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Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
95
Prova
Capítulo 6
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Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
96
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Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
97
PRIMEIRA PARTE
1
Considere os textos a seguir como transcrição de depoimentos gravados em áudio. Utilize esses dados para produzir um
roteiro de matéria para rádio com aproximadamente um minuto e quarenta segundos de duração, incluindo: cabeça para
o apresentador, fala do repórter, uma sonora editada de cada depoimento, da matéria (informações adicionais) e
assinatura do repórter. As informações contidas nos depoimentos podem ser complementadas com o que você conhece
sobre o assunto. (valor: 20,0 pontos)
TEXTO I
O que está por trás da Internet grátis
LEONARDO SILVA CARISSIMI(*)
(...) O acesso gratuito à Internet é o tipo da coisa que já era esperado por todos. No fundo, todo
mundo principalmente os provedores de acesso sabia que o acesso à Internet viraria commoditie e
que o grande filão da Internet do futuro seria conteúdo, publicidade e, é claro, comércio eletrônico. Tudo
isso baseado em audiência de público pura e simplesmente como na televisão. Foi inclusive com o
propósito de aumentar a audiência de público que os grandes negócios de Internet do ano passado foram
fechados.
Acontece que, por iniciativa de um grande banco o Bradesco esse futuro virou presente e
pegou muitos desarmados. Não se esperava o futuro tão próximo, e os provedores não se prepararam
para ele. O Bradesco até onde nos consta não quer saber de concorrer com nenhum provedor de
acesso, e muito menos provocar a quebra de ninguém. Ele quer, sim, é oferecer sempre novos serviços
para manter seus clientes atuais e conquistar novos clientes. ()
Aí o efeito dominó iniciou. Outras instituições financeiras seguiram anunciando acesso gratuito
Itaú e Unibanco, entre outros. E não vai causar espanto nenhum se a padaria da esquina começar a
oferecer acesso gratuito para seus clientes. ()
Agora estão surgindo provedores que oferecem acesso gratuito à Internet. O que ganham com isso?
Audiência, publicidade e comércio eletrônico. É, mas os grandes têm também a receita com acesso de
alta velocidade, que está longe de ser gratuito, e que lhes dará um bom suporte financeiro. Para os
grandes, a perda de receita com o acesso gratuito via linha telefônica convencional não será tão forte:
grande parte dos usuários que hoje assinam Internet discada migrarão para o acesso pago em alta
velocidade. Lembre-se de que grande parte dos assinantes de Internet no País hoje são das classes mais
abastadas. Essas pessoas não abrirão mão de um acesso à Internet de qualidade por causa de R$ 30,00
ou R$ 50,00 por mês.()
E fica a pergunta: o que será dos provedores pequenos? A Abranet (Associação Nacional dos
Provedores de Acesso), formada em sua maioria por pequenos e médios provedores, está preocupada.
Pois estes provedores serão os maiores prejudicados. Eles terão que pensar rápido e lançar novos
produtos e idéias, mudando radicalmente o perfil das suas receitas. Cada vez menos deverá entrar com
o provimento de acesso discado e mais com publicidade e comércio eletrônico. E com o mercado
corporativo, que também é um grande filão. Prepare-se para ver uma enxurrada de ofertas de e-
commerce chegando à sua empresa, feitas por provedores. O mesmo deverá acontecer com propostas
de publicidade, que se multiplicarão.
(*)Leonardo Silva Carissimi é Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e Diretor da Peta Systems. Fragmentos de texto publicado originalmente pela Agência Brasil no primeiro
semestre de 2000.
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
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TEXTO II
Internet a custo zero
LEÃO SERVA(*)
() A publicidade chegou e vai tornar o acesso à Internet gratuito. Não é uma relação causal. Mas
tem um quê de ético: não é possível ter o melhor de todos os mundos o tempo todo; não se pode imaginar
que os provedores de acesso ganhem três vezes com o mesmo usuário.
