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Revista de Ciências da Administração • v. 12, n. 27, p. 42-62, maio/ago 2010
Avaliação do Programa de Excelência Gerencial: a Percepção dos Militares do Corpo Permanente da Escola Preparatória ...
Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica
da produção científica entre 1989 e 2008
Márcio Roberto Moran
1
Fernando Ferreira de Araujo Souza
2
João Maurício Gama Boaventura
3
Bernadete de Lourdes Marinho
4
Adalberto Américo Fischmann
5
Resumo
Considera-se pertinente a organização de dados sobre a produção científica de
um período, uma vez que tal movimento contribui para a continuidade das
investigações e a evolução de determinada área do conhecimento. O propósito
principal deste estudo, portanto, é analisar quantitativamente o que se produziu
no campo das alianças estratégicas entre 1989 e 2008. Apoiando-se em técnicas
bibliométricas e na pesquisa bibliográfica, foi possível encontrar 66 expressões
que conduzem pesquisadores aos mais variados conteúdos sobre o tema em
questão. Além disso, a partir de consultas às bases ISI Web of Knowledge e Scopus
constituíram-se duas amostras, respectivamente, com 2.747 e 2.813 pesquisas
publicadas, que permitiram a identificação dos autores, artigos e periódicos mais
referenciados por estudiosos em todo o mundo. Este trabalho, então, torna-se um
importante aliado no desenvolvimento de novas ideias, conceitos e perspectivas
de abordagens sobre alianças estratégicas.
Palavras-chave: Alianças estratégicas. Análise bibliométrica. Parcerias
estratégicas.
Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
1
Economista, Mestrando em Administração. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo. Endereço:
Rua Inhatium, 245 ap. 22 – Alto de Pinheiro – São Paulo/SP - 05468-160. E-mail: marcio[email protected].
2
Escola Engenheiro, Mestrando do Núcleo de Real Estate. Escola Politécnica. Universidade de São Paulo. Endereço: Av. Professor Almeida
Prado, travessa 2, n. 83. Ed. de Engenharia Civil. Bairro Cidade Universitária, São Paulo, SP, Brasil. CEP: 05508-900. E-mail:
3
Doutor em Administração. Fundação Instituto de Administração – FIA. Endereço: Rua Itapaiuna, 1800 Apto 221-S São Paulo/SP
CEP 05707-001. E-mail: [email protected].
4
Professora doutora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo. Endereço: Av. Professor
Luciano Gualberto, 908 Sala E-105 – São Paulo/SP; CEP 05508-900. E-mail: [email protected].
5
Professor Titular. Instituição à qual está vinculado: Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo.
Endereço: Av. Professor Luciano Gualberto, 908 - São Paulo/SP; CEP 05508-900. E-mail: [email protected].
Artigo recebido em: 15/12/2009. Aceito em: 1º/07/2010. Membro do Corpo Editorial Científico responsável pelo processo editorial: Tho-
mas G. Brashear.
Revista de Ciências da Administração • v. 12, n. 27, p. 63-85, maio/ago 2010
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Revista de Ciências da Administração • v. 12, n. 27, p. 63-85, maio/ago 2010
Márcio Roberto Moran • Fernando Ferreira de Araujo Souza • João Maurício Gama Boaventura • et al
1 Introdução e Justificativa
A crescente integração do mercado mundial nas últimas décadas – a
globalização – tem exigido das organizações novas formas de atuação em
muitas indústrias. As alianças estratégicas, especificamente, têm sido uti-
lizadas por executivos com o intuito de aumentar a competitividade das enti-
dades as quais representam. A variedade e o número de iniciativas desse
tipo tornam o referido tema um tópico relevante quando o assunto é gestão.
(YOSHINO; RAGAN, 1995).
O avanço científico nesse campo de estudo, portanto, deriva, funda-
mentalmente, do conhecimento disponível sobre ele, que é fruto de investi-
gações e interações entre pesquisadores ao longo do tempo. Conhecer a evo-
lução dos conceitos, os principais estudiosos e a produção acadêmica de
maior relevância pode colaborar significativamente para a melhor compre-
ensão da teoria existente e para a identificação dos problemas que ainda não
foram solucionados.
