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CAPÍTULO
9
C
APÍTULO
[ ]
O mar, sempre o mar.
É preciso que não esqueçamos
as lições da nossa história e que
prestemos atenção ao mar.
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NO MAR, NOSSA
ÚLTIMA FRONTEIRA
ROBERTO DE GUIMARÃES CARVALHO
No ano de 1500, navegadores portugueses, em busca do caminho marítimo para as Índias,
acabaram descobrindo uma terra aparentemente muito rica, o que levou o escrivão da frota a
relatar que “em nela se plantando tudo dá”. Pelo mar chegaram os nossos descobridores.
De fato, a terra era realmente muito rica, tanto que atraiu a cobiça de outros países, que
para enviaram expedições invasoras, como aconteceu, por exemplo, com franceses e
holandeses. Pelo mar vieram os nossos primeiros invasores.
Para consolidar a nossa independência e enfrentar as diversas lutas, internas e externas, em
que o então Brasil Império se viu envolvido, tivemos que criar uma Marinha e, mais do que isso,
dar-lhe a capacidade de utilizar o mar, em proveito das ações que tinha que empreender. Na
Guerra do Paraguai, o maior confl ito em que estivemos envolvidos durante o Império, embora o
teatro de operações não tenha sido marítimo, o controle das vias fl uviais, garantido pelos heróis
de Riachuelo, foi primordial para a vitória fi nal. Não devemos nos esquecer, também, que uma
das causas para a sua eclosão foi o apresamento de um navio brasileiro, o Marquês de Olinda.
Nos dois confl itos mundiais, ataques perpetrados contra navios mercantes brasileiros
levaram o nosso País a deles participar. Aliás, no último deles, o maior número de vítimas
brasileiras ocorreu no mar, e não em solo estrangeiro, fato esse nem sempre lembrado.
FIGURA 9.1 – LANÇAMENTO DE BOMBA DE
PROFUNDIDADE
FIGURA 9.2 – BATALHA NAVAL DO RIACHUELO
256
O mar, sempre o mar.
É preciso que não esqueçamos as lições da nossa história e que prestemos atenção ao mar.
Rui Barbosa, no seu artigo A Lição das Esquadras, escrito em 1898, nos dizia que: “O mar é o
grande avisador. Pô-lo Deus a bramir junto ao nosso sono, para nos pregar que não durmamos”.
Mas, infelizmente, nos três con itos externos acima citados, a Marinha não estava pronta,
pois o foi ouvido o bramir do mar a que Rui se referiu. Isso exigiu um sacrifício muito
maior da sociedade brasileira.
Feito esse rápido retrospecto, que também é um alerta, façamos uma breve recordação do
estabelecimento das nossas fronteiras.
Antes mesmo do descobrimento do Brasil, talvez até porque se suspeitasse da existência de
novas terras, havia sido estabelecida a Linha das Tordesilhas, que, de certa forma, constituiu-se
na primeira defi nição das fronteiras terrestres do que, mais tarde, viria a ser o Brasil.
Posteriormente, os bandeirantes, nas suas marchas desbravadoras para o oeste, ultrapassaram
a referida linha, e, com o passar do tempo, brasileiros ilustres, como o Barão do Rio Branco,
foram conseguindo defi nir as nossas fronteiras terrestres, hoje perfeitamente delimitadas.
E no mar, o que ocorreu?
Historicamente, os estados costeiros sempre aceitaram a existência do denominado mar
territorial com 3 milhas marítimas (1 milha marítima eqüivale a 1.852 metros) de largura a
contar da linha da costa. Essa distância correspondia ao alcance dos canhões que, à época,
existiam nas fortifi cações erguidas no litoral.
No nal da década dos 50, a Organização das Nações Unidas (ONU) passou a discutir
a elaboração do que viria a ser, anos mais tarde, a Convenção das Nações Unidas sobre os
Direitos do Mar (CNUDM).
A necessidade dessa Convenção tornou-se evidente, a partir do instante em que os países
passaram a ter consciência de que precisavam de um novo ordenamento jurídico sobre o mar,
pois a cada dia aumentavam suas informações sobre o potencial das riquezas nele existentes,
o que poderia gerar crises.
Uma delas foi vivenciada por s, em fevereiro de 1963, em torno da disputa pelos direitos
de pesca em nossas águas, onde atuavam pesqueiros franceses, episódio que cou conhecido
como a Guerra da Lagosta.
Mais uma crise, e, mais uma vez, no mar.
O Brasil participou, ativamente, de todas
as reuniões de discussão desse tema na ONU,
com representantes do Itamaraty e da Mari-
nha. Entre os tópicos da referida discussão
9
FIGURA 9.3 – BARCO DE PESCA PRÓXIMO À PLATAFORMA
DE PETRÓLEO
257
constavam: a ampliação do mar territorial para 12 milhas; a criação da denominada Zona
Contígua, com mais 12 milhas de largura, a contar do limite externo do mar territorial, e, a maior
novidade, o estabelecimento da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), com 200 milhas de largura, a
partir da linha-base da costa, englobando, portanto, o mar territorial e a Zona Contígua.
Antes mesmo da mencionada Convenção entrar em vigor, o Brasil, à semelhança de vários
outros países, estabeleceu, por meio de legislação interna, baixada no início da década de 70,
o seu mar territorial com 200 milhas. Isso gerou uma espécie de euforia popular, como, por
exemplo, uma canção cuja letra dizia que “esse mar é meu, leva esse barco para lá desse mar”.
Finalmente, em 1982, a ONU adotou formalmente a CNUDM, posteriormente ratifi cada pelo
Brasil, mas ainda não por todos os países, incluindo a atual potência hegemônica.
Os conceitos já mencionados de mar territorial, de Zona Contígua e de ZEE, bem como suas
dimensões, foram incluídos na Convenção.
É conveniente que o leitor saiba, exatamente, o signifi cado de cada um desses termos. No
mar territorial e no espaço aéreo a ele sobrejacente, o estado costeiro tem soberania plena. Já na
Zona Contígua e na ZEE, isso não acontece. O estado costeiro não pode, por exemplo, negar o
chamado direito de passagem inocente a navios de outras bandeiras, inclusive navios de guerra.
Entretanto, a exploração e a explotação dos recursos vivos e não vivos do subsolo, do solo
e das águas sobrejacentes na ZEE são prerrogativas do estado costeiro, que, a seu critério,
poderá autorizar a outros países que o façam. Espe-
cifi camente no que diz respeito aos recursos vivos,
a Convenção prevê que, caso o estado costeiro não
tenha capacidade de exercer aquelas atividades, é
obrigado a permitir que outros estados o façam.
A Convenção permitiu, ainda, que os estados costei-
ros pudessem apresentar à Comissão de Limites da ONU
seus pleitos sobre o prolongamento da Plataforma Conti-
nental (PC) que excedesse as 200 milhas da sua ZEE,
até um limite de 350 milhas, a partir da linha da costa.
Nesse prolongamento, o estado costeiro tem direito a ex-
ploração e explotação de recursos do solo e do subsolo
marinhos, mas o dos recursos vivos da camada líquida.
Poucos países exerceram esse direito. O primeiro
foi a Rússia, que não teve os seus pleitos atendidos,
devido a problemas de delimitação das suas fronteiras
marítimas com outros países.
9
FIGURA 9.4 – ZEE E EXTENSÃO DA PLATAFORMA
CONTINENTAL
258
O segundo foi o Brasil. Coroando um grande esforço nacio-
nal no qual, durante cerca de dez anos, com a participação ativa
da Marinha, da comunidade científi ca e da Petrobras, foram co-
letados 350 mil quilômetros de dados, o Brasil apresentou, em
setembro de 2004, a sua proposta àquela comiso da ONU.
Estamos confi antes de que nossa proposta será acolhida,
até porque nossas fronteiras marítimas com a Guiana Fran-
cesa, ao Norte, e com o Uruguai, ao Sul, estão perfeitamente
defi nidas, e os países que nos defrontam a leste estão bastan-
te distantes, do outro lado do Atlântico.
Se a proposta brasileira for acatada integralmente, isso
representará a incorporação de uma área superior a 900 mil
quilômetros quadrados na jurisdição nacional. Em outras palavras, a nossa última fronteira
“está sendo traçada no mar”.
A área acima, somada aos cerca de 3,5 milhões km
2
da ZEE, perfaz um total de 4,5 milhões
km
2
, o que corresponde, aproximadamente, à metade do território terrestre nacional, ou, ainda
comparando as dimensões, a uma nova Amazônia.
9
FIGURA 9.5 – LINHAS DE BASE
Levantamento
da Plataforma
Continental
Brasileira
FIGURA 9.6 – LIMITES DA AMAZÔNIA AZUL
259
É o que a Marinha vem, talvez até insis-
tentemente, chamando de Amazônia Azul,
na tentativa de tentar alertar a sociedade da
importância, não estratégica, mas também
econômica, do imenso mar que nos cerca.
