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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
CAMPUS DE BOTUCATU
Análise da capacidade de combinação de características de
interesse econômico e de qualidade dos ovos de codornas usando a
técnica de cruzamentos dialélicos.
ADRIANA PICCININ
Tese apresentada ao Instituto de Biociências -
UNESP Câmpus de Botucatu, como parte
das exigências para obtenção do Título de
DOUTOR EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
(Área de Concentração em Genética)
Botucatu SP
Janeiro/2006
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
CAMPUS DE BOTUCATU
Análise da capacidade de combinação de características de
interesse econômico e de qualidade dos ovos de codornas usando a
técnica de cruzamentos dialélicos.
ADRIANA PICCININ
Orientador: Prof. Dr. Alcides de Amorim Ramos
Tese apresentada ao Instituto de Biociências -
UNESP Câmpus de Botucatu, como parte
das exigências para obtenção do Título de
DOUTOR EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
(Área de Concentração em Genética)
Botucatu SP
Janeiro/2006
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v
SUMÁRIO
1. RESUMO ..................................................................................................................... 1
2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 7
3.1. Características de interesse econômico .................................................................. 7
3.2. Características dos ovos ....................................................................................... 10
3.3. Cruzamentos dialélicos ......................................................................................... 12
4. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 17
4.1. Local de execução ................................................................................................ 17
4.2. Aves experimentais .............................................................................................. 17
4.3. Instalações, equipamentos e manejo ..................................................................... 18
4.4. Características de interesse econômico ................................................................ 18
4.4.1. Peso do ovo (PO) ........................................................................................... 19
4.4.2. Consumo de ração (CR) ................................................................................. 19
4.4.3. Número de ovos por semana por codorna alojada (NOSCA) ........................ 19
4.4.4. Porcentagem de Postura (PP) ......................................................................... 20
4.4.5. Conversão alimentar por massa de ovos (CAkg) ........................................... 20
4.4.6. Conversão alimentar por caixa de ovos (CAcx) ............................................ 21
4.4.7. Mortalidade (M) ............................................................................................. 21
4.4.8. Componentes da curva de postura.................................................................. 21
4.5. Características dos ovos de codorna ..................................................................... 22
4.5.1. Gravidade específica ...................................................................................... 23
4.5.2. Altura do albúmen (AA) ................................................................................ 23
4.5.3. Unidade Haugh (UH) ..................................................................................... 23
4.5.4. Porcentagem de gema (%G) ........................................................................... 24
4.5.5. Porcentagem da casca (%C) ........................................................................... 24
4.5.6. Porcentagem de albúmen (%A) ..................................................................... 24
4.6. Análise econômica ................................................................................................ 25
vi
4.7. Análise estatística ................................................................................................. 27
4.7.1. Análise de variância geral .............................................................................. 27
4.7.2. Análise de variância dos cruzamentos ........................................................... 28
4.7.3. Análise dos dialelos........................................................................................ 28
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 32
5.1. Características de interesse econômico ................................................................ 32
5.2. Análises das médias das características de interesse econômico nos cruzamentos
dialélicos ................................................................................................................ 33
5.3. Análise dos dialelos das características de interesse econômico .......................... 45
5.4. Características de qualidade do ovo ..................................................................... 62
5.5. Análises das médias das características de qualidade interna do ovo nos
cruzamentos dialélicos .......................................................................................... 63
5.6. Análise dos dialelos das características de qualidade do ovo ............................... 69
5.7. Análise econômica dos cruzamentos dialélicos ................................................... 80
6. CONCLUSÕES ......................................................................................................... 83
7. SUMMARY ............................................................................................................... 85
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 88
9. APÊNDICE ................................................................................................................ 95
Resumo
1
1. RESUMO
A coturnicultura é uma atividade que vem apresentando considerável
desenvolvimento nos últimos anos, graças à qualidade de seus produtos (carne e
ovos), o seu custo de produção e ao uso das tecnologias disponíveis, como a
nutrição, os cuidados higiênico-sanitários e o uso de linhagens produzidas pelo
melhoramento genético. Neste sentido, os objetivos deste trabalho foram analisar
num sistema de cruzamentos dialélicos entre linhagens de codornas de postura,
características de interesse econômico, de qualidade dos ovos, os componentes da
curva de postura e a taxa de lucro observado com a venda dos ovos. Para isto foi
utilizado um sistema de cruzamento dialélico envolvendo três linhagens,
produzindo 9 grupos de progênies, sendo três parentais (puros), três mestiços F1 e
três mestiços F1 recíprocos, totalizando 972 codornas. Foram utilizadas 9
repetições de cada grupo, com 12 codornas em cada gaiola (unidade experimental).
As análises dialélicas foram desenvolvidas de forma univariada, a partir de
combinações genotípicas resultantes de um experimento inteiramente casualizado.