Sim, três vezes, porque (1) no modelo de provimento pago, quanto maior o número de usuários-
assinantes, mais o provedor ganha; (2) ao mesmo tempo, tendo em vista sua carteira de clientes, ele
cobrará pelo preço da exposição dos anúncios a esses usuários-assinantes (e então já está ganhando
duas vezes sobre o mesmo usuário). Ocorre ainda que (3) de uns anos para entrou em cena um outro
agente: as bolsas de valores dos Estados Unidos, com investidores ávidos por comprar ações de
empresas que possam ter no futuro presença marcante na nova economia.
Os provedores brasileiros, como os de todo o mundo, levam à bolsa americana suas carteiras de
clientes e com base nelas são avaliados (e então fazem daquele mesmo usuário uma terceira fonte de
receita).
A reação de alguns setores da Internet contra o acesso gratuito oferecido pelos bancos e,
depois, ao surgimento do portal iG (Internet Grátis) no Brasil é apenas uma tentativa de conseguir uma
reserva de mercado para garantir seus níveis de rentabilidade. Trata-se de usar o poder público para
impedir o surgimento, no país, de um modelo econômico de exploração da Internet que se afirma em
todos os países onde a Internet chegou antes do Brasil (e onde, por isso, ela já tem uma massa crítica
de usuários que sustenta um mercado publicitário).
Isso não quer dizer que provedores pagos são empresas em extinção: o maior provedor do mundo
é pago (America Online, AOL) e mantém seu vigor apesar do crescimento da Internet gratuita nos EUA.
Sua estratégia, até agora bem sucedida, é a de oferecer serviços e conteúdos que um grande número
de pessoas paga para ter. Estratégia semelhante é usada no Brasil pelo Universo Online, UOL. As duas
acreditam no poder aquisitivo de seus usuários, em seus conteúdos exclusivos, fechados a usuários de
outros provedores.
Assim, as duas se deixam expor à concorrência dos provedores gratuitos e procuram garantir no
mercado suas posições, sem tentar lançar mão de reservas de mercado que significariam subsídios
indiretos. São diferentes, portanto, dos provedores brasileiros que apelaram para o poder público contra
o acesso gratuito oferecido pelos bancos, procurando garantir um regulamento que obriga o usuário a
gastar um dinheiro que tecnicamente não precisa mais gastar. Comparando uma vez mais com o caso
das TVs, a ação desses provedores corresponderia a ver as TVs a cabo pedindo à Anatel ou ao Cade
que proibisse as TVs abertas de operar.
(*)Leão Serva é jornalista, editor do jornal digital Último Segundo (do portal iG, Internet Grátis), mestre em
Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, autor de Babel, A Mídia Antes do Dilúvio (Mandarim). Fragmentos de texto
publicado originalmente no Observatório da Imprensa no primeiro semestre de 2000.
Conteúdos predominantes:
Cultura Contemporânea; Técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa jornalística; Técnicas de redação e expressão
jornalística; Radiojornalismo; Recursos de edição e editoração em Jornalismo.
Habilidades aferidas:
utilizar os ângulos de interesse jornalístico na produção de mensagens;
codificar mensagens e editar matérias jornalísticas para meios audiovisuais;
produzir textos e editá-los em espaço e período de tempo limitados;
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística;
aplicar conhecimentos de diferentes disciplinas no exercício da função de jornalista, em particular na contextualização
dos fatos.
Padrão de Resposta Esperado:
I. Seleção de dados relevantes para o assunto em pauta, comparação, hierarquização.
Devem aparecer nos textos:
a) a Internet grátis desafia os provedores estabelecidos. Ressaltar as posições registradas nos depoimentos:
- Leonardo Silva acha que, por trás de Internet gratuita, estão as fontes de financiamento (audiência, publicidade e
comércio eletrônico), e que os provedores pequenos e médios terão de se adaptar a esta realidade.
- Leão Serva critica os provedores pagos por estarem incomodados com o avanço do acesso grátis e por estarem
tentando garantir suas posições, lançando mão de uma reserva de mercado. Apelam para o poder público para
garantir um regulamento que obriga o usuário a gastar dinheiro que tecnicamente já não precisa mais dispender.
