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O acesso às tendências em cooperativas de produção que
atuam no segmento da Moda, na cidade de Salvador- BA e
Região Metropolitana
Pablo Luis dos Santos Portela
1
RESUMO
A expansão das organizações mercadológicas envolve a
responsabilidade social como fator relevante e indispensável para o
desenvolvimento de suas ações. As informações encontradas nesse campo
são aplicadas de maneira diversificada, sendo também empregadas como
fontes de pesquisas que servem como objetos de estudos. A sociedade possui
o enlace com áreas distintas do conhecimento, inclusive com a Moda, que
como um sistema dinâmico, proporciona meios de comunicação, de informação
e de integração entre os seres, disponibilizando nas variadas compreensões
existentes uma relação direta com a essência social. O objetivo deste trabalho
é apresentar uma abordagem sobre a inclusão do acesso à s tendências em
empreendimentos solidários que atuam em direções associadas ao segmento
da Moda, como as cooperativas de produção. Com base nas diferentes fontes
de consultas é possível ter uma consciência da visibilidade e da importância e
do vasto campo a ser explorado na área social pelos designers e profissionais
de Moda.
Palavras-chave: Design; Cooperativas de Produção; Empreendimentos
Solidários; Moda.
1
Graduação em Design e Gestão de Moda – 5º semestre.
Universidade Salvador – UNIFACS.
Cel.: (71) 9165-2884.
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1- INTRODUÇÃO
Com a tecnologia em constante crescimento, qualquer pessoa pode
obter informações rápidas e modernas sobre temas de todas as partes do
mundo. E assuntos que envolvam a moda não são diferentes. Encaixam-se
nesse perfil, desde novos tipos de tecidos, aviamentos, cores, maquinários,
texturas, a inúmeros fatores que poderão ser agregados em indústrias e
fábricas têxteis, no intuito de melhorar os produtos e serviços que serão
oferecidos ao mercado consumidor.
Compreender tendências é acompanhar as inovações em toda a cadeia
têxtil e apreciar os modelos prontos das peças apresentados em revistas, sites,
cadernos e desfiles de moda. Estas instruções e novidades caminham juntas
para que possam ser úteis como referências no desenvolvimento de novos
produtos.
Esta análise na realidade de empreendimentos de cunho social
possibilita à identificação e utilização em suas rotinas, da melhor prática, de
como realizar pesquisas direcionadas às tendências. Analisando os meios de
comunicação disponíveis e seguindo as condições financeiras dessas
organizações, consideram-se como é relativo o acesso aos recursos como
bibliografias especializadas, cadernos de informações de tendências,
participação em feiras, seminários, desfiles de moda e acesso à internet. Para
que seus membros possam estar cientes das novidades que estão ocorrendo
no segmento em que trabalham, as pesquisas de tendências poderão servir
como auxílio quando forem criar modelos diferenciados ou se forem oferecer
serviços que poderão agregar valores.
O objetivo desta pesquisa é conhecer caminhos que os
empreendimentos solidários usam para adquirir pesquisas de tendências no
que diz respeito à conceituação, interpretação, conhecimentos adquiridos
2
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através de bases referenciais em um assunto que interessa a todos os
integrantes das instituições.
A metodologia empregada se deu através de pesquisas bibliográficas,
reuniões, visitas e entrevistas com os membros de cooperativas de produção
que atuam no segmento de Moda.
2- TENDÊNCIAS DA MODA
As orientações das tendências no campo do vestuário são vislumbradas
por todos que possuem o desejo de segui-las ou apenas manter-se informadas.
Pode-se aliar o conceito como descreve Garcia (2002), (apud
TREPTOW, 2007,p.29) em palestra proferida no VIII Congresso Nacional de
Tecnologia de Confecção (CONTEC) “um conjunto de itens do vestuário
considerados como conceito de bem vestir. A tendência de moda é
caracterizada pela temporalidade e pela massificação”.
Do mesmo modo o conceito de tendência é associado à temporalidade
conforme é detalhado a seguir pelo mesmo autor.
Por temporalidade entendemos que uma tendência terá um período
de existência limitado, ela não tem a pretensão de durar para
sempre. O período de existência de uma tendência vai do
lançamento por grupos considerados de vanguarda até a total
absorção pelo mercado e conseqüente massificação de consumo. Na
etapa final uma tendência de moda, que pode ter surgido como
manifesto social de um determinado grupo, perde a característica de
discurso contestador tornando-se apenas efêmero padrão de vestir.
De acordo com as informações diversas no campo da moda, visualiza-se
que as fontes de pesquisa buscam orientar os dados nelas estabelecidos.
Os quatro principais centros de criação de moda Paris, Londres,
Milão e Nova York disputam compradores e brechas de tempo no
calendário internacional de desfiles. O calendário dos dois desfiles
anuais de pronta-entrega tradicionalmente passa de Londres a Milão,
Paris e então Nova York, durante um período de quatro semanas.