Por ele circulam cerca de 95% do nosso
comércio exterior (importações e exporta-
ções), cujo valor total ultrapassou, em 2004, a casa dos US$ 160 bilhões. Infelizmente, a
grande maioria dos bens que importamos e exportamos é transportada por navios de outras
bandeiras, tal a situação a que foi conduzida nossa Marinha Mercante. Isso, evidentemen-
te, é danoso ao País sob vários aspectos: estamos perdendo divisas na “Conta Frete”, esta-
mos tirando emprego de brasileiros e constatamos ser quase inviável a realização de uma
mobilização no setor marítimo, caso necessário.
No momento atual, quando vemos as justas preocupações e acompanhamos as discussões
sobre a situação das nossas empresas de transporte aéreo, fi camos a pensar porque as nossas em-
presas de navegação, assim como todas as demais atividades ligadas ao setor marítimo (portos,
estaleiros, etc.), não mereceram, nas últimas décadas, o mesmo cuidado. O que nos anima, sob
esse aspecto, é que já se nota um início de recuperação, embora ainda tímido, do setor marítimo.
9
FIGURA 9.7 – HELICÓPTERO DA MARINHA DO BRASIL EM
MISSÃO DE PATRULHA
FIGURA 9.8 – ÁREAS DISTRITAIS (SAR)
260
Das plataformas localizadas na ZEE, e portanto na Amazônia Azul, extraímos aproximada-
mente 80% da nossa produção de petróleo, cerca de 1,4 milhões de barris/dia, o que, a preços
conservadores, é coisa da ordem de US$ 3 bilhões por mês.
Quanto ao setor pesqueiro, outra grande riqueza potencial da Amazônia Azul, temos que,
além de impedir a pesca ilegal na nossa ZEE, melhorará em muito a nossa produtividade, o que
possibilitará a geração de empregos e o aumento das exportações, trazendo divisas para o País.
Além disso, evitará que, conforme determina a Convenção, sejamos obrigados a permitir que
outros estados explorem essa riqueza que é nossa.
O potencial econômico da Amazônia Azul não se esgota nas três atividades acima menciona-
das. Poderíamos ainda citar a navegação de cabotagem, o turismo marítimo, os esportes náuticos
e, no futuro, a exploração dos nódulos polimetálicos existentes no leito do mar.
Mas as responsabilidades do nosso País no Atlântico Sul não se limitam à Amazônia Azul.
Por uma outra Convenção Internacional, também ratifi cada pelo Brasil, temos o compromisso
de realizar operações de busca e salvamento em extensa área marítima que avança pelo oceano
Atlântico, ultrapassando, em muito, os limites da Amazônia Azul.
Não parece lógico, nem prudente, descurarmos dos diversos componentes do nosso
Poder Marítimo e muito menos deixar de alocar à Marinha do Brasil os recursos e os meios
imprescindíveis para que ela possa atuar na vigilância e na proteção desse imenso patrimônio,
além de honrar os nossos compromissos internacionais.
9
261
ANEXO A
INSTITUIÇÕES QUE OFERECEM CURSOS
SUPERIORES NA ÁREA DAS CIÊNCIAS DO MAR
PAULO DE TARSO CHAVES
1 – GRADUAÇÃO
FURG, Fundação Universidade Federal do Rio Grande:
(i) Oceanologia; (ii) Bacharelado Física dos Oceanos e da Atmosfera www.furg.br
UERGS, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul:
Tecnologia em Recursos Pesqueiros: Produção de Pescados www.uergs.rs.gov.br
UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina:
Engenharia de Aqüicultura www.ufsc.br
UNIVALI, Universidade do Vale do Itajaí:
Oceanografia www.univali.br
UNIVILLE, Universidade da Região de Joinville:
Bacharelado em Biologia Marinha www.univille.edu.br
UFPR, Universidade Federal do Paraná:
Oceanografia www.ufpr.br
UNIOESTE, Universidade Estadual do Oeste do Paraná:
Engenharia de Pesca www.unioeste.br
USP, Universidade de São Paulo:
(i) Oceanografia Física, (ii) Bacharelado em Oceanografia; (iii) Engenharia Naval www.usp.br
UNESP, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho:
Biologia Marinha www.unesp.br
UNIMONTE, Centro Universitário Monte Serrat (Santos):
Oceanografia www.unimonte.br
UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro:
(i) Biologia Marinha; (ii) Engenharia Naval www.ufrj.br
UFF, Universidade Federal Fluminense:
(i) Biologia Marinha; (ii) Geofísica Marinha e Ambiental www.uff.br
262
UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro:
Oceanografia www.uerj.br
FAMATh, Faculdades Integradas Maria Thereza:
Biologia Marinha www.famath.com.br
UNIPLI, Centro Universitário Plínio Leite:
Engenharia de Pesca www.unipli.com.br
UFES, Universidade Federal do Espírito Santo:
Oceanografia www.ufes.br
UFBA, Universidade Federal da Bahia:
Oceanografia www.ufba.br
UNEB, Universidade do Estado da Bahia:
Engenharia de Pesca www.uneb.br
UFRPE, Universidade Federal Rural de Pernambuco:
Engenharia de Pesca www.ufrpe.br
UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte:
Aqüicultura www.ufrn.br
UFC, Universidade Federal do Ceará:
Engenharia de Pesca, com licenciatura www.ufc.br
UFPA, Universidade Federal do Pará:
Oceanografia www.ufpa.br
UFRA, Universidade Federal Rural da Amazônia (Belém):
Engenharia de Pesca www.ufra.edu.br
UFAM, Universidade Federal do Amazonas:
Engenharia de Pesca www.ufam.edu.br
Fonte: www.mec.gov.br, julho/2005
2 – PÓS-GRADUAÇÃO
(M) Mestrado
(D) Doutorado
FURG www.furg.br
(i) Oceanografia Física, Química e Geológica (M)
(ii) Aqüicultura (M)
(iii) Engenharia Oceânica (M)
(iv) Oceanografia Biológica (M), (D)
263
UFSC www.ufsc.br
Aqüicultura (M), (D)
USP www.usp.br
(i) Oceanografia Biológica (M), (D)
(ii) Oceanografia Física (M), (D)
(iii) Oceanografia Química e Geológica (M), (D)
(iv) Engenharia Naval e Oceânica (M), (D)
IP-SP, Instituto de Pesca do Estado de São Paulo www.pesca.sp.gov.br
Aqüicultura e Pesca (M)
UNESP www.unesp.br
Aqüicultura (M), (D)
UFRJ www.ufrj.br
Engenharia Oceânica (M), (D)
UFF www.uff.br
Biologia Marinha (M), (D)
USU, Universidade Santa Úrsula www.usu.br
Ciências do Mar (M)
UFPE, Universidade Federal de Pernambuco www.ufpe.br
Oceanografia (M), (D)
UFRPE www.ufrpe.br
Recursos Pesqueiros e Aqüicultura (M)
UFC www.ufc.br
(i) Ciências Marinhas Tropicais (M)
(ii) Engenharia de Pesca (M)
UFPA www.ufpa.br
Biologia Ambiental (M)
UFRGS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul www.ufrgs.br
(i) Geo-Ciências (M)
(ii) Ciências (D)
(iii) Geologia Marinha (M), (D)
(iv) Geologia Costeira (M), (D)
Fonte: www.capes.gov.br, julho/2005
264
3 – ALGUMAS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL
EM CIÊNCIAS DO MAR
- Estudo de parâmetros físicos do mar e dos ambientes estuarinos
- Estudo de parâmetros químicos do mar e dos ambientes estuarinos
- Meteorologia costeira e oceânica
- Geologia de regiões costeiras e oceânicas
- Estudo da fauna e da flora marinhas e de regiões costeiras
- Maricultura
- Gestão de recursos pesqueiros
- Socioeconomia de comunidades litorâneas
- Biotecnologia marinha
- Construção naval
- Navegação marítima
- Ecologia em ambientes costeiros e oceânicos
- Estudos de impactos ambientais em regiões costeiras e oceânicas
- Gerenciamento costeiro
- Ecoturismo e preservação ambiental
265
ANEXO B
AÇÕES BRASILEIRAS VOLTADAS
PARA OS RECURSOS DO MAR
CARLOS FREDERICO SIMÕES SERAFIM
POLÍTICAS, PLANOS E PROGRAMAS DA COMISSÃO
INTERMINISTERIAL PARA OS RECURSOS DO MAR (CIRM)
1 – A CIRM
No período entre 1973 e 1982, o mundo discutia, em diversas conferências realizadas
na Organização das Nações Unidas (ONU), o Direito do Mar, quando então o Brasil, com a
finalidade de fortalecer seus pleitos na ONU e, em paralelo, de coordenar assuntos relativos
à consecução de uma Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM), criou a CIRM, pelo
Decreto nº 74.557, de 12 de setembro de 1974.
Constituída, na época, por nove membros, hoje, devido a alterações na estrutura do governo e
atribuição de novas tarefas, a CIRM conta com a participação de quinze representantes de ministé-
rios e instituições, coordenados pelo Comandante da Marinha, designado Autoridade Marítima.