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
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2
O Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, promove todos os anos o dia
nacional de vacinação contra a paralisia infantil. A campanha é um reforço à imunização de rotina realizada nos postos de
saúde. A meta é vacinar todas as crianças do país com idade entre zero e cinco anos. De acordo com o Guia de Informações
Epidemiológicas do Ministério da Saúde, o Brasil erradicou a doença, e há dez anos não são registrados novos casos em
conseqüência das campanhas de vacinação.
Considerando essas informações, elabore o planejamento da cobertura do dia nacional de vacinação em seu estado para
uma emissora de televisão regional. Defina os espaços de programação que serão usados nesta cobertura; os formatos
dos programas; as estratégias que orientarão a equipe de produção e de reportagem (incluindo pautas e ângulos de
cobertura); os possíveis entrevistados; os recursos humanos; os equipamentos necessários e serviços auxiliares a serem
mobilizados. (valor: 10,0 pontos)
b) vantagens e desvantagens para o usuário que acessa Internet grátis comparadas aos serviços oferecidos pelos
provedores pagos.
II. Redação clara na qual se encontrem:
texto preciso, direto, objetivo e gramaticalmente correto;
hierarquização das informações principais na chamada da matéria e trechos mais relevantes dos depoimentos
(sonoras);
frases curtas, ordem direta, simplificação das comparações, síntese e vocabulário simples, conforme características do meio;
apresentação de indicações técnicas de um roteiro de rádio para a fala do locutor, repórter e sonora, considerando
corretas tanto a transcrição integral do trecho selecionado quanto a sua indicação por deixas inicial e final.
(valor: 20,0 pontos)
Conteúdos predominantes:
Cultura Contemporânea; Técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa jornalística; Telejornalismo; Recursos de edição
e editoração em Jornalismo.
Habilidades aferidas:
utilizar os ângulos de interesses jornalístico na produção de mensagens;
formular pautas e planejar coberturas;
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística;
aplicar conhecimentos de diferentes disciplinas no exercício da função de jornalista, em particular na contextualização
dos fatos;
formular questões e conduzir entrevistas;
investigar informações.
Padrão de Resposta Esperado:
O planejamento da cobertura deve incluir:
a) previsão de captação de imagens de diferentes momentos, situações e locais que sejam representativos do dia nacional
de vacinação no estado;
b) previsão de utilização de depoimentos ou entrevistas tais como com mães, pais, crianças, portadores da doença,
autoridades e profissionais em saúde;
c) possibilidade de explorar o lado humano da questão, incluindo, por exemplo, matéria ou reportagem com um personagem
que já teve paralisia infantil e hoje incentiva campanhas de vacinação;
d) noção de realidade e da inserção do fato em seu contexto - a questão da saúde no Brasil, reaparecimento de doenças que
estavam erradicadas, desempenho do sistema público de saúde, a questão da prevenção nas políticas públicas de saúde;
e) informações básicas sobre o evento, tais como número de postos de vacinação instalados no estado, número de doses da
vacina a serem aplicadas, previsão do número de crianças a serem vacinadas, detalhes sobre a solenidade de abertura da
campanha, dados sobre a campanha dos anos passados relativos ao alcance das metas previstas, identificação de postos
de vacinação que terão atividades lúdicas para crianças e esboço das perguntas que devem ser feitas aos entrevistados.
f) planejamento de uso do estúdio para entrevistas ao vivo e gravadas, reportagens externas, informações de serviço e
interatividade com o público;
g) planejamento da ocupação da programação da TV ao longo do dia (inserção em programas de entrevistas, noticiários
e flashes); (valor: 10,0 pontos)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
100
3
Em carta ao ombudsman de um jornal diário de circulação nacional, um cidadão alega ter sido prejudicado por uma
reportagem que, segundo ele, não levou em consideração as versões de todas as pessoas diretamente envolvidas na
questão. Em sua argumentação, o cidadão fornece dados que desmentem a reportagem, assinada pelo repórter. Em
conversa com o ombudsman, o jornalista reconhece o erro e alega que não pôde apurar a matéria como deveria em virtude
da exigência da empresa de apressar sua publicação. Ele admite ainda que o texto final não foi alterado pela edição. O Artigo
Décimo do Código de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas estabelece que o profissional não pode submeter-se
a diretrizes contrárias à divulgação correta da informação. Posicione-se sobre esta situação, levando em conta a realidade
do jornalismo brasileiro e seus possíveis desdobramentos. (valor: 10,0 pontos)
Conteúdo predominante:
Ética em Jornalismo, Técnicas de reportagem.
