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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A PRÁTICA DOCENTE NO CURSO DE BACHARELADO EM
TURISMO DA UFPB SOB O VIÉS DA INTERDISCIPLINARIDADE
Bruno Dantas Muniz de Brito
Orientador
Profa. Ms. Priscila Barcelos
João Pessoa
2008
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A PRÁTICA DOCENTE NO CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO DA
UFPB SOB O VIÉS DA INTERDISCIPLINARIDADE
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Docência do
Ensino Superior. Por: Bruno Dantas Muniz de Brito
João Pessoa
2008
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3
AGRADECIMENTOS
A DEUS, aos familiares de todas as
gerações (que me emprestaram um
pouco do que cada um foi), aos amigos
e inimigos e, por fim, a todos os seres
humanos que contribuíram de qualquer
forma para a realização deste trabalho.
4
EPÍGRAFE
O homem é a medida de todas as coisas
Protágoras
5
RESUMO
A educação superior no Brasil vem sendo um tema amplamente discutido
em diversos segmentos da educação, seja pela grande ferramenta que é,
seja pelo papel importante na construção de qualquer área do
conhecimento. Nesse sentido, o curso de Turismo da UFPB, atendendo aos
pressupostos estabelecidos pelo Ministério da Educação, é uma dessas
áreas onde o desenvolvimento da interdisciplinaridade faz-se essencial para
o aprendizado dos conteúdos que são estudados sob o prisma de um leque
de disciplinas distintas e que, reunidos os seus escopos, produzem um
teoria especifica para o turismo. Assim, o objetivo deste trabalho se pauta
em investigar a prática docente no curso de turismo de uma instituição
pública (UFPB) analisando os impactos e dimensões da prática
interdisciplinar junto aos discentes. Como objetivos específicos destacamos,
entre outros, analisar a prática docente no curso de turismo da UFPB,
referente ao caráter interdisciplinar, e ainda identificar as disciplinas que
respondem pela multi e interdisciplinaridade nos cursos de turismo, bem
como apontar suas carências e/ou deficiências referentes ao ensino
superior. A metodologia foi construída através de um questionário aplicado
junto aos docentes da instituição, especificamente aqueles que lecionam no
curso de Turismo. Os resultados foram tabulados e apresentados na forma
de gráficos e levaram a atingir os objetivos propostos por este estudo.
6
METODOLOGIA
A pesquisa foi dividida em três momentos: no primeiro, de caráter
técnico cientifico, construiu-se o referencial norteador da interdisciplinaridade
no curso de turismo da UFPB, com base no método desenvolvido por Heinz
Heckausen (apud FAZENDA, 1996, p. 31); já no segundo momento, de caráter
empírico, objetivou-se investigar toda a experiência prática do professor das
áreas afins nas disciplinas de turismo da UFPB e, com base no método de
Heckausen, discutir a real contribuição que pode ser efetuada para cada
disciplina dos referidos cursos; por fim, no terceiro momento foi empreendido
um estudo de caráter crítico no projeto político-pedagógico do curso,
objetivando com isso identificar quais disciplinas, efetivamente, estão descritas
como elo interdisciplinar nos cursos de turismo, bem como quais definições são
feitas no tocante a toda estrutura pedagógica de ambos os cursos.
Com base no exposto anteriormente, observamos a necessidade de, a
priori, identificar quais as disciplinas e seu respectivo conteúdo devem ser
estudadas em profundidade na instituição de ensino. Assim, elegeu-se o
método outrora utilizado por Heinz Heckausen para identificar o exercício
efetivo das diferentes disciplinas empíricas. Utilizou-se, primeiramente, os sete
critérios propostos por Heckausen para caracterizar a natureza de cada
disciplina, objetivando distingui-las das demais. São eles: 1- domínio material;
2- domínio de estudos; 3- nível de integração teórico; 4- métodos; 5-
instrumentos de análise; 6- aplicações práticas, e; 7- contingências históricas.
Os resultados desta etapa possibilitaram a identificação e classificação dentre
os 5 tipos de interdisciplinaridade propostos pelo mesmo autor. Nesse ínterim,
cada disciplina foi enquadrada em seu devido tipo, estabelecendo um paralelo
entre as definições propostas por Heckausen e a construção encontrada no
curso de turismo.
Partindo disso, empreendeu-se uma pesquisa empírica em sala de aula
constituída de dois momentos. No primeiro, examinou-se todo o universo
acadêmico existente na formação do docente de cada disciplina, seu nível de
contribuição no programa de curso para o enriquecimento da experiência
7
acadêmica, os métodos de avaliação ora empregados nas disciplinas,
procurando ainda conhecer seu grau de inter-relação com o ensino das
disciplinas nos cursos. No segundo momento avaliamos qual a efetividade da
prática docente em sala de aula, identificando junto ao professor seus maiores
desafios, suas principais dificuldades e o comportamento adotado pela turma
em sala de aula durante todo o processo de investigação.
Com isso, construiu-se um apanhado tamanho de informações as quais
serviram para delinear o perfil do docente que leciona no curso de turismo da
UFPB; quais disciplinas se enquadram no perfil interdisciplinar proposto por
Heckausen e quais as apresentadas pelo projeto político-pedagógico do curso;
qual o grau de participação e de retorno dos alunos (tanto em sala quanto nas
avaliações) e ainda o ponto principal deste trabalho: se a interdisciplinaridade é
uma ferramenta presente efetivamente na prática docente em disciplinas de
áreas afins ao turismo no curso da UFPB. Através deste método se espera
produzir os resultados esperados, pontuando de forma sucinta e verdadeira na
questão interdisciplinar na área acadêmica em cursos de nível superior em
turismo.
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I – EDUCAÇÃO E ENSINO NO BRASIL 12
1.1 Princípios da educação 18
1.2 Educação sob o contexto da contemporaneidade 20
CAPÍTULO II – EDUCAÇÃO E SEU ENFOQUE PARA O TURISMO 22
2.1 O estudo do turismo em nível superior 24
2.2 Tendências de mercado para o turismo 27
CAPÍTULO III – O PROCESSO EDUCACIONAL EM TURISMO 29
3.1 O caráter interdisciplinar do curso 31
3.2 O curso de Turismo da UFPB 33
3.3 Formação base do docente de Turismo 35
3.4 Construção de pontes interdisciplinares 37
CAPÍTULO IV – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 41
CONCLUSÃO 64
BIBLIOGRAFIA 66
APÊNDICE 69
Questionário de pesquisa (Docentes)
ANEXOS 75
Fluxograma do curso de Turismo da UFPB
Projeto Político Pedagógico de Turismo da UFPB
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
ÍNDICE 154
FOLHA DE AVALIAÇÃO 155
9
INTRODUÇÃO
A atividade turística vem se comportando como um dos mais
promissores ramos de exploração econômica nos últimos anos. Nesse ínterim
as universidades sentiram a necessidade de se preocupar com o perfil
acadêmico de um profissional que vinha sendo solicitado pelo mercado de
forma cada vez mais constante. Utilizando-se dos diversos ramos do
conhecimento já constituídos em outros cursos, a construção do currículo
universitário para o curso de turismo em todo Brasil obteve subsídios de
disciplinas acadêmicas como economia, geografia, sociologia e antropologia.
A contribuição dos diversos ramos do conhecimento acadêmico supra
citados viabilizaram a utilização de ferramentas fundamentais para esse fim, as
quais são largamente conhecidas na área de educação: A Multi, Inter e
Transdisciplinaridade. Eis os mecanismos que subsidiam a criação de relações
entre as disciplinas e promovem o suporte empírico necessário para que possa
ser, de fato, realizada a utilização do arcabouço teórico que serve de
fundamentação para a construção do currículo acadêmico do curso de
Turismo, este alicerçado nos mais diversos ramos do conhecimento,
anteriormente mencionados.
O problema central que conduziu esta pesquisa foi formulado a partir da
seguinte indagação: Os conceitos e aplicações da interdisciplinaridade, pedras
fundamentais nos cursos de turismo, estão verdadeiramente presentes em
disciplinas da grande curricular do curso de turismo da UFPB ou apenas na
descrição metodológica dos livros de turismo? É esta a questão central deste
trabalho, que tem como escopo a formação docente e a interação entre
diferentes áreas do conhecimento na busca por um corpus acadêmico,
sistêmico e estruturado para o estudo da atividade turística em suas diferentes
facetas.
Assim, o objetivo geral deste trabalho define-se em Investigar a prática
docente no curso de turismo de uma instituição pública (UFPB) analisando os
impactos e dimensões da prática interdisciplinar junto aos discentes. Os
objetivos específicos definem-se em: Analisar a prática docente no curso de
10
turismo da UFPB, referente ao caráter interdisciplinar; Identificar as disciplinas
que respondem pela multi e interdisciplinaridade nos cursos de turismo, bem
como apontar suas carências e/ou deficiências referentes ao ensino superior;
Avaliar o conteúdo programático desse curso superior no tocante a inserção do
turismo em suas áreas afins; Mensurar os reflexos da multidisciplinaridade
proveniente da relação direta com a prática de ensino do turismo e avaliar os
reflexos da interdisciplinaridade proveniente da relação direta com a prática de
ensino do turismo.
No primeiro capítulo objetiva-se discutir a educação e o ensino no
Brasil, debatendo a construção do nosso atual sistema educacional sob o
prisma da sua valorização e de sua importância para a sociedade
contemporânea.
No segundo capítulo são discutidos os princípios da educação com
ênfase no turismo e toda a importância dedicada ao tema central deste trabalho
que é a interdisciplinaridade, elo de construção essencial entre as diversas
áreas do conhecimento que “emprestam” sua teoria ao desenvolvimento da
atividade turística e ao estudo desta.
No terceiro capítulo discute-se o processo educacional no turismo,
onde o ato de lecionar para a construção da teoria turística deve ser balizado
nos princípios teóricos da interdisciplinaridade, e onde também se apresenta o
objeto desta investigação cientifica, que é o curso de Turismo da Universidade
Federal da Paraíba.
No quarto capítulo, por fim, são apresentados os resultados
decorrentes da pesquisa cientifica empreendida junto aos docentes do curso de
Turismo da UFPB, onde os mesmos foram tabulados e analisados a luz da
teoria interdisciplinar.
Assim, objetiva-se estudar neste trabalho os conceitos e as utilizações
do mecanismo de interdisciplinaridade presente na grade curricular do curso de
turismo de uma instituição pública da Paraíba (especificamente o curso da
UFPB – Universidade Federal da Paraíba, na cidade de João Pessoa), com o
intuito de identificar as utilizações dos conteúdos em cada disciplina, a
participação do professor no processo de construção do conteúdo programático
11
das mesmas e os principais problemas e barreiras encontrados pelo corpo
docente da instituição em questão.
12
CAPÍTULO I
EDUCAÇÃO E ENSINO NO BRASIL
Para um melhor entendimento a cerca do Turismo como área do
conhecimento humano, é imperativo que se possa entender os princípios
norteadores de sua formação que se mostram incontestavelmente através da
educação.
É importante salientar onde a educação começou primeiro a se
manifestar ao longo de sua história. No mundo ela foi instituída a cerca de
3.000 anos, segundo Brandão (1981, p.35): “A educação surge na Grécia e vai
para Roma, delas deriva todo o nosso sistema de ensino”. Sendo a mesma
fruto de uma influencia propositada e metódica aos jovens da época como
meta para o seu desenvolvimento.
Todos os povos primitivos de uma forma ou de outra já adotavam
formas de educar. Ferreira (2001, p.139) diz que “as formas de educação
primitiva baseavam-se em uma educação essencialmente natural, espontânea,
inconsciente, adquirida na convivência de pais e filhos adultos”.
Para apreendermos melhor sobre educação, alguns conceitos tornam-
se pertinentes. De acordo com o Art.205 da Constituição Federal:
A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Diante da Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional, que trata
com mais propriedade e extensão a questão educacional do país, é
estabelecido que:
13
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições
de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais.(Art.1º da lei 9.394).
Brandão (1981, p.10) entende que “a educação é, uma fração do modo
de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, entre tantas outras invenções
de sua cultura, em sua sociedade”.
Ao analisarmos tais exposições podemos notar que se sustenta a idéia
de que a educação se fundamenta na formação prática do indivíduo e a mesma
não acontece apenas em casa ou na escola, ela se estende em todos os
espaços sociais. Brandão (1981, p.24) diz que “a educação aparece sempre
que há relações entre pessoas e intenções de ensinar-e-aprender”.
É através da socialização que o processo educacional se difunde, isto
é, através das trocas de informações entre os indivíduos e da capacidade de
interação existente entre eles que se realiza a educação. Kruppa (1993, p.23)
fala que “a socialização e a interação social, elementos do processo educativo,
são também as condições e o resultado da vida social”.
Durkheim (citado por Kruppa 1993, p.69) fala que “não existe
sociedade na qual o sistema de educação não apresente o duplo aspecto: o de
ser, ao mesmo tempo, uno e múltiplo”. Ou seja, a educação se molda aos
diferentes níveis culturais de determinado povo ou civilização mostrando-se por
meio de seu desenvolvimento ou não: social, político e econômico
respectivamente.
Essa idéia consiste em dizer que a educação em sua essência é única
e admissível em todas as sociedades, mais ao mesmo tempo ela é múltipla,
existindo-se educações, porque em cada sociedade ela se apresenta de
determinada forma dependendo do meio ao qual está inserida.
Ela também reflete em suas variáveis fases o momento histórico de
certo povo. Kruppa (1993, p.33) ressalta que “o conhecimento não pode ser
estudado como atividade isolada de seu contexto cultural”.
Para se entender melhor esta afirmação é interessante ressaltarmos o
conceito de cultura que é definido por Brandão (1981, p.25) da seguinte forma:
14
“ela deve ser entendida como compreendendo tudo que existe transformado na
natureza pelo trabalho do homem que, através de sua consciência, ganha
significado”.
Ao clarearmos nossa mente sobre o que é cultura pode-se então
entende-la diante da educação e que a mesma deve permear a cultura de
modo a atender todos os contextos e nuances, neste caso a educação não
pode ser tratada como se fosse livre, pois poderá se confrontar com o modo de
vida dos seres humanos, nesta observação se entende que a educação é
heterogênea e mutável devido às várias realidades de mundo. Tendo a mesma
a sensibilidade de poder está inteirada de todas estas realidades para assim
poder alcançar o seu determinado fim.
O que se pretende mostrar é que em cada lugar deste país e do mundo
a educação se manifesta de forma diferenciada graças à cultura de cada povo,
mais sempre com o mesmo objetivo.
Diante de tais considerações, entendemos que a finalidade da
educação se compõe de total proeminência perante o novo aspecto mundial, e
que ela hoje no mundo globalizado tem a função e o dever de guiar e propiciar
ao discente uma visão crítica e absoluta do mundo que o cerca.
O Art.2º da Lei Nº 9394 estabelece a finalidade da educação:
A educação, dever da família e do Estado inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho
.
A educação é dotada da finalidade de acrescentar sabedoria ao
cidadão, a promoção humana tornando o homem apto e detentor do
conhecimento e de uma ideologia de vida. Demo (1998, p.07) ”encontra no
conhecimento a arma mais potente de inovação, para fazer e se fazer
oportunidade histórica através dele”.
Essa passagem nos remete a uma questão que vem sofrendo
mudanças que é o da relação trabalho x educação, sabendo-se que a
“educação” é a chave para o desenvolvimento do homem em todos os
15
aspectos de sua vida podendo-se assim galgar um futuro melhor, evidenciamos
que apesar de todo seu incentivo e políticas de melhoramento parece que a
mesma não esta conseguindo realizar a sua finalidade de formar cidadãos
preparados para exercer suas reais competências e vocações para se
apresentarem na vida e no mercado de trabalho.
O enfoque educacional não está mais centrado em revelar a
diversidade de caminhos que o indivíduo pode escolher. Ferreira (2001, p.30)
nos revela esta questão quando diz que “os processos educativos que
interessam aos trabalhadores não podem ter no mercado e no capital seu
horizonte conceptual e prático”.
Infelizmente, o quadro educacional está constituído atualmente dessa
maneira, algo que não é propositado e sim revelado pelo capitalismo e a
globalização, processos excludentes e que exigem muito mais do ser humano
do que só a revelação de suas competências mais sim como fala Ferreira
(2001, p. 28) “de revelar indivíduos empregáveis”.
Trigo (1998) menciona como melhoramento para este entrave no
processo educacional que dificulta a qualificação de qualquer futuro profissional
propondo que se entenda:
As novas faces do trabalho para poder traçar as novas propostas
educacionais. Sem o conhecimento dos paradigmas contemporâneos
que balizam as grandes questões atuais, corre-se o risco de ficar
apenas nos dogmatismos sociológicos obsoletos ou nas
especulações pseudocientíficas e superficiais (TRIGO, 1998, p. 76).
Estabelecida à meta da educação, volta-se à realização de sua prática
no meio educativo, é interessante que todos os segmentos educacionais
(escolas, universidades, trabalho etc.) tenham um direcionamento humanizado,
centrado no homem e nos seus princípios e valores, idealizados na verdade
dos fatos, pois infelizmente a educação pode ser usada como meio de se
expressar interesses obscuros (pode-se usar a população que não tem acesso
a educação e manejá-la se a mesma não for conhecedora do seu papel na
sociedade). Demo (1998, p.62) aborda esta questão dizendo que “o ponto de
16
referência mais decisivo é a formação de sujeitos capazes, críticos e criativos,
democraticamente organizados, aptos a superarem a condição de massa de
manobra ou de objetos. Nenhum ser humano pode ser objeto de outro”.
O trajeto educacional desde a Grécia até hoje sofreu intensas e
grandes transformações, porém é inegável que uma parcela significativa da
população tem acesso ainda hoje a uma educação precária, com professores
muitas vezes despreparados para tais funções. Demo (1998, p. 69) nos explica
isso dizendo que:
A profissionalização não se faz pela acumulação consolidada, na
perspectiva de um estoque sempre maior, mas pela sua renovação
constante, diante de um mundo que entrou definitivamente num ritmo
avassalador de mutação. A qualidade da profissão está mais no
método de sua permanente renovação, do que em resultados
repetidos.
Também é preciso que a reformulação do ensino aconteça
constantemente, no entanto sabe-se que se trata de um trabalho ostensivo e
incansável dos seus principais atores e principalmente dos que detêm o poder
de governar o país, pois a educação de boa qualidade e acessível a todos os
cidadãos é a chave para o desenvolvimento de qualquer nação. Ferreira (2001,
p.124 e 125) nos define educação de qualidade como sendo aquela:
Em que a escola promove para todos o domínio de conhecimentos e
o desenvolvimento de capacidades cognitivas e afetivas necessários
ao atendimento de necessidades individuais e sociais dos alunos, à
inserção no mundo do trabalho, à constituição da cidadania (inclusive
como poder de participação), tendo em vista a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária.
É propício ressaltarmos que conceitos relativamente antigos (o qual
citaremos) tornam-se tão atuais e latentes em nossa sociedade com relação ao
sistema educacional. Brandão (1981, p.56) diz que “não há igualdade entre os
brasileiros e a educação consolida a estrutura classista que pesa sobre nós”. É
inegável que diante das constantes e aceleradas mudanças pelas quais passa
o mundo e a humanidade, a escola no Brasil é colocada em xeque. Ao mesmo
tempo em que se exige maior e melhor formação, pessoas críticas e
17
participativas e práticas cidadãs, ainda se tem no país uma educação que
seleciona, exclui, divide as pessoas entre aqueles que participam do processo
evolutivo e aqueles que são mantidos à margem de tudo e de todos.
As perspectivas atuais propõem uma educação mais dinâmica,
transformadora e não moldada em métodos arcaicos que já não condizem mais
com a nossa realidade e que a sociedade do conhecimento (como vem sendo
conhecida a nossa atual situação devido a todo o desenvolvimento
proporcionado pela informatização e globalização) deva focar uma educação
situada na continuação durável do ensino. Ferreira (2001, p.17) menciona que
esta nova educação deve esta centrada em quatro pilares: Aprender a
conhecer; Aprender a fazer; Aprender a viver juntos e Aprender a ser,
como bem descreve Jacques Delors.
É respeitável o entendimento de cada um desses aspectos que foram
citados para se entender a conjuntura do que se sugere para educação do
século XXI. Aprender a conhecer, neste artifício o indivíduo deve deter-se à
informação do original da busca incansável de novas respostas e formulações.
Aprender a fazer, aqui o cidadão além da capacidade de aprender coisas
novas, ele deve desenvolver a competência coletiva.
Aprender a viver junto seria a compreensão do outro, aceitação, na
verdade para que conflitos possam ser administrados com sucesso, neste item
também se foca o incentivo a cooperação e a interdisciplinaridade. Aprender a
ser significa o desenvolvimento pessoal que se conjectura como sendo o
melhor possível, desenvolvimento das potencialidades, domínio de sentimentos
e emoções não desejáveis, ou seja, uma aprendizagem completa e menos
marginalizada.
1.1 Princípios da educação
A educação, como vimos, tem em seu sentido a formação ideológica
do homem e fica claro que a mesma é inevitável à vida do indivíduo,
começando desde o seu nascimento. Logo podemos concluir que se constitui
18
em um processo contínuo e essencial ao ser humano, ela lapida o homem para
que o mesmo possa viver em sociedade.
É relevante fazermos a indagação do por que se educar,
principalmente no momento em que vivemos o qual velocidade é palavra de
ordem. Ortiz (1994, p.83) fala que:
A rapidez não é uma qualidade restrita ao universo empresarial, ela
permeia a vida dos homens. No mundo moderno o tempo é uma
função da inter-relação de um conjunto de atividades, entre ela:
morar, vestir, fazer compras, trabalhar, passear, etc. Adaptar-se ou
não a seu ritmo passa a ser uma questão fundamental. “Perder
tempo” significa estar em descompasso com a ordem das coisas.
Respondendo a esta indagação e ciente do papel que a educação tem
em na vida profissional, fica claro que um cidadão tem a capacidade de lutar de
forma consciente pelos seus direitos enquanto ser social e participativo, não
aceitando mais as determinações de países desenvolvidos que impõem sua
cultura, deixando a mercê da própria identidade cultural nacional, assim ela se
insere com função de abrir possibilidades de questionamento sobre os valores,
os saberes na tentativa de não isolar o cidadão e torná-lo na sua cultura um ser
universal.
Ferreira (2000, p. 03) nos explica esta passagem quando fala das
perspectivas da educação: “Falar de “perspectivas atuais de educação” é
também falar, discutir, identificar o “espiríto” presente no campo das idéias, dos
valores e das práticas educacionais que as perpassa, marcando o passado,
caracterizando o presente e abrindo possibilidades para o futuro”.
Para Brandão (1981, p.99) deve-se educar “porque a educação existe
de mais modos do que se pensa e, aqui mesmo, alguns deles podem servir ao
trabalho de construir outro tipo de mundo”.
Ela também tem a função de unir os laços existentes na sociedade,
porém isso só acontecerá quando a sociedade se revelar capaz de sistematizar
a intenção a inovação solicitando deliberadamente o poder criador do homem
(SAVIANI, 1978).
A universidade possui uma ação fundamental nesta nova realidade
conferida por moldes de outros países, representando segundo Vieira (1978
19
p.94) “uma das dimensões básicas da criação humana a serviço da sociedade.”
É neste ambiente onde as idéias e os ideais surgem e se perpetuam que se
constroem redes de saber que se inter-relacionam.
Saviani (1992, p.95) novamente ressalta esta argumentação quando
fala:
Sem a generalização da educação a todos, sem o estabelecimento
da uma formação profissional permanente e sem o estímulo a cultura
popular, a política educacional somente contribuirá para a
manutenção de uma longa tradição elitista, talvez chegando mesmo a
agravá-la em alguns pontos.
O grande desafio das sociedades contemporâneas com relação à
educação está em inventar um novo sistema de educação que capacite cada
um de seus membros individual e coletivamente, garantindo sua sobrevivência,
mas também ajustado às condições necessárias ao progresso e
desenvolvimento.
Nesse entendimento sobre educação fica claro o por que ela se faz tão
marcante em nossas realidades, pois no decorrer de nossa existência vivemos
em um constante aprendizado e através deste aperfeiçoamento das
competências humanas que se chama educação, desenvolvemos a
capacidade de nos movimentar e interagir no mundo. A educação é necessária
ao homem, seja em que momento histórico ele estiver situado. Diante desta
observação faz-se mister educar para a cidadania.
A educação é importante como finalidade para melhorar a vida
humana. É um fim e, ao mesmo tempo, um meio par atingir
patamares mais altos de cultura e civilização. Não a educação
bancária já decantada por milhares de estudiosos, mas a educação
integral, proporcionada por todos os meios e espaços da sociedade
(TRIGO,1998, p. 153).
