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3.2 A TRAJETÓRIA ESCOLAR E O ENVOLVIMENTO COM O TRABALHO
A expansão do Enem 2002 foi marcada pela ampliação da participação da
escola pública, possibilitando construir um panorama mais preciso do sistema de ensino. As
proporções mostram que o aumento do número de participantes que cursou o ensino médio
exclusivamente na escola pública deu-se em detrimento de uma redução considerável dos
que combinaram o ensino público e particular: 73% dos participantes cursaram o ensino
médio apenas na escola pública, enquanto que apenas 6% combinaram as escolas pública
e privada (Gráfico 16). Mais de 80% cursaram o ensino regular e, quanto ao turno, mais da
metade (54%) freqüentou o turno diurno e 31%, o noturno – uma distribuição semelhante à
do ano anterior (Gráficos 17 e 18).
escola
pública
73%
ambas
6%
escola
particular
21%
Gráfico 16 – Tipo de Escola em que os Participantes Realizaram o ensino Médio
Fonte: MEC/Inep/Enem
Somente
diurno
54%
Ambos
15%
Somente
noturno
31%
Gráfico 17 – Distribuição dos Participantes segundo os Turnos de Ensino
Fonte: MEC/Inep/Enem
49
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Ensino
regular
81%
Ensino
técnico/
profissional
12%
EJA
7%
Gráfico 18 – Distribuição dos Participantes segundo os Tipos de Ensino
Fonte: MEC/Inep/Enem
Mais da metade dos participantes, 55%, concluíram as séries do ensino
fundamental em 8 anos, e pouco mais de 28% levaram mais do que o tempo regular para
conclusão do curso (Gráfico 19). Na etapa do ensino médio, mais de 79% dos participantes
completaram o curso em 3 anos (Gráfico 20), indicando uma proporção significativa de
alunos que conseguem realizar a formação básica em um ciclo regular.
15,7
55,4
15,0
6,5
3,1
4,3mais de 11 anos
11 anos
10 anos
9 anos
8 anos
menos de 8
anos
Gráfico 19 – Distribuição dos Participantes segundo o Número de Anos Utilizados para Cursar
o Ensino Fundamental (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
50
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0,5
1,4
7,3
79,6
9,8
1,4
mais de 6
anos
6 anos
5 anos
4 anos
3 anos
menos de 3
anos
Gráfico 20 – Distribuição dos Participantes segundo o Número de Anos Gastos para Cursar o
Ensino Médio (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
O trabalho como valor
Para o jovem que realizou o
Enem 2002, o trabalho é considerado como
meio para adquirir independência financeira (48,5%) e como crescimento profissional
(32,2%). Essa dimensão valorativa bastante positiva reflete apenas em parte a inserção
objetiva dos participantes no mercado de trabalho: 36,2% dos que trabalharam durante o
ensino médio foram motivados pela necessidade de ajuda aos pais, e 38% para o próprio
sustento.
3
32,2
9
48,5
6,9
0,2
0,1
não acha importante ter trabalho
fazeramigos, conhecer pessoas
sentir-se útil
crescer profissionalmente
adquirir experiência
independência financeira
ter mais responsabilidade
Gráfico 21 – Motivos para se Ter um Trabalho (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
51
36,2
18,8
38,0
7,0
outra(s)
finalidade(s)
para adquirir
experiência
para sustento
próprio
para ajudar
os pais
Gráfico 22– Distribuição dos Participantes que Trabalharam Durante o Ensino Médio, segundo
os Motivos para Trabalhar (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
Pouco mais de 50% dos participantes do
Enem já estiveram ou estavam
inseridos no mercado de trabalho à época do exame, mas a maioria dos inscritos que já
tinham experiência de trabalho exercia alguma ocupação enquanto cursava o ensino médio.
29,4
51,1
19,5
nunca trabalharam mas estão
procurando emprego
nunca trabalharam
trabalham
Gráfico 23 – Distribuição dos Participantes segundo o Envolvimento com Atividade
Remunerada (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
Para os que trabalharam e estudaram durante o ensino médio, a avaliação
da experiência é positiva, e predomina a valorização do crescimento pessoal diante das
dificuldades que essa situação pode ter proporcionado.