Foram estimados os efeitos de capacidade geral de combinação, capacidade
específica de combinação e efeito recíproco. As características estudadas foram:
peso do ovo, consumo médio diário, número de ovos por codorna alojada,
porcentagem de postura por codorna alojada, conversão alimentar, mortalidade,
componentes da curva de postura, gravidade específica, altura do albúmen, unidade
Haugh, porcentagens de gema, casca e albúmen e taxa de lucro. Para todas as
características de interesse econômico, não foram observados efeitos da capacidade
geral de combinação quando se considerou os períodos. para capacidade
específica de combinação, estas características apresentaram grande variação dentro
dos períodos e mostrou-se significativa para peso do ovo, conversão alimentar por
kg e por caixa de ovos e para mortalidade. As progênies do cruzamento 1x2
apresentaram maiores pesos de ovos, e as progênies do cruzamento 1x3
apresentaram melhor conversão alimentar por kg e por caixa de ovos e menor taxa
de mortalidade. Tais efeitos não especificam quais dos progenitores deveriam ser
utilizados como macho ou fêmea no cruzamento eleito, e para isso recorrem-se aos
efeitos recíprocos, que definem os sexos dos progenitores mais recomendados. Este
Resumo
2
efeito foi observado para a característica peso do ovo, onde progênies de
cruzamentos entre machos da linhagem 2 e meas da linhagem 1 puderam
proporcionar maior peso de ovo, característica importante principalmente quando se
comercializa ovos por quilo. Na maioria das características de qualidade interna do
ovo não foram encontrados efeitos de capacidade geral de combinação, exceção
feita para gravidade específica do ovo em dois períodos parciais e para
porcentagem de casca no período total. As linhagens 1 e 2 foram capazes de
melhorar os índices de gravidade específica, e a linhagem 3 foi a melhor para
proporcionar maior porcentagem de casca do ovo e consequentemente melhor
tempo de prateleira. A capacidade específica de combinação, que representam os
efeitos não aditivos dos genes, foi pouco importante nestas características, tendo
seus efeitos significativos apenas em poucos períodos parciais. Para unidade Haugh
e altura do albúmen as progênies do cruzamento 1x2 foram mais eficientes,
indicando maior tempo de prateleira destes ovos. para gravidade específica e
porcentagem de casca, as progênies dos cruzamentos 1x3 e 2x3 respectivamente,
mostraram-se como melhor opção para ganhos na qualidade de ovo. Os efeitos
recíprocos mostraram-se significativos na maioria das características, nos períodos
parciais. Os cruzamentos entre machos da linhagem 2 com fêmeas da linhagem 1,
proporcionaram progênies com maior altura de albúmen, unidade Haugh e
porcentagem de casca, e machos da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 2,
proporcionaram progênies com maior gravidade específica, porcentagem de gema e
de casca. Ambos os cruzamentos podem ser utilizados em programas de
melhoramento genético visando obter ganhos na qualidade interna do ovo.
Introdução
3
Introdução
Introdução
4
2. INTRODUÇÃO
O melhoramento genético na avicultura tem contribuído de maneira expressiva no
crescimento desta atividade, sendo este avanço, predominante em galinhas de postura e frangos de
corte. A codorna, de maneira geral, é usada como modelo experimental para as demais criações, e
por esta razão, as informações científicas sobre o desenvolvimento de linhagens de codornas,
nutrição e manejo, tanto para postura como para corte são escassas (MARTINS, 2002).
A coturnicultura vem apresentando um crescimento considerável no Brasil, isto devido à
qualidade e ao valor nutritivo de sua carne e ovos, empregados preferencialmente em gastronomia
fina, e cujo consumo se encontra em franco crescimento (BONACIC, 2001).
Não existe no Brasil, um programa de melhoramento genético de codornas, desenvolvido
em bases técnicas. Há uma reprodução do material genético disponível que, pela deficiência de
controle e falta de esquema de seleção adequado, sofre problemas de depressão pela
consangüinidade resultando em redução de postura, queda da fertilidade e aumento da mortalidade.
MARTINS (2002) sugere que o desenvolvimento de material genético em codornas deve seguir o
mesmo procedimento do praticado em galinhas de postura e frangos de corte, ou seja, o
desenvolvimento de linhagens por seleção, para características complementares ou não, visando a
exacerbação dos efeitos genéticos aditivos, e o posterior cruzamento para explorar a heterose e
recuperar os efeitos de uma possível depressão causada pela endogamia.
Informações sobre a estrutura genética das populações de codornas disponíveis no Brasil
ainda precisam ser estimadas. Contudo, o conhecimento disponível suporta o desenvolvimento de
programas de melhoramento, que significam importante apoio ao desenvolvimento da
coturnicultura.
Para que o uso de cruzamentos seja eficiente, a utilização das linhagens desenvolvidas para
a formação de híbridos deve ser orientada com base nos resultados obtidos em cruzamentos
Introdução
5
dialélicos (GRIFFING, 1956), que consiste no cruzamento planejado das linhagens disponíveis de
forma a permitir a avaliação, de maneira detalhada, do desempenho dessas linhagens em esquemas
de cruzamento.
Para CRUZ e REGAZZI (2001), as análises dialélicas têm por finalidade interpretar o
delineamento genético, provendo estimativas de parâmetros úteis na seleção de progenitores para
hibridação e no entendimento dos efeitos genéticos envolvidos na determinação dos caracteres.
Por meio desta prática é possível a estimação das capacidades de combinação geral (CCG),
que indicam o nível de cada linhagem em termos de efeitos aditivos, as capacidades de combinações
específicas (CCE), que indicam o nível de heterose presente em cada cruzamento, e os efeitos
recíprocos que orientam quanto ao uso mais adequado do sexo das linhagens nos cruzamentos
(MARTINS, 1982).
Entre as características com potencial para o melhoramento do desempenho de codornas se
encontram aquelas que de alguma forma interferem no custo de produção ou na qualidade do
sistema, como é o caso da produção de ovos, do consumo e a conversão alimentar, do peso e da
massa de ovos e da taxa de mortalidade. Quanto aos ovos, as características que podem participar de
um programa de melhoramento são as porcentagens de gema, albúmen e casca, a gravidade
especifica e a unidade Haugh, pois determinam a qualidade do produto ao consumidor.
Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi analisar um sistema de cruzamentos dialélicos
entre três linhagens de codornas de postura, visando determinar quais seriam as mais indicadas em
futuros cruzamentos com base nas características de interesse econômico (peso dos ovos, consumo
médio diário, número de ovos por codorna alojada, porcentagem de postura, conversão alimentar e
mortalidade), características dos ovos (gravidade específica, altura do albúmen, unidade Haugh,
porcentagem de gema, de casca e de albúmen), características da curva de postura (tempo para
atingir o pico de postura, pico e persistência de postura) e o lucro observado na venda dos ovos.
Revisão Bibliográfica
6
Revisão Bibliográfica
Revisão Bibliográfica
7
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Características de interesse econômico
Consideram-se como características de interesse econômico, aquelas que de alguma forma
interferem no custo de produção, ou na qualidade do sistema, entre elas o peso do ovo, consumo
médio diário, número de ovos por codorna alojada, porcentagem de postura por codorna alojada,
conversão alimentar, mortalidade e os componentes da curva de postura (tempo de pico,
porcentagem de produção no pico e persistência de postura). Os trabalhos na literatura que tratam
destas características, normalmente estão ligados ao estudo e determinação de níveis nutricionais na
dieta, sendo poucos os que se referem ao melhoramento destas características.
