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INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, tem sido crescente a procura por novas e eficazes metodologias de
ensino, que propiciem maior dispersão de informações e ultrapassando os limites físicos das
salas de aula, permitindo assim uma maior divulgação do conhecimento gerado nos centros de
pesquisa. Este conceito é representado pelo ensino por correspondência, universidades
virtuais, teleconferências, multimídias, e mais recentemente, pelo uso das tecnologias
baseadas na Internet (Passerini and Granger, 2000; Wachter and Gupta, 1997).
O uso de computadores tem sido um componente essencial em laboratórios de
pesquisa nas últimas duas décadas, como destacado no artigo de Paalman (2000). Entretanto,
para a maioria dos usuários, estas máquinas continuam a ser simples ferramentas para a
edição de textos, correio eletrônico ou para apresentações no Microsoft PowerPoint®
(Carmichael and Pawlina, 2000). Técnicas que requerem conhecimentos mais específicos, tais
com: computação gráfica, reconstrução tridimensional e microscopia digital (informações
mais detalhadas ver Monteiro-Leal, 2000), ainda estão restritas a poucos usuários.
No intuito de difundir o conhecimento e aumentar a aproximação entre a pesquisa e o
ensino, cientistas e educadores têm procurado formas mais eficazes, baratas e livres de
apresentação do conhecimento. No Brasil, iniciou-se na década de 90 um programa de ensino
pela televisão. Este projeto, o qual era e ainda é patrocinado pela Fundação Roberto Marinho,
possibilitou que diversas pessoas concluíssem os níveis fundamental e médio. Em escala
maior, através da utilização da Internet, esta estratégia vem sendo expandida, de tal forma que
tem permitido o envio e recebimento de informações para e a partir de qualquer parte do
mundo (Brinkley et al., 1997). Esses avanços possibilitaram que as aulas ultrapassassem os
limites físicos e as barreiras do tempo (Chu and Chan, 1998), perdendo os limites regionais,
atingindo um público maior e diversificado, e se tornando uma plataforma para o que é hoje
conhecido como Educação a Distância (Motiwalla and Tello, 2000).
O número de universidades virtuais no Brasil vem crescendo. Consórcios entre
universidades têm surgindo para facilitar o ensino de muitos alunos, os quais não têm tempo
ou dinheiro para cursarem uma faculdade convencional, evitando também a competição
acirrada do vestibular. Um exemplo desta estratégia foi a criação do Consórcio CEDERJ -
Centro de Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro, que tem como objetivo expandir
o ensino superior gratuito e de qualidade pelo Estado do Rio de Janeiro, com cursos de
graduação, extensão e especialização. Através de parcerias com as universidades públicas
sediadas no Estado do Rio de Janeiro - UENF, UERJ, UFF, UFRJ, UFRRJ, UNIRIO e as
Prefeituras Municipais, o consórcio realiza suas atividades curriculares, presenciais ou a
distância.