1.2 Educação sob o contexto da contemporaneidade
Diante das considerações apresentadas e discutidas sobre a educação,
percebe-se que a mesma em sua essência se projeta da mesma forma, porém
no período em que nos encontramos onde tudo se torna muito obsoleto
rapidamente, a educação aparece envolvida em uma nova proposta fundada
20
na formação permanente do indivíduo, primando sempre pela qualidade do
ensino. Para Ferreira (2001, p. 04):
A educação tradicional e a nova tem em comum a concepção da
educação como processo de desenvolvimento individual. Todavia, o
traço mais original da educação desse século é o deslocamento de
enfoque individual para o social, para o político e para o ideológico
.
O mesmo autor (2000, p. 04) diz também que “a educação, no século
XX, tornou-se permanente e social”.
Com relação as práticas educacionais, tão avaliadas e redefinidas no
mundo todo pelos que sustentam a educação é provável que muitas caiam em
desuso, no entanto outras podem se tornar ainda mais adequadas. Uma prática
muito evidenciada na educação contemporânea é o uso da informatização
como auxiliadora do processo de ensino. Segundo Ferreira (2001, p. 04),
sobretudo “baseada na internet, parece ser a grande novidade educacional
neste início de novo milênio”. A educação opera com a linguagem escrita e a
nossa cultura atual dominante vive impregnada por uma nova linguagem, a da
televisão e a da informática, particularmente a linguagem da internet.
Outro ponto sugerido pela educação atual é a questão da visão
holística (visão do todo), isto quer dizer que se deve abarcar e entender todos
os caminhos em que a educação se insere que vão desde o sujeito e suas
aspirações até a análise do mundo em que ele se encontra, na tentativa de
explicar o seu passado, presente e futuro.
O método indiscutivelmente de estudo que a educação deve implantar
volta-se para a pesquisa, tanto os discentes quanto os docentes devem ter na
pesquisa a construção do conhecimento, pois com a adoção da mesma se
estará assumindo nossa condição de seres históricos e atuantes em
permanente processo de construção e reconstrução social. Demo (1998, p.01)
fala que “o interesse está voltado a fundamentar a importância da pesquisa
para a educação, até o ponto de tornar a pesquisa à maneira escolar e
acadêmica de outras tantas maneiras de educar” é o fato de estar baseada no
processo de pesquisa e formulação própria.
Ferreira (2001, p. 07) afirma que:
21
Seja qual for a perspectiva que a educação contemporânea tomar,
uma educação voltada para o futuro será sempre uma educação
contestadora, superadora dos limites impostos pelo Estado e pelo
mercado, portanto uma educação muito mais voltada para a
transformação social do que para a transmissão cultural. Por isso
acredita-se que a pedagogia da práxis, como uma pedagogia
transformadora, em suas várias manifestações, pode oferecer um
referencial geral mais seguro do que as pedagogias centradas na
transmissão cultural, neste momento de perplexidade.
A educação contemporânea deve focar-se na cidadania efetiva, na
construção da prática do diálogo e na afirmação incondicional da dignidade
humana.
22
CAPÍTULO II
EDUCAÇÃO E SEU ENFOQUE PARA O TURISMO
Como evidenciamos no capítulo anterior a educação contemporânea
se projeta na orientação de uma análise crítica e concreta de mundo e, é neste
enfoque de modernidade e mudanças globais que o Turismo começa a ser
delimitado e estudado enquanto ciência.
A necessidade do seu entendimento nasce pelo “absurdo” crescimento
do setor de viagens que tem seu ponto de partida logo depois da Segunda
Guerra Mundial. Wainberg (2003, p.11) abordam que “a viagem turística torna-
se, assim, num dos mais impressionantes fenômenos humanos do novo
século”.
Para Campos (1998, p.13) “o turismo experimenta expressivo
desenvolvimento a partir de 1950, em função de um conjunto de fatores que,
mais tarde, irá determinar um novo estilo de vida em todo o planeta”. Neste
determinado momento o mundo se torna mais exigente em todos os aspectos,
as conquistas sociais (férias remuneradas, décimo terceiro salário dentre
outras) alavancaram a questão da viagem. Segundo Wainberg (2003, p.21) “no
início do século XX, as viagens por lazer eram consideradas privilégio da uma
minoria, um tipo de serviço elitizado, consumido apenas pelas classes mais
abastadas”.
Neste aspecto a questão da qualidade dos serviços e produtos ganhou
significativa evidência e a partir disto o homem procura melhorar de forma
aparente a oferta dos produtos, com isto existe um maior controle,
acompanhamento e, sobretudo a eficiência da produção que agora é
acompanhada seja pelos seus fornecedores, seja pelos seus consumidores.
As rupturas de antigas idéias e uma nova tomada de atitude centrada
no homem e no seu futuro mesclam também nitidamente a linguagem
educacional a qual o turismo se insere. De acordo com Trigo (1998, p.180) “a
23
valorização do ser humano se faz condição inicial para entender o passado e
planejar o futuro”.
O mesmo autor (1998, p. 198) aborda que “qualquer setor das
sociedades pós-industriais que desejar se manter e desenvolver precisará dos
recursos educacionais”. Por conseguinte pode-se explicar o por que de se
estudar o turismo, porque até bem pouco tempo o estudo do mesmo ficou
relegado a segundo plano e só com o crescimento do setor é que começaram a
surgir mais cursos, pois a necessidade de se entender com mais propriedade
as causas e os efeitos deste fenômeno de massas se tornou primordial para o
seu fomento.
Neste aspecto Castrogiovanni (2003, p.35) fala que:
É bastante constrangedor, para não dizer melancólico, presenciar
certos acontecimentos agendados pelas principais instituições e
atores do processo da nossa organização turística - Poder Público,
Representantes de Sistemas Sociais, Setor empresarial e ONGs -
falarem em Turismo através de linguagem verdadeiramente
equivocadas.
A partir desta argumentação fica ainda mais intenso e objetivo o por
que do estudo do turismo. As ideologias que sustentavam o turismo faltavam o
domínio conceitual, era algo basicamente feito de forma amadora e aleatória
sem o verdadeiro conhecimento nesta área.
Atualmente a educação em turismo busca a excelência, onde
realmente os discentes possam sair preparados para enfrentar os novos
caminhos e possibilidades para esse setor e para isso os cursos de turismo do
país devem ter a consciência e os recursos disponíveis para atuação do então
profissional. Wainberg (2003, p.35) diz que “é chegado o momento da
Instituição Universitária provar a conveniência da criação dos cursos superiores
de Turismo, de seu compromisso com a geração de um novo conhecimento,
um novo olhar acerca do objeto Turismo”.
Este quadro de descaso com o estudo do turismo e o seu enfoque vem
mudando, pois vários profissionais titulados graduados vêm se destacando no
mercado com seus trabalhos e projetos realizados de forma planejada com
relação aos recursos naturais, culturais e históricos.
24
Só com o estudo do turismo se garantirá que o mesmo seja moldado
em uma visão multidisciplinar, que apontará diretrizes que versam sobre a
competitividade do mercado, o uso correto dos recursos (naturais, culturais,
históricos e econômicos), deve limitar seus estudos de campo ao menor
impacto negativo a regiões e populações autóctones tentando integrar essas
populações no processo turístico e de um jeito simples e participativo implantar
o respeito entre as variáveis formas de cultura, é para isto e por isto que o
estudo do turismo é viável e necessário.
2.1 O estudo do turismo em nível superior
Existem muitas questões que imperam no meio acadêmico e que
sustentam o estudo do turismo durante todo o curso. A dicotomia se mostra
assim, de um lado esta o planejamento e de outro o marketing (a
comercialização) em alguns casos torna-se um dilema relacioná-los, pois
envolvem muitos serviços, porém é importante destacar que um não se
completa sem o outro, apesar de terem focos diferenciados. Barreto (2000, p.
21) entende que “ambos em determinado momento, devem interagir, mas
devem ser conceitualmente separados’.
O papel da academia é outro assunto que se pode destacar quanto ao
estudo do turismo. A mesma tem o compromisso de fomentar seus estudos
através de um planejamento que vise o ganho com a atividade turística para
todos, incentivando a interação tanto do serviço público, do privado e das
comunidades receptoras daí fica clara a idéia do enfoque social o qual se
compõe o turismo e seu estudo.
Para Barreto (2000, p. 23) “essa visão do turismo como comércio ou
indústria - portanto marginal à academia - tem sido a predominante, o que
explica a escassez de estudos científicos a respeito do funcionamento desse
fenômeno social”.
Os métodos de estudo em turismo circulam o ponto de vista acadêmico
e sempre foram bastante discutidos o que levou a um ponto em comum, que
seria os estudos Inter e Multidisciplinar. O que se destaca nestes estudos é a
integração profunda e coerência interna entre as diversas disciplinas que
25
compõem os diversos programas de turismo. A Interdisciplinaridade seria a
integração de conceitos e idéias como aspecto fundamental do projeto
educacional e a Multidisciplinaridade seria diversas disciplinas enfocando um
problema ou desafio.
Estes dois modelos educacionais requerem um esforço muito grande
para serem implantados que vai desde a integração entre professores e seus
departamentos até o material didático que será utilizado. Faz-se também
necessário o consenso acadêmico sobre as teorias, os métodos de estudo para
que o exercício científico da atividade turística se realize em seu todo e que
dúvidas de questões sobre, o conteúdo programático dos cursos, a relação
entre turismo e outras disciplinas e o controle dos programas educacionais
sejam resolvidos ou no mínimo reduzidos.
Existem também os modelos explicativos para o entendimento do
fenômeno turístico o qual um deles se intitula de Sistur (Sistema de Turismo)
proposto por Beni. Beni (2004, p. 17) diz que “o Sistur consiste em uma análise
estrutural, é uma observação rigorosa e metódica do campo de abrangência da
atividade, ou seja, dos elementos ordenados e inter-relacionados de forma
dinâmica que o interagem”.
Outro modelo explicativo de destaque é o de Molina que integra o
Sistur com a cibernética. Molina citado por Barreto (1995, p. 135) fala que:
O sistema de turismo está composto por subsistemas que por sua
vez reportam-se ao encontro social, que ele denomina de
“supersistema” sociocultural. Este supersistema retroalimenta a oferta
turística, dando o retorno a respeito do nível de qualidade dos
serviços, que o sistema poderá melhorar caso seja necessário.
Esses dois modelos e outros os quais não achamos convenientes citá-
los perfazem o entendimento e o estudo em turismo no âmbito acadêmico,
neste enfoque não se constituiu necessário o aprofundamento dos mesmos,
porém foram citados a título de conhecimento.
A questão ambiental também recebe a merecida atenção. O estudo se
concentra em propor o turismo sustentável, ainda que sua realização de forma
holística seja questionável. Ruschmann (1997, p.108) define turismo
sustentável como sendo:
26
Prática para prevenir os impactos do turismo, a degradação dos
recursos e a restrição do seu ciclo de vida, é preciso concentrar os
esforços em um desenvolvimento sustentável não apenas do
patrimônio natural, mais também dos produtos que se estruturam
sobre todos os atrativos e equipamentos turísticos.
A questão cultural é evidenciada e levada para a necessidade de se
conhecer e entender as mais variadas formas de cultura existente que a
viagem turística pode proporcionar. Nesse sentido Wainberg (2003, p. 62) fala
que:
Turismo cultural integra a cultura enquanto processo e enquanto
produto. Enquanto processo, pelo qual um povo se identifica consigo
próprio e a sua forma de vida: a autenticidade. Enquanto produto,
pela operacionalização de um conjunto de recursos, infra-estruturas,
serviços e criações culturais, oferecidos de forma organizada e
regular num determinado tempo e lugar.
Outro ponto de grande evidência é a pesquisa em turismo que se
estabelece como delimitadora das respostas as várias indagações propostas
no estudo do turismo a nível social como um todo. A pesquisa nesta área se
apresenta como sendo, segundo Ansarah (2002, p.39) “a aplicação prática dos
conteúdos e sua conseqüente evolução em termos conceituais é ferramenta
estratégica fundamental para o aprimoramento do setor turístico”.
O estudo do turismo concentra-se basicamente em adequar todos
estes aspectos que foram abordados com o objetivo de se entender e formatar
soluções (e até novos questionamentos), tanto a nível educacional quanto a
nível mercadológico para as diversificadas maneiras de se realizar a atividade
turística.
2.2 Tendências de mercado para o turismo
Entendido que o turismo circunda uma ampla gama de conhecimentos e
que sua natureza é basicamente a prestação de serviços, é interessante
conhecermos quais as principais tendências ou modalidades turísticas que
devem ser focadas durante a constituição do estudo em turismo. Cassar
(2005, p.68) fala da prestação de serviço em turismo dizendo:
27
O desenvolvimento global do turismo tem criado inúmeros núcleos
de atração de consumidores, principalmente por meio de processos
de posicionamento de localidades, que procuram obter uma parcela
da riqueza mundial gerada por essa atividade, essencialmente do
setor de serviços.
A explicação para o estudo das novas tendências e possíveis tendências
para o turismo está inteiramente ligado a questão do conhecimento que o
discente deve ter durante o curso e durante sua vida enquanto profissional
atentando-se sempre de que o turismo se constitui em uma atividade
heterogênea e que possui uma vertente de possibilidades muito grande.
Cassar (2005, p.46) nos explica:
Não se pode planejar o turismo local hoje em dia sem levar em
consideração o cenário global do turismo, cujas tendências, de uma
forma ou de outra, afetam a demanda, a oferta, a promoção e a
comercialização do produto turístico. Conhecer as tendências
globais do turismo nos permitirá ao menos identificar quais são os
produtos turísticos mais procurados e como diferenciar o produto
local do que é ofertado em termos mundiais.
Existe uma enorme variação de modalidades turísticas que devem ser
analisadas e consideradas durante o estudo em turismo, é o que se denomina
de segmentação em turismo aqui no Brasil de acordo com Dias (2005, p. 48)
existem: “o turismo de sol e praia, cultural, urbano, voltado para a natureza,
rural, de aventura e de pesca esportiva, cada um deles com suas subdivisões
que indicam novas porções de mercado”.
Toda a mudança alcançada pelo novo século junto com a informatização
acarretou uma com que os turistas buscassem novas alternativas de turismo o
que gerou a necessidade de se segmentar o turismo, é através do perfil do
consumidor que as empresas turísticas partem para as estratégias de
convencimento para atração de turistas e o estudante de turismo precisa
sempre esta a par do que a demanda procura.
Ansarah (2002, p.24) diz que “as empresas passam a perceber, depois
dessas alterações nos desejos dos turistas, que uma única estratégia já não
28
consegue atender aos que buscam produtos específicos. É preciso, então,
segmentar o mercado”.
Existem múltiplos fatores que influenciam na segmentação e na
formação de novas tendências de mercado que vão desde a idade do turista,
passando pela duração da viagem, tipo de grupo, renda até a motivação pela
viagem. É válido salientar que os segmentos citados acima como turismo de
praia, cultural dentre outros podem ser fragmentados em outros tipos que se
originam através dos mesmos.
Exibido um leque de opções que o mercado oferece, nos voltamos à
questão da educação e do ensino em turismo e percebemos que para o
aumento significativo dos ganhos com o turismo o seu ensino-aprendizagem
deve estar fundado na inter e multidisciplinaridade, só por meio desta
construção, segundo Ansarah (2002, p. 61) é que a evolução acontecerá
levando à competitividade, e os vários segmentos do mercado turístico clamam
por profissionais especializados possuidores de uma cultura condizente.
29
CAPÍTULO III
O PROCESSO EDUCACIONAL EM TURISMO
As mudanças vivenciadas no mundo incentivaram uma nova realidade
nos diversos campos e setores. As pessoas assumiram novas posturas e
novos paradigmas foram colocados em prática. A educação como alicerce de
todos os aspectos da sociedade não poderia ficar de fora e de caminhar por
novos rumos e especialmente a educação em Turismo.
Os primeiros cursos de Turismo no Brasil surgiram em 1917 e, como
conseqüência, também surgem as primeiras preocupações em termos de se
delimitar os meandros do ensino do Turismo.
O desafio seria como preparar profissionais capacitados para atuar em
uma atividade tão mutável tenta-se a partir dessas premissas elucidar os novos
desafios enfrentados por esta ciência ainda tão prematura.
Para Trigo (1998, p.170) “a educação em Turismo ainda possui vários
problemas a serem enfrentados, mais evoluiu consideravelmente em sua
história acadêmica”.
È bem verdade que o estudo do Turismo como ciência vem “sofrendo”
uma grande evolução em suas teorias, nas suas referências filosóficas, muito
tem se construído a cerca de sua epistemologia.
A proposta inicial dos cursos seria o oferecimento de uma gama de
disciplinas que giram em torno de aspectos sociais, ambientais e culturais,
dentro do contexto se encaixariam: a economia, a sociologia, a psicologia, a
geografia, a biologia e a antropologia. Trigo (1998, p.158) entende que:
Essas disciplinas não deveriam ser oferecidas em grades, como
prateleiras que contém produtos diferenciados ou um amontoado de
fragmentos de onde, talvez, surja o ensinamento do Turismo.Essa
seria um modelo antiquado de formação profissional de nível superior
em Turismo, porém, ainda pode ser encontrada em algumas escolas
do Brasil.
30
Daí surgem as discussões que permeiam a constituição do ensino
desta ciência, como estudar tantos campos diferentes em uma única ciência? A
resposta a essa questão vem de encontro ao novo modelo educacional
proposto pela modernidade, o estudo se daria através da inter-relação entre as
disciplinas. Integração de conceitos e idéias como aspecto fundamental do
projeto educacional (TRIGO 1998, p.158- 159).
O objetivo do curso de Turismo versa em propiciar ao discente, através
de métodos de estudo no caso a pesquisa, uma visão clara e ampla da
sociedade e do mercado de trabalho ao qual irão atuar. O estudo da ciência em
questão tem como alicerce a Interdisciplinaridade do ensino, pois a mesma tem
a capacidade de mudar de forma macro concepções de mundo e aproximar
cada vez mais as várias culturas existentes. Japiassu (2001, p.127) diz que:
a interdisciplinaridade se caracteriza pela intensidade das trocas
entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas,
no interior de um projeto específico de pesquisa. A distinção entre as
duas primeiras formas de colaboração e a terceira está em que o
caráter do multi e do pluridisciplinar de uma pesquisa não implica
outra coisa senão o apelo aos especialistas de duas ou mais
disciplinas: basta que justaponham os resultados de seus trabalhos,
não havendo integração conceitual, metódica, etc. Por outro lado,
podemos retomar essa distinção ao fixarmos as exigências do
conhecimento interdisciplinar para além do simples monólogo de
especialistas ou do “diálogo paralelo” entre dois dentre eles,
pertencendo a disciplinas vizinhas.
Um outro ponto quanto ao ensino do Turismo está relacionado à teoria
e a prática acadêmica. Neste sentido Severino (1995, p.159) afirma que “mais
uma vez impõe-se afirmar que é na prática que se opera a síntese entre teoria
e prática”.
O estágio obrigatório faz parte da grade curricular dos principais cursos
de Turismo do Brasil, e é regulamentado pela Lei Federal n 6.494 de
07.12.1977 regulamentada pelo Decreto Lei n 87.497 de 18.08.1982, que entre
outros, determina que o aluno cumpra no mínimo 10% da carga horária total do
curso em atividades de estágio (Ansarah 2002, p.37-38).
Analisando-se a iniciativa da inserção de estágios nos cursos de
Turismo verifica-se que o mesmo é bastante benéfico para a formação do
31
profissional desde que a instituição a qual o aluno presta serviço esteja
devidamente credenciada a universidade. O estágio obrigatório é algo bastante
discutido entre os discentes do curso de Turismo, que na ânsia de concluírem
seus cursos muitas vezes são levados a prestarem serviços que nada tem a
ver com o que realmente estudaram na universidade e muitas empresas
mesmo credenciadas a universidade aproveitam-se de uma forma não idônea
dos alunos.
A integração entre Universidades, Trade turístico e o Governo se
constitui para se realizar de uma melhor maneira a vivência da prática
acadêmica, esta integração deve ocorrer de forma consciente e coordenada na
formação do bacharel em Turismo, só uma educação em Turismo de qualidade
poderá garantir um futuro claro e promissor para o Turismo do país.
3.1 O caráter interdisciplinar do curso
O tópico anterior permitiu-nos um melhor esclarecimento de como se
constitui o curso de Turismo e sua meta na formação do bacharel tornando-se
evidente que o mesmo detém a proposta da Interdisciplinaridade em sua
essência, a qual tentaremos tecer considerações sobre ela. Alguns conceitos
são relevantes para se entender sobre o estudo Interdisciplinar:
De acordo com H Japiassú (apud Fazenda 1996, p.25) a
Interdisciplinaridade caracteriza-se pela intensidade das trocas entre os
especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um
mesmo projeto de pesquisa.
Segundo Fazenda (1996, p.41) interdisciplinaridade é um termo
utilizado para caracterizar a colaboração existente entre disciplinas diversas ou
entre setores heterogêneos de uma mesma ciência (exemplos: Psicologia e
seus diferentes setores: Personalidade, Desenvolvimento Social etc)
Caracteriza-se por uma reciprocidade nas trocas, visando, um enriquecimento
mútuo.
32
Para Wainberg (2003, p. 73) a interdisciplinaridade é em primeiro lugar,
uma ação de transposição do saber posto na exterioridade para as estruturas
internas do indivíduo, construindo o conhecimento.
Fica nítido que o estudo interdisciplinar caracteriza-se pela troca de
informações. Em realidade esta prática de ensino vem de encontro a toda nova
realidade de informatização do mundo e tem o objetivo de trazer a tona idéias
inovadoras e para isso usa uma ferramenta conhecida por todos para tal
processo, o diálogo, o questionamento de idéias e a possibilidade da
eliminação de empecilhos através de uma visão crítica e abrangente são a
meta da Interdisciplinaridade. Segundo Luck (1994, p.86):
Trata-se de uma concepção que veio evoluindo gradativamente, por
meio do amadurecimento pedagógico. Ela não vem para substituir
outras formas de ação, como comumente tem ocorrido até agora,
quando novas idéias se apresentam, mas para superar as anteriores.
A sua aplicabilidade como método de ensino vem reforçar cada vez
mais o entendimento da velocidade dos acontecimentos e fatos devido à
informatização que o mundo globalizado introjetou em nossas realidades. Pois
pela variedade de atividades que o homem desempenha se torna indispensável
que o mesmo tenha pontos de vista sobre a maioria dos assuntos que
envolvem sua vida enquanto cidadão, ou seja, especializar-se em determinado
assunto é importante mais também entender os diversos campos do
conhecimento faz toda a diferença.
A pesquisa é a principal disseminadora da prática Interdisciplinar dentro
de uma universidade. Para Demo (1998, p.01) o que distingue a educação
escolar e acadêmica de outras tantas maneiras de educar, é o fato de estar
baseado no processo de pesquisa e formulação própria. É pela pesquisa que a
universidade se destaca na formação de um desenvolvimento mais crítico e
descentralizado como também mais humano dos cidadãos.
A pesquisa nos cursos de Turismo se torna eficaz para a avaliação de
toda a segmentação existente neste campo de estudo e todas as futuras
33
conexões que possam vir a surgir por meio da mesma. Dencker (2002, p.40)
afirma que:
Pesquisar, entretanto, não é apenas coletar dados e informações. É
pensar, refletir, interpretar, entendendo o “turismo” como um dos
elementos que compõem a sociedade e considerando as interações
das ações que venham a ser propostas dentro do panorama da
sociedade como um todo. As questões éticas devem estar presentes
em todos os momentos da ação, na busca do conhecimento e no uso
que será dado a esse conhecimento. Encontrar soluções para os
problemas humanos e contribuir para a melhoria das condições de
vida de todos, colocando o homem como prioridade maior, deve ser a
motivação da investigação.
É a partir da vivência da pesquisa em turismo que ocorrerá uma
maior evolução nos métodos e nos conceitos, através disso se terá o
aprimoramento do turismo, pois o seu melhoramento deve ser sempre
questionado.
Wainberg (1995) conclui que precisamos instituir nas
universidades uma cultura “pesquisante”.
3.2 O curso de Turismo da UFPB
O curso da Universidade Federal da Paraíba foi implantado em 1998. O
mesmo possui duas habilitações: Planejamento e Organização do Turismo e
Marketing Turístico, numa duração mínima de quatro anos e máxima de sete
anos, com funcionamento no horário noturno, totalizando oito períodos ao todo.
No último período é exigida para o aluno a apresentação de um trabalho de
conclusão de curso (TCC) e um relatório de estágio que se constituem nas
atividades finais para o recebimento do título de graduado.