Estudando a necessidade de proteína em codornas poedeiras, ARSCOTT e PIERSON-
GOEGER (1981), ofereceram dietas com 21, 18, 15 e 12% de proteína bruta à dois grupos de 15
codornas, durante 280 dias. Houve significante decréscimo na produção de ovos nas dietas com
nível abaixo de 21% de proteína bruta (PB). O peso do ovo e o consumo alimentar apresentaram
significante decréscimo nos níveis de 12 e 15% de PB. A conversão alimentar por dúzia de ovos
aumentou com o decréscimo no nível de proteína. Não houve diferenças no peso corporal final e na
porcentagem de mortalidade.
Comparando o desempenho de três linhagens selecionadas, sem revelar seus nomes
comerciais (P, T e S), para ganho de peso e uma controle (C), não selecionada, RICKLEFS e
MARKS (1983), relataram que o tamanho do ovo foi maior nas linhagens selecionadas e não
apresentaram diferenças em relação à controle na produção de ovos, mas houve queda na fertilidade
e na incubabilidade.
Revisão Bibliográfica
8
Um efeito linear significativo dos níveis de energia sobre a porcentagem de postura,
consumo médio de ração e conversão alimentar foi observado por MURAKAMI et al. (1993),
quando avaliaram as exigências protéicas e energéticas de codornas em postura (Coturnix coturnix
japonica), oferecendo dietas com quatro níveis de proteína bruta (16, 18, 20 e 22%PB) e quatro de
energia metabolizável (2500, 2700, 2900 e 3100 kcal/kg). Observaram, ainda, que o peso médio dos
ovos aumentou significativamente com o aumento do nível de proteína, e diminuiu com o aumento
do nível de energia metabolizável.
Com o objetivo de determinar o requerimento de proteína e energia na ração,
SHRIVASTAV et al. (1994), ofereceram diferentes dietas à codornas de postura com três níveis de
proteína bruta 19, 22 e 25% e dois níveis de energia 2500 e 2750 kcal EM/kg objetivando
determinar seu requerimento. A porcentagem de produção de ovos não foi afetada pelos níveis de
proteína e energia na ração de postura. O peso do ovo diminuiu com o aumento do nível de proteína.
O consumo de alimento diminuiu com o aumento nível de energia metabolizável. Assim, concluíram
que uma dieta eficiente para codornas japonesas deveria conter 19% de proteína e 2750 kcal EM/kg.
Da mesma forma, ZAMAN et al. (1996) administraram rações isoenergéticas com
diferentes níveis de proteína 22,1, 23,9 e 26,4% à 72 codornas (Coturnix coturnix japonica) entre 20
e 72 dias de idade e obtiveram dados de ganho de peso, consumo alimentar e razão de conversão no
crescimento, respectivamente, de 85,0, 81,8 e 77,2g; 370,4, 354,5 e 360,0g, e 4,4, 4,3 e 4,7, para os
três níveis de proteína, respectivamente. Concluíram que níveis de proteína superiores à 22,1% não
apresentaram efeito benéfico no crescimento, na produção de ovos e no rendimento de carcaça.
VIDAL et al. (2000), ao estudarem a influência de três níveis de proteína bruta (18, 20,
22% PB) e três níveis de energia metabolizável na ração (2400, 2600 e 2800 kcal/EM/kg) sobre o
desempenho de codornas poedeiras em fase final de postura, não encontraram diferenças
Revisão Bibliográfica
9
significativas entre os tratamentos para número de ovos, consumo de ração e conversão alimentar. O
melhor peso de ovos foi obtido com 2600 kcal e 20% PB.
Avaliando os efeitos dos níveis de proteína, metionina + cistina e lisina na dieta sobre o
desempenho das codornas, GARCIA (2001) observou que aves alimentadas com nível protéico de
16% PB apresentaram menor produção de ovos em relação às alimentadas com 20% PB. O consumo
de ração foi de 24,88g/ave/dia e aumentou com a elevação do nível protéico na ração. O peso médio
dos ovos e a massa de ovos foram de 11,51 e 8,63 g respectivamente. A conversão alimentar por
dúzia de ovos foi de 0,41 kg de ração por dúzia de ovos, e a conversão alimentar por massa de ovos,
foi de 2,98 kg de ração por kg de ovos. A melhor conversão foi obtida com nível protéico de 20%, e
a pior com nível de 16%.
Ao estudar as características de desempenho de codornas de três grupos genéticos,
recebendo quatro diferentes níveis protéicos na ração, PICCININ (2002) demonstrou haver
diferença entre os grupos genéticos estudados para consumo de ração e mortalidade. Ao contrário, a
conversão alimentar e peso do ovo nos diferentes grupos genéticos não sofreram alteração
significativa. O nível protéico, que variou de 18 à 24% PB, também não foi capaz de alterar tais
características.
No que se refere às pesquisas de melhoramento genético, os trabalhos buscam definir
alguns valores de herdabilidade, de repetibilidade e correlações entre as características de interesse
econômico, tentando conduzir e acelerar o processo de seleção.
STRONG et al. (1978) examinaram a herança de produção de ovos e peso dos ovos em
uma linhagem de codorna não selecionada e descobriram herdabilidades moderadas à altas (0,26
0,50). NESTOR et al. (1983) conduziram uma seleção divergente em codornas japonesas para
produção de ovos aos 120 dias e descobriu-se que após 5 gerações, a variação genética aditiva havia
se esgotado na linhagem de alta produção, mas não na linhagem de baixa produção. Houve pouca
Revisão Bibliográfica
10
resposta na linhagem de alta produção (aumento de 3 ovos por codorna), mas a produção de ovos foi
drasticamente reduzida na linhagem de baixa produção (decréscimo de 19 ovos por codorna).
PAIVA et al. (2005) estimaram a herdabilidade para peso do ovo aos 60 e 90 dias de idade
para três linhagens de codornas de postura, e encontraram valores que variaram de 0,13 a 0,25,
indicando que as linhagens podem ter diferentes respostas à seleção, diferente de MINVIELLE
(1998) que relata em sua revisão um intervalo de 0,35 a 0,62, não sendo citada a idade da ave.
