não funciona mais, afinal qualquer criança tem acesso a mundo de informações com
um simples “click” do mouse. Cerca de 16% das horas específicas são destinadas a
esses tópicos, entretanto, a maioria é destinada a LDB e estrutura educacional.
Quando analisados os temas planejamento de ensino e análise do
material didático, buscou-se planejamento de ensino, estudo do currículo, planos de
aula e curso, uso de materiais disponíveis no mercado, uso de recursos tecnológicos
(áudio-visual, software educativo, etc), trabalhos com artes (filmes, músicas,
literatura, quadrinhos, etc) e análise de livros didáticos e paradidáticos. Obras de
Resende e Ostermann (2005) [4], Nardi (2002) [14], Carvalho (1992) [15] e Moreira
(2005) [16] foram usadas como referência.
Todas as instituições de ensino superior pesquisadas apresentavam uma
base sólida na preparação de aula pelos discentes. Apenas uma apresentou a
preocupação com a análise do livro didático, levando em consideração o ensino
“livresco” ainda amplamente utilizado, a escolha de um bom livro didático deveria se
mais enfatizada na graduação. Nenhuma instituição de ensino mencionou em sua
ementa a utilização de livros paradidáticos como forma de aprimorar a
aprendizagem e despertar o interesse pela disciplina. A carga horária destinada a
este tema é de cerca de 18,5% do total das horas.
Em reflexões sobre o ensino e a formação dos professores, planejamento
da pesquisa científica, criação de projetos, pensamento crítico e construção do
pensamento foram analisados o incentivo a autoavaliação, a necessidade do
professor-pesquisador, as incentivas a pesquisas e a produção do conhecimento, a
análise crítica, produção de projetos educacionais, divulgação científica, trabalhos
envolvendo as novas tendências e pesquisas, debates sobre os seminários e
encontros dos especialistas no ensino de físicas e sobre as dificuldades encontradas
em salas de aulas, dados citados como imprescindíveis nos trabalhos de Berlitz e
Ostermann (2006) [17], Nunes (2001) [18] e Santana et al. (2005) [19].
As instituições demonstram uma preocupação crescente com estes
aspectos. Este novo professor precisar estar preparado para atuar neste universo
onde cada ano mais conteúdos e ideias são lançados nas páginas especializadas e
não basta que ele seja apenas um mero espectador dessas mudanças. A pesquisa
deve ser parte do cotidiano do professor, afinal antes de ser um educador ele é um
físico e a pesquisa é um aspecto de estrema importância em sua graduação. Em
média, 19,5% do tempo de estudo são dedicados a esses conteúdos.
Ao considerar a prática docente, metodologias e didáticas específicas,
prática de atividades experimentais buscou-se a análise da atividade de prática
educativa, didática e metodologias próprias para o ensino da física, elaboração de
materiais didáticos (exercícios, avaliações, experimentos, etc) e incentivos a
atividades de divulgação científica (feira de ciências), todos esses assuntos são de
fundamental importância, se o objetivo da formação deste professor for ao término
dessa graduação ele sair apto, preparado para atuar em sala de aula. No entanto, só
16,4% do tempo médio foram dedicado a estes tópicos. Em algumas instituições é
nítida a valorização desta formação prática, enquanto em outras a formação é quase
que totalmente teórica.
Não foram consideradas apresentações de seminários e trabalhos de
forma oral, como prática de ensino, mesmo que algumas instituições de ensino as
vejam como tal, pois é uma prática comum a outros cursos, que não tem como
objetivo formar professores. Prática de ensino, na concepção usada nesse trabalho,
é a prática real da atividade docente, a junção do conhecimento científico com as
habilidades profissionais adquiridas ao longo da graduação e deve ser avaliada em
todos os seus pormenores que vão desde o domínio do conteúdo, passando pela