O mesmo, de acordo com o site da COPERVE (Comissão Permanente
do Vestibular), apóia-se para a explicação e o entendimento do fenômeno
turístico em bases conceituais como em modelos descritivos e estatísticos,
utilizando o trabalho docente e a produção acadêmica do próprio curso de
Turismo, como também de diversos outros cursos, em disciplinas de
Comunicação Social, Administração de empresas, Ciências Sociais, Letras,
34
Economia, Geografia, História, Informática, Ecologia, Línguas Estrangeiras
dentre outras. De acordo com o Projeto político pedagógico de 1998 do curso
de Turismo, o curso se direciona da seguinte forma:
Direcionamos nosso curso de graduação em turismo para trabalhar
com esta área do conhecimento em toda sua amplitude,
preconizando para a atividade tanto as viagens (o ato de ir e vir) e a
adequação dos equipamentos e serviços turísticos (agências de
viagens, transportes, meios de hospedagem e alimentação, parques,
museus, atividades ecoturísticas, de turismo esportivo, aventura,
eventos etc), atendendo a todos os segmentos do setor, com especial
atenção ao papel e participação da comunidade dos núcleos
receptores (destinos turísticos) em geral, face sua participação nos
processos de desenvolvimento do turismo, e à defesa do ambiente
natural.
O método de ensino que o curso estabelece para a investigação do
turismo é o método interdisciplinar que já foi explicado antes, o porquê do uso
deste método é explicado por Dencker (1998, p. 28) “o turismo não é uma
ciência social entendida como corpo de doutrina metodicamente ordenado e
constitui uma disciplina em desenvolvimento que emprega métodos e conceitos
da maioria das ciências sociais já consolidadas”.
O projeto político pedagógico de 1998 do curso de Turismo propõe que
o estudo:
Deve contemplar a formação teórica baseada na interdisciplinaridade
de diversas correntes do pensamento turístico como objeto de
profundas reflexões sobre o fenômeno, em inter-relações
geográficas, sociais, educacionais, éticas, culturais e econômicas, em
questões de planejamento, execução, gerenciamento, produção,
distribuição e comercialização, sempre procurando pela maximização
dos efeitos positivos, tais como progresso tecnológico, avanço
econômico com geração de emprego e renda, modernização, boa
estrutura urbana, entre outros benefícios, como também pela
minoração dos prováveis efeitos negativos que o turismo produz
sobre as sociedades, podendo ocorrer a aculturação, aceleração do
consumo, criminalidade, perda de identidade local, exclusão social
etc, e sobre o ambiente natural, como a alteração das paisagens e
degradação ambiental.
O mercado de trabalho é bastante variado em turismo vai desde o setor
privado ao setor público englobando agências de viagem, setor hoteleiro,
organização de eventos, assessorias e consultorias, restaurantes, órgãos
35
governamentais dentre outras, pois o mercado como já mencionamos é
extremamente diverso o que se constitui num diferencial muito importante para
quem cursa ou deseja cursa turismo, sempre terá algo com o qual a pessoa
poderá se identificar, por isso se tornaria exaustivo mencionar todos os campos
de atuação do turismo. O Projeto político pedagógico de 1998 do curso de
Turismo fala sobre o profissional da seguinte maneira:
Em relação ao profissional que estamos preparando, nossa
preocupação é a de dotar nossos alunos de uma formação em nível
superior com embasamento técnico para trabalhar em planejamento,
organização e execução das mais diversas atividades do setor,
proporcionando-lhe ainda, através do estudo teórico, reflexivo e
crítico, uma profunda consciência social, crítica e cidadã, tornando-o
um eficaz agente em defesa da preservação do meio-ambiente e do
homem da terra, resistindo às ameaças de degradação de
patrimônios ecológicos, históricos e culturais por empresas que, na
ânsia da exploração turística (econômica), não se preocupariam em
evitar a destruição das riquezas naturais e culturais.
O curso se destina em entender os mecanismos que o turismo se
desenvolve e sua realidade tanto no âmbito nacional quanto internacional
procurando ampliar ao máximo nos seus alunos a capacidade crítica e a
capacidade de entender os diversos rumos da atividade turística tudo
embasado numa formação constantemente humanística.
3.3 Formação base do docente de Turismo
A qualificação de profissionais em turismo devido ao crescimento
econômico se faz eficientemente necessário, partindo-se do pressuposto de
que os docentes se façam envolvidos no processo educativo como um todo. A
atualização do professor nesta área é algo inquestionável se tomarmos como
alvo a gama de procedimentos que envolvem o Turismo e sua prática
Ansarah (2002, p.29) afirma que “é preciso que o docente mantenha-se
atualizado no que concerne à teoria, adequando-a a pratica, pois no turismo, o
que se entende por verdadeiro hoje, não quer dizer que necessariamente o
será amanhã”.
36
A formação de profissionais com habilidades específicas se tornou um
tanto obsoleto, porém ainda bastante evidenciado. A nova proposta é a
formação de profissionais com uma consciência crítica detentores do saber
turístico de forma holística. A adequação ao método de estudo do turismo (a
interdisciplinaridade) e as novas práticas educacionais devem ser enfatizados
pelos docentes na elaboração de seus planos e projetos, o incentivo a
pesquisa aplicada também é ferramenta em toda técnica educativa.
Não se permite mais aos educadores métodos de ensino em Turismo
que se limitem apenas a ministrar as aulas sem a realização da ponte entre o
Turismo e as demais disciplinas que regem os seus objetos de estudo. Esse
tipo de docente é apresentado por Ansarh (2002, p. 30-31): “São os docentes
míopes, isto é, aqueles que planejam suas aulas com conteúdos dentro dos
limites das disciplinas cientificas tradicionais- como geografia, história e
legislação-, não fazendo a ponte com o setor turístico”.
A interdisciplinaridade subsidia ao professor a possibilidade de ver os
fenômenos educacionais de uma forma holística, ou seja, pelo todo e suas
interações, pois o conhecimento não se constrói de uma maneira fragmentada.
Ansarah (2002, p. 30) diz que “um dos maiores problemas que a
educação em Turismo esta enfrentando é a falta de professores bacharéis em
cursos de turismo e hotelaria titulados (mestres e doutores)” impactando
desfavoravelmente na qualidade dos cursos oferecidos no Brasil.
Uma realidade que torna o esforço dos profissionais que defendem sua
categoria ainda maior, devendo ser mudada, pois a temática do Turismo e do
seu ensinamento deixa claro que para a concepção de um bom profissional
que deve existir, primeiramente, uma educação de qualidade.
Para o desenvolvimento profissional, é importante que se realize a
melhora permanente da qualidade do ensino superior existente em Turismo, só
assim se garantirá uma real aproximação às necessidades e dimensões do
mercado de trabalho, oferecendo-se uma mão-de-obra apta e especializada
ciente de seus deveres e direitos. Para isso o profissional durante a graduação
deve ter uma visão abrangente e completa do que irá exercer.
37
A partir daí Barreto (1995, p.146) diz que “o desafio é formar
profissionais capazes de entender a totalidade do processo e intervir nele
criativamente”.
3.4 Construção de pontes interdisciplinares
Ao longo do trabalho explicou-se o que é o método interdisciplinar e
como ele funciona no direcionamento de uma educação mais adequada as
novas questões mundiais. A interdisciplinaridade é evidente e necessária para
o curso de turismo isso já é bem claro devido a tudo que já foi exposto sobre o
ensino em turismo. Ansarah( 2002, p. 23) evidencia essa questão ainda mais
quando fala “que o estudo em turismo tem amplas relações com outras
ciências, algumas vezes estes campos não se definem claramente, criando
alguns problemas semânticos e confusões conceituais”.
A interdisciplinaridade é fomentada e é proposta no programa curricular
do curso de turismo da UFPB. De acordo com Ansarah (2002, p.25) “os cursos
de turismo devem dar aos estudantes uma ampla visão multidisciplinar com
interfaces que possibilitem a interdisciplinaridade”.
O projeto político pedagógico de 1998 do curso de Turismo entende
que a interdisciplinaridade deve seguir um nível de integração da seguinte
forma:
Do ponto de vista eminentemente acadêmico, o curso de turismo da
Universidade Federal da Paraíba, guiando-se no fato que o turismo
se relaciona com a maioria das atividades ligadas aos aspectos
econômicos, sociais, culturais, ambientais, políticos, tecnológicos,
legais entre outros, abre um leque de relações com diversas
disciplinas, contribuindo para uma visão multidisciplinar, com
interfaces alcançadas pela integração, tanto vertical quanto
horizontal, dos conteúdos das disciplinas que compõem o currículo
do curso.
Evidenciando isto nos voltamos para entender o quanto à
interdisciplinaridade é mostrada na proposta curricular do curso de turismo da
UFPB e o quanto ela se faz tão importante para o turismo, pois o futuro
profissional durante a graduação deve ter uma visão abrangente e completa do
que irá exercer, partindo-se desse princípio Ansarah (2002, p. 60 e 61) fala das
principais características quanto ao perfil do profissional.
38
- Aprender a aprender e ter uma ampla formação cultural;
- Ser criativo e inovador, pois enfrentará uma acirrada concorrência no
mercado. Ser o “melhor” e ter uma visão global do trabalho;
- Estar consciente da ênfase que se deve dar a um serviço de
qualidade e de que o cliente é a pessoa mais importante;
- Dominar perfeitamente todas as funções operacionais do setor;
- Ser um líder em seu campo de atuação com capacidade para tomar
decisões em todos os níveis;
- Ser um profissional com suficiente conhecimento teórico-prático para
satisfazer as necessidades da demanda;
- Possuir capacidade de trabalho, espírito e participação comunitária,
conhecimentos tecnológicos atualizados, profundos conhecimentos de
relações publicas e saber vários idiomas.
O projeto político pedagógico de 1998 do curso menciona a formação
do profissional:
Se a formação do profissional requer estudos teóricos inter e
multidisciplinares, a prática também é indispensável face às diversas
atividades executivas exigidas da atividade. Uma adequada formação
na área profissional pode ser alcançada com a utilização de
mecanismos que permitam o intercâmbio interno entre corpo docente
e discente, pesquisadores e, externamente, com instituições da rede
de convênios de instituições públicas e empresas da área turística, na
atividade primordial do estágio funcionando como fontes de
alimentação para o estudo acadêmico teórico e prático: questões
para análise, reflexão e o exercício da intervenção.
A interdisciplinaridade permeia tanto a vida acadêmica quanto as
atividades práticas do aluno, pois a profissionalização em turismo é algo muito
39
dinâmico o que exige sempre uma integração entre suas diversas conexões, a
troca de informações entre o alunado e suas atividades práticas com a
academia é a chave para o crescimento acelerado e adequado do turismo.
A proposta interdisciplinar do curso também pode ser comprovada no
fluxograma e que se encontra em anexo, o mesmo é composto de Disciplina
complementar Obrigatória, Disciplina do Currículo Mínimo e Disciplina Optativa,
totalizando uma carga horária de 2490 horas aula.
Do primeiro ao sexto período o curso oferece disciplinas que versam
sobre os aspectos: sociológicos (Sociologia do Turismo, Legislação e Ética do
Turismo, Psicologia Social); culturais (Cultura Brasileira, Turismo e Cultura
Popular); estatísticos (Estatística Básica I); ambientais (Geografia e Turismo,
Geografia e Meio Ambiente, Bases Ecológicas para o Turismo, Ecoturismo);
históricos (Historia e Turismo); administrativos (Introdução a administração,
Administração de Políticas Públicas) e ainda se pode estudar línguas
estrangeiras (Língua Estrangeira I e II) e outra sobre informática (Princípios da
Computação).
É evidente que além dessas disciplinas existem as específicas do
turismo, as citadas anteriormente possuem um nível interdisciplinar grande e
seu estudo é feito mediante a uma relação precisa com o turismo. As outras
disciplinas específicas do turismo que vai do primeiro ao sexto período são
(Introdução ao Estudo do Turismo, Teoria e Técnica do Turismo, Planejamento
e Organização do Turismo I, Métodos e Técnicas de Pesquisa em Turismo,
Marketing Turístico e Estudos Turísticos Brasileiros).
O sétimo período é fragmentado como mencionamos o curso tem duas
habilitações: Planejamento e Organização em Turismo e Marketing Turístico.
Essa fragmentação enfraquece o curso pois muitos alunos terminam fazendo
só uma delas por vários motivos, o que tornar em alguns casos profissionais
incompletos. Bem voltamo-nos ao sétimo período a Habilitação em
Planejamento oferece as seguintes disciplinas: Planejamento e Organização do
Turismo II, III e IV, Turismo e Espaço Turístico e Planejamento Ambiental.
A habilitação em Marketing Turístico oferece as seguintes disciplinas:
Marketing nos Serviços Turísticos Público, Marketing de Empresas Turísticas,
40
Marketing Promocional, Marketing e Usuários Especializados e Organização de
Eventos. O oitavo período se constitui do Estágio Curricular e do Trabalho de
Conclusão de Curso.
A título da pesquisa procuramos deter nossos estudos do primeiro ao
quarto período onde foi escolhida uma disciplina de cada período que tem na
relação interdisciplinar sua base para o entendimento do turismo, no primeiro
período escolhemos a disciplina Estatística Básica I, no segundo Legislação e
Ética para o Turismo, no terceiro História e Turismo e no quarto Economia do
Turismo que podem ser observados no fluxograma em anexo.
O que se propõe é o levantamento e questionamento acerca da
interação que estas disciplinas fazem com o turismo para termos uma idéia dos
melhoramentos que devem ser feitos para o curso de turismo da Universidade
Federal da Paraíba.
41
CAPÍTULO IV
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Considerando a necessidade de se captar a opinião dos docentes com
relação ao grau interdisciplinar do curso de turismo da UFPB, que possui mais
de 370 alunos matriculados, empreendeu-se uma pesquisa de caráter
qualitativo, tendo por base a análise da prática dos docentes da instituição.
O corpo docente do curso (exclusivamente voltado para o ensino,
pesquisa e extensão da UFPB e do curso) atualmente é composto por
professores com a carga de trabalho em regime de dedicação exclusiva e
professores substitutos, ambos com regime de trabalho de 40 horas semanais
envolvidos em atividades acadêmicas das mais diversas, que vão desde
projetos de pesquisa até núcleos de extensão juntamente com outros cursos da
instituição.
A metodologia utilizada se baseou em uma pesquisa qualitativa,
enfocando uma análise de conteúdo, adequada para se obter um
conhecimento mais profundo do objeto pesquisado. De acordo com Dencker
(1998, p. 107) “no caso de pesquisas em turismo, podemos encontrar
exemplos de pesquisa em que se exige um conhecimento mais apurado da
abordagem qualitativa”.
Para o questionário (apêndice 1) )foram formatadas 35 (trinta e cinco)
perguntas, onde foram avaliadas as características do docente em sua
disciplina atual e o caráter interdisciplinar desta com as demais áreas do
conhecimento do curso.
O resultado possibilitou inferir uma série de reflexões sobre a prática
docente e a relação interdisciplinar descrita no Projeto Político Pedagógico do
curso. O panorama do mesmo, frente ao processo de desenvolvimento da
atividade em caráter interdisciplinar, possibilitou que os erros e acertos
decorrentes fossem identificados. Ao final dos resultados, serão apresentadas
algumas sugestões a serem tomadas pelos professores em conjunto com a
42
Formação dos professores entrevistados
62%
38%
Professores com formação em turismo Outras áreas
coordenação do curso, visando o aperfeiçoamento pedagógico de seus
docentes, na perspectiva de uma ampliação qualitativa junto aos discentes.
A primeira questão do trabalho mostra que a maior parte dos
entrevistados tem por formação acadêmica básica o curso de Turismo. Tal
questão se faz importante analisar pelo fato dos referidos professores, em sua
maioria, terem a consciência da importância do processo interdisciplinar dentro
da conjuntura necessária ao desenvolvimento da atividade docente no curso de
Turismo da UFPB.
Isso porque no tocante à formação acadêmica em Turismo, o docente
informa ao discente todo escopo de construção basilar do curso, o que sugere,
por sua vez, que o docente (outrora discente) foi informado que o curso estava
sendo construído por um prisma multidisciplinar, isto é, com o intermédio de
várias áreas do conhecimento cientifico.
.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
A seguir, na segunda questão, foi pesquisada a titulação acadêmica
dos docentes do curso, onde a grande maioria afirmou deter o título de mestre
como sua última formação acadêmica. Em segundo lugar prevalece a titulação
de professores doutores lecionando em Turismo. Por fim, a titulação de
bacharel foi a confirmada como a mais recente.
43
Titulação acadêmica dos entrevistados
13%
62%
25%
Professores com Bacharelado Professores com mestrado
Professores com Doutorado
Nessa questão, especificamente, observa-se que a titulação de mestre
prevalece, no entanto, o número de doutores existentes nos quadros do curso
não quer dizer que sejam professores com dedicação exclusiva para Turismo.
Esses professores doutores são lotados em outros departamentos e cedidos ao
curso de Turismo, por períodos de tempo que vão desde um semestre a, no
máximo, um ano.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Já na terceira questão, observa-se que a maioria dos professores à
disposição do curso são do próprio departamento onde o mesmo está situado.
Apesar disso, quase a metade dos demais professores são de outros
departamentos distintos, o que acaba por se configurar como a primeira
barreira encontrada à construção do processo interdisciplinar no curso de
Turismo da UFPB.
Tal questão se faz importante salientar pelo fato que sendo de
departamentos diferentes estes docentes não dispõem de condições para
estabelecer um diálogo ou uma construção plural entre suas disciplinas. A
interdisciplinaridade, assim, não se faz atendida em sua premissa básica, que é
a abertura de um canal de comunicação entre as disciplinas que possa superar
44
Departamento de origem dos docentes
60%
40%
Professores do DECOMTUR Professores de outros departamentos
as barreiras físicas e ideológicas existentes entre essas áreas do
conhecimento.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Já na questão seguinte foi pesquisada qual área ou tema havia feito
parte do último trabalho empreendido pelo docente. Os temas apresentados
foram os seguintes:
Turismo desportivo
Políticas públicas do turismo.
Magia e religião
Gestão de Pessoas
Gestão do Conhecimento no Setor Público
Cultura popular
Os temas apresentados sugerem uma ampla variedade de pesquisas
que podem ser trabalhadas em diversas disciplinas do curso, de forma
interdisciplinar. A temática “política pública” e “cultura” pode ser caracterizadas
como as macro tendências apresentadas nesta amostra da pesquisa. Nesse
ínterim, tanto um quanto a outra podem ser amplamente abordadas em
conceitos e dimensões interdisciplinares.
45
Tempo que leciona na UFPB
62%
38%
De 01 a 04 anos Mais de 04 anos
No questionamento seguinte mensuramos a carreira docente com
relação ao tempo em que leciona na instituição. Como se pode observar, a
maior parte dos docentes não leciona a mais de 04 anos na UFPB.
Esse fato se dá devido ao grande número de professores substitutos
que são contratados e disponibilizados aos cursos. O perfil do professor
substituto foi constituído unicamente para a demanda em sala de aula.
As demais disposições, como a pesquisa e a extensão, não se aplicam
a este acadêmico, tendo em vista que o mesmo fora contratado por um período
delimitado de tempo e sua atuação na instituição é tão somente para cobrir a
enorme deficiência de professores com dedicação exclusiva.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
A seguir, foi perguntando aos entrevistados qual o período de tempo
que os mesmos passaram no curso de Turismo lecionando. Metade dos
entrevistados respondeu que chegou a lecionar entre 01 e 12 meses no curso.
A outra metade responde que a mais de 12 meses.
Isso mostra que o docente que permanece no curso por menos de um
ano não dispõe de tempo suficiente para desenvolver um projeto interdisciplinar
com outras áreas existentes no curso. Desde a disponibilidade de tempo para
46
Período que lecionou no curso de Turismo
50%50%
De 01 a 12 meses Mais de 12 meses
empreender a atividade até o tempo necessário para o planejamento, execução
e retroalimentação do trabalho, um projeto interdisciplinar deve ser visualizado
a médio e longo prazo, sugerindo uma construção do conhecimento contínua e
balizada em princípios pedagógicos norteadores para delimitar o perfil ideal do
trabalho a ser executado.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Na questão seguinte observamos o índice de regularidade dos
docentes no curso de Turismo. O que se pode constatar a partir desse dado é
que com mais da metade dos professores lecionando sem uma regularidade no
ensino, não é possível a construção de pontes interdisciplinares entre os
mesmos.
É importante salientar que enquanto metade dos professores lecionam
com certa regularidade, os demais estão iniciando ou tem um futuro incerto
com relação a sua permanência titular em alguma disciplina no curso.
Muito disso se deve aos departamentos de origem dos professores,
que acabam por transferir os docentes de um curso a outro, sem que o trabalho
se traduza numa construção disciplinar continua e permanente. Boa parte
dessas disciplinas onde os professores lecionam sem regularidade são pré-
47
Índice de regularidade no curso de Turismo
50%
25%
25%
Leciona com regularidade Leciona sem regularidade Leciona pela 1ª vez
requisitos para outros cursos dentro da própria UFPB, a exemplo da disciplina
de Metodologia Científica, Legislação e Ética ou Princípios da Computação.
Dessa forma, os docentes não detêm condições de permanecer na
área sem as devidas condições de continuidade do trabalho ora vislumbrado,
no tocante ao processo interdisciplinar.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Ainda foi questionada a categoria em que se enquadram os docentes,
onde ficou constatado que a maioria dos mesmos são classificados como
substitutos.
Este dado é de extrema relevância para a questão interdisciplinar, pelo
fato de ser o professor substituto ter seu contrato pautado por um período finito,
de no máximo dois anos.
Nesse meio tempo, a entrada e saída de docentes não sugere a
construção de uma linearidade interdisciplinar, que precisa ser considerada sob
o prisma de um elo indissociável da educação superior.
48
Percentual de Profs. Efetivos e Substitutos
60%
40%
Professor Efetivo Professor Substituto
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Na questão seguinte, todos os professores entrevistados tiveram
acesso a ementa do curso, fornecida previamente pela coordenação de
Turismo, antes de se iniciarem as atividades acadêmicas junto a seus alunos.
O presente dado denota planejamento prévio dos docentes antes de
iniciarem suas atividades acadêmicas, construindo o programa de curso com
base na orientação dada pela coordenação do curso através da ementa.
No entanto, conforme algumas ementas disponibilizadas em anexo,
nenhuma delas (após analisadas as disciplinas constantes na grade curricular)
faz qualquer menção a um possível processo interdisciplinar que venha a ser
construído junto a outra disciplina do curso.
É importante salientar que a coordenação do curso tem plena
autonomia na delimitação da didática adotada pelos professores, bem como os
próprios professores também podem estabelecer os procedimentos didáticos
que serão adotados em sala de aula. No entanto, como é sabida a importância
do contexto interdisciplinar para o ensino do Turismo, igualmente importante é
a construção e condução da prática interdisciplinar nesse ponto.
49
Na questão a seguir, os respondentes mostraram que atualizam as
informações do plano de aula com regularidade, o que por sua vez também
sugere planejamento prévio das questões a serem abordadas em sala de aula.
Os principais meios utilizados para atualizar as informações em sala de
aula foram destacados a seguir:
1º - Revistas científicas e livros
2º - Artigos científicos publicados em periódicos
3º - Participação em eventos científicos e cursos oferecidos nos mesmos
4º - Estudos de caso voltados para a área além de filmes e debates sobre
temas da atualidade
A atualização das informações por parte dos docentes sugere uma
ampla interação com o meio acadêmico e a renovação e discussão do
pensamento cientifico contemporâneo.
A totalidade dos respondentes informaram que participaram de muitos
eventos científicos, tanto na condição de congressistas quanto na de
conferencistas, expondo sua produção para toda comunidade acadêmica e
contribuindo para o crescimento do pensamente científico a cerca da atividade
turística.
No entanto, foi importante constatar que apesar do desejo de poder
participar de mais eventos e encontros na área do conhecimento, contribuindo
para a permanente atualização dos conhecimentos no setor turístico.
Alguns docentes esclarecem que não é possível empreender tal
atividade devido a enorme carga de trabalho imputada pelo seu departamento,
bem como o baixo nível salarial oferecido pela instituição, o que não contribui
para a participação de mais eventos científicos.
Essa questão também é ponto negativo na construção de parâmetros
interdisciplinares para os docentes junto à coordenação do curso, pois a
sobrecarga de atribuições e atividades acadêmicas prejudica enormemente a
construção de pontes interdisciplinares.
50
Participação em projetos de pesquisa
50%50%
Tem participação Não tem participação
Já na questão salarial, não há como um docente se motivar a comprar
novos livros da área de turismo ou participar de eventos que sejam promovidos
em conjunto com a sua área de formação básica se: não há como prever por
quanto tempo estará lecionando na referida disciplina em Turismo; a
rotatividade no seu próprio departamento não permite que o mesmo produza
com mais qualidade e desenvolva projetos a médio e longo prazo reunindo sua
formação e área de atuação conjuntamente com o Turismo, como pode ser
visto no gráfico seguinte.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
O tripé que sustenta a academia e a educação superior de qualidade e
com reais avanços científicos no Brasil (ensino, pesquisa e extensão) não
serve como referencia diante dos atuais resultados encontrados no curso de
Turismo. Praticamente metade de todo corpo docente do curso de Turismo da
UFPB não desenvolve ou esta ligado a nenhum projeto de pesquisa na área.