2 – A POLÍTICA NACIONAL PARA OS RECURSOS DO MAR (PNRM)
A PNRM, aprovada em 1980, atualizada pelo Decreto nº 5.377, de 23 de fevereiro de 2005,
tem por finalidade orientar o desenvolvimento das atividades que visem à utilização, à explora-
ção e ao aproveitamento efetivos dos recursos vivos, minerais e energéticos do Mar Territorial,
da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental, de acordo com os interesses nacio-
nais, de forma racional e sustentável para o desenvolvimento socioeconômico do País, gerando
emprego e renda e contribuindo para a inserção social. A PNRM visa essencialmente:
ao estabelecimento de princípios e objetivos para elaborão de planos, programas e ões de
governo no campo das atividades de formação de recursos humanos, no desenvolvimento da pesquisa,
ciência e tecnologia marinha e na exploração e no aproveitamento sustentável dos recursos do mar;
à definição de ações para alcançar os objetivos estabelecidos nesta Política.
266
A PNRM, desde o seu estabelecimento, foi sendo consolidada por planos e programas
plurianuais e anuais decorrentes, elaborados pela CIRM, com excelentes resultados.
3 – A POLÍTICA MARÍTIMA NACIONAL (PMN)
Com a nalidade de orientar o desenvolvimento das atividades marítimas do País de forma
integrada e harmônica, visando à utilização efetiva, racional e plena do mar e de nossas hidrovias
interiores, de acordo com os interesses nacionais, foi criada a PMN pelo Decreto nº 1.265, de 11
de outubro de 1994.
Entre outros, a PMN tem os seguintes objetivos:
desenvolvimento de mentalidade marítima nacional;
pesquisa, exploração e explotação racional dos recursos vivos em especial no tocante à
produção de alimentos e não-vivos na coluna d’ água, do leito e do subsolo do mar e de rios,
lagoas e lagos navegáveis;
proteção do meio ambiente, nas áreas em que se desenvolvem atividades marítimas.
4 – O PLANO DE LEVANTAMENTO DA PLATAFORMA
CONTINENTAL (LEPLAC)
De acordo com os critérios estabelecidos pelo art. 76 da Convenção das Nações Unidas sobre
o Direito do Mar (CNUDM), celebrada em Montego Bay, Jamaica, em 10 de dezembro de 1982,
o governo brasileiro decidiu criar o Leplac, por meio do Decreto nº 98.145, de 15 de setembro de
1989, com o propósito de estabelecer o limite exterior da nossa Plataforma Continental, no seu en-
foque jurídico, além das 200 milhas náuticas.
O Leplac iniciou seus trabalhos de campo
em junho de 1987, com a primeira Comissão de
Levantamento efetuada pelo Navio Oceanográ-
co Almirante Câmara, da Diretoria de Hidro-
gra a e Navegação, da Marinha do Brasil.
Durante toda a fase de aquisição de dados,
que terminou em 1996, foram coletados cerca
de 230 mil quilômetros de perfi s geofísicos
(sísmicos, batimétricos, magnetométricos e
gravimétricos) ao longo de toda a extensão
da margem Continental Brasileira.
FIGURA B.1 – ZEE E EXTENSÃO DA PLATAFORMA
CONTINENTAL
Total da
Amazônia Azul
4.451.766 km
2
Arquipélago
de São Pedro
e São Paulo
Arquipélago
de Fernado
de Noronha
Atol das
Rocas
Ilha da Trindade
Arquipélado
Martin Vaz
ZEE
(Zona Econômica
Exclusiva)
Plataforma
Continental
267
Com a conclusão do Leplac, o Brasil protocolou, no dia 17 de maio de 2004, a Proposta
Brasileira de Limites da Plataforma Continental na Comissão de Limites da Plataforma
Continental da ONU. Nessa proposta, o Brasil tenciona incorporar cerca de 900 mil km
2
ao
seu território, totalizando, aproximadamente, 4,45 milhões de km
2
de Plataforma Continental
Jurídica Brasileira, uma área equivalente a 52% de sua extensão terrestre.
Espera-se que em breve a Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU dê o seu
veredicto sobre a proposta brasileira.
5 – PLANO NACIONAL DE GERENCIAMENTO COSTEIRO (PNGC)
O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro foi instituído pela Lei nº 7.661/88, no âmbito
da CIRM e vinculado ao PNRM, com o propósito de orientar a utilização racional dos recursos
na Zona Costeira, de forma a contribuir para elevar a qualidade de vida da sua população e a
proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural.
Visando a operacionalizar o PNGC, foi criado o Grupo de Integração do Gerenciamento
Costeiro (GI-Gerco), em dezembro de 1996, pela CIRM, destinado a promover a articulação das
ações federais incidentes na zona costeira, a partir da aprovação de planos de ação federal. Nesse
sentido, já foram aprovados e estão sendo implementados:
o Plano de Ação Federal para a Zona Costeira (PAF-ZC);
a Agenda Ambiental Portuária;
o Programa Nacional de Capacitação Ambiental Portuária (PNCAP);
o Projeto Orla;
o Programa “Train-Sea-Coast” (TSC BR).
FIGURA B.2 – ÁREA DE ESTUDO DO PROJETO ORLA EM
SANTA CATARINA
FIGURA B.3 – SALA DE AULA DO TRAIN-SEA-COAST
268
O PNGC foi regulamentado pelo Decreto 5.300, de 7 de dezembro de 2004, que defi ne
normas gerais visando à gestão ambiental da zona costeira do País, estabelecendo as bases para
a formulação de políticas, planos e programas federais, estaduais e municipais.
6 – O PLANO SETORIAL PARA OS RECURSOS DO MAR (PSRM)
O PSRM, assim como o Leplac, é decorrente da PNRM e teve sua sexta
versão aprovada em 2004 pela CIRM. Com a nalidade de conhecer e avaliar
as potencialidades do mar e monitorar os recursos vivos e não-vivos e os fe-
menos oceanográfi cos e climatológicos das áreas marinhas sob jurisdição
e de interesse nacional, visando à gestão e ao uso sustentável desses recursos
e à distribuição justa e eqüitativa dos benefícios derivados dessa utilização,
o PSRM desdobra-se em diversos programas, alguns oriundos do V PSRM
e outros que se encontram em fase de implementação, como abordaremos a seguir.
7 – PROGRAMAS DO PLANO SETORIAL PARA OS
RECURSOS DO MAR
Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Ecomica
Exclusiva (Revizee)
O Revizee resulta de compromisso internacional assumido pelo Brasil ao ratificar,
em 1988, a CNUDM.
O Revizee tem como objetivo principal proceder ao levantamento dos potenciais sustentáveis
de captura dos recursos vivos na nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE), que se estende desde o
limite exterior do Mar Territorial, de 12 milhas de largura, até 200 milhas náuticas da costa.
FIGURA B.4 –
LOGOTIPO DO
PRRM
FIGURA B.5 (ESQ.) – PRINCIPAIS ATIVIDADE DO REVIZEE
FIGURA B.6 (DIR.) – SUBCOMITÊS REGIONAIS
DO REVIZEE
269
A fase operacional do REVIZEE começou no segundo semestre de 1995 e, com a sua
conclusão, prevista para curto prazo, espera-se que as seguintes metas sejam alcançadas:
inventariar os recursos vivos na ZEE e as características ambientais de sua ocorrência;
determinar suas biomassas;
estabelecer os potenciais de captura sustentável.
O Programa Revizee tem se mostrado um grande gerador de conhecimentos científi -
cos, com signi cativos impactos socioeconômicos e ambientais para o desenvolvimento da
pesca. É um instrumento de apoio e capacitação tecnológica, por promover pesquisas e
atividades de ciência e tecnologia C&T no mar, gerar produção de conhecimento
sobre espécies e ecossistemas da ZEE brasileira e possibilitar a retomada de pesquisas
oceanográ cas e pesqueiras nas nossas águas jurisdicionais, por navios e pesquisadores
brasileiros, com o envolvimento da comunidade cientí ca e de universidades e instituições
vocacionadas para pesquisas oceanog cas e pesqueiras.
A ação, por conta de sua estratégia de implementação descentralizada, possibilitou a cria-
ção de centros regionais para aplicação de ciência e tecnologia no mar, os Subcomitês Regio-
nais do Revizee, que são nucleados em universidades, e contribuiu, de forma signifi cativa,
para a capacitação e o desenvolvimento tecnológico do País, já tendo produzido publicações
científi cas, teses, comunicações e artigos cientí cos. As universidades do País, utilizando-se
da implementação dessa ação, formaram e qualifi caram, em níveis de mestrado e doutorado,
um grande número de brasileiros, que hoje
atuam nas áreas das ciências marinhas.
Os resultados alcançados pelo Revizee
permitem o conhecimento integrado dos re-
cursos vivos do mar. Sua conclusão contri-
buirá para o ordenamento do setor pesqueiro
do País, assegurando o aproveitamento sus-
tentável dos recursos vivos da ZEE, con-
tribuindo para o aumento da produção de
alimentos e a geração de emprego e renda,
em especial com a inclusão social das comunidades de pesca artesanal, além da necessária
conservação dos ecossistemas marinhos, bene ciando, assim, toda a sociedade brasileira.
