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R elatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
117
Prova
Capítulo 6
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Relatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
118
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R elatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
119
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
120
1. Um paciente de 54 anos, tabagista, trabalhador bra-
çal, refere que há 2 dias vem apresentando episódi-
os de dor nas regiões retroesternal e dorsal, com
irradiação para os om-bros e braços, relacionados
com esforço e que cessam após 5 a 10 minutos de
repouso. O último episódio ocorreu há cerca de 1
hora, depois de subir 2 lances de escada,
e ainda
persiste. Nega outros antecedentes mórbidos. O exa-
me físico mostra um paciente ansioso, com pulso
de 90 batimentos por minuto, pressão arterial de 140
× 90 mmHg, com ausculta cardíaca e pulmonar nor-
mais e aumento da sensibilidade à palpação do
esterno e das
articulações costo-esternais esquerdas,
sem outras alterações. O eletrocardiograma é nor-
mal. A conduta correta é
(A) administrar antiinflamatório não-hormonal e
solicitar uma radiografia de tórax e de coluna
vertebral.
(B) administrar ácido acetilsalicílico e heparina e
internar o paciente para cuidados
especializados.
(C) internar imediatamente o paciente e prescre-
ver fibrinolítico intravenoso.
(D) prescrever ácido acetilsalicílico, nitrato
sublingual, se necessário, repouso em casa e
encaminhar o paciente para um ambulatório de
cardiologia.
(E) prescrever um antiinflamatório não-hormonal
e um ansiolítico e observar a evolução clínica
por algumas horas.
_________________________________________________________
2. Um paciente de 68 anos, acompanhado
ambulatorialmen-te, apresentou em diferentes oca-
siões as seguintes medidas de pressão arterial: 180
× 80, 178 × 80, 175 × 85 e 180 × 82 mmHg. É
assintomático, magro, não fuma, não é sedentário, e
o seu perfil lipídico, a glicemia e a função renal são
normais. A melhor conduta e a sua justificativa são:
(A) administrar um diurético, porque a hipertensão
sistólica do idoso aumenta o risco de eventos
cerebrovasculares e geralmente responde bem
a esse tipo de tratamento.
(B) prescrever dieta rica em alho e medir novamen-
te a pressão depois de 3 meses, porque é um
procedimento sem risco e com boa chance de
sucesso.
(C) não medicar, porque a presença de um fator
de risco cardiovascular, isolado, não justifica a
intervenção medicamentosa.
(D) administrar um inibidor da enzima de conver-
são da angiotensina (ECA) associado a um
bloqueador de canal de cálcio, porque esses
níveis pressóricos aumentam muito o risco de
eventos cardiovasculares e a hipertensão
sistólica não responde à monoterapia.
(E) não medicar, porque o aumento da pressão
sistólica, com pressão diastólica normal, nes-
sa idade, reflete o endurecimento das artérias
e não aumenta o risco de eventos
cerebrovasculares ou cardiovasculares.
3. Um jovem de 16 anos de idade, asmático, vem apre-
sentando repetidas crises nos últimos 3 meses. Nes-
sas ocasiões foi atendido em diferentes serviços de
emergência e obteve alívio dos sintomas depois de
1 ou 2 inalações, recebendo alta com indicação de
usar salbutamol inalatório, quando necessário. Você
acabou de atendê-lo em mais uma crise e quer pres-
crever uma medicação para uso contínuo que, agin-
do sobre os mecanismos da doença, evite crises fu-
turas e tenha poucos efeitos colaterais. A melhor
opção é
(A) teofilina de ação prolongada por via oral.
(B) brometo de ipratrópio por via inalatória.
(C) corticoesteróide por via inalatória.
(D) beta-agonista por via oral.
(E) corticoesteróide por via oral.
_________________________________________________________
4. Um paciente é admitido num pronto-socorro em
cetoacidose diabética. No início do tratamento apre-
senta uma gasometria arterial com pH de 7,16, pO
2
de 98 mmHg, pCO
2
de 20 mmHg e bicarbonato de
8 mEq/L. Recebe 50 mEq/L de bicarbonato de sódio
IV. Considerando-se esses dados e a curva de
dissociação da hemoglobina, abaixo representada,
pode-se afirmar que a conduta foi
(A) acertada porque corrigiu a acidose sem inter-
ferir com oferta de oxigênio aos tecidos.
(B) acertada porque, embora tenha diminuído a
oferta de oxigênio tecidual, a correção da
acidose era imprescindível.
(C) errada porque, apesar de aumentar a oferta de
oxigênio aos tecidos, a administração de bicar-
bonato é contra-indicada no tratamento da
cetoacidose diabética.
(D) acertada porque corrigiu parcialmente a
acidose e acarretou uma maior liberação de
oxigênio aos tecidos.
(E) errada porque, além de dispensável, acarre-
tou uma menor liberação de oxigênio aos teci-
dos.
R elatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
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5. No tratamento de tuberculose, a total aderência do
paciente ao regime de mais de uma droga é essen-
cial porque
(A) o sinergismo entre as drogas permite o uso de
doses menores de cada uma delas.
(B) somente a isoniazida tem ação bactericida so-
bre o bacilo da tuberculose; as outras drogas
são utilizadas para potencializar a sua ação.
(C) a velocidade de crescimento do bacilo da tu-
berculose nos tecidos humanos é inversamente
proporcional ao número de drogas utilizadas
no tratamento.
(D) o bacilo da tuberculose tem a capacidade de
sofrer mutações espontâneas que lhe confe-
rem resistência ao uso de cada droga isolada-
mente.
