Eu se Deus quiser, eu não
vou desistir Vou continuar tentando, né Celina?
32' 58" - (Fala com a Lidiomar sobre o fato dela ser tímida antes de começar o telecurso e
agora ser mais descontraída).
33' 26" - (1) E verdade. Eu antes era uma pessoa assim muito estourada né? Falou uma
coisa que eu não gostei de ouvir, eu também já... Hoje não né, eu aprendi que não é assim
né
9
A gente aprende Igual em casa, com as minhas filhas também, eu saía, chegava só
gritando sabe? Eu não sabia sentar assim pra conversar, era só assim no grito. E agora não.
Agora eu já converso, igual assim venho pra aula, aprendi muita coisa né, aprendi a
conversar, perdi mesmo, eu era assim uma pessoa muito envergonhada, eu tinha vergonha
assim, às vezes eu ia em Juiz de Fora, e eu queria saber o preço, assim de uma roupa,
qualquer coisa e eu não perguntava, só se tivesse alguém comigo e eu pedia pergunta pra
mim. porque eu não tinha coragem de perguntar. E hoje não, eu pergunto, eu quero ver,
experimento, não gostei devolvo. Agora mudou, mudou bastante sim. O telecurso foi
ótimo Muito bom
34'28" - Mudanças por causa do TC?
34' 31" - (1) É, por causa do telecurso né? Porque cê vê, eu pra mim era uma pessoa
assim, que en vivia pra casa. Só em casa, cuidando da casa. dos filhos, nunca fui assim
uma pessoa assim, mesmo aqui em Ewbank, assim de badalar, sair assim, divertir sabe?
nunca fui assim de muitas amizades, sou uma pessoa assim de poucas amizades, né Celina?
Minha amizade era com a Celina quando ela morou perto da minha casa e Adriana, uma
moça que mora perto da minha casa. Mais ninguém, nunca fui assim. Agora não, nossa!
Ainda mais agora que eu tô trabalhando, ai meu Deus, sou a que mais falo dentro daquele
ônibus de cinco e meia. Ai Deus do céu, falo demais, o pessoal fica até de saco cheio de
ouvir a minha voz. Mas é bom, a gente falar, a gente fica assim, às vezes cê tá assim com
algum problema né. bom cê fala. Cê conta pra alguém né, pra assim uma pessoa que você
tem confiança, cê conta, cê conversa, ah o telecurso pra mim foi muito bom, tá sendo
muito bom
35:32" - Começou a trabalhar depois do TC?
35" 34" - (l) E eu comecei a trabalhar agora há pouco tempo, vai fazer dois meses que eu
tô trabalhando.
35' 4]"' _ Arrumou coragem?
35' 43" - (1) Não. já há bastante tempo que eu tava procurando né, um serviço né, mas
tava dificil, ai agora pintou.
35' 52" - (11) Fala que a Lidiomar deveria ficar nervosa porque as filhas chegavam em
casa cobrando da mãe o que aprendiam na escola. E a mãe, por não saber, ficava nervosa.
37" 10" - (1) E. às vezes elas me perguntavam assim alguma coisa né, e eu não sabia.
sabe? Eu ficava assim sem graça, eu não sabia... às vezes elas vinham conversar também
alguma coisa comigo, um assunto comigo sabe? Eu não sabia do que se tratava né. eu
ficava assim boiando, ah meu Deus!
37' 24" - (11) Fala novamente que ela se sente melhor hoje porque está junto com as
filhas Não se sente mais para trás nos estudos.
37' 40" - Comentário de se sentir seguro na conversa, da qual se conhece o assunto, como
o Ademir que agora conversa com o engenheiro.
38" 10" - Como foi a experiência do TC para conseguir o curso de enfermagem?
38" 30" - (8) Foi bom e foi graças ao telecurso porque senão eu não podia ter começado.
Ai fui fazendo e agora não quero parar. O meu sonho era ser engenheira né? A gente tinha
combinado.. Ainda chego lá.
39"02" - (3) Eu acho que antes d'eu fazer o telecurso, antes eu me sentia assim um pouco
meio perdido, porque eu trabalho com restaurante e esse restaurante às vezes a gente vai
servir café pra gente mais até pessoas estrangeiras, então a gente fica meio assim sem ter o
que falar, sem ter o que conversar. E lá onde eu trabalho as pessoas vão almoçar,
principalmente nessa época de prova, eles sentam na mesa e só se fala de assuntos de
escola E nessas épocas eu não sentava na mesa. Eu falava assim não, não vou sentar
porque eu não vou entender nado do que eles estão falando. Talvez a gente sentava e eles
perguntavam a gente: cê concorda aí? Achava que a gente sabia, eu falava "hurum". Era o
que podia fazer, porque a gente não (...). Então, agora a gente estudando também a gente
tem como discutir com eles o mesmo assunto que eles estão falando. Porque é triste a
pessoa não sabe e a pessoa pergunta cê sabe e tem que falar que sabe, falar que tá certo ou
errado, a gente concordar com a coisa que a gente não sabe se tá certo.
40" 12" - (3) Agora eu concordo, discordo, critico o que não sabe. Porque muitas das vezes
( ) eles riam da gente, porque a gente não sabe e tentar falar pra eles o que é, aí eles riam.
Agora a gente pode explicar pra eles certo, como está sendo, como tá acontecendo tudo.
Nesse fato o telecurso ajudou muito.
4]" 04" - (2) Bom antigamente também, como dizia o Márcio ali, eu me sentia também
perdido né? Com vergonha de conversar com as pessoas assim, até mais um pouco assim
elevado, assim de grau escolar assim de escolaridade, por não saber assim pronunciar
alguma palavra, às vezes se falar, falava errado, ou às vezes algum amigo debochava na
cara da pessoa. A gente fica um pouco assim com vergonha né? E graças ao telecurso aqui
a gente vai aprendendo a cada dia que passa, apesar de ter o espaço ser meio curto de vir
aqui a aula. ai eu estudo mais em casa, alguma dúvida, eu venho até aqui na escola né,
converso ai com a professora né, e assim a gente via levando. Cada dia que passa
aprendendo umas coisas né, e pra ter assim uma certa liberdade com o povo né, precisa ter
assim um pouquinho de conhecimento da ... pra falar. Eu não sei nem como explicar. Então
o telecurso aí anteriormente né. antes de começar também aqui fui atrás do Marcos lá na
Prefeitura perguntando o dia que ia iniciar o telecurso né, que eu estudava em Benfica né, e
chegava em casa lá pra meia noite e pouca nesse carro que vinha de... do centro de Juiz de
Fora pra cá pra Chapéu Duvas. andava ali assim no escuro. Aí eu falei não, vou estudar em
Ewbank porque é bem mais perto pra mim, tem condução pra mim ir né, e também não tô
me arriscando e aí. tô aqui estudando. E onde eu trabalho também, eu trabalho de
segurança, aí também o meu sonho era seguir a carreira militar, mas não deu porque o meu
estudo é pouco, aí o major pediu pra que eu estudasse mais um pouco, fizesse o 2
o
grau. Tá
meio bravo, com certeza eu chego lá ainda. E esse é o motivo d'eu estar aqui estudando no
telecurso 2000. E isso aí.
FIM
43": 15" - Como usam a televisão hoje?
44" 00" - (3) A gente procura ver as notícias do que tá acontecendo pra ficar mais em dia.
Porque tem muitos fatos importantes que acontecem, acontecem assim, que de repente tá
num livro, tá em alguma coisa. Então a gente procura sempre ver um mais jornal, procura
ver algum programas mais educativo, pra guardar na cabeça pra quando a gente for estudar
aquilo pra já saber como que ... como aconteceu pra não ficar perdido.
44' 30" - Que programas educativos?
44" 32" - (3) E... telejornais, esses programas que passam de noite, aí da... como é que é o
nome? De madrugada, da sete de manhã, da sete da manhã, isso que é o próprio telecurso
(interrupção)
44' 53" - Assistir o telejornal antes é igual a assistir hoje'?
45' 02"" - (3) Acho que não. Porque antes a gente assistia, a gente só queria saber mesmo o
que tava mais perto da gente aqui, pra gente saber o que tá acontecendo. Agora hoje não,
hoje a gente procura saber o que tá acontecendo no mundo pra gente ficar atualizado, pra
gente ter o que discutir.
45" 19" — Mudou o seu gosto pela programação?
45' 25" - (3) Depois do telecurso eu só passei a gostar mesmo de telejornais.
45"29" - Antes gostava de que tipo de programação?
45' 32" - (3) Antes eu gostava mesmo só dos Casseta (interrupção). Eu gostava de futebol.
so de Globo Esporte, só essas coisas assim (interrupção).
45" 47" - Hoje continua assistindo Casseta e Planeta? Continua gostando?
45" 51" - (3) Assisto, toda quarta tem que assistir. Eu continuo assistindo porque eu acho
que o jeito que eles fazem as coisas também elas ensinam, porque eles usam os fatos sérios
pra fazer comédia Então, comédia é mais fácil de gravar. Porque a gente lembra e de
repente vai lembrando e vai rindo e vai lembrando o que tá acontecendo.
1-(M2)Lar (40/50 anos)
2- (HI) Segurança (25/30 anos)
3- (H3) Auxiliar de Restaurante (20/30 anos)
4- (H2) Operário (45/50 anos)
5- (M3) Estudante (20/30 anos)
6-(Ml) Lar (60/70 anos)
7-(M5) Enfermeira (20/30 anos)
8- (M6) OA (30/40 anos)
9- (H10) Coordenador de Educação ( 30/40 anos)
10- (H4) Funcionário Público (30/40 anos)
11- (M8)
Diretora da Escola (40/50 anos)
12-(M7) OA (40/50 anos)
DEPOIMENTOS: Grupo Focai (4 homens, 4 mulheres, 2 OA, 1 Diretora, 1
Coordenador de Educação)
DECUPAGEM 12 / FITA 07
46' 17" - Mudou o jeito de assistir o Casseta e Planeta depois do TC?
68
46" 24" - (3) A gente passou observar mais, procurar entender o que eles estão tentando
dizer realmente Que antes não. a gente via só pra divertir mesmo, só pra rir. Agora a gente
procura guardar na cabeça o que eles tão fazendo pra gente lembrar dos fatos importantes
que estão acontecendo por aí.
46' 42" - E os telejornais mudou o jeito de você assistir?
46' 46" - (3) Mudou um pouco né. Porque antes a gente via, via assim pra tentar só ver o
que tá acontecendo perto da gente, não interessava pro que o resto do mundo, o resto que
se virasse pra lá Agora a gente procura ver o que tá acontecendo no mundo porque pode
ser mais importante do que. de repente pode cair numa prova de história. Então a gente
procura guardar na cabeça.
47" 10"" - Quando assiste um programa costuma lembrar de alguma coisa que você viu na
aula
0
47" 49" - (3) Lembrar a gente lembra, mas assim pra mim lembrar agora de um fato assim
que coincidiu não dá. mas a gente lembra sim. Quando a gente tá assistindo alguma coisa
que passa assim, a gente fala assim, a gente lembra isso aqui eu vi lá na escola.
48":02" - E o contrário, quando você chega na escola?
48" 04" - (3) ...e vê o que aconteceu... aí é melhor que aí a gente tem a professora pra
gente perguntar ela. Fala assim cê explica pra mim quê que é isso que tá acontecendo, aí
ela que se vira pra lá que ela que vai ter que explicar.
48'21" - Mudou o gosto pelos programas?
48":34" - (7) Eu acho que a gente vê agora com outros olhos, com outra interpretação. E o
jornal falou que bom. é mesmo aconteceu. Agora você tá vendo que é mentira que não é
daquele jeito Aquele telecurso sobre a 2
a
Guerra Mundial, eu tava vendo aquela minissérie
Aquarela do Brasil né. Ai você faz a ligação, os brasileiros foram dar uma força... como
foram despreparados, pegou assim e mandou. Quer dizer você vai fazer uma comparação
do que você leu. do que realmente é. Então eu acho que você vê diferente agora, agora
você vai censurar, não é nada disso do que tão falando. Antigamente fala você tá aceitando,
mas o estudo te traz essa coisa, você leu, tá ciente que não é, que não foi daquele jeito né.
49" 23" - Algum programa que gostava de assistir e assiste hoje de forma diferente ou não
gosta mais de assistir?
49" 31" - (7) Via muita novela né. Eu não vejo novela mais, não gosto. Então eu prefiro
mais um programa assim, mesmo, como ele disse um telejornal. Que são noticias, apesar
que tem umas também que é uma mentira né, às vezes dá uma notícia numa estação, nós
até comentamos isso também numa reunião, de um maneira, a outra já, o outro canal já tá
de outra maneira, entendeu? Parece que só pode falar daquele jeito, o outro só pode falar
assim, então... mas mesmo assim eu gosto de ver jornal. Novela é que eu gostava e depois
não
50' 05" - Por que parou de gostar?
50' 07" - (7) Não sei. é um drama a novela inteira né. Cê vai vendo muito tempo, depois
você enjoa disso. Drama, drama, drama, aí no último capítulo acontece tudo de bonzinho,
acabou, quem era ruim ficou bom, quem era morreu, também não sentiu nada. Ah não, aí
sei lá. fui enjoando.
50' 23" - Você lembra de alguma notícia que você foi comparando com um jornal e com
outro'
7
50" 29" - (7) É. na outra reunião parece que nós comentamos, mas eu não tô lembrando
agora Mas sempre tem diferença né. Canal dá uma notícia de um jeito, você liga no outro
já tá falando aquilo... morreu 500, no outro morreu só 100, no outro morreu, no outro ainda
não morreu Tem diferença, mas não tô lembrando assim uma notícia específica.
50' 52"' - Tem algum canal que goste mais que outro?
50" 56" - (7) Eu gostava muito da Globo, agora eu gosto muito do SBT. Na Record tem
programas bons também, entrevista, gosto muito do programa da Gabi. programa do Jô.
Programas de entrevista.
51': 10" - Por que passou a gostar mais das outras?
51" 16" - (7) Não sei. talvez até o estudo mesmo né. Você vê que o programa do Jô é um
programa muito inteligente. Não sei, passei a dar valor aquilo né, Marília Gabriela
também Não sei se por causa disso. Você vê que eu não gosto mais das novelas.
51 ".34" - Passou a buscar mais programas que te completam culturalmente?
51" 40" - (7) Isso Nós comentamos também na outra reunião sobre esse programa do
Silvio Santos, o Jogo do Milhão. Chegar aquela hora assim antes de responder, eu quero
responder pra ver. será que eu acertei né. Até sei muito, sei pouco, tô acertando tudo.
Então, são programas bons pra testar né. se a gente tá aprendendo mesmo, tá melhorando.
52" 04" - E quando não acerta, dá vontade de procurar?
52' 07" - (7) Procuro, ah procuro. E quando eu não concordo com eles também dá
procurar porque eles também erram né. Aí eu vou atrás pra ver, peraí, eu acho que isso não
e assim Então eu acho que tem que procurar e acaba que já erraram várias vezes né.
Tiveram que recorrer a dicionário lá e dá uma briga danada pra chegar a uma conclusão.
52' 36" - E pra diversão, o que gostam?
(silêncio)
53" 02" - Vê novela
7
Mudou o jeito de você assistir a novela?
53" 11" - (5) Mudei bastante. Ah eu sei que é mentira. Eu... já não é tão divertido ver
novela mais Sempre tinha alguma coisa que enganava a gente, sempre tinha alguma coisa
assim que fazia a gente pensar diferente. Agora não, agora eu vejo por ver assim, eu sei
que não é uma coisa séria.
53' 54" - (5) Pra divertir de vez em quando eu vejo desenho infantil. Porque tem uns
desenhos infantis que explicam alguma coisa, alguma coisa pra criança, mas tem alguma
coisa ligada a aula. alguns desenhos tem.
54" 17" _ Não gosta de novela?
54' 34" - (1) Ah eu não sei. Não sou muito chegada a novela, não sou muito chegada a
televisão não. sou mais de ler assim um jornal mas um jornal também saudável né. Igual eu
já te falei né. eu gosto muito de ler a Folha Universal né E ali traz muita coisa boa. esse
negocio de jornal assim não gosto muito não. Perco muito tempo não, vendo assim... eu
vejo novela assim porque as meninas vê, meu marido quando tá em casa vê né. Aí você
acaba sendo obrigada a ver, às vezes ele me chama, ah amor vem cá, vem ver isso aqui
assim e tal. aí a gente é obrigada a ver. Igual a novela da sete né, eu não sei contar nada
assim mas quando ele está em casa, que ele gosta de ver que chama Uga Uga né, aí
algumas bobeiras lá assim ele me chama pra ver, mas não sei contar muito nada assim de
novela não. assim de programas de televisão.
55' .30" - Programas que goste de assistir?
55":33" - (1) Ah. assim quando eu tenho tempo assim, eu gosto de ver o Globo Repórter.
Que eu acho que é o único programa que a Globo passa que presta, o resto...
55" 50" - Alguma coisa que você viu no Globo Repórter que você já tinha visto no TC?
56' 12" - (1) Não lembro não.
56" 14" - Nem no Fantástico?
56" 16" - (1) Ah Fantástico, muito raramente assim...
56' 23" - As aulas de ciência?
56' 25" - (7) Tem passado muito no, como é que chama? No Globo Repórter sobre as
aulas de ciência né. tem passado muita coisa.
56' 35" - (6) De geografia também tem passado muita coisa.
56' 42" - (3) E um outro programa bom também que tá passando é esse Linha Direta
(interrupção). As pessoas estão foragidas lá, às vezes você tá vivendo com uma pessoa que
é um assassino, que matou alguém lá no lugar dele e veio viver perto de você. Cê não acha
que isso é bom você ver não? (interrupção). Aí eu assisto quase todo dia. Tem, eu tô
vendo!
57" 12" - Gosta porque faz a denúncia ou do jeito que o programa é mostrado?
57" 17" - (3) Eu gosto porque faz a denúncia, porque de repente foge a pessoa lá de onde
ele matou a pessoa, e vem viver aqui numa cidade pequena que nem essa. Aí aqui chegou,
instalou, ficou mesmo né. Então, então a pessoa chega e fica (interrupção), de repente ele
chega ai numa cidade pequena ele fica convive junto com a gente e você não sabe que é
um assassino, aí de repente você vê na televisão, vê que ele é, você pode fazer, denunciar
lá. mandar prender ele pra ele pagar o que ele deve lá
57" 51" - Via Linha Direta antes ou começou a ver depois do TC?
57" 56" - (3) Comecei a ver depois, eu não gostava de ver Linha Direta não, justamente
por causa disso, que ela tinha muita violência, sangue pra tudo quanto é lado, não gostava
de ver não Mas depois eu falei assim ah vou ver, eu vi um dia só e gostei, agora sempre
que tem eu assisto.
58" 07" - (1) Eu vi uma vez, nossa eu fiquei, ah eu fiquei com uma impressão tão ruim, até
hoje eu lembro de um caso, daquele rapaz que matou a esposa, começou a namorar a
menina com 16 anos. como você tá falando aí que você vê, você deve ter visto, que ele
tava num carro assim com ela e a mãe e ficava batendo assim no rosto dela e matou a mãe
numa mercearia, um negócio assim. Nossa, eu fiquei com aquilo na minha cabeça, nosso
Deus é horrível. Aí eu fiquei vendo a minha filha por causa de ciúme, eu fiquei vendo a
minha filha, igual você já sabe o caso né, que eu já te contei que o namorado dela muito
ciumento, eu fiquei imaginando que poderia ser a minha filha. Ai, que coisa horrorosa!
Nunca mais. foi a única vez que eu vi esse negócio de Linha Direta
58" 58" - Com o TC passaram a ver as coisas de modo diferente, como a política?
1 02' 09" - (2) Essa parte é que confunde bem a cabeça do cidadão... Nossa e muito. Um lá
fala uma coisa, outro vai e fala outra, você não sabe... então, pra gente aprender a se
decidir sozinho o que querer da vida é preciso ter um pouco de conhecimento daquilo que
vai fazer Porque realmente a gente tá passando por tudo que tá hoje porque nós brasileiros,
talvez por sem ter experiência do que tá fazendo, é que escolheu isso ai. Então é por isso
que a gente vem passando esse aperto com ele aí, tá? Esse negócio chamado política é uma
dor de cabeça muito grande que o brasileiro hoje tem que agüentar. Seja ela certa ou
errada
1.02' 45" - Começou a pensar dessa forma depois do estudo?
1 03 08 - (2) Não... e muitas das vezes, essa parte também obriga nós estudarmos porque
pelo seguinte é... essa parte aí de salários e ... esse negócio de escolaridade, tudo isso é o
próprio homem que... até (...) que ocorre hoje no Brasil no estado de... onde quer que seje.
então vem através da política, vem muito dessa impressão... então cria aquela polêmica, ah
hoje você vai ser servido é por aquelas pessoas de alto nível e as pessoas de baixo nível.
quer dizer fica por baixo, então nesse momento que a gente tá por baixo que a gente vai
pular no sufoco, vai tentar buscar algum recuso pra ver se sai pra frente. Hoje o telecurso tá
ai pelo que eu tô vendo levando muito cidadão pra frente né. Tava lá embaixo tá
conseguindo chegar ao ponto que tá lá em cima. Então é mais um motivo daí (...) ao
telecurso 2000. E isso aí!
1.04' 08" - (4) E. assim, através dos jornais e tudo, sempre eu via o jornal da televisão
tudo. comprava jornal, lia jornal, sempre gostei e gosto, continuo gostando mais agora.
interesso mais. e até aprendendo também né, muito com isso. E aí essa semana agora sobre
a politica lá dos Estados Unidos e tal, eu por exemplo não sabia que lá o voto não era
obrigatório, pra mim era obrigatório geral. Isso aí deveria até, eu penso comigo, minha
opinião, deveria tirar como exemplo a gente, no Brasil também não deveria ser obrigatório
porque quê adianta? A gente vai, é obrigado a votar, vai e vota lá e eles prometem mil
coisas, não fazem nem a terça parte. E porque cada vez estão ficando mais desacreditado.
esse negocio ai de eles querer combater o narcotráfico aí, quer dizer, pura ilusão né, que
dentro do Senado mesmo tem gente envolvida, os grandes mesmo tão lá dentro, como é
que o Brasil vai conseguir acabar com isso e os próprios, os maiores tão lá dentro? De
terno e gravata querendo, disfarçar que tão querendo defender a gente e no fundo eles tão,
eles se aproveitaram do poder deles. E tem senador lá, que eles até falam em liberar a
maconha no Brasil, quer dizer, isso eu acho um absurdo. Eu, na minha opinião, um cara
desses querer fazer uma coisa dessas, devia ser cassado o mandato dele na hora porque se
ele quer liberar uma coisa dessas porque um beneficio ele tá levando, quer levar mais. Eu
acho que. opinião minha assim, aí deveria ser assim como nos Estados Unidos, aqui não
precisava ser exigido assim da gente a votar, quem votasse quem quisesse, quem quisesse
ir lá votar, votava que aí eu acho que a pessoa poderia ficar mais consciente e não ia perder
tempo com isso.
1 05" 48" - Procurou ler?
1.05".54" - (4) E. eu vi passar no jornal falando que lá (...) nos Estados Unidos, aí falando
que lá o voto era secreto, lá 50% das pessoas lá votavam, até falou a porcentagem das
pessoas que votavam lá. E de fato, eu pensei comigo pô isso bem que poderia vir pro
Brasil, porque a gente vota, vota cada vez mais é desacreditado. Pra dar... aumentar o
salário da gente por exemplo ali pra 180 reais, nossa né? Quer dizer, o pra eles lá... pra
aumentar, pro juiz lá é aprovado na hora, sei que tem eles ganham lá os milhões deles lá
pronto e o nosso... uma miséria dessa, uma dificuldade. Ah, que vai o Brasil não tem
condição de pagar isso. mas lógico que tem pra eles tem é só eles deixarem lá as regalia
que tem lá de lado lá. a corrupção deles que é demais e dar mais valor os ... a gente mesmo.
Dividir mais né. pra todos.
72
1 06 39" - Percebia antes ou foi depois do telecurso?
1 06 49" - (4) Não. a verdade é agora mesmo que veio clareando mais isso na minha
mente Antes eu achava que não deve ser tão assim, mas agora eu vejo que realmente é daí
pra pior.
1 07" 12" - O que podem fazer por Ewbank?
1 08"21" - (5) A gente andou comentando até com a Celina... a gente tava comentando
alguma coisa diferente de Ewbank como teve uma exposição de fotos antigas de Ewbank, a
gente pensou... a gente, na opinião da gente, podia ter um museu em Ewbank, alguma coisa
pra mostrar as coisas de antigamente pro pessoal que tá vindo agora como eu. Eu não sabia
de muita coisa que tinha em Ewbank, eu vi bastante pelas fotos. E isso... a gente pensou
numa coisa assim... Devia ter um pequeno museu, uma coisa diferente, coisa que Ewbank
não tem.
1 09"04" - Alguém mais teve outra idéia?
1 09" 13" - (4) E. pra ajudar a cidade a crescer né. é continuar com os estudos aqui né.
Graças a Deus tamo indo muito bm. Por essa escola aqui, teve uma melhora dela aqui,
mais quatro salas que aumentou aqui. muito bom o serviço, ótimo. E trazer cursos né,
profissionalizantes pra gente. Porque todas as firmas querem um lugar pra se instalar mas
querem saber né o grau de qualificação é... do pessoal. Quer dizer, quanto mais facilidades
a gente tiver assim aqui dentro, mais firmas vão trazer... tem uns terrenos aí agora, se Deus
quiser vai vir cursos pra cá e nós cai dentro, se Deus quiser, né Marcos?
] 09" 54" - (1) Nâo é só curso também não né, é firmas mesmo né. Mesmo pequenas
firmas né. pra dar emprego pr' esse povo aqui, que o povo de Ewbank é muito sofrido né.
Eu falo de cadeira porque enfrentar essa fila desse cinco e meia da manhã pra ir no seis
horas não é fácil não. Se tivesse emprego aqui né é bem mais fácil porque muita gente
precisando trabalhar Eu acho que tem como fazer isso, eu acho que as autoridades lá
querendo sabe? Eles dão um jeitinho. Eu acho.
1 10" 32" - (1) Ah. eu sei lá! Eu acho... alguém que queira trazer sabe? E o prefeito
também se interessar né. Porque eu acho que são ambas as partes né. A pessoa que queira
vim de lá. montar uma pequena firma aqui né? Igual hoje eu fiquei sabendo, não sei se é
verdade né. o Marcos deve saber se é verdade... que acho que o ano que vem vai vir uma
pequena firma de... não sei o quê de marmitex, sei lá.. de marmita, não sei, pra cá né. Se
for verdade eu gostei muito dessa notícia, eu fiquei muito interessada. Falei na hora que
começar as inscrições lá me avisa que eu quero pô meu nome pra me chamar pra trabalhar.
Mas é verdade né. é muita gente desempregada que tem aqui em Ewbank, igual a gente vê
ai esses adolescentes, que fica aí copiando moda na rua, fazendo coisa errada, se tivesse
um emprego, trabalhava meio expediente, meio expediente estudava. Mas não tem o que
fazer né. eles ficam fazendo coisa errada... que não convém falar.
1 11 "36" - (2) Aí. nessa parte aí, desculpa te interromper, eu vou botar pra fora o que eu
sinto, tá certo? Que hoje eu sou um pai de família também, tenho minha família. Eu acho
assim, pra que isso venha a dar certo aqui, eu acho que os demais, o pessoal que tem
grande parte de terra, essas coisas deveria também passar por um curso de reciclagem
assim de memorização na escola porque às vezes um lado chega pra poder conversar numa
boa pra ver se tenta de uma maneira assim melhor conversar a respeito de uma empresa,
igual você tá falando, igual aconteceu lá embaixo aqui e a pessoa não vê porque houve um
desacordo entre o... acho que foi o prefeito aqui né, e o proprietário da fazenda lá. Quer
dizer se ele fosse um cara mais cabeça e pensasse ia falar assim não, eu cedendo um
pedaço da terra pra ele aqui vai ficar bem mais fácil, tenho já um (...) pra mim aqui vai dar
emprego a pai de família também né e ajuda a combater o índice também de assim... as
pessoas que tem cabeça fraca, porque hoje realmente o assalto existe por quê? Tem muito
mais familia aí com um salário mínimo, não dá pra sustentar uma família. Então o que ele
vai pensar, pôxa porque que os maiores lá de cima roubam porque que eu não vou roubar?