52
29,5
30,1
10,7
10,7
não atrapalhou os estudos
atrapalhou os estudos mas possibilitou
crescimento pessoal
possibilitou crescimento pessoal
atrapalhou os estudos
59,6%
Gráfico 24 – Participantes que Trabalharam Durante o Ensino Médio, segundo a Opinião se o
Trabalho Atrapalhou os Estudos (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
No entanto, a avaliação do ensino recebido à luz da percepção da própria
capacidade para ingressar no mercado de trabalho não é amplamente positiva: 32% do total
de participantes se consideram despreparados para conseguir um emprego ou exercer
alguma atividade, dos quais 17% consideram a má qualidade do ensino como causa do
despreparo (Gráfico 25).
12,1
16,9
15,2
42,8
eu me considero preparado para o mercado de
trabalho
eu me considero despreparado, apesar de ter
frequentado uma boa escola
eu me considero despreparado, devido à baixa
qualidade do ensino de minha escola
já estou empregado
Gráfico 25 – Avaliação dos Próprios Participantes sobre seu Preparo para o Mercado de
Trabalho (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
Em uma avaliação global, é preocupante que apenas 47,4% dos
participantes avaliem que o conhecimento adquirido no ensino médio esteja adequado às
demandas do mercado de trabalho e menos ainda que este conhecimento esteja
relacionado à profissão escolhida (28,8%). Esses dados impõem uma maior atenção à
adequação de currículos e projetos escolares.
53
24,4
28,8
47,4
80,4
bem desenvolvidos com aulas
práticas e laboratórios
relacionados à profissão escolhida
adequados às demandas do mercado
de trabalho
proporcionaram cultura e
conhecimento
Gráfico 26 – Avaliação dos Conhecimentos Adquiridos no Ensino Médio (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
A divisão do tempo entre trabalho e estudo para o subgrupo de participantes
que trabalharam mostra que 38% trabalhou o tempo todo, enquanto que 35,2% trabalharam
menos de um ano durante o curso. Pelo Gráfico 23, vê-se que 48,9% dos participantes em
2002 não trabalharam – situação praticamente igual à de 2001, quando essa proporção era
de 48,2%.
20,6
35,2
38
6,2
de 2 a 3 anos
de 1 a 2 anos
menos de 1
ano
trabalhou todo
o tempo
Gráfico 27 – Distribuição dos Participantes segundo o Tempo de Trabalho Durante o Ensino
Médio (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
54
Para os que ingressaram no mercado, os dados de 2002 e 2001 se
assemelham. A idade em que os estudantes entram para o mercado de trabalho é mais
freqüente entre os 14 e 16 anos (46,1% das respostas). Se somarmos a parcela de
estudantes que começam a trabalhar antes dos 14 anos (16%), temos que a maioria dos
participantes (62%) já está trabalhando aos 16 anos de idade (Gráfico 28).
16,0
46,1
24,5
13,4
após os 18 anos
entre 17 e 18 anos
entre 14 e 16 anos
antes dos 14 anos
Gráfico 28 – Distribuição dos Participantes que Trabalharam Durante o Ensino Médio segundo
a Idade em que Começaram a ter Atividade Remunerada (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
Sobre a distribuição dos participantes trabalhadores por faixas de
remuneração, o destaque é a proporção de participantes com renda de até 2 salários
mínimos, ou seja, 89,9%, uma proporção semelhante à de 2001. A faixa seguinte de
rendimento – entre 2 e 5 salários mínimos – representou apenas 8,6% das respostas. Esses
dados acompanham a composição socioeconômica familiar predominante do conjunto de
participantes do
Enem 2002 (Gráfico 29).
O setor comercial é o grande empregador desse contingente, com 50,8%
dos participantes, seguido pelo setor industrial e o profissional liberal, com 12,4% e 12%,
respectivamente (Gráfico 30).