Desenvolvido a partir dessa visão, o objetivo principal deste trabalho é
analisar a produção científica sobre alianças estratégicas entre organi-
zações de maneira quantitativa. Os objetivos específicos, por sua vez, são:
(1) identificar as expressões-chave que levam pesquisadores a encontrar
materiais bibliográficos sobre alianças estratégicas; (2) identificar os autores
e artigos mais relevantes no campo das alianças estratégicas entre organiza-
ções; e (3) identificar os periódicos mais referenciados no assunto entre 1989
e 2008. Optou-se pelo período indicado, uma vez que a análise dos últimos
20 anos é suficiente para que se encontrem conceitos consolidados histori-
camente e tendências de linhas de pesquisa.
A fim de que os objetivos indicados possam ser alcançados, duas ferra-
mentas metodológicas foram utilizadas, a bibliometria e a pesquisa biblio-
gráfica. Cabe destacar que uma consulta preliminar à base ISI (2009) não
localizou trabalhos bibliométricos com foco em alianças estratégicas. Uma
busca ampliada na área de estratégia e gestão, porém, permitiu a identifi-
cação de dois estudos desenvolvidos com o referido método – Ramos-
Rodriguez e Ruiz-Navarro (2004) e Pilkington e Meredith (2009).
Este artigo, então, divide-se em seis partes: a primeira introduz o leitor
ao objeto de pesquisa; a segunda aponta as definições operacionais do tra-
balho; a terceira apresenta uma breve revisão bibliográfica sobre as formas
de conceituação do termo alianças estratégicas; a quarta descreve o método
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Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
e as técnicas aplicadas ao longo do estudo; enquanto a quinta seção de-
monstra os resultados; por fim, a sexta parte compõe-se das considerações
finais, das limitações deste trabalho e das sugestões para futuras pesquisas.
2 Definições Operacionais
A fim de evitar diferentes interpretações sobre o que venham a ser as
chamadas expressões-chave, autores e artigos mais relevantes, periódicos e
alianças estratégicas entre organizações, são oferecidas as definições
operacionais desses termos:
a) Expressões-chave: de acordo com Ferreira (1999), expressão
é a enunciação do pensamento por meio de gestos ou palavras
escritas ou faladas e chave é o que prepara, facilita, explica ou
inicia. Portanto, expressões-chave, neste trabalho, são as formas de
exprimir e acessar a significação do termo alianças estratégicas
mais facilmente.
b) Autores: segundo Ferreira (1999), são criadores de obra artística,
literária ou científica. Neste estudo, considera-se apenas os escrito-
res de obras científicas, conforme notado nas bases de dados con-
sideradas.
c) Artigos: “são trabalhos técnicos, científicos ou culturais, escritos
por um ou mais autores, que seguem as normas editoriais do peri-
ódico a que se destinam.” (MARTINS; THEÓPHILO, 2007, p. 213).
Nesse caso, são considerados somente os trabalhos científicos, con-
forme indicam as bases de dados escolhidas.
d) Relevantes: que se sobressaem ou ressaltam; de grande valor,
convenientes ou interessantes; importantes; aqueles que importam
ou são necessários. (FERREIRA, 1999). Julgam-se relevantes os 20
autores, artigos e periódicos mais citados, que versam sobre alian-
ças estratégicas e que foram encontrados nas bases de dados ISI
(2009) e Scopus (2009).
e) Periódicos: são publicações editadas em fascículos ou partes, a in-
tervalos regulares ou não, por tempo indeterminado, nas quais co-
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laboram diversas pessoas, sob uma direção constituída. Pode tratar
de vários assuntos em uma ou mais áreas do conhecimento.
(MARTINS; THEÓPHILO, 2007). Para esta pesquisa, servem ape-
nas os periódicos científicos, ou seja, que exigem rigor metodológico
dos trabalhos submetidos para publicação e que constam nas ba-
ses de dados investigadas.
f) Alianças estratégicas: são acordos de cooperação entre firmas
com vistas a atingir os objetivos estratégicos dos parceiros. (DAS;
TENG, 1998).
3 Revisão Bibliográfica
3.1 Alianças Estratégicas: definições e formas de conceituação
Sejam quais forem as perspectivas de abordagem e os métodos utiliza-
dos nas pesquisas científicas sobre alianças estratégicas, todas elas obri-
gatoriamente, ainda que não explicitamente, carregam consigo uma defini-
ção do termo destacado. A revisão de vários textos sobre o assunto permite
que se identifique não só as diferenças de conceitos presentes na literatura,
mas os caminhos adotados pelos pesquisadores para chegarem a uma defi-
nição.