GEORG et al. (2005) estimaram a herdabilidade para peso do ovo e altura do albúmen em
três linhagens de codornas de postura, e encontraram valores que variaram de 0,08 à 0,65 para peso
do ovo, e de 0,078 à 0,143 para altura do albúmen, concluindo que as linhagens com maior
herdabilidade, teriam melhor potencial de resposta à seleção. Relatam ainda que existe uma
correlação genética negativa entre peso do ovo e altura do albúmen.
3.2. Características dos ovos
O ovo é o alimento natural e equilibrado, contendo proteínas, aminoácidos, gorduras,
vitaminas, minerais, enfim, tudo para a formação de um ser vivo completo. A maior utilização
destas vantagens pela população depende da qualidade dos ovos oferecidos ao mercado, sendo
aspecto de influência na aceitação, nos hábitos e decisões do consumidor final (OLIVEIRA, 1999).
Entre as características do ovo incluem-se: o peso dos ovos, a sua gravidade específica, a unidade
Haugh (que determina a qualidade do ovo segundo a altura do albúmen) e as porcentagens de casca,
gema e albúmen.
SINGH e PANDA (1987) usaram quatro linhagens de codornas (Coturnix coturnix
japonica), EL (linhagem de postura), WEL (linhagem de postura de ovos de casca branca), ML
(linhagem de corte) e CL (linhagem de corte controle) e verificaram que o peso do ovo variou
significativamente com as estações do ano, foi maior no inverno e menor durante períodos de altas
Revisão Bibliográfica
11
temperaturas. Observaram diferenças significativas de linhagens e de estação sobre a qualidade da
gema, albúmen e espessura da casca. A linhagem ML apresentou maior peso de ovo e a linhagem
WEL menor peso de ovo e espessura de casca, independentemente da estação.
Avaliando as exigências protéicas e energéticas de codornas em postura (Coturnix coturnix
japonica), MURAKAMI et al. (1993) não observaram influência da dieta sobre o conteúdo interno
do ovo, a espessura da casca e a porcentagem de casca, indicando que 18% de proteína bruta e 2700
kcal de EM/kg de ração atendem as exigências de codornas em postura. Por outro lado, AKBAR et
al. (1983) verificaram que a elevação do nível protéico da dieta aumentou a porcentagem de gema e
reduziu a de albúmen em ovos de poedeiras comerciais.
Da mesma forma, GARCIA (2001), avaliando os efeitos dos níveis de proteína, metionina
+ cistina e lisina na dieta de codornas, não observou efeito da dieta sobre as porcentagens de casca,
de gema e de albúmen.
Estudando as características dos ovos de codornas em três grupos genéticos, recebendo
quatro níveis de proteína na ração, PICCININ (2002) observou que codornas do grupo genético SM
(granja Suzuki SP) quando alimentadas com ração contendo 24% de proteína bruta
proporcionaram maior porcentagem de albúmen e menor porcentagem de gema. O grupo genético F
(granja Fujikura SP) apresentou maior porcentagem de casca e maior gravidade específica,
determinando melhor qualidade de casca. O nível protéico das rações não foi capaz de alterar tais
características.
Valores de herdabilidade foram descritos por GEORG et al. (2004) para peso do ovo, altura
do albúmen, Unidade Haugh e espessura da casca de 0,35, 0,23, 0,23 e 0,29 respectivamente,
indicando uma possibilidade de resposta á seleção massal. Destacou-se ainda que a correlação entre
estas características foi muito próxima de zero, exceto para altura de albúmen e unidade Haugh
(r=0,97), indicando que a seleção baseada exclusivamente no peso do ovo ou na espessura da casca
Revisão Bibliográfica
12
provocará ganhos genéticos apenas nas características usada como critério de seleção, sem resposta
correlacionada com os demais.
3.3. Cruzamentos dialélicos
Grande parte dos programas de melhoramento vegetal e animal que tem apresentado
resultado satisfatório são fundamentados tanto na utilização da variância genética aditiva, por meio
de metodologias de seleção de indivíduos ou famílias, quanto na exploração da heterose advinda do
cruzamento entre genótipos de grupos (raças ou linhagens) diferentes.
As vantagens da seleção e do cruzamento são bastante conhecidas, no entanto a
identificação de genótipos superiores e a orientação para acasalamentos nem sempre são tarefas
simples. Metodologias de estimação de parâmetros genéticos, tanto aditivos quanto não aditivos,
foram desenvolvidas com o objetivo de aproveitar ao máximo as potencialidades genéticas das
espécies, por meio de programas de melhoramento eficientes (SAKAGUTI, 1994). As análises
dialélicas são uma das principais ferramentas utilizadas no melhoramento genético.
O termo dialelo foi empregado por Lerner (1945) e Hazel e Lamourex (1947),
especificamente para designar o processo em que n fêmeas são acasaladas, cada uma com um grupo
de m machos, formando mn famílias de irmãos, em que as fêmeas e os machos não são
necessariamente homozigotos (VENCOVSKY, 1970).
De acordo com CRUZ e REGAZZI (2001), o termo dialelo tem sido usado para expressar
um conjunto de p(p-1)/2 híbridos, resultante do acasalamento entre p progenitores e, ou, outras
gerações relacionadas, tais como F
2
’s, retrocruzamentos, etc.
Uma tabela dialélica pode ser constituída, parcial ou totalmente, das p
2
medidas referentes
às progênies de todas as possíveis combinações de acasalamentos entre os p genótipos, distribuídos
Revisão Bibliográfica
13
em arranjos de dupla entrada, em que cada linha e coluna do quadrado corresponde às progênies
com genótipo paterno ou materno em comum (SAKAGUTI, 1994).
Os dialelos de tabela completa são preferíveis nas pesquisas com animais, em função da
importância de determinarem os genótipos (raças ou linhagens) que devem ser utilizados como
reprodutores machos ou fêmeas, uma vez que efeitos maternos e ligados ao sexo podem influir na
expressão de determinadas características (MALIK, 1984).