Habilidades aferidas:
reconhecer a necessidade de apurar com rigor as informações e dados relevantes;
identificar e equacionar problemas éticos de Jornalismo;
avaliar criticamente padrões e práticas vigentes no Jornalismo.
Padrão de Resposta Esperado:
A resposta deve ser lógica e coerente, embora se admita certo grau de contradição. O graduando pode,
por exemplo, argumentar que a situação exposta é usual no jornalismo brasileiro, o que, de certa forma,
atenuaria a responsabilidade pessoal do profissional, embora não a elimine. Precisa reconhecer, pelo menos,
que a luta por condições de trabalho que permitam o correto exercício da atividade é uma obrigação ética do
jornalista, assim como de qualquer outro profissional. A ética da profissão não pode ser vista como um assunto
alheio à responsabilidade pessoal do jornalista em nenhum caso, e esta posição, se aparecer, não deve ser
considerada correta na resposta. É desejável, mas não obrigatório, que a resposta faça referência aos
princípios que constam no Código de Ética da Fenaj, nos artigos 11 ("O jornalista é responsável por toda
informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros") e 14, alínea a), ("Ouvir
sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objeto de acusações não comprovadas, feitas por
terceiros e não suficientemente demonstradas ou verificadas"). (valor: 10,0 pontos)
4
Leia o artigo e a tabela transcritos abaixo, interprete-os à luz do contexto sociopolítico-econômico brasileiro e produza um
texto jornalístico sobre a questão para uma revista semanal de informação geral, com 20 a 25 linhas, acrescentando título
de uma linha com até 20 caracteres e subtítulo de duas linhas de até 25 caracteres cada. Leve em conta que a tabela seria
publicada na íntegra complementando o seu texto. (valor: 20,0 pontos)
ELEMENTOS PARA COMPREENDER A CONTROVÉRSIA
SOBRE AS TAXAS DE DESEMPREGO NO BRASIL
(Fragmentos de artigo publicado em http://www.dieese.org.br/ped/pedxpme.html)
(...) Cada país apresenta traços sociais, econômicos e institucionais que o diferenciam dos demais. Por
essa razão, quando se pretende descrever a situação vigente, o método estatístico escolhido para
captar as informações a serem utilizadas deve estar sustentado em definições coerentes com a
realidade do país, que podem diferir daquelas utilizadas como parâmetro por outros países.
No Brasil, a existência de taxas de desemprego com patamar tão diferenciado resulta do fato de as
pesquisas domiciliares mensais existentes Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Fundação
Seade e do DIEESE, e Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE utilizarem conceitos distintos
para expressar os traços característicos da forma de organização e funcionamento de nosso mercado
de trabalho urbano.
Embora pareça ser apenas uma questão metodológica, a controvérsia quanto ao nível do desemprego
no país reveste-se de importante conteúdo político, por condicionar o alcance e prioridade a serem
dados à elaboração e implementação de políticas ativas de geração de emprego.(...)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
101
Tabela 1 - Taxas de Desemprego Total da PED e PME
Regiões Metropolitanas - 1996
Diferenças entre as taxas de desemprego
No período recente, o ressurgimento do desemprego enquanto fenômeno de maior proporção, canali-
zando preocupações do conjunto da população, fez com que a diferença de patamar entre as taxas de
desemprego divulgadas pela PED e pela PME, que podem ser vistas na tabela 1, se tornasse alvo de
atenção.