55
57,5
0,1
0,1
0,3
1,1
8,6
32,4
mais de 50 sm
30 a 50 sm
10 a 30 sm
5 a 10 sm
2 a 5 sm
1 a 2 sm
até 1 sm
89,9%
Gráfico 29 – Distribuição dos Participantes que Trabalharam Durante o Ensino Médio, segundo
a sua Remuneração Atual (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
3,9
3,4
4,8
12,0
8,6
50,8
12,4
4,1
tarefas do lar
trabalha em casa
empregado
doméstico
profissional liberal
funcionalismo
público
comércio
indústria
agricultura
Gráfico 30 – Distribuição dos Participantes que Trabalharam Durante o Ensino Médio, segundo
Setores de Ocupação (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
A adequação da escola para o aluno trabalhador
Quase a metade dos estudantes (45%) que trabalharam durante o ensino
médio consideraram que sua escola levou em conta a sua condição de trabalhador. Essa
percepção é muito maior na Região Sul, onde 52% apontam essa consideração.
De forma geral, os posicionamentos dos alunos trabalhadores sobre a
adequação de suas escolas à dinâmica simultânea entre trabalho e estudo reafirmam a
56
avaliação feita em 2001 e apontam aspectos associados básicos voltados para a
flexibilidade do horário, aulas de revisão e recuperação da matéria.
Há algumas distinções entre as escolas pública e privada quanto às condições
de ensino implementadas, que mostram a escola pública pouco mais adequada quanto ao
programa de recuperação de matéria, abono de faltas, menor carga de tarefas e horário flexível.
Quanto à percepção das adequações necessárias à escola, o programa de
recuperação de matéria, as aulas de revisão e as aulas mais dinâmicas são os aspectos
mencionados pela ampla maioria dos alunos que trabalham, tal como mostram os dados por
região.
0
10
20
30
40
50
60
Abono de faltas
26,1 23,2 28,2
Menor carga extra-classe
37,0 31,3 37,0
Didática diferenciada
35,1 41,6 40,1
Fornecimento de refeição
37,0 14,9 27,7
Recuperão de estudos
61,6 56,9 59,4
56,1 57,8 55,8
Horário flexível
55,2 47,3 52,4
escola pública escola privada ambas
Aulas de revio
Gráfico 31 – Medidas Existentes nas a Escolas que Beneficiam o Aluno Trabalhador, segundo
os Participantes que Trabalharam Durante o Ensino Médio (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
57
84,0
56,1
87,8
94,4
61,1
74,2
75,8
abono de faltas
menos tarefas extra-
classe
refeição
horário flexível
aulas dinâmicas
programa de
recuperação de notas
aulas de revisão
Gráfico 32 – Aspectos que a Escola Deveria Proporcionar ao Aluno Trabalhador (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
0
20
40
60
80
100
sul
54,3 68,9 69,5 73,9 82,3 87,4 93,7
sudeste
55,9 60 79,3 75,4 83,6 87,5 94,2
centro-oeste
51,7 63,9 69,5 73,8 84,5 87 94,2
nordeste
58,1 57,5 69,4 77,7 82,3 88,7 94,5
norte
55,2 62,8 62,9 76,3 82,2 87,7 93,5
abono de
falta
menos
tarefas
extraclasse
refeição
horário
flexível
aulas
dinâmicas
programa
de
recuperação
aulas de
revisão
Gráfico 33 – Aspectos que a Escola Deveria Proporcionar ao Aluno Trabalhador, por Região (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
58
3.3 OS EGRESSOS DO ENSINO MÉDIO
Uma análise das características dos participantes do Enem que finalizaram
o ensino médio antes de 2002 mostra alguns aspectos importantes da trajetória percorrida
pelos egressos do sistema.
Esses participantes constituem um conjunto de 285.765 jovens, ou 22% do
total dos participantes do Enem. Desse conjunto, quase a metade terminou o ensino médio
em 2001, e quase 70% freqüentaram a escola pública.
4,3
6,7
22,7
43,2
12,3
6,7
4,0
2001
2000
1999
1998
1997
1995-1996
antes de 1995
Gráfico 34 – Distribuição dos Participantes Egressos do Ensino Médio em 2001 ou Antes (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
pública e
particular
8%
escola
particular
26%
escola
pública
66%
Gráfico 35 – Tipo de Escola em que os Egressos do Enem 2002 Realizaram o Ensino Médio
Fonte: MEC/Inep/Enem
59
Do conjunto de egressos, 79,4% afirmaram ter continuado os estudos
depois de terminado o ensino médio, sendo que 64,4% estavam estudando no momento da
realização do exame. Para esses, o curso mais freqüentado foi o curso pré-vestibular,
atingindo 48,3% dos participantes, uma proporção inferior à de 2001 (53,4%).