O trabalho de SPRAGUE e TATUM (1942) é considerado fundamental. Estes autores
incluíram os (1/2)n (n-1) F
1
’s obtidos de n linhas puras de milho, definiram os termos capacidade
geral de combinação (CGC) e capacidade específica de combinação (CEC), e os relacionaram com
os efeitos gênicos aditivos e não aditivos (dominantes e epistáticos), respectivamente. Segundo
FALCONER (1987), a variância aditiva é a principal causa de semelhança entre parentes e, por
conseguinte, o principal determinante das propriedades genéticas da população e da resposta da
população à seleção. Em animais, foi LERNER (1945) quem avaliou a importância dos efeitos
gênicos aditivos e dos não aditivos, estudando a maturidade sexual em galinhas.
Tem-se verificado grande diversidade quanto aos modelos estatísticos utilizados nas
análises dialélicas, variando tanto entre espécies quanto dentro delas. Em aves, HILL e
NORDSKOG (1958) estimaram as capacidades de combinação geral e específica por meio de
componentes de variância. GOTO e NORSDSKOG (1959) aplicaram o modelo proposto por
Henderson (1948), enquanto YAO (1961) utilizou um modelo proposto por Hayman (1954) e outro
proposto por Griffing (1956).
GRIFFING (1956) apresentou oito diferentes análises, resultantes da combinação de quatro
sistemas distintos de cruzamento dialélicos com duas suposições alternativas da natureza da
amostragem do material experimental, em um exame detalhado do conceito de capacidade de
combinação, em relação aos sistemas de cruzamento dialélico. Em um desses modelos, para dialelos
Revisão Bibliográfica
14
de tabela completa, nos quais estão presentes todas as p
2
combinações possíveis entre os p
genótipos, o efeito atribuído ao genótipo, ou ao grupo de cruzamento, é decomposto em termos de
capacidade de combinação geral e específica e efeito recíproco.
A capacidade geral de combinação pode ser definida como o desempenho médio de uma
raça, ou linhagem, em combinações híbridas e proporcionam informações sobre a concentração de
genes predominantemente aditivos em seus efeitos e têm sido de grande utilidade na indicação de
progenitores a serem utilizados em programas de melhoramento intrapopulacional. A capacidade
específica pode ser definida como o desvio do comportamento em relação ao que seria esperado
com base na capacidade geral de combinação, e refletem os efeitos gênicos não aditivos. As
combinações híbridas que interessam são aquelas com estimativas da capacidade específica de
combinação mais favorável, que envolvam pelo menos um dos progenitores que tenha apresentado o
mais favorável efeito da capacidade geral de combinação (CRUZ e REGAZZI, 2001). Tais efeitos
não especificam qual dos progenitores deverá ser utilizado como macho ou fêmea no cruzamento
eleito, e para isto recorrem-se aos efeitos recíprocos, que definem os progenitores feminino e
masculino mais recomendados (CRUZ e VENCOVSKY,1989).
No Brasil, o uso de cruzamento dialélicos em coelhos foi conduzido por CARREGAL
(1980), SCAPINELLO et al. (1987) e SAKAGUTI (1997), e se apresentaram fundamentais para o
estabelecimento de programas de melhoramento desta espécie. Em suínos, FREITAS et al. (1998),
ao usar o cruzamento dialélico entre três raças, estimaram as variáveis canônicas, e concluíram que a
substituição das características originais por estas variáveis permitiram a visualização mais clara da
divergência genética. nas aves, Torres (1982), Martins (1982), Leitão (1988), Fonseca (1988) e
Siewerdt e Dionello (1990), citados por SAKAGUTI (1994), utilizando o modelo de Griffing,
analisaram seus dialelos, contribuindo para a evolução dos cruzamentos em frangos de corte e
poedeiras. Mais recentemente, ABREU et al. (1998), estudaram amplamente os efeitos das
Revisão Bibliográfica
15
capacidades geral e específica de combinação, e os efeitos recíprocos nas características de ovos em
linhagens de frango de corte, verificando a existência de variabilidade genética aditiva, indicando
que a reduzida influência dos efeitos não aditivos é indicativo de menor dificuldade no processo de
identificação de animais superiores, possibilitando o uso de técnicas relativamente simples de
melhoramento.
Na Índia, SINGH e RAJ NARAYAN (2002), em um cruzamento de dialelo completo com
codornas de corte envolvendo 3 linhagens, demonstraram melhor conversão alimentar na linhagem
CARI UTTAN e o maior peso corporal em cruzamentos das linhagens CARI UTTAN X CARI
UJJAWAL, concluindo que as linhagens cruzadas excedem as melhores médias em relação ao peso
corporal, conversão alimentar, porcentagem de mortalidade, peso de ovos e produção de ovos na
18º semana de postura.
Material e Métodos
16
Material e Métodos
Material e Métodos
17
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Local de execução
O experimento foi realizado no Aviário Experimental de Ensino à Pesquisa e Produção
(FEPP) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP Campus de Botucatu.
4.2. Aves experimentais
Foram utilizadas 972 codornas provenientes da UEM (Universidade Estadual de Maringá),
de cruzamentos dialélicos entre três linhagens, 1, 2 e 3.
O sistema de cruzamento dialélico empregado envolveu três linhagens, produzindo nove
grupos de progênies, sendo três parentais (puros), três mestiços F1 e três mestiços F1 recíprocos, os
quais podem ser representados pelo seguinte esquema:
Machos
Fêmeas
1
2
3
1
C11
C12
C13
2
C21
C22
C23
3
C31
C32
C33
Em que:
C11 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 1 com fêmeas da linhagem 1;
C12 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 1 com fêmeas da linhagem 2;
C13 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 1 com fêmeas da linhagem 3;
C21 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 2 com fêmeas da linhagem 1;
C22 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 2 com fêmeas da linhagem 2;
C23 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 2 com fêmeas da linhagem 3;
C31 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 1;
Material e Métodos
18
C32 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 2;
C33 = progênie proveniente dos acasalamentos de machos da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 3.
4.3. Instalações, equipamentos e manejo
As codornas de 1 dia foram criadas até 42 dias no sistema de piso com círculo de proteção,
cama e campânula. Nesta fase, receberam ração contendo 22% de proteína bruta (PB) e 2800 kcal
EM/kg. A quantidade de cálcio administrada foi de 1% até os 35 dias e 2,5% no período de 35 à 42
dias. Os comedouros e bebedouros utilizados foram do tipo copo de pressão de alumínio com
capacidade para 1kg de ração e 2 litros de água, respectivamente. Como fonte de aquecimento foram
utilizadas lâmpadas de infravermelho de 250 watts em todos os círculos.