Explicada pela utilização de conceitos diversos para classificar a inserção dos indivíduos no mercado
de trabalho, a distância entre as taxas resulta:
a) de apenas parte dos indivíduos classificados como desempregados pela PED receberem o mesmo
tratamento na PME. Assim:
todos aqueles que não procuraram trabalho nem exerceram qualquer atividade na semana de
referência da pesquisa, ainda que o tenham procurado no decorrer do mês, são classificados como
inativos pela PME, ou seja, são excluídos da força de trabalho, enquanto, no caso da PED, são incluídos
entre os desempregados;
aqueles que exerceram algum tipo de atividade irregular e descontínua, em simultâneo à procura de
trabalho, que formam o contingente em desemprego oculto pelo trabalho precário da PED, são
classificados como ocupados pela PME, se tal atividade tiver sido realizada na semana de referência,
ou como inativos, se a atividade não ocorreu nessa mesma semana;
aqueles que não trabalharam nem procuraram trabalho no mês anterior, por se sentirem desestimulados
pelo mercado de trabalho, mas o procuraram nos doze meses anteriores, são contados pela PED como
em desemprego oculto pelo desalento e, pela PME, como inativos.
b) de pessoas em serviços assistenciais sem remuneração, ou daquelas encostadas pela caixa por
mais de quinze dias serem classificadas como ocupadas pela PME. Na PED, são caracterizadas como
inativas;
c) da exclusão das crianças de 10 a 14 anos dos indicadores gerados pela PME, embora as informações
sobre este segmento sejam captadas também por tal pesquisa.
Por alterarem toda a classificação da PIA (População em Idade Ativa), essas diferenças provocam um
afastamento quantitativo entre as taxas de desemprego produzidas pelas duas pesquisas, tornando a
da PED sempre superior à da PME.
Regiões
PME
Taxas de Desemprego
PED - Total
Belo Horizonte
Curitiba
Distrito Federal
Porto Alegre
Recife
Rio de Janeiro
Salvador
São Paulo
Jan.
11,8
11,9
16,8
10,8
(1)
(1)
(2)
13,1
Fev.
12,7
12,6
16.7
11.3
(1)
(1)
(2)
13,8
Mar.
5,32
(1)
(1)
6,61
7,28
4,36
6,40
7,65
Fev.
4,39
(1)
(1)
6,05
6,26
3,33
6,95
7,04
Mar.
13,5
13,5
17,2
13,1
(1)
(1)
(2)
15,0
Jan.
4,18
(1)
(1)
5,40
4,81
3,50
7,10
6,28
Fonte: SEP. Convênio SEADE-DIEESE; FEE-FGTAS-SINE/RS; IPARDES-SETA-
SINE/PR-COPEL; CODEPLAN/GDF-STb/GDF CEI/FJP-SETAS-SINE/MG; IBGE.
(1) Pesquisa não realizada na região.
(2) Pesquisa em implantação.
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
102
Conteúdos predominantes:
Cultura Contemporânea; Técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa jornalística; Técnicas de redação e expressão
jornalística; Recursos de edição e editoração em Jornalismo; Conhecimentos necessários à prática do Jornalismo nas
áreas de História, Teoria Política, Economia, Sociologia, Cultura Econômica.
Habilidades aferidas:
utilizar os ângulos de interesse jornalístico na produção de mensagens;
codificar mensagens e editar matérias jornalísticas para meios impressos;
produzir textos e editá-los em espaço e período de tempo limitados;
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística;
aplicar conhecimentos de diferentes disciplinas no exercício da função de jornalista, em particular na contextualização
dos fatos.
Padrão de Resposta Esperado:
A resposta deverá apresentar:
correção, clareza e adequação técnica de texto e títulos;
contextualização pertinente, podendo considerar causas estruturais do aumento do desemprego, como globalização e
mutação tecnológica, e causas conjunturais, como juros altos, política antiinflacionária e acordo com o FMI;
referência à possível subordinação política das entidades que fazem as pesquisas, uma delas ao governo federal (IBGE),
outra a sindicatos de trabalhadores controlados pela oposição (DIEESE) para explicar a divergência de metodologias
empregadas nas pesquisas. (valor: 20,0 pontos)
SEGUNDA PARTE
5
Analise as funções do fotojornalismo na edição gráfica da seguinte página. (valor: 6,0 pontos)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
103
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
104
Conteúdos predominantes:
Fotojornalismo; Planejamento visual em Jornalismo; Recursos de edição e editoração em Jornalismo, Teorias da
Comunicação e Teorias da Linguagem.
