Relatório-Síntese 2000 ANEXO Economia
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“Essa intervenção do Estado no domínio econômico,
sempre que possível plástica e não rígida, impõe-se como
um dever ao governo todas as vezes que é necessário
suprir as deficiências da iniciativa privada ...”
VARGAS, Getúlio. Mensagem ao Congresso Nacional. 1952
De fato, o Governo Vargas utilizou vários instrumentos e
órgãos para executar esta estratégia de política econômica.
NÃO se inclui entre as medidas adotadas neste período a:
(A) aproximação com a CEPAL em função das concep-
ções comuns sobre o desenvolvimento econômico.
(B) adoção de programas de investimento em infra-estru-
tura básica nos setores de siderurgia e energia, com
destaque para a área de petróleo.
(C) utilização de instrumentos de planejamento econômico,
tendo como exemplo o Plano Nacional de Eletrificação.
(D) criação de órgãos para estudar e executar políticas
econômicas, destacando-se o BNDE e a Assessoria
Econômica da Presidência.
(E) formulação do Plano SALTE, que contemplava o desen-
volvimento dos setores de saúde, alimentação, transpor-
te e energia.
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A emergência da Ciência Econômica como área de saber
específica se deu no contexto maior do Iluminismo, uma
revolução intelectual da qual a teoria econômica é herdei-
ra. Os fundamentos do Iluminismo que influenciaram
diretamente o nascimento da Ciência Econômica foram
(A) o reencantamento do mundo, a aposta na razão e o
princípio da incerteza.
(B) a secularização da cultura, a aposta na razão e a
crença absoluta no progresso humano.
(C) a fragmentação da política, o princípio da incerteza e a
racionalização da cultura.
(D) a revolução francesa, a racionalização da cultura e o
ques-tionamento da idéia de progresso.
(E) a dialética hegeliana, o princípio da incerteza e o ques-
tionamento da idéia de progresso.
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Uma das proposições centrais da Teoria do Desenvolvi-
mento de Adam Smith, no seu livro A Riqueza das
Nações, é que
(A) em uma economia com n mercados, se n-1 mercados
estão em equilíbrio, o enésimo mercado estará obriga-
toriamente em equilíbrio.
(B) em uma economia com n mercados, se o enésimo
mercado estiver em desequilíbrio, não há convergên-
cia para o crescimento equilibrado.
(C) em uma economia mercantil, o gasto determina a
renda, independente do número de mercados.
(D) o tamanho do mercado é limitado pela extensão da
liquidez na economia.
(E) o tamanho do mercado limita a extensão da divisão
social do trabalho na economia.
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A moderna “Economia do Desenvolvimento” tem como
uma de suas obras fundadoras a Teoria do Desenvolvi-
mento Econômico de Joseph Schumpeter (1911). De
acordo com esta obra, o processo de desenvolvimento se
origina da combinação de três elementos, a saber:
(A) progresso técnico intensivo em capital, abundância
de mão-de-obra e retorno constantes de escala.
(B) progresso técnico neutro, empreendedorismo e re-
tornos crescentes de escala.
(C) progresso técnico neutro, crédito e política industrial.
(D) inovações, crédito e propensão ao risco empresarial.
(E) inovações, grandes empresas e estabilidade cambial.
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O Modelo de Equilíbrio Geral com Produção criado por
Walras no seu livro Elementos de Economia Política Pura
(1874) depende da presença de um “leiloeiro” com a função
de operacionalizar a busca de um vetor de preços capaz de
compatibilizar os planos de cada um dos agentes em rela-
ção às operações:
(A) financeiras realizadas, maximizar utilidades e lucros e
igualar a demanda à oferta em todos os mercados.
(B) de compra e venda de ativos financeiros, maximizar lucros
e juros e igualar a demanda à oferta nos mercados de bens
de capital.
(C) de compra e venda desejadas, maximizar utilidades e
lucros e igualar a demanda à oferta em todos os
mercados.
(D) de compra e venda desejadas, maximizar lucros e
dividendos e igualar a demanda à oferta no mercado
de capital.
(E) de compra e venda realizadas, maximizar utilidades e
lucros e igualar a demanda à oferta no mercado de
capital.
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A chamada “síntese neoclássica” tem na sua base o
modelo IS/LM. Este modelo origina-se da conhecida
reinterpretação do pensamento de Keynes por J. Hicks no
seu texto Mr. Keynes and the Classics: a suggested
interpretation, publicado originalmente em 1937. Os ele-
mentos centrais na Teoria Geral de Keynes que NÃO
aparecem no Modelo de Hicks são a:
(A) análise centrada no método do equilíbrio parcial e o
papel da incerteza na determinação do volume de
investimentos.
(B) análise centrada no método do equilíbrio geral e os
rendimentos crescentes de escala.
(C) relação direta entre a taxa de juros e a eficiência
marginal do capital e a relação inversa entre taxa de
juros e taxa de lucro.
(D) hipótese de neutralidade da moeda no curto período
e a precificação via mark-up.
(E) hipótese de rendimentos crescentes de escala e a
determinação da taxa de juros pela produtividade
marginal do capital.
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Suponha que, em um banco de investimentos, um econo-
mista, exercendo a função de administrador de fundos,
faça a carteira de aplicações dos seus clientes com base
nas hipóteses de que:
i) os agentes conhecem um modelo quantitativo que
(salvo perturbações estocásticas) permite prever o
comportamento dos preços dos ativos e da economia;
ii) os agentes dispõem do mesmo conjunto de in-
formações;
iii) os mercados tendem ao equilíbrio.