Para as coleções de primavera/verão a programação começa
normalmente na segunda semana de setembro, depois que as lojas
receberam as entregas das linhas de outono/inverno previamente
apresentadas em março. Para complicar ainda mais as coisas, o
calendário de moda masculina começa aproximadamente oito
semanas antes desse esquema. Como a programação se baseia na
premissa de que as tendências começam na Europa, as grifes e os
3
compradores de moda norte-americanos têm cada vez mais
desafiados o esquema vigente. (JONES, 2005. p. 50-51).
É disponibilizado pela indústria referências de acordo com o que poderá
ser usado nas estações do ano aliando, por exemplo, com as pesquisas nas
áreas de marketing e comportamento do consumidor. Realizam-se pesquisas
direcionadas, com planejamento e experimentos, no intuito de captar a leitura
das tendências culturais. Existem dois movimentos de tendências que
exemplificam esse entendimento como os efeitos desaguamento e borbulha. O
primeiro, o efeito desaguamento conhecido como teoria do trickle-down, está
relacionado, “com os grupos sociais subordinados, seguindo o princípio da
imitação, buscam estabelecer suas reivindicações por um novo status
adotando a moda dos grupos superiores” Portal das Jóias (2003).
Há uma análise que mostra com detalhes como ocorre com o fenômeno
Moda se tratando do vestuário e pode ser visto com a explicação de Jones
(2005) conforme ilustra figura 1.
Figura 1 – Movimento de tendências
Disseminação em massa
édia
Exclusivo da alta-costura, artistas de cinema e estrelas pop
Quem se associa com eles, primeiros adeptos
Leitores de revistas e jornais. Lojas
independentes – primeiras cópias
Mercado de classe media – mercadorias
disponíveis nas melhores lojas
Público em geral e de cultura alternativa ou underground -
mercadorias amplamente disponíveis
Efeito “desaguamento”
(trickle-down)
Estilos associados a
certas bandas musicais ou
celebridades podem se
tornar parte da cultura de
grupos que não tem
nenhuma conexão com os
originadores do estilo. No
novo século a moda tem
menos a ver com imitar o
que os ricos usam de
copiar os modelos
originais dos desfiles,
como ocorria no século
passado.
4
Fonte adaptada (JONES, 2005, pág. 51)
Conhecido como teoria do bubble-up, o segundo revela que pessoas
comuns são referências de novos padrões de comportamentos e de estilos
como ilustra a figura 2.
Figura 2 – Movimento de tendências
Disseminação em massa
Fonte adaptada (JONES, 2005, pág. 52)
ffgfgfg
f
Versões caras aparecem nas lojas exclusivas
Conhecedores de moda demandam versões especiais
Revistas, jornais e TV divulgam a tendência
O mercado de classe media dá o nome ä tendência
Moda de rua e grupos de cultura alternativa ou underground.
5
Efeito “borbulha”
(bubble-up)
Mudanças culturais
dinâmicas criam
necessidades e desejos
do consumidor. A
emancipação
econômica feminina e
os Comportamentos
sociais dos
adolescentes que
legitimam estilos
vindos das ruas, como
o hip-hop, têm sido as
forças determinantes
para as mudanças. Há
maior diversidade de
mercados, estilos de
“tribos” e categorias
socioeconômicos, o
que significa que há
um maior número de
estilos que podem ser
aceitos ao mesmo
tempo e usados pelo
mesmo indivíduo em
ocasiões diferentes. As
pessoas comuns estão
mais criativas para se
vestir.
O movimento de tendências pode ser acompanhado, de forma
generalizada, seguindo a ilustração da figura 3.
Figura 3 – Movimento de tendências
Disseminação em massa
édia
Exclusivo da alta-costura, artistas de cinema e estrelas pop
Quem se associa com eles, primeiros adeptos
Leitores de revistas e jornais. Lojas
independentes – primeiras cópias
Mercado de classe media – mercadorias
disponíveis nas melhores lojas
Público em geral e de cultura alternativa ou underground -
mercadorias amplamente disponíveis
Efeito “desaguamento”
(trickle-down)
Estilos associados a
certas bandas musicais ou
celebridades podem se
tornar parte da cultura de
grupos que não tem
nenhuma conexão com os
originadores do estilo. No
novo século a moda tem
menos a ver com imitar o
que os ricos usam de
copiar os modelos
originais dos desfiles,
como ocorria no século
passado.
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Efeito “borbulha”
(bubble-up)
Mudanças culturais
dinâmicas criam
necessidades e desejos do
consumidor. A
emancipação econômica
feminina e os
Comportamentos sociais
dos adolescentes que
legitimam estilos vindos
das ruas, como o hip-
hop, têm sido as forças
determinantes para as
mudanças. Há maior
diversidade de mercados,
estilos de “tribos” e
categorias
socioeconômicos, o que
significa que há um
maior número de estilos
que podem ser aceitos ao
mesmo tempo e usados
pelo mesmo indivíduo
em ocasiões diferentes.