(E) as drogas antituberculosas são antibióticos fra-
cos e somente a sua associação pode ser ca-
paz de erradicar a infecção.
_________________________________________________________
6. Um paciente de 25 anos é admitido no serviço de
emergência de um hospital depois de ter sofrido uma
queda de bicicleta e ter permanecido desacordado
por cerca de 10 minutos. Encontra-se lúcido, orien-
tado, queixando-se de cefaléia. O exame físico mos-
tra apenas uma escoriação na região frontal. Depois
de 30 minutos ele não responde a estímulos verbais.
O médico que o atende solicita avaliação do
neurocirurgião, que está de plantão à distância, e
uma tomografia computadorizada de crânio. O res-
ponsável administrativo do hospital comunica que o
paciente deve ser transferido para um serviço públi-
co porque o seu plano de saúde está no período de
carência e não cobre as despesas com a tomografia
e nem com o eventual uso do centro cirúrgico. A essa
altura, o paciente está anisocórico. O médico deve
(A) tomar as medidas necessárias para que o pa-
ciente seja submetido a uma intervenção cirúr-
gica de emergência.
(B) aguardar a chegada do neurocirurgião para
uma tomada de decisão.
(C) insistir na realização da tomografia e transferi-
lo a seguir.
(D) intubar o paciente e transferi-lo o mais rapida-
mente possível.
(E) aceitar transferir o paciente desde que haja dis-
ponibilidade de uma ambulância-UTI.
_________________________________________________________
7. Uma mulher de 56 anos faz uma avaliação médica
de rotina e constata-se glicemia de jejum de 130 e
135 mg/dL, em duas ocasiões diferentes. Ela mede
1,64 m e pesa 76 kg. Está clinicamente bem, sem
queixas. Iniciou recentemente reposição hormonal
com estrógenos e progesterona. A conduta inicial
nesse caso deve ser
(A) realizar um teste de tolerância à glicose.
(B) suspender a reposição hormonal.
(C) prescrever dieta hipocalórica, sem açúcar livre.
(D) prescrever dieta sem açúcar e um
hipoglicemiante oral.
(E) restringir ao máximo a ingestão de carboidratos
e iniciar hipoglicemiante oral.
_________________________________________________________
8. Na investigação inicial de um paciente com ascite, o
melhor procedimento para o diagnóstico de hiper-
tensão portal é
(A) avaliar a resposta a um teste terapêutico com
furosemida e espironolactona, durante 3 dias.
(B) realizar uma ultra-sonografia de abdome.
(C) realizar uma laparoscopia abdominal.
(D) medir os valores séricos das transaminases,
gama-GT e amilase.
(E) medir o valor da diferença entre as concentra-
ções de albumina sérica e do líquido ascítico.
_________________________________________________________
9. Uma mulher de 66 anos, portadora de câncer de
mama, com metástases ósseas, está em tratamento
quimioterápico há 6 meses. Para controle das do-
res, faz uso de antiinflamatórios não esteroidais,
codeína em doses moderadas e bisfosfonatos. Foi
trazida para consulta pelos familiares porque há 1
mês apresenta astenia, inapetência, insônia e ansi-
edade. Refere que não tem mais interesse pelas ta-
refas do dia a dia, que está sem esperança, só pen-
sa em morrer e quer interromper o tratamento
oncológico. A conduta apropriada, nesse caso, é
(A) concordar com os sentimentos da paciente, res-
peitar suas vontades, interromper a quimioterapia
e aumentar a dose de analgésicos.
(B) discutir com a paciente seus sentimentos atu-
ais, explicar a natureza dos seus sintomas e
propor medicação antidepressiva.
(C) evitar discutir os sintomas e os sentimentos da
paciente, para não exacerbá-los, e prescrever
ansiolíticos.
(D) internar a paciente e hiberná-la com sedativos
potentes.
(E) discutir a questão somente com a família e
adotar as medidas que forem julgadas perti-
nentes.
_________________________________________________________
10. Um homem de aproximadamente 40 anos, morador
de rua, desnutrido, é levado a um pronto-socorro em
mau estado geral, com diarréia, desidratado, confu-
so e hipotenso. Os exames de entrada mostram uréia
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
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de 90 mg/dL, creatinina de 1,9 mg/dL, sódio de
130 mEq/L, potássio de 4,0 mEq/L, cloro de 114 mEq/
L, pH de 7,10, pCO
2
de 19 mmHg e bicarbonato de
6,0 mEq/L. O valor da diferença de ânions (anion
gap), em mEq/L, e a provável causa da acidose são,
respectivamente:
(A) 10 e diarréia.
(B) 10 e intoxicação por álcool metílico.
(C) 14 e desidratação.
(D) 16 e choque.
(E) 16 e insuficiência renal.
_________________________________________________________
11. Uma empresa de ônibus de transporte escolar sub-
mete seus motoristas a uma avaliação médica ge-
ral, que inclui a coleta de sangue e urina para exa-
mes laboratoriais. Sem informar os funcionários, a
direção da empresa orienta o médico responsável
para incluir, nos exames de rotina, as dosagens de
álcool, cocaína e maconha. Do ponto de vista ético,
o médico deve
(A) incluir as dosagens solicitadas, mesmo que isso
signifique invasão da privacidade dos funcio-
nários, porque o que está em jogo é a segu-
rança das crianças transportadas.
(B) ignorar a solicitação da empresa, mesmo que
isso signifique colocar em risco o seu próprio
emprego.
(C) incluir as dosagens solicitadas, pois ele pode-
rá ser responsabilizado criminalmente, num
eventual acidente que envolva um motorista
drogado.