Das e Teng (1998), conforme enunciado no tópico anterior, conceituam
as alianças estratégicas como sendo acordos de cooperação entre firmas por
meio dos quais os parceiros visam atingir objetivos estratégicos previamente
definidos. Gulati (1998), por sua vez, afirma que as alianças são acordos
voluntários entre organizações que envolvem troca, compartilhamento ou
codesenvolvimento de produtos, tecnologias ou serviços.
Na mesma linha de formulação conceitual, encontram-se os trabalhos
de Mohr e Spekman (1994) e de Robinson (2008), pois, segundo os autores,
alianças estratégicas são relações vantajosas entre empresas independentes
que têm objetivos compatíveis, perseguem benefícios mútuos e apresentam
elevado nível de dependência. Baseando-se nessa ideia, Robinson (2008)
adiciona a visão de longo prazo e a partilha de custos como características
das alianças.
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Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
Outros autores, porém, recorrem a caminhos distintos para conceituar
o termo em questão. Lorange e Roos (1993), por exemplo, apoiam-se numa
escala contínua de integração entre organizações, que tem o mercado – am-
biente marcado pela livre troca de bens, ativos e serviços – num extremo, e a
hierarquia – entendida como nível de controle sobre determinado negócio –
no outro. As fusões e aquisições são consideradas por eles casos extre-
mos de hierarquização e dependência mútua, enquanto as cooperações
informais estão mais próximas das relações de mercado e se caracterizam
por um alto grau de independência.
Lorange e Roos (1993, p. 3) escreveram:
One theorical way to define strategic alliances is to look at
the continuos scale between, on the one hand, transactions
on a free market (“market”) and, on the other, total
internalization (“hierarchy”).
Baseando-se também num “contínuo de relacionamento”, cujos extre-
mos são as relações transacionais e as unificações, Ribeiro e Silva Junior
(2001) apresentam uma definição distinta da oferecida por Lorange e Roos
(1993). Ribeiro e Silva Junior (2001, p. 91) afirmam que uma aliança estra-
tégica ocorre apenas “a partir do momento em que as empresas tomam a
forma de um empreendimento completamente novo [...]”. Os autores adicio-
nam a esse enunciado alguns outros aspectos: as alianças devem mover cada
participante em direção a um objetivo estratégico de longo prazo, pressu-
põem compartilhamento de objetivos, comprometimento de recursos de ca-
pital e recursos administrativos dos envolvidos, e mantêm independentes as
duas ou mais organizações após a constituição da parceria.
Além das definições e formas de conceituação descritas até o momen-
to, outro caminho encontrado na literatura é a negativa. Powell, Koput e Smith-
Doerr (1996), por exemplo, ao analisarem a importância das capacidades
internas e externas de aprendizado de empresas em alianças no setor de
biotecnologia, apontam dois aspectos que contribuem para o entendimento
do referido tema: (1) colaborações interorganizacionais não são simplesmen-
te um meio para compensar a falta de competências internas e (2) nem de-
vem ser vistas como uma série de transações discretas.
Nota-se, portanto, que há uma série de correntes de pensamento sobre
o que venham a ser as alianças estratégicas. Por essa razão, este trabalho
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considera todas as visões presentes nos estudos sobre o assunto, ainda que
tenha sido cunhada uma definição operacional no tópico anterior. A última
seção, ao tratar das alternativas de futuras pesquisas, reforça a importância
de manter o universo desta investigação abrangente.
4 Metodologia
4.1 Bibliometria: o método
Embora o desenvolvimento deste estudo não seja possível sem uma
cuidadosa pesquisa bibliográfica, faz-se necessário destacar a importância
da bibliometria para a consecução dos objetivos apontados na introdução.
Lancaster (1977) e Sousa (1989), citados por Pilkington e Meredith
(2009), definem bibliometria como sendo, respectivamente, (1) o emprego
de padrões de escrita, publicações e de literatura pela aplicação de diversas
análises estatísticas e (2) a técnica de investigação que tem por fim a análise
do tamanho, crescimento e distribuição da bibliografia num determinado
campo do conhecimento.