As pessoas comuns estão
mais criativas para se
Fonte adaptada (JONES, 2005, págs. 51e 52)
Como relata no livro Fashion Design, os profissionais que trabalham com
previsão de moda são especialistas em pesquisa e análise de mercado que
vendem serviços financeiros e relatórios ilustrados para os fabricantes. As
previsões são construídas mediante exaustivas pesquisas estatísticas para
medir a popularidade relativa de tecidos, cores, detalhes e formas. Algumas
empresas contratam “caçadores de tendências” (cool hunters), indivíduos que
são especialmente bons em perceber as tendências em suas fases iniciais e
em predizer quais produtos se adequarão a elas. Essas empresas também
oferecem livros de estilo e especificações sobre os principais estilos
emergentes, com previsões e sugestões para a próxima estação. Pode ser
observado na figura 4.
ffgfgfg
f
Versões caras aparecem nas lojas exclusivas
Conhecedores de moda demandam versões especiais
Revistas, jornais e TV divulgam a tendência
O mercado de classe media dá o nome ä tendência
Moda de rua e grupos de cultura alternativa ou underground.
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Figura 4 – Ciclo de tendências
Da aceitação à absolescência
Um novo visual surge na passarela
É mostrado na imprensa diária e de negócios
É dotado pelos líderes da moda
É mostrado nas revistas de moda e estilo
É usado pelos que entendem de moda
São feitas versões mais baratas
É visto na imprensa semanal e na TV
Surge a demanda por maior disponibilidade
Os preços são reduzidos – caimento e cortes ruins
É usado pelos seguidores da moda
Os consumidores perdem o interesse
Fim da linha para as vendas
Os líderes da moda “não usam nem mortos”- mudança para o próximo novo visual
Fonte adaptada (JONES, 2005, p. 52)
Visualiza-se que a apresentação de duas coleções por ano impõe um
sistema complexo de gestão de informação e das intervenções dos
diversos agentes que deverá ser coordenado. A moda passa por
vários níveis, funciona através de um extenso mecanismo industrial,
que começa na produção das fibras e dos fios que vão compor os
tecidos e vai até a confecção sob forma de roupas e comercialização
no varejo. PIRES (2008, p. 233)
8
2.1- CALENDÁRIO PARA A PESQUISA DE TENDÊNCIAS
Por volta dos anos 50 começa o surgimento da distribuição dos
primeiros centros comerciais em grande escala que contemplavam os templos
do consumo americano.
Françoise Vincente-Ricard foi a primeira profissional da moda que
fundou um escritó rio em Paris, em 1966, chamado Promostyl, que propôs um
cronograma de um calendário de moda para cada estação como apresenta em
seu livro As espirais da moda. Seguem abaixo sua metodologia com uma breve
explicação:
Com dois anos de
antecedência, é preciso
considerar as cores:
Com dois anos de
antecedência, é preciso
considerar os tecidos:
Com dois anos de
antecedência, é preciso
considerar as formas:
Os tecidos usados na
confecção industrial eram
sem vida, geralmente em
tons neutros de cinzento
gritantes. Assim, era preciso
“construir” um sistema de
evolução que fosse fácil de
aplicar, pondo de lado o
princípio de optar, ao acaso,
por determinada cor. A
apresentação conjunta de
toda uma gama de cores
requeria:
- a adoção de um
determinado número de
cores, sempre renovadas, a
cada estação;
- novos coloridos
considerados como
promoção, primeira estação;
- combinações de cores entre
si;
- criação de harmonias a
partir de cores frias e cores
quentes;
- a possibilidade de abrir mão
das cores mais clássicas ou
mais sutis, conforme o estilo
da empresa.
Para aprender e
apresentar um sistema de
combinações de cores que
atenda aos critérios bem
definidos das tendências da
O fato de os
consultores de moda se terem
tornado coordenadores de
moda teve de fato um
significado profundo: agora,
além de os conselhos dos
consultores serem aceitos e
pedidos, surge um verdadeiro
conceito de coordenação de
tendências.
A indigência e a
multiplicidade dos desenhos,
motivos e grafismos das
coleções de tecidos
obrigavam os representantes
a apresentar às confecções
mais repletas de amostras e a
lançar mão de argumentos
voltados para o passado e
para os hábitos dos clientes.
Assim, foi preciso
levar os industriais a
considerar processos de
reprodução em tecidos que
pudessem ser fabricados em
série, limitando
deliberadamente as cores, as
harmonias e os grafismos. Era
preciso também definir os
temas promocionais dentro de
determinadas tendências da
moda, a fim de que os
confeccionistas não se
confundissem em relação aos
Num período limitado
de tempo dedicado duas
vezes por ano a criar coleção
deve-se tratar dos seguintes
assuntos:
- o plano da coleção: posição
de mercado, preço,
cronograma, definição de
estilo;
- pesquisa de formas para
uma linha geral, rústica ou
requintada;
- os materiais adaptados a
seu uso para a criação de
silhuetas estruturadas ou
vagas, adelgaçadas ou
românticas;
- seleção geral equilibrada,
mantendo-se o sentindo de
proporções e detalhes.
E com seis meses de
antecedência, são
apresentadas e vendidas no
mercado.