(D) solicitar permissão aos funcionários, pois a rea-
lização de exames laboratoriais é um ato mé-
dico e só pode ser efetuado com o consenti-
mento do paciente.
(E) incluir as dosagens solicitadas, porque empre-
sas de transporte coletivo têm o direito de in-
vestigar o uso de drogas ilícitas pelos seus fun-
cionários, sem comunicação prévia.
_________________________________________________________
12. Chronic heart failure occurs most commonly after earlier
myocardial infarction or in the presence of long-standing
hypertension. The inability of this normally efficient mus-
cular pump to eject or receive blood results in
characteristic symptoms and signs. In patients with
compensated heart failure, breathlessness and fatigue
occur only with moderate or greater levels of exertion,
and physical signs of increased plasma and extravascular
volumes are absent. Symptoms that occur with minimal
exertion or at rest, accompanied by jugular venous
distention and edema of the lower extremities, reflect
decompensation. Congestive heart failure, a syndrome
arising from hypoperfused organs, has its
pathophysiologic origins in salt-avid kidneys. The kidneys
become adversaries of the heart, lungs and liver. A house
divided; homeostasis lost. What accounts for this
dysfunctional relation between organs that normally
cooperate to preserve circulatory balance? The answer
is activation of the renin-aldosterone system.
(N Engl J Med 341(10), 1999 - Editorial)
A partir do texto pode-se afirmar que
(A) a causa da insuficiência cardíaca crônica é
basicamente de origem renal.
(B) os diuréticos têm um papel limitado no alívio
dos sintomas da insuficiência cardíaca
congestiva.
(C) drogas que bloqueiam a ação da angiotensina
ou da aldosterona, como os inibidores da ECA
e a espironolactona, podem ser úteis no trata-
mento da insuficiência cardíaca congestiva.
(D) a ativação do sistema renina-angiotensina-
aldosterona é necessária para manter a
homeostase e preservar o coração da sobre-
carga de volume, que ocorre na insuficiência
cardíaca congestiva.
(E) não é possível diagnosticar a insuficiência car-
díaca leve ou moderada somente em bases
clínicas.
_________________________________________________________
13. A figura abaixo mostra a interpretação dos resulta-
dos obtidos com a utilização da cintilografia com tálio
radioativo, para o diagnóstico de coronariopatia,
numa população em que a prevalência da doença é
de 5%.
Teste com:
Sensibilidade = 85%
Especificidade = 90%
Valor preditivo positivo 42,5/137,5 = 0,31
Valor preditivo negativo 855/862,5 = 0,9
Se você aplicar esse teste numa população cuja
prevalência de coronariopatia seja de 50%, pode-se
afirmar que
(A) a especificidade do teste diminuirá significati-
vamente.
(B) a sensibilidade do teste ficará mais elevada.
(C) a probabilidade pré-teste de coronariopatia será
menor.
(D) caso o teste seja positivo, a probabilidade de
doença será menor.
(E) o valor preditivo positivo do teste será mais alto.
_________________________________________________________
14. Mulher com 35 anos tem ciclos menstruais
eumenorréicos, com duração de 6 a 7 dias. Há 12
dias, no 30
o
dia do último ciclo, passou a apresentar
sangramento genital abundante. A história clínica
sugere que o diagnóstico e a conduta inicial mais
corretos são, respectivamente,
R elatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
123
(A) hemorragia uterina disfuncional e realização de
curetagem uterina.
(B) hemorragia uterina disfuncional e hormoniote-
rapia com estrogênio.
(C) mioma e tratamento com ocitocina.
(D) mioma e realização de curetagem uterina.
(E) abortamento e realização de curetagem uterina.
_________________________________________________________
15. Mulher de 18 anos utiliza anticoncepcional hormonal
combinado oral. No 24
o
dia do ciclo, após relaciona-
mento sexual com preservativo ("camisinha"), pas-
sou a apresentar prurido vulvar intenso e leucorréia,
que se acentuaram há 1 dia. O diagnóstico mais pro-
vável e o melhor tratamento são, respectivamente,
(A) tricomoníase e tratamento específico incluin-
do o do parceiro.
(B) candidíase e conduta expectante até a mens-
truação.
(C) infecção por Gardnerella vaginalis e tratamen-
to específico.
(D) candidíase e uso de nistatina ou semelhantes.
(E) vulvite alérgica e tratamento local com
hidrocortisona.
_________________________________________________________
16. Em mulheres jovens cujo resultado de colpocitologia
oncótica revela NIC I (neoplasia intra-epitelial cervical
tipo I ou Papanicolaou classificação IIIa) e que
apresentam infecção concomitante por Gardnerella
vaginalis, a conduta correta é
(A) tratar a infecção e repetir o exame em 6 meses.
(B) tratar a infecção e repetir o exame em 3 meses.
(C) colposcopia e biópsia dirigida.
(D) cauterização.
(E) conização.
_________________________________________________________
17. Em relação ao câncer de mama é INCORRETO afir-
mar que
(A) a gravidez precoce é fator de proteção.
(B) a menarca precoce e a menopausa tardia são
fatores de risco.
(C) a incidência tem aumentado nos últimos anos.
(D) é comum sua associação com adenocarcinoma
de endométrio.
(E) em mulheres com menos de 30 anos, a reali-
zação de mamografia é contra-indicada.
18. No pré-natal de primigesta com 20 semanas de ges-
tação, com ganho ponderal de 7 kg desde o início
da gravidez, a conduta mais correta é
(A) estabelecer dieta hipocalórica e reavaliar em
4 semanas.
