colocadas pelo Estado, que poderiam ser transformadas em Projeto de Trabalho,
propiciaram alguma forma de crescimento para os cursistas ?
Alvana: Olha, eu acho que na verdade, felizmente, as duas coisas casaram muito bem,
porque o Projeto de Trabalho não era nada mais do que a experiência de investigação do
professor Cursista em relação a algum tema, e alguma coisa. E felizmente Mato Grosso
estava trabalhando aqui, a cultura mato-grossense. Então, as duas coisas se casam
perfeitamente. Eu acho que se casaram tão bem, sabe Simone, porque eles tiveram
embasamento com a disciplina, com aquilo que nós fizemos lá, lembra? Foi um
embasamento que eles precisavam até para montar os seus projetos depois, então as duas
coisas casaram perfeitamente. Eu acho que foi um casamento muito feliz, foi ocasional, mas
feliz. Ele aconteceu assim, numa sintonia muito feliz.
Simone: Como é que esta equipe sentiu que precisaria fazer, urgentemente, o material de
apoio instrucional? Porque nós estávamos, inclusive, sem orientação de Reunião Quinzenal,
Memoriais, mesmo como trabalhar Cadernos de Verificação. Como é que esta equipe foi
vendo isso e preparando esse material?
Alvana: Olha, isso na verdade vem com a experiência de implementação, porque eu já
implementava outros projetos, e quando você fala em implementação, você tem que ter um
processo muito claro, principalmente quando é grande. Pois quando a coisa é pequena,
ainda você faz muita coisa no improviso e às vezes funciona, mas quando você pensa em
implementação, você tem que visualizar, realmente, todo o processo de implementação,
como ele vai se dá. E como a minha formação é esta, então eu já tinha passado por um
processo de implementação antes. Trabalhávamos com isso e sabíamos que tinha que ter.
Então, na verdade, sabe-se que nós mudamos, inclusive, o próprio repasse do especialista.
Nós começamos a ver, por exemplo, que o repasse que o especialista fazia era muito solto,
não estava ainda com aquele objetivo maior, que é o de o especialista estar trabalhando
uma maneira muito acessível de fazer o professor Cursista compreender aqueles conteúdos
que estavam no guia. Era esse o objetivo da Fase Presencial.
Então, já partindo daí é que começaram a surgir as diretrizes para o próprio especialista.
Nós fizemos um planejamento até com a ajuda deles; não foi nada criado. Mas, na verdade,
nós sabíamos que havia diretrizes mais claras do trabalho que ele faria naquele momento
do repasse para as AGFs, para que a AGF também fizesse um trabalho mais centrado com
os Cursistas, na Fase Presencial. E isso feito, nós tivemos uma especialista que nos ajudou
muito nisso, porque ela tinha todo um planejamento. Nós vimos como é que ela havia feito,
discutimos com outros especialistas e saiu a diretriz.
E a partir daí, todo especialista seguia aquelas orientações. E isso foi muito bom também
para o Professor Formador que tinha aí uma diretriz comum. Então, quando ele programava
depois da Fase Presencial, isso ajudava muito e vocês talvez sentiram o mesmo, porque
vocês não tinham multiplicadores. Nós, que tínhamos os multiplicadores aí no processo no
meio, nossa! Aquilo foi vital.
Então, no caso dos Tutores, se existe no seu programa, em qualquer programa, se você
tiver parceiros envolvidos e esses parceiros tiverem que desempenhar funções, melhor você
pensar como é que você vai dar a instrução, de como é que eles vão desempenhar essas