FIGURA B.7 – NAVIO OCEANOGRÁFICO ANTARES –
NAVIO EMPREGADO NO REVIZEE
270
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL SUSTENTÁVEL E MONITORAMENTO
DOS RECURSOS VIVOS MARINHOS (REVIMAR)
O Revizee está sendo concluído, podendo ser considerado como o maior esforço integrado,
desenvolvido no País, para a avaliação de estoques pesqueiros. Como resultado dessa avaliação,
foi possível a identifi cação de alguns estoques até então desconhecidos, com a abertura de novas
fronteiras para a pesca no País em áreas mais afastadas dentro da ZEE, o que pode contribuir para
a diversifi cação da atividade pesqueira nacional, com a conseqüente geração de emprego e renda
e o alívio da pressão sobre as espécies tradicionais, em geral sobreexplotadas.
Em continuidade àquele programa, será
imprescindível uma ação permanente de
monitoramento dos principais estoques pes-
queiros, a m de permitir a geração contínua
de informações essenciais para a defi nição
de uma política de pesca que possa garantir
a sustentabilidade da atividade, incluindo
medidas de ordenamento.
O Revimar tem a nalidade de avaliar o
potencial sustentável e monitorar, de forma sistemática, os estoques presentes nas áreas maríti-
mas sob jurisdição nacional, com vistas a subsidiar políticas pesqueiras que garantam a susten-
tabilidade e a rentabilidade da atividade.
A avaliação e o monitoramento dos principais estoques pesqueiros marinhos permitirão
o contínuo e adequado ordenamento da atividade, assegurando o aproveitamento sustentável
dos estoques pesqueiros, benefi ciarão o setor pesqueiro nacional, neste incluídos os segmen-
tos industrial e artesanal, e contribuirão, também, para a produção de alimentos e a geração de
emprego e renda, além da necessária conservação dos ecossistemas marinhos.
PROGRAMA-PILOTO PARA O SISTEMA GLOBAL DE OBSERVAÇÃO
DOS OCEANOS (GOOS/BRASIL)
O GOOS/BRASIL, aprovado pela CIRM em novembro de 1995, desenvolve atividades de
monitoramento oceanográfi co e climatológico no Atlântico Sul e Tropical.
O lançamento de bóias xas e de deriva pelo Programa Nacional de Bóias (PNBOIA), parte
operacional do GOOS/BRASIL, tem propiciado a produção de conhecimento e contribuído para
o fornecimento de previsões oceanográfi cas, climatológicas e meteorológicas indispensáveis aos
processos decisórios sobre a utilização efi caz dos recursos do mar.
FIGURA B.8 – PEIXE-REI
271
O PNBOIA, desde o início de suas atividades, lançou 40 bóias de deriva, das quais 10
estão em funcionamento, e duas bóias xas. Os dados coletados pelas bóias são transmitidos
em tempo real, via satélite, e disponibilizados aos órgãos responsáveis pela previsão meteoro-
lógica e a comunidade científi ca.
Outro componente da rede de monitoramento é o Pilot Research Moored Array in the
Tropical Atlantic (Pirata), programa tripartite entre Brasil, Estados Unidos e França. O Pirata
fundeou no Atlântico Tropical 12 bóias xas, em profundidades de aproximadamente 5 mil
metros, e coleta dados oceanográfi cos e meteorológicos na região, importantes para a previsão
de anomalias climáticas nas Regiões Norte e Nordeste do País.
O Programa GOOS/BRASIL vislumbra, no futuro, o estabelecimento de redes de
monitoramento oceanográfi co e climatológico ao longo da costa brasileira. Entre elas
podemos relacionar: rede de bóias xas e de deriva, rede de medição do nível médio do mar
e rede de estações meteorológicas automáticas.
A implementação desses artefatos de coleta de dados possibilitará a melhoria da previsão
climática de secas e inundações no Nor-
deste, Sul e Sudeste brasileiro e da previsão
meteorológica marinha; a determinação dos
índices de precipitação pluviométrica; o mo-
nitoramento do nível médio do mar; a previ-
são da propagação de ondas em águas rasas,
fundamental para a determinação das taxas
de erosão e acumulação em segmentos cos-
teiros com tendência à instabilidade morfo-
lógica; a indicação da direção e da taxa de
FIGURA B.9 – BÓIA FIXA MINUANO FIGURA B.10 – BÓIA FIXA SIGMA
FIGURA B.11 – ARRANJO DE BÓIAS DO PIRATA
272
deslocamento da linha de costa; o monitoramento das anomalias da temperatura da superfície
do mar; a determinação da concentração de clorofi la, como subsídio à atividade da pesca;
a determinação de orações de algas nocivas perigosas à vida humana, em apoio ao cultivo de
organismos marinhos; a classifi cação morfodinâmica das praias; a obtenção de dados oceanográ-
cos, climáticos e meteorológicos, em geral, para fi m de pesquisa e estudo.
MONITORAMENTO OCEANOGRÁFICO E CLIMATOLÓGICO (MOC)
Os principais efeitos das mudanças climáticas associadas aos oceanos são sentidos na
zona costeira, onde se concentram as grandes populações urbanas. Entretanto, esses efeitos são
causados por processos integrados em escalas local, regional e global; portanto, o estudo, o
monitoramento e a previsão desses efeitos devem ser realizados nessas três escalas.
As interações entre os diferentes componentes do sistema climático, em particular do oceano
e da atmosfera, têm impacto direto nas atividades associadas aos ambientes costeiro e oceânico.
A variabilidade sazonal e decadal, associada ao deslocamento anômalo da Zona de Convergência
Intertropical, tem infl uência direta no tempo e no clima regional do Brasil e, dessa forma, nas
condições oceanográfi cas locais.
No Atlântico Sul, variações da temperatura da superfície do mar, associadas às variações
latitudinais da região de confl uência entre a Corrente do Brasil e a Corrente das Malvinas, po-
dem estar associadas a anomalias na produtividade da cadeia trófi ca. Para a compreensão desses
fenômenos, devem ser incentivadas atividades de coleta de dados operacionais e de modelagem
numérica, tanto dos processos de interação oceano-atmosfera, como da circulação oceânica.
A coleta de dados oceanográfi cos
de superfície sobre extensas áreas e
com alta repetitividade temporal apre-
senta grandes difi culdades logísticas.
Essa coleta, realizada convencional-
mente por navios, estações costeiras,
por bóias de deriva ou fundeadas, entre
outras, pode ter sua efi ciência aumenta-
da ou complementada empregando-se
tecnologia espacial hoje disponível.
Com o lançamento de satélites
operando na faixa de microondas, tor-
nou-se possível a coleta de dados dos
FIGURA B.12 – ESTAÇÕES DE COLETA DE DADOS
273
campos de onda, de ventos oceânicos, de nível do mar, assim como a detecção de poluição por
óleo sob praticamente qualquer condição meteorológica. A disponibilização de tais produtos,
para o setor pesqueiro, ou de pesquisa na área de pesca, deve ser incentivada.
Como ponto de partida para o monitoramento oceanográ co e climatológico amplo e rotineiro
no Atlântico Sul e Tropical, foi criado o Programa Piloto GOOS/Brasil, cuja nalidade é imple-
mentar, sistematizar e tornar plenamente operacional a coleta, a análise, a geração e a disseminação
de produtos de impacto socioeconômico e ambiental na área marítima de interesse do Brasil.
O Programa Nacional de Bóias, como atividade que contribui para o desenvolvimento dessa
ação, visa à coleta de dados oceanográfi cos e meteorológicos, a m de atender às necessidades de
caracterização do meio ambiente e prover informações que atendam à segurança da navegação
nas áreas marítimas sob a responsabilidade do Brasil, para efeitos de previsão meteorológica
marinha e salvaguarda da vida humana no mar
O MOC visa a ampliar a coleta de dados oceanográfi cos, climatológicos e meteorológicos, a
m de produzir conhecimento e fornecer previsões oceanográfi cas, climatológicas e meteoroló-
gicas para as áreas marinhas sob jurisdição e de interesse nacional, indispensáveis aos processos
decisórios sobre a utilização efi caz dos recursos do mar.
PROGRAMA ARQUIPÉLAGO (PROARQUIPÉLAGO)
O Proarquipélago, aprovado pela CIRM em dezembro de 1996, consolidou a habitação perma-
nente do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) com o estabelecimento de uma Estação
Científi ca, em junho de 1998, e a realização de mais de 190 expedições científi cas, dedicadas à
execução sistemática e contínua dessas atividades, em diversas áreas de conhecimento das ciências
do mar, como geologia e geofísica, biologia, recursos pesqueiros, oceanogra a e meteorologia.
Tal fato fez com que o Governo Federal aprovasse o estabelecimento de Zona Econômica Exclusi-
va (ZEE) em torno do Arquipélago de o Pedro e o Paulo, uma região com signi cativa importân-
cia estratégica, por se localizar na rota de peixes
de comportamento migrario, que percorrem
diversos oceanos e m alto valor econômico.
Como afi rmação da nossa soberania na re-
gião, a Empresa Brasileira de Correios e Te-
grafos designou dois Códigos de Enderamen-
to Postal (CEP) para o Arquipélago, e a Embratel
instalou, em setembro de 2004, um telefone pú-
blico para utilização pelos ocupantes da estão.