(B) realizar glicemia de jejum e pós-prandial.
(C) realizar teste de tolerância à glicose.
(D) introduzir ácido acetilsalicílico diário em baixa
dose e repouso para prevenir a toxemia
gravídica.
(E) tratar com diuréticos e rever o peso em 15 dias.
_________________________________________________________
19. Puérpera multípara apresenta sangramento intenso,
com coágulos, 40 minutos após término de parto
normal. Já medicada com ocitócicos por via
parenteral. Ao exame ginecológico apresenta colo
aberto, com sangramento oriundo da cavidade
uterina. A conduta inicial mais adequada é realizar
(A) curetagem uterina.
(B) massagem manual do fundo uterino.
(C) ligadura de artérias hipogástricas.
(D) histerectomia subtotal.
(E) uso de tampão intra-uterino com adrenalina.
_________________________________________________________
20. Em relação à osteoporose é INCORRETO afirmar
que
(A) é mais freqüente em mulheres brancas, ma-
gras, de baixa estatura, sedentárias e
menopausadas.
(B) ocorre em 25% da população feminina acima
de 65 anos.
(C) a diminuição de estatura pode ser sinal clínico
de fratura vertebral.
(D) a fratura osteoporótica do colo do fêmur tem
risco de mortalidade de 50%.
(E) a população de baixa renda com reduzida
ingestão de produtos lácteos na infância e ado-
lescência é de risco para osteoporose.
_________________________________________________________
21. Uma parturiente de 30 anos, III gesta, com 2 partos
normais anteriores, iniciou trabalho de parto há 2 ho-
ras. Apresenta ao exame: 3 contrações uterinas em
10 minutos (2 regulares e 1 forte), freqüência cardía-
ca fetal de 128 batimentos por minuto, que se reduz
para 112 batimentos por minuto durante as contra-
ções, e dilatação do colo uterino de 8 cm, com saída
de líquido esverdeado (meconial), levemente espes-
sado. A conduta obstétrica mais correta é
(A) indução com ocitocina para aceleração do
parto.
(B) cesárea imediata.
(C) aguardar evolução para parto normal.
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
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(D) fórcipe de alívio de imediato.
(E) fórcipe de alívio após secção cirúrgica do colo
uterino.
_________________________________________________________
22. Grávida de 38 semanas apresenta hemoglobina de
7 g/dL, VCM de 78 µ
3
, CHCM de 26% e HCM de
25 pg/cel. A conduta correta é administrar
(A) ferro com ácido fólico parenterais.
(B) ácido fólico via oral.
(C) ferro injetável.
(D) ferro injetável e ácido fólico via oral.
(E) transfusão de papa de hemácias.
_________________________________________________________
23. Uma pré-escolar de 5 anos chega ao pronto-socorro
por cansaço há 2 dias. A mãe nega vômitos ou diar-
réia. Ela está desperta mas cansada. O exame clíni-
co mostra taquipnéia com respirações rápidas e pro-
fundas, mucosas secas e olhos fundos. O oxímetro
de pulso revela uma saturação de O
2
de 97% em ar
ambiente. O exame útil ao diagnóstico é
(A) glicemia.
(B) hemograma completo.
(C) radiografia de tórax.
(D) hemocultura.
(E) dosagens de sódio e potássio.
_________________________________________________________
24. O pai de um lactente de 1 ano apresentou um teste
tuberculínico positivo num exame pré-admissional e
o diagnóstico de tuberculose ativa foi confirmado por
uma radiografia do tórax. Iniciou-se o esquema
tríplice habitual. A criança recebeu uma dose da va-
cina do bacilo de Calmette-Guérin (BCG) com 1 mês,
apresenta um teste tuberculínico negativo e a radio-
grafia do tórax é normal. A conduta para esta criança
é
(A) iniciar tratamento com esquema tríplice.
(B) iniciar o tratamento com isoniazida.
(C) administrar reforço da vacina BCG.
(D) observar a criança e realizar radiografia de tó-
rax em 3 meses.
(E) separar a criança do seu pai por um período
de 2 semanas.
_________________________________________________________
25. Um menino de 9 anos pisou num prego. Quatro dias
após, começou a mancar e teve febre de 38,5°C. O
exame físico mostra edema e eritema significativos
no pé acometido. Não há evidências de linfangite.
Segundo os pais a criança recebeu um reforço da
vacina antitetânica há 1 ano. A melhor conduta é
(A) administrar a vacina dupla tipo adulto (dT).
(B) administrar penicilina benzatina.
(C) colher material da lesão para cultura e deixar
sem antibiótico até o resultado.
(D) administrar cefalosporina de primeira geração.
(E) lavar a lesão com solução salina e aplicar uma
pomada de ácido fusídico.
26. Uma escolar de 8 anos apresenta cefaléia intensa,
tonturas e urina escura há 24 horas. No exame clíni-
co são significativos os seguintes achados: freqüên-
cia cardíaca de 110 batimentos por minuto; pressão
arterial de 175 × 110 mmHg e temperatura de 36,9°C.
O diagnóstico mais provável para este quadro clíni-
co é
(A) glomerulonefrite aguda.
(B) enxaqueca.
(C) hepatite viral aguda.
(D) sinusite.
(E) hipertensão maligna.
_________________________________________________________
27. Um lactente de 7 meses tem sido alimentado,
predomi-nantemente, com leite de cabra. Um con-
trole laboratorial mostra: hemoglobina sérica de 7,5 g/
dL, VCM de 100 µ
3
, leucócitos 4 200/mm
3
e conta-
gem de reticulócitos de 0,2%. O tratamento inicial
desta criança deve incluir a suplementação dietética
com
(A) ferro.