Ai você vai querer fazer um assalto que seja, vai pensar logo na violência e a violência não
leva ninguém a nada. Então se houver interesse desses... dos demais aí que tem terra que
possa através de conversa assim ceder pra Prefeitura que seja, eu acho que conseguiria sim
dar a volta por cima disso aí. mas pra isso eles também tem que passar por curso de
reciclagem de memorização pra não chegar a um obstáculo qualquer senão não tem jeito. É
isso ai
1 13"16"- (3) E eu acho que pra empresa precisa primeiro arrumar o pessoal sabe? É pôr
O pessoal pra estudar, pôr curso profissionalizante, porque se a pessoa vim fazer um curso
profissionalizante e chegar aqui e ver que tem que estudar pra aprender mais vai procurar
um telecurso. vai procurar aonde ir. Porque não adianta vir empresas pra cá, chegar aqui
trazer gente de fora pra trabalhar porque o pessoal daqui não tem estudo pra ocupar aquele
cargo Então primeiro teria que trazer cursos pra cá e convencer o pessoal que tá lá fora a
estudar... Tem muita gente aí que tá parado aí ,que fica à toa o dia inteiro e não caça um
estudo.
1 13" 55" - (1) Mas eles não estudam porque não quer né. Márcio? Porque nesse ponto
Ewbank é muito bom. sô não estuda quem não quer. Cê não vê nós aqui? Antigamente não
tinha né Tinha assim, quem quisesse fazer o 1
o
grau podia até estudar é... junto com os
alunos lá no ginásio, mas eu não tinha cara de ir pra lá fazer de 5
a
a 8
a
né, mas igual os
jovens, as crianças mesmo não estuda porque não quer, que a Prefeitura ajuda entendeu?
Dá material entendeu? São eles mesmos que não querem, querem ficar à toa sem estudar.
Então a culpa é deles, se eles não sabe...
1 14" 34"* - (2) Isso aí eu concordo com você plenamente, que hoje tem ônibus pra poder
conduzir o pessoal da colônia e da colônia pra cá tá. E o pessoas não estudam mesmo
porque ele não quer.
1 14' 43" - (1) E... mas mesmo antes quando não tinha ônibus pra colônia, porque quando
eu mudei pra cá não tinha ônibus pra colônia e sempre a Prefeitura ajudou porque as
minhas filhas estudaram de 1
a
a 4
a
, de... fez o 1
o
grau aqui e toda a vida eu tive ajuda da
Prefeitura. No material de escola, uniforme, sabe? Então não estuda mesmo, não estudam
porque eles não querem mesmo não. E também tem uns pais também que não incentivam
os filhos a estudar né.
1 15' 12" - (12) Como o Márcio mesmo né, no início falou que foi até o Márcio né, que o
pai dele não estudou e que achava que eles também não precisavam estudar né. Então a
gente vê muitas pessoas que pensam dessa forma, até hoje né, até nos dias atuais que não
estudaram e pensam... Um dia desses né, vocês comentando aí que assistiram, que assistem
Globo Reportei, então falando das crianças né que tem, das crianças gênio né, que tem é...
ah gente perdi a palavra... a mentalidade avançada né, então além da idade deles. Então o
pai. um senhor assim de roça uma pessoa muito simples, então colocando, falando pro
repórter né. que ele dá todo apoio porque ele não teve essa oportunidade mas que ele não
quer que o filho dele fique na mesma que ele né, que ele quer que o filho dele prossiga e
que melhore de vida. tendo a oportunidade que ele está tendo. Então é muito, eu acho que é
muito importante que as pessoas mesmo que não estudassem se conscientizassem que o
estudo é importante, elas não tiveram oportunidade, mas dá oportunidade aos filhos uma
coisa que elas nâo tiveram né. Então em dar o incentivo... quando a gente é criança não
tem maturidade, não tem responsabilidade, então a gente acha fácil parar de estudar né. Ah,
estudar pra qué né? Estudar não vale nada, bobagem, ficar lá aprendendo aquilo pra quê?
Então são os pais da gente que são conscientes que aquilo vai fazer falta e que tem que
exigir que a gente né estude. Porque quando se torna um adulto é que às vezes vai
pensar...ah meu Deus quanto tempo que eu perdi né. Vivia pra brincar, não quis escola,
então meu pai que devia ter me obrigado, igual ela diz né que ela agradece a coca que a
mãe dela deu porque? Porque a me dela obrigou ela a vir pra escola, entôo ela sabe que é
importante E tem gente que não estudou e que não tem essa consciência, ah eu não estudei
vivi essa vida inteira sem estudo pra quê que meu filho precisa estudar agora? Eu acho que
é muito importante a conscientização das pessoas né. Aqui em Ewbank as crianças entram
na escola com quatro anos de idade né pra fazer o pré-escolar, estudam três períodos.
depois vem de 1
a
a 8ª que é o ensino fundamental e tem o 2
o
grau, sem a pessoa precisar
pagar nada. É como ela falou não estuda aqui em Ewbank quem realmente não quer ou
quem não tem um incentivo da família né Porque às vezes a criança não tem consciência e
0 pai tem que incentivar, o pai quem tem que obrigá-lo a ir na escola até ele se tornar um
adulto e saber que foi importante ele ter estudado.
1 17" 44" - (2) Lá na Colônia mesmo a gente fica olhado as (...), lá na colônia mesmo eu
fico olhando, puxa eu tô corn 26 anos, o meu pai não me deixou estudar, hoje eu tô um
pouco meio perdido também por não ter estudado, também na época faltou um pouco do
meu interesse também. Hoje não. agora eu fico olhando um monde de criancinha lá, de
rapazes de... sabe de 12 anos pra cima jogando bola sem procurar uma escola que seja... na
colônia tem lá o pessoal pode né com você agora é professora lá do telecurso não é? pode
estudar fica lá jogando bola ou talvez numa mesa de baralho ou muita das vezes já vi
pessoas também se drogando lá, falo assim isso aí meu Deus é perdição de quem não tem
serviço em casa. será que não enxerga isso? Quer dizer, a pessoa mesmo vem a sofrer mais
tarde na vida é porque quer. Porque a escola tá aí.
1 18:35" - Não sente vontade de falar?
1 18' 50" - (2) Não. por muitas vezes eu já falei com um colega meu lá, pra eles virem pra
escola né. ele disse ah não quero perder tempo com escola não, isso é muito enjoado é...
né E ainda fala com a gente assim ainda, aí eu imagino vai fazer o quê, a gente via falar
com eles e ainda vem ficar com raiva da gente ainda: Então com o passar do tempo eles
vão. o destino vem trazendo eles mais (...) aí podia pular pra frente. Então tem que deixar
quebrar bastante a cara na rua, eles apanharem um pouquinho da vida, pra depois ele vê o
que perdeu pra trás que é sô assim que a pessoa chega a dar valor, o que aliás assim
começa a dar valor a escola que quando fui querer correr atrás lá não, corro atrás mais
tarde Ai já não adianta mais.
1 19' 26" - Chamar alguém pra estudar?
1 19' 37" - (7) Já fiz e dei o exemplo né? Na minha idade tentar voltar a estudar né. Eu
acho que é um sacrifício muito maior que eu tenho casa, tenho familia, tenho neto pra
olhar Então eu falo gente! Mas a resposta é como o Sinfrônio falou, você tá estudando pra
quê? Ah. pelo amor de Deus cê tá estudando? Pra quê que você foi estudar de novo? Quer
dizer, uma descrença né total. Eu falo você devia tá lá pra ver como é bom né se sentir
bem
1 20' 12" - (2) Paulo César, muito amigo meu, antigamente ele não gostava de estudar
não Falei assim oh. Paulo César você tão novo aí rapaz, tão jovem aí ainda, procura uma
escola ai vai estudar, vão bora pra Ewbank estudar, antes não tinha, nem tinha esse
telecurso lá
1 20" 24" - (12) Por duas vezes já ele chegou a desistir, aí eu mandei recado, ele veio e
voltou. Ai mando recado, converso com ele mas já duas vezes que ele parou.
1 20'.37" - (2) Ele fala comigo assim, ah... eu não tenho cabeça pra isso não, aí falei assim
quebra a cabeça rapaz que um dia você chega lá, falou assim ah vou ver, depois não falei
mais nada com ele não. um dia eu tava vendo ele com caderninho, aí falei onde cê vai? Ah
vou pra escola.
1 21' 27" - (2) Boa coisa que você me falou. A política se divide em duas partes né. Em
relações humanas e essa que criticam os demais né. Então é isso mesmo, quer dizer, então
que a minha política então foi...
1 21' 53" - (7) Falta fazer essa política com um sobrinho meu que estudou até com o
Marcos lá em Juiz de Fora. Todo dia, cada prova que tem eu vou., é uma inteligência, ele é
uma capacidade, é inteligente mesmo, pelo amor de Deus eu fui lá tirei o 1° grau, agora tô
lá. fui fazer duas provas de 2° grau, não estudei nada. fui lá e passei, imagina você, novo.
ele é inteligente, hoje você tá empregado, mas amanhã você pode precisar desse estudo né.
Ele fez o quê? CTU né? Vocês fizeram né junto? Ele é. . mas eu torço que ele ainda vai
fazer, vai lá faz duas. faz duas até... Eu tô em cima, se Deus quiser ele vai fazer. Não
precisa fazer todas não né?
1 22" 47" - Oportunidade da Prefeitura? Pretendem continuar estudando?
1 23' 43" - (1) Eu pretendo continuar né. Eu fiz até a minha inscrição pro 2
o
grau, tô
esperando né Celina? Assim que começar, eu sou uma das primeiras no 2
o
grau.
1 24' 00"" - (4) Eu também, a intenção é continuar né, como é que vou dizer é... eu quero
alcançar meus objetivos esse ano, se Deus quiser agora que vem é o 2
o
, se Deus quiser eu
vou conseguir até a metade. E dar seqüência no que puder fazer, outros cursos também, eu
não quero fazer só... porque hoje em dia quanto mais estudo a gente tiver e mais cursos
profissionalizantes é que a gente tiver e mais o curriculo né da gente. Tenho visto aí o
pessoal que tem duas, três profissão isso só vem a ajudar. Porque hoje em dia as
concorrência tão assim né. as pessoas mais qualificadas, mais estudadas aí eu quero dá
seqüência até onde der pra mim ir, se Deus quiser vão ver até onde
1 24" 48" - (2) Eu também pretendo continuar mas só que assim pouco mais devagar
porque nos compromissos também que eu tenho não dá pra vim direto, assim na escola né.
Então perdi uma prova de ciências né. Porque eu tive de viajar, fiz a prova de geografia.
graças a Deus eu fui aprovado. E com o passar do tempo a gente vai né conseguindo assim
deixar de lado um pouco os compromissos e ter um pouco mais também de interesse. Pra
gente que trabalha também fica assim um pouco difícil de se vir todo o dia assim na escola,
mas sempre dá assim um tempo disponível né professora? E isso aí.
1 25' 50" - (10) Eu tenho que freqüentar um pouquinho essa turma aqui, essa sala né pra
poder ficar assim um pouquinho mais desinibido né Pra poder ficar mais a vontade, não tá
em mim o dom da palavra né (interrupção). Me sinto mais a vontade pra escrever. Primeiro
momento eu queria assim parabenizar vocês aqui porque eu acho assim oportunidade de tá
ouvindo aqui um depoimento assim espontâneo, sincero e mais a gente vê que nesse
momento, coisa que já tive oportunidade de constatar antes do resultado que o programa
vem tendo aqui em Ewbank. É dizer que não tenho tido, nem nunca tive a oportunidade de
estar aqui junto com vocês conversando não por falta de interesse e não é nenhuma
discriminação com vocês que estudam à noite. A Joana que é diretora aqui né, durante o
dia aliás no ensino fundamental né... A Edna que já foi diretora do José Bonifácio também.
E eu nunca tive muita oportunidade de ir na escola, mas isso não quer dizer que a gente
não tem assim se emprenhado, não tem trabalhado, fazendo com que cada dia a gente tenha
uma escola melhor, embora não pareça a gente tá lá sentadinho numa mesa lá mas
correndo atrás E... importando o que o Ademir falou ao que, ah o Marcos tem que correr
atras. não. não corri atrás não, eu acho que isso aí eu sou muito critico nas coisas que eu
faço. en acho que nós não fizemos mais do que cumprir a nossa obrigação. Tá certo que em
se tratando desse universo que é o Brasil às vezes o poder público faz aquilo que é de sua
obrigação e ainda tá fazendo muito de tanta coisa ruim que a gente vê por aí. Você mesmo
citou ai o problema do juiz e outras coisas assim parecidas que vem acontecendo né. Então
talvez é fazer a obrigação já e alguma coisa digna de ser é... não elogiada, mas de ser
registrada. Eu é... só posso dizer que fico assim muito contente, pra mim foi um prazer
muito grande quando recebemos a ligação do professor Ernani né, que queria vir
desenvolver esse trabalho com vocês né aqui em Ewbank. Eu acho assim que tem erros,
acho que tem coisa pra gente aperfeiçoar ainda, eu acho que talvez falha comunicação, eu
me lembro que agora no mês de outubro na última semana de setembro eu tive três caras
que. pessoas que podiam tá aqui estudando com vocês, assim talvez uma falha de
comunicação por parte da Prefeitura de... ou talvez não houve falha de comunicação, mas
houve desinteresse mesmo dessas pessoas, ah porque a novela das seis, a novela das sete
né E eu não sei. eu acho que houve um avanço muito grande, eu acho que a gente tá
observando que nesse encontro né o quanto esse trabalho tem significado pra vocês, essa
pergunta que foi feita agora a pouco, do ponto de vista político eu acho que o fundamental
é que despertou né naqueles que estão aqui né dentro de sala é... talvez uma consciência de
quanto as decisões políticas tem a ver diretamente nas nossas vidas, de todos nós, não só
de vocês não. de todos nós né. E quanto isso pode mudar se nós, a população né, não, nem
vou dizer nem de Ewbank, do país como um todo tivesse dentro de sala, tendo essa
oportunidade de tá assistindo aula, de tá se educando né, eu acho que a gente tem muito a
caminhar nesse sentido e como eu falei antes de vocês chegarem aqui, conversando como
os professores aqui. com a Celina e com a Edna eu acho que foi um compromisso que foi
feito que nós vamos unir todos os esforços aí pra que, eu não vou dizer em janeiro, janeiro
vai ser um mês um pouco dificil infelizmente, mas pra fevereiro colocar em prática o
ensino médio, o 2
o
grau aqui, é uma oportunidade que vai ser oferecida que vocês não
devem abrir mão dela de jeito nenhum porque como foi dito aqui também né, tá aqui perto,
não se paga passagem de ônibus pra vir pra sala de aula né, tem o material que a gente vai
batalhar pra que esse material entregue aqui dentro de sala né, dá tudo sem que ninguém
tenha nenhum tipo de despesa com isso.
1 30' 51" -Cursos profissionalizantes?
1 30' 57" - (10) Mas ainda não era a questão relacionada ao curso profissionalizante, era
alguma coisa que foi comentada aqui ao longo da conversa. Deixa eu ver se eu anotei
isso Eu não sei se é relacionada com a própria questão do material, das pessoas
valorizarem essa oportunidade que tão tendo porque como o Sinfrônio falou antes aqui né,
teve que parar de estudar por força da necessidade não foi isso? Você teve que começar a
trabalhar mais cedo né? Quer dizer antes é... por uma questão né de orçamento familiar,
por questão da família lá, você teve que engressar mais cedo no mercado de trabalho. Hoje
é o mercado de trabalho é que tá fazendo esse imposição porque vocês tenham que estudar
porque se não tiver estudo não tem... é o caso da Belgo Mineira, quer dizer as grandes
empresas todas elas me parecem assim, pelo menos na nossa região aqui tão colocando
essa oportunidade, essa modalidade de ensino e aquele funcionário que não quiser, foi até
acho que uma de vocês que fez essa pergunta né, foi imposição da empresa, hoje ainda não
é mas num espaço de tempo muito curto vai ser. Porque a empresa vai ter que para obter
certificado de ISO aí todas as vezes que... cada dia, cada hora que passa a gente vai ter
alguma coisa mais né. alguma barreira que a empresa ter que ultrapassar pra que ela
continue mantendo o seu lugar no mercado, então se ela tiver no quadro de funcionário
dela funcionários plenamente qualificados, ela não vai conseguir se certificar e então esses
funcionários vão ter que sair. Então hoje no mercado realmente faz com que as pessoas
tenham que se qualificar cada vez mais. Se eu me lembrar depois aqui eu acho que tinha
mais alguma coisa que eu queria fazer um comentário mas no mais eu queria parabenizar
todos vocês que estão levando isso a sério, vocês só tem a ganhar, eu me lembro muito de
uma frase que eu li há muito tempo atrás mesmo, num livro do curso de psicologia, eu
jamais vou esquecer esse livro, é uma frase que diz o seguinte .. que a mente é como um
elástico milagroso que tende a se esticar até o infinito sem jamais se romper. Então eu acho
que mesmo que esse conhecimento que vocês tão adquirindo hoje não venha a ser utilizado
do ponto de vista profissional, ele vai ser utilizado com o certeza em muitas áreas... é no
convívio familiar como foi falado aqui, quer dizer as formas de utilização desse
conhecimento isso ai eles são ilimitados. Queria parabenizar a vocês, o trabalho da Celina
e da Edna também, agradecer esse trabalho, saber que tem um professor fazendo uma
pesquisa, buscando subsídios aqui.
1 34' 32" - (9) Eu ouvindo todo mundo eu me lembrei de uma pessoa que esteve conosco
há bem pouco... logo que nós começamos Joana sabe disso, essa pessoa começou e por
motivos dela não vou questionar os motivos dela, não continuou. Essa pessoa trabalhava
numa firma, trabalhou por muitos anos numa firma e há pouco tempo... e aí foi saiu, foi
trabalhar em outros lugares. Há pouco tempo voltou e pra pedir emprego nessa mesma
firma que já tinha né. já tinha trabalhado há muito tempo. Bateu aqui, ah eu tô querendo o
meu histórico escolar. De quando? Até da 4
a
série, tá! Aí nós procuramos né o histórico
dele e tal Ele veio e realmente não tinha fechado né, porque o telecurso ele não cobra a
escolaridade minima da 4
a
série né. ele cobra que você saiba ler e escrever e tenha uma
idade minima Então a gente não pede diploma quando as pessoas começam. Ele realmente
não tinha fechado a 4
a
série e tinha começado com a gente, tava indo até relativamente
bem. parou, foi pedido a ele né lá onde ele está o mínimo, no mínimo a 4
a
série. Ele veio
aqui bater não tinha Estudou vários anos, mas não tinha a 4
a
série. Virou pra mim e falou
assim, é . antes disso ele tinha aconselhado a outras pessoas a não virem a estudar, a parar
de estudar que não se aprendia tá? E eu fiquei lógico, cidade pequena a gente fica sabendo,
lógico que a gente fica sabendo e no dia que ele veio pegar eu falei assim, oh eu posso te
dar um comprovante que você passou por essa escola né, eu trabalho de dia como auxiliar
de secretaria, eu posso te dar um comprovante que você passou por essa escola, mas que
você tem a 4
a
séria não. Ah mas e o tempo que eu estudei com você? Você não concluiu
nada né. você começou, parou, desistiu. Não dá pra dá um jeitinho não? Eu falei dá, você
volta pra sala de aula vamos continuar estudando e daqui seis meses presta a prova e faz
como a maioria da sua época né. O pessoal que continuou estudando e conseguiu tirar.
Então fazendo um paralelo entre essa pessoa e vocês, eu acho que não precisa palavras
nenhuma né? Que todos falaram professora Celina né ajudou, não. Nós nos ajudamos, eu
acho que o programa é mais ou menos por aí né. Esse programa, o telecurso é mais ou
menos por ai de é... trazer pra gente o que a gente tá procurando e a gente não esperar só né
o que vem pra gente não. Porque tá faltando isso, por quê? Né, quero mais, vou buscar
mais né E não é só isso que eu quero, não é só porque o professor Ernani tá aqui que a
gente vai falar isso não, a gente vai falar porque tem que falar, não é porque o Marcos tá
aqui que a gente vai deixar de falar isso não né. A gente conversa muito dentro da sala, a
gente já conversou muito dentro da sala essa questão de política, nós já falamos muito
sobre isso sobre a questão da globalização e principalmente da política é ... Sinfrônio me
parece que falou assim nós que colocamos eles lá né? Os nossos representantes lá... nós
colocamos, a gente pode tirar também. E como que a gente pode tirar? Sabendo o que
fazer, como fazer e eu acho que a gente tá começando né, a gente tá começando saber o
que fazer. E eu queria agradecer a todos, todos sem exceção, a Joana D'Arc sempre ajudou
muito a gente na época é... que começamos a Joana foi a diretora por um tempo, depois a
Claudia também apoiou bastante né, bem o apoio que a gente precisou dela sempre de sair
de ir a Juiz de Fora. de buscar material, de ficar até um pouco mais tarde, sempre ajudou e
também o meu horário da tarde de serviço que não é do telecurso, eu tenho essa abertura, a
Joana me deu essa abertura, a Claudia me dava essa abertura também, do pessoal chegar
aqui no meio da tarde Celina não passei em ciências me ajuda a corrigir a prova, e a gente
pode parar e fazer isso. então muito obrigada a Joana tá. muito obrigada a todos vocês e
muito obrigado ao Marcos que também, pela paciência que ele tem às vezes né. no
principio a gente não tinha o material, chegava lá Marcos não tem material, aí xerocava
aquele monte de coisa, ficava muito mais caro que o material né Marcos? Os livros
ficavam muito mais caros né, do que adquirir os livros mas não tinha como adquirir os
livros ainda, ele nunca se importou. E eu acho que., não sei, eu acho que não é demais
agradecer a uma pessoa que não tá presente, que infelizmente não vai estar mais presente
que e o Tião Meireles que com toda a simplicidade dele que, é o prefeito que veio a
falecer, de sempre também apoiar sabe ele... é pra ajudar, é pro povo então vão fazer.
Então sempre, lógico que o Marcos sempre cutucando né Marcos? pra poder ajudar e tal.
sempre ajudando a gente. Então muito obrigado gente.
1 39' 47" - (7) Então já que você agradeceu eu vou agradece em nome da turma, posso?
Agradecer a Celina que realmente ela dá uma atenção muito importante pra gente né.
muito interesse, qualquer dúvida, qualquer coisa que vinha aqui, nas provas ela fica numa
preocupação, querendo ver. vibrando com a gente né. O Marcos, eu sei que apesar de você
tá lá na sua mesinha sentado eu sei que você, do seu interesse, do apoio, que você deu né,
inclusive do material todo que nós estudamos, o primeiro livro nós compramos, mas depois
vão compramos mais nada né, eu sei que por seu intermédio, seu interesse. E o professor
Ernani, essa oportunidade né que deu de vir aqui fazer esse trabalho com a gente, essa
oportunidade da gente também poder né expressar o quê que a gente pensa, o que a gente
acha. o que nós aprendemos nesse tempo né, isso é importante pra gente também né. Ver
que tem alguém interessado né nas nossas opiniões, no que nós tamos aprendendo.
Obrigado
(bate-papo)
FIM
ANEXO 3
BANCO DE INDICADORES
(2
a
TRIANGULAÇÃO)
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita l
\16
Fita 1
M6
Fita I
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
0 07' 20"
Dificuldade Financ.
0 07' 20"
Compromisso
0 09' 16"
Falta de Diploma
0.09'. 16"
Compromisso
0.09' 16"
Falta de Diploma
0.11.50"
Compromisso
"O fato de estar no Telecurso, na Telessala hoje, foi uma
questão mais financeira da prefeitura. Teria de ser uma
pessoa com disponibilidade e que fosse funcionário da
prefeitura Porque a prefeitura na época, não podia
contratar ninguém".
"Aí, eu abracei a causa né, e estamos aí na luta".
"A gente vê que de um tempo para cá a coisa foi piorando
e Ewbanck está se tomando praticamente uma cidade
dormitório. As pessoas que estavam saindo daqui para
prestar serviços em Santos Dumont, em Juiz de Fora, nas
cidades vizinhas e a maioria das vezes, serviços mais
pesados por falta de cultura. Cultura não desculpe, pela
falta de diploma, vamos colocar assim. E há uma
deficiência muito grande".
"O Marcos, o Secretário, uma pessoa sempre muito
envolvida e gosta da área da educação, teve acesso a esse
convênio, e imediatamente ele correu e foi avisando."
"Eu tenho a impressão de que é um dos motivos mais
fortes, além da preocupação mesmo de formar o cidadão,
formar pessoas, que a gente tá vendo que a coisa está
perigando. Além do Telecurso, das Telessalas, tem vindo
alguns cursos, o Marcos tem implantado alguns cursos de
mecânica, de auxiliar de secretaria, auxiliar de escritório,
mesmo assim, tentando dar pelo menos um apoio para
esse pessoal, uma qualificação para esse pessoal que é
muita gente, é muita gente mesmo que precisa e eu acho
que veio numa boa hora".
"Na época o Marcos me convidou e estava naquela
pendência assim, de quantas pessoas, qual o público-alvo,
a clientela que teria Eu fiz isso, eu mesma. Eu saí de
porta em porta, só que tinha tido uma pré-inscrição que
foi falada, Quando a escola foi municipalizada. (...)
Então, através daquelas fichas que já tinham, eu fui de
porta em porta".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
MG
Fita 1
MG
Fita 1
MG
Fita 1
M6
Fita 1
M6
0 13.00"
Falta de
Informação
0.13'.00"
Dificuldade Financ.
O l3.00"
Compromisso da
Comunidade
0 14 .30"
Dificuldade Financ.
0.15' 45"
Conscientização
0
15' 45"
Estratég de Ensino
0.15' 45"
Dificuldade Financ.
"Primeiro, eu acredito que bem menos mais de imediato a
desconfiança. O povo quando vê alguma coisa assim, que
tá prá ajudar fica logo desconfiado, há é questão política é
isso. aquilo, mas principalmente, da falta de informação.
Eu acho que muita gente deixou de vir, veio muito depois
pela falta de informação. Nós anunciamos, fizemos todo
aquele trabalho de propaganda e tudo mas. é bem restrito.
Realmente não tem muito recurso".
"Financeiramente falando, há um livro desse novo custa
5, 6 reais, custa, tem muita gente que não tem condições
de comprar, ainda tem muita gente que não tem
condições de comprar. Então, de imediato as dificuldades
foram estas".
"Apoio da escola nós tivemos muito apoio, muito da
comunidade também de pessoas. (...) A Joana D' Arc, que
na época era professora hoje. Diretora, veio ajudou a
aplicar as provas. E neste sentido, a gente tem muito
apoio. O Secretário, também incentiva demais (...) então,
apoio a gente teve bastante, principalmente da Secretaria
de Educação".
"O material, vídeo, televisão e livros para orientador vem
junto com o contrato mas, para aluno foi uma dificuldade
maior. Tivemos que ganhar apoio na época de xerocar
material, porque a gente não tinha o livro né, vamos
xerocar, a gente recorreu a isso também".
"Antes da verba, conscientização. Porque, eu acho que
conscientização ainda é uma coisa que deixa um pouco a
desejar".
"Não pode durante a semana, a gente repõe no Sábado. E
cansativo, é desgastante, principalmente para quem
trabalha".
"Mas, quanto a verba, quanto a recurso, eu acho que todo
o recurso é bem vindo. Hoje, nós estamos aqui, é uma
terça-feira, nós terminamos o Livro de Ciências N° 2, mas
estamos pendentes no Livro de Ciências N° 3. A gente
está aguardando. Já tem verba. O Márcio já me
tranqüilizou que, já adquiriu os livros. Só está esperando
chegar o material para a gente trabalhar".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDENCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita 1 10.17.00"
Mo Compromisso da
Comunidade
Fita 1
M6
Fita 1
Mo
Fita 1
M6
Fita 1
M6
0.17.00"
Dificuldade Financ.
0.18 36"
Estrat de Ensino
(Flexibilidade)
0.20 15"
Dificuldade Financ.
0.21' 20"
Estratég de Ensino
"Espaço a gente tem. Pessoas que trabalham, muitas
pessoas oferecem ajuda. Mesmo as pessoas da
comunidade se você precisar. Tem um químico que
trabalha na Prefeitura e, de vez enquanto, (...) me ajuda
aqui que eu estou com uma dificuldade. Mecânica, tem
um mecânico aqui da cidade, as vezes tem uma aula de
ciências".
"Eu não vou falar que eu sei se eu tenho dificuldade.
Pessoas mesmo capacitadas com nível superior, de
formação superior, eu acredito que tenha sim. Eu
acredito, que tendo a verba, a Prefeitura podendo pagar,
eu acredito que tenha o pessoal com certeza".
"A gente trabalha em 2 horários (...) em função de
atender aquelas pessoas que chegam aqui no nosso BR o
nosso ônibus barato, que as pessoas chegam de Juiz de
Fora, que chega aqui, por volta das 19:30 horas. Então,
não dá para eles tomarem um banho e vir para a escola
(...) São 2 turmas, uma das 6 ás 8 e outra, das 8 ás 10,
mas em função disso. Não do número de alunos que já
reduziu bastante, mas em função de atender a um horário
para eles".