FIGURA B.13 – ESTAÇÃO CIENTÍFICA DO ASPSP
274
O Programa Arquipélago é exemplo de abnegação levado a efeito pela comunidade
científi ca que desenvolve seus projetos naquela distante e isolada região, como também a incan-
sável contribuição daqueles que realizam as atividades de manutenção da Estação Científi ca ou
com elas colaboram – que representam o marco da presença da bandeira nacional no ponto mais
afastado do litoral Nordeste do Brasil.
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DA POTENCIALIDADE MINERAL DA PLATAFORMA
CONTINENTAL JURÍDICA BRASILEIRA (REMPLAC)
O Remplac foi criado pela CIRM, em dezembro de 1997, para dar continuidade aos
levantamentos já efetuados nos cerca de 4,2 milhões de km
2
de plataforma continental
jurídica. Essa ação é necessária devido ao nível de conhecimento adquirido dessa região ser
insufi ciente para uma avaliação mais precisa dos recursos naturais não vivos e dos processos
geológicos atuantes, di cultando o estabelecimento de políticas governamentais relativas à
utilização de seus recursos.
O Programa Remplac tem os se-
guintes objetivos específi cos:
efetuar o levantamento geológico-geo-
físico básico sistemático da Plataforma
Continental Jurídica Brasileira (PCJB);
efetuar, em escala apropriada, levan-
tamentos geológicos-geofísicos em
sítios de interesse geoeconômico-am-
biental identifi cados na PCJB, visando
a avaliar sua potencialidade mineral;
FIGURA B.14 (ESQ.) – TELEFONE PÚBLICO
FIGURA B.15 (DIR.) – LOCALIZAÇÃO DO ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO
E SÃO PAULO. LIGUE PARA: 84 4400 7201
FIGURA B.16 – GRAVURA DE UM NAVIO DE SÍSMICA SUBMARINA
275
acompanhar, em termos nacionais e internacionais, as atividades relacionadas a exploração e
explotação dos recursos minerais de bacias oceânicas e sistemas de cordilheiras mesoceânicas.
A geração de dados geológicos básicos é missão do Estado e é fundamental para o planejamen-
to territorial e para a formulação e a implementação de políticas blicas voltadas para o desenvol-
vimento sustentável dos recursos minerais, petrolíferos e hídricos do País. O Ministério de Minas
e Energia (MME), por meio do Serviço Geológico do Brasil, esimplementando o Programa
Retomada dos Levantamentos Geológicos e Aerogeofísicos do Território Nacional, dentro do qual
o Remplac terá papel fundamental no que se refere à geração de dados geológicos da PCJB.
Nesse sentido, é fundamental a consolidação do Remplac como programa estratégico e o
fortalecimento das instituições voltadas para estudo e levantamento das potencialidades do mar.
AQÜICULTURA E PESCA
A ação de Aqüicultura e Pesca, criada pela CIRM, em 29 de abril de 2005, tem como
objetivos desenvolver:
maricultura sustentável;
capacitação tecnológica e profi ssional na atividade pesqueira;
novas tecnologias de pesca e do pescado, assim como difundi-las.
MARICULTURA SUSTENTÁVEL
A maricultura, pelas suas peculiaridades e por se desenvolver em ecossistemas de carac-
terísticas próprias, principalmente no que diz respeito ao seu caráter público e ao uso difuso
desses espaços, exige a de nição de uma estratégia que combine ações com as seguintes
nalidades específi cas: manter a dinâmica
ecossistêmica; preservar as condições e a
qualidade do meio; aproveitar a potenciali-
dade econômica da maricultura.
O crescimento dessa atividade é impor-
tante, desde que desenvolvida de maneira
sustentável nos aspectos econômico, social e
ambiental. Para tanto, a maricultura deve ser
planejada em consonância com os princípios
de gestão integrada dos ambientes costeiros
e marinhos, de forma a evitar os confl itos de
FIGURA B.17 – MARICULTURA (CULTIVO DE MEXILHÕES)
276
uso entre as atividades que competem pela ocupação dos espaços e pela utilização dos recursos
naturais costeiros e marinhos, tais como: extrativismo, pesca, turismo, tráfego aquaviário, etc.
A maricultura sustentável tem por fi nalidade:
cadastrar os empreendimentos de maricultura já existentes;
implementar estudos e pesquisas que possibilitem a identifi cação de áreas propícias ao uso
sustentável dos ecossistemas costeiros e marinhos para fi ns de maricultura, inclusive aqueles
empregados para esse fi m;
avaliar o potencial e os limites de uso de cada área identifi cada, considerando sua relação com
as principais atividades nelas existentes;
desenvolver mecanismos de gestão da atividade de maricultura nas áreas identifi cadas,
buscando a inclusão social e a conservação da qualidade ambiental;
desenvolver um sistema de monitoramento da atividade, incluindo os seus aspectos sanitários
e ambientais.
CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL NA ATIVIDADE PESQUEIRA
O setor pesqueiro nacional, em função da forma desordenada e mal planejada com que
se desenvolveu historicamente, com forte ênfase na explotação dos recursos costeiros, vem
enfrentando grave crise econômica e social, vivenciada de forma particularmente aguda
pelas comunidades pesqueiras artesanais. Diante do estado de esgotamento dos estoques,
tal situação o pode ser mitigada a partir de uma ampliação da produção, devendo-se,
neste caso, buscar redução do esforço de pesca e diminuição das perdas, aumentando-se,
em contrapartida, o valor do produto capturado.
Do ponto de vista tecnológico, as comunidades artesanais empregam, em muitos casos,
todos de captura e processamento inefi cientes, com elevados índices de desperdício e de-
terioração da qualidade, ocasionando o a redução de valor do produto como prejuízos
aos estoques pesqueiros explotados e ao ecossistema como um todo.
Iniciativas voltadas para a solão desses
problemas, como capacitação e treinamento pro-
ssional/tecnológico, mostram-se fundamentais
para viabilizar o aumento dos níveis de emprego
e renda das comunidades pesqueiras artesanais,
com vistas a melhorar sua qualidade de vida, per-
mitindo-lhes necessária e justa inclusão social.
FIGURA B.18 – TÉCNICA DE PESCA DE ARRASTO
277
A capacitação tecnológica e profi ssional na atividade pesqueira tem por fi nalidade desenvol-
ver e aprimorar métodos de captura voltadas para: redução da fauna acompanhante, incluindo
aspectos relativos à economicidade da atividade; manuseio e processamento do pescado a bordo
e em terra, possibilitando a redução das perdas e a maior valorização do produto; comerciali-
zação do pescado, que propicie aumento da qualidade, redução da intermediação, agregação de
valor ao produto capturado, bem como acesso a mercados alternativos existentes ou abertura de
novos; capacitação e treinamento profi ssional e tecnológico do setor pesqueiro.
As iniciativas acima descritas benefi ciarão diretamente as comunidades pesqueiras
artesanais, os consumidores do pescado produzido e, conseqüentemente, a sociedade como um
todo. O desenvolvimento desta ação deverá contribuir, ainda, para a recuperação dos estoques
explotados e, por conseguinte, do ecossistema marinho.
DESENVOLVIMENTO E DIFUSÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS
DE PESCA E DO PESCADO
As pesquisas realizadas, no âmbito do
Programa Revizee e por iniciativa própria
de outros órgãos, identifi caram algumas es-
pécies desconhecidas ou pouco explotadas.
O Revimar, com foco nessas espécies, per-
mitirá continuar o inventário dos recursos
vivos; determinar sua biomassa e estabelecer
os potenciais sustentáveis de captura. Dessa
forma, novas tecnologias de pesca e do pes-
cado serão fundamentais para o manejo adequado desses recursos e conseqüente introdução
desses novos estoques nos mercados nacional e internacional, contribuindo, inclusive, para a
constituição de um sistema de informações de pesca.
Ademais, determinados estoques, tradicionalmente explotados, o capturados por méto-
dos arcaicos que precisam ser melhorados. Assim, introduzir métodos de pesca que diminuam
a fauna acompanhante é fundamental à sustentabilidade dos estoques, à conservação dos ecos-
sistemas marinhos e, como decorrência, à funcionalidade de toda a cadeia produtiva envolvida
nas pescarias tradicionais.
Tal ação tem por nalidades promover o desenvolvimento e a difusão de novas tecnolo-
gias de pesca e do pescado voltadas para o aproveitamento sustentável dos estoques de recur-
sos não explotados ou subexplotados e sua adequada colocação no mercado consumidor e,
FIGURA B.19 – PROCESSAMENTO DO CAMARÃO
CARABINEIRO
278
também, identifi car pescarias tradicionais para as quais possam ser desenvolvidos e implemen-
tados todos de captura mais seletivos, visando ao melhor funcionamento de todos os elos
da cadeia e à manutenção da integridade dos ecossistemas costeiro e marinho.