(B) ácido ascórbico.
(C) ácido fólico.
(D) piridoxina.
(E) vitamina B12.
_________________________________________________________
28.
O gráfico acima mostra uma clara redução da mor-
talidade infantil entre os anos 1980 – 1999. Este fato
pode ser explicado por todas as razões abaixo,
EXCETO :
(A) diminuição do número de filhos por mulher, isto
é, queda da fecundidade.
(B) ampliação da oferta de serviços médicos e
hospitalares.
(C) ampliação dos serviços de saneamento
básico, principalmente o aumento do núme-
ro de domicílios abastecidos com água.
(D) maciças campanhas de vacinação que vêm
sendo realizadas desde 1980.
(E) programa de fornecimento de leite em pó nos
centros de saúde.
R elatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
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(D) incentivada apenas se a mãe e o RN submete-
rem-se a tratamento com drogas anti-retrovirais.
(E) substituída por aleitamento artificial apenas se
houver sangramento pelo mamilo.
_________________________________________________________
32. Adolescente de 16 anos dá à luz a um recém-nasci-
do (RN) de termo, com peso de 3 350 g. Refere iní-
cio de atividade sexual há 2 anos. Exames colhidos
em sala de parto revelaram VDRL materno 1/8 e
FTAabs reagente. RN com VDRL 1/4 e FTAabs
reagente. Mãe negava quaisquer doenças ou uso
de medicações. A conduta correta é
(A) tratar mãe, pai e RN, pois os dados clínicos e
laboratoriais evidenciam doença ativa.
(B) tratar mãe e pai e não realizar controle
sorológico do RN, pois os títulos são menores
que os maternos.
(C) não tratar mãe, pai ou RN, pois os exames são
compatíveis com cicatriz sorológica.
(D) tratar mãe e pai e realizar controle sorológico
do RN, a cada 3 meses, até a negativação.
(E) não tratar, pois a sorologia traduz falso positi-
vo de VDRL, comum durante a gestação.
_________________________________________________________
33. Escolar de 8 anos, sexo masculino, é levado ao
médico com queixa de baixa estatura. Nasceu
com 50 cm e 3 200 g. Os gráficos de desenvolvimen-
to pôndero-estatural (padrão NCHS), com os dados
da criança indicados pelos pontos, estão apresenta-
dos abaixo. A mãe relata que o filho sempre foi sau-
dável. O exame físico atual é normal.
29. Há 2 meses um casal perdeu um filho de 1 ano e
meio vítima de meningite meningocócica fulminan-
te. Outro filho, de 4 anos, desenvolveu meningite 5
dias depois. Está vivo, mas apresenta graves seqüe-
las. O médico está sendo processado por negligên-
cia, pois os pais não receberam orientações acerca
da profilaxia de contactantes, que deveria ter sido
recomendada, por 2 dias, com
(A) cefalosporina de terceira geração, para os
contac-tantes domiciliares com menos de 12
anos de idade.
(B) rifampicina, para todos os contactantes domi-
ciliares.
(C) amoxicilina, para os contactantes domiciliares
com menos de 12 anos de idade.
(D) rifampicina, para os contactantes domiciliares
com menos de 12 anos de idade.
(E) amoxicilina, para todos os contactantes domi-
ciliares.
_________________________________________________________
30. Um lactente, com 1 ano e 8 meses de idade, sexo
masculino, está resfriado há 1 semana. Na última
noite chorava muito e nesta manhã evoluiu com fe-
bre (39,5°C) e apresentou convulsão tônico-clônica
generalizada há 20 minutos. Não tem antecedentes
convulsivos. Apresenta-se em bom estado geral,
desperto, sem sinais meníngeos ou outras altera-
ções. A conduta a ser adotada, além do uso de
antitérmico, será
(A) apenas observar, sem realizar exames, e dar
alta com fenobarbital por um ano.
(B) realizar hemograma, glicemia e líquor, e dar
alta sem medicação se os exames forem nor-
mais.
(C) realizar hemograma, glicemia, líquor e
eletroencefalograma, e dar alta sem medica-
ção se os exames forem normais.
(D) apenas observar, sem realizar exames, e dar
alta sem medicação.
(E) realizar hemograma, glicemia, líquor e
eletroencefalograma, e dar alta com
fenobarbital, se os exames forem normais.
_________________________________________________________
31. Mulher, com sorologia para HIV positiva, dá à luz a
recém-nascido (RN) com 3 000 g. A sorologia para
HIV do RN, pelo ELISA, revela-se positiva. A
amamentação desta criança deve ser
(A) incentivada, uma vez que o risco de aquisição
da doença pelo aleitamento materno é baixo.
(B) incentivada, uma vez que a sorologia do RN é
positiva.
(C) substituída por aleitamento artificial, uma vez
que o risco de aquisição da doença através do
aleitamento é elevado.
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
126
34. A mãe de um recém-nascido quer saber qual é o
esquema vacinal para a vacina anti-hemófilo. Você
responde que esta vacina deve ser aplicada com
(A) 1, 2 e 6 meses, sem necessidade de reforço.
(B) 1, 2 e 6 meses, com reforço aos 2 anos.
(C) 2 e 4 meses com reforço aos 9 meses.
(D) 2, 4 e 6 meses sem necessidade de reforço.
(E) 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 15 meses.
