Do conjunto de egressos, 79,4% afirmaram ter continuado os estudos
depois de terminado o ensino médio, sendo que 64,4% estavam estudando no momento da
realização do exame. Para esses, o curso mais freqüentado foi o curso pré-vestibular,
atingindo 48,3% dos participantes, uma proporção inferior à de 2001 (53,4%).
Do total de egressos, 60% estavam trabalhando à época do exame, e sua
avaliação sobre as deficiências de sua formação é contundente. Esses jovens percebem as
dificuldades de sua incorporação no mercado de trabalho e associam isto sobretudo à falta
de conhecimentos específicos ou de maior especialização.
Assim, 44% dos egressos apontam a falta de um curso profissionalizante,
45,2% a de um curso de computação e 55% a de um curso vestibular. Para um número
significativo (60,4%) a percepção da maior lacuna reside na falta de um curso superior, uma
proporção pouco maior que em 2001 (58,3%).
44,0
45,2
55,0
60,4
curso
profissionalizante
curso de
computação
curso vestibular
curso superior
Gráfico 36 – Cursos que Mais Fizeram Falta para os Egressos do Enem 2002 (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
A avaliação que os egressos fazem do ensino recebido é muito positiva com
relação ao seu aspecto mais geral, ou seja, proporcionar conhecimento e cultura (76%). No
entanto, quanto aos aspectos objetivos de adequação ao mercado, aprendizado de
conhecimentos práticos em laboratórios ou, ainda, uma relação mais estreita à profissão
escolhida, sua avaliação é crítica e indica claramente as debilidades do sistema quanto à
adequação do ensino às necessidades do mercado de trabalho (Gráfico 37).
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