Nesse sentido, a educação passa a ser deficitária na formação dos
futuros bacharéis em turismo pelo fato de não haverem relações
interdisciplinares entre diferentes áreas da educação superior. Em igual medida
vale salientar que devem ser tomadas atitudes que culminem com a produção
acadêmica mais voltada e atrelada, à pesquisa e a extensão, porque são
51
Motivação em lecionar no curso de Turismo
75%
25%
Interesse na área Exigência do departamento
nesses aspectos que o retorno esperado pela rede turística podem ser
quantificado e os resultados do turismo junto à sociedade sejam realmente
evidenciados, testados, organizados e postos em prática. “Não” ao empirismo
que drena as possibilidades de aprendizado real e de interação da atividade
com a sociedade, dos alunos com a realidade existente e vigente no mercado.
Já na questão a seguir, é possível observar que existe motivação por
parte da maioria dos docentes em lecionar no curso, o que sugere interesse da
maioria em desenvolver projetos e práticas que possam efetivamente tornar a
interdisciplinaridade uma realidade dentro e fora das salas de aula.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Na questão seguinte foi indagado aos docentes quais são os principais
procedimentos metodológicos adotados por eles durante suas aulas. Os
resultados mostraram que em primeiro lugar está a leitura de textos em sala de
aula, seguido pela utilização de apresentações em Data Show em segundo
lugar e, em terceiro, a exibição de imagens pelo retroprojetor.
De acordo com esses dados, observa-se que nenhum dos recursos
mais utilizados pelos docentes sugere uma construção interdisciplinar na
prática.
52
Procedimentos metodológicos adotados em sala de aula
19%
15%
17%
10%
12%
17%
10%
Leitura de textos Retroprojetor Data show
Análise de documentos Dinâmicas de grupo Estudos de caso
Outros
É preciso que os docentes sejam levados a conceber e executar
práticas didáticas que sirvam como facilitadoras ao processo interdisciplinar.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Na questão referente as atividades extra-classe desenvolvidas pelos
docentes junto aos discentes do curso de Turismo, cerca de 90% dos
entrevistados afirmaram trabalhar com essas atividades.
Destacam-se, como procedimentos metodológicos mais citados, as
visitas técnicas e os estudos de campo. Os trabalhos desenvolvidos seguem
um procedimento metodológico selecionado por cada docente para sua
aplicação junto ao objeto estudo, proporcionando aos alunos uma maior
interação com a pesquisa e, conseqüentemente, com a área de atuação do
futuro bacharel em Turismo.
É importante destacar que a pesquisa de campo não está para um
projeto de pesquisa. O primeiro pode ser utilizado sumariamente para definir ou
testar um modelo metodológico qualquer, enquanto a segunda é, na verdade, a
construção de um referencial metodológico ideal que deve ser testado em uma
situação real, balizado em princípios científicos e que segue um rigor
acadêmico na sua confecção.
53
Atividades encarregadas aos alunos
22%
22%
22%
14%
10%
10%
Seminário Debate Pesquisa in loco
Pesquisa bibliográfica Questionário Outros
No tocante a resposta dos discentes aos estímulos e metodologias
aplicadas em sala de aula, a maioria dos docentes respondeu que as principais
ações desenvolvidas pelos mesmos são: Seminários, debates e pesquisa in
loco. De acordo com isso, observamos que existem condições claras que
asseguram aos docentes as orientações práticas que devem ser seguidas
pelos discentes na construção dessas práticas interdisciplinares.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Já na questão referente aos métodos de avaliação empregados pelos
docentes, foram constatados os principais:
1º - Prova discursiva envolvendo os temas estudados
2º - Apresentação de trabalhos acadêmicos (individual ou em grupo)
3º - Seminários técnico-científicos ou debates
4º - Construção de projetos de pesquisa
No quesito referente a quantidade de avaliações empreendidas pelos
docentes, foi constatado que a maioria realiza entre três e quatro atividades de
avaliação.
Dessa forma os temas são subdivididos e separados por módulos,
sendo avaliados de forma separada, o que presume uma construção
54
Orientação de TCC
75%
25%
Realizou orientão de TCC Não realizou orientão de TCC
continuada do processo de aprendizagem já que as matérias são cumulativas e
o conhecimento é construído para subsidiar as próximas disciplinas do curso.
Na questão referente a orientação de trabalhos acadêmicos dos alunos
formandos em Turismo, a maioria já realizou orientações em trabalhos de
conclusão de curso (TCC) o que, por sua vez, sugere um bom nível de
interação das áreas afins de formação dos docentes com os princípios e
discussões interdisciplinares necessários ao desenvolvimento do pensamento
turístico.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Na questão a seguir, referente à participação em bancas de TCC em
Turismo na qualidade de professor examinador, observa-se que a grande
maioria já esteve presente nessa oportunidade, conhecendo o trabalho dos
alunos e avaliando a qualidade de sua produção acadêmica para o Turismo.
O que chega a chamar a atenção nesse ponto, é que muitos
professores classificaram esses trabalhos em nível intermediário (Nível
mediano; intermediário; trabalhos medianos), segundo palavras dos próprios
docentes. Não compete a este trabalho avaliar a qualidade desses estudos
acadêmicos, mas arriscamos na hipótese (a qual pode ser plenamente
estudada em um trabalho posterior) que esse nível mediano pode ser devido a
55
Participação em bancas de TCC em Turismo
87%
13%
Participou de algum trabalho Não participou
Pariticipação em reuniões na coordenação do
curso de Turismo
62%
38%
Participou de reuniões Não participou
ausência de uma prática interdisciplinar plural entre os docentes junto aos seus
alunos.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Na questão a seguir observa-se que a participação dos docentes em
reuniões junto a coordenação do curso é significativa, com cerca de 60%
desses discutindo as questões que são levantadas pela coordenação do curso.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
56
Orientação da coordenação do curso referente à
disciplina a ser lecionada
62%
38%
Participou de reuniões Não participou
Mantém contato com docentes de outras
disciplinas do curso
13%
87%
Tenho contato Não tenho contato
Na questão referente às orientações da coordenação do curso de
Turismo da UFPB junto as disciplinas dos docentes, os mesmos informaram
que a coordenação repassava as principais demandas de alunos para o
período a ser iniciado, bem como informações gerais sobre o cotidiano da
instituição, sem se ater as reuniões de ordem metodológica nem de ordem
estrutural sobre qualquer aspecto didático, sobretudo a interdisciplinaridade.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Com relação ao contato que deveria existir entre os docentes, a grande
maioria informou que não detêm nenhum contato com outro docente do curso,
o que por si só atesta a total inexistência de um propósito interdisciplinar entre
os docentes.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
57
Instruções da coordenação do curso sobre
didática, programa e recursos disponíveis
75%
25%
Não tive instrução Tive instrução
A questão a seguir mostrou claramente a falta de orientação da
coordenação do curso de Turismo da UFPB para com os docentes no que se
refere às instruções metodológicas.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
A grande maioria dos docentes entrevistados informou que não obteve
qualquer orientação didática ou operacional por parte da coordenação, o que
sugere que a ausência de uma postura pedagógica justamente pelo núcleo
gestor do curso também se faz crucial na construção de pontes
interdisciplinares entre as disciplinas e, conseqüentemente, entre os discentes.
Indagados se já haviam desenvolvido alguma atividade interdisciplinar
com outra área ou disciplina do curso de Turismo, muitos dos professores
responderam que não tiveram nenhuma experiência nesse sentido. Os demais
afirmaram já ter desenvolvido, mas há muito tempo atrás, o que não caracteriza
uma continuidade no processo de desenvolvimento pedagógico com foco
interdisciplinar.
Entre eles houveram alguns relatos sobre visitas técnicas e seminários
realizados entre alunos de diferentes períodos, objetivando a construção do
pensamento turístico sob ângulos e disciplinas igualmente diversos.
58
Desenvolvimento de atividades interdisciplinares
no curso de Turismo
75%
25%
Não houve atividade interdisciplinar Houve atividade interdisciplinar
Participou de experncia interdisciplinar em
alguma área
62%
38%
Não tive experiência interdisciplinar Tive experiência interdisciplinar
Com relação ao desenvolvimento propriamente dito de atividades
interdisciplinares no curso por parte dos docentes, a pesquisa constatou que a
grande maioria não realizou qualquer tipo de atividade interdisciplinar na época
em que lecionava ou ainda lecionando no curso de Turismo da UFPB.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Na questão referente à participação em alguma atividade
interdisciplinar fora do curso de Turismo, a grande maioria informa que não
chegou a ter qualquer experiência dessa natureza, o que fortalece ainda mais a
responsabilidade da coordenação do curso em orientar a atuação nesse
sentido.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
59
Áreas pasveis de ponte interdisciplinar
5%
2%
5%
5%
8%
12%
5%
7%
5%
12%
5%
4%
5%
2%
7%
8%
7%
Antropologia Biologia His tór ia Geografia
Sociologia Administração Economia Psicologia
ngua Estrangeira Planej. Turístico Marketing Turístico Jornalismo
R.R.P.P. Mar keting Publicidade e Prop. Metodologia Científica
Cultura
Todos os docentes que responderam aos questionários informam que
percebem o papel importante que é dado a interdisciplinaridade no curso de
turismo, no entanto, pelos motivos apresentados, tal trabalho não pôde ser
concretizado.
De igual forma a totalidade dos docentes entrevistados pela pesquisa
atestam como de extrema importância a construção de pontes interdisciplinares
no curso de turismo, visando o aperfeiçoamento dos discentes frente ao quadro
desejado de produção interdisciplinar que a área necessita.
Essa é uma circunstância visualizada e apresentada por todos os
professores, já que a riqueza de informações e a diversidade de trabalhos que
podem ser construídos através dessa metodologia possibilitam o
enriquecimento acadêmico, teórico e profissional para os discentes, como o
pleno alcance dos princípios e propostas educacionais levantados pelos
docentes.
Na questão relativa às áreas acadêmicas que podem ser passiveis de
pontes interdisciplinares, os docentes apresentaram como sendo as seguintes
áreas como principais.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
60
Conhecimento de outras disciplinas lecionadas
no curso
75%
25%
Conheço alguma disciplina Não conheço outras disciplinas
Com isso, a diversidade de composições, teorias e aplicações
metodológicas podem ser infinitas na construção de pontes interdisciplinares
entre o turismo e as diversas áreas do conhecimento.
Outra condição que favorece tal aplicação está presente na questão a
seguir, quando a grande maioria dos docentes informaram que tem
conhecimento de outras disciplinas do curso, o que facilitaria a aproximação
entre ambos e a construção das referidas pontes interdisciplinares.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Entre os mecanismos citados pelos docentes para a criação das pontes
interdisciplinares no curso de Turismo destacamos:
1º - Vontade dos professores, tolerância entre as disciplinas, rompimento com
barreiras disciplinares;
2º - Ação direta da coordenação quando do início do semestre dos professores
q lecionam no curso;
3º - Mais contato entre as professoras e professores do curso com reuniões
sistemáticas e um planejamento direcionado ao ensino interdisciplinar
mais contato entre os professores;
61
4º - Redução da rotatividade de professores de outros departamentos,
possibilitando que os docentes busquem maior especialização em áreas que
são de seu interesse;
5º - O plano pedagógico do curso deveria prever atividades de integração e
complementação de conteúdos afim de promover a interdisciplinaridade.
seminários, produção cientifica;
6º - Interesse dos professores para o desenvolvimento do planejamento destas
atividades.
Dentre os conceitos metodológicos que poderiam ser abordados pela
área de formação do docente frente à disciplina ministrada no curso de
Turismo, destacamos os seguintes:
1º - Relações Humanas;
2º - Comunicação organizacional;
3º - O estudo de textos com a abordagem de cada disciplina;
4º - Atividades de campo que requeiram do aluno a utilização de
conceitos encontrados em diferentes áreas em estudo;
5º - Maior interação entre professores de áreas afins, possibilitando uma
ampliação no leque de conceitos e a utilização dos mesmos em diferentes
áreas.
De acordo com as respostas tabuladas, podemos inferir que existe uma
grande possibilidade de construção de pontes interdisciplinares de maneira
bem amparada no contexto pedagógico.
É importante que se realizem encontros entre os professores para que
os mesmos possam discutir a questão e delimitar suas respectivas áreas de
atuação. No entanto, os problemas e gargalos listados anteriormente protelam
a não realização desse trabalho. Urge, nesse mote, uma ação coordenada que
possa organizar e orientar os rumos das pontes interdisciplinares que venham
a surgir entre os docentes e suas respectivas disciplinas.
62
Instalações físicas do curso de Turismo
75%
25%
Não são apropriadas São apropriadas
Com relação às instalações físicas onde está o curso de Turismo, a
grande maioria dos docentes considera que não são apropriadas para o
desenvolvimento das atividades acadêmicas.
Fonte: Pesquisa direta, 2008
Uma série de questões e problemas estruturais no Departamento de
Comunicação e Turismo (DECOMTUR) pode ser listada para o pleno
entendimento da questão, já que o sucateamento de muitas instituições de
ensino superior público do Brasil encontram-se em situação idêntica. No
entanto, não cabe a este trabalho discutir essa questão, sob pena de fugir ao
objetivo proposto pelo trabalho.
63
CONCLUSÃO
A partir do crescimento do turismo de massa e da visualização dessa
atividade enquanto curso efetivo em nível superior, discutido desde a metade
do séc. XX, viu-se que não haveria subsídios suficientes do próprio turismo,
enquanto área embrionária do conhecimento humano, para se consolidar como
forma isolada e científica do saber.
O turismo então passou a ser estudado sob um leque de outras
ciências e áreas do conhecimento humano a muito consolidadas e essências
para a construção curricular necessária.
Nesse ínterim, surgiram os três pilares fundamentais para a construção
do saber turístico que são: A multi, inter e transdisciplinaridade. A partir deste
ponto, onde as diversas áreas do conhecimento convergem para a construção
do referencial teórico do turismo, a questão caracterizada com central neste
estudo foi: como o professor de uma dessas áreas procura construir a ponte
necessária à configuração de ambos os conhecimentos?
Apesar disso, o que se vê comumente é que o tratamento
metodológico analítico, linear e atomizador promove um acentuado
distanciamento do conhecimento, em relação à realidade de que emerge. Em
decorrência desse viés, se estabelecem, além de barreiras intelectuais entre
uma área e outra, uma inadequada e fictícia segurança no trato das questões
pedagógicas, por evitar ou diminuir o âmbito de incertezas e inesperados.
A cientificidade com que deve ser tratado o trabalho deve ser orientado
pela coordenação do curso de Turismo, que necessita instituir um plano
interdisciplinar, este que deve ser concentrado e amparado dentro dos
procedimentos pedagógicos que visem ao atendimento da construção das
referidas pontes interdisciplinares.
Após constatar todos os problemas decorrentes pela não construção
dessas pontes, observa-se que papel da coordenação do curso de Turismo da
UFPB tem um papel fundamental na solução desses entraves.
64
É através da coordenação que os trabalhos orientados podem ser
conduzidos, planejados, discutidos, avaliados e ordenados, visando atingir aos
seus objetivos propostos e preestabelecidos. Se o coordenador do curso não
acreditar na construção e na envergadura que este trato pedagógico pode
exercer, então este não acredita na funcionalidade de um curso como o de
Turismo, que necessita estar concentrado em todos os seus elos na
homogeneização dos paramentos pedagógicos e interdisciplinares.
65
BIBLIOGRAFIA
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em turismo e hotelaria: reflexos e cadastro das instituições no Brasil: São
Paulo: Aleph, 2002.
ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelho ideológico do Estado. Lisboa:
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1971.
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São Paulo: Futura, 2002.
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conseqüências In. TUBINO, Manoel José Gomes. Universidade Ontem e
Hoje. São Paulo: IBRASA, 1984.
BARRETO, Margarita. Manual de iniciação ao estudo do turismo; Campinas,
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68
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ALUNO: Bruno Dantas Muniz de Brito
A PRÁTICA DOCENTE NO CURSO DE BACHARELADO EM TURISMO DA UFPB
SOB O VIÉS DA INTERDISCIPLINARIDADE
Questionário (DOCENTE)
Sr.(a) Professor(a),
Com o objetivo de aprofundar as questões concernentes ao ensino acadêmico
do turismo em nível interdisciplinar peço a v.sa. que preencha o questionário a
seguir, possibilitando que a pesquisa acadêmica contribua cada vez mais com
a melhoria da qualidade do ensino no curso de Turismo da UFPB. Desde já
agradeço a sua colaboração nesta pesquisa.
Atenciosamente,
Bruno Dantas Muniz de Brito
Turismólogo
_______________________________________________________________
1. Qual a sua área de formação acadêmica?
2. Qual sua atual titulação (marque apenas a atual)?
______Mestre ______Doutor ______Ph.D
3. A qual departamento está vinculado?
4. Há quanto tempo concluiu sua última titulação? Que temática abordou?
69
5. Há quanto tempo leciona?
6. Há quanto tempo leciona no curso de turismo da UFPB?
7. Leciona nesta disciplina com regularidade ou é sua primeira vez?
____ Regularidade _____ É a primeira vez
8. É professor efetivo ou substituto em seu departamento?
____ Efetivo _____ Substituto
9. Teve acesso a ementa que leciona no curso de turismo da UFPB?
____ Sim _____ Não
10. Procura atualizar as informações do plano de aula da disciplina que
ministra no curso de Turismo?
____ Sim _____ Não
11. Que meios utiliza para se reciclar na disciplina que leciona em turismo?
12. Participou de cursos, mini-cursos ou eventos onde a temática era o
turismo? Em caso afirmativo, comente.
13. Participa ou teve participação em projetos de pesquisa voltados para
turismo? Em caso afirmativo, comente.
____ Sim _____ Não
14. Leciona em Turismo por exigência do seu departamento de origem ou
por interesse na área? Comente.
____Exigência do dep. ____Interesse na área
15. Que práticas metodológicas utiliza em sala de aula?
____ Leitura de Textos _____ Retro projetor
____ Data Show _____ Dinâmicas
____ Análise de documentos _____ Estudos de caso
____ Outros. Qual? ___________________________
70
16. Desenvolve alguma atividade extra-classe para os alunos do curso de
Turismo? Em caso afirmativo, qual?
____ Sim _____ Não
17. Considera que seus alunos do curso de Turismo da UFPB respondem
satisfatoriamente as aulas e avaliações?
____ Sim _____ Não
18. Quais atividades são encarregadas aos alunos por sua disciplina?
____ Seminário _____ Debate
____ Pesquisa in loco _____ Pesquisa bibliográfica
____ Questionário
_____ Outra. Qual?_____________________________
19. Qual a forma de avaliação costuma aplicar na disciplina do curso de
Turismo?
20. Quantas avaliações são realizadas?
21. Orienta ou já orientou T.C.C. (Trabalho de Conclusão de Curso) em
Turismo?
____ Sim _____ Não
22. Já participou de alguma banca de T.C.C. em Turismo? Em caso
afirmativo, comente sobre o nível da produção científica que analisou.
____ Sim _____ Não
23. Participou de alguma reunião junto a Coordenação do Curso de Turismo
da UFPB?
____ Sim _____ Não
24. Recebeu alguma orientação da Coordenação do Curso de Turismo da
UFPB?
____ Sim _____ Não
25. Mantém contato com outros docentes do curso de Turismo da UFPB?
____ Sim _____ Não
71
26. A Coordenação do Curso de Turismo lhe instruiu sobre didática de
ensino, programa de curso ou recursos disponíveis na mesma para
dispor a sua aula?
____ Sim _____ Não
27. Desenvolve ou já desenvolveu alguma atividade interdisciplinar com
outra área ou disciplina do curso de Turismo? Em caso afirmativo, relate
brevemente a experiência.
____ Sim _____ Não
28. Já desenvolveu alguma experiência interdisciplinar em alguma área?
Qual? Em caso afirmativo, comente.
____ Sim _____ Não
29. Percebe a importância do principio da interdisciplinaridade no curso de
Turismo da UFPB?
____ Sim _____ Não
30. Acredita que seria possível promover uma ponte interdisciplinar com
outra disciplina do curso de Turismo da UFPB?
____ Sim _____ Não
31. Com qual área afim a sua seria possível realizar essa ponte
interdisciplinar? Enumere (pela ordem) quais delas.
____ Antropologia _____ História
____ Biologia _____ Geografia
____ Sociologia _____ Administração
____ Planej. Turístico _____ Marketing Turístico
____ Língua Estrangeira _____ Jornalismo
____ R.R.P.P. _____ Marketing
____ Economia _____ Psicologia
____ Pub. e Propaganda _____ Metodologia Científica
____ Cultura _____ Outra. Qual?_____________
72
32. Tem conhecimento das demais disciplinas que são lecionadas no curso
de Turismo da UFPB?
____ Sim _____ Não
33. Que mecanismos considera que são necessárias a criação de uma
ponte interdisciplinar no curso de Turismo da UFPB?
34. Que conceitos metodológicos poderiam ser abordados por sua área de
formação juntamente com uma área afim, presente no curso de
Turismo?
35. Considera as instalações físicas do curso adequadas à formação de
seus alunos?
_____ Sim _____ Não
73
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Projeto político pedagógico do curso de Turismo (UFPB);
Anexo 2 >> Fluxograma do Curso de Turismo;
Anexo 3 >> Resolução Nº 13, de 24 de novembro de 2006
Anexo 4 >> Programas de curso do Bacharelado em Turismo - UFPB
74
ANEXO 1
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO
CURSO DE TURISMO
75
APRESENTAÇÃO
O curso de graduação em turismo da Universidade Federal da Paraíba
foi implantado, em 1998, de acordo com os princípios desta Instituição, para
atender aos interesses de avanço sócio-econômico da região, assumindo o
papel de um fórum de integração dos estudos e pesquisas acadêmicos e
científicos de diversos departamentos da própria Universidade e dos projetos e
atividades de todos os segmentos da comunidade, interessados no
desenvolvimento turístico regional, além de oferecer aos jovens da região a
oportunidade de graduação numa área bastante promissora da economia, com
mercado de trabalho local, regional e mundial em contínua e franca ascensão.
Por outro lado, não só atendendo às aspirações da comunidade, mas
também às premissas técnicas e científicas que justificam a existência de
qualquer curso de graduação numa universidade pública, a UFPB já há algum
tempo, inclusive em períodos anteriores à criação de nosso curso, desenvolvia
estudos para a implantação de novos cursos de graduação, principalmente
para funcionar no período noturno, atendendo à reivindicação do Ministério da
Educação e Cultura, de acordo com sua política de oferecer estudo de terceiro
grau gratuito a alunos que necessitam trabalhar durante o dia.
Entre as graduações propostas, a de turismo foi uma das que encontrou maior
respaldo científico acadêmico, graças ao projeto do Departamento de
Comunicação e Turismo que desde 1995 (na época apenas Departamento de
Comunicação) do Centro de Ciências Sociais, Letras e Artes da Universidade
Federal da Paraíba, já trabalhava para ter seu curso de turismo, contando com
a cooperação de outros departamentos da Instituição, como o de Ciências
Sociais, História, Geografia, Sistemática e Ecologia, Economia etc, que
pesquisavam a matéria correlacionada às suas áreas de conhecimento.
Portanto, a criação do curso no Departamento de Comunicação, na forma de
bacharelado com estrutura curricular multidisciplinar, devidamente legitimado
junto aos diversos departamentos da Instituição que desenvolviam estudos do
turismo, como também àqueles que iriam ministrar disciplinas no curso,
76
atendeu devidamente aos processos pedagógicos e administrativos
comumente adotados pela UFPB.
Agora, diante do desafio de apresentar um novo projeto político-pedagógico
para o curso de graduação em turismo da UFPB, continuando a atender aos
princípios básicos da Instituição, de contribuir da forma mais eficaz possível
para o desenvolvimento regional, propomos o seguinte projeto:
Direcionamos nosso curso de graduação em turismo para trabalhar com esta
área do conhecimento em toda sua amplitude, preconizando para a atividade
tanto as viagens (o ato de ir e vir) e a adequação dos equipamentos e serviços
turísticos (agências de viagens, transportes, meios de hospedagem e
alimentação, parques, museus, atividades ecoturísticas, de turismo esportivo,
aventura, eventos etc), atendendo a todos os segmentos do setor, com
especial atenção ao papel e participação da comunidade dos núcleos
receptores (destinos turísticos) em geral, face sua participação nos processos
de desenvolvimento do turismo, e à defesa do ambiente natural.
Nesse sentido, consideramos que as atividades turísticas, envolvendo cultura,
lazer, aventura, entretenimento e realização de fantasias de determinada
localidade, não devem ser vivenciadas apenas pelo turista, mas também pelo
homem da terra, que ainda deve ter o turismo como fonte geradora de
empregos e riquezas para a comunidade.