"Há mais de um ano, nós começamos em setembro de 98.
Nós já estamos quase formando. Tem alguns alunos como
ouvintes, porque é uma questão de verba, tem que ver
como é que vai ficar isso, como que vai funcionar. O
Marquinhos passou, a última vez que eu estive
conversando com ele, que a gente teria que ver verba
mesmo porque, poderia continuar. Então eu tenho alguns
alunos que estão más assim, assumiram compromisso
comigo, estão vindo tá, me procuram, porque essa 1
a
turma está terminado. Então, se eu não tiver, se nós não
tivermos condição de continuar, eles estão cientes de que
a gente tem compromisso corn essa 1
a
turma, que
começou, tá, e tem alguns alunos é que eu falo ouvintes
porque eles nem participam, mas eu não tenho cadastro
deles. Justamente, com essa preocupação da gente não
poder dar continuidade aos estudos deles".
"Nós temos a 1
a
fase, matemática, português e história,
então pessoas venceram essa etapa. Estão livres e tudo,
mas essas pessoas que não venceram (...) eu tiro alguns
dias, uma semana, duas semanas, dependendo do número
de pessoas, ai. faço uma revisão simulada, uma coisa
assim, mesmo prá acompanhar".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1 0 27.22"
M6 Dificuldade de
I Aprender
0.27'.22"
Sugestões do
Campo
0.27'.22"
Sugestão do Campo
"É eu gosto (...) é aquilo que a gente estava conversando
é gratificante. Eu acho que não é nem salário, nem nada".
"Eu converso muito, esta é a alternativa, oferecer o que?
Só mesmo mostrar que se não quiser melhorar, se a
pessoa não tiver iniciativa, não vai melhorar. Então, eu
procuro conversar muito, ir na casa de poucas pessoas eu
fui. Algumas que eu tinha mais liberdade, eu cheguei a ir,
mas de cobrar ao encontrar na rua, espera aí, procurar
saber o que aconteceu, você está chateado com alguma
coisa, você tem algum problema, o que a gente pode fazer
para melhorar".
"Alternar horário, porque se não pode vir às 6, vem às 8.
Até mesmo essa sessão de Sábado".
"Mas eu procuro correr atrás e conversar mesmo. Acho
que é o que eu posso fazer, oferecer o que? Só mesmo
uma visão de um futuro melhor (...) Então, é assim, eu
quero que venham sim. Corro atrás, peço, converso.
explico, procuro mostrar. E um público que também não
é mais criancinha. (...) E mostrar mesmo a necessidade de
um futuro melhor. Mas eu falo muito nessa questão, quer
vir, vem e seja bem vindo".
"Para pessoas que ficaram como eu tenho alunos aqui, de
40, 50 anos e que estão fora da escola a 20, 30 anos.
pessoas que chegaram a fazer só mesmo o primário e
muitas das pessoas até mal o primário fizeram e tão
tentando. Então é muito dificil assimilar muita coisa".
"Seria uma coisa mesmo mais parcelada, tipo terminar
um módulo e não falo assim, por matérias, mas por
volume mesmo. O primeiro volume de matemática
terminou, então uma avaliação, até mesmo via
superintendência mesmo, via o Sesi, que é o nosso caso,
que a gente presta nossa prova no Sesi, mas eu acho que
isso facilitaria muito, muito mesmo".
"É uma divergência mesmo. Uma prova de português
facilima (...) E uma prova de matemática mais puxada
então, assim, vamos colocar assim, um nível de cobrança
diferente. (...) "Então, eu acredito que haja um
0.25' 10"
Estrat de Ensino
(Flexibilidade)
0.25' 10"
Compromisso/
Relação OA/Aluno
Fila 1
Mo
Fita 1
\16
0.22.
18"
Compromisso
0 25'. 10"
Compromisso/
Relação OA/Aluno
Fita 1
M6
Fita 1
M6
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
0.30' 00"
Dificuldade Financ.
0.30'.00"
Compromisso
0.31'. 18"
Diversidade da
Clientela
0.32 20"
Dificuldade de
Aprender
0.34'.20"
Estrat. de Ensino
(Flexibilidade)
contrapeso, uma mais fácil, outra mais dificil, mas eu
acredito que por módulo, por volume e um nível, ou mais
dificil ou que não haja essa divergência, eu acredito que
ajudaria bastante".
"O Marcos conversou comigo, conversei também com o
Tião Meireles, o Prefeito, veio conversar comigo na
questão basicamente financeira, de por eu já ser uma
funcionária da prefeitura, mais fácil fazer uma prestação
de serviço à prefeitura".
"A minha posição como AO, foi essa de que tá aqui, eu
quis. gostei da idéia e tô ficando até hoje".
"Nós temos alunos de 17, 18 anos, uma faixa bem
variada, mas a preocupação, a característica comum,
trabalhadores, pais de família, mães de família. Pessoas
que estão vislumbrando mesmo uma vida melhor que está
vendo as dificuldades que estão aí fora Mas,
principalmente, trabalhadores que precisavam.
precisavam mesmo e se não correr o bicho vai pegar".
"Eu tenho alunos aqui que chegam a dormir em sala de
aula. Ás vezes um colega mais descansado vai mexer, vai
brincar, eu falo, não gente deixa, ele vai recuperar isso
depois. (...) um sacrifício muito grande, pessoas que vem
direto do trabalho (...) São pessoas que estão correndo
atrás por necessidade. Por sentir que a coisa está
apertando, está afunilando e se não correr atrás, eles vão
perder mesmo. Pessoas que basicamente, que trabalham
fora de Ewbanck, como eu falei, Domésticas, pedreiros,
auxiliar de pedreiros, de firma também. (...) Então, são
pessoas bastante sacrificadas, muito mesmo".
"Acho que (...) essa flexibilidade de freqüência mesmo
né, porque eu acho que no ensino regular eles cobram
75% de freqüência do aluno presencial. (...) para esse
pessoal, isso não funcionaria mesmo. E essa força como
que eu posso falar, incentivo deles mesmo, partindo deles
mesmos né, porque a gente falar é muito bonito que daqui
a um ano e meio você está tirando a 8ª série, uma coisa
que tem que estudar 4 anos. correndo o risco de ser
reprovado e daqui a uma ano e meio, você tira e vai
conseguir o ensino fundamental".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fila 1
M6
Fita
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
0 34' 20"
Força de Vontade
0.34\20"
Estrat de Ensino
(Flexibilidade)
0.36'. 00"
Auto Estima dos
Alunos
0.36'00"
Busca de
Informação
0.36'00"
Conscientização
(Mudança de
Postura)
"Mas se não tiver um incentivo deles, uma iniciativa
deles, não vai. Eu acredito que essa forma de mostrar que
tem que ser dele, da vontade dele, eu acho isso muito
gratificante dentro do Telecurso, mostrando para eles que
é da iniciativa deles mesmo, mostrando assim, se eu
estudar eu vou conseguir".
"Sem aquela cobrança de horário de chegar, seis horas
você tem que chegar aqui na escola, oito horas tem que
chegar, se você não vem, você vai ser reprovado. Então,
eu acho que por essa flexibilidade é muito válida, muito
proveitosa".
"Além da auto estima, que é um fator marcante na
maioria dos meus alunos (...) na maioria deles, a auto
estima, principalmente, das pessoas mais idosas, daqueles
que sentem satisfação de botar o caderno debaixo do
braço e sair para a escola".
"Pessoas que me contam, eu quase não preciso assistir
mais o jornal. Eles todo dia, há você assistiu o jornal
hoje, você assistiu o Fantástico, assistiu isso? Então é
aquela necessidade de estar presente, de estar ...
(caminhão) ... a necessidade mesmo de estar fazendo
parte mesmo, de estar assistindo a um jornal, de ter
opinião própria deles. Tem alunos, principalmente, donas
de casa, mães, que às vezes as professoras mandavam
cortar alguma coisa do jornal, tinham mães que falavam
assim: Eu não agüento isso, não agüento a professora
mandar ficar procurando em jornal e revista. Eu não
tenho tempo para isso. Hoje em dia, são elas sabe, que
estão querendo participar, prestar atenção e chegam para
contar, tipo assim, cada dia um quer falar o que assistiu.
Outras vezes, é aula de ciências ou de geografia, falam lá
na TchecoSlováquia, lá na Rússia e aquela necessidade de
falar, você assistiu o jornal ontem, falar daquela aula que
nós assistimos Estão mais presentes até mesmo rio
mundo lá fora, trazendo para cá, fazendo comparações".
"Eu brigo muito com eles, tem o rio que passa quase no
fundo da casa de todo mundo, o Paraibuna aqui, que é
onde todo mundo jogava o lixinho, aí um dia a gente
conversando que tinha uma enchente horrorosa, inclusive
na minha casa entrou água prá danar. E o pessoal
culpando o prefeito porque o rio estava cheio de capim.
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDENCIAS DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita I
M6
036' 00"
Uso do
Conhecimento
(Mudança)
0.39' 55"
Busca de
Informação
0.40'50"
Uso do Video
Facilidade
(Estrat de Ensino)
Fita 1 0.40.50"
M6 Uso de Outros
Materiais
Eu nunca soube que capim segura água. O que segura
água é lixo, é bananeira, é sofá. televisão, é tudo que
vocês jogam dentro do rio Há. não é por aí que o rio leva
tudo. É leva até onde ele consegue carregar. Então, hoje
em dia, Quando eles passam e vêem o lixo dentro do rio,
já dizem, já tem pessoal jogando lixo no rio".
"Tudo aquilo que a gente mostrou no vídeo estão
trazendo para a vida deles mesmos. Eu acho que isso é
uma mudança que. mesmo que não consigam completar o
ensino fundamental, que eles não vão muito além disso, é
o ensinamento de vida mesmo que é muito válido".
"Alguns assistem televisão, procuram (...) tem uma aluna.
é até a Afrânia, que pegou um livro desse tamanho, de
ensino fundamental e tudo que a gente dá aqui, ela fica
procurando no livro, aí chega e diz. Há eu vi isso em
determinado lugar. Tem alguns né, principalmente,
ligados a esporte que passaram a entender, vamos colocar
assim, há às vezes eu não entendi isso e aquilo e
passaram a ler e procurar mais, saber o porque das coisas.
porque tem mais facilidade para ler procuram mais.(...)
Eu acredito nessa coisa de trazer o que está muito longe
para perto deles".
"É interessante, é uma aula de geografia, tem uma aluna
que é a Rosimar, ela que um dia falou, eu detestava
geografia. Mas porque você usou no passado, detestava?
Há porque hoje eu gosto. O fato do vídeo, de estar vendo.
o que estão falando, tipo assim, há o solo lá da
conxinxina é seco é árido, o que é seco? Ela não
conseguia fazer uma comparação e com o vídeo, né, essa
facilidade de ver o que está falando, de ver o que está
estudando, ela hoje adora geografia".
"O uso de mapas, eu uso muito os mapas, muitas vezes a
gente estudava geografia, a professora dava lá, é não
quero questionar o trabalho de ninguém, mas coisa
tradicional mesmo, de pergunta e resposta, decoreba.
então, tipo assim: Celina, Maiami fica a onde? Então,
vamos lá para o mapa, vamos lá procurar. Então.
passaram a gostar com o apoio do vídeo, com o apoio dos
mapas, com esse acesso a esse material que não tinha.
Ajudou muito".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
Mu
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
0 42' 33"
Auto estima do
Aluno
0 42' 33"
Auto Estima
Relação em Família
0 42'.33"
Continuidade nos
Estudos
(Perspectiva de
Futuro)
0 45'. 12"
Auto Estima
(Melhoria na
Comunicação)
0 48'. 19"
Melhora da
Comunicação no
Trabalho
(Mudança)
"Principalmente, a auto estima e a possibilidade de esticar
o horizonte, de estender o horizonte (...) Tem uma aluna.
que ela quer se formar, tirar o 2
o
grau só para servir
cafezinho na Mercedes Benz e ela acha que só vai
conseguir se tirar o ensino médio".
"Então é assim, a pessoa diz (...) eu quero apenas
aprender melhor para quando meu filho me perguntar
alguma coisa, eu conseguir pelo menos entender o que ele
está perguntando".
"E essas mesmas pessoas não estão mais satisfeitas só
com o ensino fundamental. Elas querem o 2
o
e se
conseguirem o 2
o
vão querer o profissionalizante. Então é
assim, esse aumento, essa idéia de que pode ir além, e
porque não?".
"Numa das primeiras aulas de matemática, quando eu ia
perguntar eles baixavam a cabeça, sabe, fingiam que
estavam conversando com a pessoa do lado, aquele medo,
(...) Eram pessoas assim, que mal conversavam.
Conversavam com a gente assim, de cabeça baixa. Até
mesmo fora, que a gente sabe, de conversar de igual para
igual, de chegar numa Prefeitura, de chegar num médico.
Pessoas que tinham vergonha de perguntar. (...) As
pessoas esperavam todo mundo sair para perguntar
escondidinho, quando tinham coragem de perguntar. Hoje
em dia não. Perguntam no meio de todo mundo, fazem
perguntas que antes achavam que seria uma coisa muito
escabrosa e hoje, perguntam. Eu acredito até que essa
noção mesmo de comunicação, que antes não tinha,
realmente não tinha. A gente só conversava mesmo o
essencial".
"Até mesmo tem um fato engraçado, é no refeitório, ás
vezes ele tinha vergonha de chegar, ou trocar, ou falar
que não queria isso (...), e esse rapaz tinha dificuldades
assim, no refeitório de pedir ou pedir para trocar alguma
coisa, ficava inibido. E com o passar, eu acredito que não
seja tanto pelo curso em si, mas pela liberdade de
comunicação, de chegar e pedir não eu quero que troque
isso, eu não quero isso, ficava ás vezes acanhado, a
palavra certa era isso, acanhado e com o passar do tempo
se tornou mais aberto".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita 1 0.50'.40"
M6 Dificuldade para
Estudar
(Trabalho)
Fita 1 'O 54 44"
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Uso do
Conhecimento
0 56'.09"
Mudança de Postura
Fita 0.56'.09"
M6 Necessidade de
Capacitação
Profissional
0.56'.09"
Força de Vontade
Fita 1 0.56'09"
M6 Necessidade de
Capacitação
Profissional
"Nós temos alunos aqui na rede regular que não querem
estudar para trabalhar. Assim, tão assim, dificuldades
todo mundo tem. Mas, não, a gente pode fazer as duas
coisas junto, trabalhar e estudar".
"Tem uma mãe, a Vanderly. (...) essa coisa de recorte de
jornal, notícia de jornal. Então, ela tinha muita
dificuldade em saber que notícia ela podia recortar para a
filha dela. Aí, a gente conversando hoje, de vez enquanto
eu faço isso também. Quando tinha aula de português, de
montar um anúncio de jornal e coisa assim, e ficou muito
mais fácil. Ela fala que agora, ela sabe o que é anúncio, o
que é notícia, o que é propaganda. Facilitou muito para
ela. Facilitou muito para todo mundo, ajuda bastante".
"Depoimentos deles mesmo, palavras deles mesmos (...),
dessa necessidade de estar melhorando, porque se não
melhorarem, não procurarem ter uma iniciativa, vão ficar
para atrás".
"Não lembra eu comentei com você em Juiz de Fora.
tinha uma fila imensa. Ai, foram perguntar para que era a
fila no Hiperbretas. Eram pessoas que estavam com um
envelope com currículo, visando um salário mínimo para
estocador. Tudo isso, em procuro conversar com eles.
mostrar muito para eles que hoje em dia não é só ter
diploma".
"Mas não é só a necessidade do diploma, mas de
conhecimento e iniciativa, principalmente, iniciativa.
Pessoas que além de Ter o conhecimento ter iniciativa,
ter vontade de querer fazer. Eu converso muito com eles
tipo assim".
"Você vai procurar um emprego na Belgo, vamos colocar
assim, motorista né, tá lá, motorista. Na entrevista, eles
vão perguntar se você tem carteira, se você conhece de
mecânica A necessidade não de ser um profissional dessa
área, mas de você estar aberto a várias a outras atividades
que ti possam levar a tomar uma iniciativa e ter a
segurança e a garantia que isso vai dar certo".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
M6
0.56 09"
Continuidade nos
Estudos
(Perspectiva de
Futuro)
0.56' 09"
Busca de
Desenvolvimento
Local
(Mudança de
Postura)
Fita 1
M6
Fita 1
M6
1.09.22"
Senso Critico em
Relação a Midia
(Velocidade)
1 01' 40"
Força de Vontade
Fita 1 02' 05"
M6 Uso do
Conhecimento
(Mudança de
Postura)
"Eu converso muito com eles e eles também da parte
deles sentem muito essa necessidade de estar
melhorando, tanto que não estão satisfeitos só com o
ensino fundamental. Estão querendo o 2
o
grau, estão
querendo o profissionalizante"
"Estão querendo empresa aqui. Antes eles visavam muito
essa coisa de vou estudar para conseguir um bom
emprego em Juiz de Fora. Hoje não, vamos estudar e
cobrar que aqui em Ewbanck tenha uma empresa uma
forma que a gente possa conseguir montar uma Firma.
Então, é uma mudança, não? Eu acredito que seja e não,
aquela submissão de pegar esse BR ai, esse ônibus que é
cansativo né. É um urbano, pegar esse urbano, andar até
lá em cima, ir trabalhar, chegar cansado, pegar ali, voltar
a pé novamente. Então, estão querendo o que? Se a gente
conseguir essa melhoria, ótimo. Então vamos por uma
empresa para cá. Vamos formar profissionai suficiente,
prá gente tocar essa empresa aqui. Ajudar a empresa e até
mesmo em termos, eu procuro conversar com eles, em
termos de arrecadação de imposto. Se você vai trabalhar
em Juiz de Fora, você está levando o seu dinheiro queira
ou não para Juiz de Fora. Então, vamos trazer para cá".
"Há um tempo atrás, você levava aí meses para não falar
num outro termo, até uma informação correta de um
determinado assunto. Hoje em dia, é instantâneo".
"Eu faço a minha parte, o vídeo tá lá, televisão, o quadro,
os mapas, a vontade da gente de ensinar, vontade da
gente de explicar, está tudo lá, mas vai depender de cada
um aprender mais do que aquilo que quer aprender".
"Uma das últimas aulas que a gente assistiu falando da
África, da pobreza da África, é uma coisa que aconteceu
lá do outro lado do mundo, mas é uma coisa que está
acontecendo só lá? Hoje em dia, eles comparam muito,
eles trazem muito para a nossa região aqui perto da gente.
Lá eu já não posso fazer nada, mas eu posso fazer alguma
coisa aqui. Então, eu acho que há uma mudança para
melhor. Eu acredito, é opinião minha".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
104 '09
Uso do Video
(Facilidade)
1 04'.30"
Uso do Video
(Facilidade)
1 04.30"
Uso do Video
(Dificuldades)
1.06 30"
Uso do Video
(Facilidade)
1 06'30"
Uso de Outros
Materiais
(Estrat de Ensino)
1.06'.30"
Senso Crítico em
Relação a TV
1.11.00"
Metodologia do TC
(Dificuldade)
"Uma coisa visual, essa interação que ti dá esse direito de
parar na hora, né, passou alguma coisa você, alguém ti
perguntar alguma coisa, você parar e perguntar o que
você entendeu? Você não entendeu? Eu vi desse jeito e
você não viu? Eu acho que esse uso da tecnologia, que
está ai, a nosso favor, eu acho muito válido assim. É
muito útil mesmo".
"Auxilia bastante (...) algumas aulas de geografia até
mesmo de história, dispensam comentários, dispensam. É
tão completo que dispensa".
"Lógico há casos raros, exceções, como nós falamos, em
termos de matemática, por exemplo, nâo é que deixe a
desejar. E a matemática em si, que ti cobra uma área
diferente. Cobra uma postura diferente".
"Quando eu disse a mesma coisa é pela facilidade de se
manusear. Facilidade do uso, de ligar e desligar e
aproveitar tudo aquilo".
"Mesmo porque nas minhas aulas de história, dentro dos
conteúdos de história, eu procuro buscar muito programas
de televisão mesmo".
"Essa novela das oito aí, aquela da Guerra de Canudos
então, deveria ter essa informação contida mesmo dentro
dos programas que deixam muito a desejar, infelizmente.
deixam muito a desejar. Teriam, seria, acho que facilitaria
para todos educadores para a vida, para o ser humano
mesmo, que dentro de um programa de humor não fosse
só risada, tivesse uma risada, mas que fosse uma
pitadinha de consciência, uma cutucadinha, uma
alfinetadinha, sem contar os outros programas. O humor é
que a gente vê tanta coisa ruim que a gente procura ver
mais humor".
"Parte geralmente de situações do dia-a-dia e jogam aí
dentro um fato histórico, ou partindo desse fato para uma
exploração maior dentro de cada conteúdo. Geralmente,
todas as matérias são assim".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
1 13'.00"
Metodologia do TC
(Facilidade)
1.15'00"
Metodologia do TC
(Dificuldade)
1.15'.00"
Metodologia do TC
(Facilidade)
Fita 1.16 50"
M6 Uso do Video/
Dificuldade
1.16'. 50"
Uso do Video/
Dificuldade
1.19\30"
Uso do Video/
Dificuldade
"Mas de repente até pelo cotidiano que a gente leva,
porque se fosse uma coisa muito diferente, de repente até
dispersaria. Mas, como tem aquela trama, aquela situação
do incêndio, aquela situação do roubo. Então são coisas
que estão muito dentro da realidade, de novela, do dia-a-
dia e tudo e, que eu acho que ajuda bastante. Há uma
semelhança muito grande".
"Eu vou ti falar isso baseado nas aulas de história, quando
a coisa fica muito jornalística mesmo, assim de
informação dada, né. Eu estou ti jogando uma
informação, eu acho até que fica mais difícil perceber.
Então, quando é coisa jogada assim, comparando o que é
atual com o futuro, ou com o passado, eu acho que fica
mais fácil".
"E o que é a novela? São pessoas que se colocam nas
posições de más e de boas, e tudo. Tem pessoas que se
identificam com aquelas pessoas também. Então, eu
acredito que seja a questão do cotidiano, do dia-a-dia, de
estar se refletindo naquelas imagens".
"Eu não digo melhorar, ein questão de programas eu não
diria melhorar. Eu acho que só o vídeo em matemática,
eu acho que, é lógico em algumas aulas não tem o melhor
problema. Mas só o vídeo em matemática, às vezes
dificulta. Porque, eu acredito até que pela rapidez. Não
tem uma seqüência, não seria seqüência, não tem um
passo-a-passo. Não tem aquele passo-a-passo que a gente
vai fazendo com a pessoa, com o aluno e que ele vai
entendendo, no que você está fazendo".
"Passa lá no vídeo muito rapidamente. Eu acho que o
acompanhamento para quem já tem uma noção, OK?
Mas, para o pessoal aqui, que são pessoas que estão há
muito tempo fora da escola e, fora que, da matemática
todo mundo tem medo. Eu acredito que são rápidas
demais. A questão seria essa - muito rápido".
"Eu acredito que seja isso, não sei, eu estou ti falando
com o pessoal aqui, né. Mas essa, passa rapidinho, há é
assim. Então, eu acho que para uma pessoa estudar
sozinha, um auto-didata, eu acredito que não teria um
domínio maior. Ele teria mais dificuldade nisso aí".
DANÇO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
M6
1 19' 30"
Uso do Vídeo/
Dificuldade
(Estrat. de Ensino)
1 20'05"
Qualidade dos
Materiais
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1 1.20'.45"
M6 Uso de Outros
Materiais/
Qualidade dos
Materiais
Fita 1.25 30"
M6 Estrat de Ensino
(Flexibilidade)
.1 25 30"
Estratég de Ensino
do OA/
1.29' 17"
Estratégia de Ensino
do OA
"Então, a gente pega, detalha, passa o vídeo e detalha
depois, né. Muitas vezes não dá certo, aí a gente joga o
livro prá cima".
"Eu gostei muito do de geografia, eu gostei muito de
geografia, história também, português também. Eu só
vejo dificuldades em matemática. Eu acho que o material
é muito bom mesmo e até mesmo os livros. É bem
cauteloso. Eu gostei muito do material".
"É lógico que a gente procura muito mais coisas também.
A gente traz, se eu estiver lá embaixo, eu vou ti mostrar a
quantidade de livros de 5
a
a 8
a
série, que a gente vai
pegando para auxiliar. Principalmente, para me auxiliar
Extencil. mimeografar. pegar montar uma estorinha,
montar alguma coisa, mas o material em si eu usei muito
e eu acho muito, muito bom".
"Tem uma adaptação, uma atualização, vamos colocar
assim. E lógico, a gente segue aquela coisa, video, que
são 15 a 20 minutos de vídeo, a explicação da gente, o
horário das 8 principalmente, são pessoas que
dificilmente ficam aqui fazendo os exercícios. Não
prendo, porque a maioria, como eu falei, são pessoas que
vem direto, não vai jantar, vai ficar aqui até as 10 horas,
não vai fazer o exercício e, se fizer não vai ter proveito
nenhum. Então, vai para a casa, toma um banho,
descansa, fez, aprendeu? O que me interessa é isso. A
gente segue basicamente essa metodologia, vídeo,
explicação, tirar dúvidas, fazer algum tipo de exercício".
"A gente acaba sempre inventando. Um dia eu faço um
simulado, rodo algumas provinhas, procuro colocar num
nível acima. Me lembro que na primeira, muita gente quis
parar porque eu não ia conseguir e eu disse não, não é
assim. Eu estou colocando muita coisa assim, de
macetezinho, para chamar mais atenção, apurar mais a
atenção. Aí explico, isso foi feito por causa disso. Olha,
atenção nisso aqui. A gente procura ir trazendo alguma
coisa, assim, se não a gente não dá conta também".
"Eu acho que, olha só, eu estou pensando, só o vídeo,
mais a explicação, mais eu, mais eles, só, tipo assim,
aplicado em qualquer lugar pura e simplesmente, eu acho
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGENS: 01/02
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
Fita 1
M6
1.34'.30"
Conscientização
(Mudança de
Postura)
1.38
'40"
Senso Critico em
Relação a Educação
1.40'. 50"
Senso Crítico em
Relação a Educação
I.47.35"
Auto Estima do OA
que não vai funcionar não O que funciona sempre é
trazer o vídeo, mais a explicação para dentro de cada
realidade. Então, tipo assim, não adianta muito a aquela
aula bonita de ciências ou de matemática mesmo, se não
tiver uma aplicabilidade aqui, dentro do universo deles
Então, o que resolve, o que completa é tudo isso, aplicado
na realidade de cada um".
"Eu acredito que isso esteja mudando, principalmente,
por parte do povo. Uma consciência de que tem que
mudar, tem que aprender, tem que estudar. Mas foi meio
quase que perderam as rédeas aí. pelo índice de
analfabetismo ai é violento".
"É o que a gente estava falando do dia-a-dia, né. Se fizer
isso, essa abertura, não só para a tecnologia do vídeo, (...)
se a gente não correr atrás disso, se as escolas não
correrem atrás disso, ou você, ou as pessoas que
conseguem mesmo fazer mágicas, porque tem lugares aí
que você sabe que não tem nem energia elétrica, quanto
mais o resto. Mas aqueles que tem essa condição e não
aproveitar, eles vão ficar aquém e vão ficando como uma
escola chata. Aquela escola do menino sentado, do
professor lá na frente, se ela não modificar, vai ficar para
trás. E quem vai ser o maior prejudicado? São nossos
filhos, o nosso futuro".
"Se esse profissional (professor) ficou preso ao
caderninho de escrita comum e tudo, ou ele vai ser muito
bom, um excepcional profissional, vai se superar ou o
menino no ano que vem vai pedir para ir para a sala do
outro Eu quero estudar com fulano, não quero estudar
mais corn esse aqui não".
"Fiquei apavorada quando eu vi, quando eu cheguei que
eu vi aquela sala imensa, cheia, lotada, tremi, senti muito
medo. Mas hoje, um ano e quatro meses depois é muito
gratificante, muito gratificante, principalmente, ver essa
gente que estudou, que fez, né. Eu sempre fui uma boa
aluna, não tive nenhum problema de média porque meu
pai cobrava muito. Então, esse passar de ano, tirar a 8ª
série, não teve a importância que teve para essa senhora,
que tem para os outros. Essa é a gratificação maior. É
fazer diferença mesmo".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 03/04
Fita
Ml
Fita 2
M3
Fita 2
M3
Fita 2
M3
Fita 2
Ml
0 08'.40"
Continuidade nos
Estudos
(Perspectiva de
Futuro)
0.09' 45"
Valor do Estudo
(Conscientização)
0 09'45"
Gosto p/ Estudos
0.10'.28"
Continuidade nos
Estudos
Perspectiva de
Futuro)
Fita 2 0.13'.50"
M1 Força de Vontade
0.13'. 50"
Exemplo Externo
"Eu pensei assim, saber mais alguma coisa, nunca é
demais aprender mais um pouco. Mas, depois que
começa a fazer o TC a sua visão é outra. Você já está
pensando num 2
o
Grau, uma faculdade. (...) A gente
começa com uma idéia depois, já parte para querer mais
alguma coisa, alcançar um objetivo que até hoje a gente
não tinha pensado".