Do total de egressos, 60% estavam trabalhando à época do exame, e sua
avaliação sobre as deficiências de sua formação é contundente. Esses jovens percebem as
dificuldades de sua incorporação no mercado de trabalho e associam isto sobretudo à falta
de conhecimentos específicos ou de maior especialização.
Assim, 44% dos egressos apontam a falta de um curso profissionalizante,
45,2% a de um curso de computação e 55% a de um curso vestibular. Para um número
significativo (60,4%) a percepção da maior lacuna reside na falta de um curso superior, uma
proporção pouco maior que em 2001 (58,3%).
44,0
45,2
55,0
60,4
curso
profissionalizante
curso de
computação
curso vestibular
curso superior
Gráfico 36 – Cursos que Mais Fizeram Falta para os Egressos do Enem 2002 (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
A avaliação que os egressos fazem do ensino recebido é muito positiva com
relação ao seu aspecto mais geral, ou seja, proporcionar conhecimento e cultura (76%). No
entanto, quanto aos aspectos objetivos de adequação ao mercado, aprendizado de
conhecimentos práticos em laboratórios ou, ainda, uma relação mais estreita à profissão
escolhida, sua avaliação é crítica e indica claramente as debilidades do sistema quanto à
adequação do ensino às necessidades do mercado de trabalho (Gráfico 37).
60
24,2
30,5
40,6
76,0
ensino foi bem
desenvolvido, com
aulas de laboratório
ensino relacionado à
profissão escolhida
ensino foi adequado
ao mercado de
trabalho
ensino proporcionou
cultura e
conhecimento
Gráfico 37– Avaliação dos Conhecimentos do Ensino Médio pelos Egressos do Enem 2002 (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
Esses dados se repetem na avaliação rigorosa das contribuições do ensino
quanto às oportunidades para quem já trabalha: apenas 2,4% mencionam as possibilidades
que o ensino médio oferece para melhorar o atual emprego.
De fato, o maior reconhecimento da contribuição do ensino médio não está
nas possibilidades de preparo para o emprego ou exercício de alguma atividade, mas, sim,
na formação básica para continuar os estudos, apontada por 38,6% dos egressos.
2,4
22,0
38,6
13,6
19,5
condições para melhorar
emprego atual
obtenção de um diploma
formação básica para continuar
os estudos
formação básica para obter
emprego melhor
ampliação da formação pessoal
Gráfico 38 – Avaliação das Contribuições do Ensino Médio para os Egressos do Enem 2002 (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
61
3.4 A AVALIAÇÃO DA ESCOLA FEITA PELO PARTICIPANTE
A percepção que os participantes do Enem 2002 têm de suas escolas quanto
aos aspectos pedagógicos, organizacionais e condições de infra-estrutura reforçam as opiniões
já coletadas no Enem 2001 sobre as qualidades e debilidades do sistema de ensino.
São poucas as variações, e entre as avaliações mais favoráveis estão
aquelas ligadas aos recursos humanos e profissionais, ou seja, o conhecimento que os
professores têm das matérias, a maneira de transmitir esse conhecimento, a dedicação para
preparar aulas, atender aos alunos.
Tanto para a escola pública quanto para a particular, os aspectos positivos e
negativos mencionados pelos participantes têm variações muito pequenas. Esses dados
referem-se tanto à organização da escola e seu funcionamento quanto às condições de
infra-estrutura.
Aliás, os aspectos de infra-estrutura reafirmam as principais distinções entre as
escolas pública e privada, e a abrangência dos Exames de 2001 e 2002 permitem afirmar que aí
se localiza um dos principais alvos em que a intervenção das políticas de governo é necessária.
Assim, são os laboratórios e o acesso a recursos de informática os itens
pior avaliados por todos os participantes, principalmente das escolas públicas.
Por outro lado, são os recursos humanos e profissionais – professores e
funcionários – os itens que detêm as melhores avaliações em geral.
A seguir estão apresentadas as melhores e as piores avaliações das
escolas segundo seus alunos.
