As profeciAs de dom Bosco e A erA do pré-sAl
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a norte da margem esquerda do Rio Amazonas, e o Estado do Tapajós
pela região da margem direita, a sul deste rio e a oeste do Rio Xingu.
Outro Estado que poderia ser dividido em várias unidades federativas
– estados e territórios federais –, com real proveito à administração
pública e proteção do meio ambiente seria o do Amazonas. Neste caso,
a divisão seria mais complexa devido às características geográficas e
ecológicas da região, razão porque os estudos devem ser feitos levan-
do-se em conta as reservas indígenas, florestais e outros ecossistemas
sob proteção da lei, para que o conjunto da cobertura vegetal e dos
rios sejam preservados, mas possibilitando seu desenvolvimento eco-
nômico e social.
Para isto deve-se considerar, na elaboração do projeto de divisão ter-
ritorial desse Estado, uma revisão das fronteiras dos Estados do Acre,
Rondônia e Roraima, e a implantação de futuras vias de acesso ter-
restres, como a Ferrovia Transcontinental Dom Bosco, sonhada para
ligar Cartagena, na Colômbia, a Punta Arenas, no Chile, passando por
Caracas, na Venezuela, Boa Vista, em Roraima, já no Brasil, e daí, em
linha reta, até Manaus, no Amazonas, seguindo para Porto Velho, em
Rondônia, Cuiabá, em Mato Grosso, Campo Grande, no Mato Grosso
do Sul, Assunção, no Paraguai, Bueno Aires, na Argentina, e, finalmen-
te, Punta Arenas, no Chile. Mais detalhes sobre esta ferrovia de integra-
ção continental, V. Exa. poderá encontrar em um resumo, que segue
em anexo, extraído de um livro de minha autoria, no momento em fase
de análise por uma editora com vistas a uma eventual publicação, e em
outros quatro livros, também de minha autoria, disponíveis na Bibliote-
ca Digital do Governo Federal (www.dominiopublico.gov.br).
Antes de terminar, gostaria de ressaltar que a redivisão do Estado do
Amazonas se impõe não só por questões estratégicas de defesa de
nossas fronteiras, mas, também, pelo progresso que advirá com a
construção das hidroelétricas do Rio Madeira e outras que poderão
ser instaladas nos rios da região. Antes que a ocupação humana se
torne um problema nos Estados do Acre, Rondônia e Amazonas, é
preciso, desde já, que se faça um planejamento minucioso das áreas
que serão franqueadas e as que serão protegidas e, principalmente,
as vias de acesso terrestre para controlar essa ocupação humana, que
virá por bem ou por mal. A melhor maneira de conter o adensamento
populacional dessa região será construir ferrovias em vez de rodovias
ou hidrovias. Neste contexto a construção da Ferrovia Transcontinental
Dom Bosco se coloca como peça fundamental, não só para promover o