_________________________________________________________
35. Recém-nascido de termo, masculino, negro, peso de
nascimento de 3 540 g. Tipagem sangüínea ORh
positivo e da mãe ARh negativo. Coombs direto e
indireto negativos. Mãe refere abortamento anterior.
No terceiro dia de vida nota-se icterícia Zona III (clas-
sificação de Kramer), moderada. Colhidas bilirrubinas
que revelam bilirrubina indireta de 13,5 mg% e
bilirrubina direta de 0,7 mg%. O diagnóstico mais
provável é
(A) deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase
(G6PD).
(B) doença de Gilbert.
(C) incompatibilidade Rh.
(D) icterícia fisiológica.
(E) doença falciforme.
__________________________________________________________________________________________________________________
36. Uma senhora de 70 anos, procura o ambulatório com
queixa de fraqueza há cerca de 3 meses. Apresenta,
esporadicamente, dor abdominal difusa, em cólica,
não muito intensa, que melhora com
antiespasmódicos. Perdeu cerca de 4 kg nesse pe-
ríodo. Nega qualquer sangramento genital. Nega an-
tecedentes pessoais mórbidos significativos. Diz que
sua irmã faleceu de câncer de intestino. Toma ape-
nas "1 comprimidinho para a pressão". Ao exame,
está bastante descorada, não parece emagrecida e
não apresenta edemas. Pulso: 116 batimentos por
minuto;
Pressão arterial: 150 × 90 mmHg. Freqüên-
cia respiratória: 24 respirações por minuto. Não tem
dor à palpação do abdome, nem se palpam massas
abdominais. O toque retal não mostra alteração al-
guma. Traz os resultados de 3 exames
parasitológicos de fezes, que são negativos. A con-
duta inicial para esta doente é
(A) tratar com sulfato ferroso e ácido fólico e, se
não houver melhora, fazer biópsia de medula
óssea.
(B) solicitar tomografia computadorizada de abdome.
(C) solicitar colonoscopia ou enema opaco.
(D) pesquisar sangue oculto nas fezes e tratar
empiricamente para doença péptica.
(E) tratar para parasitose intestinal, apesar dos
exames negativos.
_________________________________________________________
37. Uma senhora de 45 anos procura o ambulatório com
queixa de nódulo no pescoço há cerca de 1 mês. Ao
exame, está em bom estado geral, notando-se ape-
nas um nódulo regular, de consistência firme, com cer-
ca de 3 cm de diâmetro, na região lateral esquerda do
pescoço, pouco abaixo do ângulo da mandíbula. A con-
duta que NÃO deve ser tomada na abordagem
diagnóstica inicial desta doente é(A) laringoscopia
direta ou indireta.
(B) retirada parcial ou total do nódulo para análise
histológica.
(C) ultra-sonografia de pescoço.
(D) punção aspirativa para exame citológico.
(E) exame de orofaringe e rinofaringe.
_________________________________________________________
38. Um homem de 35 anos de idade queixa-se de incô-
modo na região inguinal direita, que se acentua aos
esforços físicos. Não tem antecedentes mórbidos
significativos. Ao exame clínico, você constata a pre-
sença de um abaulamento em região inguinal direi-
ta, que se acentua à manobra de Valsalva. Seu di-
agnóstico clínico é de uma pequena hérnia inguinal.
A partir deste momento, você
(A) encaminha o doente para o cirurgião, pois en-
tende que quanto antes ele for operado, me-
lhor.
(B) solicita que o doente não faça esforços físicos
e volte em 6 meses para ser reexaminado.
(A) encaminha o doente para o cirurgião, pois en-
tende que quanto antes ele for operado, me-
lhor.
(B) solicita que o doente não faça esforços físicos
e volte em 6 meses para ser reexaminado.
R elatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
127
(E) aconselha o doente a aguardar a evolução,
tendo em vista o pequeno tamanho da hérnia.
_________________________________________________________
39. A presença de pólipos do intestino grosso afeta uma
parcela significativa da população. Em relação a es-
tes pólipos pode-se afirmar que
(A) os pólipos tubulares são os que têm maior po-
tencial de degeneração neoplásica.
(B) a fusão do oncogene ABL com o gene BCR é
responsável pela degeneração dos pólipos
adenomatosos.
(C) as dimensões do pólipo nada têm a ver com
seu potencial de transformação em carcinoma.
(D) os
genes APC, DCC e p53 estão associados à
origem dos pólipos e à sua degeneração carci-
noma-tosa.
(E) os pólipos hiperplásicos possuem o mesmo
potencial de degeneração carcinomatosa dos
pólipos adenomatosos.
_________________________________________________________
40. O trauma é considerado, nos dias atuais, um grave
problema de saúde pública. É a principal causa de
morte entre os jovens. Em relação às estratégias de
prevenção do trauma, pode-se afirmar que:
(A) o fator de maior impacto na prevenção secun-
dária é a organização de sistemas eficientes
de atendimento pré-hospitalar.
(B) é impossível qualquer progresso na prevenção
sem melhora das condições sociais da popu-
lação.
(C) exigir o cumprimento rigoroso das leis é a me-
lhor forma de se controlar a violência urbana.
(D) cintos de segurança e capacetes são a melhor
forma de prevenção primária do trauma relaci-
onado ao trânsito.
(E) a educação é a base da prevenção das lesões
traumáticas, quer se trate de trauma decorren-
te de violência intencional ou não.