"Tem gente que acha que a gente está pronta, não precisa
mais nada, não precisa de estudar. Só que a gente vê que
as coisas não são assim, porque, para tudo hoje precisa de
estudo. Você precisa nem que seja o 1
o
Grau ou o 2
o
Grau, o máximo que você conseguir, senão você não
consegue nada".
"É para min foi ótimo, porque eu só via televisão, né.
Para min foi ótimo, eu adoro vir estudar. Sem contar os
problemas de casa. Aí vem para cá e esquece tudo".
"Há, eu pretendo, se Deus quiser e se eu não tomar mais
bombas, aí, eu pretendo fazer o 2° grau, fazer cursos (...)
Eu penso em continuar, não penso em parar".
"Não, não é impossível. Basta a gente querer. Basta
querer que consegue. Eu sou muito determinada, como eu
ti falei, tem um tempo assim, está casada, criando os
filhos e se acomoda. Mas, se eu pensei, vou agora, vou
estudar, estou determinada, eu não paro. E como a Celina
falou, eu estou um pouco fugida da escola, mas eu não
parou eu não desisto. Há, mais agora tem o inglês. Não
tem importância, porque agora também eu não vou
desistir, né. Então, eu acho assim, eu estou determinada,
se eu tiver oportunidade".
"Minha filha estudava em Juiz de Fora e na formatura
tinha um senhor de uns 60 anos, se formando também,
em pedagogia como ela. Então, era aquela turma de
jovens e ele lá. Eu achei bonito. Então, eu acho que é um
exemplo que a gente deve seguir. Porque se eu posso,
porque um jovem não pode? Eu tenho esperança, a gente
vai conseguir sim".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 03/04
Fita 2
M2
Fita 2
M7
Fita 2
M7
Fita 2
M2
0 15' .45"
Necessidade de
Capacitação
Profissionai
(Valor do Estudo)
0.17.10"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
(Valor do Estudo)
0.17.10"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
(Valor do Estudo)
0.20'
.40"
Auto Estima
"Se não estudar fica dificil de você conseguir emprego.
Porque, hoje em dia, até para você trabalhar de faxineiro.
você tem que ter um pouco de estudos. Servir um
cafezinho assim, em algum lugar, você tem que tem um
pouco de estudos. A pessoa tem que saber ler. conversar
com uma autoridade maior, eu acho que tem estudar, tem
que ser alguém na vida, né Até para varrer rua aí, ser
gari, tem que estudar, porque, senão, não consegue.
Antigamente, não, era mais fácil. A pessoa que é
analfabeto de tudo, não sabe ler, não saber escrever, não
sabe nem conversar, como é que ele vai conseguir
emprego? Não consegue. Então, eu acho que essa
oportunidade do TC".
"Um ex-aluno meu (...) falou para minha mãe que o
maior arrependimento dele foi não ter estudado, porque
ele trabalhava numa firma e ele poderia estar lá
trabalhando como apontador e ele não está nesse cargo
porque não tem estudo. Ele não sabe ler. não sabe
escrever corretamente, ele não teve oportunidade, Ele
poderia estar numa situação melhor, ganhando melhor e
que ele perdeu essa oportunidade porque ele não
estudou".
"A pessoa, às vezes, tem a oportunidade de arranjar um
serviço melhor e a pessoa não arranja, porque não tem
estudo. Principalmente, porque o governo está investindo
tanto na educação, as firmas estão ajudando, então, se
eles estão ajudando, eles não vão dar oportunidade para
pessoas que não tem estudos. É claro que eles vão cobrar
o que eles estão dando para o povo. Eles vão cobrar esse
retorno e cobrando através de que, através do diploma,
não empregando pessoas que não tem o diploma de 8
série, de 2 grau. Então, eles estão exigindo justamente
por causa do que eles dão para o povo".
"Mudou sim, muitas vezes, assim, algumas coisas eu não
sabia nem falar direito, né. Ai, falava errado. Agora não,
eu já falo corretamente. Uma coisa assim, que eu não
sabia, que eu vejo, assim no TC, eu chego em casa toda
feliz, falo para minhas filhas, porque eu tenho uma de 15
e uma de 16. Aí, eu falo, puxa, hoje, eu aprendi isso e eu
não sabia. Tem coisas que eles também não sabiam e eles
ficam radiantes porque, puxa mãe é assim? A minha mãe
agora está toda metida porque ela aprendeu isso".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 03/04
Fita 2
M2
Fita 2
M2
Fita 2
M5
Fita 2
M4
Fita 2
M4
Fita 2
M2
Fita 2
M3
0 20' 40"
Melhora da
Comunicação na
Familia
(Mudança de
Postura)
022'.00"
Melhora da
Comunicação na
Familia
(Mudança na
Família)
0.22'.52"
Valor do Estudo
023'.30"
Melhoria da
Comunicação na
Familia
0.24"50"
Continuidade nos
Estudos
0.25'.50"
Metodologia do TC
(Facilidade)
0.26'20"
Metodologia do TC
(Facilidade)
"É mudou muito sabe. Até a maneira de tratar assim as
crianças em casa sabe? A gente aprende a conversar
direito. Às vezes, é assim, um pouco grossa, não, tenho
que mudar, agora eu estou estudando, não é assim.
Mudou, pra mim mudou muito".
"Sempre muda. A pessoa está estudando e vai
aprendendo, vai melhorando. Quando você está
estudando a sua tendência é ir para frente ... E meu
marido também estuda, faz TC já está no 2 grau, só que
ele estuda em Santos Dumont, porque a firma pediu ... a
gente sempre conversa sobre as aulas porque ele está no
2, se eu tiver alguma dúvida ligo pra ele, para me ajudar
a fazer os exercícios de matemática. Me chama de
burrinha, mas acontece. Mas mudou bastante coisa".
"Acho que cada vez vai mudando mais. Cada vez vai se
aperfeiçoando mais o conhecimento (...) Muda porque a
gente comenta sempre alguma coisa nova que a gente
aprende, alguma coisa nova que a gente não sabia".
"Às vezes, alguma coisa que eu não sabia e agora eu sei
com minha mãe, com meu irmão. Minha mãe estuda
comigo também. Aí, às vezes, eu estou com dúvidas e
eles me explicam ou eu explico pra eles ... Às vezes, ele
entende mais que eu, aí, ele me explica , aí, eu explico
pra ele. Quando eu entendo mais que ele, eu explico pra
ele, alguma matéria que eu tenho mais facilidade".
"Eu quero continuar estudando e também fazer uma
faculdade. Fazer engenharia, se Deus quiser".
"Eu acho bom, porque você aprende duas vezes. Aprende
vendo na televisão e depois ela vai explicando tudo de
novo com mais calma. Porque na TV é rapidinho né, 15
minutos, às vezes, a gente perde alguma coisa, um aluno
fala alguma coisa, a gente olha para atrás e perde
também. Aí, esquece o vídeo, aí, ela vem e explica tudo
de novo, Eu acho muito bom".
"Ajuda bastante, porque você vê o vídeo, aí, a dúvida que
você tiver, você pergunta para ela (professora) e ela
explica pra gente, é bem melhor".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 03/04
Fita 2
Ml
0 26' 56"
Uso do Video
(Facilidade)
Fita 2
Ml
Fita 2
M4
0.26 56"
Metodologia do TC
(Facilidade)
0.27.50"
Valor do AO
Fita 2
Ml
Fita 2
M3
Fita 2
Ml
0 28'. 10"
Uso do Video
(Dificuldade)
0.30'00"
Valor do Estudo
0 31'05"
Valor do Estudo
(Desenvolvimento
Local)
"Eu acho muito mais importante porque só ler o livro,
quer dizer, tem matéria que você tem que ler o livro
mesmo e acaba tendo que saber sozinha. Mas, em outras
matérias é importante o vídeo, é muito importante. O jeito
das pessoas falarem ali, aquele diálogo deles chama a
atenção e você acaba aprendendo melhor".
"Já leu o livro, viu o vídeo e depois as dúvidas a Celina
tira pra gente e enquanto tiver uma dúvida ela tá ali.
Então, acho que só o livro não. E importante o vídeo e é
importante também o professor para tirar as dúvidas".
"A gente não entende nada, parece grego. Só depois que a
Celina vai explicar é que a gente entende. Aí, quando a
gente acha que é dificil e quando a gente aprende a gente
vê que é fácil".
"O vídeo na matemática não dá para pegar muita coisa
não. Vai no livro mesmo e na professora".
"Eu acho que é incentivar outras pessoas para estudar
também (...) de mostrar o que a gente está aprendendo
para eles e ver que é uma boa estudar".
"Mesmo corn pouco estudo mas eu sempre estou na
Prefeitura, é saúde, é na educação, sempre dando a minha
pouca ajuda que eu posso. Mas agora, estudando, acho
que essa ajuda pode ser maior de lutar também pelos
direitos da cidade, correr atrás né, tentar melhorar alguma
coisa. Então, com o estudo a gente tem mais facilidade
disso, né".
Fita 2 0 32'. 15"
M6 Dificuldade
Desenvolvimneto
Local
"Aqui dentro de Ewbanck houve um período, vamos
colocar assim, um período de ouro. Fábricas, várias
fábricas de queijos, chapéu, charuto, tamanco. Então, era
um pólo comercial e depois isso foi dissipando,
acabando, foram buscando outros caminhos e Ewbanck
virou uma cidade dormitório. Costumo falar, aqui é uma
cidade dormitório. Tirando a Prefeitura, escolas que hoje
a maioria está com a Prefeitura e comércio e mercado.
bar, a gente não tem mais praticamente renda nenhuma".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 03/04
Fita 2
M2
Fita 2
Ml
Fita 2
M2
Fita 2
M1
035'42"
Senso Critico em
Relação a TV
0.37.35"
Senso Critico em
Relação a TV
0.38'.00"
Senso Crítico em
Relação a TV
0 38'.50"
Senso Critico em
Relação a TV
"Eu não acho muito boa não. Eu acho que a televisão
hoje, é, tem muitas cenas de sexo, no horário impróprio.
Não tem mais censura, é tudo liberado, aí, nossos filhos
ficam vendo televisão. Aí, aprende alguma coisa errada,
está vendo aquilo na televisão e acha que pode fazer isso.
Os próprios desenhos mesmo, hoje em dia é só violência.
violência. Eu acho que a televisão não está boa não. Eu
acho que a censura poderia voltar. Eu acho que com essas
novelas está havendo muita separação assim, sabe. do
casal Eu me lembro que antigamente, a novela dás 6 e
dás 7 não podia ter separação, sabe? Você assistia a
novela e o casal não se separava. Só na novela das 8.
Hoje, naquela Malhação, que é uma novela mais cedo, é
uma pouca vergonha. E só sexo, menina de 14 anos
engravidando, outra querendo mandar tirar o neném Eu
acho que está tudo errado. Isso, acho que deveria ter uma
mudança porque a gente ensina para os nossos filhos de
um jeito e eles vêem na televisão e, aí, puxa mãe. é
assim? A senhora falou que não é assim, que não pode.
mas como na televisão pode? Vai você querer colocar na
cabeça deles do seu jeito, como você aprendeu, porque eu
já sou mais antiga né, aprendi de outro jeito. Hoje em dia.
está essa pouca vergonha, falando prá usar a camisinha,
eu acho isso aí tudo errado".
"Eu concordo com a Lídia, acho também alguns
programas bons. mas a maioria não é nessa faixa mesmo.
Então, se você quiser ensinar a seus filhos hoje em dia.
está dificil porque a televisão está mostrando tudo ao
contrário".
"Eu gosto muito do Globo Repórter, sabe. Eu gosto muito
da Ana Maria, gosto muito do Vídeo Show também, mas
das novelas eu não gosto não. Só gosto do SBT. Eu acho
as novelas da Globo muito indecentes. O SBT já é mais
devagar, tem também, mas é mais devagar. Eu sinto
muito pelo Roberto Marinho".
"Eu acho que é uma emissora poderosa mesmo, né. A
gente pode dizer poderosa mesmo. Tem programas muito
bons, muito bem feitos. Acabou de passar até A Muralha,
espetacular, muito bem feita, mas aí, tem também aqueles
programas que eu acho que por ser a Globo, tem
condições de apresentar um programa de nível melhor
(...) Eu acho assim, a televisão em si, não é a Globo, né,
separou muito a família, dividiu. Antigamente, os pais
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 03/04
Fita 2 0.40'43
M2 Senso Critico em
Relação a TV
Fita 2
M4
Fita 2 0.41 20"
M7 Senso Crítico em
Relação a TV
0.43 23"
Uso da Ficção
(Estratégia de
Ensino)
Fita 2 0.44 23"
M1 Senso Crítico em
Relação a TV
ficavam vendo as crianças na rua brincando e não se vê
mais isso. E só televisão o dia inteiro. Faz até mal. A
criança fica ali o dia inteiro, não tem mais distração.
Marido e mulher não conversam mais, nem corn os filhos
Quer dizer, tirou muito isso da família, eu acho. Mas que
pelo menos tivesse programas assim, como o Globo
Repórter, que é um programa instrutivo".
"Poderia ao invés de estar passando estas cenas de sexo,
de separação, eles poderiam estar passando coisas que
educassem, edificassem. Poderia passar prá gente que
está vendo que é errado a pessoa casar por casar, que é
errado a pessoa fazer coisa errada sempre. Que o
adolescente tem que ter respeito, não ser violento. Eu
acho que seria assim o caso".
"Quando aparece uma boa notícia na televisão, ela é
passada de uma vez, com um tempo mínimo. Então,
passa aquilo rápidinho, uma vez só e não passa mais.
Quando acontece uma coisa ruim, aquilo fica em cena a
semana inteira. Então, aquele cara lá. que entrou no
shopping e matou não sei quantas pessoas, aquele cara
virou um Deus, ele foi endeusado. Ele ficou o tempo
todo, uma semana inteira sendo notícia. Então, aquilo que
ele fez, prá mim, dá uma impressão de que ele fez não foi
ruim, que foi uma coisa boa porque ele se tornou um
Deus. O tempo todo ele era notícia. E quando as coisas
são boas, que passam coisas boas na televisão, boas
notícias, eles passam aquilo num tempo tão rápidinho,
acabou ali, não passa mais, não fala mais naquele
assunto".
"O Telecurso parece uma novela mas é educativa. Tudo
que a gente aprende ali é bom. A gente vai precisar
aprender aquilo, agora a novela não".
"Eu acho que seguindo o exemplo do Telecurso, que é
uma novelinha né, que educa, então, porque a televisão
não pode fazer uma novela que eduque. Não precisa ser
igualzinha ao Telecurso, seguir o mesmo né, do
Telecurso não, mas podia ter alguma coisa do país, as
belezas, mostrar uma família como deve ser, quer dizer,
mostra tudo ao contrário, então, tem de mostrar
educando".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: (U/04
Fita .
M7
Fita 2
Ml
Fita 2
M6
0
45'
.00"
Senso Crítico em
Relação a TV
046'.00"
Senso Critico em
Relação a TV
Fita 2 0.46'.33"
M6 Senso Critico em
Relação a TV
0.46'.33"
Senso Crítico em
Relação a TV
"Mas vocês acham que se a novela fosse desse jeito ia ter
audiência? Porque o Programa do Gugú, que é um
programa tão bom, tem aquela coisa nojenta que chama
"Banheira do Gugú", aquela coisa insuportável,
horrorosa, me parece prá estragar o programa. Tem tanta
coisa boa no programa e tem aquela coisa de Banheira do
Gugú, que é uma coisa de péssimo gosto, uma coisa de
baixo nivel Eu não gosto. Então, porque o Gugú põe
aquilo? É por causa da audiência? Então, se passar uma
coisa dessa vai ter audiência?".
"Você não está fazendo nada, não tem nada para fazer.
Você senta e vê, não tem outra escolha. Dia de domingo é
dificil. Domingo não tem nada. E Gugú, é Faustão, aquele
tal de Gilberto Braga sei lá. são tudo parecido os
programas, é tudo igual".
"Eu acredito que é uma questão de cultura. Com o passar
do tempo é ruim mas, aí, dá Ibope, aí o outro vai tentar
acompanhar e vai só piorando. É tudo uma questão de
cultura. Se de repente começasse a incutir essa forma de
educação, essa forma de proveito desse espaço. A gente
liga a televisão e está com o mundo na nossa casa. Então.
através da televisão, daquela telinha, a gente tem coisas
boas e coisas ruins, É como eu tô ti falando é questão de
cultura porque está ali. Esse programa vem e dá Ibope aí,
o outro vem e dá Ibope também".
"Eu acho que é uma questão de cultura mesmo ou de falta
de cultura. Não de cultura que precisa ser resgatada,
vamos colocar assim, o programa A Muralha foi um
programa ótimo, o que ele trouxe para a gente? Um
pouco da nossa história e muita gente seguiu. Era um
programa pesado, tarde, foi passado num horário bem
tarde, tinha cenas de violência, de injustiça, de
discriminação, de cativeiro, de tudo isso. Mas não é que a
gente passou por isso? Mostrou uma realidade e a gente
precisa conhecer. Então, eu acho que tem que existir essa
procura, resgatar esse espaço que a gente está perdendo
para as novelas ruins, para os programas indecentes, mas
uma coisa que está em tempo de ser resgatada".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 03/04
Fiia 2
M6
0 46 33"
Senso Crítico em
Relação a TV
Fita 2 0.50 30"
M7 Senso Critico em
Relação a TV
Fita 2 0.50'.30"
M7 Senso Critico em
Relação a TV
Fita:
M6
Fita 2
M7
0.51'.57"
Percepção em
Relação a Recepção
0.53'.00"
Percepção em
Relação a Recepção
Fita 2
Ml
0.53 10
Percepção em
Relação a Recepção
"O TC é passado na televisão, às 6 horas da manhã,
justamente a questão do horário. No horário nobre de 8
horas vai passar o Pita, a mulher do Pita, vai passar o
assassino e tudo e o TC passa às 7 horas da manhã
Então, quem não está dormindo está saindo para o
trabalho. Então, eu acho que é uma questão de
reestruturação. Agora, quem vai reestruturar, a quem
procurar, já é o outro lado da moeda".
(Programa do Gugú) "Ele tem partes bastante
interessantes. O programa, eu gosto de assistir, tem coisas
boas no programa sim, mas tem a parte ruim, que ele faz
prá ter audiência Tem as partes ruins mas, tem muita
coisa boa que dá prá aproveitar".
"Ele estava fazendo um sorteio para ajudar entidades.
Então, quer dizer, ele está fazendo um trabalho bom.
Mostrando as pessoas que precisam, mostrando que está
ajudando as crianças carentes. Então, é um trabalho bom,
tem as coisas boas. não é o tempo todo ruim. Mas, o
dificil é as pessoas saberem separar isso, né".
"Agora, quanto a mudar, acho que vai depender muito da
clientela mesmo. Acho que se tiver assim, o Ibope cair,
vamos colocar assim, vai ter que mudar".
"Ele vai ver o que é interessante e o que é melhor para a
vida dele porque, ele está vendo o que não vale a pena e,
ele, não vai querer assistir aquilo mais. Então, aí, o Ibope,
vai cair os pontos no Ibope e eles vão ser obrigados a
mudar a programação".
"Quando o Brasil tiver uma cultura, né, todos tiver o
primeiro grau pelo menos. Quer dizer, um país com mais
cultura não vai querer ver aquele tipo de programa. Se
não vai ver, eles vão mudar. Porque, eles não vão mudar
enquanto o povo não exigir essa mudança. O Roberto
Marinho é um homem culto, então fica essa briga entre
eles, eles vão brigar, mas não é que vamos mudar.
porque, quando a gente estiver com (... ruído...), nós
consegue mudar esse programa. O povo não vai ligar
naquele programa Eles vão ser obrigados a fazer um
outro tipo de programa".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 03/04
Fita 2
Ml
Fita 2
M3
Fita 2
M3
Fita 2
M2
Fita 2
M7
Fita 2
M2
Fita 2
M2
0.53'10"
Percepção em
Relação a Recepção
0.5
5.
02"
Senso Critico em
Relação a Recepção
0.55 45"
Senso Critico em
Relação a TV
0.55'.54"
Senso Critico em
Relação a TV
057'.40"
Valor do Estudo
0.58'.17"
Senso Crítico em
Relação a Política
02'30"
Auto Estima
"Quer dizer, o dia em que o país mudar, estivar assim, vai
mudar os programas de televisão, porque nós não vamos
ver e vai mudar. Mas, enquanto a gente está lá vendo isso
tudo, nós estamos falando mal, eles vão continuar
passando, ganhando Ibope".
"A gente sabe quando é mentira, sabe. A gente sabe
quando é mentira, quando eles ficam fazendo
sensacionalismo não é? Só que não é bom assim, eles
ficam enfeitando quando vai ver descobre que não era
bem daquele jeito".
"Eu não, há não acredito em muita coisa que passa. Eu
não acredito não (...) (Jornal Nacional) Há eu acho que
eles enfeitam muito as notícias. As vezes, uma notícia
desse tamanho eles, colocam desse tamanho".
"Ás vezes, acontece um acidente, ai, morreu assim, 20
pessoas. Eles falam, que foi 30. 35. Ai, você vai ler o
Jornal que não foi aquele tanto".
"É claro, quanto mais conhecimento a gente vai tendo,
mais você vai vendo aquilo que está falando lá. Se é
verdade, se é exagerado. Prá isso é que tem que ter
conhecimento, porque se não, o que falar, você vai
acreditar também. Então, a gente estudando, a gente vai
mudando a cabeça né, o conhecimento é outro".
"Aqui mesmo a gente tem uma coisa verídica. O Sr.
Bejani (Deputado Federal) que ia trazer o BR-040
(ônibus) aqui dentro de Ewbanck da Câmara .... eu é que
não tenho oportunidade de falar com esse Sr. Bejani, ô Sr.
Bejani é ou não é homem de palavra? Não honra as calças
que veste, promete e não cumpre e com isso, o povo bobo
acreditou porque precisa, depende aí, desse BR - 040.
Votou nele, pôs ele lá em cima, e cadê que ele veio aqui
em Ewbanck?".
"A gente tem que saber sim, porque antes de voltar a
estudar, eu tinha até medo de perguntar, vergonha de
perguntar as coisas para as pessoas. Agora, não tenho
mais não (...) Agora, eu vou na maior cara-de-pau, não
quero nem saber".
FIM
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
DECUPAGEM: 05/06 EVIDENCIAS
Fita 3
Fita 3
H4
Fita 3
Hl
Fita 3
Hl
Fita 3
Hl
Fita 3
Hl
Fita 3
H3
Fita 3
H3
Fita 3
Hl
0 02'.30"
Aprender p/ TC
0 02'.50"
Necessidade de
Capacitação
Profissionai
(Valor do Estudo)
0 03'10"
Valor do Estudo
0 03'. 10"
Valor do OA
003'
.50"
Valor do Estudo
0.03'.50"
Oportunidade
0.04\50"
Metodologia do TC
(Facilidade)
0.05'.29"
Metodologia do TC
(Dificuldade)
006'.22"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
(Valor do Estudo)
"É, pelo Telecurso, a gente está aprendendo novas
matérias. Coisa que há muito tempo nós paramos de
estudar. Eu, por exemplo, agora estou aprendendo
bastante coisas, coisas novas que eu não aprendi
antigamente".
"Prá mim é uma realidade porque, por exemplo, hoje em
dia. sem estudo a gente não consegue nada. É dificil
conseguir emprego. Eles estão exigindo".
"Estudar é sempre bom porque a gente vai aprendendo
assim, novas matérias, novas maneiras de conviver, até
mesmo com os colegas em sala de aula".
"E também pelo jeito da professora ensinar prá gente. São
muitas coisas diferentes que anteriormente a gente não
tinha aprendido, estamos aprendendo agora, no presente".
"O TC, praticamente está me mostrando um outro
caminho Antigamente, a gente não pode levar (estudar)
por certas dificuldades financeiras, até mesmo em casa".
"Agora, hoje, praticamente, aí, eu vou levar essa telessala
aí, que está dando mais oportunidade para as pessoas que
não puderam estudar anteriormente e está tendo agora".
"Eu não gostava de português, agora com o Tc é melhor.
Eu acho que o português do TC é mais fácil do que o
normal, que a gente estudava na escola".
"Só a matemática. Eu acho que matemática tinha que ser
só do dia-a-dia, não ter essas coisas difícil. Tem coisa que
a gente nunca ouviu falar e tem que fazer, é dificil prá
gente pegar assim. A gente está muito tempo parado".
"Eu vejo com muita dificuldade, até mesmo por
preconceito, que chegam muitas pessoas que precisam
trabalhar e quando chegam na empresa assim, pedindo
um emprego, totalmente ele não é empregado por falta de
grau, de um nível escolar".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM:05/06
Fita 3
H1
Fita 3
H4
Fita 3
Hl
Fita 3
Hl
Fita 3
H3
Fita 3
H3
0.06'.22"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
(Valor do Estudo)
0.07.41"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
(Valor dos Estudo)
0.08'27"
Dificuldade Financ.
0.08'.27"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
(Valor do Estudo)
0.13'.31"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
(Valor do Estudo)
0.13 31"
Valor do Estudo
(Conscientização)
Fita 3 0.19'.30"
H4 Melhora da
Comunicação
"Ás vezes, aquele que está lá tem grau de escolaridade
mas. não tem a prática que o que está aqui fora tem. É por
isso, que tem muitas pessoas desempregadas e esse tipo
de preconceito. Eu acho que deveria acabar. Então, é por
isso que muita gente se preocupa e voltam para sala de
aula".
"Porque, sem o estudo a gente não consegue nada. Igual
eu falei, várias empresas exigem o grau de estudo".
"Porque, quando eu era mais jovem um pouquinho, o
meu pai me tirou da sala de aula para poder ajudar a
manter a casa. Ao todo somos 5 irmãos então, onde ele
trabalhava sozinho pra sustentar a casa e achou um
pouquinho de dificuldade e falou: Meu filho, hoje,
infelizmente, você vai ter que sair da aula. Nós
roçávamos pasto, eu não tenho vergonha de falar, porque
isso é uma realidade. Então, eu falei pai essa vida tem que
mudar. O jeito é enfrentar isso aqui. Era marimbondo
mordendo, era aquela coisa, sabe. Depois, eu falei, eu
tirei a 6
a
série do 1
o
grau. Então, na época, você fazia o
curso para vigilância, então, eu tentei, fiz, estudei direto,
onde foi que eu consegui dar um passo mais à frente e até
mesmo ajudar meus pais que hoje estão precisando".
"Agora, eu voltei a sala de aula para tentar levar mais à
frente, porque o próprio Major, que é meu superior, pediu
que eu tirasse o 1
o
grau, o 2
o
grau, para ver se me encaixa
na PM. Eu tô aí. Estou tentando com dificuldade mas.
vou tentar".
"Fui falar com a mulher, lá e ela disse que tinha que ter
pelo menos o 1
o
grau completo e estar pelo menos
cursando o 2
o
grau. Porque, não aceitam mais ninguém
com menos escolaridade".
"Já é uma necessidade da gente estudar e isso foi o que
me levou a voltar a estudar (...) eu preferi fazer aqui".
"Melhorou sim. Principalmente, em português. Eu era
uma pessoa de comunicar pouco e agora, estou me
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 05/06
Fita 3
H4
Fita
Hl
Fita 3
H2
Fita 3
H2
Fita 3
H2
Fita 3 0.19'.36"
Melhorou a
Comunicação
0.20'06"
Valor do Estudo
0 20'.26"
Valor do Estudo
(Conscientização)
0.21'.44"
Auto Estima
0.21'.44"
Necessidade de
Capacitação
Profissionai
(Valor do Estudo)
0.21'.44"
Força de Vontade
comunicando mais com as pessoas, porque eu sempre fui
assim, meio fechado, meio fechadão. Agora, estou me
comunicando mais".
"Eu também, quando eu ai conversar com uma pessoa
(...) principalmente, uma pessoa mais estudada que a
gente, com medo de falar as palavras, os verbos. Igual a
gente fala: Tem um mucado de coisa para eu fazer, mas a
palavra correta não é essa, é bocado, né. Então, certas
coisas, são pequenas palavras como essa que a gente vai
aprendendo como se pronuncia ela corretamente".
"Eu. por exemplo, fui criado na roça. Eu vim para o
centro, hoje moro no centro e através disso, eu tô me
evoluindo e através dos estudos também".