Habilidades aferidas:
avaliar criticamente produtos, padrões e práticas vigentes no Jornalismo;
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística.
Padrão de Resposta Esperado:
Nesse caso, o fotojornalismo abrange, pelo menos, as seguintes funções:
a) documental - porque a fotografia utilizada registra importante momento do cotidiano, servindo posteriormente como
documento histórico;
b) de informação - porque a imagem fotográfica forneceu informações adicionais ao texto, atuando mesmo como o principal
elemento da matéria (a exemplo do texto-legenda);
c) de comunicação visual - porque a foto funcionou como elemento privilegiado na composição gráfica da página.
(valor: 6,0 pontos)
Conteúdos predominantes:
Cultura Contemporânea; Recursos de edição e editoração em Jornalismo; Recursos de Informática aplicados à apuração
e produção jornalística.
Habilidades aferidas:
avaliar criticamente produtos, padrões e práticas vigentes no Jornalismo;
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística;
aplicar conhecimentos de diferentes disciplinas no exercício da função de jornalista, em particular na contextualização
dos fatos.
Padrão de Resposta Esperado:
Prática
Inicialmente os textos das versões impressas eram literalmente copiados para as páginas da WEB. Com o tempo,
o texto linear do jornal impresso deu lugar à concepção do hipertexto, pois outros recursos como links foram sendo
incorporados para acessar informações relacionadas aos assuntos enfocados na mesma edição ou em outros sites. A
própria configuração das "páginas" está sendo construída para permitir a interatividade (e-mail, serviços, etc.). O design
das home-pages começa a ser pensado considerando-se as ferramentas de navegação e hipertextos, que permitem a
busca de informações em diferentes formas (palavras, páginas, imagens, gráficos, seqüências sonoras).
Tendências
O crescimento do jornalismo on line é uma tendência no mundo inteiro. Outra das principais tendências é a
convergência entre todas as mídias (rádio, TV, meios impressos) com a mistura de seus recursos e linguagens, além de
ampliar o processo de segmentação da informação.
6
Caracterize a prática e as tendências do jornalismo on line, apontando duas de suas principais vantagens em relação aos
veículos tradicionais.
(valor: 6,0 pontos)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
105
Algumas vantagens em relação aos veículos tradicionais
O meio admite consultas permanentes a textos divulgados anteriormente através de ferramentas de arquivo e
pesquisa, funcionando como uma verdadeira biblioteca virtual. A informação em tempo real muda a relação com a notícia
em profundidade, que pode ser obtida nas páginas das agências de notícias on line. (valor: 6,0 pontos)
Obs.: Serão aceitas outras respostas/abordagens pertinentes.
Conteúdos predominantes:
Teorias das Linguagens; Teorias do Conhecimento; Teorias da Cognição; Teorias do Jornalismo; Sociologia; Psicologia
Social.
Habilidades aferidas:
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística;
aplicar conhecimentos de diferentes disciplinas no exercício da função de jornalista.
Padrão de Resposta Esperado:
As notícias não podem ser vistas como uma reprodução "natural" da realidade. As notícias são produtos da
conjunção de acontecimentos e textos. Enquanto o acontecimento cria a notícia, a notícia também cria o
acontecimento. Desta forma, além da realidade, a notícia espelharia também as variáveis que interferem na sua
produção, detectadas nos estudos de newsmaking. As principais variáveis são a cultura profissional e as rotinas de
produção. Outras variáveis podem ser consideradas, tais como a mediação subjetiva, os constrangimentos organizacionais,
as inferências econômicas e políticas, as variações históricas e as variações culturais. Este conjunto de variáveis
define os padrões ou critérios de noticiabilidade. Sendo assim, a produção da notícia resulta de uma negociação em
que está em jogo a luta pela construção de sentidos. (valor: 7,0 pontos)
7
A teoria construcionista da notícia (baseada nos estudos de newsmaking) problematiza a idéia do jornalismo como um
espelho inerte no qual se refletiria a realidade. Nessa perspectiva teórica, a forma como a notícia é produzida influi no seu
resultado. Quais as principais variáveis que interferem na produção da notícia de acordo com essa linha de estudos?