Na fase de produção de ovos, as aves foram mantidas em gaiolas superpostas em andares,
facilitando o manejo do esterco, e evitando o contato da ave com as fezes. Foram utilizadas 81
gaiolas subdivididas em seis partes com dimensões de 32 X 17 X 15 cm, onde foram alojadas duas
aves por divisão, perfazendo um total de 12 aves por gaiola (unidade experimental). Nesta fase a
ração fornecida foi elaborada contendo 20%PB e 2800 kcal EM/kg conforme PICCININ (2002) e
3% de Cálcio. O comedouro utilizado foi do tipo calha e o bebedouro tipo chupeta (nipple). A
ventilação foi controlada com manejo de cortinas.
4.4. Características de interesse econômico
Consideram-se características de interesse econômico aquelas que de alguma forma
interferem no custo da produção ou na qualidade do sistema. Entre elas o peso do ovo, consumo
médio diário, número de ovos por codorna alojada, porcentagem de postura por codorna alojada,
conversão alimentar, mortalidade e os componentes da curva de postura (tempo de pico,
porcentagem de produção no pico e persistência de postura). Para todas as características foram
Material e Métodos
19
feitas médias mensais, e divididas em 11 períodos que representam cada mês desde o início da
postura (P1, P2,..., e P11). Calculou-se a média geral de todo o período de postura, denominada
PTotal.
4.4.1. Peso do ovo (PO)
Os ovos foram pesados semanalmente. O peso médio dos ovos (PMO) foi obtido,
dividindo-se o peso total pelo número de ovos postos em cada gaiola, e o resultado expresso em
gramas.
4.4.2. Consumo de ração (CR)
A ração foi fornecida ad libitum e o seu consumo determinado semanalmente. Para o
controle do consumo alimentar a ração correspondente a cada unidade experimental foi pesada e
armazenada em baldes identificados. Ao final de cada semana a sobra da ração do comedouro de
cada unidade experimental foi devolvida ao balde correspondente, pesada e por diferença
determinado o consumo semanal e posteriormente o consumo diário.
4.4.3. Número de ovos por semana por codorna alojada (NOSCA)
Esta característica foi preferida ao invés do número de ovos por semana por codorna viva
porque descreve melhor o que acontece com a produção para um produtor, pois não leva em
consideração a mortalidade ocorrida no período. Desta maneira a curva tende a ter uma queda maior
na sua persistência de postura, uma realidade comum nos criatórios.
Diariamente foram anotados o número de ovos postos em cada gaiola. Dados de produção de
uma semana foram somados para obtenção da produção semanal. Foi obtido pela seguinte fórmula:
Material e Métodos
20
NCA
NOS
NOSCA
em que:
NOSCA = Número de ovos por semana por codorna alojada;
NOS = Número de ovos por semana da gaiola;
NCA = Número de codornas alojadas no inicio do experimento (12 aves).
4.4.4. Porcentagem de Postura (PP)
A porcentagem de postura representa em termos percentuais o desempenho produtivo da
codorna. Foi obtido pela seguinte fórmula:
NCA
NOSCA
PP
em que:
PP = Porcentagem de postura;
NOSCA = Número de ovos por semana por codorna alojada;
NCA = Número de codornas alojadas no inicio do experimento (12 aves).
4.4.5. Conversão alimentar por massa de ovos (CAkg)
A conversão alimentar por kg de ovos, foi calculada dividindo-se o consumo de ração pela
massa de ovos postos no período de uma semana, e expresso em kg de ração por kg de ovos.
)(
)(
kgMO
kgCR
CA
kg
em que:
CA
kg
= Conversão alimentar por kg de ovos;
CR = Consumo de ração de uma semana em kg;
MO = massa de ovos posto no período de uma semana em kg.
Material e Métodos
21
4.4.6. Conversão alimentar por caixa de ovos (CAcx)
Normalmente as conversões alimentares são medidas por dúzia de ovos, como é feito em
galinhas de postura. Considerando que os ovos de codornas são comercializados em caixas com 30
ovos, calculamos o consumo de ração para se produzir 1 caixa contendo 30 ovos.
30/NOS
CR
CA
cx
em que:
CA
cx
= Conversão alimentar por caixa de ovos;
CR = Consumo de ração semanal por codorna em kg;
NOS = Número de ovos semanal por codorna;
30 = número equivalente á caixa de ovos comercial.
4.4.7. Mortalidade (M)
A mortalidade foi registrada no dia do evento e avaliada no final do experimento, somando-
se o número de mortos totais durante o ciclo de postura. Este procedimento foi usado para o cálculo
do número médio de animais por semana.
4.4.8. Componentes da curva de postura
Os ovos foram coletados diariamente, calculadas médias semanais e a produção de ovos
expressa em porcentagem por gaiola por semana. Os dados semanais foram ajustados pela equação
de McMILLAN et al. (1970) e utilizado por GAVORA e PARKER (1971) e YANG e
McMILLAN(1989) e PICCININ (2002), expresso por:
)1)((
)( dtcbt
eeaP
, onde P = produção
de ovos no tempo t; t = tempo de postura em semanas; e = base do logaritmo natural e as outras
letras representam os coeficientes dos parâmetros à serem determinados. A partir destes dados,
Material e Métodos
22
foram calculados a porcentagem de postura, o pico de produção (maior porcentagem de produção de
ovos), o tempo para atingir o pico (momento dado em semanas, quando o pico de postura é atingido)
e a taxa de persistência de postura (taxa que representa o valor da produção que se mantém a cada
semana), usando as fórmulas descritas por GAVORA e PARKER(1971):
Pico de postura:
)/1(
/
)(
cbbd
cb
bce
acb
P
Tempo do Pico:
]/)ln[()/1( bbccdT
Persistência de Postura:
bd
eP
em que, a, b e c são constantes encontradas no programa estatístico através dos dados de
produção de ovos e indicam:
a = parâmetro responsável por abaixar ou elevar toda a curva de produção;
b = parâmetro responsável pela determinação do formato da curva antes do pico de postura;
c = parâmetro associado com a fase de declínio da postura após o pico.