9
estação, levando em conta os
objetivos de cada empresa, é
preciso ser uma espécie de
engenheiro-consultor em
criatividade.
desenhos, mas os vissem da
perspectiva das combinações
possíveis, jogando com toda
uma gama de motivos, de
dégradés, de graus de
utilização do figurativo e do
geométrico. Orientar bem os
materiais de uma coleção
pressupõe definir as bases de
qualidade, sejam elas lisas,
sofisticadas ou rústicas.
Fonte adaptada (VICENT, 1989, págs. 38, 39, 40, 41 e 42)
Este calendário pode ser modificado com prazos mais curtos devido ao
crescimento tecnológico e às exigências do consumidor. O conjunto de
instruções que reforçam os estudos de tendências é construído por
pesquisadores e analistas que agem como consultores de estilo.
2.2- ELEMENTOS ESTRUTURAIS PARA A OBTENÇÃO DE
INFORMAÇÕES DE TENDÊNCIAS
O acesso à rede de informações para qualquer área do conhecimento é
vasto e está a cada dia se desenvolvendo, facilitando na realização de
pesquisas, trabalhos e projetos. Existem e estão disponíveis para os
profissionais de moda, como os designers, e todo o público vigente algumas
fontes de consultas de tendências.
Os elementos que servirão como ferramentas de pesquisa são:
bibliografia especializada (livros e revistas) em design de moda,
design conceitual, design têxtil, informação de cor, design de
interiores e design gráfico; cadernos de informação de tendências,
como cadernos conceituais, cadernos de cor, cadernos têxteis,
cadernos de amostras e cadernos de moda; ateliês de estilo/
consultores; seminários e workshops; feiras profissionais; desfiles de
moda; informação e entidades do setor, como universidades e
escolas especializadas; agentes comerciais; e informações vindas
dos principais clientes (PIRES, 2008, p.234).
O universo que compõe a tendência é amplo e rico em conteúdos que
incluem desde a confecção do fio até ao produto final e completa-se este
raciocínio com a citação abaixo.
10
A ferramenta de informação de tendências dedica-se, sobretudo, à
comprovação de que as informações que recolhemos são novas
evidências mostradas como sugestão de idéias, cores, formas,
padrões, estruturas, texturas, toques, acabamentos, novas
tecnologias e materiais, e não amostras de produtos que se resumem
à nossa observação passiva e individual e à sua mera reprodução.
Estas informações devem estimular e despertar o olhar criativo do
designer, tendo presente à necessidade de recriar com a habilidade e
a consciência de que sabem e devem fazer diferente, só assim
conseguirão tornar suas criaçõ es originais e com sucesso
reconhecido no mercado. É importante afirmar que as empresas que
tiverem acesso às informações em tempo útil terão mais
possibilidades de competição no mercado. (PIRES, 2008, p. 241)
A antecipação no desenvolvimento dos produtos do vestuário é
vantajosa para o mercado da moda com a dinamicidade presente. Cabe aos
estabelecimentos comerciais se planejarem para atender a seus públicos alvos
no momento certo, com o produto certo, a um custeio acessível e que satisfaça
as necessidades e aspirações da clientela.
Acompanhando o crescimento nos segmentos de moda e as exigências
do consumidor moderno, é essencial que as empresas do ramo possam se
preparar para atender esse mercado que está cada vez mais exigente.
A explanação explica que: Através da divulgação das coleções, em
desfiles, vitrines, revistas, vídeos e internet, a grande indústria
manufatureira toma conhecimento das novas propostas e,
identificando pontos de semelhança entre coleções, consegue
discernir entre a interpretação individual do estilista e o que realmente
se transformará em tendência para a moda.
A tendência reside nos elementos que aparecem em maior
freqüência quando analisados lançamentos de estilistas diferentes.
Logo, se vários apostam em um mesmo caminho, esse tende a
tornar-se moda, ou seja, a ser aceito pelo mercado (TREPTOW,
2007, p. 82).
As informações sobre as tendências de moda estão dispostas para
todos, porém nem sempre são empregadas de maneira coerente e que atenda
às necessidades dos clientes. Não há a melhor e nem a pior forma de obter
essas informações. Um dos aspectos que diferencia as empresas é de como
elas interpretam estas tendências, aplicam em suas peças ou serviços,
mantêm o estilo e satisfazem seus clientes com o bom gosto.
11
3- CONCEITO DE COOPERATIVA
O contexto que representa o cooperativismo é a definição de
cooperativa, como cita Irion (1997, p. 35) é instrumento eficaz para a
organização da população, a democracia dos investimentos, a distribuição da
renda, a regularização do mercado, a geração de empregos e assim
instrumentaliza a justiça social”.
De acordo com o artigo da Lei 5764/71, a cooperativa é
conceituada como o “tipo de sociedade celebrada por pessoas que se obrigam
reciprocamente a contribuir com bens e serviços para o exercício de uma
atividade econômica, de proveito comum e sem objetivo de lucro”.
Reforçando a explanação acima, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas, (SEBRAE, 2009), contribui com duas definições de
cooperativas. “Primeiro, a “sociedade cooperativa” como a sociedade de
pessoas (e não de capital) com capital variável, que se propõe, mediante a
cooperação de todos os seus associados (cooperados), ao exercício de
atividades ou à execução de negócios em proveito deles próprios”.