QUESTÃO 1
Um homem de 60 anos, tabagista, com tosse crônica há 10 anos e dispnéia progressiva aos esforços há 3 anos, é
atendido num serviço de emergência com queixa de aumento da tosse e dispnéia em repouso, há 3 dias. Tem
aspecto pletórico, está taquipnéico, cianótico e com roncos pulmonares difusos. O hematócrito é de 57% e a gasometria
arterial, em ar ambiente, mostra pH de 7,32, pO
2
de 50 mmHg, pCO
2
de 65 mmHg e bicarbonato de 34 mEq/L. O
médico que o atende indica intubação orotraqueal e ventilação mecânica com FiO
2
de 40%. Cerca de 2 horas
depois, uma nova gasometria mostra pH de 7,56, pO
2
de 90 mmHg, pCO
2
de 35 mmHg e bicarbonato de 32 mEq/L.
Qual é o diagnóstico do paciente? (valor: 5,0 pontos)
Você concorda com a conduta adotada? Justifique. (valor: 5,0 pontos)
QUESTÃO 2
Numa favela densamente povoada, na periferia de uma grande cidade, ocorre o transbordamento de um córrego
não canalizado, em virtude de fortes chuvas, causando uma grande inundação. Equipes de resgate são necessá-
rias para retirar pessoas das casas alagadas. No decorrer da segunda e terceira semanas após esse evento, os
postos de saúde e hospitais da região começam a atender dezenas de pessoas com queixa de febre, mialgia e
cefaléia, de instalação abrupta. São registrados 3 casos de meningite e um adulto jovem morre com icterícia, insu-
ficiência renal e sangramento pulmonar e de mucosas.
Qual é a relação entre a inundação e o aparecimento dos casos relatados? (valor: 5,0 pontos)
Quais são as medidas necessárias para se evitar acontecimentos dessa natureza? (valor: 2,5 pontos)
Qual a medida farmacológica eficaz na prevenção da doença para os profissionais envolvidos
nessas operações de resgate? (valor: 2,5 pontos)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
128
QUESTÃO 3
Uma mulher de 70 anos veio transferida de um outro hospital, com o seguinte encaminhamento médico:
"Encaminhamos essa paciente, trazida por familiares, que relataram que, há cerca de 15 dias, vinha urinando muito
e tomando líquidos excessivamente. Há 2 dias tornou-se progressivamente sonolenta, inapetente e parou de urinar.
Hoje pela manhã não acordou. No exame físico de entrada respondia somente a estímulos dolorosos, as pupilas
eram mióticas e não havia rigidez de nuca nem déficits motores. Desidratada, afebril, pulso de 108 batimentos por
minuto e pressão arterial de 105 × 65 mmHg; sem outras alterações. Recebeu 40 mL de glicose a 50% IV e, como
não acordasse, decidiu-se pela sua transferência".
O exame físico atual está inalterado e as análises laboratoriais mostram: hemograma normal, glicemia =
720 mg/dL, uréia = 104 mg/dL, creatinina = 2,0 mg/dL, Na = 147 mEq/L e K = 3,5 mEq/L.
É possível fazer o diagnóstico com os dados disponíveis? Justifique. (valor: 5,0 pontos)
Quais devem ser as condutas iniciais? (valor: 5,0 pontos)
QUESTÃO 4
Um homem de 66 anos, assintomático, sem antecedentes mórbidos importantes, passa por uma consulta ambulatorial
de rotina. O exame físico é normal, salvo pela presença de pulso e batimentos cardíacos arrítmicos. O
eletrocardiograma mostra (derivações DII e V1 ):
Qual é o diagnóstico eletrocardiográfico? Em que elementos se baseia esse diagnóstico?(valor: 5,0 pontos)
Que risco a presença dessa arritmia acarreta ao paciente, a longo prazo? (valor: 2,5 pontos)
Que medidas farmacológicas podem diminuir esse risco? (valor: 2,5 pontos)
QUESTÃO 5
Uma menina de 17 anos, sexualmente ativa, sem uso de método contraceptivo no momento, foi vítima de violência
sexual há1 dia, no 19
o
dia do ciclo menstrual.
Quais as medidas médicas de URGÊNCIA que devem ser adotadas? Justifique. (valor: 10,0 pontos)
R elatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
129
QUESTÃO 6
Você faz parte de um grupo de alunos interessados em fazer um levantamento retrospectivo de fatores associados
ao parto, que possam levar a infecções puerperais.
Na confecção do seu protocolo, indique quatro fatores a serem investigados nos prontuários das pacientes.
(valor: 10,0 pontos)
QUESTÃO 7
Pré-escolar com 4 anos de idade é levado ao pronto-so-
corro com história de febre há 4 dias, tosse e "cansaço" há
1 dia. Ontem procurou unidade básica de saúde onde foi
feito o diagnóstico de sinusite e iniciada terapêutica com
amoxicilina, da qual recebeu 2 doses. Ao exame físico apre-
senta-se em bom estado geral, porém taquipnéico e ge-
mente. À inspeção observa-se tiragem diafragmática e de
fúrcula. A ausculta pulmonar mostra crepitação fina no
hemitórax direito especialmente em terço médio e ausên-
cia de murmúrio em base, com egofonia entre terço médio
e inferior. A radiografia do tórax é apresentada ao lado, onde,
entre outras alterações, observa-se linha de derrame de
mais ou menos 3 cm.
Quais as condutas a serem adotadas nas primeiras 24
horas? (valor: 10,0 pontos)
QUESTÃO 8
Lactente do sexo masculino, com 1 ano de idade, febril há 2 dias. Em bom estado geral, sem alterações ao exame
físico. Exames laboratoriais revelam um sedimento urinário com pH 6,0; urobilinogênio, corpos cetônicos, proteína
e glicose normais, leucócitos 110 000/mL, hemácias 20 000/mL e ausência de cilindros. Urocultura revelou a pre-
sença de Escherichia coli 100 000col/mL. Iniciado tratamento com cefalosporina de primeira geração.