"Até mesmo de chegar numa empresa assim, para como
se diz assim, você conversa com um psicólogo, ser
entrevistado. Até o meio da gente conversar com ela, ela
percebe isso também. Então, a gente tem que procurar
aprender mais como se pronuncia, prestar mais atenção
naquilo que vai ser falado, porque, às vezes, se você falar
errado você coloca tudo a perder. A gente presta atenção
na aula de português que é para se dirigir as palavras as
pessoas, aos colegas, né, tem que prestar atenção no que
vai dizer".
"A gente tem mais facilidade da falar com uma
autoridade assim, de conversar com um doutor. A gente
já sabe como tratar as pessoas, é bem melhor".
"Até para chegar para você mandar um currículo para
uma firma. Eles vão ver seu grau de estudo, você só tem
o primário, infelizmente, agora não há chance mesmo e
vão falar: Infelizmente, está fechada as portas para você
porque seu grau de estudo é baixo. Quer dizer, quando a
gente chegar a falar, a gente está cursando já o Telecurso.
a visão deles é bem melhor em relação a gente, que a
gente está correndo atrás, batalhando, prá cada dia
melhorar, é só assim mesmo que vai"
"Mesmo com a idade que já tem, mas a gente não desistiu
porque, enquanto há vida há esperança e só assim, a gente
consegue".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 05/06
Fita 3
H3
Fita 3
Hl
Fita 3
H2
Fita 3
H2
Fita 3
Hl
0.23'.00"
Auto Estima
0.23'.44"
Valor do Estudo
0 25'.05"
Melhora da
Comunicação na
Familia
0.25.40"
Melhora da
Comunicação na
Família
0.26'.50"
Auto Estima
"Eu trabalho com pessoas mais estudadas que eu. Então,
eu sirvo comida para eles. Então, a gente ficava com um
pouco de vergonha de sentar na mesa com eles. De
repente, surge um assunto que a gente não conhece.
Então, agora a gente estudando, a gente tem condições de
sentar e debater junto com eles aquele assunto. ...
(intervenção) Voltar a estudar abriu a mente prá gente
voltar a discutir".
"Onde eu comecei a trabalhar foi na CJF na época. Aí, eu
chegava lá no restaurante para almoçar, então, sentado
todo aquele pessoal qualificado ali, conversa vai.
conversa vem, eu ali, mudo né, sem nada saber como
conversar. Até mesmo pela intimidade que eu não tinha.
Eu virei e falei assim, eu acho que estou falando alguma
coisa que vai agradar e de repente eu falo alguma coisa
errada aqui, eu acabo me prejudicando. Estudando, vai
conhecendo mais palavras, as pessoas e vai perdendo o
medo de se comunicar. E isso aí".
"Melhorou .... minha relação com a família toda em casa
assim, ás vezes, eu tratava de uma maneira mais
agressiva. Agora, através dos estudos melhorou até a
maneira de tratar as pessoas".
"A minha filha por exemplo, ela está fazendo a 8
a
série.
Tem muitas coisas, às vezes, que eu preciso da ajuda
dela. Às vezes, ela aprendeu de uma maneira, eu aprendi
de outra. Aí, a gente vai assim, fica mais fácil de
aprender. Da maneira dela e da minha, a gente pega. Mas
o menino, aí eu já tenho que ensinar para ele Porque
antes, eles sabiam que eu só tinha o primário. Até para
conversar, né, ficava difícil. Agora não, o diálogo é
sempre mais aberto. O que ela passa prá mim, o que eu
não sei e eu passo prá ela o que eu sei, é mais fácil".
"Quando se tem que lidar com o público como é o meu
caso que todo final de semana sai aí para fora para fazer
show, um pagodinho daqui prá lá. Então, a gente tem
vários tipos música. Então, as pessoas que estão ouvindo
e que entende mesmo, essas pessoas chegam perto de
mim e falam assim: Você levou sertanejo no pagode e seu
português estava correto. Porque, não é só cantar ali não,
você tem que saber pronunciar a palavra, porque sai tudo
errado. Realmente, foi um show que a gente fez aqui em
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 05/06
Fita 3
H1
Fita 3
H4
Fita 3
H2
Fita 3
H4
Fita 3
H1
Fita 3
H2
Fita 3
Hl
0.26'.50"
Aprender p/ TC
0.28' 40"
Continuidade nos
Estudos
0.28'.50"
Continuidade nos
Estudos
0.28'.56"
Oportunidade
0.28´.40"
Valor do Estudo
0.31'. 40"
I Sugestão do Campo
0.33'.50"
Metodologia do TC
(Facilidade)
Ewbanck na festa, que uma Vereadora, acho que a
Márcia, falou: Vocês estão de parabéns até no jeito de
pronunciar as palavras. È isso aí, estão corretos".
"Aí. eu pensei comigo, pôxa, o Telecurso então está
vigorando, porque, antigamente, eu falava tudo errado.
Hoje, a gente vai aprendendo e a cada dia que passa você
vai aprendendo".
"Eu por exemplo, pretendo fazer o 2° grau. Tirar o 1
o
e
tentar fazer o 2
o
, se Deus Quiser".
"Eu também não penso em parar tão cedo. Se Deus
quiser, enquanto tiver dando prá mim ir, porque o estudo.
nunca é demais".
"E prá gente aqui, nós temos tudo de graça. E nós temos
que aproveitar essa oportunidade. Porque, nós temos aqui
de graça as pessoas, os livros, só basta a boa vontade da
gente".
"A gente mesmo se auto-valorizando em matéria de
escolaridade, além de ser um benefício prá gente mesmo,
também vai dar mais um conforto prá a família em casa.
Porque se você trabalhar bem, é o jeito de que você
corresponde a família em casa. Então, estudar é assim,
legal né, você cada dia, você vai estudando, quer dizer, se
tirar o 2
o
grau hoje, eu alcanço um emprego melhor,
melhor também, será para minha família".
"Eu acho que curso profissionalizante seria o início para
alguma empresa se interessar a vir para o lugar, sabendo
que vai encontrar o profissional que eles necessitam. O
município por exemplo, a cidade aqui, se vir uma
empresa para cá, vai existir emprego para o pessoal
daqui. Mas, lá eu não vou encontrar mão-de-obra
especializada".
"O vídeo é bom. Melhor também é com a professora
tirando as dúvidas da gente. Também no vídeo a gente
fica conhecendo a história do Brasil anteriormente".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 05/06
Fita 3
Hl
Fita 3
H9
Fita 3
H2
Fita 3
H2
Fita 3
H3
Fita 3
Hl
Fita 3
Hl
0.33'.50"
Metodologia do TC
(Facilidade)
0.3.V.00"
Valor do .O A
0.35.'.40"
Busca de
Conhecimento
0.35'.40"
Metodologia do TC
(Facilidade)
0.37.13"
Uso do Vídeo
(Facilidade)
0.39'.00"
Uso do Vídeo
(Facilidade)
043'.50"
Leitura da TV X
Estudo
"Vai mostrando prá gente e a professora aqui, vai tirando
a dúvida da gente. Por isso, que o vídeo é importante.
Nós aprendemos com a professora e o vídeo também
mostra as coisas que anteriormente, a gente não poderia
ver".
"Você vendo assim, fica difícil você aprender ou pegar
logo alguma coisa que passa, ás vezes precisa de
explicação da professora. Se não tiver a professora prá
explicar fica dificil mesmo".
"E sou totalmente a favor do vídeo. Gosto das aulas do
vídeo, portanto, eu pego as aulas de manhã também, do
vídeo, às 6 horas da manhã Prá mim, é interessante".
"Alguma dúvida que eu tenho ali, eu vou anoto e chego e
pergunto a professora Celina. Depois, durante a aula
também, qualquer dúvida vai e ela esclarece prá gente.
Fica mais fácil. Você vê a coisa e depois ela explicando,
fica mais fácil".
"O vídeo mostra mais como é que acontece. Por exemplo,
a gente estudando ciência sobre clorofila, essas coisas,
sobre a folha. Mostra tudo como é feita a respiração.
Então, o vídeo mostra detalhe, coisa que o livro não
mostra. O livro só fica aquele desenho ali. O video não.
No vídeo mostra como é feito. Então, é mais fácil da
gente lembrar".
"Quer dizer, se você prestar atenção ali, você vai aprender
coisas também diferentes. Então, eu acho que o vídeo é
necessário sim".
"Isso também é um ato psicológico, sabe porque, porque
o Sr. guarda aquela, vamos supor, Globo Repórter, nós
estamos assistindo o Globo Repórter, então, você guarda
com mais facilidade, porque você não tem preocupação
em decorar ele pela frente. E por isso que a pessoa guarda
com mais facilidade. Agora, uma coisa que você vai ter
que estudar".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 05/06
Fita 3
H3
Fita
Hl
Fita 3
Hl
Fita 3
H2
0.45'. 02"
Gosto p/ Estudo
0.45'.31"
Estratégia de Estudo
(do Aluno)
0.48'.10"
Estratégia de Estudo
(do aluno)
0.48". 35"
Força de Vontade
"O principal é gostar do que está fazendo, porque quando
a gente estuda e não gosta, não aprende. Não adianta que
não aprende. Eu sempre gostei de estudar e eu. sempre
senti facilidade de guardar as matérias do que eu estudo.
Então, eu acho que o principal é gostar do que está
fazendo".
"O mais certo da gente pegar o livro prá estudar, é não
Ficar preocupado em decorar, mesmo que a pessoa vai
decorar tudo. Você lê o livro assim, vai vendo as
matérias. Amanhã, quando você tiver com a cabeça mais
fresca, na hora de fazer as provas, aquilo vem refletindo
aos poucos o que você estudou (...) eu acho que a gente
lendo o livro sem o compromisso de amanhã chegar.
fazer a prova e acertar"
"Porque aquele cara conseguiu eu não vou conseguir?
Isso vai muito do interesse da pessoa. Não, eu não sou
diferente dele, eu tenho que tentar, eu tenho que
conseguir também. Se a pessoa pensa assim, eu vou fazer
aquela prova, nunca que eu vou conseguir. Igual o meu
caso de fazer essa prova, eu estava com medo de fazer
essa prova. E vou fazer ela, mesmo que eu passe ou não.
Mas. pelo menos eu vou Ter uma noção de como é essa
prova e na 2
a
vez, eu venho mais preparado. E assim que
vai".
"Eu já sabia a matéria, não é tão dificil assim, tornei a
fazer as três, graças a Deus, não estudei tanto, e passei
nas três Quer dizer, é o sistema psicológico. A 1" vez, a
gente vê como é que é, não é tão dificil, é fácil".
Fita 3 0 52'. 59"
Senso Critico em
Relação a TV
Fita 3 0 53'19"
Hl Senso Crítico em
Relação a TV
"É razoável, tem coisas até interessantes, por exemplo.
igual o jornal. Mas tem coisas que não é agradável, igual
ao Domingo por exemplo, as pessoas às vezes, querem
descansar, aí, passam esses programas chatos".
"Eu acho que a televisão ao mesmo tempo que é boa é
ruim também. A TV hoje, se tornou popular e ensina
muitas coisas assim, que as crianças aprendem rápido e
que às vezes, não é bom para a criança. (...) Violência na
televisão, cenas assim, que crianças menores não podem
ver (...) E uma coisa que a televisão talvez, não poderia
mostrar esses filmes de violência (...) Então, eu acho que
a televisão nessa parte, ela está errada (...) a novela
também mostra muita coisa errada, mas ao mesmo tempo,
ela está distraindo a pessoa também. A televisão por um
lado é boa e é ruim também".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 05/06
Fita 3
H2
Fita 3
H2
l.ll'.26"
Senso Crítico em
Relação a TV
1.11.26"
Senso Crítico em
Relação a TV
(Contratos)
Fita 3 1.12'03"
H3 j Senso Crítico em
Relação a TV
Fita 3 1.I3'.45"
H3 Senso Crítico em
Relação a TV
Fita 3 1.14'.03"
H6 Senso Critico em
Relação a TV
Fita 3 1 143'.50"
H1 Senso Crítico em
Relação a TV
Fita 3 1.14'.50"
Senso Crítico em
Relação a Politica
Fita 3 1.17.40"
Senso Crítico em
Relação a Política
"A programação vai ter que ser diferente, vai ter que
acompanhar. Conforme a população vai desenvolvendo
os estudos e tudo, tudo deles, tem que se aperfeiçoar,
acompanhando o desenvolvimento. Porque, se não, eles
vão perder".
"A gente pode citar um exemplo, o que dá muito Ibope.
as pessoas quase todas assistem é o Show do milhão, do
Silvio Santos. E um programa interessante, onde a gente
via, aprendia, e ainda se divertia. Ajudava e ajuda a gente
e a eles também, porque o Ibope deles, essa audiência
subia".
"Enquanto isso, tem o programa do Ratinho que é um
programa que não ensina nada. E um programa que só
fala bobeira. E uma coisa que se a população estiver
estudada, eles não vão querer aquilo ali. Não vão querer
ver quebra-pau, não vão querer ver violência".
(Ratinho)"Eu acho que é pelo fato da população brasileira
não ser uma população estudada. Não ser uma população
com mais conhecimento. Então, eles vão ver Ratinho
porque já está acostumado com aquele tipo de vida ali".
(Ratinho) "Ele deixa o mais interessante para o final, ai, a
pessoa fica assistindo, assistindo".
"Eu acredito que passe por uma transformação, porque, se
não passar vai ficar um programa atrasado, não vai estar
acompanhando o mundo".
"Eu acho que tudo de ruim que aconteceu aqui no nosso
Brasil, é porque, nós mesmo estando inocentes, nós
aceitamos Você não vê o exemplo do presidente, o que
ele fez com a gente, chamando o pessoal todo de
vagabundo. Pessoas que já bateram o martelo, já suou a
camisa para aposentar e ainda chamar de vagabundo.
Porque, porque ele está lá encima. Porque a maioria
aceitou concordou com ele de chamar de vagabundo ".
"Muitos políticos aí, só procuram a gente na hora do voto.
A gente tem que saber quem realmente é. A gente não
sabe de todos, mas pelo menos um bocadinho. Pelo
menos o que é provado, olha esse cara, aconteceu isso no
governo dele, na administração dele".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 05/06
Fita 3
H1
Fita 3
H3
Fita 3
Hl
Fita 3
Fita 3
H3
1 18'. 10"
Senso Crítico em
Relação a Politica
1
19"
30"
Senso Critico em
Relação a Politica
1 25'.10"
Senso Critico em
Relação a Educação
1.27.20"
Interferência no
Campo
1.29'.40"
Senso Critico em
Relação a Midia
"Política é uma coisa que não devia existir no Brasil.
Porque, eu lá comigo, eu não consigo entender. Eu penso
assim, se o que já está no poder não está dando conta.
porque os de fora estão apedrejando ele. Chega lá, vai
fazer pior".
"Quanto a TV dar prioridade a política, eu acho uma
coisa certa. Porque, se a gente elegeu o político, agente
quer saber o que ele está fazendo (...) porque se com a TV
encima, eles já roubam, imagina se não tem notícia
nenhuma de política, onde a gente estaria hoje?".
(Educação) "Hoje é bem melhor com certeza. Porque, o
método do ensino vem com novas matérias, novos
conhecimentos. Por isso, que hoje em dia, eu acho que
está bem melhor".
"O Sr. fez com que a gente tirasse do fundo do ser da
gente e desabafar algumas palavras que tinha que ter
saído a muito tempo e hoje, com a sua presença aqui, saiu
com mais facilidade".
"A educação de antes era, não é que era ruim, era boa, era
mais rigorosa mas, era devagar. Agora, o que a gente
aprendeu com 10, 12 anos, nossos filhos aprendem com
5, 6 anos. A gente passa para eles mais rápido e isso com
a ajuda da comunicação, de televisão, rádio, jornais e
revistas. Antigamente, não existia isso. Antigamente, eu
acho que era só professor e rádio, que tinha para passar
isso prá frente. Agora, a gente tem vários meios para
passar isso prá frente. Então, a educação de hoje já está
mais evoluída".
FIM
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
Fita 4
\12
Fita 4
H4
Fita 4
H4
Fita 4
M1
Fita 4
Ml
0 05' 50"
Oportunidade
0 06'40"
Uso do Video
(Facilidade)
(Estratégia de
Ensino)
0.07.09"
Uso do Video
(Facilidade)
(Estratégia de
Ensino)
0.07.50"
Metodologia Antiga
(Mudança)
0.07.50"
Dificuldade Financ.
Fita 4
Ml
Fita 4
Ml
Fita 4
Ml
0.07.50"
Estratégia de Ensino
(Flexibilidade)
0.07.50"
Metodologia do TC
(Facilidade)
0.09'20"
Dificuldade p/
Estudar
"Hoje é bem mais fácil. Porque, igual antigamente, não
era todo mundo que podia estudar né. Nós mesmos, donas
de casa, não tínhamos oportunidade. Agora não, a gente
tem Melhorou bastante. Eu acho"
"Através do vídeo, hoje em dia. a gente tem mais
facilidade. Por exemplo, a gente trabalha durante o dia e à
noite, nós temos o vídeo que facilita prá gente a nossa
aprendizagem".
"Eu acho que sim, porque dura menos. Porque,
antigamente, tinha que ficar 4 horas dentro de uma sala e,
através do vídeo a gente assiste 1 hora. Igual a nós, por
exemplo, nós assistimos 2 horas de aula. Aí, dá prá
descansar um pouco a mente".
"Você está perguntando de antigamente é, eu posso falar
com autoridade que era muito mais dificil. O ensino, o
método que era decoreba. até obrigava a colocar aquilo
na cabeça de uma criança. Então, hoje não. Esses
métodos de agora, a criança aprende brincando".
"A gente não tinha essa facilidade Está tudo muito dificil
prá gente sair prá estudar em Santos Dumond ou Juiz de
Fora. Nem todos tinham condições financeiras para isso".
"Agora veio o Telecurso e deu mais oportunidade. Porque
a gente que é dona dê casa como a Lídia estava falando,
de sair prá estudar, ter que cuidar de casa e ficar dentro de
sala de aula 4 horas, né. Então, o TC, a gente já vem à
noite, que está mais folgada mesmo. Fica menos tempo".
"Tem o vídeo que ajuda, os livros e a professora que dá
aquela força Então, é bem mais fácil. O que animou a
gente".
"Muito bom (...) nossa mãe. Eu adorei voltar a estudar.
Eu tentei algumas vezes começar, mas não tinha
oportunidade, era dificil mesmo. Então, corn casa, filho
pequeno, então, não tinha condição de sair para ir para
Santos Dumond ou estudar em Juiz de Fora. Então, eu
desisti. Depois, aqui em Ewbanck também, quando
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
Fita 4
Ml
Fita 4
H3
Fita 4
M2
0.09'.20"
Gosto p/ Estudo
0 10'06"
Uso do Video
(Facilidade)
0 12'00"
Continuidade nos
Estudos
começou a 5
a
a 8
a
. que não tinha aqui. Eu tentei, também
não deu. Horário de almoço, horário de trabalho".
"Agora é que apareceu essa oportunidade e a minha filha
me deu a maior força, vai, e, eu vou mesmo. Eu adorei.
gostei, não quero parar não Se der, eu vou continuar até
onde der".
"Antigamente era só explicando, os professores ficavam
explicando, mostravam o livro, era retrato, não dava prá
pegar legal. O vídeo eu acho que mostra mais, ajuda a
gente a entender melhor o que está sendo estudado, o que
está sendo explicado. Então, eu acho que o vídeo ajudou
bem" (...) "Porque na foto a gente vê. está parado, ali.
Então, a gente vê como eram feitos os movimentos, como
tudo acontecia, como tudo acontece. Então, eu acho que o
vídeo é bem melhor".
"Porque no livro a gente vê ele parado e através do vídeo
é movimentando, clareia mais a mente, chama mais
atenção".
"Porque eu sempre tive vontade de estudar, de me formar.
Só que eu nunca tive condição. Eu fiz o supletivo, porque
na época era supletivo. Aí, fiz a 8
a
série, mas aí, não tive
oportunidade de fazer as provas finais porque eu
trabalhava de doméstica e morava no emprego. Aí. fiquei
sem emprego. Tive que morar no Rio Tive que morar
muito longe. Fui para o Recreio dos Bandeirantes e eu
estudava na Lagoa. Aí, eu não tinha como eu vir. Na
época não tinha ônibus. Aí, eu fiquei. Eu parei. né. Aí.
casei, mas o meu sonho de toda minha vida foi de me
formar. Eu tinha verdadeira loucura para me formar.
Acho tão bonito a pessoa estudar, se formar, ser alguém.
A pessoa falar: Há. fulano é um engenheiro, é um
professor. Acho tão bonito. Acho, também, pela cultura
também, né".
"Aí, Quando apareceu essa oportunidade, eu aproveitei e
estou aqui. Até hoje eu tenho vontade. A minha maior
vontade é de ser arquiteta. Não sei se vou chegar até lá.
quem sabe, né? Eu pretendo acabar, fazer o 2° grau se
tiver, fazer e se tiver oportunidade, fazer o 2
o
grau e
chegar a faculdade, se Deus me ajudar. E eu estou
adorando, né. Estou até pensando, se não tiver o outro pra
nós, vai ser muito chato porque vai ficar parado. Ai, você
Fita 4 0 11.25"
H4 Uso do Video
(Facilidade)
Fita 4 0.12.00"
M2 Dificuldade p/
Estudar
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
acaba esquecendo o que aprendeu, depois tem que voltar
de novo".
"Porque o vídeo, a gente vê o vídeo, eu acho que é
diferente de você ler o livro Porque o vídeo, às vezes,
você está assim, até conversando com alguém, você de
repente lembra do que viu no vídeo. Eu acho que clareia
mais a mente da gente, sabe".
Fita 4 0 13.48"
Ml Uso do Video
(Facilidade)
Fita 4
M2
Fita 4
H2
Fita 4 0.13.48"
Ml Uso da Ficção
Fita 4 0 13' 48"
Ml Uso do Video
(Facilidade)
0 15.20"
Dificuldade p/
Estudar
0 16'.37"
Força de Vontade
Fita 4 0 16' 52"
H2 Valor do Estudo
(Conscientização)
"São umas estorinhas assim, bonitinhas, uma coisa bem
contada, né, igual história, né".
"Eu vi no vídeo, inclusive aquela pergunta da vacina, eu
lembrei do video, que eu tinha visto no vídeo. Aí fui lá,
marquei certinho. Então, essas coisas assim né, fica na
mente, a gente lembra. Eu acho que é bem melhor (...) É
sim, é mais gostoso que antigamente. E igual ao que ele
falou, tinha que decorar aqueles questionários enormes.
Ficava decorando geografia, história. E agora, não tem
mais a necessidade de ficar decorando aquilo tudo".
"E você tem que ver que prá nós que moramos aqui em
Ewbanck. as coisas é sempre mais dificil. Você vê, aqui
uma faculdade você tem que ir prá Juiz de Fora. né. Ai.
você sabe a condução, né. Eu sei lá. Quem sabe, mais
tarde, até eu chegar a faculdade já tem mais condução
barata. Porque eu acho que condução prá nós que mora
aqui em Ewbanck, você tem que enfrentar esse ônibus
aqui de Juiz de Fora. Você pagar direto prá Santos
Dumond, eu acho um pouco pesado, sabe. Aí. não sei, até
lá. quando chegar a minha vez, né. Eu não perco as
esperanças".
"Acordo às 5 horas da manhã. Aí, chega essa hora. Mas.
com satisfação está valendo a pena prá ser recompensado,
não tem outro jeito mesmo".
"Sem o estudo agora, já está dificil com o estudo, né, sem
o estudo é impossível conseguir alguma coisa. Cada vez
mais tem que evoluir mais e estar sempre mais
atualizado. Sem ele, jamais vai conseguir acompanhar".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 07/08
Fita 4
Fita 4
H4
Fita 4
Ml
0 17'40"
Continuidade nos
Estudos
M2
Fita 4
M2
Fita 4
M2
0.21'.30"
Valor do Estudo
(Conscientização)
0.22'.26"
Melhora na
Comunicação
Fita 4 0.23'.30"
Busca de
Informação
0
0.23'.30"
Senso Critico em
Relação a Midia
0
25'.
10"
Busca de
Informação
(Mudança)
"Eu queria ter o 2
o
grau mas, depois né, eu pensei: puxa.
chegar até a faculdade, o meu Deus, (...) não é
impossível, não é".
"Através do estudo hoje, igual eles disseram, porque sem
o estudo não se consegue nada. Está cada vez mais dificil
Aí, tem que batalhar até o fim".
"Principalmente, eu acho que muda o ambiente que a
gente lidava antes Agora com um pouco mais de estudo
já é bem mais diferente o modo que a gente está lidando
no meio das pessoas Então, há mais facilidade, melhorou
muito".
"Eu pelo menos, né, me interesso. Só que eu não leio
assim, O Globo. Eu leio mais assim, a Folha Universal
porque é o jornal que eu tenho oportunidade. Mas vem
muita coisa interessante. Não sei se você já ouviu falar
desse jornal que é da igreja Esse jornal eu leio mais, né.
Vejo jornal, gosto de ver o Globo Repórter".
"É uma pena que a gente vê assim, no jornal é muita
mentira. Assim, uma notícias que deixam a gente
chateada. Fala uma coisa e quando você vai ver não é
nada daquilo, né. Eu penso assim, sabe, acho que eles
mentem um pouco. Cada um quer contar de um jeito. Aí,
quando você vai juntando, você vai descobrindo que não
é assim desse jeito, é diferente. O jornal fala uma coisa, a
televisão fala outra, as revistas também, né, porque tem,
tem a Veja, que também dá muitas notícias boas e más.
(...) Você vê o que aquele falou, daquele jeito e esse está
falando desse, quem está falando a verdade. E legal sim".
"E veio com o estudo sim. Porque, antes eu não ficava
assim, novela, jornal, chegava na hora do jornal eu ia lá e
desligava. la arrumar a cozinha. E agora, não. Qualquer
coisa, igual está falando alguma coisa, né, assim,
aconteceu alguma coisa, aí, eu vou lá e aumento e fico
prestando atenção e nâo quero nem que ninguém fale do
meu lado. Toda hora que fala aquilo, eu tenho que estar
ali ouvindo, que é prá ver onde é que está a verdade, no
rádio, na televisão. Então, é bom, é bom sim".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
Fila 4
H1
Fita 4
H3
Fita 4
H3
0 30'39"
Valor do TC
Fita 4 0 32' 00"
H1 Melhora da
Comunicação
0.33' 10"
Auto Estima
0.33'.10"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
Fita 4 0 34'40"
H2 Auto Estima
(Melhora da
Comunicação
Pessoal)
"Como ela disse aí. o TC está, como se diz, é o despertar
para a vida. Porque, através do TC, até pessoas idosas.
você pôde ver um sorriso no rosto deles, relembrando
aquilo que há muito tempo atrás não pode aprender. Hoje,
você vê o TC pela televisão e que até os idosos estão se
formando, aprendendo novos passos, aprendendo a dar
outras caminhadas. Porque esse TC aí. está dando muita
força prá gente, (...) está ajudando muito a dar novos
passos. Aprender novas coisas que antigamente nós não
aprendíamos Então, agora, prá gente o TC está ajudando
mesmo".
"A gente aprende a se comunicar, perde um pouco da
vergonha e põe prá fora".
"É que eu trabalho com restaurante, então, a gente ficava
com vergonha de sentar na mesa com o pessoal, porque
lá, a maioria estuda o TC. Então, eles discutiam o assunto
e eu ficava com vergonha da talvez sair um assunto e da
gente não saber do que estava falando. Então, agora, corn
a gente estudando também, junto com eles ali, se sair
aquele assunto, a gente tem como debater com eles.
porque a gente está estudando (...) Hoje, não. Hoje, eu
posso sentar em qualquer mesa com eles, que a gente
conversa sobre qualquer coisa sôbre a escola".
"Lá. outro dia. chegou o Chefão mesmo, o 'Homem da
Boca Larga', chegou, sentou na mesa, era de manhã, não
tinha ninguém no refeitório. Aí, ele chegou, sentou, me
chamou para conversar. Perguntou se eu estudava, o que
eu estava fazendo. Aí, falei para ele que estava estudando
no TC. Aí, ele me falou continua e assim que você tirar o
TC você me procura que a gente dá um jeito de melhorar
a sua situação aqui na empresa".
"E a facilidade do estudo sempre ajuda demais as
pessoas. Hoje em dia, eu chego perto de um chefe, como
antigamente eu não chegava. Eu tinha vergonha, não vou
saber responder a ele. Só dele se encaminhar par o meu
lado eu tentava sair de lado, esse cara vem puxar assunto,
eu estava sem jeito, não sabia falar. Hoje em dia não.