No segundo momento, formula a ideia de que cooperativa é uma
associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para
satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns,
por meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente
gerida.
3.1- ORIGEM DO COOPERATIVISMO NO BRASIL
No Brasil, por volta de 1610, com o incentivo dos padres jesuítas
baseado no auxílio mútuo e movido pelo amor cristão, esta prática foi
encontrada entre os indígenas brasileiros e em quase todos os povos
primitivos, que vigorou por cerca de 150 anos. Mas, foi em 1847 que se pôde
situar o início do movimento cooperativista no Brasil, quando diversas
sociedades foram fundamentadas com esse espírito.
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O médico francês Jean Maurice Faivre, adepto das ideias reformadoras
de Charles Fourier fundou com um grupo de europeus, nos sertões do Paraná,
a colônia Tereza Cristina, que era organizada em bases cooperativistas.
Apesar de sua breve existência, esta organização contribuiu na memória
coletiva como elemento formador do florescente cooperativismo. A evolução
desse sistema conquistou um espaço próprio, definido por uma nova forma de
pensar o homem, o trabalho e o desenvolvimento social.
O sistema cooperativista foi adquirindo forças no Brasil obtendo os
registros das implantações das primeiras cooperativas agropecuá rias de Minas
Gerais, do setor de consumo através dos trabalhadores da Cia. Paulista de
Estrada de Ferro, em Campinas, e do setor de crédito em Rio Grande do Sul
ao encargo do padre jesuíta Theodor Amstadt. Hoje, somente nesses
segmentos agropecuários, de consumo e de crédito, existem 2300
organizações que geram cerca de 115 mil empregos, contendo em média de 2
milhões de associados.
Fonte: Portal do Cooperativismo, 2008.
3.2- PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO
“Os valores e os princípios, juntos com as ideias gerais, constituem a
base doutrinária do cooperativismo. Os primeiros caracterizam-se por seu
caráter abrangente e perene no tempo. Os segundos interpretam os primeiros
e se adaptam ao seu tempo e lugar” (IRION, 1997. p.47).
Com o aparecimento do sistema dos tecelões, foi desenvolvido um
conjunto de princípios, mais tarde conhecidos como Princípios Básicos do
Cooperativismo, que foram adotados logo depois por cooperativas surgidas em
diversos países do mundo e que serão mostradas logo abaixo:
Adesão livre e voluntária: As cooperativas são organizações voluntárias,
abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e dispostas
a assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações
sociais, raciais, políticas, sexuais e religiosas.
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Gestão democrática dos membros : As cooperativas são organizações
democráticas controladas pelos seus membros, que participam
ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões.
Os homens e as mulheres são eleitos como representantes dos outros
membros que são responsáveis perante estes.
Participação econômica dos membros : Os membros contribuem
equitativamente para o capital das suas cooperativas e controlam-no
democraticamente. Pelo menos, parte desse capital, é normalmente
propriedade comum de cooperativa. Os membros recebem,
habitualmente, e se houver uma remuneração limitada ao capital
subscrito como condição da sua adesão. Os membros afetam os
excedentes através da criação de reservas, parte das quais, pelo
menos, será indivisível: benefício dos membros na proporção das suas
transações com a cooperativa; apoio a outras atividades pelos membros.
Autonomia e independência : As cooperativas são organizações
autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se estes
firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições
públicas ou recorrerem ao capital externo, devem fazê-lo em condições
que assegurem o controle democrático pelos seus membros e
manterem a autonomia das cooperativas.
Educação, formação e informação : As cooperativas promovem a
educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos,
dos dirigentes e dos trabalhadores, de forma a que estes possam
contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas.
Informam o público em geral, particularmente os jovens e os formadores
de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.
Intercooperação: As cooperativas servem de forma eficiente os seus
membros e dão mais força ao movimento cooperativista, trabalhando em
conjunto, através dos estudos locais, regionais, nacionais e
internacionais.
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Interesse pela comunidade: As cooperativas trabalham para o
desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas
aprovadas pelos membros.
O ramo dos empreendimentos de cunho social é mais uma alternativa de
fortalecimento de uma comunidade. Pode ser visto com a afirmação abaixo:
A economia solidária é outro modo de produção, cujos princípios básicos são
a propriedade coletiva ou associada do capital e o direito à liberdade
individual. A aplicação desses princípios em todos os que produzem numa
única classe de trabalhadores que são possuidores de capital por igual em
cada cooperativa ou sociedade econômica. (SINGER, 2002, p.10).
3.3- CLASSIFICAÇÃO E RAMOS DAS COOPERATIVAS
Conforme site SEBRAE (2009) é possível visualizar que as cooperativas
são divididas em:
Singulares : constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas
físicas e, excepcionalmente, por pessoas jurídicas. Caracterizam-se pela
associação de pessoas que se organizam para satisfazer suas
necessidades econômicas, sociais e culturais, mediante a cooperação
mútua destes na execução dos negócios.