LEVANTAMENTO E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO
DA BIODIVERSIDADE MARINHA (BIOMAR)
Os organismos marinhos compreendem, aproximadamente, metade da biodiversidade global
total, e pouco se conhece sobre eles, tanto em termos de espécies propriamente ditas, quanto das
suas peculiaridades nos diferentes contextos e de sua diversidade estrutural, ecológica e metabó-
lica. Assim, a biodiversidade não deve ser vista apenas quanto ao aspecto do conhecimento do
número e da distribuição de espécies, mas também quanto à variedade dos seus modos de vida, do
seu potencial biotecnológico e do seu aproveitamento econômico, ambiental e na saúde pública.
Essa vio moderna do estudo da biodiver-
sidade constitui uma demanda internacional
também compartilhada pelo Brasil. Os objeti-
vos da conveão sobre diversidade biológi-
ca, resultado da Conferência das Nões Uni-
das sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(CNUMAD), abrangem ts aspectos de funda-
mental relevância: a proteção da diversidade bio-
gica; a utilização sustenvel dos ecossistemas
e a repartição justa e eitativa dos benefícios derivados da utilizão dos recursos genéticos. No que
se refere ao meio ambiente marinho, a Conveão das Nões Unidas sobre a Biodiversidade Biológi-
ca (CDB) estabelece que seus dispositivos devem ser implementados em conformidade com os direitos
e as obrigações dos Estados, decorrentes da Conveão das Nões Unidas sobre o Direito do Mar.
Os progressos realizados, recentemente, no campo da biotecnologia apontam o provável
potencial do material genético contido nas plantas, nos animais e nos microorganismos para
a agricultura, a saúde, o bem-estar e os ns ambientais. A despeito de sua importância como
reguladora do equilíbrio dos ecossistemas, o foco principal de interesse sobre a biodiversidade
deve-se ao seu potencial como fonte de recursos biotecnológicos, para as indústrias química e
farmacêutica. O ambiente marinho vem se confi gurando como um reservatório excepcional de
produtos naturais bioativos, muitos dos quais exibem características estruturais não observadas
no ambiente terrestre. Estudos comparativos vêm revelando que é muito mais provável encontrar
uma molécula bioativa produzida por um organismo marinho do que por um terrestre.
FIGURA B.20 – POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DOS
RECURSOS DO MAR
279
A capacidade de aferir, estudar, observar sistematicamente e avaliar a diversidade biológica
precisa ser reforçada no plano nacional. Diante do potencial biotecnológico das espécies
marinhas, torna-se imperativa a implementação de um programa para o conhecimento e a
proteção dessa biota, como requisito básico à sua aplicação.
O Biomar tem por nalidade avaliar o potencial biotecnológico dos organismos marinhos
existentes nas áreas marítimas sob jurisdição e de interesse nacional.
ESTUDO DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO DOS ECOSSISTEMAS
COSTEIROS E OCEÂNICOS (ECOMAR)
Entende-se por estudo da estrutura de um ecossistema a defi nição dos elementos
bióticos e abióticos que o compõem, incluindo a variação no espaço e no tempo de seus ele-
mentos. Já, o estudo de seu funcionamento enfoca os diversos processos físicos, químicos,
geológicos e biológicos, responsáveis pela manutenção dos ecossistemas.
A compreensão integrada dos ecossistemas costeiros e oceânicos é de grande relevância,
não apenas para permitir um aproveitamento racional dos seus recursos vivos (tanto em termos
extrativos como de cultivo) e não-vivos, como para subsidiar um manejo adequado dos recursos,
de forma a garantir a manutenção de seu equilíbrio e a preservação de sua biodiversidade.
A circulação oceânica adjacente à quebra da plataforma, ao largo do território brasileiro, é domi-
nada por duas correntes de contorno Oeste: a Corrente do Brasil (CB), fl uindo para Sul, e a Corrente
Norte do Brasil (CNB), que fl ui para o Noroeste. Essas duas correntes originam-se da bifurcão da
Corrente Sul-Equatorial (CSE), ao largo do Nordeste do Brasil. Meandramentos dessas correntes e in-
terões com a dinâmica costeira resultam em impactos sobre os ecossistemas marinhos nessas reges.
Variabilidades espo-temporais dessas correntes eso intimamente relacionadas com variabilidades
da biodiversidade e de processos químico-biológicos, afetando, em última instância, a produtividade e
o potencial pesqueiro. Alguns exemplos de feões ocnicas de vital importância são: a bifurcação da
CSE, o sistema de circulação na rego de Abrolhos e a ressurncia de quebra-de-plataforma.
FIGURA B.21 (ESQ.) – ILHA DE FERNANDO DE NORONHA
(ECOSSITEMA OCEÂNICO)
FIGURA B.22 (DIR.) – ECOSSISTEMA COSTEIRO
280
Estudos sinópticos (resumidos) para a avaliação dos processos oceânicos deverão
ser realizados, visando ao entendimento dos mecanismos de troca de massas de água da
plataforma continental com as regiões costeiras e talude.
A distribuição das propriedades físicas e da circulação da água do mar, resultante da dinâmica
dos processos de interação oceano-atmosfera-continente, são os componentes fundamentais para o
desenvolvimento e a implementação de modelos matemáticos de ecossistemas marinhos. Portanto,
é essencial que se incentive a continuidade e o aprimoramento dos estudos desses processos.
Ecossistemas bem delimitados geograficamente, com baixo comprometimento ambiental e
influência antrópica ainda relativamente reduzida, como é o caso de ilhas e bancos oceânicos,
devem ser estudados com mais profundidade, em função da carência de conhecimentos sobre
a existência de possíveis recursos ainda inexplorados. Esses ecossistemas apresentam comu-
mente elevado grau de endemismo e grande biodiversidade (compreendendo-se, por esse termo,
mais do que a simples diversidade de espécies, a diversidade genética), características que lhes
conferem acentuada fragilidade e marcante importância ecológica.
No Brasil, a plataforma continental concentra os principais recursos pesqueiros. Esse ecos-
sistema está intimamente relacionado às características e à dinâmica das massas de água. Apesar
do grande número de complexas interações físicas, químicas e biológicas nesse ecossistema,
a alternância entre a mistura e a estratificação da coluna d’água é a principal responsável pelo
aumento da produção biológica e pela manutenção da biodiversidade marinha.
Ao longo da plataforma continental brasileira verificam-se vários processos relacionados
com a estratificação vertical: ressurgências associadas a regimes de vento; bombeamento de
águas desde regiões mais profundas por vórtices da Corrente do Brasil; alterações ocasionadas
por plumas de baixa salinidade resultantes de deságüe continental; variações de temperatura
devido às trocas de calor com a atmosfera. O estudo desses processos é de fundamental
importância no entendimento das variações espaço-temporais das concentrações de nutrientes e,
conseqüentemente, na estimativa do potencial pesqueiro e da biodiversidade da região.
Particular ênfase deve ser colocada na plataforma continental e nos ecossistemas estu-
arinos e de manguezais, lagunas, bancos de algas calrias e recifes coralinos, o apenas
em função de sua imporncia ecogica, econômica e social, mas tamm em fuão de
sua vulnerabilidade às ões antpicas. Tais ões deverão se acentuar, cada vez mais,
a partir da intensificação da ocupão humana da faixa litonea e do desenvolvimento
de atividades impactantes.
O Ecomar tem por finalidade estudar a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas
oceânicos e costeiros, incluindo ilhas e bancos submersos, ambientes de quebra de plataforma
continental e de mar profundo, e compreender os impactos de processos oceanográficos na
281
variabilidade dos ecossistemas, fornecem do subsídios à identifi cação de novos recursos e ao
uso sustentável e à preservação desses ambientes.
CONSOLIDAÇÃO E AMPLIAÇÃO DOS GRUPOS DE PESQUISA
E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DO MAR (PPG-MAR)
As instituições, os programas de pós-graduação e os grupos de pesquisa que estudam o mar
no País estão aquém das necessidades nacionais para promover o conhecimento integrado da
Zona Econômica Exclusiva (ZEE) e da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (PCJB).
Nesse sentido, o fomento ao recrutamento e à formação de pessoal vinculado à pesquisa
em Ciências do Mar é indispensável e se materializará pela consolidação e pela ampliação
de cursos de graduação, programas de pós-graduação e grupos de pesquisa. Essa ação
incentiva a constituição de redes de pesquisa, congregando as instituições voltadas para
essa atividade, tendo o Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira como centro
aglutinador no Ps.
O PPG-Mar tem por fi nalidade apoiar, consolidar e avaliar a formação de pessoal em
Ciências do Mar, por meio de cursos de graduação e pós-graduação, criando uma base para o
desenvolvimento daquelas ciências no País.
Existem hoje no Brasil dez Programas de Pós-Graduação (PPGs) em Oceanografi a, cobrindo
as áreas Biológica, Física, Química e Geológica. Sua distribuição geográfi ca, no entanto, con-
templa parâmetros essencialmente demográfi cos, fazendo com que 70% deles concentrem-se
nas Regiões Sul e Sudeste, as mais populosas. O Norte e o Nordeste, apesar de sua vasta extensão
de costa, sediam apenas três PPGs, fato que desequilibra a distribuição dos grupos de pesquisa e
do conhecimento oceanográfi co na costa brasileira.
De fato, é notório o papel das universidades brasileiras para o desenvolvimento da Ocea-
nografi a, mas, por limitações logísticas, o alvo da pesquisa de cada instituição tem sido, com
exceções, o seu próprio entorno geográfi co.