Juntando os aspectos sociais e econômicos do turismo, o estudo de
nosso curso de graduação, no âmbito geral, deve contemplar a formação
teórica baseada na interdisciplinaridade de diversas correntes do pensamento
turístico como objeto de profundas reflexões sobre o fenômeno, em inter-
relações geográficas, sociais, educacionais, éticas, culturais e econômicas, em
questões de planejamento, execução, gerenciamento, produção, distribuição e
comercialização, sempre procurando pela maximização dos efeitos positivos,
tais como progresso tecnológico, avanço econômico com geração de emprego
e renda, modernização, boa estrutura urbana, entre outros benefícios, como
também pela minoração dos prováveis efeitos negativos que o turismo produz
sobre as sociedades, podendo ocorrer a aculturação, aceleração do consumo,
77
criminalidade, perda de identidade local, exclusão social etc, e sobre o
ambiente natural, como a alteração das paisagens e degradação ambiental.
Acreditamos que a oferta do turismo no país, com a criação de novos pólos,
face à competitividade no setor, exige do destino turístico uma definição de
políticas integradas que contemplem propaganda, infra-estrutura e treinamento
de pessoal, para atender com qualidade aos diversos setores da atividade,
inclusive de sua rede de serviços de apoio, sempre com extensão para
programas de envolvimento e participação da comunidade.
Nos últimos anos, nos diversos setores do estado da Paraíba, as referências ao
turismo fizeram-se presentes, ora louvando a eleição da atividade como possível
redentora da economia de várias de suas regiões, ora clamando por um projeto de
desenvolvimento cujas ações sejam voltadas para o incremento do turismo
sustentável como forma de evitar grandes impactos que venham a inviabilizar a
própria atividade e degradar a qualidade de vida dos habitantes locais.
Empiricamente os estudiosos do turismo têm observado a forma como a
atividade vem sendo implementada em diversas regiões do país resultando em
características de turismo predatório, apresentando índices de degradação no
meio-ambiente e exclusão de atores sociais de práticas tradicionais
(pescadores, lavradores, tiradores de coco, pequenos comerciantes, entre
outros) e da cultura de baixa renda. O desgaste da natureza e a desvalorização
da cultura nativa podem ser o resultado de um planejamento mal realizado e de
ações de forma precipitada. Projetos de desenvolvimento turístico, com a
instalação de equipamentos que alteram a paisagem natural, sem avaliação
constante da relação entre benefícios e prejuízos, desembocam sempre em
danos irrecuperáveis para a ecologia e a cultura, bloqueando a sustentação
turística do lugar.
Os riscos de um desenvolvimento turístico mal planejado e a aspiração
generalizada da comunidade, creditando ao turismo uma das principais
soluções para o avanço sócio-econômico do Estado, naturalmente exige que a
Universidade Federal da Paraíba, no cumprimento de seu dever e papel
histórico-social social de atender aos anseios da sociedade que indiretamente
a mantém, ofereça, com seu curso de turismo, elementos mais capazes para
78
planejamentos, pesquisas e análises sobre a realidade dos componentes da
atividade, do seu potencial como fenômeno e como oferta.
Portanto, conscientes que nos últimos anos, o turismo emergiu como
promissor campo de estudos em círculos acadêmicos dos principais centros de
ensino internacionais, procuramos acompanhar o processo de forma mais
dinâmica possível. Envolvemos em nossas pesquisas e no presente projeto
político-pedagógico, a composição de diversas disciplinas de variadas áreas do
conhecimento, utilizando enormemente o caráter multi e interdisciplinar do
estudo do turismo que induz a adoção de procedimentos metodológicos que se
apóiam tanto em bases conceituais como em modelos descritivos e
estatísticos. Por isso, o curso de turismo da UFPB utiliza o trabalho docente e a
produção acadêmica de outros cursos da Instituição, como comunicação social,
administração de empresas, ciências sociais, letras, economia, geografia,
história, informática, ecologia, entre outros.
Em relação ao profissional que estamos preparando, nossa
preocupação é a de dotar nossos alunos de uma formação em nível superior
com embasamento técnico para trabalhar em planejamento, organização e
execução das mais diversas atividades do setor, proporcionando-lhe ainda,
através do estudo teórico, reflexivo e crítico, uma profunda consciência social,
crítica e cidadã, tornando-o um eficaz agente em defesa da preservação do
meio-ambiente e do homem da terra, resistindo às ameaças de degradação de
patrimônios ecológicos, históricos e culturais por empresas que, na ânsia da
exploração turística (econômica), não se preocupariam em evitar a destruição
das riquezas naturais e culturais.
Assim, nos preocupamos com as possibilidades da adequação contínua de
resultados à dinâmica da realidade, acreditando que a capacidade de inovação
encontra-se em razão direta com a acumulação permanente de
conhecimentos, habilidades e profissionalismo. Se a inovação tecnológica
concretiza-se no interior das empresas, os recursos qualificados são gerados
em relação estreita com instituições de ensino e pesquisa, significando a
diferença entre o conhecimento e o aperfeiçoamento acadêmico, e a formação
profissionalizante, puramente técnica.
79
Em síntese, nosso curso de turismo preparar-se-á, continuamente, para
entender a realidade e atender às expectativas da comunidade face ao
dinamismo dos fenômenos turísticos, assumindo seu papel histórico-social de
também ser um “Núcleo de Estudos Integrados de Ensino e Pesquisas do
Turismo do Estado da Paraíba”.
Entendemos o turismo como uma atividade de utilização intensa de
capital humano, por isso somente o ensino e a especialização podem
responder aos desafios que o setor enfrenta, particularmente no que diz
respeito às mudanças tecnológicas e as transformações da atualidade.
Diante do reconhecido dinamismo do setor turístico, nosso curso
procurará cada vez mais proporcionar uma consciência crítica aos alunos,
desenvolvendo o espírito de aprender e de ser criticamente funcional, frente às
novas situações que continuamente acontecem no setor turístico, sempre
intensamente dinâmico. O processo de formação acadêmica procura investir no
treinamento de técnicas acompanhado de forte conteúdo humanista que
possibilite ao profissional aprender a trabalhar com conceitos, categorias e
sistemas políticos, econômicos, sociológicos entre outros, procurando tratar
com um grande número de dados no seu cotidiano, contatar pessoas, se
relacionar com as mais discrepantes realidades, seja no escritório, em
atividade de pesquisa, em viagens de lazer ou de trabalho.
Do ponto de vista eminentemente acadêmico, o curso de turismo da
Universidade Federal da Paraíba, guiando-se no fato que o turismo se
relaciona com a maioria das atividades ligadas aos aspectos econômicos,
sociais, culturais, ambientais, políticos, tecnológicos, legais entre outros, abre
um leque de relações com diversas disciplinas, contribuindo para uma visão
multidisciplinar, com interfaces alcançadas pela integração, tanto vertical
quanto horizontal, dos conteúdos das disciplinas que compõem o currículo do
curso.
Diante da liberdade proporcionada pelas novas diretrizes curriculares do
MEC, dotamos nosso curso de uma estrutura curricular bastante flexível. A
valorização dos estudos teóricos, que proporcionam o embasamento cultural
80
do aluno e formam sua “consciência cidadã”, foi pensada de forma a não
embotar a junção entre a teoria e a prática. Se a formação do profissional
requer estudos teóricos inter e multidisciplinares, a prática também é
indispensável face às diversas atividades executivas exigidas da atividade.
Uma adequada formação na área profissional pode ser alcançada com a
utilização de mecanismos que permitam o intercâmbio interno entre corpo
docente e discente, pesquisadores e, externamente, com instituições da rede
de convênios de instituições públicas e empresas da área turística, na atividade
primordial do estágio funcionando como fontes de alimentação para o estudo
acadêmico teórico e prático: questões para análise, reflexão e o exercício da
intervenção.
O profissional de turismo encontra uma ampla área de atuação em
diversos setores, sendo-lhe exigido espírito empreendedor, consciência ética e
alta competência profissional. Pode, portanto, trabalhar em segmentos do
mercado tais como: hospedagem (empresas relacionadas à acomodação em
geral e com diversas categorias: hotelaria, motéis, camping, pousadas,
albergues, colônia de férias etc); transportes (aéreos, marítimos, terrestres,
fluviais, ferroviários); lazer (atividades de animação e recreação, clubes,
parques temáticos, eventos, empresas de entretenimento); agências (cruzeiros
marítimos e fluviais, excursões terrestres e ferroviárias); magistério (cursos
técnicos de segundo grau, graduação, extensão universitária, cursos livres);
consultoria (atuação em pesquisa e inventário de município e regiões turísticas,
empresas de turismo em geral, instituições de fomento ao turismo); instituições
públicas (atuação em planejamento e em programas estabelecidos por políticas
de turismo, cujas deliberações e decisões dependem do parecer técnico do
profissional em turismo); instituições culturais; geração de bancos de dados
para o turismo; intérprete para turistas estrangeiros; marketing turístico;
planejamento, execução, administração e gerenciamento de projetos e
empresas turísticas; entre outras.
Para atender às expectativas de formação de recursos humanos, de
criação de um grupo integrado de professores e pesquisadores que possam
dar embasamento para o pensar, o fazer e o avaliar do setor turístico no
81
Estado a Universidade Federal da Paraíba implantou seu Curso de Graduação
em Turismo com duas habilitações: 1- Planejamento e Organização do
Turismo; 2 - Marketing Turístico, consciente que tal iniciativa era imprescindível
para o cumprimento de seu papel histórico e social, correspondendo às
necessidades e expectativas da sociedade que a mantém. Entretanto, diante
da constatação prática, que planejamento, organização e marketing do turismo
possuem conteúdos programáticos comuns, provocando estudos prolixos,
resolvemos juntar as duas atuais habilitações, criando assim uma nova e única
habilitação denominada Planejamento e Marketing do Turismo.
Com tal resolução evitaremos a atual divisão dos alunos no penúltimo
(sétimo) semestre do curso em duas turmas (uma de Planejamento e
Organização do Turismo e outra de Marketing Turístico), o que, por ora, obriga
a disponibilidade de professores para mais cinco disciplinas. Considerando-se
o reduzido número de professores do Departamento de Comunicação e
Turismo, muito aquém do ideal necessário para dar conta de todas as
disciplinas, como também a impossibilidade de a Instituição contratar novos
professores para o patamar exigido, a redução de cinco disciplinas será um
desafogo para o Departamento.
O presente projeto político pedagógico também propõe uma nova estrutura
curricular, mais flexível ainda, devidamente atualizada e adequada diante do
dinamismo dos fenômenos inerentes ao turismo.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA
O panorama internacional de cunho disciplinar, temático e metodológico
da pesquisa em turismo começa a se estruturar como resultado do empenho
de pesquisadores ligados especialmente às Ciências Sociais e Comunicação.
No entanto, a complexidade e a abrangência da atividade, por ser um
82
fenômeno de múltiplas facetas, envolvendo diversos aspectos da vida humana,
requer uma integração de diversas áreas do conhecimento, sendo objeto de
estudos nas áreas da geografia, ecologia, economia, administração,
arquitetura, sociologia, comunicação, marketing, história, recreação, línguas
estrangeiras, entre outras.
Diferentemente do que ocorreu em outros países, no Brasil o interesse
pelo estudo do turismo não nasceu por meio de disciplinas dentro de outros
cursos já existentes.
Segundo a OMT - Organização Mundial do Turismo, o mercado do setor
vem exigindo cerca de 220 milhões de trabalhadores. O ritmo acelerado de
crescimento da demanda por pessoal qualificado para atender às solicitações
das empresas turísticas, conforme a exigência atual de qualidade, vem desde a
década de 80, pedindo ações de avaliação da intensidade, profundidade ou
especificidade dessa formação. Assim, o tema vem sendo alvo de amplos
estudos, provocando vários encontros locais, nacionais e internacionais, cujos
resultados determinam que qualquer proposta de formação profissional
eficiente exige que o bacharel em turismo tenha uma visão clara do contexto no
qual vai trabalhar, valorizando os conhecimentos necessários para um
posicionamento crítico e uma atuação competente.
Portanto, as escolas devem se adaptar às novas configurações internacionais,
no que diz respeito, em especial, às novas tecnologias e ao fenômeno da
globalização que vêm exigindo rapidez na atualização de conhecimentos e
técnicas a fim de responder às pluri competências delineadas pela
competitividade no setor. Para tanto se faz necessário trabalhar em equipe
multidisciplinar e, se possível, interinstitucional, buscando investigação
constante, avaliação de conteúdos acadêmicos e dos métodos de
aprendizagem, criando suporte para a construção de uma estrutura curricular
flexível adaptada ao mercado segmentado e mutável, que venha favorecer a
busca individual e empresarial de novas alternativas para o desenvolvimento
ajustado à conjuntura sócio-econômico do momento, em cada lugar, região ou
país.
83
Diante disso, faremos com que nosso curso de graduação em turismo da
Universidade Federal da Paraíba desenvolva um processo de formação do
profissional bem definido, oferecendo-lhe conhecimento e instrumentação que
lhe serão necessários nas diversas funções da atividade turística.
Capacitaremos nossos alunos para transmitir conhecimentos do turismo,
tanto como fenômeno como produto, ensinando-lhes as ciências e técnicas que
embasam a teoria da atividade turística como fenômeno social de massa e
como atividade econômica; organizar empresas e planificar políticas para o
setor; prestar consultorias a pequenas empresas; fornecer orientação para o
desenvolvimento de empreendimentos em locais com vocação turística,
exigindo o mínimo de custos sociais, econômicos e ambientais.
Nossa metodologia de ensino determina a composição de um currículo que
contém conhecimentos sobre ciências do comportamento humano, a exemplo
da psicologia e das ciências sociais, como a antropologia e a cultura brasileira;
ciências sociais aplicadas, como economia, administração de empresas e
marketing; ciências da natureza, como as diversas áreas da geografia e
ecologia; ciências da comunicação, como jornalismo, relações públicas,
publicidade e fotografia, ciências da computação, como informática; disciplinas
específicas de turismo, como introdução ao estudo do turismo, marketing
turístico, teoria e técnica do turismo, métodos e técnicas do turismo etc, além
de disciplinas que atendem às necessidades de desenvolvimento do turismo
regional e à atualização do estudo do setor diante de o dinamismo e as
mutações de seus fenômenos, atendendo assim ao princípio da maior
flexibilidade possível do currículo.
As disciplinas serão estudadas sob o ponto de vista genérico, cujos
aprofundamentos são resultantes da necessária atualização dos conteúdos,
face às exigências do contexto de cada época, considerando o dinamismo dos
fenômenos turísticos, suficientemente ágeis para dotar o aluno de espírito
crítico para a análise e o diagnóstico das situações que irá enfrentar no efetivo
exercício profissional.
Nosso curso de turismo deverá ser ampliado com espaço físico apropriado e
deverá ter uma biblioteca especializada; laboratório de informática, agência
84
experimental de turismo, espaço para exposições, laboratório de fotografia,
meios de transportes para viagens e estudos de campo, já contando com
empresas ou instituições que oferecem estágios e prática de pesquisa,
havendo um significativo número de alunos na condição de estagiários ou
mesmo contratados em definitivo em instituições públicas de fomento ao
turismo e nas mais importantes empresas turísticas da região (hotéis, agências
de viagem emissivas e receptivas, restaurantes etc). De acordo com a
proposta de união com outros setores da comunidade ligados ao turismo,
procuraremos cada vez mais a integração dos aspectos teóricos e práticos da
atividade, realizáveis por meio da intensidade da interação com os diversos
elementos ativos, tais como o setor público, as empresas privadas, as
instituições de ensino, os profissionais da área e o turista, em diversos
momentos e em diferentes condições.
Dessa forma, abrimos também a possibilidade de experiência prática
junto às organizações do setor turístico, por meio de convênios firmados com
empresas públicas e privadas, além da inclusão de planos de aprofundamento
e diversificação de estudos com outras instituições de ensino superior do país e
do exterior com as quais mantemos convênio.
Atendendo a esses modelos, a abrangência e a complexidade do
turismo nos fizeram adotar o conceito enciclopedista de “iluminar”, de
possibilidade de ampliação de visão de mundo, privilegiando o pensar
acadêmico e o treinamento prático-profissional.
Implantamos os princípios nos quais os integrantes das ocupações
turísticas, ao trabalharem com um conjunto de bens e serviços conectados por
relações de interação e interdependência, de caráter intangível e demanda
heterogênea, devem assegurar os aspectos quantitativos e qualitativos que
lhes proporcionem consistente formação, onde o desenvolvimento da
criatividade seja a tônica de seu processo constante de aperfeiçoamento e
treinamento. Por isso priorizamos um tipo de educação iluminista, que não
desqualifica a necessidade de treinar e disciplinar a mão de obra que a
informatização requer e proporciona a curto prazo, nem menospreza a relação
escola-empresa, valiosa porta para o desenvolvimento da relação teoria-
85
prática. O desafio presente, que nossos professores enfrentam diariamente, em
aulas teóricas e práticas, tanto nos tradicionais ambientes de salas de aula e
laboratórios, como também nos incontáveis ambientes externos de nossa
região.
Nosso objetivo de estudo da atividade turística é, portanto, formar
profissionais capazes de entender a totalidade do processo e nele intervir
criativamente, tendo, ao mesmo tempo, conhecimento do turismo como
fenômeno e como produto.
Os diversos estudos sobre o turismo em vários cursos de graduação e pós-
graduação da UFPB, de acordo com o forte caráter de interdisplinaridade que
rege esta área do conhecimento, já pré-existentes à implantação de nosso
curso de graduação, foi e é um fato bastante positivo, já que pudemos contar
com pesquisas e professores de diversas áreas que agora contribuem para a
adequada formação teórica e prática de nossos alunos, atendendo aos
parâmetros educacionais mais avançados, que preconizam uma formação mais
completa possível, alinhando a técnica, o “saber fazer”, com a ciência e o
embasamento cultural necessários, dentro dos princípios didáticos mais
qualificados.
Buscamos também na comunidade, em empresários de turismo, órgãos
públicos de fomento ao setor e em cursos de turismo de outras IES um leque
de importantes informações práticas, para nos fornecer a mais completa
radiografia das necessidades e aspirações da região por um curso de turismo
na UFPB, para podermos direcioná-lo nesse sentido.
Atualmente o curso de turismo da UFPB desenvolve várias pesquisas
voltadas, principalmente, para temas cujos objetos sejam a realidade regional
inerente ao turismo, trabalhos de extensão junto às comunidades locais, além
de registrar a realização de eventos. Todas essas atividades constam em
relação anexa e são incentivadoras para novas realizações, atendendo à
metodologia de também ensinar turismo na prática, nos espaços sócio-
geográficos onde se processam seus fenômenos. Há um vasto campo
informativo à disposição, que nos proporcionam orientar nosso curso para que
86
seja uma graduação moderna e avançada.
2. JUSTIFICATIVA
O mundo atual de feição pluralista, multipolar, favorecendo maior
intercomunicação entre os indivíduos aponta, na visão de muitos especialistas,
megas tendências como prosperidade econômica, triunfo do individualismo e
aceleração da comunicação entre os povos. Tais fatos, ao se tornarem fatores
impulsionadores do turismo mundial, exigem entendimento das transformações
que estão acontecendo na sociedade, com o objetivo de prever impactos
geradores de crescentes violências causadas pela persistência no uso das
atuais técnicas de organização e utilização dos recursos turísticos, que podem,
ao se expandir, ameaçar o futuro dessa atividade.
Por outro lado, o acelerado desenvolvimento tecnológico, turistas mais
exigentes e desafios ecológicos e sociais têm forçado a desmistificação das
posturas perigosamente contraditórias, tanto dos “economicistas” que vêem o
turismo como grande gerador de lucros, como daqueles que o concebem como
fator incontestável de harmonia universal, estando ambas isoladas das
preocupações com as crescentes perdas de bens materiais e culturais que o
aumento desordenado do fluxo de turistas normalmente imprime, contribuindo
para a deterioração da qualidade de vida dos habitantes locais e criando
dificuldades para a qualificação do lugar como produto turístico.
O reconhecimento da situação descrita, marcada pelo avanço do
crescimento da competitividade com relação à atividade turística, passa a
requerer o incremento progressivo do nível educativo da população que, de
acordo com seu grau de conscientização da importância do turismo como
instrumento de crescimento econômico, geração de empregos, melhoria da
qualidade de vida e preservação do meio ambiente natural, histórico e cultural,
se manifesta de forma variada, ora como ponto de resistência, ora de apoio
para a definição ou implementação de políticas de turismo. Nesse sentido, para
a elaboração ou conservação de um cenário turístico, há que se investir em
programas de desenvolvimento da sensibilização, conscientização e integração
da comunidade para motivar sua participação cada vez mais responsável no
87
desenvolvimento do turismo regional, garantindo a criação de uma imagem
positiva do lugar.
O êxito na excelência dos planos, estratégias de desenvolvimento e dos
serviços turísticos ofertados tem sua grande garantia na qualidade humana,
derivada de boa formação técnica e humanista, por meio de várias ações,
formais e informais, e de uma atividade responsável no trabalho em todos os
níveis.
As formas de qualificação são possíveis com a vinculação real e constante
entre o sistema educativo eficiente e o sistema laboral, sem perder a
perspectiva de entender as solicitações de segmentação e de mudanças no
mercado de trabalho, em relação às respostas a serem dadas no processo de
formação do profissional solicitado. A aceleração das transformações sociais e
tecnológicas mundiais e a necessidade de consciência dos benefícios e
prejuízos do incremento das atividades turísticas deverão estar claramente
presentes em qualquer programa de ação neste sentido.
A preocupação das instituições de ensino na área do turismo vem, na
atualidade, sendo impulsionada para a busca permanente de uma mentalidade
crítica, permeando todo o processo de treinamento e de aprendizado do
profissional, tornando-o capaz de se posicionar de forma competente, criativa e
responsável diante das provocações de sua profissão frente às crescentes
solicitações do mercado e às exigências de coerência no seu exercício da
cidadania. Faz-se, assim, a eleição da noção do turismo sustentável como o
norteador para as ações de desenvolvimento racional da atividade, sem
degradação e destruição de recursos, garantindo a qualidade de vida dos
habitantes locais no presente e no futuro, proporcionando a satisfação
daqueles que, por variados motivos, procuram o local como núcleo receptor.
Acompanhando a expansão da atividade turística pelo mundo, a mídia
propaga as diversas opiniões que apontam o turismo como uma forte
possibilidade de desenvolvimento das várias regiões brasileiras, tendo se
verificado um crescimento do PIB da região Nordeste nos últimos anos,
superior à média do país, sobressaindo-se o turismo como um dos
responsáveis por este crescimento, sinalizando, portanto, para o
88
reconhecimento dessa atividade como uma vocação econômica da atualidade
para a região.
Destacam-se as capitais Fortaleza, Natal, Salvador e Recife, como
locais onde a realidade já mostra esse desenvolvimento do turismo com retorno
econômico. Neste contexto a Paraíba surge como uma região de grande
potencial para também obter rentabilidade econômica com a atividade,
conforme aspiração de toda a comunidade.
As idéias, no âmbito dos governos estadual e municipais, da iniciativa
privada, ou mesmo da comunidade em geral, que aspiram o incremento do
turismo regional, há muito tempo provocam discussões sobre a matéria, para
que os processos do desenvolvimento turístico da região se efetivem de forma
exeqüível e racional. Todavia, tais discussões, limitadas ao âmbito da
comunidade, apesar de trazer alguma contribuição para possíveis estudos mais
profundos, se caracterizam pelas observações empíricas, faltando-lhes o lastro
científico-acadêmico que pode definir, com precisão, os problemas e soluções
relativos ao desenvolvimento do turismo na Paraíba.
Entretanto, a Universidade Federal da Paraíba, tradicionalmente
reconhecida como o mais importante centro educacional e tecnológico do
Estado, e sempre atenta ao dinamismo das questões sociais e econômicas de
importância para a região, mais uma vez se faz presente como um segmento
abalizado e independente, também interessado no desenvolvimento turístico
regional e no estudo dos fenômenos da área como matéria de interesse
científico, Neste caso, trouxe para o centro de suas discussões os temas
relativos ao conhecimento do turismo, nos aspectos acadêmicos, profissionais,
empresariais, de políticas públicas e de desenvolvimento sócio-econômico da
região. Tanto que seu curso de graduação na área assume seu papel histórico-
social de instituição plenamente qualificada para promover a reflexão, o saber e
o fazer nas questões inerentes ao turismo, de acordo com seus parâmetros de
política de ensino, pesquisa e extensão, para formar profissionais qualificados
e contribuir de forma generalizada para o desenvolvimento do turismo regional.
O presente projeto político pedagógico propõe nosso curso de graduação em
turismo integrado com outros cursos da UFPB, com um programa pedagógico
89
bastante específico, estrutura curricular multi e interdisciplinar, reunindo
professores interessados e capacitados de diversos departamentos que
estudam o turismo em função de suas respectivas áreas de conhecimento,
facilitando o desenvolvimento de atividades interdisciplinares capazes de
corresponder à proposta metodológica, ora apresentada, fundamentada em
projetos integrados que buscam a modernização e atualização constante das
disciplinas ofertadas, dotando o ensino na área de grande dinamismo e
eficiência para acompanhar a rapidez e as mudanças que envolvem a
complexidade dos fenômenos do setor, respondendo com agilidade às
necessidades regionais, não apenas em relação ao ensino, mas também no
trato de questões práticas relacionadas à atividade, como a cultura local, o
meio-ambiente, a política e o desenvolvimento sócio-econômico do Estado.