Tenho diálogo com ele, se me perguntar, se souber eu
respondo, se não souber eu tenho como me sair sem ter
que precisar fugir dele".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
Fita 4 0 34'.40"
H2 Uso do
Conhecimento
(Valor do TC)
Fita 4 0 35'.45"
H2 Busca de
Conhecimento
Fita 4 0 35'.45"
H2 Necessidade de
Capacitação
Profissional
Fita 4 0 36'30"
H2 Continuidade nos
Estudos
(Perspectiva de
Futuro)
Fita 4 0.38'.30"
M3 Melhora da
' Comunicação na
I Família
Fita 4 0.39' 13"
Ml Melhorada
Comunicação na
Familia
Fita 4 0 39'. 13"
Ml Gosto p/ Estudo
"E no meu trabalho, através do TC. a minha profissão
mexe muito com medidas e essas coisas. E eu não tinha
muita teoria, tinha mais prática. Agora, hoje em dia, eu
faço as coisas e entendo mais da teoria. Através do TC
aprendi mais da matemática, área e essas coisas. E, sem
dúvida, cada vez mais vai melhorar".
"Quando eu tenho dúvida por exemplo, (...) quando eu
chego em casa. se der para eu fazer no outro dia. aí eu
pego o livro, aí vai clareia a mente".
"Porque as pessoas querem saber o que você sabe na
prática, mas na teoria principalmente. Principalmente.
quando você vai fazer uma entrevista por exemplo, eles
perguntam mais é teoria, a prática vê depois. A gente tem
que saber mesmo. Graças a Deus, agora está um pouco
melhor".
"Até para ter outra profissão. Eu tenho a minha, mas vou
fazer outros cursos, se Deus quiser. Ainda porque, vai ser
muito mais fácil partir para outras melhores. As chances
de emprego é bem mais fácil".
"A vida de casal todo mundo sabe que é dificil. Não é
aquela coisa de sentar muito, conversar. Tem filho, tem
aula. tem trabalho do curso então, não dá muito pra
conversar. Sempre que eu preciso de uma ajuda ele senta,
me ajuda Me xinga bastante, fala que eu sou burrinha,
mas passa".
"Na minha casa, à noite é que eu gosto de ir na cozinha.
abrir meu livro. Meu marido fala: Tá fazendo faculdade.
Eu tomo meu livro e ele incentivou, até ele. Não isso
aqui. medida eu é que entendo. Pêra aí. deixa eu ver esse
livro. Então, até ele está interessado".
"Mas é impressionante como é que a gente empolga. Aí,
veio esse Inglês agora e só faltava ciências. Comecei a
estudar o livro de Inglês, que gostoso, que vontade de
falar mesmo, de aprender é muito bom (...) Então, eu
acho assim, que se a gente começa a fazer a coisa com
um interesse e vontade, não é dificil, você consegue.
Ainda mais pessoas mais novas, né".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/(18
Fita 4
111
Fita 4
Fita 4
Ml
Fita 4
Ml
0 40'35"
Gosto p/ Estudo
0 40' .35"
Valor do O A
0.4
IM
6"
Uso do Vídeo
(Dificuldade)
0 42'25"
Uso do Video
(Dificuldade)
Fita 4 |0.42\50"
M5 ! Sugestão do Campo
Fita 4 10.43'. 15"
H3 i Gosto p/ Estudo
Fita 4 0.43\40"
H2 Continuidade nos
Estudos
"Eu acho que as matérias só se tornam ruins quando a
gente não entende elas, quando ela não encaixa direito
Depois que ela encaixa direitinho, a gente passa a gostar.
Eu não gostava muito de matemática agora, eu estudando
um pouquinho em casa, também no livro, a gente vai
aprendendo passo-a-passo do que está sendo ali.
explicado".
"Qualquer dúvida que haja entre a gente, a professora está
ali para explicar. Então, cada vez mais eu tenho vontade
de aprender".
"Da outra vez, nós comentamos, é muito rápido. Então.
quando aparece lá uma conta por exemplo, aqueles
númerozinhos vai andando, quer dizer, a pessoa tem
muita dificuldade e complica. Acho que a matemática é
muito complicada, muito rápida (...) Aí, tem que ser
muito mais o livro e o professor, se nâo não dá pra pegar
não".
"Pelo vídeo só, eu não tinha aprendido nada. Foi mais
pelo livro e o professor clareando. Porque, a matemática
tem que ter um raciocínio mais lento Você tem que
pensar bem. Não dá tempo, no vídeo não dá".
"Também, é pior que a I
a
prova é matemática, no Sábado,
de manhã, não dá nem pra relaxar. Você já dorme com
aquilo tudo na cabeça. Não podia ser história
0
Mas não.
matemática. Acabou comigo, não dá"
"Mas a matemática, mesmo que muita gente não goste, é
a mais importante de todas. Pelo fato dela estar no nosso
dia-a-dia. A matemática todo dia. toda hora, a gente está
mexendo com a matemática. Então, para aprender a
matemática é importante a gente gostar. Porque a gente
gostando do que a gente faz, então fica mais fácil de
entender".
"Depois que eu fiz a prova e passei, agora eu já quero
pensar no 2
o
grau, se Deus Quiser".
FONTES
Fita 4
Hl
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
Fita 4
Hl
Fita 4
M2
Fita 4
H3
Fita 4
M2
0 50'.30"
Senso Critico em
Relação a
Tecnologia
0 55'20"
Senso Critico em
Relação a
Tecnologia
Fita 4 0 56'.40"
Hl Valor do TC
Fita 4 0.58'35"
Hl Senso Critico em
Relação a
Tecnologia
1 00.28"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
1.00. 50"
Tecnologia X
Trabalho
1.06'. 00"
Sugestão do Campo
"Eu acho que a vantagem para a empresa é estudar quem
já está acostumado a fazer o serviço do que vistar novas
pessoas. Porque, não dá certo. Até que acostume com o
serviço, vai cair a produção. Então, é bem melhor
continuar com aquele funcionário e continuando a dar
estudos para ele, para ele poder aumentar cada vez mais".
"Eu acho que no lugar de muitos robôs que existem hoje
aí. teria muitas pessoas empregadas. Não teria essas
pessoas aí, com a dificuldade que existe no Brasil. Hoje.
eu acho que a tecnologia hoje, por um lado está
melhorando, mas tem mais que preocupar com a área da
medicina"
"Eu acho que a tecnologia veio na hora certa. Mas, só que
o homem não está sabendo tirar proveito dela. Eu acho
que o homem tem que pensar mais um pouco. (...) Agora,
a tecnologia pelos Meios de Comunicação também, eu
acho legal. Porque hoje, você quer falar com alguém lá
fora, você consegue se comunicar. Essa parte aí, está tudo
bem".
"Então, através de TC nós estamos caminhando e
aprendendo a se comunicar com aqueles que estão lá em
cima".
"A tecnologia é uma realidade. Então, a gente tem que se
adaptar. E o mesmo caso nosso, antigamente, estudar não
fazia falta Hoje. faz. Então, a gente teve que mudar a
cabeça É a mesma coisa, ou a gente vai se adaptar a
tecnologia ou vai ficar prá trás. Porque, isso agora é cada
vez mais. Não tem uma volta, cada vez vai evoluindo
mais".
"Eu acho que é até um incentivo prá gente estudar.
Porque, igual você falou, né, a pessoa não sabe mexer
com a máquina, aí. para ela não perder é um incentivo
para ela estudar para ela aprender a mexer com aquilo, eu
penso assim".
"Em matéria de tecnologia, os países lá de fora
avançaram na frente O Brasil é um país que ficou para
atrás e agora eles não estão sabendo como lidar com isso
direito, em matéria de desemprego. Eu acho que depois
que acostumarem mais acho que melhora um pouco
Como a Volkswagem que não demitiu ninguém. Acho
que se todas as empresas pensassem assim, usando a
tecnologia, eu acho que não estaria esse desemprego todo
que está aí"
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: (17/08
Fita 4
H1
Fita 4
M2
1 15'43"
Senso Critico
Em Relação a TV
1 15'58"
Senso Critico em
Relação a TV
Fita 4 1.17.58"
12 Senso Critico em
Relação a TV
Fita 4 11.19.19"
M5 Senso Critico em
Relação a TV
Fita 4 1.20'.00"
M2 Senso crítico em
Relação a TV
Fita 4 121'.30"
Ml Senso critico em
Relação a TV
Fita 4 1 23'22"
Ml Uso da TV (Teste
de Capacidade)
"O bom é o jornalismo que transmite também um pouco
meio diferente, errado, mas a gente vai relevando.
Porque, nem a gente mesmo conhecemos a verdade".
"Realmente, tem muita cena na televisão que não devia
ser mostrada. Muitos assassinaram os colegas dentro da
sala de aula. Eu acho que a televisão não deveria mostrar
isso (...) Eu acho que estimula um pouco a violência ao
invés de combater, estimula, incentiva".
"Há pouco tempo, reprisou aquele Filme O boneco
Assassino. Houve um caso de uma criança que fez com o
colega ou a irmã a mesma coisa que viu o boneco fazer.
Então, eu acho que deveria ser proibido, né. assim,
pessoas assim, mais tarde. Às vezes, tarde, outro dia eu
perdi o sono, liguei a televisão e estava passando um
filme ótimo, na Globo. Eu acho que chamava Renascer de
Uma mulher. Era uma comédia, mas um filme muito
bom. Por que não passa mais cedo?".
"A maioria dos filmes passam os caras drogados, as
pessoas drogadas, se drogando. Depois, passam eles se
curando, vencendo o vício e aí, as crianças acham que o
que elas fizerem, depois elas vão conseguir sair rapidinho
e não é. a realidade não é essa".
"Tem gente, igual tem adolescente e criança, tem gente
adulta que começa a ver a novela e ameaça a querer viver
aquilo. A novela mesmo, mostra aí, mulher traindo
marido, marido traindo mulher. Então, elas acham que
pode fazer aquilo também. Então, eu acho que as novelas
não são boas".
"Antigamente, se pensava prá casar, prá se viver. Agora.
é a gente casa, se não der certo, a gente separa, a gente
larga. O que é que é isso? A televisão, a novela".
(Show do Milhão) "A gente aprende. A gente vai testando
o conhecimento da gente. Antes de responder alguém, a
gente já vai respondendo. Há é isso mesmo, há não é,
então, a gente vai aprendendo é, como se fosse uma aula.
A gente aprende (...) Eu acho que pelo menos está
ensinando alguma coisa boa".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
Fita 4
H3
Fita 4
H3
Fita 4
H3
Fita 4
M12
1 26'.30"
Senso Critico em
Relação a TV
Fita 4 1.27.22"
H3 Busca de
Informação
Fita 4 1.28'. 10"
H3 Senso Crítico em
Relação a TV
1.29'.00"
Senso Crítico em
Relação a TV
1.29'47"
Senso critico em
Relação a TV
1.30'.15"
Senso Critico em
Relação a TV Globo
"O Jornal Nacional, eu acho bom. Dá muita notícia. Outra
vez, que você teve aí, eles falaram que não gosta porque
só dá a notícia pela metade. Mas tem que ser pela metade
para dar espaço para outras noticias. Vai falar o tempo
inteiro sobre uma mestria notícia, vai falar o tempo inteiro
só daquilo? Então, eu acho o Jornal Nacional é bom".
"Você vê o Jornal Nacional hoje, então, você pensa.
amanhã eu compro o jornal e vou saber o resto dos
detalhes do que tá acontecendo sobre aquela notícia".
"Eles faz só o momento. Momento em que a pessoa tá ali
Sendo notícia, eles estão sempre cobrindo. A pessoa
deixou de ser noticia, eles não querem nem saber. Isso
tem tudo a ver com política, você vê o caso do Fernando
Collor, aconteceu aquilo, agora a gente não vê falar dele
mais".
"Eu particularmente, acredito mais na Globo. Gosto mais
da Globo. Porque eles passam a dar notícia, dar um
monte de notícias, não fica lá presa a uma notícia só. Os
telejornais das outras emissoras se apegam muito mais
aos detalhes, leva lá, filma lá, mostra tudo. A Globo nâo,
fala, mostra algumas cenas do que aconteceu e passa a
bola prá frente, não fica em cima daquilo. Então, a gente
vê aquilo, quer saber um pouco mais sobre aquilo,
compra um jornal prá ver o que é que está acontecendo".
"Muitas vezes, eles" começam muito bem com uma
reportagem. Aí, vai passando os dias, quando está
chegando o final, eles começam a corresponder o que
estava realmente acontecendo. Acho que isso está
acontecendo com o dinheiro. Eles dão dinheiro prá não
falar o que está mesmo acontecendo".
"Quando chega na hora de saber a verdade, eles
escondem. (...) A Globo, acho que foi em 83, eu estava no
Maracanã, na reunião da Igreja Universal. Todo mundo
que esta aqui lembra disso. A Globo fez aquele
sensacionalismo, falou que os pastores estavam
carregando sacos de dinheiro nas costas e, não era. Eu
digo prá vocês que não era porque eu estava lá e eu não
era nem da igreja. Eu fui naquele dia prá reunião, me
convidaram e tal. Então, aquilo era pedidos. Houve sim,
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
Fita 4 1.33'.30"
M1 Senso Crítico em
relação a TV
Fita 4 11.35'. 10"
Ml Senso Critico em
Relação a TV Globo
Fita 4 1.36'.05"
H2 Senso critico em
Relação a TV
Fita 4 ! 1 37.05"
Ml , Senso Crítico em
relação a TV
coleta de oferta nos saquinhos vermelhos. Mas, o que
estava dentro daqueles sacos (...) que os pastores estavam
nas costas, era pedidos de oração e a Globo falou que era
dinheiro e isso é mentira.(...) Daí, eu me decepcionei
porque, puxa, porque que mente, não fala a verdade, né.
Prá que falar aquilo, já joga a pessoa contra a igreja, aí.
fica aquela confusão. (...) Então, eu acho que a Globo é
muito mentirosa. Não só pelo fato que aconteceu ou
porque sou da igreja eu estou defendendo, porque, na
época, eu não era da igreja. (...) Não tem nada a ver, é
tudo mentira. Eu acho que ela mente muito".
"Há poucos dias agora, aquela notícia do Alexandre Pires.
você viu o SBT dar a notícia e a Globo dá um pedacinho
só. Mas o SBT tudo que falava, defendia o Alexandre e a
Globo, principalmente, esse jornal mais tarde, da Lílian.
tinha um jeitinho de falar como se ele fosse culpado, que
ele era o culpado. E o SBT. eu ponho no SBT, rapaz bom.
rapaz isso, não fez por mal. Aí, punha para lá e diz que
ele estava bêbado. Você nota direitinho a intenção de
cada uma. Uma de defender e a outra de atacar. (...) Você
fica perdido, você tira a própria conclusão. Porque a
Globo diz que ele estava bêbado, era culpado, que jogou
o carro em cima O SBT entre dizendo que ele nunca
faria isso, quer dizer, eu vou Ficar dividida. (...) Então.
você tira a sua própria conclusão, porque a emissora, ela
puxa pro seu lado, de quem ela quer proteger a pessoa.
protege".
"Fernando Henrique fez isso, é muito bom. A Globo esta
protegendo o FHC. Ela tem um compromisso com o
FHC, com o governo? Será que ela tá protegendo? Será
que ele fez mesmo?".
"É igual esse caso da corrupção lá em São Paulo. A
Globo saiu com a notícia, malhando mesmo legal e o
SBT, só defendendo. Quer dizer, uma emissora tem
interesse que o outro ganhe e outra quer que ele saia".
"Na novela, também tem sempre tem uma coisinha que
fala de política. Então, você só vê que está indo para
aquele lado que eles querem. Então, aproveitam da
novela também, eu acho, prá encaixar. Tão incutindo na
pessoa que vê a novela e tá ouvindo. Então, já dá a
entender que o fulano é bom ou então (...) já faz um
deboche qualquer do outro".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 07/08
Fita 4
H1
Fita 4
H3
1.38'. 10"
Senso Critico em
Relação a Politica
Fita 4 1.39'.31"
M2 Senso Crítico em
Relação a Politica
Fita 4 1.41'.40"
M5 Senso Critico em
Relação a Política
Fita 4 1 .41' 50"
H2 Senso Critico em
Relação a Politica
Fita 4 1.42'50"
H2 Senso Critico em
Relação a Politica
1 44'40"
Valor do TC
"Se existe isso, hoje em dia aí, a culpa é de nós todos.
brasileiros. É do cidadão porque o nosso presidente esta
aí, ele só está lá em cima é porque nós apoiamos ele de
um modo geral. As eleições está vindo aí, agora temos
que pensar bem pelo próximo passo que a gente vai
tomar. Outro dia mesmo, eu ouvi um aposentado falando:
O meu salário não tá dando, deu vontade de responder
para ele, só não respondi por respeito. Ué, como é que
pode reclamar agora se fomos nós cidadãos que votamos
nesse elemento que tá lá em cima. Então a gente tem que
pensar muito bem o passo que a gente vai tomar. Porque.
fica chato as pessoas passarem porque estão passando
Nós não precisamos disso nâo".
"A culpa é do povo, porque o povo que teve a
oportunidade de tirar esse homem do poder e colocou ele
de novo lá. A culpa é do povo. Será que o povo não viu?
Será que não tinha coisa errada?".
"A maioria das pessoas pensam: tá ruim, então, não vai
mais piorar, mais do que está aí, vota em qualquer um".
"Fica muito dificil porque a gente só vai saber do trabalho
do político através da televisão. Quer dizer, aqueles que
eles indicaram que é aquele. Quer dizer, só se joga na
zebra. Se esse aqui é o bom, então, eu vou naquele outro
que eles não estão apoiando tanto".
"Agora, é tipo assim, uma Máfia Todos que entram vai
ter que fazer o jogo deles. Só se mudar tudo, a
mentalidade de todos eles. Aí, seria possível. Outro que
entrar lá. no lugar dele, (...) ou entrar no jogo deles ou
eles vão dar um jeito de sumir com ele, de dar uma
doença e acabar com eles".
"A gente estudando, a gente quer ficar por dentro, a gente
vê mais notícias, a gente vai guardando na cabeça. Então,
depois relembra o que aconteceu, o que ele fez. Aí, a
gente já vai saber que ele ja não é boa pessoa. Já pelo que
ele fez no passado é bom votar em outro que esse aí já
teve lá e não fez nada. E o que o TC envolve é que a
gente lembra, a gente não estava estudando, aí, não presta
atenção. A gente ia pelo momento. Então, agora a gente
estuda, a gente volta a pensar no passado o que aconteceu
com a pessoa, o que ela foi antes Então, isso aí. o TC
ajudou bastante".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 07/08
Fita 4
111
Fita 4
\12
1 45' .30"
Valor do TC
1 46' 35"
Necessidade de
Capacitação
Profissionai
Fita 4 M1.57.45"
Ml Interferência cia
Pesquisa no Campo
Fita 4 1.58'05"
Hl Interferência da
Pesquisa no Campo
Fita 5 0 03' 06"
Hl Melhora na
Comunicação
"O TC. hoje em dia, está sendo praticamente uma arma
para o cidadão futuramente combater a crise. Sem estudo,
ninguém chega a nada Porque, contra esses cabeções de
lá, não tem como. Então, o TC está nos ensinando como
combater para uma certa fome mais tarde. Porque, sem
estudo você não vai prá frente mesmo. Até mesmo por
que enquanto existirem pessoas maiores que a gente, até
mesmo, não sei como explicar, só sei dizer que o
fundamento maior ai, é encarar mesmo o TC e, seguindo
em frente. Não tem como se não pegar essa arma que a
gente estamos tudo aí. Vamos passar fome futuramente
Você tá vendo aí. a empresa pedindo o primeiro e
segundo grau, não tem como. Imagina aquela pessoa que
nâo tem nem o primeiro grau e o segundo grau para
seguir à frente, vai passar fome futuramente".
"Não teve a oportunidade de estudar, né. Igual aquelas
pessoas que cortavam cana. Muita gente deixou de cortar
cana e veio prá cidade grande prá tentar arrumar um
emprego. Aí, cadê o emprego? Porque a pessoa não tem
estudo? Aí, o que acontece? Vem as favelas porque as
pessoas não tem como morar".
"Nós todos também aqui. agradecemos, nâo é gente?
Desse tempo que nós passamos aqui, também foi muito
importante prá gente".
"Porque, a gente de certas formas se comunicando.
porque muitas vezes, as pessoas não tem oportunidade de
se comunicar com as pessoas. Até mesmo vem trazendo
aí o stress, a depressão, por falta de comunicação. Então.
a gente começa a ver amigos assim, e distrair um pouco a
cabeça. A gente vai crescendo interiormente".
"Prá mim, esse curso que a gente está fazendo aqui já
melhorou assim, em algumas coisas. Como meio de
comunicar, como meio de escrever a parte de português,
porque eu sou segurança e toda vez que eu vou assumir o
posto eu tinha que registrar a ocorrência, com alteração
ou sem alteração, tem que registrar. Então, quando há
alteração na área de serviço, tem que registrar para o
superior que é o chefe lá, tem que tomar conhecimento
dela. Tem que saber como é que você vai escrever o que é
que vai colocar ali. Porque por um simples erro, você
pode botar tudo a perder. Pode ir para outras pessoas
diferentes que a gente não sabe. Isso aí, me tirou um
pouco daquela dificuldade que eu tinha de relatar. Então.
nessa parte até me ajudou um pouquinho".
FIM
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGEM: 09/10
Fita 6 0 02'.49"
H10 Dificuldade de
Oportunizar o
Estudo
Fita 6 10 04'53"
H10 Dificuldade
Financeira
Fita 6 0.04'.53"
Hl0 Valor do Estudo
Fita 6 0.04'53"
H10 Compromisso da
Prefeitura
Fita 6 0 07 02"
H10 Compromisso da
Prefeitura
Fita 6 0 08'.53"
H10 Dificuldade
Financeira
"Até o ano de 1997 nós mantínhamos no município a
educação infantil, o ensino fundamental e o ensino
médio. É... mas não tínhamos um programa, não
tínhamos meios de oferecer educação pra aquelas pessoas
que não tiveram condições de estudar na idade própria.
seja por dificuldade de acesso à escola, seja por força de
necessidade de entrar no mercado de trabalho".
"Nós temos dificuldades. Principalmente em se tratando
de Prefeitura, de um órgão público. Nós trabalhamos com
aquela questão da dificuldade financeira".
"Mas nós sabemos que, o quão importante seríamos
realmente colocar o programa funcionando no município,
principalmente né, que sabíamos que a partir do momento
que nós tivéssemos com o programa funcionando, mais
do que educação, nós estaríamos oferecendo cidadania
para esses alunos".
"Nós trabalhamos com algumas dificuldades. Nós
xerocamos bastante material na época né, não tínhamos
os livros ainda né. Já tínhamos conseguido as fitas junto a
Secretaria de Educação do governo do Estado de Minas, e
a partir daí começamos o trabalho".
"Então, o que aconteceu a partir de 98, os recursos que
até então iriam somente para os alunos de ensino
fundamental, eles, parte deles foram direcionados para
esse programa, houve, digamos assim, uma redistribuição
desses recursos prá que esses alunos pudessem ter o
material didático pedagógico, prá que tivesse profissional
dentro de sala né, e demais material de apoio que é
indispensável à continuidade do programa né".
"O material de apoio tem um custo. Nós, o ano passado,
dentro da sistemática do Fundo Nacional para
Desenvolvimento da Educação, nós apresentamos uma
proposta de trabalho junto ao Fundo e nessa proposta nós
esperamos conseguir recursos para que nós
comprássemos o material didático, os livros individuais
para todo o programa. Apresentamos o projeto, o plano
de trabalho foi aceito pelo FNDE, mas não na sua
totalidade Nós fizemos uma solicitação de
aproximadamente três rnil e seiscentos reais que
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGEM: 09/10
Fita 6
H10
Fita 6
H10
0 10' 11"
Dificuldade de
Estudar
0 10'
.11"
Oportunidade
Fita 6 0 10'11"
H10 Dificuldade Financ.
Fita 6 0 10'. 11"
H10 Continuidade nos
Estudos
Fita 6 0.13'.49"
H10 3 Valor do TC
Fita 6 0 0 14'25"
H10 Dificuldade de
Estudar
acreditamos ser suficiente para conclusão desse trabalho
né. dessa primeira turma que ai está. só que recebemos
apenas hum rnil e trezentos reais, esse recurso, parte dele,
já foi utilizado na compra de alguns livros, mas nós
vamos precisar de mais recursos".
"Nós temos uma vila próxima ao centro, distante aqui
um. não tão próxima né. é aproximadamente cinco
quilômetros, essa distância impediu que alguns alunos,
principalmente porque trabalham durante o dia, até que
eles cheguem nas suas residências, é (...) isso impediu
que fizessem matrícula nessa turma que temos hoje já em
funcionamento".
"A idéia da Prefeitura quando iniciou o programa era de
oferecer a oportunidade a todos aqueles que tivessem
interesse, que manifestassem interesse em se matricular.
Prova é que nós fizemos essa abertura agora, esses alunos
da Colônia São Firmino que manifestaram interesse, que
não tinham condições, mesmo a Prefeitura oferecendo
transporte, de estudar aqui na sede do município, nós
criamos essa nova turma como forma de oferecer o
programa a todos aqueles do municipio, sem
discriminação, a oportunidade de participar do
programa"
"A pergunta que não temos resposta, se a médio e a longo
prazo se vamos continuar com os meios necessários, com
recursos exclusivamente dos cofres municipais de manter
o programa, até porque é interesse do município".
"Já fomos procurados por alguns alunos da turma, da
atual turma de, aqueles que concluírem o 1
o
grau, de
terem início o 2° grau e o ensino de nível médio
também".
"E tamanha foi nossa felicidade de saber que o programa
não só continuou e tá continuando bem , e que o índice de
evasão foi muito baixo, baixíssimo.
"Um dia saindo do trabalho, encontrei com uma das
pessoas que estava matriculada no curso e perguntei a ela
como estavam as aulas e ela me disse que parou. (...)
Então, eu perguntei para ela qual a razão, o porque de ela
ter parado, ela alegou problemas de família, problemas
pessoais, filhos estudando, afazeres domésticos, naquele
momento a impediu de dar continuidade, mas que com
certeza ela voltaria em outra oportunidade".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 09/10
Fita 6
H10
Fita 6
H10
Fita 6
H10
Fita 6
H10
Fita 6
H10
0 16'31"
Valor do TC
0 16'.31"
Exemplo em
Família
021'.56"
Dificuldade de
Estudar
0 24.46"
Força de Vontade
"O indice de aprovação também é um, como que nós
poderíamos dizer?, é uma resposta que nos dá um
conforto muito grande de saber que é uma semente que
nós plantamos que está dando bons frutos né. Que o
resultado em Minas Gerais, e as provas vieram a
confirmar isso, um resultado muito bom".
"Temos aqui uma experiência que nós poderíamos contar
também nessa primeira turma, nós temos a mãe e filho, a
mãe sendo aprovada e o filho sendo reprovado, e o filho
por total desinteresse né. Nós já tivemos até uma
conversa com ele e foi para nós, assim, gratificante, saber
que a mãe, a 20 anos fora da escola, ela foi aprovada
porque ela teve interesse de, não só de freqüentar as aulas
e de vontade de aprender quer dizer, uma pessoa que tá a
mais de vinte anos fora da escola e tá sendo aprovada".
"Acredito que se fizermos uma análise sócio-econômica.
são alunos de renda baixa e que por duas razões não
estudaram na idade que deveriam ter estudado. A
primeira delas porque provavelmente foram, são alunos
que vieram da zona rural e que não tinham escola nas
proximidades para que pudessem efetuar seus estudos.
Esse é o primeiro aspecto. O segundo, eu acho que são
alunas que apesar de morarem dentro do município corn
escola próxima, a necessidade de trabalho os obrigou a
procurarem né, postos de trabalho, até para ajudarem no
orçamento familiar e isso os impediu de freqüentar a
escola".
"Não há duvidas. A questão do horário realmente, é
inclusive em nosso município, Ewbanck da Câmara, o
que fez com que nós tivemos, tivéssemos uma resposta
bastante expressiva do ponto de vista do número de
alunos, não há dúvidas de que foi o horário. O horário
que foi fundamental. (...) para que possam ter um tempo
para que possam ir em suas casas, tomarem seu banho.
fazerem uma alimentação e se dirigirem à escola, coisa
que se fosse em outro município onde trabalham. Santos
Dumont, Juiz de Fora, acredito que seria um pouco
dificil".