Guedes e Borschiver (2005), por sua vez, enfocam o auxílio à tomada
de decisões, organização e sistematização de informações ao discorrem so-
bre o referido método. Para esses autores, trata-se de um instrumento quanti-
tativo que permite minimizar a subjetividade das análises. Três são as princi-
pais leis bibliométricas descritas por eles e que tem relação direta com este
trabalho: de Zipf, de Lotka e de Bradford.
Enquanto a lei de Zipf observa a frequência de ocorrência de palavras
em um dado texto com o objetivo de propor indexações, a lei de Lotka trata
da produtividade de autores. Esta última fundamenta-se na premissa de que
alguns pesquisadores publicam muito e que muitos acadêmicos publicam
pouco. A terceira lei, chamada de lei de Bradford, permite estimar o grau de
relevância de periódicos numa determinada área do conhecimento. Nesse
caso, uma vez que os primeiros artigos sobre um novo assunto são escritos e
publicados por periódicos apropriados, tais veículos atraem mais artigos so-
bre o tema em questão, gerando um ciclo de retroalimentação que acelera a
construção de uma imagem positiva de determinados journals numa área de
conhecimento.
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Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
Todos os três conceitos são facilmente identificados na apresentação
dos resultados desta pesquisa. O primeiro deles está associado às principais
expressões-chave que cercam o tema alianças estratégicas. O segundo
aparece refletido no quadro que indica os autores com produção mais reco-
nhecida, medida pelo número de citações e o número de artigos publicados.
A terceira, por fim, pode ser vista na análise dos principais periódicos que
tratam de alianças estratégicas, cuja tabela indica a credibilidade do periódi-
co no referido tema e a frequência de publicações nos últimos 20 anos.
As leis bibliométricas, portanto, fazem uso da análise matemática e es-
tatística de dados para investigar e quantificar a produção científica sobre
determinado assunto. Isso posto, convém também destacar alguns importan-
tes princípios do método: a citação, a cocitação e a teoria epidêmica de
Goffman.
Segundo Araujo (2006), a análise de citação é uma técnica que possi-
bilita a identificação de vários padrões na produção do conhecimento cientí-
fico, tais como: autores mais citados, mais produtivos, elite de pesquisa e
procedência geográfica.
A análise de cocitação, de acordo com Guedes e Borschiver (2005),
mede o grau de ligação entre dois ou mais artigos pelo número de documen-
tos que os citam. A análise de cocitação, então, é importante à medida que
identifica grupos de conhecimento (ou frentes de pesquisas), estabelecidos
por conjuntos de autores que frequentemente se referenciam.
Por fim, a teoria epidêmica de transmissão de ideias, desenvolvida por
Goffman e Newill (1967), citados por Araujo (2006), trata da dinâmica da
transmissão do conhecimento em redes sociais. Segundo os pesquisadores,
o conceito é análogo ao processo de transmissão de doenças infecciosas (pro-
cesso epidêmico), sendo (1) a pessoa com a doença o autor de uma ideia;
(2) o indivíduo susceptível a doença o leitor que recebe a ideia; e (3) o ma-
terial infectante as próprias ideias contidas na literatura. Quanto melhores
forem as condições externas para o desenvolvimento epidêmico (propaga-
ção da informação), maior será a propagação da doença.
Sendo assim, é possível identificar a importância da bibliometria para o
avanço do conhecimento sobre as alianças estratégicas. Neste trabalho,
o método contribui para a organização e identificação das expressões-chave,
dos principais autores, artigos e periódicos relacionados ao tema, o que o
torna um importante aliado no desenvolvimento de novas ideias, conceitos
e perspectivas de abordagens. No tópico Análise dos Resultados, mostra-se
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como as leis e princípios bibliométricos ajudam na consecução dos objetivos
do estudo.
4.2 Formulação e Delineamento da Pesquisa
Os objetivos geral e específicos deste estudo, indicados no tópico
introdutório, derivam do problema de pesquisa selecionado e das questões
que orientam toda a investigação.
a) Questão-básica: qual é o estado da arte do conhecimento sobre
alianças estratégicas entre organizações?
b) Questão-problema: quais são as expressões-chave de pesquisa
e os autores, artigos e periódicos mais relevantes sobre o tema ali-
anças estratégicas entre organizações?