O curso também promove a integração entre a Instituição e empresas do
setor turístico, setores públicos responsáveis pelo planejamento e
desenvolvimento da atividade, o intercâmbio de informações para a formação
de banco de dados que se enriquecem à medida que cresce a produção
científica e se divulgam seus resultados, servindo para retro alimentar o
sistema de ensino, adequando-o de forma coerente e positiva às exigências da
competitividade.
A justificativa para o presente projeto passa, portanto, pelo entendimento
da urgência de ações voltadas para a formação, qualificação e atualização de
recursos humanos como estratégia para amainar conflitos e responder com
competência aos desafios do setor turístico e pelo entendimento de que as
universidades têm como compromisso em suas atividades de ensino direcionar
os estudos para a formação de recursos humanos com forte embasamento
cultural e humanístico, estimular e despertar a preocupação com a pesquisa e
a investigação e, em conseqüência, preparar profissionais para novas
tecnologias, novos equipamentos e novos materiais. Deve-se ser levado
também em conta o aspecto social e prático de proporcionar aos jovens da
região a oportunidade de se prepararem para uma das mais concorridas e
valorizadas profissões do presente, que se tornará mais importante ainda num
90
futuro próximo, de acordo com a OIT - Organização Internacional do Trabalho e
a OMT - Organização Mundial do Turismo.
Diante do quadro apresentado, a Universidade Federal da Paraíba, face
seus princípios de atender às necessidades sócio-econômicas locais,
comparece com sua parcela de contribuição em vários níveis para o
desenvolvimento do turismo da região, com as ações de seu curso de
graduação na área, relacionadas a seguir.
Apresenta estudos e sugestões precisos para que o turismo seja
desenvolvido de forma eficiente em busca de retorno sócio-econômico,
não apenas para as organizações empresariais, mas, principalmente,
para a comunidade, sem preocupação com dividendos políticos.
Estuda a atividade de maneira global e sistêmica, com constantes
renovações de pesquisas, devido ao dinamismo da área, propondo
soluções racionais e exeqüíveis para as especificidades do turismo
regional, evitando a selvageria improvisadora que no momento impera
na atividade turística, em grande parte dos destinos já consagrados.
Parte do princípio que, até o presente, a maior parte das iniciativas
voltadas para o turismo, sem estudos e pesquisas, planejamento e
administração adequados, conseguiram apenas um desenvolvimento
incipiente do setor.
Desenvolve projetos que visam a conquista do mercado de trabalho da
atividade turística, no momento, um dos mais promissores em todo o
mundo.
Fornece subsídios para o desenvolvimento turístico da região,
considerando que a atividade deve ser incrementada em função do
desenvolvimento sustentável no nível de internacionalização, já que as
fronteiras são cada vez mais anuladas, face aos atuais processos de
globalização e de avanço tecnológico, principalmente no campo das
comunicações. Diante dessa realidade, que deve ser assimilada pelas
comunidades locais, é imperativo a intervenção da Universidade, devido
ao seu aparelhamento teórico para interpretar os “fenômenos
91
globalizantes” para a sociedade que a mantém, fazendo com que, por
um lado, a globalização seja assimilada e aproveitada nas suas
contribuições para os processos de avanço técnico-científico em
acompanhamento à modernidade do conhecimento, mas por outro, seja
questionada em virtude de suas ameaças de descaracterização de
nossas especificidades e no seu modelo econômico de privilegiar as
economias centrais em detrimento das emergentes.
Procura formar profissionais de nível superior para trabalhar nas
diversas áreas institucionais e empresariais ligadas ao turismo, com
sólida formação, não apenas técnica, mas também humanista, multi
disciplinar, para que eles também assumam o papel de agentes de
conscientização das comunidades locais sobre a necessidade de
preservação do ecossistema da região e de suas raízes culturais.
Realiza atividades de extensão, pesquisas e eventos tendo como objeto
de trabalho as necessidades, oportunidades e fenômenos turísticos
regionais.
Diante às ameaças ao patrimônio cultural e ambiental da região e os
erros cometidos, muitos por falta de estudos, pesquisas, planejamentos, da
avaliação teórica, enfim, justamente em áreas de amplo domínio e autoridade
do conhecimento científico e acadêmico, resta à Universidade a possibilidade
de realizar o trabalho mais profundo e racional, não permitindo que a
necessidade de soluções rápidas para o turismo regional, diante da idéia de
“muito tempo já perdido”, impeça um trabalho cauteloso e analítico que
descubra o melhor caminho para o turismo do Estado.
A UFPB, detentora do “saber fazer”, colher, reunir e propagar
conhecimento, reconhecida como um terreno neutro e imparcial na discussão
dos problemas da região, assume-se como um fórum de debates nas questões
inerentes ao turismo, reunindo todos os segmentos ligados à atividade, como
também a comunidade em geral, para que todas as ações, sejam em nível de
planejamento ou de execução, obedeçam aos princípios de integração,
contemplando assim de forma justa e racional o interesse de todos.
92
Toda essa capacidade da UFPB permite que ela mantenha sua
graduação em turismo de forma a atender à justa e profunda aspiração da
comunidade, que deve ser continuamente atendida por dois motivos básicos.
Em primeiro lugar, a obrigatoriedade da Universidade Pública de atender aos
interesses coletivos no que tange ao ensino de terceiro grau de alta qualidade.
Por outro lado, é indispensável que haja a preocupação sobre as
ameaças que pairam sobre o ensino universitário público e gratuito com as
ameaças de sucateamento generalizado e privatização. Sua principal peça de
resistência deve ser esculpida no seio da sociedade que a mantém e, ao
mesmo tempo, onde se consegue a credibilidade e a legitimação que garantem
sua própria existência, sua posição privilegiada de fonte de conhecimento,
sempre na busca da atualização frente às necessidades sociais, papel histórico
que jamais pode ser perdido.
3. OBJETIVOS
Objetivo Geral
O curso de graduação em turismo da Universidade Federal da Paraíba
objetiva, primordialmente, ser um centro de pesquisas moderno e
avançado na área turística, investindo na capacitação e na habilitação
de profissionais para o exercício das atividades executivas das inúmeras
áreas do mercado de trabalho do setor turístico, a exemplo do
planejamento, organização e marketing, dotando-lhe ainda de
responsabilidade social e formação crítica cidadã em defesa do turismo
não predatório, baseado nos princípios da sustentabilidade e do
desenvolvimento sócio-econômico do homem da terra.
Objetivos específicos
93
Proporcionar ao bacharel em turismo um conhecimento crítico e analítico
do mundo atual a partir da percepção das relações de interdependência
entre os diversos elementos que compõem a atividade turística;
Oferecer embasamento teórico e orientações técnicas e metodológicas
para uma atuação consciente na transformação da realidade turística
nacional, regional e local;
Criar oportunidades para a formação de equipes interdisciplinares,
possibilitando a realização de pesquisas prioritárias, tanto básicas
quanto aplicadas;
Manter um canal de comunicação ágil entre a Universidade Federal da
Paraíba, os setores públicos e privados ligados às atividades turísticas,
facilitando acesso a maiores e melhores recursos documentais e de
financiamento às pesquisas no turismo;
Estimular contato e intercâmbio de conhecimentos e experiências entre
pesquisadores do turismo, visando a formação de grupos de pesquisa e
construção de redes de informações;
Desenvolver ações estratégicas objetivando influenciar positivamente no
processo de conscientização das autoridades, do trade turístico e das
entidades representativas e congregacionais, da importância do papel e
da formação de recursos humanos continuada em todos os níveis,
visando o aprimoramento, a eficiência, a competitividade e a melhoria da
qualidade em turismo;
Promover a qualificação de docentes que atuam no curso, com o
propósito de atualização e modernização das técnicas de ensino e do
aprofundamento do conhecimento sobre as diferentes correntes do
pensamento nas disciplinas da área de concentração;
Estimular o aluno a aprender, contribuindo para uma ampla formação
cultural e humanística complementada pela acessibilidade às
habilidades do fazer, tornando-o capaz de atender às exigências do
setor turístico com responsabilidade e competência;
94
Proporcionar aos jovens da região a oportunidade de formação
profissional superior numa atividade cujo mercado de trabalho encontra-
se em ascensão, com perspectivas de maior crescimento ainda, de
acordo com estudos técnicos do setor realizados por instituições
abalizadas;
95
4. PERFIL DOS EGRESSOS
O profissional de turismo, face à extrema complexidade da sua área de
atuação, deve receber uma formação interdisciplinar que o prepare para ser um
técnico com formação superior, em nível de graduação, apto a planejar e
executar projetos turísticos da iniciativa pública e privada, organizar e
administrar empresas e instituições do setor turístico em geral, e equipamentos
de turismo particulares ou públicos.
Entretanto, esta rica e adequada formação técnica deve se dar aliada à
completa e profunda formação ética e humanística, com o objetivo de fazer do
bacharel em turismo não apenas um profissional devidamente preparado para
atuar no mercado de trabalho, mas também um agente de preservação do
patrimônio histórico-cultural e ambiental de sua região, de seu estado, de seu
país e de todo o Planeta e, particularmente, sempre em defesa do bem comum
de sua coletividade, de forma que a busca do desenvolvimento turístico nas
comunidades locais, onde ele atua, jamais seja procurado apenas para a
obtenção de lucro por parte de empresas ou vantagens pessoais de políticos,
mas também, e principalmente, como fator de avanço sócio-econômico da
população em geral.
A formação geral inter e multidisciplinar do bacharel em Turismo,
graduado pela Universidade Federal da Paraíba, permite que ele compreenda
a inserção do turismo no mundo contemporâneo, as suas complexas formas de
funcionamento, especificidades, e os efeitos produzidos por seus fenômenos
que trabalham com o deslocamento de pessoas, provocando alterações na
paisagem e nas culturas humanas.
O lastro privilegiado de sua formação acadêmica é caracterizado pelos
estudos culturais e ambientais, de forma a garantir-lhe a possibilidade de
estabelecer uma reflexão crítica sobre a realidade, com preparação para atuar
no mercado de trabalho, sempre privilegiando os aspectos sociais e
ambientais, promovendo o entrelaçamento entre os povos, de respeito à
diversidade cultural e étnica e da formação de vínculos permanentes entre as
populações.
96
Será um profissional com vocação privilegiada para a profissão de
turismólogo, realizando seu trabalho com amor, agilidade e dedicação,
preparado para as relações humanas de forma a entender as necessidades,
sentimentos e personalidades dos públicos heterogêneos com o qual irá lidar,
respeitando as diferenças de idades, sexos, raças, comportamentos, culturas,
exigências, idiomas, credos, posição econômica, entre outras particularidades,
mantendo um relacionamento profissional eficiente, produtivo, amistoso e
simpático.
Seu dinamismo lhe dará condições de entender, assimilar e tomar
posições frente às mutações dos fenômenos turísticos, mantendo-o consciente
da necessidade do constante aperfeiçoamento profissional.
Com relação à formação específica, o turismólogo da UFPB será
preparado para atuar no planejamento, administração, marketing e divulgação
da atividade turística, compreendida como uma alternativa para o
desenvolvimento regional, considerando-se, não apenas o nível micro-
econômico (em termos de atuação junto às empresas), mas também o macro-
econômico e social, que comporta o conhecimento e o planejamento de
políticas públicas para a área.
A valorização de nosso bacharel em turismo, se completa, em especial,
pela sua consciência crítica e cidadã, comprometida com a sociedade onde
desenvolve seus estudos e sua atuação profissional. Neste sentido, sua
formação geral técnico-humanista o prepara para ser um profissional
consciente e responsável na defesa do patrimônio cultural e ambiental da
humanidade, promovendo a integração de povos e culturas, assumindo o papel
de agente do desenvolvimento auto-sustentável do turismo regional, garantindo
a preservação ambiental e o progresso sócio-econômico, com a exploração
turística racional, sempre a favor da população local, que jamais deve ser
excluída dos processos de desenvolvimento do turismo local.
97
5. CONTEÚDOS CURRICULARES
O currículo do curso de turismo da UFPB é flexível a ponto de absorver
os impactos tecnológicos e as transformações sociais, cuja proposta é estar
sempre aberto para, na medida do possível, atender às reivindicações da
comunidade local no âmbito sócio-educacional, ao mercado de trabalho, ao
intercâmbio inter-regional e até mesmo internacional, face às tendências de
internacionalização e globalização, porém, sempre preservando as
características locais.
Diante da necessidade de uma flexível e atualizada formação multi
disciplinar o aluno de turismo deverá receber uma sólida formação humanística
aliada a uma formação técnica compatível com as exigências do mercado de
trabalho da área turística, bastante dinâmica e eclética, principalmente face às
tendências das novas ordens econômicas mundiais direcionadas pela
globalização, que destinam ao turismo um interesse nunca antes visto.
Assim, a nova estrutura curricular do Curso de Graduação em Turismo
da Universidade Federal da Paraíba, prevê, além das disciplinas específicas de
turismo conta com a formação na área das Ciências Sociais integradas às
Humanidades juntamente com as áreas das Ciências Físicas e Biológicas que
se relacionam com o meio-ambiente.
A multidisciplinaridade deve contemplar estudos da Língua Portuguesa
voltados para a Redação e Expressão Oral, já que o profissional de turismo,
geralmente, convive diretamente com o público, fato que também o obriga a ter
uma boa formação na área da Comunicação Social, mais especificamente em
Relações Públicas, como também em Psicologia Social.
Não lhe pode faltar o conhecimento de línguas estrangeiras. Daí ser
necessário o estudo obrigatório de, no mínimo, o inglês ou o espanhol.
No papel de administrador ou gerente de empresas turísticas públicas e
privadas lhe é indispensável o conhecimento de administração de empresas e
economia.
98
Como um agente da preservação ambiental precisa ter contato com os
estudos ecológicos, extremamente necessários para o ecoturismo.
Necessita conhecer profundamente as localizações e bases geográficas
das localidades turísticas, daí ser imprescindível o estudo de diversas áreas da
geografia, assim como a formação de seu país e de sua região, o que pode ser
lhe transmitido pelo estudo da história. A cultura local, regional e nacional
podem ser conhecidas com o estudo das Ciências Sociais, principalmente as
voltadas para o estudo da cultura brasileira e popular, como também da
arquitetura.
O turismo, hoje, depende muito do planejamento comercial e da
divulgação e promoção. Daí a necessidade do estudo do marketing integrado à
comunicação, nas áreas de publicidade, relações públicas, jornalismo e
fotografia.
Diante do importante papel do bacharel em turismo face às resistências
da degradação ambiental e da exclusão da população nativa nos projetos
turísticos, o aluno deve ter noções de direito, principalmente no que diz respeito
às legislações que regulamentam a atividade e ao seu posicionamento ético.
Como qualquer outra atividade profissional deste final e início de séculos
também é indispensável o conhecimento de informática.
Atendendo ao princípio da flexibilidade curricular, no estudo de todas
essas áreas de conhecimento, deve haver espaço para estudos atualizados do
turismo, já que, devido às constantes inovações na área e próprio dinamismo
dos fenômenos inerentes ao turismo, durante os quatro anos de transcorrer do
curso, podem surgir novidades que devem ser consideradas e estudadas por
espaços na estrutura curricular que permitam a inclusão de disciplinas com
conteúdos “abertos”, tais como “Estudos Turísticos Brasileiros”, “Turismo de
Base Local” e “Tópicos de Estudos em Turismo” com conteúdo programático, a
ser decidido pelo colegiado do curso ou o professor, de atualização de
qualquer área relacionada ao turismo.
A proposta do próprio MEC, dotando as IES de significativa autonomia
para a estrutura curricular de seus cursos, o de graduação em turismo da
99
UFPB, contempla oportunidades para estudos de áreas de conhecimento
relativas às necessidades regionais, de acordo com o princípio de se formar um
bacharel em turismo com “consciência cidadã” apto a contribuir para o turismo
auto-sustentável local.
As disciplinas obrigatórias oferecem ao aluno a indispensável
interdisplinaridade do estudo do turismo, e as optativas (conteúdo flexível)
oferecem uma ampla liberdade de escolha proporcionado ao aluno a
flexibilidade da opção pessoal, com a orientação da coordenação do curso,
face as suas competências e realidade das áreas específicas que deverá atuar
frente às exigências e necessidades do mercado de trabalho.
Dessa forma, o novo currículo, proposto no presente projeto pedagógico,
proporcionará conteúdos flexíveis bastante abrangentes, porém oportunos e
relacionados com o estudo do turismo. A estatística, por exemplo, área do
conhecimento útil para o aluno de turismo, diante da necessidade do
profissional trabalhar com dados de fluxos de viagens, ofertas e demandas,
será uma disciplina optativa, assim como Matemática Financeira, aplicável em
cálculos da movimentação pecuniária dos negócios turísticos, além de muitas
outras.
O curso também exige o Estágio Supervisionado (obrigatório)
que, diferentemente da norma atual, poderá ser realizado a partir
do quinto período conforme normas descritas a seguir, além do
TCC (Trabalho de Conclusão de Cursos), que deverão obedecer
às normas descritas a seguir.
6. DURAÇÃO DO CURSO
Quatro anos divididos em oito semestres (períodos).
7. NORMAS CURRICULARES
Nesta nova proposta o número de aulas para integralizar o curso é de 3.030 horas-
aula e 202 créditos, o que corresponde a mais 540 horas-aula e 47 créditos a mais em
relação ao currículo anterior composto de 2.490 horas-aula, 155 créditos a mais, o
que proporcionará um curso mais robusto e abrangente. Houve o acréscimo de mais
três disciplinas (duas do conteúdo obrigatório e uma do conteúdo flexível), além da
obrigatoriedade de atividades complementares.
100
Considera-se assim que cada crédito equivale a 15 horas-aula.
O estágio curricular será de 390 horas-aula, o que significa 60 horas-aula a mais que
o currículo anterior de 330 horas-aula.
As atividades complementares deverão perfazer um total de 20 créditos e 300 horas-
aula.
Assim, o novo currículo terá a seguinte configuração:
Carga horária do conteúdo obrigatório: 1.980 horas-aula.
Carga horária do conteúdo flexível: 360 horas-aula.
Carga horária do Estágio Supervisionado Obrigatório: 390 horas-aula.
Carga horária das Atividades Complementares: 300 horas-aula.
Carga horária total do Curso: 3.030 horas-aula.
Cada crédito equivale a 30 horas-aula.
Número de créditos: 202
Diferentemente da norma anterior, o aluno não terá o limite máximo de 20 créditos
por período em todos os períodos, mas somente até o quarto período.
A proposta é possibilitar ao aluno cursar um número maior de créditos a partir do
quinto período para que ela possa cursar um maior número de disciplinas do
conteúdo flexível.
Pelo fato de não classificarmos as disciplinas que podem ser cursadas extrapolando o
número de créditos, os alunos podem também, considerando-se a blocagem regular,
adiantar disciplinas, tanto do conteúdo obrigatório como do conteúdo flexível,
entretanto o limite imposto impede, matematicamente que o aluno conclua o curso
num período inferior a oito semestres ou quatro anos.
Assim o aluno poderá cursar, a partir do quinto período e até o sétimo, um total de 24
créditos, ou seis disciplinas.
No último período, o oitavo, para que o aluno retardatário recupere disciplinas que
perdeu, será permitido o máximo de 28 créditos, ou sete disciplinas.
As atividades complementares, que devem completar 20 créditos, o equivalente a
300 horas-aula poderão ser realizadas a partir do primeiro período.
Diferentemente também da norma anterior, que determinava que o aluno deveria
elaborar no último período (o oitavo da blocagem regular) apenas o Trabalho de
Conclusão de Curso e realizar o ESO – Estágio Supervisionado Obrigatório, deverá
cursar, na blocagem regular, mais três disciplinas. A ocupação do espaço existente na
blocagem regular do último período por mais três disciplinas foi a forma encontrada
para o aumento do conteúdo curricular do curso.
101
Assim, o aluno poderá cursar disciplinas e realizar atividades complementares no
mesmo período em que tiver realizando o TCC, obedecendo-se o limite de 28 (vinte
e oito) créditos em disciplinas, incluindo os créditos de TCC, considerando-se que tal
atividade equivale a uma disciplina de 4 (quatro) créditos e 60 (sessenta) horas-aula,
além de oito créditos em atividades complementares.
Entretanto, de acordo com a estrutura curricular, as disciplinas Introdução ao Estudo
do Turismo, Teoria e Técnica do Turismo, Planejamento e Organização do Turismo,
e Metodologia da Pesquisa em Turismo são pré-requisitos do TTC, logo não poderão
ser cursadas concomitamente, durante o mesmo período de sua elaboração.
Os créditos do ESO (Estágio Supervisionado Obrigatório) não serão considerados
para o limite máximo de créditos a serem obtidos em cada período.
A complementação de 300 (trezentas) horas-aula, o equivalente a 20
(vinte) créditos, do curso ocorrerá com atividades complementares, como
participação em seminários, pesquisas, palestras, congressos, encontros e
atividades afins, trabalhos voluntários junto à comunidade relacionados à
prática profissional do turismo, atividades de extensão, viagens técnicas e de
estudos, realização e participação de eventos culturais e de atividades
turísticas, entre outras, além de estágios extras a serem oficializados entre a
UFPB, através da Coordenação do Curso, Pró-reitoria de Assuntos
Comunitários (PRAC), Pró-reitoria de Graduação, e a organização que
proporciona o estágio.
O número equivalente de créditos de cada uma das atividades
complementares será definido pelo Colegiado do Curso que elaborará uma
tabela considerando o número de horas dedicadas à atividade, a relevância
para o aprendizado do aluno e seu aproveitamento.
Assim como atualmente acontece, continuaremos com a política de
continuamente, celebrar convênios com organizações que trabalham com o
turismo, como empresas públicas e privadas, órgãos de fomento à atividade,
organizações não governamentais, prefeituras, entre outras.
8. CURRÍCULO DE TURISMO
Disciplina Área Departament Centro
Créd CH Pré-requisito
102
o
Introdução ao Estudo do
Turismo
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Língua Estrangeira Aplicada
ao Turismo I
Língua
inglesa /
espanhola/
francesa
DLEM CCHL
A
4 60 -
Língua Portuguesa I
(Redação e Expressão Oral)
Língua
portuguesa
DLCV CCHL
A
4 60 -
Sociologia do Turismo e do
Lazer
Sociologia DCS CCHL
A
4 60 -
História e Turismo
História DH CCHL
A
4 60 -
Geografia e Turismo
Geografia Geociências 4 60 -
Língua Estrangeira Aplicada
ao Turismo II
Língua
inglesa /
espanhola/
francesa
DLEM CCHL
A
4 60 Língua
Estrangeira
Aplicada ao
Turismo I
Língua Portuguesa II
(Redação e Expressão Oral)
Língua
portuguesa
DLCV CCHL
A
4 60 Língua
Portuguesa I
Turismo e Cultura Popular
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Legislação e Ética do
Turismo
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Economia do Turismo
Economia Economia CCSA 4 60 -
Geografia Meio Ambiente
Geografia 4 60 -
Introdução à Administração
Administraçã
o
CCSA 4 60 -
Meios de Hospedagem
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 Introdução à
Administração
Psicologia Social
CCHL
A
4 60 -
Bases Ecológicas para o
Turismo
Ecologia 4 60 -
Agências de Viagens
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 Introdução à
Administração
Comunicação para o
Turismo
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Teoria e Técnica do
Turismo
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Ecoturismo
Ecologia CCEN 4 60 Bases
Ecológicas
para o Turismo
Transportes
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 Introdução à
Administração
Relações Públicas e
Humanas para o Turismo
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 Comunicação
para o Turismo
103
Planejamento e Organização
do Turismo
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 Teoria e
Técnica do
Turismo
Métodos e Técnicas da
Pesquisa em Turismo
4 60 -
Estatística
4 60 -
Marketing Turístico I
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Organização de Eventos
Rel. Públicas DECOM CCHL
A
4 60 -
Turismo e Espaço Turístico
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Técnicas de Comunicação
Publicitária
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 Comunicação
para o Turismo
Marketing Turístico II
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 Marketing
Turístico I
Estágio Curricular
Supervisionado
Turismo DECOM CCHL
A
26 --- TTT /
Introdução ao
Estudo do
Turismo /
MTPT / MKT
Turístico I
Trabalho de Conclusão de
Curso
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Estudos Turísticos
Brasileiros
Turismo DECOM CCHL
A
4 60 -
Princípios da Computação
Informática DI CCEN 4 60 -
104
9. EMENTAS DAS DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS
1º Período
Introdução ao Estudo do Turismo cr – 04
Visão do curso, da profissão e ofertas. Turismo como multidisciplinar:
definições, tipologias, terminologias. As variáveis participantes do fato e do
fenômeno turístico, suas relações de causa e efeitos. Ciência e Técnica no
turismo. O ensino e a pesquisa do turismo: Possibilidades e limitações.