Cooperativas Centrais ou Federações de Cooperativas : constituídas
por no mínimo 3 (três) Cooperativas Singulares. Visam à organização
em comum e em maior escala das atividades econômicas e
assistenciais das filiadas (cooperativas singulares).
Confederações de Cooperativas : constituídas por, no mínimo, 3 (três)
Federações de Cooperativas ou Cooperativas Centrais, e têm por
objetivo a coordenação das atividades das respectivas filiadas, ainda
que de diferentes ramos.
De acordo com a definição, em 04 de maio de 1993, da Aliança
Cooperativa Internacional (ACI) e da Organização das Cooperativas da
América (OCA), encontram-se 13 (treze) ramos do cooperativismo:
- agropecuário; consumo; crédito; educacional; especial; habitacional; infra-
estrutura; mineral; produção; saúde; trabalho; transporte; turismo e lazer.
15
Hoje, a análise quantitativa dos ramos cresce significativamente gerando
novas oportunidades de trabalho, distribuição de renda e desenvolvimento
social para a comunidade.
3.4- COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO ATIVAS NO MERCADO
Uma fatia do mercado que está se expandindo no contexto da moda,
como as cooperativas de produção, ganham destaque devido a sua
participação, inclusão e oferta de produtos e serviços disponíveis aos públicos-
alvos estabelecidos.
Segmentos diversos fortificam o espaço no âmbito comercial como:
- camisaria; uniformes empresariais; cama, mesa e banho; moda infanto-
juvenil; fuxico; aproveitamento de retalhos; pintura; bijuteria; tapeçaria; moda
íntima; moda praia; bonés personalizados; bordados como macramê, ponto de
cruz, richilieu, crochê; bolsas; calçados; fitness; bonecas; moda esporte; jeans;
malharia; moda para recém nascidos; moda masculina; cintos; moda home;
embalagens; customização; silk screen.
Esses caminhos e outros aqui não mencionados acompanham a cada
dia a atmosfera social com inovação no planejamento e construção nas peças,
design arrojado que atenda as expectativas dos clientes, valorização do
trabalho com novas perspectivas de melhorias da
renda para os membros trabalhadores e conseqüentemente, o desejo em
atingirem novos mercados.
A coordenadora do projeto Comércio Solidário, Marta Ramos, realizou
uma exposição na Viva Rio do Museu de Arte Moderna com peças
confeccionadas entre a união da cooperativa Fernão Cardin com estilistas de
grifes conceituadas como exemplos Mara Mac e Jun Nakao, em que foram
apresentadas no Fashion Rio, em 2004. Com este evento, Marta explicou o
motivo pelo qual decidiu trabalhar dessa forma: "decidimos enfocar um público-
alvo novo, que esteja buscando produtos diferenciados onde o trabalho das
cooperativas possa ser valorizado. Com o desenvolvimento de roupas mais
16
sofisticadas e a assinatura de designers, queremos atingir um público classe A
e, com isso, conseguir preços melhores".
A abrangência de trabalhos que poderão ser executados em
cooperativas de produção pelos designers e profissionais de moda é vasta e
pode-se destacar o acesso a tendências de moda nessas instituições solidárias
como uma das atividades de extrema relevância para a pesquisa, planejamento
e viabilidade do que será oferecido ao público estabelecido.
4- METODOLOGIA
Foram aplicadas em alguns empreendimentos de economia solidária,
como as cooperativas de produção no segmento de confecções, na cidade de
Salvador e Região Metropolitana, entrevistas com dez perguntas no intuito de
obter informações sobre o que essas empresas conhecem do universo das
tendências.
A visita a essas empresas objetiva a oportunidade em que foi explicado
o foco do trabalho e a importância de documentar as respostas, para que
depois de recolhidas, fosse possível analisar o grau de entendimento delas a
respeito do presente assunto. As instituições perceberam o quanto é relevante
ter o acesso às tendências como ferramenta, em seus locais de trabalho e sem
fugir do foco de seus segmentos.
As cooperativas participantes foram: Cooperativa de Roupas de Areias
COOPAREIAS SOL NASCENTE; Cooperativa de Costureiras Industrial da
Mata Escura Matecoopp COOPERATIVA FLOR DA MATA; Cooperativa
Artesã de Costureiras do Bairro de Pau Miúdo COOPAFRO; Cooperativa de
Mulheres costurando uma realidade diferente COOPERCORTE; Cooperativa
Múltipla União Comunitária COOPERUNI; Sociedade Civil Sócio Educacional
Cristo Rei COOPERATIVA CRISTO REI; Cooperativa Mista Colibris
COOPERATIVA COLIBRIS; Casa de Costura Crê COOPERATIVA CRÊ;
Cooperativa Arte e Gênero – COOPERATIVA COSTURART.
17
5- ANÁLISE DE RESULTADOS
Os gráficos e tabelas mostram a compreensão dos resultados, conforme
seguem abaixo.
1- O período do trabalho, no segmento de Moda, de cada cooperativa:
Coopareias
Flor da Mata
Coopafro
Coopercorte
Cooperuni
Cristo Rei
Colibris
Crê
Costurart
2- Por que escolheram essa área para trabalhar?