O passo seguinte à definição da pergunta-problema é a escolha das
variáveis e premissas para as quais o método destacado anteriormente se
aplica. Quanto à determinação da relevância dos autores e artigos, fez-se uso
da técnica de análise de citação ao atribuir-se ao número de citações a
condição de variável proxi. Guedes e Borschiver (2005) embasam a decisão
ao afirmarem que a técnica parte da hipótese de que citação é um indicador
válido de influência de uma determinada fonte. Para a determinação do grau
de atividade dos autores e periódicos, por sua vez, considerou-se a variável
número de artigos publicados no período 1989-2008.
A Figura 1 ilustra o caminho percorrido desde o problema até os resul-
tados gerados neste trabalho:
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Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
Figura 1: Processo de pesquisa
Fonte: Elaborada pelos autores
O terceiro passo na etapa de formulação e delineamento da pesquisa é
a definição da amostra. Composta a partir da alternância de coleta e análise
de dados e revisão bibliográfica, o subconjunto do universo de artigos sobre
alianças estratégicas começou a se definir quando: (1) determinou-se a
primeira base de dados – ISI (2009) – (2) decidiu-se por um único tipo de
publicação – artigos acadêmicos e (3) escolheu-se quatro expressões-chave
para formação de um banco de dados preliminar – strategic alliance(s) e
partnership alliance(s).
Com o auxílio do EndNote Program – software que auxilia na consti-
tuição de bancos de dados bibliográficos – foi possível a organização de 2.346
elementos com o seguinte conteúdo: nomes dos autores, ano de publicação,
título do artigo, periódico ou evento, tipo de publicação (artigo acadêmico
ou patente), número de citações, resumo (abstract) e código de identificação
do título na base. Outros dados estavam disponíveis, porém foram descarta-
dos por não contribuírem para os resultados da pesquisa.
Procedeu-se então o tratamento dos dados com o intuito de eliminar
duplicidades, registros que estivessem incompletos e tipos de fontes que não
correspondessem à categoria artigos acadêmicos. Vale observar que nes-
ta etapa não foram eliminadas as publicações anteriores a 1989 e posteriores
a 2008. Resultaram do esforço descrito 1.764 artigos.
Uma vez organizados os elementos pré-amostrais em planilha eletrôni-
ca, esses foram ordenados decrescentemente, por número de citações, com
o intuito de se identificar os mais referenciados dentre aqueles do conjunto.
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Era prevista para o momento imediatamente seguinte uma revisão bibliográ-
fica, portanto os autores deste estudo arbitraram um corte temporal e criaram
cinco períodos distintos. Pretendia-se com tal arbitrariedade a redução da
probabilidade de viés, uma vez que os artigos mais destacados concentra-
vam-se entre 1990 e 2004.
Então, os dez artigos mais citados a cada cinco anos (1985-1989; 1990-
1994; 1995-1999; 2000-2004; e 2005-2009) foram alvos de uma revisão
em busca de palavras ou expressões que fossem sinônimos ou tivessem sig-
nificados correlatos ao termo alianças estratégicas. Embora não tenha
sido feita uma análise de conteúdo propriamente dita, a revisão bibliográfica
conduziu os autores a 66 expressões, que uma vez usadas em substituição ao
termo de referência, não alteram o sentido das ideias expostas nas pesquisas
publicadas.
A fim de dirimir as dúvidas e eliminar os possíveis questionamentos,
expressões relacionadas ao tema em questão e que aparecem com frequência
em diversos trabalhos acadêmicos, como joint research and development,
joint-ventures, mergers&aquisitions, networks, minority equity stake, dentre
outras, não integram a lista composta. Vale lembrar que muitas delas são
apenas formas de caracterização de uma aliança estratégica, enquanto ou-
tras são representações de um conjunto de alianças. A Tabela 1 mostra o
resultado encontrado.
Tabela 1: Sessenta e seis expressões-chave de busca
Fonte: Elaborada pelos autores
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Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
Apesar desta seção tratar, exclusivamente, da metodologia empregada
neste estudo, e não dos resultados, é importante mencionar que parte da
resposta à questão-problema ou, simplesmente, parte dos objetivos anuncia-
dos na introdução acaba de ser alcançada. Em outras palavras, a Tabela 1
identifica as expressões-chave que permitem os pesquisadores encontrar
materiais bibliográficos sobre alianças estratégicas mais precisamente.