Organismos públicos, privados e organizações internacionais de Turismo.
Potencialidades e tendências da atividade turística.
Bibliografia - BARRETO, Margarida. Manual de Iniciação ao Estudo do
Turismo. 2ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 1997. BARRETO, Margarida.
Planejamento e Organização em Turismo. 2ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.
PELEGRINI FILHO, Américo. Ecologia, Cultura e Turismo. 2ª Ed. Campinas,
SP: Papirus, 1997. RUSCHMANN, Doris van de Meene. Turismo e
Planejamento Sustentável: a proteção do meio ambiente. Campinas, SP: 1997.
RUSCHMANN, Doris van de Meene. Marketing Turístico: um enfoque
promocional. Campinas, SP: Papirus, 1991.
Língua Estrangeira Aplicada ao Turismo I (Língua Inglesa ou Espanhola)
cr – 04
Língua Inglesa – Comunicação oral através de pequenos diálogos enfatizando
tanto a prática nas funções e estruturas básicas da língua – com as quais os
alunos já deverão estar familiarizados – como em situações específicas da
área de turismo.
Bibliografia - Longman Dictionary of Contemporary English
. Essex: Longman,
978. MURPHY, R. Essential Grammar in Use
. Cambridge: CUP, l990. SOTT,
T. & HOLT, R. First Class: English for Tourism
. Oxford: OUP, 1991(livro-texto).
Livros,revistas, folders, enciclopédias, dicionários, websites, material ilustrativo
sobre turismo.
Língua Espanhola – Prática das funções básicas da Língua Espanhola,
motivando a leitura, compreensão de textos, escrita e enfatizando a
comunicação oral de situações específicas da área do turismo.
Bibliografia -
105
Língua Portuguesa – Redação e
Expressão oral
cr – 04
O papel da língua na comunicação. A especificidade da comunicação
lingüística. Níveis de Abstração. A língua Portuguesa: gramática e estilos. As
normas lingüísticas. As normas e os fatores de unificação lingüística na
comunidade. A “norma culta” e o conceito de erro na Língua Portuguesa.
Representação escrita das estruturas faladas. Normas de apresentação de
originais: a ABNT.
Bibliografia - AREU, Antonio Suärez. Curso de Redação. São Paulo: Ãtica.
CÄMARA JR, Joaquim Mattoso. Manual de expressão oral e escrita.
Petrópolis, RJ: Vozes. GARCIA, L. (org.) Manual de redacão e estilo. São
Paulo: Globo, l995. GARCIA, Ofhon Moacyr. Comunicacão em prosa moderna.
Rio de Janeiro: FGV. HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo Dicionário de
Aurélio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
Sociologia do Turismo e Lazer cr – 04
Espaço e sociedade. Formas de apropriação do espaço. As noções de lugar e
de paisagem. A noção de tempo: trabalho, lazer e ócio. O turismo e seus
fenômenos. Turismo e globalização.
Bibliografia - DEMO, Pedro. Sociologia: uma introdução crítica. São Paulo:
Atlas, 1987. HARVEY, David. A Condição Pós-moderna._______.
KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do turismo: para uma nova compreensão do
lazer e das viagens. São Paulo: Aleph, 2003. LEITE, José R. Rodrigues.
Turismo e Segurança e Supetur _______________MARCELINO, N.C. Lazer
e Humanização . Campinas, SP: Papirus, 1983. PAIVA , M. G. Sociologia do
Turismo. Campinas Papirus. 1996. PORTUGUES, Anderson Pereira.
Agroturismo e Desenvolvimento Regional
_______________________TRIGUEIRO, Carlos Meira. Marketing & Turismo:
como planejar e administrar o marketing turístico para a localidade . João
Pessoa, PB: Quality e Marketing, 1999.
História e Turismo cr – 04
106
Ciência histórica: conceito e especificações da área de conhecimento. A
dimensão de temporalidade social. A dimensão de temporalidade no turismo: a
diacronia nos conceitos e nos objetos turísticos. Contemporaneidade e
atualização dos objetos turísticos de natureza histórica. História e pesquisa
sobre turismo no Brasil.
Bibliografia - LONDRES, Cecília. A invenção do patrimônio e a memória
nacional. In Helena Bomeny. (Org.) Constelação Capanema: intelectuais e
políticas e políticas. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 2001,
pp.85-1001. BRANDÃO, Carlos Antônio Leite. A formação do homem moderno
vista através da arquitetura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz. A invenção do Nordeste. São Paulo;
Recife: Cortez Editora; FJN, 1999. FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mocambos.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1977. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1981. TELLES, Gilberto de Mendoça. A Crítica e o romance de
30 anos do Nordeste. Rio de Janeiro: Atheneu Cultural, 1990. URRY, John. O
olhar do turista: lazer e viagens nas sociedades contemporâneas. São Paulo:
Sesc; Studio Nobel, 2001. FUNARI, Pedro Paulo e PINSKY, Jaime. (Orgs.)
Turismo e Patrimônio Cultural. São Paulo: Contexto, 2002. CRUZ, Rita de
Cássia. Política de turismo e território. São Paulo: Contexto, 2001. BACELAR,
Tânia. Nordeste. Nordeste: que Nordeste. In: Rui de Brito Álvares Affonso e
Pedro Barros Silva. (Orgs.). Federalismos no Brasil: desigualdades regionais e
desenvolvimento. São Paulo: Ed. Da Unesp, 1995. Pp 125-56.
2º Período
Geografia e Turismo cr – 04
107
Geografia: teorias clássicas e contemporâneas. Espaço lugar. O território e o
fenômeno da territorialidade. Cultura e espacialidade. Ocupação dos territórios:
posições e contradições. Estrutura e dinâmica populacional.
Bibliografia - ANDRADE, José Vicente de. Turismo: fundamentos e
dimensões. 2ª ed. Ed. Ática, São Paulo, 1995. ANGLI, Margarita N. Barreto.
Planejamento e Organização e Turismo. Campinas, São Paulo: Papirus, 1991.
BARRETO, Margarita. Manual de Iniciação ao Estudo do Turismo. Campinas,
SP: Papirus,1995. GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direto de Águas e Meio
Ambiente. São Paulo: Ícone, 1993.
Língua Estrangeira Aplicada ao Turismo II (Língua Inglesa ou
Espanhola ou Francesa)
cr – 04
Língua Inglesa – Leitura e compreensão de textos dando ênfase a
compreensão oral sem, no entanto relegar a habilidade da escrita. Revisão das
funções e estruturas básicas da língua estudada anteriormente.
Bibliografia -
Língua Espanhola - Aprofundamento do estudo das funções e estruturas
básicas da Língua Espanhola. Prática das habilidades de leitura, compreensão
de textos, escrita e comunicação oral, com ênfase para esta última, com base
nas situações pertinentes à área de Turismo.
Bibliografia - CASTRO, F., MARIN, F., MORALES, R. e ROSA, S. VEM I.,
Madrid, Edelsa, 1995. MORENO , Concha & TUTS, Martina. El Espanhol en el
Hotel. Madrid, SGEL, 1997. Dicionários. Revistas. Folhetos. Propagandas.
Língua Francesa – Prosseguimento do estudo das estruturas fundamentais da
língua francesa, na mesma perspectiva de priorizar as situações de
comunicação próprias à área turismo.
108
Bibliografia -
Língua Portuguesa Instrumental cr – 04
Possibilidades argumentativas em língua oral e escrita. Instrumentos para o
desempenho adequado de funções administrativas e de serviços em turismo.
Bibliografia - ABREU, Antônio Soárez. Curso de redação . São Paulo: Ática,
1989. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa .São Paulo:
Nacional, 1999. BLIKTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. São
Paulo: Ática, 1985. CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova gramática do
português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, l985. GARCIA ,
Othon M. Comunicação em prosa moderna . Rio de Janeiro: Editora da
Fundação Getúlio Vargas, 1977.
Turismo e Cultura Popular cr – 04
Cultura popular no âmbito da Antropologia Cultural. Traços da cultura do povo
no contexto social contemporâneo. Fatos folclóricos de interesse turístico.
Inventário e roteiros dos ciclos folclóricos do NE e PB. Turismo e impacto nos
padrões da cultura popular tradicional.
Bibliografia - ARANTES, Antônio Augusto. O que é cultura popular?. São
Paulo: Brasiliense, 1990. BARRETO, Margarida. Turismo e legado cultural.
Campinas: Papirus, 1999. BARRETO, Margarida; BANDUCCI JR, Álvaro.
Turismo e identidade cultural: uma visão antropológica. São Paulo: Papirus,
2001. BRANT, Leonardo. Mercado cultural: investimento social, formação e
venda de projetos, gestão e patrocínio, política cultural. São Paulo: Escrituras,
2001. BOSI, E. Cultura brasileira: temas e situações
. São Paulo: Ática, 1987.
CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas híbridas
. São Paulo: Edusp, 1998. DELLA
MONICA, Laura. Turismo e Folclore: um binômio a ser cultuado. São Paulo:
Global Universitária, 1999. FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido
. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1994. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito
antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. PELLEGRINI FILHO, Américo.
Ecologia, cultura e turismo
. Campinas: Papirus, 1997.
Legislação e Ética do Turismo cr – 04
Conhecimentos básicos do direito que possibilitem a compreensão e aplicação
da legislação específica sobre o turismo. Legislação. Situação jurídica do
turista estrangeiro no Brasil. Questões que envolvem aspectos éticos no
relacionamento em sociedade daqueles circunscritos ao exercício da profissão.
109
Bibliografia - ARANHA, Maria Lúcia de e MARTINS, Maria Helena P.
Filosofando - Introdução à Filosofia . São Paulo, Editora Moderna, l988. CHAUÍ,
Marilena. Convite à Filosofia . São Paulo, Ática, 1994. CORIOLANO, Luzia
Neide M. T. (org.) Turismo com ética. Fortaleza: UECE, 1998. FERRAZ,
Joandre Antonio. Regime jurídico do turismo. Campinas, SP: Papirus, 1992.
3º Período
Economia do Turismo cr – 04
História econômica do turismo. Principais conceitos da ciência econômica e
suas aplicações nas atividades turísticas. Fundamentos econométricos
aplicados ao turismo. Análises teóricas e empíricas dos principais aspectos
microeconômicos do Turismo (oferta, demanda e mercado turísticos).
Comportamento geral do mercado turístico internacional e brasileiro,
destacando a sua importância no planejamento econômico. Análise teórica e
empírica dos principais aspectos macroeconômicos do turismo. Impactos
econômicos do Turismo.
Bibliografia - Lange, Oskar. Moderna Economia Política. São Paulo: Vértice,
1986. Rossetti, José Paschoal. Introdução à Economia. 16ª ed. São Paulo,
Atlas, 1995.
Geografia e Meio Ambiente cr – 04
Espaço regional e planejamento. Paisagem como suporte a vida.
Desenvolvimento turístico, impacto ambiental e qualidade de vida.
Bibliografia -BERDOULAY V. PHIPPS, M. Paysage et système. Otawa:
Univerwsitè d'Otawa, 1985. ROSSJurandyr L. S. Geomorfologia: ambiente e
Planejamento. São Paulo: Contexto, 1990. SANTOS, Milton. Metamorfoses do
espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1994. SEABRA, Giovanni F.
Fundamentos e perspectivas da Geografia. João Pessoa: Editora da UFPB,
1997. SEABRA, Giovanni F. Do garimpo aos ecos do turismo: o parque
nacional da chapada diamantina. (Tese de doutorado). São Paulo,
110
FFLCH/USP, 1998. TAUK, Sânia M. (org.) Análise ambiental: uma visão
multidisciplinar. São Paulo: Fapesp, 1991.
Introdução à Administração cr – 04
Teorias e fundamentos da Administração. Desenvolvimento histórico da
administração. Funções administrativas. O campo da Administração. As
instituições. Visão introdutória sobre o campo da administração,
proporcionando-lhe perspectivas geral das áreas das atividades
administrativas.
Bibliografia - CHIAVANETO, Idalberto. Administração: teoria, processo e
prática. São Paulo: Mc. Graw Hill, 2000. DUBRIN, Andrew. Princípios de
administração. Rio de Janeiro: LTC, 1998. FINANCIAL TIMES. Dominando
administração. São Paulo: Makron Books, 1999. GIBSON, Rowan.
Repensando o futuro. São Paulo: Makron Books, 1998. KARLOF, Bengt.
Conceitos básicos de administração. São Paulo: Nobel, 1995. KWANISCKA,
Eunice Lacava. Introdução à administração. São Paulo: Makron Books, 2000.
MORAES. Anna Maria Pereira de. Iniciação ao estudo da administração. São
Paulo: Makron Books, 2000. MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à
Administração. São Paulo: Atlas, 1996. ROBBINS, Stephen P. & COULTER,
Mary. Adminstração. Rio de Janeiro: PHB, 1998, 5ª ed.
Psicologia Social cr – 04
Concentração e objetos de estudo de psicologia social: processos grupais e
comportamento entre pessoas e grupos.
Bibliografia -BARRETO, M. ( 1995). Manual de Iniciação ao Estudo do
Turismo. 2ª ed. Campinas, SP: Papirus, 1997. BOCK, A. M. B., FRUTODO, º,
TEXEIRA, M. DE L. T. Psicologias: uma intrudução ao estudo da Psicologia.
São Paulo: Saraiva, 1991. LANE, S. T. M.. O que é psicologia social. São
Paulo: Brasiliense, 1988. CODO, W (Org). Psicologia social: o homem em
movimento. São Paulo: Brasiliense, 1988. PISANI, M. E. (Et Alli). Psicologia
Geral. Porto Alegre: Vozes, 1987. SILVA, F. B. da. Psicologia Aplicada ao
Turismo e Hotelaria. São Paulo: Cena Un, 2000.
111
Disciplina optativa cr – 04
4º Período
Meios de Hospedagem cr – 04
Classificação dos meios de hospedagem. Operações básicas que caracterizam
a empresa hoteleira. Análise de cada procedimento particular na ordem de sua
ocorrência nas suas operações. Diferentes e possíveis tipos, portes, estruturas
e organizações de empresa hoteleira e sua adequação aos objetivos turísticos.
Treinamento dos aspectos básicos de administração e gerência.
Bibliografia - ANDRADE, José Vicente. Turismo: fundamentos e dimensões.
6ªed. São Paulo: Ática, 1999. ANDRADE, Nelson et alli. Hotel: planejamento e
projeto. 2ªed. São Paulo: SENAC, 2000. BENI, Mario Carlos. Análise estrutural
do turismo. 2ªed. São Paulo: SENAC, 1998. CASTELLI, Geraldo.
Administração hoteleira. 8ªed. Caxias do Sul: EDUCS, 2001. CAVASSA, César
Ramírez. Hotéis: gerenciamento, segurança e manutenção. São Paulo: Roca,
2001. DUARTE, Vladir Vieira. Administração de sistemas hoteleiros: conceitos
básicos. São Paulo: SENAC, 1996 (Série Apontamentos). KUAZAQUI, Edmir.
Marketing turístico e de hospitalidade – Fonte de empregabilidade e
desenvolvimento para o Brasil. São Paulo: MAKRON Books, 2000. MARQUES,
José Albano. Manual de hotelaria: políticas e procedimentos. Rio de Janeiro,
Thex, 2000. MONTEJANO, Jordi Montaner. Estructura del mercado turístico.
2ªed. Madrid: Síntesis, 1999. O’CONNOR, Peter. Distribuição da informação
eletrônica em turismo e hotelaria. Porto Alegre: Bookman, 2001. PIRES, Mario
Jorge. Raízes do turismo no Brasil: hóspedes, hospedeiros e viajantes no
século XIX. Barueri: Manole, 2001.
Bases Ecológicas para o Turismo cr – 04
Características estruturais e funcionais dos sistemas ecológicos naturais.
Características dos principais ecossistemas brasileiros. Conceitos de
conservação e preservação ambientais. Noções de estudos de impacto
ambiental.
Bibliografia - DORST, J . Antes que a natureza morra
. São Paulo: Ed.
Edgardh Blucher, 394p., 1973. DREW , D . Ecologia interativo homem - meio
ambiente. Ed. Bertrand: 1998. ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro:
112
Guanabara, 1988, 434p. PINTO, A. C. Brasil. 1998. Turismo e Meio
Ambiente, aspectos jurídicos. Campinas, SP: Papirus., 1988, 192p.
RODRIGUES. A. B. (org.) Turismo e ambiente: reflexões e propostas . São
Paulo: Hucitec, 3ª ed., 2002. RUEG, Elza Flores (vários). Impacto dos
agrotóxicos, a saúde e a sociedade. 2
a
. ed. Editora Cone. 95p., 1991.
Agências de Viagens cr – 04
Políticas de incentivo à atividade turística e sua organização no setor de
agências. A inserção do setor de agenciamento no planejamento turístico.
Desenvolvimento das agências nos núcleos receptores e emissores. Conjuntos
de operações realizadas pelas agências de viagem no mercado de viagens;
detalhamento de cada procedimento. Elaboração de roteiros de viagens.
Bibliografia - TOMELIN, Carlos Alberto. Mercado de agências e Turismo:
Como competir diante das novas tecnologias. São Paulo: Aleph, 2001.
STEPHEN, J. Page. Transporte e Turismo. Porto Alegre: Bookman, 2001.
PETRA, Nicole. Lãs agências y de turismo. México: Ed. Diana, 1996.
Comunicação para o Turismo cr – 04
Relação entre comunicação, sociedade, cultura, poder e turismo. Aspectos
históricos do desenvolvimento da comunicação. Abrangência e utilidade da
Comunicação Social no turismo. Utilização dos processos comunicacionais de
jornalismo, relações públicas, publicidade e propaganda no turismo.
Características, funções e sistemas do jornalismo nas sociedades
contemporâneas. Estudos básicos da linguagem e produção jornalística.
Jornalismo especializado e de serviços para o turismo. Nova geopolítica
mundial e fluxo de informações. Novas tecnologias de comunicação utilizadas
no turismo.
Bibliografia - BORDENAVE, Juan E. Diaz. O que é comunicação. São Paulo:
Brasiliense, 1986. COSTELA, Antonio F. Comunicação: do grito ao satélite. 4ª
ed. Campos do Jordão, SP: Ed. Mantiqueira, 2001. LAGE, Nilson. Linguagem
jornalística. 7ª ed. São Paulo: Ática 2001. LAGE, Nilson. A prática da
reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de
Janeiro: Record, 2001. LÉVY, Pierre. Cibercultura
. Rio de Janeiro: Editora 34,
1999. MARTELART, Armand. A globalização da Comunicação. São Paulo:
Edusp: 2000. MELO, José Marques de. Comunicação e libertação. Petropólis,
113
RJ: Vozes, 1981. MCLUHAN, Marshall. A galáxia de Gutemberg. São Paulo:
Nacional, 1977. MELO, José Marques de. Comunicação: teoria e política. São
Paulo: Summus, 1985. SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo:
Brasiliense, 1983. WOLF, Mauro. Teorias da comunicação. 4ª ed. Lisboa,
Portugal: Editora Presença LDA, 1995.
Disciplina Optativa cr – 04
5º Período
Teoria e Técnica do Turismo cr – 04
Identificação dos elementos constitutivos do turismo, dimensão, econômica,
social e interdependência estrutural com os demais elementos do contexto.
Inventário de todos os atrativos que geram ou podem gerar fluxo de turismo em
área preestabelecida. Dimensionamento do setor de serviço e equipamentos
receptivos de alojamento hoteleiro extra-hoteleiro, mercado de viagens,
transporte e equipamentos complementares de recreação, alimentação e
promoção. Caracterização, classificação, mensuração da demanda de bens e
serviços turísticos. Grau de participação dos consumidores nas várias
atividades de recreação e lazer da área em destaque.
Bibliografia - ANDRADE, José Vicente. Turismo: fundamentos e dimensões.
São Paulo: Ática, 1998. ANSARAH, Marília Gomes dos Reis (org.). Turismo;
segmentação de mercado. São Paulo: Futura, 1999. BENEVIDES, Ireleno
Porto. Turismo e PRODETUR: dimensões e olhares em parceria
. Fortaleza:
EUFC, 1998. BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo
. São Paulo:
SENAC, 1997. COOPER Chris, (org.) Turismo: princípios e prática. Porto
Alegre: Bookman, 2001. CRUZ, Rita de Cássia . Política de turismo e
território. São Paulo Contexto. 2000. LAGE, Beatriz H. Gelas: MILONE,
Paulo César. (Orgs.). Turismo; Teoria e prática. São Paulo 2000. PEARCE,
D.; BUTLER, R. Desenvolvimento em turismo: temas contemporâneos
. São
114
Paulo: Contexto, 2002. TRIGO, L. G. G. Turismo e qualidad:; tendências
contemporâneas. Campinas, SP: Papirus.
Ecoturismo Cr - 04
Histórico do ecoturismo. Identificação e delimitação dos bens naturais propícios
ao turismo ecológico. Gestão e planejamento ambientais na prática do
ecoturismo. Sistema de Unidades de Conservação. Envolvimento da população
humana local no ecoturismo. Técnicas para o desenvolvimento de programas e
roteiros para o ecoturismo. O perfil do ecoturista.
Bibliografia - BRASIL. Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo
.
Coordenadores: Silvio Magalhães Barros e Denise Hamú M. de La Penha.
Brasília: EMBRATUR. Grupo de Trabalho Interministerial MICT/MMA., 1994.
BRESSAN, Delmar. Gestão Regional da Natureza
. São Paulo: HUCITEC,
1996, 111p. LEMOS, Anália Ines G. (Org.). Turismo: impactos Socioambientais.
São Paulo: HUCITEC, 1996, 305p. RIZZINI, Carlos Toledo, COIMBRA,
Adelmar F. Filho. & HOUAISS, Antônio. Ecossistemas Brasileiros. ________
Editora Index. 1988.
RODRIGUES, Adyr B. Turismo, Modernidade, Globalização. São Paulo:
HUCITEC, ____. SERRANO, Célia M. T. Viagens à Natureza, Cultura e
Ambiente. São Paulo: HUCITEC.
UNIÃO EUROPÉIA/EMBRATUR. Manual de Ecoturismo
.
Transportes cr – 04
Histórico e utilização do sistema de transportes. Políticas de incentivo à
atividade turística e sua organização no setor de transporte. A inserção do
setor de transporte no planejamento turístico. Transporte e Turismo:
adequação.
Bibliografia - ARAGÃO, Samuel Correia. Transito na Europa? Conheça o
trânsito da Europa. João Pessoa: JP Unigraf, 1997. BURTON, Michael J.
Introdução ao Planejamento dos Transportes. São Paulo: Ed. USP, 1979.
COIMBRA, Creso. Visão histórica e análise conceitual dos transportes no
Brasil. Rio de Janeiro: CEDOP do MT, 1974. FLORES, Mário César. Panorama
115
do poder marítimo brasileiro. Rio de Janeiro: Bibliotec do Exército, 1972.
HELLMAN,Hal. Os transportes no mundo do futuro. São Paulo: Cultrix, 1978.
MACHADO, Hugo da Cunha. O transporte aéreo internacional e a convenção
de Chicago. Rio de Janeiro: Departamento de imprensa nacional, 1976.
PALHARES, Guilherme Lohmann. Transportes turísticos. São Paulo: Aleph,
2002. PAGE. Stephen J. Transporte e turismo. São Paulo: Bookman, 2001.
Relações Públicas e Humanas para o Turismo cr – 04
Distinções entre relações públicas e relações humanas e suas aplicabilidades
no turismo. Conceitos e definições de relações humanas. Relações humanas e
públicas como instrumento do turismo. Relações públicas e comunicação
integrada para o turismo. Relações públicas e comunicação organizacional.
Atividade de relações pública em função da heterogeneidade dos públicos do
turismo. Relações humanas nos campos sociais e profissionais do turismo.
Bibliografia - LESLY, Philip (org.). Os fundamentos das relações públicas e da
administração. São Paulo: Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios,
1995. KUNSCH, Margarida Maria Kroling. Planejamento de relações públicas e
da comunicação integrada. São Paulo: Summus, 1996. KUNSCH, Margarida
Maria Kroling. Relações públicas e modernidade: novos paradigmas da
comunicação organizacional. São Paulo: Summus, 1997. KUNSCH, Margarida
Maria Kroling (org). Obtendo resultados com relações públicas
......
Disciplina Optativa cr – 04
6º Período
Planejamento e Organização do Turismo cr – 04
Planejamento do desenvolvimento. Turismo como fator de desenvolvimento.
Políticas de turismo. Planejamento: conceitos, princípios, dimensões e
classificações. Planejamento como processo. Métodos de planejamento
turístico. Plano turístico municipal e estadual adequado às condições sócio –
ambientais locais. Estudos de caso.
116
Bibliografia - DENCKER , Ada de Freitas Manetti. Métodos e técnicas de
pesquisa em turismo. São Paulo: Futura, 1998. KISIL, Rosana. Elaboração de
projetos e propostas para organizações da sociedade civil. São Paulo: Global,
2001. OLIVEIIRA, A. . P. Turismo e desenvolvimento: planejamento e
organização. São Paulo: Átlas, 2000. PEARCE, D., BUTLER, R.