4.5. Características dos ovos de codorna
Foram avaliadas as seguintes características: gravidade específica, altura do albúmen,
unidade Haugh, porcentagens de gema, casca e albúmen.
Para avaliar as características qualitativas do ovo foram usados 10 ovos de cada unidade
experimental, recém postos, coletados aleatoriamente, a cada 28 dias durante 3 dias consecutivos.
Este procedimento foi repetido por 8 meses consecutivos (P1, P2,..., e P8). Calculou-se uma média
geral de todos os meses, denominada PTotal.
Material e Métodos
23
4.5.1. Gravidade específica
A gravidade específica apresenta relação direta com o percentual de casca, podendo ser
utilizada como um método indireto na determinação da qualidade da casca. Foram elaboradas 5
soluções salinas com densidades de 1,060, 1,070, 1,080, 1,090 e 1,100, colocadas em ordem
crescente em recipientes identificados. Primeiramente os ovos serão colocados no recipiente de
1,060, os ovos que subirem à superfície serão considerados com gravidade específica de 1,060, em
caso contrário, serão testados nos recipientes seguintes em ordem crescente. A gravidade específica
do ovo foi representada pela solução de menor densidade onde o ovo flutuou.
4.5.2. Altura do albúmen (AA)
Os ovos foram quebrados em uma superfície plana e lisa. Com o auxílio de um micrômetro
manual mediu-se a distância da superfície até o albúmen.
4.5.3. Unidade Haugh (UH)
A Unidade Haugh é uma expressão matemática que correlaciona o peso do ovo com a
altura da clara espessa. Seu uso é universal, devido a facilidade de aplicação e á alta correlação com
a aparência do ovo quando aberto em uma superfície plana. Os ovos foram pesados em balança de
precisão e a altura do albúmen será determinada por meio de um micrômetro, e depois calculada a
Unidade Haugh por intermédio da fórmula:
)7,157,7log(100
37,0
WHUH
; em que
H = altura do albúmen (mm)
W = peso do ovo (g)
Material e Métodos
24
4.5.4. Porcentagem de gema (%G)
As gemas foram separadas, pesadas e calculados os valores percentuais da gema sobre o
ovo.
100%
PO
PG
G
em que:
%G = Porcentagem de gema;
PG = Peso da gema;
PO = Peso do ovo.
4.5.5. Porcentagem da casca (%C)
A casca foi pesada depois de seca em estufa a 60ºC por 3 dias. A porcentagem da casca foi
obtida, dividindo-se o peso da casca pelo peso do ovo.
100%
PO
PC
C
em que:
%C = Porcentagem de casca;
PC = Peso da casca;
PO = Peso do ovo.
4.5.6. Porcentagem de albúmen (%A)
O peso do albúmen foi obtido pela diferença da soma do peso da casca e da gema pelo peso
do ovo.
100
)(
%
PO
PGPCPO
A
em que:
Material e Métodos
25
%A = Porcentagem de albúmen;
PC = Peso da casca;
PG = Peso da gema;
PO = Peso do ovo.
4.6. Análise econômica
A análise econômica foi feita em relação ao lucro obtido na venda de cada caixa contendo
30 ovos (caixa comercial) de maneira semelhante à usada por LOPES (1983), com galinhas de
postura. Utilizou-se a seguinte expressão:
)*( CAPRPOL
em que:
L = lucro calculado para venda de 1 caixa com 30 ovos;
PO = Preço da caixa com 30 ovos no mercado;
PR = Preço do kg da ração no mercado;
CA = Conversão alimentar (kg ração/caixa com 30 ovos).
O preço utilizado da caixa com 30 ovos para o produtor foi de R$ 1,22 (FUJIKURA, 2004).
A conversão alimentar por caixa de ovos, reflete o quanto a codorna come para produzir uma caixa
padrão com 30 ovos. Os preços dos ingredientes da ração foram atualizados acessando o endereço
virtual www.ovoonline.com.br, que reflete o preço praticado na cidade de Bastos/SP e seguem na
Tabela 1:
Material e Métodos
26
TABELA 1 - Preços em R$ atualizados dos ingredientes da ração contendo 22% de Proteína Bruta,
e 2800 Kcal/EM
Custo em R$
% utilizada na ração
1 kg do ingrediente*
1 kg de ração
Milho
59,65
0,29
0,1730
Farelo de Soja
28,00
0,52
0,1456
sal
0,30
0,23
0,0007
óleo
1,55
2,56
0,0397
lisina
0,26
22,50
0,0585
fosfato bicalcico
2,81
1,40
0,0393
metionina
0,18
12,50
0,0225
calcário calcitico
7,10
0,15
0,0107
premix vitaminico
0,10
6,50
0,0065
premix mineral
0,05
3,20
0,0016
TOTAL
100,00
R$ 0,4980
* fonte: www.ovoonline.com.br (acesso em 3 de agosto de 2005)
Os custos de aquisição das aves, de mão de obra, iluminação, água, medicamentos,
maravalha e embalagens foram considerados fixos para todos os tratamentos, uma vez que a
intenção foi verificar as variações de lucro entre os cruzamentos durante o período de postura. Da
mesma maneira, não foram considerados os dados de possíveis lucros, como por exemplo, venda de
descarte e da cama utilizada como fertilizante. Todo o lucro foi baseado na venda “in natura” dos
ovos, o que pode tornar o lucro um pouco menor em detrimento da venda de ovos em conserva.
Material e Métodos
27
4.7. Análise estatística
Para analisar os dados obtidos neste experimento, foram necessárias três etapas de análises.
A primeira usando uma análise de variância geral, com todos os efeitos que influenciaram nas
características. A segunda usando uma análise de variância considerando o efeito dos
cruzamentos e por último a análise dos dialelos propriamente ditos.
