:. Dicionário Técnico de Informática 3ed. – Carlos E. Morimoto - http://www.guiadohardware.net
gravar dados. Criou-se então uma distinção: os CDs destinados a gravar música passaram a ser
chamados de CD-DA, ou "Compact Disk Digital Audio" enquanto os destinados à gravação de
dados passaram a ser chamados de CD-ROM, ou "Compact Disk Read Only Memory".
:. CD-R
CD Recordable, ou CD gravável. Durante vários anos, os CDs foram mídias somente para leitura.
Você podia comprar um programa em CD, mas se por algum motivo precisasse copiá-lo teria que
usar disquetes, Zip-drives ou algum outro dispositivo. Atualmente porém, vemos uma grande
popularização dos gravadores de CD-ROM, que em um futuro próximo provavelmente se
tornarão tão populares quanto as unidades de disquete. Qualquer usuário com 300 ou 400
dólares, ou bem menos que isso, caso opte por um gravador usado, pode comprar um gravador
e sair gravando CDs com dados ou mesmo CDs de música, sem muita dificuldade.
Como quase todo mundo hoje em dia possui um drive de CD-ROM, a possibilidade de gravar CDs
é útil também para o transporte de dados. Neste ramo, o CD revela-se uma opção bem
interessante em termos de custo-beneficio, já que possui uma capacidade equivalente à de 6.5
discos Zip de 100 MB, ou mais de 400 disquetes, sendo que uma boa mídia gravável chega a ser
vendida por menos de 2 reais, com muitas opções abaixo da marca de 1 real.
Outro recurso interessante é o recurso de multisessão, que permite deixar um CD gravado
"aberto". Através deste recurso suportado por qualquer gravador e programas de gravação
atuais, é possível gravar uma quantidade pequena de dados, 100 MB por exemplo, e depois ir
gravando mais dados até que a capacidade total do CD seja preenchida, diminuindo bastante o
número de mídias necessárias para fazer backups diários ou mesmo para transportar pequenas
quantidades de dados.
Assim como nos drives de CD-ROM, a velocidade de gravação também é mostrada em múltiplos
de 150 KB/s. Um gravador 1x será capaz de gravar CDs a uma velocidade de 150 KB/s, um CD
2x a 300 KB/s, um de 4x a 600 KB/s e assim por diante. Gravando a 1x, um CD cheio demora
cerca de uma hora para ser gravado, demorando apenas meia hora a 2x ou cerca de 15 mim a
4x. Mesmo gravadores mais rápidos podem ser configurados para gravar CDs a 2x ou mesmo 1x
caso seja necessário.
Um CD prensado comum é composto de três camadas: uma camada de plástico de cerca de 1,2
mm de espessura, uma camada de alumínio, ouro ou platina onde são gravados os dados, e
sobre ela uma camada protetora de verniz. Em um CD-R, também temos estas três camadas, a
diferença é que temos uma quarta camada, entre o plástico e a camada reflexiva, justamente a
camada onde são gravados os dados. Esta fina camada é composta de produtos sensíveis ao
calor, que tem sua composição química alterada devido ao calor gerado pelo feixe laser do
gravador, muito mais potente que o usado na leitura do CD. As partes da superfície queimadas
pelo laser ficam opacas e criam pequenas bolhas, deixando de refletir a luz do leitor,
substituindo sulcos dos CDs prensados.
Atualmente existem pelo menos 5 substâncias diferentes (Cyanine, Phthalocyanine, Metallized Azo,
Advanced Phthalocyanine e Formazan) que podem ser usadas para formar a camada de gravação dos
CD-Rs. Todas estas substâncias são orgânicas, um tipo de plástico ou combustível, e justamente
por isso podem ser queimadas pelo laser do gravador. Cada uma estas substâncias foi
desenvolvida por uma companhia diferente, que detêm sua patente.
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