"Ele chegou à Prefeitura, já colega nosso de longa data, e
ele tinha assim um sorriso estampado no rosto, assim
mais de muita alegria, falando do resultado que tinha, que
por uma questão ele nâo teria fechado a prova. E que ele
023'09"
Estratégia de Ensino
(Flexibilidade)
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 09/10
Fita 6
H10
Fita 6
mo
Fita 6
H10
Fita 6
H10
026'.29"
Oportunidade
0.26'29"
Sugestão do Campo
0 26'.29
Compromisso
0.29'.49"
Valor do TC
Fita 6 0 29'49"
H10 Senso Crítico em
Relação a Midia
tava brigando com ele mesmo porque a questão (...) que
ele errou era uma questão facil. que ele poderia ter
fechado toda a prova (...) Eu acho que assim, saber que
estudou depois desse tempo todo e que teve um bom
resultado na avaliação, eu acho que é bastante ilustrativo
esse comentário. Queria ter um resultado melhor ainda"
"O meu parecer é resultado dessa primeira experiência
que nós estamos tendo em Ewbanck e eu acho que é
extremamente positiva. Eu acho que é uma oportunidade
que aqueles que não tiveram oportunidade tem pra
realizarem os seus estudos"
"Mas eu acho que poderíamos talvez aqui no município
talvez ter uma maior integração entre as escolas que
oferecem, por exemplo, um ensino de 5
a
a 8* série.
poderia talvez ter uma integração maior com a escola que
ministra o Telecurso né, talvez o que falte um pouco mais
talvez um pouco mais de integração".
"O trabalho daqueles que estão envolvidos acho que é
bastante comprometido, acho até que um dos aspectos
fundamentais pra que o programa venha dando,
apresentando os resultados que vem apresentando é o
comprometimento das pessoas que estão envolvidas, o
comprometimento acho que é primordial. Aí eu vou citar
desde aqui o comprometimento por parte do aluno, do
orientador, da direção da escola". (...) eu acho que é um
trabalho conjunto".
"O objetivo que nós tínhamos quando do início do
trabalho, ele vem sendo alcançado e que mais do que
oferecer educação para um diploma, para que o aluno
possa ter um diploma de conclusão de curso, é de educar
pra cidadania".
"A gente tem observado isso assim com bastante nitidez
nesses alunos, que foram despertar de consciência crítica
As pessoas quando assistem um noticiário pela TV,
quando lêem um artigo de jornal, elas passam a ver isso
de uma outra forma. Porque até então, acho que por não
terem tido aquela oportunidade de levar, de discutir
dentro de sala de aula uma questão que pra aqueles
alunos, pra aquelas pessoas que tem tido acesso à sala de
aula podem ser pessoas simples, mas para aquelas
pessoas que não freqüentam a escola, em alguns
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDENCIAS DECUPAGEM: 09/10
Fita 6 ; 0 31' 47"
H10 Senso Crítico em
' Relação a Politica
Fita 6 0.32'.44"
H10 Compromisso da
Prefeitura
(Oportunizar o
Ensino)
Fita 6 0 33'35"
H10 Compromisso da
i Prefeitura
Fita 6 0 34'52"
H10 Melhora na
Comunicação
momentos, tornam-se bastante complicados, então as
pessoa assim liam, mas não entendiam né, é ler sem
conseguir identificar aquilo que realmente estava escrito.
via aquela coisa sem poder identificar".
"Acho que é o despertar de consciência mesmo, de poder.
de ter condição de criticar, de sair do lugar comum.
daquela conversa de "como que tá o tempo hoje", "se vai
chover", "bom, qual é o resultado do jogo de ontem"'.
não. é de saber discutir mesmo, porque que uma região tá
dessa forma, porque que a questão do ensino tá sendo
feita dessa maneira né, as implicações de uma lei que está
sendo discutida no Congresso, na Câmara de Deputados.
na Assembléia Legislativa, em nível municipal, na
Câmara de Vereadores, no que que uma decisão de um
ato do Poder Executivo pode influir na vida de cada um
Com certeza isso tem influenciado esses alunos sim".
"Acredito que sim. E é nosso interesse fazer com que.
partindo da premissa que o processo educacional é um
processo dinâmico, é criar condições para que esses
alunos continuem os seus estudos, que nós não tenhamos
que, por força de uma dificuldade ou de outra tenhamos
que impedir ou concluir esse programa agora no ensino
fundamental, no primeiro grau, que nós temos a
oportunidade de dar seqüência nisso e a partir daí, quem
sabe, outros cursos também né, que extrapolem essa
fronteira da educação básica".
"Nós no final de 99. nós revidamos todos os esforços no
sentido de criar Comissão Unanime Municipal de
Emprego, pra que através dessa comissão nós tivéssemos
a partir de 2000 maiores condições de conseguir cursos
profissionalizantes né, com recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador. E esses cursos que pudessem
criar novas fontes de, novas formas de qualificação para
pessoas aqui da comunidade".
"Eu acho que através dessas conversas, mesmo essas
conversas informais, eu acho que elas (...) são exemplos
de que na prática isso trouxe né, mudanças assim bastante
significativas na vida desses alunos. Esse exemplo de que
aquele aluno, ele antes era timido, tinha uma grande
dificuldade de comunicação né, hoje ele já se sente mais a
vontade, e por que que ele se sente mais a vontade?
Porque já tem mais segurança de algum conhecimento
que ele adquiriu. E o conhecimento adquirido, ele dá
DANÇO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGEM: 09/10
Fita 6
H10
0.36'. 15"
Conscientização
Fita 6 0.38'.02"
H10 'Valor do Estudo
Fita 6 0.38".02"
H10 Diversidade da
Clientela
segurança para as pessoas se manifestarem, para expor
opiniões, para ela a partir do momento que até então ela
ouvia e se limitava a ouvir e ela não dava opiniões porque
ela não tinha meios de argumentar. Hoje a partir do
momento que ela tá tendo acesso a novas oportunidades
educacionais ela tem como discutir, tem como né,
apresentar propostas, coisa que até então não vinha
acontecendo".
"Eu tive a oportunidade de conversar com dois alunos e
esses dois alunos fizeram o seguinte comentário, que eles
já sentiam no dever, na obrigação, eles são pais, e tem os
alunos matriculados em escolas aqui do municipio. Que
sentiam o dever, a obrigação de manter os alunos na
escola, mas que hoje eles passam a enxergar isso com
amplidão muito maior que tinha anteriormente. Hoje ele
não pensa que manter o aluno na escola nâo é obrigação
do pai. mas que manter o aluno na escola é criar
condições para que seu filho possa crescer, sob todos os
aspectos, do ponto de vista cultural, que até então era
manter na escola porque tem que estudar, porque é a
obrigação dele é estudar e porque ele precisa estudar
porque o estudo é um passaporte para um emprego
melhor, para salários melhores. Hoje ele vê também sob
um outro aspecto, é a questão da cultura, da própria
cidadania, são outros enfoques que ele passou a ter".
"Eu acredito que a partir do momento que recomeçaram
depois de anos e anos afastados da sala de aula, que eles
descobriram essa necessidade também. (..) eu acho que a
oportunidade de estarem dentro de uma sala de aula, (...)
despertou uma consciência nos alunos em todos os
sentido, desde da questão cultural, da questão da própria
educação em si e notadamente da questão profissional,
que as pessoas sabem que hoje no mercado de trabalho
cada vez mais competitivo se não tiverem a qualificação
mínima, não tiverem o nível básico de conhecimento, se
não tiverem no mínimo um diploma de educação básica
(...) Eles sabem, vêem hoje também como, alguns como
uma necessidade".
"Claro que nós temos que levar em consideração que há
alguns alunos nessa turma que nós temos hoje que
acreditam, não vêem o curso apenas como a aquisição
simples e pura de conhecimentos, de cidadania, vêem o
curso com objetivo profissional. Mas temos aqueles
também que não têm a coisa só pelo lado profissional.
(...) que tem interesse mesmo de aquisição de
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS
DECUPAGEM: 09/10
conhecimentos voltado para o lado da questão
educacional pura e simples e cultural e etc"
"Eu acredito que a tecnologia hoje, ela é fundamental no
processo ensino-aprendizagem Acredito que ela não
substitui e jamais vai substituir os recursos humanos. Mas
a tecnologia hoje não há dúvidas ela é fundamental, e
acredito que principalmente na questão da educação de
jovens e adultos, pra esse público que esteve por tanto
tempo afastado da sala de aula eu acho que esse é um
recurso didático assim fundamental e que tem sido assim
muito importante pra que esse aluno ele tivesse mais
facilidade de adquirir esse conhecimento, que até que tá
sendo levado até ele".
"Acho que aquele aluno né, que ficou tantos anos
afastado da escola, mas que por tantos anos estava
sentado em frente ao monitor de televisão, eu acho que a
TV, o vídeo, ele trouxe para esse aluno uma aproximação
que ele já tinha dentro de casa. Eu acho que de uma certa
forma ela foi uma ponte sem dúvida que estreitou o
caminho que seria longo pra esse aluno que ficou tanto
tempo fora, é esse recurso ele estreitou o caminho entre o
aluno e entre o orientador de aprendizagem".
"A educação hoje mais do que nunca é um processo
contínuo. E a educação ela vem acompanhando o
desenvolvimento de novas tecnologias e a cada dia que
passa nós temos mais e mais tecnologias disponíveis ao
seres humanos, e essas tecnologias vão sendo
incorporadas ao processo educacional. Então eu vejo com
bastante otimismo a aplicação desses recursos.
principalmente na educação dessas pessoas que ficaram a
margem do processo quando da idade normal que
deveriam ter estudado. Eu vejo com bastante otimismo,
continuo acreditando que os recursos humanos são
fundamentais, mas eu acho que toda e qualquer
tecnologia que possa facilitar, que possa fazer com que o
processo ensino-aprendizagem seja, esteja mais próximo
do aluno, eu acho que é (...) bastante bem vindo".
"Eu acredito que assim como aconteceu com o livro
didático, o livro didático nunca substituiu o professor ou
o orientador de aprendizagem dentro da sala de aula, o
que foi o livro didático, foi e continua sendo (...) o
auxiliar do trabalho do educador. Da mesma forma eu
vejo os recursos tecnológicos, o video, a televisão, o
Fila 6
H10
0.41' 17"
Uso do Video
(Estratégia de
Ensino/Facilidade)
Fita 6 0 41'. 17"
H10 Uso da TV
Fita 6 0.43'27"
H10 Tecnologia X
Educação
Fita 6 0.46'.03"
H10 Tecnologia X
Educação
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDENCIAS
DECUPAGEM: 09/10
Fita 6 0 49'37'
H10
Senso Critico em
Relação a Midia
computador com a internet e outros meios que nós temos
aí a disposição Eu acho que a tecnologia não deve
escravizar o educador, o educador deve saber lidar corn a
tecnologia em beneficio de melhores condições de
ensino-aprendizagem aos seus educandos. Eu acho que o
educador, o orientador que ele sabe explorar ao máximo
os recursos tecnológicos, ele com certeza vai estar
fazendo um trabalho muito bom".
"Eles têm tamanha audiência, porque fazem tanto
sucesso, porque o grande número, a grande parte da
população brasileira não teve acesso a oportunidades
educacionais e eles falam justamente aquilo que essas
pessoas que não (...) tiveram oportunidades educacionais
sabem ouvir e conseguem entender. Então não adiante
você, essas pessoas se colocarem o canal de televisão
sintonizado numa TV Educativa, numa Rede Minas, num
programa de debate, elas vão se sentir totalmente
deslocadas, elas não vão entender nada Até em alguns
momentos alguns gostariam de participar, de assistir o
programa, mas às vezes até o próprio vocabulário que é
utilizado ele. esse vocabulário ele não é acessível ao
grosso da população brasileira".
FIM
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7 0 03 16"
M2 Gosto p/Estudo
Fita 7
M2
Fila 7
Hl
Fila 7
H3
Fita 7
H3
0.03M6"
Continuidade nos
Estudos
0 04'.53"
Necessidade de
Capacitação
Profissionai
0 05' 35"
Necessidade de
Capacitação
Profissionai
0.07.08"
Valor do Estudo
"Eu sempre, como eu já falei aqui da outra vez. sempre
tive vontade de continuar os meus estudos, né? Porque
Quando eu era mais jovem não tive oportunidade. (...) Aí.
Quando surgiu oportunidade né? Que ia ter o Telecurso
aqui a Celina mandou me avisar. Eu fui uma das
primeiras que veio correndo né? fazer a inscrição. Porque
o meu sonho sempre foi estudar, me formar e ser uma
arquiteta que eu pretendo ainda, né? Pretendo ainda
chegar lá".
"No início assim... eu achava muito difícil, nosso Deus.
tinha hora que eu tinha vontade de jogar tudo pro alto.
Porque a gente fica muito tempo sem estudar.(...) Aí você
vai vendo as dificuldades Mas agora não, agora eu quero
ir, nosso Deus, agora tá muito bom né? Eu quero ir em
frente".
"Bom. o motivo de eu estar estudando aqui, no telecurso
2000, é o seguinte: meu pai me tirou da situação muito
cedo, então quando as oportunidades vão surgindo aí por
falta de estudo a gente perde, então mais um motivo que
eu estou aqui também estudando e com isso tudo a gente
passa a aprender coisas novas que passaram muito tempo
sem oportunidade de se aprender. (...) A tecnologia que tá
cada vez avançando (...) Precisando de gente mais
Qualificadas Então é mais um motivo pra gente tá
estudando".
"Bom, o motivo d'eu tá estudando de novo é o fato de
agora ter essa condições de estudar. O fato de eu trabalhar
numa grande empresa e a empresa necessita que a gente
tenha estudo. Pra Ter o título lá, BS 8000, alguma coisa
assim. Então eles falaram que precisavam ter gente de,
pelo menos, o 1
o
grau formado. Pra tê, pra continuar
trabalhado lá. Aí eu fui, aproveitei que já tava com
vontade mesmo de voltar a estudar, aproveitei a boca. E
continuei porque quando eu era menor não tive
condições, meu pai foi criado sem estudo, ele achava que
nóis também deveria ser criado sem estudo. Aí aproveitei
a oportunidade que a empresa deu de estudar, voltei".
"Eu tenho que continuar estudando porque a gente tem
que acompanhar a evolução do que tá acontecendo, hoje
quem não tem estudo não é nada".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7
H3
fita 7
H2
0.07.25"
Estratégia de Ensino
(Flexibilidade)
0 08' 16"
Oportunidade
Fita 7 0.09'40"
H2 Necessidade de
Capacitação
Profissional
Fita 7
H2
0 09'40"
Auto Estima
(Melhora da
Comunicação)
"Lá porque lá tinha que estudar após o serviço, tinha que
acabar o serviço e estudar lá mesmo E aqui não. aqui eu
posso estudar à tarde, que é melhor estudar, com horário
melhor e lá também por não conhecer ninguém, assim os
colegas de casse, a gente conhecia pouca gente. A
maioria são de Juiz de Fora. Então eu preferi estudar aqui
com gente mais conhecida. (...) Aqui a gente se sente
mais a vontade, porque eu fiz até a 6
a
série aqui então eu
acho que aqui já conhece todo mundo e eu acho mais
fácil quando a gente já conhece, tem mais liberdade para
pedir uma explicação, isso conta muito".
"Eu voltei a estudar por causa dessa oportunidade né? De
Ter o telecurso aqui em Ewbank porque na época que eu
estudava e tudo. eu não levava muito a sério né? no meu
tempo, no caso. a gente com o (...) primário tinha serviço
e tal, tudo bem, não era tão exigido assim. E como a
gente começa a trabalhar mais cedo, eu comecei a
trabalhar muito cedo. Aí ficava difícil de estudar e
trabalhar. E também nas oportunidade que eu tinha
também, em vez de estudar a verdade é que eu ia era
bagunçar, corno se diz Aí, as oportunidades eu perdia...
de emprego. Ai Quando eu vim pra cá, senti falta do
estudo né? que tem muitos anos. aí realmente sem
estudos fica muito dificil. Aí agora eu ia fazer até em Juiz
de Fora ou em Santos Dumont, eu ia me apertar de um
jeito que fosse e ia Ter que fazer né? porque não tem
mais caminho pra mim sem estudo. Aí teve aqui, eu
resolvi ficar por aqui mesmo. Se Deus quiser dá
continuidade até Quando o prefeito e com ajuda do
Marcos aqui".
"As dificuldades, assim... a primeira coisa que se
pergunta é o grau de estudo que você tem, em qualquer
lugar que você chega. Aí chegava lá e dizia que tinha o
primário. Aí quer dizer, não tinha chance nenhuma né? A
maioria das firma que eu fui aí... e até mesmo pra chegar
pra pedir serviço e pra conversar com um engenheiro ou
coisa assim, eu tinha muita dificuldade".
"Até o português da gente melhorou muito. A gente tem
mais coragem de chegar perto deles e conversar e tal.
explicar numa boa".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS DECUPAGEM: 11/12
Fita 7
H2
0 09" 40"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
Fita 7
H2
Fita 7
M5
Fita 7
Ml
Fita 7
Ml
0 09'40"
Continuidade nos
Estudos
(Perspectiva de
Futuro)
0.11.25
Valor dos Estudos
(Conscientização)
I
Fita 7 0 12'02"
M4 Valor do Estudo
'(Conscientização)
Fita 7 0.12'.41"
M3 Força de Vontade
10.13'.29"
Dificuldade p/
Estudar
0 13'29"
Gosto p
/
Estudo
"As firmas agora não tem nem trabalho. Quer dizer, hoje
como o 2
o
grau, hoje, daqui alguns dias não vai ser nem,
tem que ser mais superior ainda Só assim quanto mais
tempo a gente perder mais pra trás a gente vai ficando, a
idade vai chegando e vai só aumentando a dificuldade, o
obstáculo e sem estudo complica mais ainda. E além do
estudo a gente tem que fazer também curso
profissionalizante e é importantíssimo. Todas as firmas
exigem. Eu já tive oportunidade antes de estar num bom
emprego e naquele tempo não exigia tanto assim o 2
o
grau, mas se eu tivesse ao menos um curso qualificado eu
teria pegado essa oportunidade".
"Mas agora graças a Deus tô me agarrando a todos os
cantos. Tô fazendo curso no Senai de sábado, dia de
Sábado, o dia inteiro (...) e os outros que tiver e puder
fazer, eu vou fazer também, se Deus quiser".
"Eu fui por arrependimento de ter deixado de estudar para
trabalhar, aí eu vi que não valia a pena só ficar
trabalhando, aí eu vi que eu tinha que estudar para eu
conseguir ter alguma coisa. Porque oportunidade eu tive
só que eu joguei fora, agora eu tô correndo atrás do
prejuízo".
"Também. Parei de bobeira, né? Aí agora quis voltar e
não quero parar mais".
"Duas cunhadas minha entro comigo as duas pararam e
eu continuei, e adorei apesar de que não passei até hoje.
sabe? (interrupção) Um dia. um dia chegarei lá, não vou
desistir por isso né? Um dia eles cansam, vão ver lá
Rosimar reprovada e me passam (...) nem que seja por
pena".
"Depois desse tempo todo, quase 50 anos, que eu só tinha
até a 4
a
série, mas falta de oportunidade, porque só tinha
outros cursos fora de Ewbank. E minha irmã estudava.
meu irmão, então eu via que pesava em casa né? Pros três
não tinha condições, então deixe, parei na 4
a
série, mas
sempre tinha vontade".
"Minha filha chegava em casa com as provas dela lá, eu
pegava a prova e tentava fazer, naquela vontade, então
Quando surgiu o Telecurso conversei com a Celina. Ah
vai ter o Telecurso, uma oportunidade".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7 0 13.29"
Ml , Continuidade nos
Estudos
Fita 7 0 17'. 14"
Ml Auto-Estima
(Melhora na
Comunicação)
Fita 7 0 19'42"
H2 Melhora na
Comunicação
"E comecei. Também depois dessa idade, desse tempo
todo. mas a gente foi vendo que não é tão dificil e a
Celina também, uma ótima professora Aquela ali não
entendeu, tá lá explicando, então fui conseguindo fazer as
provas, primeiro em Juiz de Fora. primeiro, as três provas
né? Ai consegui passar nas três. Aí já anima né? Falei
êpa. então tá bom. Aí consegui fazer o 1
o
grau né, e agora
tô tentando o 2
o
. Agora também não vou parar não, não
sei se vai ter oportunidade de aproveitar isso que eu tô
fazendo como profissional em alguma área, mas pelo
menos, pra conhecimento, pra ter mais conhecimento é
bom. Então eu já fiz duas provas agora, essas duas eu
passei né Celina? Então se Deus quiser eu pretendo
continuar e vamo vê.
"As vezes cê nota. tem um assunto, tem uma coisa, aí pô!
E sô falar uma palavra, aí cê vem, pô não tô. Então a
gente acaba se sentindo mal daquilo. Cê tá entrosado no
meio da turma, mas tá sentindo que a pessoa tem mais
estudo, então tá falando alguma coisa que você não tá
entendendo ali, isso faz a gente sentir também mal né
7
Então procurar entender aquilo tudo. participar das coisas
com mais clareza Entender melhor as coisas. Então eu
acho que isso faz você sentir mal também. Então eu
sempre quis. achei que devia, por esse motivo também
Quanto mais estudo mais a gente tiver, melhor. (...) Então
estudando não, você já acha assim, já estudei então sei
aquilo, sei aquilo, né? Igual a prova de Inglês (...) meu
sobrinho tá fazendo curso de Inglês então chega lá. eu
querendo falar inglês com coisa que eu sabia claramente
inglês E ele já tem o curso, já estuda há muitos anos, mas
dá porque eu aprendi "um pouquinho, já tava tôda, né? Me
empresta o dicionário. Você já sente assim, mas, já sente
melhor".
"Eu também tinha essas dificuldades. Às vezes tinha uma
reunião, da turminha de colega batendo papo e tal... o
pessoal aqui não vai falar minha língua. Ficava perdido
no assunto em que eles estão, entendeu, sabendo dos
estudos deles e tal, né? (...) o estudo deles e o meu né? Aí
a gente tinha toda essa dificuldade. O serviço também, às
vezes chegar perto de um engenheiro pra conversar, pedir
alguma explicação, tudo isso sentia muito mal. Muita
dificuldade mesmo".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7 () 19 42"
H2 Melhorada
Comunicação na
Familia
fita 7
fita 7
M5
Fita 7
M5
Fita 7
M5
0.21' 20"
Melhora na
Comunicação
0 22' 31"
Melhora na Família
0.22'.31"
Busca de
Conhecimento
0 23' 14"
Busca de
Conhecimento
Fita 7 0.2.V.40"
M5 Busca de
Conhecimento
Fita 7 0 23'40"
M5 Auto Estima
(Melhora na
Comunicação)
"O relacionamento em casa também, até com a família da
gente mudou muito bem, graças a Deus, em relação ao
que era antes e hoje com estudo eu vejo que não é bem
assim do jeito que eu via as coisas. Aí. hoje tenho mais
paciência até com os filhos assim, educar assim.
converso, entendeu? (...) de falar em vez de gritar, que
não resolve, mais na base do diálogo, falando baixo, fica
mais fácil deles entenderem e a gente passa menos raiva
né? E eles também".
"Eu me recordo que o Ademir logo que a gente começou
a estudar. ( ) ele falou um dia comigo assim, agora eu já
sei como é que eu vou chegar lá e cobrar o meu
aumento"
"Mudou bastante a rotina de casa. a gente chega em casa
e tem alguma coisa pra contar".
"A Celina corrigia, tava certo, mas ela tinha uma
explicação pra dar porque tava certo, sempre a gente tava
cobrando porque isso tá certo, porque que tá escrito isso.
a gente tinha que saber porquê. Tinha coisas que a gente
não concordava, a resposta tava certo, mas pra gente não
lava certo, tinha que ser o que a gente tava pensando".
"Em tudo eu vou atrás do porquê. Tinha um exercício lá.
que tinha uma resposta tal e eu queria saber o porque
daquela resposta, porque tinha que ser aquela resposta
Tinha coisa que a gente achava que não tinha nem lógica.
mas era a resposta certa. Aí a gente procurava saber
porquê".
"Fiquei muito mais curiosa, muito mesmo. Tudo eu tenho
que saber porque, tenho que saber a explicação. Tem que
ter uma explicação porque aquilo é daquele jeito".
"A gente aprende bastante coisa, não só durante a aula.
como conversar, como falar as coisas certas, a gente
perde a vergonha de chegar num algum lugar que a gente
precisa resolver algum problema, a gente resolve
direitinho, a gente não tem medo de conversar com os
outros, porque eu por exemplo, antigamente pra estudar
eu tinha vergonha de chegar pro professor e perguntar Eu
achava que ele ia me dar uma resposta que eu não ia
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDENCIAS DECUPAGEM: 11/12
gostar, que eu ia ficar sem graça, agora não, agora eu I
pergunto, se alguém não me responder direito, eu tenho
uma resposta pra dar direitinho. Se alguém me tratar mal,
eu não vou tratar mal, eu vou saber responder, tratando
bem, bem diferente".
"A Celina também ensinou muita coisa pra gente. Não,
não é só o que tava no livro, porque a gente veio pra
estudar pra saber uma coisa, pra fazer uma prova, só que
a gente ganhou muito mais do que o saber da gente, a
gente ganhou a amizade da Celina, o afeto dela. Ela é
muito carinhosa, ela não parece uma professora, ela
parece uma família, uma pessoa da família da gente.
(interrupção). Agora mesmo nos dias que a gente não tá
estudando a gente procura ela. qualquer coisinha que
acontece com a gente, a gente vem contar pra ela
correndo, ela passou a ser parte da família da gente
mesmo".
"Eu acho que a gente criou (...) essa família mesmo
dentro da sala, essa liberdade que a gente tem de quando
um erra. ou alguma coisa que não devia errar, tem que
chegar, peraí, não é assim. Oh, Celina, não vim, não deu
pra vir, mas tava lá na rua, que eu passo oh vou puxar
orelha, eu acho que foi, é essa abertura que né? Deles
comigo, eu volto a falar, eu acho que aprendi muito mais
com eles do que eles aprenderam comigo, com certeza. A
Lídia também, quando nós começamos, assim se é pra ela
perguntar alguma coisa, ela abaixava a cabeça.
perguntava uma vez. Se não entendeu. Lídia entendeu?
As vezes ela falava que entendia pra não perguntar de
novo, aí pela cara a gente tava vendo que não tinha
entendido. Não. então vamo volta".
"A gente não tem tempo marcado, a gente não tem um
ano letivo pra seguir, a gente tem uma matéria pra vencer,
então se vencer né? Pra essa prova maravilha, se não
vencer a gente vai continuar com a sala ou fora de sala.
entende? (...) Mas não é aquele compromisso, aquela
obrigação de tempo que a gente tem, a gente não tem essa
obrigação de tempo, tempo é a gente que faz. E o que
conta é o que a gente aprendeu".
"Melhorou bastante na convivência dentro de casa".
Fita 7
M5
Fita 7
M6
Fita 7
M6
0.23'.40"
Relação OA/Aluno
0.28'.01"
Relação OA/Aluno
0 28'.01"
Estratégia de Ensino
(Flexibilidade)
Fita 7 0.31.27"
M3 Melhora da
Comunicação na
Familia
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDENCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7
0 39'.02"
Auto Estima
(Melhora na
Comunicação)
Fita 7 0 41'.04"
H1 Auto Estima
(Melhora na
Comunicação)
Fita 7 0.41'.04"
Hl Valor do TC
"Eu acho que antes d'eu fazer o telecurso. antes eu me
sentia assim um pouco meio perdido, porque eu trabalho
corn restaurante e esse restaurante às vezes a gente vai
servir café pra gente mais até pessoas estrangeiras, então
a gente fica meio assim sem ter o que falar, sem ter o que
conversar. E lá onde eu trabalho as pessoas vão almoçar,
principalmente nessa época de prova, eles sentam na
mesa e só se fala de assuntos de escola. E nessas épocas
eu não sentava na mesa. Eu falava assim não, não vou
sentar porque eu não vou entender nado do que eles estão
falando. Talvez a gente sentava e eles perguntavam a
gente: cê concorda aí? Achava que a gente sabia, eu
falava "hurum". Era o que podia fazer, porque a gente
não (...). Então, agora a gente estudando também a gente
tem como discutir com eles o mesmo assunto que eles
estão falando. Porque é triste a pessoa não sabe e a pessoa
pergunta cê sabe e tem que falar que sabe, falar que tá
certo ou errado, a gente concordar com a coisa que a
gente não sabe se tá certo. (...) Agora eu concordo,
discordo, critico o que não sabe. Porque muitas das vezes
(...) eles riam da gente, porque a gente não sabe e tentar
falar pra eles o que é. ai eles riam. Agora a gente pode
explicar pra eles certo, como está sendo, como tá
acontecendo tudo. Nesse fato o Telecurso ajudou muito".
"Bom antigamente também, como dizia o Márcio ali. eu
me sentia também perdido né? Com vergonha de
conversar com as pessoas assim, até mais um pouco
assim elevado, assim de grau escolar assim de
escolaridade, por não saber assim pronunciar alguma
palavra, às vezes se falar, falava errado, ou às vezes
algum amigo debochava na cara da pessoa. A gente fica
um pouco assim com vergonha né?"