Daí, resulta uma distribuição de dados em
mosaico, não preenchendo a integralidade do
imenso mar brasileiro.
As atividades do PPG-Mar vio em be-
necio da formação de recursos humanos e
da amplião do conhecimento oceanográ-
co no Brasil, por meio de ões dispostas
em dois conjuntos: identi cão das ca-
ncias de formação em Ciências do Mar,
FIGURA B.23 – PESQUISA NO MAR
282
estabelecendo mecanismos de incentivo para o seu desenvolvimento e para a consolidação
de cursos de graduação, PPGs e grupos de pesquisa atuando na área.
8 – PROGRAMA DE MENTALIDADE MARÍTIMA (PROMAR)
O Promar foi criado pela CIRM, em setembro de 1997, com a nalidade de estimular,
por meio de ações planejadas, objetivas e continuadas, o desenvolvimento de mentalidade
marítima na população brasileira, consentânea com os interesses nacionais.
Desde a sua criação, diversas ações têm sido implementadas pela Secretaria da CIRM, com o
apoio da Marinha, em diversas cidades do País. Entre elas podemos destacar:
cursos de Mentalidade Marítima para crianças carentes do ensino fundamental;
desenvolvimento do Projeto Eu Amo o Mar;
exposições itinerantes sobre as atividades da CIRM;
palestras em universidades, institutos de pesquisa, escolas públicas e para membros dos
poderes constituídos;
apoio a grupos de escoteiros do mar;
apoio a museus do mar.
Como exemplo desse trabalho, o Ministério do Esporte desenvolve, no âmbito do
Promar, o Projeto Navegar, destinado a jovens de 12 a 15 anos, matriculados na rede pública de
ensino. Criado com a fi nalidade de fomentar e possibilitar a vivência, desses jovens, em práticas
esportivas no meio náutico por meio da vela, do remo e da canoagem. O Projeto Navegar é ope-
racionalizado por 42 núcleos, em 37 municípios.
FIGURA B.24 (ESQ.) PROJETO
NAVEGAR
FIGURA B. 25 (DIR.) EXPOSÃO ITI-
NERANTE DA CIRM PRIMEIRO PLA-
NO RIQUEZAS DA AMAZÔNIA AZUL
283
9 – PROGRAMA ANTÁRTICO BRASILEIRO (PROANTAR)
Além de planos e programas oriundos da PNRM, a CIRM implementa, também, desde
janeiro de 1982, o Proantar, que se baseia na Política Nacional para a Antártica – Polantar.
Desde 1994, geralmente no mês de outubro, o Navio de Apoio Oceanográfi co Ary Rongel
parte do porto do Rio de Janeiro com destino à Antártica, dando início a intensa atividade cientí-
ca e de apoio, denominada Operação Antártica (Operantar). Com isso, nosso país dá continui-
dade às atividades brasileiras no Continente Branco.
Desde a primeira vez em que o Brasil foi à Antártica, no verão de 1982-83, até os dias de
hoje, o Proantar tem contribuído muito para o desenvolvimento da ciência na área antártica.
O Proantar foi aprovado em janeiro de 1982. Naquele mesmo ano, a Marinha do Brasil (MB)
adquiriu o navio polar dinamarquês Thala Dan, apropriado para o trabalho nas regiões polares,
recebendo o nome de Navio de Apoio Oceanográfi co (NApOc) Barão de Teffé.
No início de dezembro de 1982, o navio partiu de sua base, pela primeira vez, com a tarefa
básica de realizar reconhecimento hidrográfi co, oceanográfi co e meteorológico de áreas do setor
Noroeste da Antártica e de selecionar o local onde seria instalada a futura Estação Brasileira.
FIGURA B.26 – LOCALIZAÇÃO DA ESTAÇÃO BRASILEIRA FIGURA B.27 – NAVIO DE APOIO OCEANOGRÁFICO
BARÃO DE TEFFÉ
FIGURA B.28 – ESTAÇÃO ANTÁRTICA COMANDANTE
FERRAZ
FIGURA B.29 – NAVIO OCEANOGRÁFICO PROFESSOR
WLADIMIR BESNARD
284
O sucesso da Operação Antártica I resultou no reconhecimento internacional de nossa
presença na Antártica, o que permitiu, em 12 de setembro de 1983, a aceitação do Brasil como
Parte Consultiva do Tratado da Antártica.
Na Operação Antártica II, realizada no verão de 1983-84, as principais tarefas foram o
transporte, a escolha de local e a implantação da Estação Brasileira. Em 6 de fevereiro de 1984,
foi instalada a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), na Península Keller, Baía do
Almirantado, Ilha Rei George, Ilhas Shetlands do Sul. A primeira equipe, composta de
12 homens, guarneceu os oito módulos da EACF durante 32 dias, no período de verão,
deixando-a desativada até o início da próxima Operação.
A EACF foi ampliada, passando para 33 módulos no ano seguinte. O evento de maior
importância veio a ocorrer em 1986, na Operação Antártica IV, com o início da ocupação
permanente da Estação durante os 365 dias do ano, representando o ápice de um esforço contínuo
e progressivo, desenvolvido desde o início das atividades.
Hoje, a EACF conta com 64 módulos, podendo acomodar um Grupo de Apoio de dez
militares da Marinha do Brasil, que lá permanecem por um período ininterrupto de doze meses,
além de vinte e quatro pesquisadores no verão e sete pesquisadores no inverno.
Além do NApOc Barão de Teffé, nas Operações Antártica I a V, houve a contribuição do
Navio Oceanográfi co (NOc) Professor Wladimir Besnard, da Universidade de São Paulo (USP),
no qual se desenvolveram importantes trabalhos nos campos da meteorologia, da oceanografi a
física e da biologia marinha.
Também, nas Operações Antártica V e VI, um outro navio da Marinha do Brasil, o NOc
Almirante Câmara, executou trabalhos geofísicos na área do Estreito de Bransfi eld, passagem de
Drake e mar de Bellinghausen.
Até a Operação Antártica XII (verão de 1993-94), a preocupação da comunidade científi ca
nacional estava centrada na ausência de um navio de pesquisa capaz de transportar os cientistas
e seus laboratórios para regiões distantes da Baía do Almirantado e ainda não estudadas.
FIGURA B.30 – NAVIO DE APOIO OCEANOGRÁFICO
ARY RONGEL
FIGURA B.31 – AERONAVE HÉRCULES POUSANDO
NA ANTÁRTICA
285
Para atender a essa necessidade, a Marinha do Brasil decidiu adquirir, em 1994, o navio
polar norueguês Polar Queen, construído em 1981 e submetido a um processo de modernização
e adaptação em 1986, recebendo o nome de NApOc Ary Rongel.
O novo navio, que substituiu o NApOc Barão de Teffé a partir da Operação Antártica XIII,
opera helicópteros de pequeno porte, transporta 2,4 mil m
3
de carga e está dotado de laboratórios
para pesquisas nas áreas de oceanografi a física e biológica e de meteorologia.
Deve-se salientar, ainda, a contribuição da Força Aérea Brasileira (FAB), que realiza
sete vôos anuais com aeronaves C-130 (Hércules), apoiando o Proantar com transporte de
equipamento, material e pessoal, no verão e no inverno.
A Antártica, o espaço sideral e os fundos oceânicos são as últimas grandes fronteiras a serem
conquistadas pelo homem. O Continente Antártico é o continente dos superlativos, é “continen-
te-mais”: mais frio, mais seco, mais alto, mais ventoso, mais remoto, mais desconhecido e mais
preservado de todos os continentes.
Aparentemente, ausência de vida nas áreas emersas da Antártica, e as comunidades
biológicas marinhas são ricas e diversas. Os organismos que vivem nos fundos marinhos,
debaixo do gelo, são únicos, que apresentam alto grau de endemismo, ou seja, muitos
ocorrem ali e possuem uma diversidade que, em alguns locais, pode ser tão alta quanto em
alguns recifes de coral localizados em regiões tropicais.
A vida na Antártica, devido à sua fragilidade, torna-se sensível às mudanças globais. Os
organismos antárticos são conhecidos por terem crescimento muito lento e, por isso, impactos
ambientais naquela região podem ter conseqüências irreversíveis, uma vez que a comunidade
levaria muito tempo para se recuperar. Algumas, jamais se recuperaram. Qualquer variação
na temperatura tem um resultado desastroso para os organismos antárticos. Não suportam
alterações bruscas na temperatura, sendo supersensíveis ao aquecimento global.
Apesar do ecossistema antártico ter passado por alterações ambientais no passado, provoca-
das pela pesca comercial e pela caça a baleias e focas, atualmente o ecossistema e a vida animal
FIGURA B.32 (ESQ.) – MERLUZA NEGRA
FIGURA B.33 (DIR.) – RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTI-
COS DA ANTÁRTICA
286
e vegetal terrestre da Antártica são as estruturas menos modifi cadas, sob o ponto de vista ambiental,
de toda a superfície da Terra. Felizmente, a Antártica possui ainda seus valores naturais preservados
e os impactos naturais causam mais danos que os decorrentes de atividades humanas.