40,3
45,0
45,6
48,1
51,3
51,4
67,6
trabalho em grupo
dedicação dos professores
direção da escola
atenção dos funcionários
conhecimento da matéria pelos professores
organização do horário
localização da escola
Gráfico 39 – Aspectos com as Melhores Avaliações da Escola Pública (% de participantes que
deram notas 8 a 10)
Fonte: MEC/Inep/Enem
62
67,4
69
70,2
70,4
71,8
72,2
75,5
organização do horário
salas de aula
segurança
localização da escola
dedicação dos professores
atenção dos funcionários
conhecimento da matéria pelos professores
Gráfico 40 – Aspectos com as Melhores Avaliações da Escola Privada (% de participantes que
deram notas 8 a 10)
Fonte: MEC/Inep/Enem
24,8
27,7
31,9
36,8
44,1
63,4
69,7
segurança
biblioteca
esporte
ensino de língua estrangeira
estudos do meio
laboratórios
recursos de informática
Gráfico 41 – Aspectos com as Piores Avaliações da Escola Pública (% de participantes que
deram notas 0 a 3)
Fonte: MEC/Inep/Enem
22,5
22,7
23,1
estudos do
meio
laboratórios
recursos de
informática
Gráfico 42 – Aspectos com as Piores Avaliações da Escola Privada (% de participantes que
deram notas 0 a 3)
Fonte: MEC/Inep/Enem
63
Os dados reproduzem para 2002 as condições negativas e deficientes da
infra-estrutura de ensino já apontadas com ênfase em 2001. A distribuição regional das
avaliações negativas quanto à infra-estrutura indicam que é amplo esse quadro de
problemas. As Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste detêm as maiores proporções de
notas 0 (zero) aos itens infra-estruturais, traduzindo as distinções socioeconômicas já
apontadas.
21,3
32,7
35,6
41,6
49,4
56
50,8
48,3
53,2
54,5
nota zero aos
recursos de
informática
nota zero aos
laboratórios
Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte
Gráfico 43 – Distribuição Regional das Avaliações com Nota Zero (0) para as Condições de
Acesso aos Recursos de Informática e aos Laboratórios (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
Sobre o conjunto de atividades extracurriculares desenvolvidas nas escolas,
as escolas públicas e privadas apresentam freqüências próximas para vários itens, mas as
diferenças maiores ocorrem para as atividades ligadas às artes e à música:
12,8
34,7
37
39,5
61,7
70,1
76,9
78,1
coral
dança/música
estudo do meio
teatro
feira de ciências
palestras e debates
festas e gincanas
atividades esportivas
Gráfico 44 – Atividades Desenvolvidas nas Escolas Públicas, segundo os Participantes do Enem (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
64
30,4
48
52,9
64,2
76,6
78,2
83,6
88,2
coral
dança/música
teatro
estudo do meio
feira de ciências
palestras e debates
festas e gincanas
atividades esportivas
Gráfico 45 – Atividades Desenvolvidas nas Escolas Privadas, segundo os Participantes do
Enem (%)
Fonte: MEC/Inep/Enem
Com a avaliação de aspectos da dinâmica de organização e funcionamento
escolar emerge um cenário interessante, em que os alunos percebem de forma muito
positiva a organização do ensino e a realização de aulas (Gráfico 46).
Por outro lado, há uma significativa percepção negativa da escola enquanto
espaço de convivência e resolução de conflitos (Gráfico 47).
82,8
82,3
77,8
70,6
69,5
convivência boa entre alunos
as aulas discutem problemas da
atualidade
a escola respeita os alunos
a escola é capaz de avaliar o que se
aprende
a escola relaciona o conteúdo das
matérias com o cotidiano
Gráfico 46 – Aspectos da Dinâmica Escolar – Avaliação Positiva (notas de 6 a 10)
Fonte: MEC/Inep/Enem
65
51,3
40,8
35,6
escola não leva em conta os problemas
familiares dos alunos
escola não se organiza para a resolução de
problemas de relacionamento entre alunos
escola não dá apoio à resolução de
problemas de relacionamento entre
professores e alunos
Gráfico 47 – Aspectos da Dinâmica Escolar – Avaliação Negativa (notas de 0 a 5)
Fonte: MEC/Inep/Enem
66
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