obtido, além do que os alunos são castigados pelos seus erros, verdadeiros ou supostos,
e isso marca o educando tanto pelo conteúdo, quanto pela forma do castigo
9
.
No C.E.J.F.B., não observamos castigos diferente do que supúnhamos. Provas
aplicadas para punir a “rebeldia” dos alunos, foi a forma mais apontada por eles, ferindo
assim, o principio de que a avaliação é um ato de investigar a qualidade dos atos
intermediários ou finais de uma ação, subsidiando sua melhora
10
, e ainda de que a
avaliação é um instrumento que serve para estimular o interesse e motivar o aluno a
maior esforço e aproveitamento e não uma arma de tortura para castigá-los
11
. Foi
observado através do questionário aplicado
12
, o desgosto dos alunos com alguns
métodos e instrumentos avaliativos utilizados pelos professores, muitos acreditam que
eles usam a prova como instrumento de punição para o comportamento da turma. Em
sua obra, Educação e Qualidade, Demo diz que a prova cabe apenas como expediente
tolerável para fins legais e para tratamento de números exorbitantes de alunos
13
e
Luckesi em Avaliação da Aprendizagem Escolar dá suporte à afirmação desses alunos
quando diz que os professores utilizam permanentemente dos procedimentos de
avaliação como elementos motivadores dos estudantes, por meio da ameaça
14
.
Também foi observado que muitos alunos concordam com a forma de avaliar
utilizada pelos professores, pois eles acreditam que esses métodos variam de professor
para professor e que eles agem de acordo com a turma trabalhada, a turma é quem faz o
professor
15
.
A citação anterior mostra quão é importante não julgarmos ou apontarmos
métodos e instrumentos avaliativos como corretos ou incorretos, necessários ou
desnecessários, pois percebemos que até mesmo os alunos discordam entre si no que
concerne aos métodos e instrumentos avaliativos utilizados pelos professores, pois
muitos acreditam que estes dependem da forma como os alunos se comportam em sala
de aula. Seguindo essa linha de pensamento, Hoffmann afirma:
9
Luckesi, Cipriano Carlos, Avaliação da Aprendizagem Escolar, São Paulo, Cortez, 2006. p. 93.
10
Luckesi, Cipriano Carlos, Avaliação da Aprendizagem Escolar, São Paulo, Cortez, 2006. p. 165.
11
Haydt, Regina Cazaux, Curso de Didática Geral, São Paulo, Ática, 2000. P. 314.
12
Questionário aplicado no dia 26 de novembro de 2008 a parte dos alunos do ensino médio do C.E.J.F.B.
e encontra-se no apêndice deste artigo.
13
Demo Pedro, Educação e Qualidade, Campinas, Papirus, 2004, p. 61.
14
Luckesi, Cipriano Carlos, Avaliação da Aprendizagem Escolar, São Paulo, Cortez, 2006. p. 18.
15
Afirmação feita pela aluna Geise Pereira Santos, estudante da 4º série normal “D”, do C.E.J.F.B.