Estabeleça a seqüência de tratamento da infecção atual e o planejamento para os próximos 3 meses.
(valor: 10,0 pontos)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
130
QUESTÃO 9
Uma mãe procura o serviço de atendimento primário queixando-se que seu filho de 3 meses, que está sob aleita-
mento materno exclusivo, não quer mais aceitar o seio. Ela refere que o leite é fraco, que o filho chora muito e que
o mesmo não está ganhando peso. Ela requisita uma receita de leite artificial. Ao exame físico o bebê encontra-se
em bom estado geral e sem alterações específicas. A criança nasceu com peso de 3 100 g e comprimento de
50,5 cm. Na consulta apresenta peso de 5 000 g e comprimento de 58,5 cm.
Diante desta situação, qual a orientação para esta mãe e seu bebê? (valor: 10,0 pontos)
QUESTÃO 10
P.R.S., 25 anos, sexo masculino, pesando 70 kg, é trazido ao pronto-socorro pelo serviço de resgate após ter batido
sua motocicleta. Chega completamente imobilizado em prancha longa, com colar cervical, em respiração espontâ-
nea, recebendo oxigênio por máscara, mas bastante torporoso. Apresenta escoriações em região frontal (estava
sem capacete), abrasão na parede anterior e lateral do tórax, à direita, e deformidade no tornozelo direito. O tempo
decorrido entre a colisão e a chegada ao hospital foi de cerca de 40 minutos. Sinais vitais na chegada: pulso: 124
batimentos por minuto; pressão arterial: 80 x 60 mmHg; freqüência respiratória: 30 respirações por minuto. Está
bastante descorado. Reage à dor em decorticação. Suas pupilas são isocóricas. Realizada a intubação traqueal e
iniciada a ventilação assistida. O tórax foi drenado à direita, saindo inicialmente cerca de 500 mL de sangue.
Explique as medidas a serem tomadas no tratamento do choque deste doente, enfocando os aspectos:
a) causa mais provável da hipotensão. (valor: 2,5 pontos)
b) escolha da via de acesso para reposição volêmica: periférica, central, membros superiores
ou inferiores, punção, dissecção, intra-óssea. (valor: 2,5 pontos)
c) tipo de solução a ser administrada na reanimação volêmica: glicosada, salina isotônica,
colóide, sangue, autotransfusão. (valor: 2,5 pontos)
d) estimativa do volume a ser administrado durante a reanimação inicial e avaliação da
resposta (monitorização). (valor: 2,5 pontos)
R elatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
131
Impressões sobre a Prova
As questões abaixo visam levantar sua opinião so-
bre a qualidade e a adequação da prova que você
acabou de realizar e também sobre o seu desempe-
nho na prova.
Assinale as alternativas correspondentes à sua opi-
nião e à razão que explica o seu desempenho nos
espaços próprios (parte inferior) da Folha de Res-
postas.
Agradecemos sua colaboração.
41. Qual o ano de conclusão deste seu curso de
graduação?
(A) 2000.
(B) 1999.
(C) 1998.
(D) 1997.
(E) Outro.
_________________________________________________________
42. Qual o grau de dificuldade desta prova?
(A) Muito fácil.
(B) Fácil.
(C) Médio.
(D) Difícil.
(E) Muito Difícil.
_________________________________________________________
43. Quanto à extensão, como você considera a prova?
(A) Muito longa.
(B) Longa.
(C) Adequada.
(D) Curta.
(E) Muito curta.
_________________________________________________________
44. Para você, como foi o tempo destinado à resolução
da prova?
(A) Excessivo.
(B) Pouco mais que suficiente.
(C) Suficiente.
(D) Quase suficiente.
(E) Insuficiente.
_________________________________________________________
45. As questões da prova apresentam enunciados
claros e objetivos?
(A) Sim, todas apresentam.
(B) Sim, a maioria apresenta.
(C) Sim, mas apenas cerca de metade apresenta.
(D) Não, poucas apresentam.
(E) Não, nenhuma apresenta.
46. Como você considera as informações fornecidas
em cada questão para a sua resolução?
(A) Sempre excessivas.
(B) Sempre suficientes.
(C) Suficientes na maioria das vezes.
(D) Suficientes somente em alguns casos.
(E) Sempre insuficientes.
_________________________________________________________
47. Como você avalia a adequação da prova aos
conteúdos definidos para o Provão/2000, desse
curso?
(A) Totalmente adequada.
(B) Medianamente adequada.
(C) Pouco adequada.
(D) Totalmente inadequada.
(E) Desconheço os conteúdos definidos para o
Provão/2000.
_________________________________________________________
48. Como você avalia a adequação da prova para
verificar as habilidades que deveriam ter sido
desenvolvidas durante o curso, conforme definido
para o Provão/2000?
(A) Plenamente adequada.
(B) Medianamente adequada.
(C) Pouco adequada.
(D) Totalmente inadequada.
(E) Desconheço as habilidades definidas para o
Provão/2000.
_________________________________________________________
49. Com que tipo de problema você se deparou mais
freqüentemente ao responder a esta prova?
(A) Desconhecimento do conteúdo.
(B) Forma de abordagem do conteúdo diferente
daquela a que estou habituado.
(C) Falta de motivação para fazer a prova.
(D) Espaço insuficiente para responder às
questões.
(E) Não tive qualquer tipo de dificuldade para
responder à prova.
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Medicina
132
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