Coopareias: Escolha do grupo.
Flor da Mata: Queriam ter o próprio negócio, mas não tinham condições de investir com
equipamentos e maquinários. Como receberam doações de sobras de tecidos de algumas
empresas, o grupo se interessou e começaram a trabalhar.
Coopafro: Pelo gosto dos membros pelo estilo afro.
Coopercorte: Porque foi feito o estudo de viabilidade do segmento e constataram que é um
mercado amplo.
Cooperuni: Pela diversificação do trabalho.
Cristo Rei: Porque trabalhavam na área educativa, reuniam-se com os diretores das escolas,
faziam fardamentos e roupas para datas comemorativas como formaturas e pela facilidade de
comunicação entre as pessoas.
Colibris: Porque foi o mais procurado pelo grupo.
Crê: Pelo amplo mercado e ganho financeiro.
Costurart: Por causa da diversidade de situações do universo feminino.
Fonte: Pablo Porttella, 2009
3- O que entendem sobre o termo “tendência de moda”?
Coopareias: Informação atualizada sobre algum assunto.
Flor da Mata: Novidades na área de moda.
Coopafro: Diversas informações atuais do que está sendo usado pelas pessoas.
18
Coopercorte: Notícias super atuais sobre o contexto da moda.
Cooperuni: Levantamento de dados atuais das possibilidades de vestir.
Cristo Rei: Referências de toda a cadeia têxtil do que vai ser mais consumido entre as
pessoas.
Colibris: Informações novas de pesquisas direcionadas ao setor do vestuário.
Crê: Junção de pesquisas de setores diversos relacionada ao consumo.
Costurart: União de ideias contemporâneas em segmentos distintos que envolvem vários
estilos no setor do vestuário.
Fonte: Pablo Porttella, 2009
4- Ao confeccionar as peças, utilizam alguma fonte de consulta para
elaborar os produtos? Caso sim, qual (is)?
Coopareias: Não.
Flor da Mata: Sim. Revistas como Manequim, Moldes, Quatro Estações, Avon, Estilo.
Coopafro: Sim. Algumas revistas com referências afro que ganham doações como a Raça e
quando, em vitrines e televisão.
Coopercorte: Sim. Revistas como Portal, Hermes, Manequim, nas ruas e vitrines e através das
ideias dos clientes.
Cooperuni: Não.
Cristo Rei: Sim. O cliente entrega a peça-piloto para as roupas de marca.
Colibris: Não.
Crê: Não.
Costurart: Sim. Acesso à internet e vitrines.
Fonte: Pablo Porttella, 2009
5- Gostam de elaborar produtos inovadores ou realizam cópias de outras
peças?
Produtos
inovadores.
Cópias de
outras peças.
6- Costumam acompanhar as novidades no segmento em que atuam?
19
Sim
Não
7- É importante para a cooperativa ter acesso às tendências? Por quê?
Coopareias: Sim, para estarmos atualizadas nos modelos e criamos nosso próprio estilo.
Flor da Mata: Sim, para nos atualizar com as informações.
Coopafro: Sim, para termos uma direção quando formos criar as peças.
Coopercorte: Sim, para estarmos atualizadas e discutirmos melhor com os clientes.
Cooperuni: Sim, por causa das informações atuais que nos auxiliam para discutirmos em
grupo sobre o que está ocorrendo em nossa volta.
Cristo Rei: Sim, para nos atualizarmos com as encomendas dos clientes.
Colibris: Sim, porque ficamos sabendo o que as pessoas utilizam e acompanhamos os
lançamentos de cada estação.
Crê: Sim, porque nos informamos e temos mais ideias quando formos criar as peças.
Costurart: Sim, para acompanharmos as informações atuais e colocarmos no mercado
produtos inovadores.
Fonte: Pablo Porttella, 2009
8- Os clientes gostam dos produtos da cooperativa?
Sim
Não
9- O que relatam como fatores que mais lhes chamam a atenção?
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Coopareias: Modelos de algumas peças.
Flor da Mata: A mistura de tecidos e acabamento.
Coopafro: A mistura de tecido estampado com palha, algodão cru e as variações nos detalhes.
Coopercorte: A mistura entre os uniformes e a modinha.
Cooperuni: A riqueza de detalhes das roupas religiosas e africanas.
Cristo Rei: O acabamento e pontualidade.
Colibris: A matéria-prima e a qualidade do acabamento.
Crê: O acabamento, o serviço e a pontualidade.
Costurart: A diversificação dos bordados, o acabamento e pontualidade.
Fonte: Pablo Porttella, 2009
10- A cooperativa tem o interesse em ser acompanhada por um designer
ou profissional de moda para o desenvolvimento de seus produtos? Por quê?
Coopareias: Sim, para que o nosso produto não perca nossa identidade e que seja, a cada
dia, lembrado pelos clientes como produtos de excelência.
Flor da Mata: Sim, porque iremos aprender novidades que irão enriquecer nossos produtos.
