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Para Cruz e Nagano (2006) como alternativas de não perder o
conhecimento gerado na organização, a gestão do conhecimento começa a
priorizar o compartilhamento entre os funcionários de suas experiências, e
conseqüência de seu conhecimento, e o armazenamento em base de
dados/relatórios de conhecimentos criados e desenvolvidos na organização para
acesso de todos. Paralelamente, as empresas, principalmente, aquelas que
desenvolvem produtos percebem a necessidade da criação de novos conceitos,
novas idéias, novos conhecimentos que permitam a geração de novos produtos e
serviços que satisfaçam plenamente as necessidades dos clientes.
No atual contexto econômico orientado para o conhecimento, a maioria das
oportunidades, assim como grande parte do valor agregado gerado no interior das
organizações advém de ativos que não são físicos. Desse modo, a busca de
competitividade nas organizações não pode apoiar-se apenas em seus ativos
tangíveis, mas sim, e cada vez mais, na dedicação de recursos e planejamento
estratégico a seus ativos intangíveis (Santosus e Surmacz, 1998).
Gestão do conhecimento é compreendida como acumulação e disseminação
dos conhecimentos técnico e organizacional (Cruz, Rodrigues e Nagano, 2007).
2.3.1 Criação e compartilhamento do conhecimento - modelo da espiral do
conhecimento de Nonaka e Takeuchi
De acordo com Inkpen (1996 - apud Cruz e Nagano, 2006), a criação do
conhecimento representa um processo em que o conhecimento dos indivíduos é
amplificado e internalizado como parte fundamental do conhecimento
organizacional.
Para Nonaka e Takeuchi (1997) “conhecimento é um processo humano
dinâmico de justificar a crença pessoal com relação à verdade”; complementam
os autores Von Krogh, Ichijo e Nonaka (2001 - apud Nonaka e Takeuchi, 1997)
que, “quando se cria conhecimento, interpreta-se uma nova situação,
desenvolvendo crenças comprovadas e comprometendo-se com elas”.
De acordo com Davenport e Prussak (1998 - apud Candido e Junqueira,
2006), conhecimento é um fluxo feito de práticas, valores, informações
contextuais e hábeis compreensões estruturadas que provém uma base para
avaliar e incorporar novas experiências e informação. Origina-se e é aplicado na
mente de conhecedores. Em organizações, geralmente torna-se embutido não
apenas em documentos ou repositórios, mas também em rotinas organizacionais,
processos, práticas e normas.
O conhecimento possui algumas características próprias, segundo Terra
(2000) “o conhecimento é um recurso invisível, intangível e difícil de imitar. Uma
de suas características mais fundamentais, porém, é o fato de esse recurso ser
altamente reutilizável, ou seja, quanto mais utilizado e difundido maior seu valor”;
já na visão de Sveiby (1998) o conhecimento possui quatros características, são
elas: o conhecimento humano é tácito, orientado para a ação, baseado em regras,
individual e está em constante mutação. Entretanto, o conhecimento é um recurso
extremamente dinâmico, e difícil de gerenciar, pois está na mente das pessoas.