A composição da amostra, então, foi concluída de acordo com o que
segue. Quanto à determinação da base de dados, optou-se por utilizar as
plataformas mais populares para pesquisas acadêmicas – ISI Web of
Knowledge e Scopus (ARCHAMBAULT et al.,2009). A escolha de duas pla-
taformas pretende a validação qualitativa dos resultados, uma vez que os
produtos de ambas são analisados separadamente. Segundo Martins e
Theóphilo (2007), a triangulação de fontes de dados distintas aumenta o
grau de confiabilidade do estudo.
Quanto à determinação do tipo de publicação – artigos publicados em
periódicos acadêmicos, anais de congressos, livros, patentes, etc. – optou-se
por considerar apenas os artigos publicados em periódicos acadêmicos e
congressos. Entende-se que a escolha é válida, pois os artigos relacionados a
esses meios de comunicação geralmente antecedem livros consagrados, são
considerados fontes seguras para pesquisas e devem apresentar rigor
metodológico para publicação. No entanto, cabe destacar que as bases apre-
sentam classificações divergentes em alguns casos. Sendo assim, os dados
coletados na ISI (2009) e na Scopus (2009) foram submetidos a processos
específicos de tratamento e análise de consistência, conforme detalhamento
apresentado no próximo tópico.
4.3 Tratamento dos Dados
Tendo em vista que as bases de dados escolhidas para esta pesquisa
apresentam, por exemplo, diferenças de nomenclaturas das fontes de publi-
cações e os nomes dos autores grafados de maneira distinta, adotou-se um
conjunto de processos independentes para o tratamento dos dados, como
mostra a Figura 2.
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Figura 2: Fluxograma do processo de amostragem e análise dos dados
Fonte: Elaborada pelos autores
Uma vez coletados os 3.688 registros na base ISI (2009), a partir de
buscas feitas com as 66 expressões identificadas na revisão bibliográfica, al-
gumas intervenções no banco se fizeram necessárias. A primeira delas foi
eliminar fichas de artigos que não estavam completas. Notou-se que alguns
artigos não tinham indicados, por exemplo, os autores dos trabalhos, o que
redundou na eliminação de 131 elementos. A segunda ação foi a padroniza-
ção dos nomes de autores e fontes de publicação. Neste caso, uma análise de
consistência detalhada no banco foi empreendida.
Com os dados padronizados foi possível se detectar, então, as
duplicidades. Por se tratar de “expressões-sinônimo ou correlatas”, alguns
artigos foram incluídos na base em mais de um termo-chave. A busca por
registros repetidos resultou na retirada de 584 elementos do conjunto. Julga-
se oportuno comunicar que 17 desses apresentavam fontes de publicação
distintas, embora todos os outros dados fossem coincidentes. Então, decidiu-
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se pela aplicação de três critérios para a manutenção ou eliminação de da-
dos do banco, nesta ordem: (1) as publicações mais antigas foram mantidas,
(2) o registro com maior número de citações foi preservado, caso o ano de
publicação fosse o mesmo e, (3) em se tratando do mesmo ano de publica-
ção e do mesmo número de citações, arbitrariamente eliminou-se o(s)
registro(s) sobressalente(s).
Por fim, foram expurgados do banco de dados os registros que não di-
ziam respeito às fontes de publicação periódicos e congressos (13 paten-
tes), além daqueles que não estavam compreendidos entre 1989 e 2008. A
amostra ISI, portanto, foi composta por 2.747 artigos.
O mesmo processo, então, repetiu-se na base de dados Scopus (2009).
Inicialmente, foram levantadas 8.604 fichas de artigos. Destas, 1.243 foram
retiradas do conjunto por estarem incompletas e 3.799 foram apagadas, uma
vez que continham dados repetidos. Conforme verificou-se no tratamento
dos dados da primeira base, diferentes expressões podem conduzir os pes-
quisadores aos mesmos artigos.
A base Scopus (2009), diferentemente da ISI (2009), gera como resul-
tados de busca, além dos artigos e das patentes, outros tipos de publicações.