Coopafro: Sim, para que possamos estar sempre na moda com o estilo afro da cooperativa.
Coopercorte: Sim, para acrescentar conhecimentos no grupo, nos orientar a fazer
fardamentos diferenciados e renovar os modelos dos produtos.
Cooperuni: Sim, para termos a orientação necessária.
Cristo Rei: Sim, para termos a oportunidade de fazer desfiles com o que fazemos e colocar o
nosso nome no mercado baiano.
Colibris: Sim, para termos ideias novas e confeccionarmos produtos diferentes e comerciais
no mercado.
Crê: Sim, para aprendermos mais e termos mais ideias.
Costurart: Sim, para unirmos a teoria com a prática.
Fonte: Pablo Porttella, 2009
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
O caráter empreendedor que envolve a busca de informaçõ es nas
instituições empresariais ocorre de forma gradativa, aliando as experiências
com o conhecimento teórico. A curiosidade do despertar criativo, do trabalho
em conjunto, da união entre os membros fazem com que os produtos tenham a
oportunidade em ganhar destaques pelo design, acabamento, qualidade,
relacionando-os com o melhoramento e direcionamento na busca da satisfação
do consumidor.
Com base nas respostas da entrevista foi possível identificar a
necessidade que as cooperativas de produção que atuam no segmento de
21
Moda têm em se informarem com assuntos vigentes e entenderem que os
procedimentos que englobam as tendências da estação são fundamentais para
o aperfeiçoamento e desenvolvimento de suas atividades. Sendo do mesmo
modo um estudo que faz a diferença no mercado que está a cada dia
competitivo e exigente.
Tais constatações que estão em torno dos empreendimentos solidários
que atuam na área de confecção não implicam que os mesmos sejam capazes
de obter o acesso a respeito das tendências da moda. É possível sim, que
estas entidades desempenhem atividades com total qualidade, atendendo aos
desejos do consumidor e superando as suas expectativas. Para isso, é
necessário um trabalho com comprometimento, responsabilidade, disciplina,
sem perder o objetivo da vontade de vencer e acreditar no potencial de cada
membro, para que a realização de suas tarefas seja benéfica para suprir seus
anseios de melhorias e crescimento. E para que o grupo possa a vir adquirir
uma rentabilidade melhor para suas famílias através das próprias ações
presentes.
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ELETRÔNICAS
BOCAYUVA, Pedro Cláudio Cunca. As metamorfoses do trabalho e da cooperação
produtiva: a economia popular e solidária na perspectiva da nova centralidade do
trabalho. Rio de Janeiro: FASE, 2007. 182p.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1999.
CASTILHO, Kathia; MARTINS, Marcelo M. Discursos da moda: semiótica, design e corpo.
São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005.
DENIS, Rafael Cardoso. Uma introdução à história do design. São Paulo: Edgard Blücher,
2000.
JONES, Sue Jenkyn. Fashion Design: manual do estilista. 2.ed. São Paulo: Cosac Naify,
2005. 204p.
LEAL, Mariana. Moda solidária. Disponível em:
http://www.belezapura.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?
infoid=366&tpl=printerview&sid=3. Acesso em: 28 fev. 2009.
22
MACÊDO, Kátia Barbosa. Como elaborar artigos científicos? Disponível em:
http://www.ucg.br/site_docente/adm/katia_macedo/pdf/ComoElaborar%20ArtigosCientificos.pdf.
Acesso em: 26 fev. 2009.
MALDONADO, Thomas apud BOMFIM, Gustavo Amarante. Idéias e formas na história do
design: uma investigação estética. João Pessoa: Universitária / UFPB, 1998.p.10.
MODELO de artigo de periódico baseado na NBR 6022, 2003. Como elaborar um artigo
científico. Disponível em <http://http://www.bu.ufsc.br/design/ArtigoCientifico.pdf>. Acesso em:
26 fev. 2009.
MONNEYRON, Fréderic. A moda e seus desafios: 50 questões fundamentais. SP:
SENAC SP, 2007, 167p.
NEVES, Manuela; BRANCO, João. A Previsão de Tendências para a Indústria Têxtil e do
Vestuário. Portugal: TecMinho, 2000.
PALOMINO, Érika. A Moda. São Paulo: Publifolha, 2002. 104 p.
PIRES, Dorotéia Baduy (organizadora). Design de Moda: olhares diversos. São Paulo:
Estação das Letras e Cores, 2008. 423p.
PORTAL DAS JÓIAS. “Comportamento do consumidor: a exclusividade”. Disponível em
http://www.portaldasjoias.com.br/Agosto_2006/Marketing_Vendas/Marketing_Vendas.htm.
Aceso em: 20 jul. 2009.
TREPTOW, Dóris. Inventando Moda: planejamento de coleção. 4.ed. Brusque: D. Treptow,
2007.
TOGNI, Augusto. Empreendimento solidário: desafio na busca da sustentabilidade.
Agência Sebrae de Notícias. Disponível em http://www.interjornal.com.br. Acesso em: 28 fev.
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VICENT-RICARD, Françoise. As Espirais da Moda. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 3° ed. 1989.
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