"E graças ao Telecurso aqui a gente vai aprendendo a
cada dia que passa, apesar de ter o espaço ser meio curto
de vir aqui a aula, aí eu estudo mais em casa, alguma
dúvida, eu venho até aqui na escola né, converso aí corn a
professora né, e assim a gente via levando. Cada dia que
passa aprendendo umas coisas né, e pra ter assim uma
certa liberdade com o povo né, precisa ter assim um
pouquinho de conhecimento".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7
H11
Fita 7
O
41'
04"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
0 44' 00"
Busca de
Informação
Fita 7 0 45'.02"
H3 Busca de
Informação
(Mudança)
Fita 7 0.45'.25"
H3 I Mudança de Postura
Fita 7 0 45' 51"
H3 Senso Critico em
Relação a TV
Fita 7 0 46'.24"
H3 Mudança de Postura
(Senso Critico)
"Onde eu trabalho também, eu trabalho de segurança, aí
também o meu sonho era seguir a carreira militar, mas
não deu porque o meu estudo é pouco. Aí, o major pediu
pra que eu estudasse mais um pouco, fizesse o 2
o
grau. Tá
meio bravo, com certeza eu chego lá ainda. E esse é o
motivo d'eu estar aqui estudando no Telecurso 2000. É
isso aí".
"A gente procura ver as notícias do que tá acontecendo
pra ficar mais em dia. Porque tem muitos fatos
importantes que acontecem, acontecem assim, que de
repente tá num livro, tá em alguma coisa. Então a gente
procura sempre ver um mais jornal, procura ver algum
programas mais educativo, pra guardar na cabeça pra
quando a gente for estudar aquilo pra já saber como que
(...) como aconteceu pra não ficar perdido".
"Antes a gente assistia, a gente só queria saber mesmo o
que tava mais perto da gente aqui, pra gente saber o que
tá acontecendo. Agora hoje não, hoje a gente procura
saber o que tá acontecendo no mundo pra gente ficar
atualizado, pra gente ter o que discutir".
"Depois do Telecurso eu só passei a gostar mesmo dos
telejornais".
(Casseta e Planeta) "Assisto, toda quarta tem que assistir.
Eu continuo assistindo porque eu acho que o jeito que
eles fazem as coisas também elas ensinam, porque eles
usam os fatos sérios pra fazer comédia. Então, comédia é
mais fácil de gravar. Porque a gente lembra e de repente
vai lembrando e vai rindo e vai lembrando o que tá
acontecendo".
"A gente passou observar mais, procurar entender o que
eles estão tentando dizer realmente. Que antes não. a
gente via só pra divertir mesmo, só pra rir. Agora a gente
procura guardar na cabeça o que eles tão fazendo pra
gente lembrar dos fatos importantes que estão
acontecendo por aí".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES
EVIDENCIAS DECUPAGEM: 11/12
Fita 7
H.1
Fita 7
Ml
Fita 7
Ml
0 46' 46"
Mudança de Postura
0 48'34"
Uso do
Conhecimento
048' 34"
Mudança de Postura
0.49" 31"
Senso Critico em
Relação a TV
"Mudou um pouco né. Porque antes a gente via, via assim
pra tentar só ver o que tá acontecendo perto da gente, não
interessava pro que o resto do mundo, o resto que se
virasse pra lá. Agora a gente procura ver o que tá
acontecendo no mundo porque pode ser mais importante
do que, de repente pode cair numa prova de história
Então a gente procura guardar na cabeça".
"Quando a gente tá assistindo alguma coisa que passa
assim, a gente fala assim, a gente lembra isso aqui eu vi
lá na escola".
"Tem a professora pra gente perguntar. Fala assim, cê
explica pra mim quê que é isso que tá acontecendo, aí ela
que se vira pra lá que ela que vai Ter que explicar".
"Eu acho que a gente vê agora com outros olhos, com
outra interpretação. E o jornal falou que bom, é mesmo
aconteceu. Agora você tá vendo que é mentira que não é
daquele jeito".
"Aquele Telecurso sobre a 2
a
Guerra Mundial, eu tava
vendo aquela minissérie Aquarela do Brasil né. Aí você
faz a ligação, os brasileiros foram dar uma força... como
foram despreparados, pegou assim e mandou. Quer dizer
você vai fazer uma comparação do que você leu, do que
realmente é".
"Eu acho que você vê diferente agora, agora você vai
censurar, não é nada disso do que tão falando.
Antigamente fala você tá aceitando, mas o estudo te traz
essa coisa, você leu, tá ciente que não é, que não foi
daquele jeito né.
"Eu prefiro mais um programa assim, mesmo, como ele
disse um telejornal. Que são noticias, apesar que tem
umas também que é uma mentira né, às vezes dá uma
notícia numa estação, nós até comentamos isso também
numa reunião, de um maneira, a outra ja, o outro canal já
tá de outra maneira, entendeu? Parece que só pode falar
daquele jeito, o outro só pode falar assim, então... mas
mesmo assim eu gosto de ver jornal".
Fita 7 0.47.49"
H3 Uso do
Conhecimento
Fita 7 0. 48'.04"
H3 Valor do OA
Fita 7 0 48'.34"
11 Senso Critico em
Relação a TV
Fita 7
Ml
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7
Ml
Fita 7
Ml
Fita 7
Ml
Fita 7
Ml
Fita 7
Ml
Fita 7
M5
0 50' 07"
Senso critico em
Relação a TV
0 50' 29"
Senso Critico em
Relação a TV
0 51'.16"
Valor do Estudo
0.51' 40"
Auto Estima
(Testar Capacidade)
0 52'.07"
Busca de
Informação
0 53' 11"
Mudança de Postura
"Não sei, é um drama a novela inteira né. Cê vai vendo
muito tempo, depois você enjoa disso. Drama, drama.
drama, aí no último capítulo acontece tudo de bonzinho.
acabou, quem era ruim ficou bom, quem era morreu.
também não sentiu nada Ah não, aí sei lá, fui enjoando".
"Sempre tem diferença né. Canal dá uma notícia de um
jeito, você liga no outro já tá falando aquilo... morreu
500, no outro morreu só 100, no outro morreu, no outro
ainda não morreu. Tem diferença".
"Não sei, talvez até o estudo mesmo né. Você vê que o
programa do Jô é um programa muito inteligente. Não
sei, passei a dar valor aquilo né. Marília Gabriela
também. Não sei se por causa disso. Você vê que eu não
gosto mais das novelas".
"Sobre esse programa do Sílvio Santos, o Jogo do
Milhão. Chegar aquela hora assim antes de responder, eu
quero responder pra ver, será que eu acertei né. Até sei
muito, sei pouco, tô acertando tudo. Então, são programas
bons pra testar né, se a gente tá aprendendo mesmo, tá
melhorando".
(Show do Milhão) Procuro, ah procuro. E quando eu não
concordo com eles também dá procurar porque eles
também erram né. Aí eu vou atrás pra ver, peraí, eu acho
que isso não é assim. Então eu acho que tem que procurar
e acaba que já erraram várias vezes né. Tiveram que
recorrer a dicionário lá e dá uma briga danada pra chegar
a uma conclusão".
"Mudei bastante. Ah eu sei que é mentira. Eu... já não é
tão divertido ver novela mais. Sempre tinha alguma coisa
que enganava a gente, sempre tinha alguma coisa assim
que fazia a gente pensar diferente. Agora não, agora eu
vejo por ver assim, eu sei que não é uma coisa séria".
"Eu gosto de ver o Globo Repórter. Que eu acho que é o
único programa que a Globo passa que presta, o resto...".
Fita 7 0.55'33"
M2 Senso Crítico em
i Relação a TV Globo
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7
H3
Fita 7
\12
Fila 7
Hl
Fita 7
Hl
Fita 7
H2
0.56'.42"
Busca de
Informação
0.58'.07"
Senso Critico em
Relação a TV
1.02'.09"
Senso Critico em
Relação a Política
1.03"
Valor do TC
1.04'. 08"
Busca de
Informação
"E um outro programa bom também que tá passando é
esse Linha Direta, (interrupção). As pessoas estão
foragidas lá, às vezes você tá vivendo com uma pessoa
que é um assassino, que matou alguém lá no lugar dele e
veio viver perto de você Cê não acha que isso é bom
você ver não? (interrupção). Aí eu assisto quase todo dia.
Tem. eu tô vendo!"
"Eu vi uma vez, nossa eu fiquei, ah eu fiquei com uma
impressão tão ruim, até hoje eu lembro de um caso.
daquele rapaz que matou a esposa, começou a namorar a
menina com 16 anos, como você tá falando ai que você
vê. você deve ter visto, que ele tava num carro assim com
ela e a mãe e ficava batendo assim no rosto dela e matou
a mãe numa mercearia, um negócio assim. Nossa, eu
fiquei com aquilo na minha cabeça, nosso Deus é
horrível... Aí eu fiquei vendo a minha filha por causa de
ciúme, eu fiquei vendo a minha filha, igual você já sabe o
caso né, que eu já te contei que o namorado dela muito
ciumento, eu fiquei imaginando que poderia ser a minha
filha. Ai, que coisa horrorosa! Nunca mais, foi a única
vez que eu vi esse negócio de Linha Direta".
"Essa parte é que confunde bem a cabeça do cidadão...
Nossa e muito. Um lá fala uma coisa, outro vai e fala
outra, você não sabe... então, pra gente aprender a se
decidir sozinho o que querer da vida é preciso ter um
pouco de conhecimento daquilo que vai fazer Porque
realmente a gente tá passando por tudo que tá hoje porque
nós brasileiros, talvez por sem ter experiência do que tá
fazendo, é que escolheu isso aí. Então é por isso que a
gente vem passando esse aperto com ele aí, tá? Esse
negócio chamado política é uma dor de cabeça muito
grande que o brasileiro hoje tem que agüentar. Seja ela
certa ou errada".
"Hoje o Telecurso tá aí pelo que eu tô vendo levando
muito cidadão pra frente né. Tava lá embaixo tá
conseguindo chegar ao ponto que tá lá em cima. Então é
mais um motivo daí (...) ao Telecurso 2000".
"Através dos jornais e tudo, sempre eu via o jornal da
televisão tudo, comprava jornal, lia jornal, sempre gostei
e gosto, continuo gostando mais agora, interesso mais, e
até aprendendo também né, muito com isso".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7 1 04'.08"
H2 Senso Critico em
Relação a Politica
Fita 7 ' 1 05" 54"
H2 I Senso Critico em
Relação a Política
Fita 7 1 08'21"
M5 Busca de
Desenvolvimento
Local
"E aí essa semana agora sobre a política, lá dos Estados
Unidos e tal, eu por exemplo não sabia que lá o voto não
era obrigatório, pra mim era obrigatório geral. Isso aí
deveria até, eu penso comigo, minha opinião, deveria tirar
como exemplo a gente, no Brasil também não deveria ser
obrigatório porque quê adianta? A gente vai, é obrigado
a votar, vai e vota lá e eles prometem mil coisas, não
fazem nem a terça parte. E porque cada vez estão ficando
mais desacreditado, esse negócio aí de eles querer
combater o narcotráfico aí, quer dizer, pura ilusão né, que
dentro do Senado mesmo tem gente envolvida, os grandes
mesmo tão lá dentro, como é que o Brasil vai conseguir
acabar com isso e os próprios, os maiores tão lá dentro?
De terno e gravata querendo, disfarçar que tão querendo
defender a gente e no fundo eles tão. eles se aproveitaram
do poder deles. E tem senador lá, que eles até falam em
liberar a maconha no Brasil, quer dizer, isso eu acho um
absurdo. Eu, na minha opinião, um cara desses querer
fazer uma coisa dessas, devia ser cassado o mandato dele
na hora porque se ele quer liberar uma coisa dessas
porque um beneficio ele tá levando, quer levar mais. Eu
acho que. opinião minha assim, aí deveria ser assim como
nos Estados Unidos, aqui não precisava ser exigido assim
da gente a votar, quem votasse quem quisesse, quem
quisesse ir lá votar, votava que aí eu acho que a pessoa
poderia ficar mais consciente e não ia perder tempo com
isso".
"Eu vi passar no jornal falando que lá (...) nos Estados
Unidos, aí falando que lá o voto era secreto, lá 50% das
pessoas lá votavam, até falou a porcentagem das pessoas
que votavam lá. E de fato, eu pensei comigo pô isso bem
que poderia vir pro Brasil, porque a gente vota, vota cada
vez mais é desacreditado. Pra dar... aumentar o salário da
gente por exemplo ali pra 180 reais, nossa né? Quer dizer.
o pra eles lá... pra aumentar, pro juiz lá é aprovado na
hora. sei que tem eles ganham lá os milhões deles lá
pronto e o nosso., uma miséria dessa, uma dificuldade
Ah. que vai o Brasil não tem condição de pagar isso, mas
lógico que tem pra eles tem é só eles deixarem lá as
regalia que tem lá de lado lá, a corrupção deles que é
demais e dar mais valor (...) a gente mesmo. Dividir mais
né, pra todos".
"A gente andou comentando até com a Celina... a gente
tava comentando alguma coisa diferente de Ewbank
como teve uma exposição de fotos antigas de Ewbank, a
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
gente pensou... a gente, na opinião da gente, podia ter um
museu em Ewbank, alguma coisa pra mostrar as coisas de
antigamente pro pessoal que tá vindo agora como eu. Eu
não sabia de muita coisa que tinha em Ewbank, eu vi
bastante pelas fotos. É isso... a gente pensou numa coisa
assim.. Devia ter um pequeno museu, uma coisa
diferente, coisa que Ewbank não tem".
Fita 7
H2
Fita 7
H2
M2
1.09'. 13"
Valor do Estudo
1.09.13"
Necessidade de
Capacitação
Profissionai
Fita 7 1 09\54"
M2 'Busca de
Desenvolvimento
Local
Fita 7 1 10' 32'
Busca de
Desenvolvimento
Local
"Pra ajudar a cidade a crescer né, é continuar com os
estudos aqui né Graças a Deus tamo indo muito bm. Por
essa escola aqui, teve uma melhora dela aqui, mais quatro
salas que aumentou aqui, muito bom o serviço, ótimo".
"Trazer cursos né, profissionalizantes pra gente. Porque
todas as firmas querem um lugar pra se instalar mas
querem saber né o grau de qualificação é... do pessoal.
Quer dizer, quanto mais facilidades a gente tiver assim
aqui dentro, mais firmas vão trazer... tem uns terrenos aí
agora, se Deus quiser vai vir cursos pra cá e nós cai
dentro, se Deus quiser".
"Não é só curso também não né, é firmas mesmo né.
Mesmo pequenas firmas né, pra dar emprego pr'esse
povo aqui, que o povo de Ewbank é muito sofrido né. Eu
falo de cadeira porque enfrentar essa fila desse cinco e
meia da manhã pra ir no seis horas não é fácil não. Se
tivesse emprego aqui né é bem mais fácil porque muita
gente precisando trabalhar".
"Ah, eu sei lá! Eu acho... alguém que queira trazer sabe?
E o prefeito também se interessar né. Porque eu acho que
são ambas as partes né. A pessoa que queira vim de lá,
montar uma pequena firma aqui né? Igual hoje eu fiquei
sabendo, não sei se é verdade né, o Marcos deve saber se
é verdade... que acho que o ano que vem vai vir uma
pequena firma de... não sei o quê de marmitex, sei lá... de
marmita, não sei, pra cá né. Se for verdade eu gostei
muito dessa notícia, eu fiquei muito interessada. Falei na
hora que começar as inscrições lá me avisa que eu quero
pô meu nome pra me chamar pra trabalhar Mas é
verdade né, é muita gente desempregada que tem aqui em
Ewbank, igual a gente vê aí esses adolescentes, que fica
aí copiando moda na rua, fazendo coisa errada, se tivesse
um emprego, trabalhava meio expediente, meio
expediente estudava. Mas não tem o que fazer né, eles
ficam fazendo coisa errada... que não convém falar".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7 11 15'12"
17 Valor do Estudo
Fita 7 1 15'. 12"
M7 Compromisso da
Prefeitura
Fita 7 1.17.44"
H1 Valor do Estudo
Fita 7 l.18'50"
Hl Valor do Estudo
Fita 7 1 19'.37"
Ml Força de Vontade
"Eu acho que é muito importante que as pessoas mesmo
que não estudassem se conscientizassem que o estudo é
importante, elas não tiveram oportunidade, mas dá
oportunidade aos filhos uma coisa que elas não tiveram
né. Então em dar o incentivo... quando a gente é criança
não tem maturidade, não tem responsabilidade, então a
gente acha fácil parar de estudar né. Ah, estudar pra quê
né? Estudar não vale nada, bobagem, ficar lá aprendendo
aquilo pra quê? Então são os pais da gente que são
conscientes que aquilo vai fazer falta e que tem que exigir
que a gente né estude. Porque quando se torna um adulto
é que às vezes vai pensar...ah meu Deus quanto tempo
que eu perdi né".
"Aqui em Ewbank as crianças entram na escola corn
quatro anos de idade né pra fazer o pré-escolar, estudam
três períodos, depois vem de 1
a
a 8
a
, que é o ensino
fundamental e tem o 2
o
grau, sem a pessoa precisar pagar
nada".
"Lá na colônia (bairro) mesmo eu fico olhando, puxa eu
tô com 26 anos. o meu pai não me deixou estudar, hoje eu
tô um pouco meio perdido também por não ter estudado.
também na época faltou um pouco do meu interesse
também. Hoje não, agora eu fico olhando um monde de
criancinha lá, de rapazes de... sabe de 12 anos pra cima
jogando bola sem procurar uma escola que seja (...) Quer
dizer, a pessoa mesmo vem a sofrer mais tarde na vida é
porque quer. Porque a escola tá aí".
"Por muitas vezes eu já falei com um colega meu lá, pra
eles virem pra escola né, ele disse ah não quero perder
tempo com escola não, isso é muito enjoado (...) Então
tem que deixar quebrar bastante a cara na rua, eles
apanharem um pouquinho da vida, pra depois ele vê o
que perdeu pra trás que é só assim que a pessoa chega a
dar valor, o que aliás assim começa a dar valor a escola
que quando fui querer correr atrás lá não, corro atrás
mais tarde. Aí já não adianta mais".
"Já fiz e dei o exemplo né? Na minha idade tentar voltar a
estudar né. Eu acho que é um sacrifício muito maior que
eu tenho casa, tenho família, tenho neto pra olhar. Então
eu falo gente! Mas a resposta é como o Sinfrônio falou,
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: H/12
Fita 7
Hl
1..20.37"
Valor do Estudo
Fita 7 1.21.53'
M1
Fita 7
H2
Fita 7
Hl
Valor do Estudo
Fita 7
M2
Continuidade nos
Estudos
Fita 7 1.24'00
H2 Continuidade nos
Estudos
1.24'
.00"
Necessidade de
Capacitação
Profissional
1.24'48"
Dificuldade p/
Estudar
Fita 7 l.25'.50"
H10 Compromisso da
Prefeitura
você tá estudando pra quê? Ah, pelo amor de Deus cê tá
estudando? Pra quê que você foi estudar de novo? Quer
dizer, uma descrença né total. Eu falo você devia tá lá pra
ver como é bom né se sentir bem".
"Ele fala comigo assim, ah eu não tenho cabeça pra
isso não, aí falei assim quebra a cabeça rapaz que um dia
você chega lá, falou assim ah vou ver, depois não falei
mais nada com ele não, um dia eu tava vendo ele com
caderninho, aí falei onde cê vai? Ah vou pra escola".
"Hoje você tá empregado, mas amanhã você pode
precisar desse estudo né".
"Eu pretendo continuar né. Eu fiz até a minha inscrição
pro 2
o
grau, tô esperando né Celina? Assim que começar.
eu sou uma das primeiras no 2
o
grau".
"Eu também, a intenção é continuar né, como é que vou
dizer é... eu quero alcançar meus objetivos esse ano, se
Deus quiser agora que vem é o 2° (..) e dar seqüência no
que puder fazer, outros cursos também".
"Hoje em dia quanto mais estudo a gente tiver e mais
cursos profissionalizantes é que a gente tiver e mais o
curriculo né da gente. Tenho visto aí o pessoal que tem
duas, três profissão isso só vem a ajudar. Porque hoje em
dia as concorrência tão assim né, as pessoas mais
qualificadas, mais estudadas aí eu quero dá seqüência até
onde der pra mim".
"Pra gente que trabalha também fica assim um pouco
dificil de se vir todo o dia assim na escola, mas sempre dá
assim um tempo disponível né professora?"
"Foi um compromisso que foi feito que nós vamos unir
todos os esforços aí pra que, eu não vou dizer em janeiro,
janeiro vai ser um mês um pouco dificil infelizmente.
mas pra fevereiro colocar em prática o ensino médio, o 2
o
grau aqui, é uma oportunidade que vai ser oferecida que
vocês não devem abrir mão dela de jeito nenhum porque
como foi dito aqui também né, tá aqui perto, não se paga
passagem de ônibus pra vir pra sala de aula né. tem o
material que a gente vai batalhar pra que esse material
entregue aqui dentro de sala né, dá tudo sem que ninguém
tenha nenhum tipo de despesa com isso".
FONTES
BANCO DE INDICADORES
INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7
H10
1 30' 57"
Necessidade de
Capacitação
Profissionai
Fita 7
M6
1 34'.32"
Valor do Estudo
"Hoje é o mercado de trabalho é que tá fazendo esse
imposição porque vocês tenham que estudar porque se
não tiver estudo não tem., é o caso da Belgo Mineira,
quer dizer as grandes empresas todas elas me parecem
assim, pelo menos na nossa região aqui tão colocando
essa oportunidade, essa modalidade de ensino e aquele
funcionário que não quiser, foi até acho que uma de vocês
que fez essa pergunta né, foi imposição da empresa, hoje
ainda não é mas num espaço de tempo muito curto vai
ser. Porque a empresa vai ler que para obter certificado de
ISO aí todas as vezes que... cada dia, cada hora que passa
a gente vai ter alguma coisa mais né, alguma barreira que
a empresa ter que ultrapassar pra que ela continue
mantendo o seu lugar no mercado, então se ela tiver no
quadro de funcionário dela funcionários plenamente
qualificados, ela não vai conseguir se certificar e então
esses funcionários vão ter que sair. Então hoje no
mercado realmente faz com que as pessoas tenham que se
qualificar cada vez mais".
"Essa pessoa trabalhava numa firma, trabalhou por
muitos anos numa firma e há pouco tempo... e aí foi saiu.
foi trabalhar em outros lugares. Há pouco tempo voltou e
pra pedir emprego nessa mesma firma que já tinha né, já
tinha trabalhado há muito tempo. Bateu aqui, ah eu tô
querendo o meu histórico escolar. De quando? Até da 4ª
série, tá! (...) Ele realmente não tinha fechado a 4
a
série e
tinha começado com a gente, tava indo até relativamente
bem, parou, foi pedido a ele né lá onde ele está o mínimo.
no mínimo a 4
a
série. Ele veio aqui bater não tinha.
Estudou vários anos, mas não tinha a 4
a
série. Virou pra
mim e falou assim, é..' antes disso ele tinha aconselhado a
outras pessoas a não virem a estudar, a parar de estudar
que não se aprendia tá? E eu fiquei lógico, cidade
pequena a gente fica sabendo, lógico que a gente fica
sabendo e no dia que ele veio pegar eu falei assim, oh eu
posso te dar um comprovante que você passou por essa
escola né, eu trabalho de dia como auxiliar de secretaria.
eu posso te dar um comprovante que você passou por
essa escola, mas que você tem a 4
a
séria não. Ah mas e o
tempo que eu estudei com você? Você não concluiu nada
né. você começou, parou, desistiu. Não dá pra dá um
jeitinho não? Eu falei dá, você volta pra sala de aula
vamos continuar estudando e daqui seis meses presta a
prova e faz como a maioria da sua época né".
BANCO DE INDICADORES
FONTES INDICADORES EVIDÊNCIAS
DECUPAGEM: 11/12
Fita 7 1 .34' .32'
M6
Compromisso da
Prefeitura
Fita 7
Ml
1.39'47"
Relação OA/Aluno
Fita 7 1 39'47"
M1 Compromisso da
Prefeitura
Fila 7 ' 1 39' 47"
M1 Interferência da
Pesquisa no Campo
"No princípio a gente não tinha o material, chegava lá
Marcos não tem material, aí xerocava aquele monte de
coisa. Ficava muito mais caro que o material né Marcos?
Os livros Ficavam muito mais caros né, do que adquirir os
livros mas não tinha como adquirir os livros ainda".
"A Celina que realmente ela dá uma atenção muito
importante pra gente né. muito interesse, qualquer
dúvida, qualquer coisa que vinha aqui, nas provas ela fica
numa preocupação, querendo ver, vibrando corn a gente
né".
"O Marcos, eu sei que apesar de você tá lá na sua
mesinha sentado eu sei que você, do seu interesse, do
apoio, que você deu né, inclusive do material todo que
nós estudamos, o primeiro livro nós compramos, mas
depois não compramos mais nada né, eu sei que por seu
intermédio, seu interesse".
"E o professor Ernani, essa oportunidade né que deu de
vir aqui fazer esse trabalho com a gente, essa
oportunidade da gente também poder né expressar o quê
que a gente pensa, o que a gente acha, o que nós
aprendemos nesse tempo né, isso é importante pra gente
também né. Ver que tem alguém interessado né nas
nossas opiniões, no que nós tamos aprendendo.
Obrigado".
FIM
ANEXO 4
GRUPAMENTO DE INDICADORES
(3
a
TRIANGULAÇÃO)
MÉRITOS
DIMENSÃO EDUCAÇÃO
MÉRITOS
DIMENSÃO COMUNICAÇÃO
IMPACTOS
DIMENSÃO EDUCAÇÃO
IMPACTOS
DIMENSÃO COMUNICAÇÃO
ANEXO 5
INDICADORES POR CATEGORIAS
I.NDICADORES
POR CATEGORIAS
MÉRITO DIMEN. EDUCACÃO: MÉRITO DIMEN. COMUNICAÇÃO:
1- CAT: COMPROMISSO.
COMPROMISSO DOA 04
COMPROMISSO DA PREFEITURA 14
COMPROMISSO DA COMUNIDADE 03
I- CAT: ESTRATÉGIAS PA PRODUÇÃO.
ESTRATÉGIA FLEXIBILIDADE 21
ESTRATÉGIA FICÇÃO 09
USO DO VÍDEO / FACILIDADE 13
2-CAT:VALORIZAÇÃODA OFERTA.
VALOR DOS ESTUDOS 22
VALOR DO OA 05
VALOR DO TELECURSO 12
2- CAT: ESTRATÉGIAS PA RECEPÇÃO.
ESTRATÉGIA DO OA 07
ESTRATÉGIA DO ALUNO 04
DESDOBRAMENTO CONHECEM. 06
IMPACTO DIMEN. EDUCAÇÃO:
1- CAT: VALORIZAÇÃO PESSOAL.
AUTO-ESTIMA E COM. PESSOAL 09
AUTO-ESTIMA E FAMÍLIA 02
AUTO-ESTIMA E ESTUDOS 05
IMPACTO DIMEN. COMUNICAÇÃO:
1- CAT: MELHORA PA COMUNICAÇÃO.
PESSOAL 11
TRABALHO 02
FAMILIA 12
2- CAT: CONSCIENTIZAÇÃO.
VIDA EM COMUNIDADE 04
GOSTO PELO ESTUDO 10
CONTINUIDADE NOS ESTUDOS 19
BUSCA DE CONHECIMENTO 05
FORÇA DE VONTADE 10
RELAÇÃO ESTUDO/FAMÍLIA 04
SENSO CRÍTICO RELAÇÃO EDUC. 04
2- CAT: REFLEXÃO CRITICA.
RELAÇÃO A MIDIA 05
RELAÇÃO A TV 47
RELAÇÃO A RECEPÇÃO OH
RELAÇÃO A POLÍTICA 17
RELAÇÃO A TECNOLOGIA 10
3- CAT: CONSIDERAÇÃO DO CAMPO.
DESENVOLVIMENTO LOCAL 08
DIFICULDADE DA PREFEITURA 11
DIFICULDADE DO ALUNO 17
NECESSIDADE CAPACIT. PROFIS. 28
DIVERSIDADE DA CLIENTELA 02
NECESSIDADE DO OA 06
USO DO VÍDEO / DIFICULDADES 07
NECESSIDADE DE OPORTUNIDADE 19
SUGESTÕES DO CAMPO 05
INTERFERÊNCIA DA PESO. 04
3- CAT: FORMAS PE USP.
DA INFORMAÇÃO 07
DA TELEVISÃO 07
Livros Grátis
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Milhares de Livros para Download:
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