Durante a implantação da Lei 5692/71, houve uma série de programas que deram
início à teleducação brasileira, como por exemplo, o Programa Nacional de Teleducação
(Prontel), que levou avante o Projeto Minerva. Com apoio da Embrafilme, foram
produzidas películas educativas para uso em escolas de todo país. Essas iniciativas são
consideradas por SARAIVA (1996) como formas de EaD. A TV Escola de São Luiz do
Maranhão, a TVE do Rio de Janeiro, a TV Universitária do Recife, a TV Cultura de São
Paulo, a Feplan no Rio Grande do Sul, o IRDEB (Bahia), também investiram em
programas educacionais que representaram formas de empregar multimeios com fins
educativos no país (NISKIER, 1999).
O avanço da EaD relativo ao uso dos meios pode ser dividido, de acordo com
ROBERTS (1996) e SABA (1997), em fases cronológicas ou gerações. De acordo com
esses autores, a primeira geração se estendeu até a década de 60, fundamentando-se no
auto-aprendizado suportado por textos impressos distribuídos por correio.
Os textos impressos foram utilizados para divulgação de informações, instruções,
resumos de aulas, comunicações diversas e avaliações, possibilitando ao estudante uma
aprendizagem dependente unicamente de suas disponibilidades de tempo e dedicação.
Normalmente na forma de módulos, a distribuição de material impresso enfrenta
problemas quanto à falta de interatividade, ao atraso de postagens, além de requerer de
seus elaboradores atenção quanto à adequação do texto aos objetivos didáticos, sequência
e conhecimento das características intelectuais dos alunos.
A segunda geração, denominada de analógica por (ROBERTS op. cit. p. 13 ) e
(SABA op. cit. p. 13), teve como suporte, os textos impressos complementados com
recursos de vídeo e áudio. Esta combinação de meios manteve-se ativa entre as décadas
de 60 e 80, sem que tenha se criado uma fronteira visível entre a primeira e segunda
gerações que em muitos momentos se sobrepuseram.
Podemos reconhecer no rádio o mais autêntico veículo de comunicação de
massas, que ainda hoje pode ser considerado o que de fato atinge toda extensão do
território nacional, transmitindo mensagens que podem ser fonte de estudo, e ainda
gravadas para utilização posterior. Segundo SARAIVA (1996), o rádio apresenta a
possibilidade da oralidade, apesar de estabelecer a comunicação unidirecional, o que
implica passividade do aluno. Em todo o mundo são muitas as instituições de