Desenvolvimento em turismo: temas contemporâneos. São Paulo: Contexto,
2002. SWARBOOKE, John. Turismo sustentável: conceitos e impacto
ambiental. São Paulo: Aleph, 2000, vol. 2. YOUEL, Ray. Turismo: uma
introdução. São Paulo: Contexto, 2002.
Metodologia da Pesquisa em Turismo cr – 04
O campo metodológico da pesquisa estrutura e processo. Os níveis da
pesquisa epistemológica, teórico-metodológico e técnica. As fases da pesquisa.
Técnica de amostragem e coleta de dados. Métodos de análise de dados
quantitativos: uso da estatística e das observações antropológicas no campo
do turismo. O emprego da pesquisa no planejamento do turismo. Projeto de
pesquisa em turismo.
Bibliografia - ARANHA, Maria L. Temas de filosofia. São Paulo: Ed. Moderna.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 8ª ed. São Paulo: Ática, 1997. DENCKER,
Ada de Freiras M. Métodos e técnicas de pesquisa em Turismo. São Paulo:
Futura, 1998. LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. São Paulo: Atlhas,
1991. LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Atlhas, 1992. MINAYO, Maria C. de Souza (org.). Pesquisa social: teoria,
método e criatividade. 20 ed. Petrópolis, 1994. MOESCH, Marutscka Martini. A
produção do saber turístico. São Paulo: Contexto, 2002. REJOWSKI, Mirian.
Turismo e pesquisa científica. São Paulo: Papirus, 1996. RICHARDSON,
Roberto Jarry et all. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo:
Atlas,1999. ROCHA, Rogelio Centeno. Metodologia de la investigacón aplicada
al turismo: casos praticos. México: Trillas, 1999. VITALE, Sergio Ponterio.
Metodologia en el turismo. México: Trilla, 1991.
Estatística Cr - 04
117
Análise de dados estatísticos. Medidas de tendência central. Medidas de
variabilidade. Assimetria de Curtose. Números índices. Probabilidade. Variáveis
aleatórias unidimensional. Distribuições de probabilidade.
Bibliografia -
Marketing Turístico I cr – 04
Evolução, origem, conceito, importância e abrangência do Marketing. Ética e Marketing.
Marketing de serviços: definição, características, natureza e importância dos serviços;
Endomarketing; Mix de Marketing – Produto, Preço, Praça e Promoção. Aplicação do
Marketing em Turismo. Tipos de marketing. Os 4P´s, 4 A´s, 7C´s do Marketing aplicados ao
Turismo.
Bibliografia - COBRA, Marcos. Marketing de serviços: turismo, lazer e
negócios. São Paulo: Cobra, 2001. KOTLER, Philip. Administração de
Marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall do Brasil, 2001.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: Como criar, conquistar e dominar
mercados. São Paulo: Futura, 2001.RICHARS, Raimar. O que é marketing.
São Paulo, SP: Brasiliense, 1982. PETER, J. Paul; CHURCHILL, Gilbert A.
Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000.
RUSCHMANN, Doris. Marketing turístico: um enfoque promocional. Campinas:
Papirus, 1990 (Coleção Turismo). SAMARA., Beatriz Santos. Pesquisa de
marketing conceitos e metodologia. São Paulo, SP: Makron Books, l994.
STANTON, William; ETZEL, Michael J.; WALKER, Bruce J. Marketing. São
Paulo: Makron Books, 2001. VAZ , Gil Nuno. Marketing turístico : receptivo e
emissivo : um roteiro estratégico para projetos mercadológicos púlicos e
privados. São Paulo , SP: Pioneira, 1999.
Disciplina Optativa cr – 04
7º Período
Organização de Eventos cr – 04
Planejamento, organização e execução de eventos (congressos, simpósios,
inaugurações, exposições, concurso, lançamento de produtos, competições
esportivas etc.) Utilização da mídia para promoção de eventos.
118
Bibliografia - BRITO, Janaina. Estratégias para eventos: uma ótica do
marketing e do turismo. São Paulo: Aleph, 2003. CESCA, Cleuza G. Gimeses.
Organização de eventos: manual para planejamento e execução. São Paulo:
Pioneira. KUNSCH, Margarida Maria Krohling (org.). Obtendo resultados em
relações públicas. São Paulo: Pioneira 1997. NUNES, Maria Martinez. Redação
em relações públicas. Porto Alegre: Sagra - DC Luzzatto. 1995. NUNES, Maria
Martinez. Cerimonial para eventos: um guia para executivos e supervisão de
eventos empresarial. 8s. Porto Alegre : Sagra - DC Luzzatto, 1996. ROCHA,
Eneida M. Organizações de eventos
. Rio de Janeiro: SENAC/DN/DPF, 1993.
TURISMO EM ANÁLISE . Vol . 8, n. 1, maio de 1997. São Paulo: Escola
de Comunicação e Artes da USP. ......................Organização e gestão de
eventos. ... :Campus editora, 2003.
Turismo e Espaço Turístico cr – 04
A teoria do espaço turístico. Planejamento do espaço turístico. Paisagem.
Análise de formas concretas de urbanização turística. Planejamento urbano: a
questão metodológica para a elaboração de planos. Plano e política de
desenvolvimento regional.
Bibliografia - BADUCCI JÜNIOR, A .; MORETTI, E. (orgs.). Qual paraíso?
Turismo e o ambiente em Bonito e no Pantanal. São Paulo: Chronos: Campo
Grande; Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 2001. BENEVIDES,
Ireleno. Turismo e PRODETUR: dimensões e olhares em parceria
. Fortaleza:
UFC,1998. BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo
. São Paulo:
SENAC, 1997. CARLOS, Ana Fani. A cidade
. São Paulo: Contexto, 2001.
CRUZ, Rita de Cássia. Política de turismo e território
. São Paulo: Contexto,
2000. SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo:
HUCITEC, 1997. TAYLER, D ., GURRIER, Y ., ROBERTSON, M. (orgs.).
Gestão de turismo municipal: teoria e prática de planejamento turístico nos
centros urbanos. São Paulo: Futura, 2001. YAZIGI, E. (Org.) . Turismo e
paisagem . São Paulo: Contexto, 2002.
Técnicas de Comunicação Publicitária cr – 04
119
Técnicas de comunicação publicitária. A conta publicitária. Elemento de
agência de propaganda e publicidade. Processo de criação e avaliação de
peças publicitárias. Estudo de peças publicitárias para promoções turísticas.
Bibliografia - CORREA. Roberto (2001). Planejamento de propaganda. São
Paulo: Summus, 2001. LUPETTI, Marcélia. Planejamento de comunicação. São
Paulo: Futura, 2000. PINHO, J.B. Publicidade e vendas na internet: técnicas e
estratégias. São Paulo. RAMOS, Ricardo. (1999). Contato imediato com a
propaganda. São Paulo: Global. SANT'ANNA, Armand. (1996). Propaganda:
teoria, técnica e prática. São Paulo: Pioneira. STEEL, Jon. Verdades, mentiras
e propaganda. São Paulo: Negócios Editora, 2002.
Marketing Turístico II cr – 04
Estratégias de Marketing em função da segmentação do mercado e de
usuários especializados. Análise do comportamento do consumidor e sua
decisão de compra. Tendências do Mercado. Pesquisa de Mercado em
Turismo. Análise da demanda e suas características. Planejamento Estratégico
e o papel do marketing nos órgãos públicos. Marketing das Cidades (City
Marketing).
Bibliografia - ANSARAH, Marília Gomes dos Reis (org.) Turismo:
Segmentação de Mercado. São Paulo: Futura, 2000. BIGNAMI, Rosana. A
imagem do Brasil no turismo: construção, desafios e vantagem competitiva.
São Paulo: Aleph, 2002 (Série Turismo). KOTLER, Philip. HAIDER, Donald.
REIN, Irving. Marketing Público: Como atrair investimentos, empresas e turismo
para Regiões, Estados e países. São Paulo: Makron Books, 1994. KOTLER,
Philip. Marketing político; como atrair investimentos, empreses e turismo para
cidades, regiões, estados e países. São Paulo, SP: Makron Books, 1984.
THEOBALD, William F. (org.). Turismo global. São Paulo: SENAC, 2001.
TRIGUEIRO, Carlos Meira . Marketing & Turismo: como planejar e administrar
o markentig turístico para uma localidade. Rio de Janeiro, RJ: Qualitymark,
1999. . VAZ , Gil Nuno. Marketing turístico : receptivo e emissivo : um
roteiro estratégico para projetos mercadológicos púlicos e privados. São
Paulo , SP: Pioneira, 1999.
120
Disciplina Optativa cr – 04
8º Período
Estágio Curricular cr – 04
Aplicação e re-elaboração dos conhecimentos teóricos através da prática
desenvolvida em estágios em áreas afins do curso. Elaboração de relatório das
atividades desenvolvidas no estágio. O aluno deve ser acompanhado por um
professor de sua livre escolha que o orientará até o momento da apresentação,
discussão a avaliação do relatório.
Trabalho de Conclusão de Curso cr – 04
Elaboração e apresentação pública do resultado de um trabalho de pesquisa,
segundo regulamentação do Colegiado de curso.
Estudo Turísticos Brasileiros cr – 04
Disciplina ou atividade ofertada ou desenvolvida por departamentos
interessados no tratamento teórico-metodológico ou técnico de temas ou
aspectos de relevância para a formação do profissional em Turismo, cuja
proposta deve ser definida juntamente com a Coordenação do Curso de
Turismo e acatada pelo Colegiado de curso por ocasião do planejamento
semestral das atividades acadêmicas.
Princípios da Computação cr – 04
Evolução histórica dos computadores. Arquitetura básica de um computador.
Introdução aos sistemas operacionais. Estudo de uma planilha eletrônica.
Estudo de um processador de textos. Introdução às redes de computadores e à
Internet.
Bibliografia -
121
Disciplina Optativa cr – 04
10. EMENTAS DAS DISCIPLINAS OPTATIVAS
Departamento de Administração
Administração de políticas públicas
cr – 04
O Estado brasileiro e a administração das políticas públicas e sua relação com o
desenvolvimento econômico e político do país. Planejamento, formulação e implantação
das políticas públicas. As políticas públicas e a qualidade dos serviços.
Departamento de Economia
Fundamentos de Economia I
cr – 04
Pluralismo metodológico e as diversas teorias econômicas. As grandes
correntes do pensamento econômico contemporâneo; neoclassicismo,
keynesianismo e economia política marxista; as teorias do valor; noções de
microeconomia; noções de macroeconomia.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Finanças e Contabilidade
Contabilidade geral I
cr – 04
Princípios e normas contábeis; Estrutura e classificação dos elementos
patrinomiais; sistema básico de contabilidade; noções sobre as demonstrações
contábeis.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Geociências
Geografia do Brasil
cr – 04
122
Formação sócio-territorial do Brasil. O processo de produção do território
brasileiro: as fases colonial, agrário-exportadores e urbano-industrial. A
industrialização, a formação do mercado nacional e o papel do Estado.
Políticas regionais e ação governamental. Divisões regionais: critérios e
objetivos. Identidade e territorialidade nacional.
Referências Bibliográficas:
Geografia Regional da Paraíba
cr – 04
As regionalizações do Estado da Paraíba. Processo histórico de ocupação. Os
aspectos naturais, sociais, políticas e culturais de sua formação. A
territorialidade humana e a relação com o lugar.
Referências Bibliográficas:
Geografia Física Aplicada ao Turismo
cr – 04
Aspectos gerais de Geologia, geomorfologia e Climatologia.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Sistemática e Ecologia
Ecologia Humana
cr – 04
Histórico e desenvolvimento da Ecologia. Terminologia Básica em Ecologia.
Ecologia e Ecologia Humana. Metodologia em Ecologia Humana.
Interdisciplinaridade. Sociedades nômades, agropastoris e industriais. Evolução
humana, biológica e cultural - homem biológico - homem natureza. O homem e
os ciclos biogeoquímicos. O homem e o fluxo energético. Poluição
antropógena. Ecologia e o avanço tecnológico. Demografia. Debate político-
ecológico. Projeto prático.
Referências Bibliográficas:
Fauna e Flora no Nordeste Brasileiro: Diversidade e
Conservação
cr – 04
Identificação dos grupos animais e vegetais mais conspícuos nos ambientes
terrestres e aquáticos de interesse turístico; estado de conservação da fauna e
flora do Nordeste brasileiro; espécies ameaçadas de extinção.
Referências Bibliográficas:
Utilização de Ecossistemas Aquáticos para o Turismo
cr – 04
Aspectos biológicos e ecológicos dos ecossistemas aquáticos continentais e
marinhos; interações entre ambientes aquáticos e terrestres; formas de uso e
principais problemas ambientais dos ecossistemas aquáticos; medidas de
conservação e proteção; elaboração de roteiros para o ecoturismo nos
ecossistemas aquáticos regionais.
Referências Bibliográficas:
123
Departamento de Fundamentação da Educação
Educação Ambiental
cr – 04
Contribuir para uma consciência crítica e criativa sobre as questões ambientais
entendendo-se como crítica a compreensão da origem e evolução dos
problemas ambientais, considerando-se para tanto, os aspectos biológicos,
físicos e químicos, bem como os sócio-econômicos, políticos e culturais. Dentro
do atual contexto tecnlógico desenvolvendo a plena cidadania e
consequentemente garantindo a qualidade de vida, utilizando para tanto o uso
racional dos recursos naturais em benefício das gerações atuais e futuras.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Ciências Sociais
Antropologia Cultural
cr – 04
A disciplina antropológica e o conceito de cultura. Cultura e natureza, meio-
ambiente e relações sociais. Processos de transição. Tipos de sociedades e
formas culturais. A questão tecnológica.
Referências Bibliográficas:
Antropologia do Nordeste
cr – 04
Antropologia geral e regional. Cultura e espaço regional. Regiões culturais do
Brasil e do Nordeste. O Nordeste agrário do litoral e suas sub-regiões culturais.
A dinâmica cultural do Nordeste.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Artes
História da Arte
cr – 04
Teoria sobre a origem da arte. As culturas artísticas cristãs: o Bizantino, o
Romântico e o Gótico. A arte muçulmana. O renascimento italiano. A pintura
flamenca. Barroquismo e rococó. O século XIX: neoclassicismo, romantismo,
realismo, impressionismo. O século XX: cubismo, expressionismo, surrealismo,
primitivismo, abstracionismo. Tendências artísticas recentes.
Referências Bibliográficas:
Estética e História da Arte
cr – 04
Análise do pensamento estético-filosófico contemporâneo, no contexto da
história da arte que registra a experiência cultural do homem através dos
tempos. Abordagem crítica dos condicionamentos estéticos ao fazer artístico e
da história da arte como superposicão cronológica de épocas e sociedades na
perspectiva de um tempo retilíneo. Buscando as raízes da arte no próprio
124
processo de redencão do homem através de sua libertacão de um destino
imposto pelas leis da natureza, a disciplina enfoca esse processo, no âmbito de
repercussão regional, nacional e mundial.
Referências Bibliográficas:
Folclore Brasileiro e Nordestino
cr – 04
O conceito de folclore e seu campo de ação. Identidade cultural. Os elementos
formadores do folclore brasileiro. O processo dinâmico das manifestacões
folclóricas de populares latino-americanas. A cultura popular, cultura erudita e
cultura folclórica. O folclore paraibano. Análise das correntes de interpretação
do folclore. O aproveitamento e a reelaboração do folclore nas escolas. A
pesquisa folclórica na educação formal. Uso do folclore nas escolas. Uso do
folclore nas oficinas de artes.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Psicologia
Psicologia Ambiental
cr – 04
Estudos básicos sobre a influência do meio ambiente físico e social sobre a
estrutura psicológica do indivíduo e dos grupos.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Comunicação
Comunicação Oral
cr – 04
Pluralismo metodológico e as diversas teorias econômicas. As grandes
correntes do pensamento econômico contemporâneo; neoclassicismo,
keynesianismo e economia política marxista; as teorias do
valor; noções de microeconomia; noções de macroeconomia.
Folkcomunicação
cr – 04
Análise da criação popular como meio de comunicação. A cerâmica popular
figurativa. A xilogravura. A pintura. A talha. O ex-voto. O teatro popular de
fantoche. A dramática popular. A literatura de cordel e o fato jornalístico. Outros
processos populares de comunicação.
Referências Bibliográficas:
Fotografia
cr – 04
Processo fotográfico: ótica e química. Utilização e equipamentos fotográficos:
luz e sombra. Linguagem fotográfica: composição, angulação, iluminação e
seus efeitos. Técnica de laboratório. Fotograma.
Referências Bibliográficas:
125
Publicidade e Propaganda
cr – 04
Conceito e evolução histórica da publicidade e propaganda e suas importâncias
para a sociedade contemporânea. Informações sobre as técnicas de criação,
produção e veiculação de anúncios e campanhas publicitárias.
Referências Bibliográficas:
Relações Públicas e Humanas
cr – 04
Relacionamento com as comunidades, tendo em vista a necessidade atual dos
sistemas comunicativos. Obtenção do apoio popular e de instituições e seus
serviços. Estudos dos vários aspectos da personalidade humana. Utilização
dos conhecimentos para assegurar o perfeito relacionamento entre as pessoas
nos vários campos sociais e profissionais.
Referências Bibliográficas:
Departamento de História
História do Brasil I
cr – 04
O Estado Metropolitano, a conquista e a resitência indígena; o sistema colonial:
atividades produtivas e relações de produção; estratificação social e estrutura
de poder; a crise do sistema colonial: movimentos nativistas e processo de
emancipação.
Referências Bibliográficas:
História do Brasil II
cr – 04
Liberalismo e questão nacional; a organização do estado nacional: bases
jurídico-políticas e a relação estado-sociedade; A redefinição do estado
nacional na divisão internacional do trabalho: neocolonialismo e hegemonia
britânica; A reorganização do trabalho: crise do escravismo, formação do
mercado de trabalho livre e abolicionismo; A desagregação do regime
monárquico imperial.
Referências Bibliográficas:
História do Brasil III
cr – 04
Bases jurídico-políticas e implantação do regime republicano; O estado
oligárquico: economia agro-exportadora e coronelismo; Crises da sociedade
agrária: messianismo e cangaço; A configuração da sociedade urbano-
industrial: movimento operário e manifestações das classes médias; a crise do
modelo agro-exportador e a redefinição do pacto de poder.
Referências Bibliográficas:
História do Brasil IV
cr – 04
O Estado Populista: características gerais e principais etapas; industrialização
e nacional-desenvolvimentismo; a relação capital X trabalho e a política
trabalhista; a crise do populismo e o golpe de 1964; O regime militar: estrutura
126
de poder e fundamentos ideológicos; Internacionalização e monopolização da
economia brasileira; as relações estado-sociedade civil; repressão resistência e
“abertura política”; Redemocratização e neoliberalismo.
Referências Bibliográficas:
História da Paraíba I
cr – 04
A Historiografia paraibana. A Paraíba e sua inserção no sistema Colonial. O
processo de desagregação Colonial na Paraíba. A Paraíba no Estado Imperial.
Referências Bibliográficas:
História da Paraíba II
cr – 04
A Paraíba e sua inserção nos contextos regional e nacional: 1950-1930. A
ruptura do pacto oligárquico e a Revolução de 1930. A Paraíba no processo de
formação do Mercado Nacional: 1930/64. A Paraíba no processo de integração
e consolidação do mercado nacional - 1964/1990. A cultura na Paraíba
contemporânea: historiografia, letras e artes.
Referências Bibliográficas:
História do Nordeste Contemporâneo
cr – 04
Crise do Estado Populista. O golpe de 64. Os aspectos políticos, sociais,
ideológicos e econômicos do regime militar. Movimentos sociais e o processo
de redemocratização.
Referências Bibliográficas:
Memória, Patrimônio Histórico e Turismo
cr – 04
Cultura, memória e identidade: memória e ocultação. Lugares e suportes da
memória. Patrimônio histórico: conceito e políticas de preservação. Patrimônio
histórico no Nordeste e na Paraíba. Análise e formulação de roteiros turísticos
de natureza histórica.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Direito Público
Direito Ambiental
cr – 04
Política e legislação ecológica. Fundamentos constitucionais. Sistemas
adminstrativos de prevenção e controle do dano ambiental. Responsabilidade
jurídica e ações judiciais ambientais. Legislação setorial do meio ambiente.
Direito internacional ambiental.
Referências Bibliográficas: MACHADO, P. A. L. Direito ambiental brasileiro.
São Paulo, Ed. Revista dos Tribunais, 3ª ed., 1992. MATEO, R. M. Tratado de
Derecho Ambiental. Madrid, Editorial. 1ª ed., 1991, v. I. PRIEUR, M. Droit de
L’Environnement. Paris, 2ª ed., 1991.
127
Departamento de Educação Física
Teoria e Prática da Recreação e do Lazer no Turismo
cr – 04
Conceituação e classificação de Recreação, Lazer e Tempo Livre. O
Recreacionista e qual função social no Turismo. Atividades físicas como fator
de saúde e qualidade de vida. Planejamento e organização de atividades de
Lazer.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Enfermagem em Saúde Pública e Psiquiatria
Saúde Ambiental
cr – 04
Ecologia e política mundial. População e meio-ambiente. Saneamento do Meio-
ambiente. Destino do lixo e dos dejetos. Medidas de controle dos vetores e
roedores e a relação desses fatores no processo saúde - doença.
Referências Bibliográficas:
Departamento de Arquitetura
Arquitetura no Brasil
cr – 04
Arquitetura indígena: organização social e espacial; caráter migratório da
população e sua implantação na arquitetura. Análise crítica da evolução da
arquitetura civil oficial produzida no Brasil. Arquitetura européia no Brasil:
transposição, adaptação, influência de outras civilizações: negra, mourisca etc.
Integração arquitetura-espaço urbano.
Referências Bibliográficas:
Estruturas Urbanas
cr – 04
Traçados urbanos. Evolução histórica das cidades. Cidades planejadas.
Cidades espontâneas, expansão, cornubação. Infra-estrutura: sistema viário,
redes de esgoto, energia elétrica etc. Redes urbanas. Área de influência das
cidades. As cidades nos países sub-desenvolvidos: perspectiva histórica e
situação no caso brasileiro.
Referências Bibliográficas:
Evolução Urbana do Brasil
cr – 04
Estudo dos espaços urbanos produzidos no Brasil em sua correlação com os
aspectos sócio-políticos que o caracterizam no processo de evolução histórica,
desde a época da colonização, aproximando-se, a nível nacional - local (região
nordeste) os conhecimentos adquiridos e/ou produzidos quando do estudo da
evolução urbana da América Latina. A política de ocupação territorial, os ciclos
econômicos como geradores de núcleos urbanos, sua conformação e inter-
relacionamento. Os fenômenos da industrialização e urbanização recentes no
128
país. O crescimento das cidades, a formação das redes de cidades, regiões
metropolitanas, desníveis inter e intra-regionais, migrações internas, relações
cidade-campo. Análise dos elementos mencionados com função da interação
entre econômico-político-cultural, o legado histórico e as influências externas.
Referências Bibliográficas:
Videografia
cr – 04
Noções sobre utilização do vídeo tape como instrumento para a documentação
e divulgação de audiovisuais. Peculiaridades técnicas da utilização do vídeo.
Os tipos de produtos em vídeo. As etapas de elaboração de vídeos. A
linguagem de tratamento da imagem e do som. Iniciação à manipulação dos
equipamentos e domínios da linguagem audiovisual. Exercício de elaboração
de um vídeo.
Referências Bibliográficas:
129
ANEXO 2
FLUXOGRAMA DO CURSO
130
ANEXO 03
131
132
133
134
135
136
ANEXO 04
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
152
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
EPÍGRAFE 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I – EDUCAÇÃO E ENSINO NO BRASIL 12
1.1 Princípios da educação 18
1.2 Educação sob o contexto da contemporaneidade 20
CAPÍTULO II – EDUCAÇÃO E SEU ENFOQUE PARA O TURISMO 22
2.1 O estudo do turismo em nível superior 24
2.2 Tendências de mercado para o turismo 27
CAPÍTULO III – O PROCESSO EDUCACIONAL EM TURISMO 29
3.1 O caráter interdisciplinar do curso 31
3.2 O curso de Turismo da UFPB 33
3.3 Formação base do docente de Turismo 35
3.4 Construção de pontes interdisciplinares 37
CAPÍTULO IV – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 41
CONCLUSÃO 64
BIBLIOGRAFIA 66
APÊNDICE 69
Questionário de pesquisa (Docentes)
ANEXOS 75
Fluxograma do curso de Turismo da UFPB
Projeto Político Pedagógico de Turismo da UFPB
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
ÍNDICE 154
FOLHA DE AVALIAÇÃO 155
153
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
Livros Grátis
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Milhares de Livros para Download:
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