Entre livros, notas, relatórios, artigos de negócios e de imprensa, erratas, short
surveys e reviews, foram encontrados 585 registros. Somou-se a esses mais
de 160 trabalhos publicados fora do período de observação desta pesquisa e
todos foram devidamente retirados do conjunto de dados. Constituiu-se,
portanto, uma amostra Scopus com 2.813 elementos. A próxima seção mos-
tra o que resultou da análise dos dados.
5 Análise dos Resultados
A análise e interpretação dos dados deram-se em três frentes, baseadas
nas leis e princípios bibliométricos. A seguir encontra-se síntese de cada uma
delas.
a) Lei de Zipf: expressões-chave mais usadas por pesquisadores (clas-
sificação por número de artigos identificados).
b) Lei de Lotka e análise de citação: número de citações por autor
(classificação dos autores mais citados), número de artigos publica-
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dos por autor e número de citações por artigo (classificação dos
artigos mais citados).
c) Lei de Bradford: número de citações por periódico (classificação
por periódicos mais consultados) e número de artigos publicados
pelos principais periódicos.
Na seção intitulada Metodologia, foram identificadas 66 expressões que
direcionam interessados no tema alianças estratégicas ao conteúdo pu-
blicado nas últimas duas décadas. Porém, embora todas possibilitem o aces-
so a alguma fração desse material, não apresentam o mesmo grau de ocor-
rência ou probabilidade de sucesso em uma busca. O Gráfico 1 indica aque-
las responsáveis pelo levantamento de 80% dos registros componentes das
amostras deste trabalho.
Gráfico 1: Expressões-chave mais usadas por pesquisadores
Fonte: Elaborado pelos autores
Nota-se a predominância de três das quatro expressões-chave usadas
no início do processo amostral. Os termos strategic alliance, strategic alliances
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Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
e strategic partnership respondem por mais 60% dos dados disponíveis nas
bases ISI (2009) e Scopus (2009).
Uma vez atendida a quarta parte dos objetivos deste estudo, faz-se ne-
cessário responder aos outros ¾ da questão de pesquisa: quais são os auto-
res, artigos e periódicos mais relevantes sobre o tema alianças estratégi-
cas entre organizações?
Segue, portanto, a Tabela 2, que indica os autores mais referenciados
na produção científica analisada. Os campos sombreados mostram a
intersecção existente entre as amostras construídas.
Tabela 2: Autores mais citados (20 primeiros)
Fonte: Adaptada de ISI (2009) e Scopus (2009)
Embora uma análise superficial do resultado acima ofereça a resposta
desejada para este estudo, cabe aprofundar um pouco mais a investigação
com o intuito de se descobrir a origem dos pesquisadores citados, e, portan-
to, os núcleos de pesquisa aos quais estão filiados.
Boston University, Carlson School of Management, City University of
New York, George Washington University, Harvard Business School, Hass
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Márcio Roberto Moran • Fernando Ferreira de Araujo Souza • João Maurício Gama Boaventura • et al
School of Business, International Business Kelley School, Jesse H. Jones
Graduate School of Management, Loyola Marymount University, Marriott
School, Stanford University, The Fetcher School, The Paul Merage School
of Business, Thunderbird School of Global Management, University of Chi-
cago e Wharton School, entre outras escolas norte americanas, despontam
como centros de excelência em pesquisas sobre alianças estratégicas.
Além dos Estados Unidos, os países que sediam núcleos também de-
senvolvidos são Holanda, Canadá, Inglaterra e França, respectivamente com
destaques para a Maastricht University, Rotman School, London Business
School e Insead.
A Tabela 3, então, relaciona os artigos mais citados por pesquisadores
de todo o mundo.
Tabela 3: Artigos mais citados (20 primeiros)
Fonte: Adaptada de ISI (2009) e Scopus (2009)
A Tabela 4, por fim, aponta os periódicos que deram mais destaque ao
tema deste trabalho nos últimos 20 anos. Assim como ocorre com os núcleos
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Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
de pesquisa, os periódicos mais bem-sucedidos na publicação de artigos so-
bre alianças estratégicas estão sediados nos Estados Unidos.
Tabela 4: Periódicos mais citados (20 primeiros)
Fonte: Adaptada de ISI (2009) e Scopus (2009)
Ainda que os resultados apresentados sejam considerados satisfatórios,
há limitações intrínsecas a esta pesquisa que devem ser apontadas, sobretu-
do com relação à grande concentração da produção em poucos países. Na
próxima seção, tais limitações são discutidas, além de sugestões para futuros
trabalhos e as considerações finais.