(valor: 7,0 pontos)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
106
8
No dia-a-dia da mídia brasileira está cada vez mais presente o jornalismo investigativo, o qual é considerado de grande
importância no exercício da profissão. Analise o papel desse gênero de jornalismo no mundo atual.
(valor: 7,0 pontos)
Conteúdos predominantes:
Técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa jornalística.
Habilidades aferidas:
reconhecer a necessidade de apurar com rigor as informações e dados relevantes em diferentes áreas do conhecimento
e atuação humana;
avaliar criticamente padrões e práticas vigentes no Jornalismo;
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística;
aplicar conhecimentos de diferentes disciplinas no exercício da função de jornalista, em particular na contextualização
dos fatos.
Padrão de Resposta Esperado:
Enquanto no jornalismo noticioso os fatos acontecem e cabe à imprensa informá-los, no jornalismo investigativo os
fatos não estão disponíveis, cabendo à imprensa descobri-los, apurá-los e apresentá-los com todas as suas versões à
sociedade.
Enquanto o jornalismo noticioso geralmente registra os fatos sem contextualização aprofundada, o jornalismo
investigativo faz uma apuração mais rigorosa dos fatos e os divulga acompanhados de documentação que os comprove. É,
portanto, o espaço natural da grande reportagem com múltiplas fontes . Tem o papel de informar a sociedade a respeito de
situações que devem ser tornadas públicas. Muitas vezes leva à revelação de fatos apurados pelo jornalista em um trabalho
geralmente longo e rigoroso, atingindo o objetivo de esclarecimento público e evidenciando distorções sociais.
(valor: 7,0 pontos)
Modelo de Shannon & Weaver (1949)
mensagem
pretendida
sinal
emitido
sinal
recebido
mensagem
recebida
fonte codificação canal
decodificação
destino
ruído
9
O Modelo de Comunicação de Shannon & Weaver, representado pelo diagrama acima, postula a duplicação, no destino,
da mensagem pretendida na fonte, e atribui qualquer diferenciação entre uma e outra a um ruído que tenha interferido no
canal utilizado ou a uma falha no uso do código. Tal proposição tem sido posta em questão pelos estudos de recepção e
de cognição da notícia realizados em décadas recentes. Que críticas podem ser feitas a este modelo da década de 40 com
base nos estudos recentes sobre a comunicação humana e suas aplicações no jornalismo? (valor: 7,0 pontos)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
107
Conteúdos predominantes:
Teorias da Comunicação; Lógica; Teorias da Cognição.
Habilidades aferidas:
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística.
Padrão de Resposta Esperado:
Embora este modelo seja útil para explicar a comunicação entre máquinas, não se aplica à comunicação humana, pois,
nesta, a duplicação da mensagem não ocorre. Os estudos de cognição e de recepção da notícia demonstram que o receptor
reinterpreta os dados recebidos da fonte com base na percepção que tem sobre esta mesma fonte e sobre sua intenção,
em seus conhecimentos anteriores sobre o tema da mensagem e nas influências a que está submetido.
(valor: 7,0 pontos)
Conteúdos predominantes:
Cultura Contemporânea; Técnicas de reportagem, entrevista e pesquisa jornalística; Legislação e Direito da Informação.
Habilidades aferidas:
identificar e equacionar problemas éticos de Jornalismo;
avaliar criticamente padrões e práticas vigentes no Jornalismo;
compreender e sistematizar os processos de produção jornalística.
Padrão de Resposta Esperado:
Os que se manifestam contra consideram a "Lei da Mordaça" como uma limitação à liberdade de imprensa e ao
trabalho dos jornalistas.