Por ser um laboratório natural único, a Antártica tem importância científi ca incontestável, e
o conhecimento de suas características e dos fenômenos naturais ocorrentes pode esclarecer
questões de importância regional, como a viabilidade de exploração econômica sustentável dos
recursos vivos marinhos, ou de relevância global, a exemplo das mudanças climáticas, já que é
um dos principais controladores do sistema climático global.
A grandiosidade e a vastidão do continente antártico, seus valores naturais e agrestes,
praticamente intocados pelo homem, por si constituem um valioso patrimônio de toda a
humanidade, que cabe preservar.
Assim, a Antártica foi designada como reserva natural, destinada à paz e à ciência, por um
acordo mundial assinado por diversas nações, inclusive o Brasil, chamado Protocolo de Madri –
Protocolo ao Tratado da Antártica, que dispõe sobre a proteção ao meio ambiente da Antártica.
Ficou assegurado, assim, que a Antártica seja para sempre exclusivamente utilizada para fi ns
pacífi cos e não se converta em cenário ou em objeto de discórdia internacional.
No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente é o órgão responsável pelas políticas e diretrizes de
conservação ambiental, encarregado de avaliar o impacto das atividades brasileiras no ambiente
antártico, garantindo ao País o cumprimento das diretrizes estabelecidas no Protocolo de Madri.
O protocolo estabeleceu diversos procedimentos a serem seguidos na execão de
pesquisas cienficas e no apoio logístico às estações anrticas, visando à proteção da flora
e da fauna locais. Ime, tamm, rigorosas regras e limitões à eliminação de reduos
e medidas preventivas contra a poluição marinha. Requer, ainda, a aplicação de proce-
dimentos para avaliação do impacto ambiental das atividades desenvolvidas na rego,
inclusive aquelas o-governamentais.
FIGURA B.34 (ESQ.) – PESQUISAS CIENTÍFICAS NA
ANTÁRTICA
FIGURA B.35 (DIR.) PAISAGEM ANTÁRTICA VISTA DO NAVIO
287
As atividades a serem realizadas na Antártica
deverão ser planejadas e executadas de forma a
causar o mínimo impacto negativo sobre o meio
ambiente antártico e a tudo que nele vive. Não
pode também ser desprezada a necessidade de
se preservarem as qualidades esticas, o estado
natural e o valor como área destinada à pesquisa
científi ca, especialmente à pesquisa essencial à
compreensão do meio ambiente global.
O Brasil tem adaptado suas atividades
às determinações do Protocolo de Madri,
sendo elogiado mundialmente pela forma como trata do ambiente em torno da Estação Antártica
Comandante Ferraz. Os cuidados vão desde o tratamento de dejetos até a retirada de todo o
lixo produzido de volta ao Brasil por meio do Navio Ary Rongel.
Dessa forma, o Ministério do Meio Ambiente contribui ativamente para o progresso
das atividades do Programa Antártico Brasileiro no Continente Gelado.
Desde 1982, o Brasil vem desenvolvendo um substancial programa de pesquisas científi cas.
O Proantar, fruto do trabalho de homens e mulheres dedicados, é respeitado pela comunidade
antártica, garantindo a participação brasileira no processo decisório relativo ao futuro do
Continente Antártico, essa imensa região gelada com 14 milhões de km
2
, situada a 550 milhas
FIGURA B.36 – PINGÜINS ANTÁRTICOS
FIGURA B.37 – ESTAÇÃO ANTÁRTICA BRASILEIRA NO INVERNO. LIGUE PARA: 00145623671833
288
marítimas do Sul da América do Sul, com extensa fonte de recursos naturais, e que tem enorme
influência sobre o nosso clima e sobre o regime dos mares brasileiros.
Cabe a todos os brasileiros as tarefas de implementar políticas visando à gestão e ao uso
sustentável das riquezas da nossa Amazônia Azul, assim como de manter a nossa participação
efetiva no destino do continente antártico.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) O Brasil possui terras na Antártica?
A Antártica foi o último continente a ser descoberto e explorado, e ainda hoje é quase inabi-
tado. Mesmo no verão, quando as condições são mais amenas, a população é de poucos milhares
de habitantes, sendo nenhum deles permanente. Apenas turistas, que permanecem nos navios ao
longo da costa, fazem este número aumentar para algumas dezenas de milhares durante os pou-
cos dias que duram os passeios. Ao contrário da região Ártica, onde existe a presença humana
natural dos esquimós, na Antártica nunca houve habitantes devido ao frio excessivo. Hoje, ela é
uma gigantesca reserva da humanidade, protegida e destinada apenas a estudos científicos, onde
não se desenvolvem atividades comerciais, industriais, extrativas e militares.
Durante anos, vários países realizaram expedições à Antártica e declararam pretensões ter-
ritoriais em função de suas áreas de atuação, caça e pesca em geral não reconhecidas pelos de-
mais, e muitas vezes sobrepondo-se. Por exemplo, até a aceitação internacional do Tratado An-
tártico em 1961, a região da Península Antártica era pretendida pela Argentina, pelo Chile e pela
Grã-Bretanha. Assim, determinou-se que o futuro desse continente não seguiria o padrão de
posse por conquistas e guerras, abrindo novo horizonte nas relações internacionais e humanas,
sob a supervisão da comunidade científica internacional.
O Brasil aderiu ao Tratado Antártico em 1975 e em 1983 obteve a posição de membro con-
sultivo, passando assim a influir no destino do continente. Em 1982 foi aprovado o Programa
Antártico Brasileiro (Proantar) e, no verão de 1982-83, o País realizou a primeira expedição
antártica com apoio do NApOc Barão de Teffé e do NOc Prof. W. Besnard, da USP. A Estação
Antártica Comandante Ferraz (EACF) foi montada no verão de 1983-84, na enseada Martell da
Ilha Rei George (ou Ilha 25 de Maio, nos mapas argentinos), a noroeste da Península Antártica,
e inaugurada em 6 de fevereiro de 1984; foi ativada apenas nos verões até 1986 e, desde então,
permanece continuamente em uso. A presença nacional na Antártica objetiva assegurar nossa
participação no futuro geopolítico do continente.
O nome da estação homenageia o Capitão-de-Fragata Luiz Antônio de Carvalho
Ferraz (1940-1982), um dos pioneiros nos interesses antárticos do Brasil. De oito módulos da
289
construção inicial, hoje ela passou a ter 64, incluindo laboratórios de pesquisa, biblioteca, sala de
exercícios, etc., com condições de conforto e comunicação excelentes para uma região inóspita.
A EACF atinge sua capacidade máxima de até 50 pessoas no verão, mas durante o resto do ano
abriga até 20; destas, 10 são do Grupo Base com pessoal da Marinha do Brasil, responsável por
manter a estação em funcionamento, por apoiar os projetos de pesquisa e por representar o País
em contatos e eventos locais. O suporte da estação é feito por um Navio de Apoio Oceanográfico
à Pesquisa da Marinha (NApOc): o primeiro foi o Barão de Teffé e, desde 1993, é o Ary Rongel
que está em atividade no programa.
2) Qual o correto: continente antártico ou antártido?
O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras,
registra as duas formas: Antártida e Antártica. Enciclopédias, manuais de redação e o vocabu-
lário onomástico do dicionário de Caldas Aulete registram a forma Antártida. Portanto, as
formas Antártida e Antártica são oficiais.
Antártida vem do francês “Antartide”. O Vocabulário Ortográfico registra os adjetivos
antártico (do qual a variante “antarctico”, sem acento) e antártido (do qual a variante
“antárctido”, com acento).
De acordo com o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (Caldas Aulete), o
nome do continente é Antártida. Antártico é oposto ao lo Ártico (Dicionário Aurélio),
relativo à Antártida. Assim sendo, a região é antártica, e temos o Oceano Glacial Antártico e
o Círculo Polar Antártico.
O termo Antártida para o nome do continente também é aceito em português, sendo
essa opção utilizada em alguns países, como Argentina, Itália e França; Antártica é a grafia
recomendada pelo Programa Antártico Brasileiro, sendo coerente com a origem do grego
“arktos” e com o significado histórico de ser o “anti-ártico”. Na forma de adjetivo, por exemplo
expedição antártica ou geologia antártica, a grafia é sempre com “c”.
3) Onde se localiza o maior buraco na camada de ozônio?
A camada de ozônio é uma capa desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos
de radiação, sendo a radiação ultravioleta a principal causadora de ncer de pele. No último
século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem
clorofluorcarbono (CFC), gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a
formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada,
a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as
chances de surgimento de câncer.
290
A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártica. Nessa região,
principalmente no mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosa-
mente sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de
31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície
do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível;
de 3% a 7% do ozônio que a compunha foi destruído pelo homem. Mesmo menores que
na Antártida, esses números representam um enorme alerta ao que nos poderá acontecer, se
continuarmos a fechar os olhos para esse problema.
Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode
atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso
inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convec-
ção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida
até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol
quebram as moléculas de CFC encontradas nessa área, iniciando a reação. Em 1988, foi
constatado que, na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes
maior que em qualquer outra parte do mundo.
291
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