6 Considerações Finais
A identificação e organização das expressões-chave de busca, dos prin-
cipais autores, artigos e periódicos sobre alianças estratégicas objetivos enun-
ciados no tópico introdutório deste estudo – foram alcançados, sendo as primei-
ras listadas na Seção 4 e os demais apresentados na Análise dos Resultados.
Cabe mencionar que as realizações descritas acima contribuem sobre-
maneira para a consolidação do conhecimento disponível, para o desenvol-
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Revista de Ciências da Administração • v. 12, n. 27, p. 63-85, maio/ago 2010
Márcio Roberto Moran • Fernando Ferreira de Araujo Souza • João Maurício Gama Boaventura • et al
vimento de novas visões e conceitos, além de significarem um ponto de par-
tida para estudiosos encontrarem respostas que ainda não tenham sido da-
das no referido campo de pesquisa.
Faz-se necessário, porém, mostrar algumas limitações do método e das
fontes de dados que estão disponíveis para a construção de trabalhos dessa
natureza nos dias de hoje. As bases de dados escolhidas para esta investiga-
ção – ISI (2009) e Scopus (2009) – não abrangem a produção acadêmica de
muitos países, sobretudo aqueles em desenvolvimento, e tem a predominân-
cia de publicações norte-americanas e em língua inglesa. Sendo assim, pu-
blicações brasileiras, relevantes para o entendimento do problema de pes-
quisa no país e outros relacionados, não necessariamente integram as amos-
tras utilizadas, e por consequência, não estão refletidas nos resultados.
Outra limitação, originada também no processo amostral, diz respeito
ao tipo de publicações ou meios de comunicação selecionados. Livros influ-
entes sobre alianças estratégicas, por exemplo, não são muito comuns nas
fontes de dados. Ou seja, o conhecimento que não tenha sido transformado
em um artigo científico não foi levado em consideração nesta pesquisa.
O que se sugere, então, é o desenvolvimento de uma investigação, cuja
amostra seja constituída por artigos publicados no Brasil, ainda que não se
considere outros veículos de publicação, mas que seja possível a identifica-
ção de autores e núcleos de pesquisa com produção relevante no país. Con-
forme enunciado em Goffman e Newill (1967), citados por Araujo (2006), a
dinâmica da transmissão do conhecimento passa pelas redes sociais, portanto
é fundamental que sejam identificados e fortalecidos os centros de pesquisa.
Um bom exemplo disso foi dado pela Wharton School e o Insead, refe-
rências no desenvolvimento de estudos em alianças estratégicas, ao se asso-
ciarem para formar uma rede global de negócios em educação e conheci-
mento – global business education and knowledge network. Quanto melho-
res forem as condições internas para o desenvolvimento de projetos e exter-
nas para propagação da informação, maior será a participação de cada nú-
cleo na geração de conhecimento.
Por fim, sugere-se o emprego da análise de cocitação em futuros traba-
lhos com o intuito de identificar grupos de estudiosos e interações entre pes-
quisadores. Uma análise desse tipo pode apontar, inclusive, prováveis linhas
de pesquisas existentes no campo das alianças entre organizações.
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Alianças Estratégicas: uma análise bibliométrica da produção científica entre 1989 e 2008
Strategic Alliances: a bibliometric analysis of
scientific output between 1989 and 2008
Abstract
Organizing data from scientific outputs has been a powerful toll as it contributes
to the continuity of research and development of a specific knowledge theme. The
main purpose of this study, therefore, is to quantitatively analyze what occurred in
the field of strategic alliances between 1989 and 2008. Relying on bibliometric
techniques and literature, it has been found 66 key-words driving researchers to a
variety of content about this topic. Moreover, two samples of articles from ISI Web
of Knowledge and Scopus databases were built up with, respectively, 2.747 and
2.813 items. These samples allowed the identification of the most referred authors,
articles and periodicals by scholars around the world. This research then becomes
an important ally to the development of new ideas, concepts and prospects for
approaches to strategic alliances.
Key words: Strategic alliance. Bibliometric analysis. Strategic partnership.
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