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A Lei nº 4.169, de 4 de dezembro de 1962, que oficializou
as convenções braile para uso na escrita e leitura dos cegos,
além de um código de contrações e abreviaturas braile, veio a
criar dificuldades para o estabelecimento de acordos
internacionais, pelo que, especialistas brasileiros optaram por
alterar seus conteúdos, em benefício da unificação do Sistema
Braille.
• 1963 a 1995 – Os fatos marcantes desse período
podem ser assim destacados: em 05 de janeiro de 1963 foi
assinado um convênio luso-brasileiro, entre as mais importantes
entidades dos dois países, para a padronização do braile integral
(grau 1) e para a adoção no Brasil de símbolos do código de
abreviaturas usado em Portugal.
Em relação à matemática, educadores e técnicos da
Fundação para o Livro do Cego no Brasil e do Instituto Benjamim
Constant complementaram a tabela Taylor com o acréscimo de
símbolos braile aplicáveis à teoria de conjuntos.
A atuação profissional de pessoas cegas no campo da
Informática, a partir da década de 70, fez com que surgissem
diferentes formas de representação dessa matéria, com base,
sobretudo, em publicações estrangeiras. Quanto à imprensa e
centros de produção de braile, finalmente, foi acordada em 1994
a adoção de uma tabela unificada para a Informática.
Durante todo esse período, o Brasil participou dos
esforços do Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos,
atualmente União Mundial de Cegos, para a atualização e
unificação do Sistema Braille, como demonstra a contribuição
brasileira à Conferência Ibero-americana para Unificação do
Sistema Braille (Buenos Aires, 1973), a participação de técnicos
brasileiros, como observadores, na Reunião de Imprensas Braile
de Países de Língua Castelhana (Montevidéu, 1987), a criação
da Comissão para Estudo e Atualização do Sistema Braille em
uso no Brasil (1991 – 1994), a atuação de especialistas
brasileiros na Conferência: O Sistema Braille Aplicado à Língua
Portuguesa (Lisboa, 1994), além de outras iniciativas e
atividades desenvolvidas.