Os favoráveis a essa lei consideram que está havendo abuso na divulgação de informações, em prejuízo dos direitos
e garantias individuais do cidadão. (valor: 7,0 pontos)
10
A chamada Lei da Mordaça, discutida no Congresso Nacional, restringe a divulgação de informações sobre processos em
andamento. O assunto vem sendo amplamente debatido na sociedade. Indique um argumento favorável e um contrário à
sua criação, apontando a implicação dessa lei no trabalho da imprensa. (valor: 7,0 pontos)
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
108
Impressões sobre a Prova
As questões abaixo visam levantar sua opinião sobre
a qualidade e a adequação da prova que você acabou
de realizar e também sobre o seu desempenho na
prova.
Assinale as alternativas correspondentes à sua opi-
nião e à razão que explica o seu desempenho nos
espaços próprios (parte inferior) do Cartão-Resposta.
Agradecemos a sua colaboração.
1
Qual o ano de conclusão deste seu curso de
graduação?
(A) 2000.
(B) 1999.
(C) 1998.
(D) 1997.
(E) Outro.
2
Qual o grau de dificuldade desta prova?
(A) Muito fácil.
(B) Fácil.
(C) Médio.
(D) Difícil.
(E) Muito difícil.
3
Quanto à extensão, como você considera a prova?
(A) Muito longa.
(B) Longa.
(C) Adequada.
(D) Curta.
(E) Muito curta.
4
Para você, como foi o tempo destinado à resolução
da prova?
(A) Excessivo.
(B) Pouco mais que suficiente.
(C) Suficiente.
(D) Quase suficiente.
(E) Insuficiente.
5
As questões da prova apresentam enunciados claros
e objetivos?
(A) Sim, todas apresentam.
(B) Sim, a maioria apresenta.
(C) Sim, mas apenas cerca de metade apresenta.
(D) Não, poucas apresentam.
(E) Não, nenhuma apresenta.
6
Como você considera as informações fornecidas
em cada questão para a sua resolução?
(A) Sempre excessivas.
(B) Sempre suficientes.
(C) Suficientes na maioria das vezes.
(D) Suficientes somente em alguns casos.
(E) Sempre insuficientes.
7
Como você avalia a adequação da prova aos
conteúdos definidos para o Provão/2000 desse curso?
(A) Totalmente adequada.
(B) Medianamente adequada.
(C) Pouco adequada.
(D) Totalmente inadequada.
(E) Desconheço os conteúdos definidos para o
Provão/2000.
8
Como você avalia a adequação da prova para
verificar as habilidades que deveriam ter sido
desenvolvidas durante o curso, conforme definido
para o Provão/2000?
(A) Plenamente adequada.
(B) Medianamente adequada.
(C) Pouco adequada.
(D) Totalmente inadequada.
(E) Desconheço as habilidades definidas para o
Provão/2000.
9
Com que tipo de problema você se deparou mais
freqüentemente ao responder a esta prova?
(A) Desconhecimento do conteúdo.
(B) Forma de abordagem do conteúdo diferente
daquela a que estou habituado.
(C) Falta de motivação para fazer a prova.
(D) Espaço insuficiente para responder às questões.
(E) Não tive qualquer tipo de dificuldade para
responder à prova.
Como você explicaria o seu desempenho em cada questão da primeira parte da prova?
Números referentes ao CARTÃO-RESPOSTA.
Números das questões da prova.
No curso você realizou atividades como as propostas nessas questões?
(A) Não, nenhuma.
(B) Sim, porém poucas e sem orientação.
(C) Sim, poucas, mas bem orientadas.
(D) Sim, muitas, mas sem orientação.
(E) Sim, muitas e bem orientadas.
10 11 12 13
Q1 Q2 Q3 Q4
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
109
Como você explicaria o seu desempenho em cada questão da segunda parte da prova?
Números referentes ao CARTÃO-RESPOSTA.
Números das questões da prova.
O conteúdo ...
(A) não foi ensinado; nunca o estudei.
(B) não foi ensinado; mas o estudei por conta própria.
(C) foi ensinado de forma inadequada ou superficial.
(D) foi ensinado há muito tempo e não me lembro mais.
(E) foi ensinado com profundidade adequada e suficiente.
14 15 16 17 18 19
Q5 Q6 Q7 Q8 Q9 Q10
Relatório-Síntese 2000 ANEXO Jornalismo
110
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