4.7.1. Análise de variância geral
As variáveis de interesse econômico e das características do ovo, que sofreram influência do
período em que foram observadas, foram submetidas à uma análise de variância para que fossem
detectados o quanto da variância total foi devido ao cruzamento e ao período. Para isso utilizou-se o
seguinte modelo estatístico utilizando o programa estatístico SAEG (Sistema de Análise Estatística e
Genética) descrito por EUCLYDES (2005):
Y
ijk
= + C
i
+ P
j
+ C*P
ij
+ e
ijk
Y
ij
= variável dependente;
= média da característica;
C
i
= efeito do cruzamento i, ( i=1, 2, ... e 9);
Pj = efeito do período j, (j=1, 2, ... e 11) para características de interesse econômico;
(j=1, 2, ... e 8) para características do ovo;
C*P = efeito da interação entre cruzamento e período;
e
ijk
= erro experimental
Material e Métodos
28
4.7.2. Análise de variância dos cruzamentos
As variáveis de interesse econômico, as características do ovo e o lucro foram analisados
pelo modelo a seguir utilizando programa estatístico SAEG (Sistema de Análise Estatística e
Genética) descrito por EUCLYDES (2005):
Y
ij
= + C
i
+ e
ij
em que:
Y
ij
= variável dependente;
= média da característica;
C
i
= efeito do cruzamento i, ( i=1, 2, ..., 9);
e
ij
= erro experimental
4.7.3. Análise dos dialelos
As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa GENES (CRUZ, 1997).
As análises dialélicas foram desenvolvidas, de forma univariada, considerando-se a
metodologia de dialelos completos incluindo as p
2
combinações, ou seja, progenitores, F’1s e
recíprocos pela metodologia proposta por GRIFFING (1956), a partir das médias das combinações
genotípicas resultantes de um experimento inteiramente casualizado.
O modelo estatístico usado para análises e estimação dos parâmetros do dialelo será:
ijijijjiij
rsggY
em que:
Y
ij
= Valor médio da combinação híbrida (i j) ou do progenitor (i=j);
= média geral;
g
i
, g
j
= efeitos da capacidade geral de combinação do i-ésimo ou j-ésimo progenitor (i, j = 1,2 e 3);
Material e Métodos
29
s
ij
= efeito da capacidade específica de combinação para os cruzamentos entre os progenitores de
ordem i e j;
r
ij
= efeito recíproco que mede as diferenças proporcionadas pelo progenitor i, ou j, quando utilizado
como macho ou fêmea no cruzamento ij;
ij
= erro experimental associado à observação de ordem ij.
Neste modelo são considerados s
ij
= s
ji
= -r
ji
e r
ii
= 0
A estimação dos efeitos das capacidades combinatória, geral e específica , dos efeitos
recíprocos e de suas respectivas somas de quadrados foi feita a partir do modelo linear:
XY
,
em que
),(~
2
e
INID
, sendo adotadas as seguintes restrições apresentadas na Tabela 2.
TABELA 2 - Restrições adotadas para solução das equações do modelo linear proposto
Estimador
Número
Restrição
GL associados
Estimativa
Restrição
m
ˆ
1
-
1
i
g
ˆ
p
1
0
ˆ
i
i
g
p-1
ij
s
ˆ
p(p+1)/2
p
0
ˆ
j
ij
s
para todo i
p(p-1)/2
ij
r
ˆ
p(p-1)/2
-
p(p-1)/2
Total
p
2
+p+1
p+1
p
2
Material e Métodos
30
A significância dos efeitos dos fatores incluídos no modelo será efetuada de acordo com o
teste de F, estabelecido conforme a Tabela 3.
TABELA 3 Esquema da análise de variância para dialelo completo envolvendo progenitores, F’
1
s
e recíprocos
Fonte de variação
gl
Quadrado médio
F
Cruzamento
p
2
-1
CGC
p-1
QMG
QMG/QMR
CEC
p(p-1)2
QMS
QMS/QMR
E.REC
p(p-1)2
QMRC
QMRC/QMR
Resíduo
#
QMR
A estimação dos efeitos das capacidades combinatória, geral e específica, e dos efeitos
recíprocos será descrita da seguinte maneira:
2
....
2
ˆ
p
Y
p
YY
g
ii
i
;
2
....
ˆ
p
Y
p
YY
Ys
ii
iiii
;
2
..
....
22
ˆ
p
Y
p
YYYYYY
s
jjiijiij
ij
;
2
ˆ
jiij
ij
YY
r
.
Material e Métodos
31
Resultados e Discussão
Resultados e Discussão
32
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Características de interesse econômico
As características de interesse econômico avaliadas na presente pesquisa apresentaram os
seguintes valores médios: Peso do ovo 10,7±0,65 g, consumo de ração 41,39±4,96 g, número
de ovos por codorna alojada 4,66±0,96 ovos, porcentagem de postura 66,63±13,77%,
conversão alimentar por quilo de ovos 4,66±0,7 kg ração/kg ovos, conversão alimentar por caixa
de ovos 1790,73±213,99 kg ração/caixa de ovos, porcentagem de mortalidade 26,87±7,44%,
tempo para atingir o pico de postura 8,78±2,02 semanas, pico de postura 87,36±5,11% e
persistência de postura 99,72±0,35%. São valores que se acham dentro dos intervalos médios
relatados pela maioria dos trabalhos na área da coturnicultura, entre eles MURAKAMI (1991),
PICCININ et al. (2002), PIZZOLANTE et al. (2004), PEREIRA et al. (2004), SAKAMOTO et al.
(2004).
As análises de variância dos dados, levando em consideração as fontes de variação
detectadas no experimento (cruzamento, período, e a interação entre cruzamento e período), são
mostradas na forma de resumo na Tabela 4. Nesta, observa-se que todas as características estudadas
sofreram efeito significativo do cruzamento e do período, no entanto não foram observados efeitos
de interação, o que indica que os diferentes cruzamentos tiveram o mesmo desempenho em todos os
períodos do experimento. Nota-se ainda que a característica que mais sofreu o efeito da fonte de
variação foi a conversão alimentar por caixa (R
2
=32%), seguida do consumo de ração (R
2
=25%) e
do peso do ovo (R
2
=24%), quando se considera a ação do período. Enquanto que os menores valores
de R
2
foram detectados com a fonte de variação interação entre cruzamento e período, o que
significa que existe pouca influência destas fontes sobre as variáveis estudadas.
Resultados e Discussão
33
TABELA 4 Resumo da análise de variância das características de interesse econômico, peso do
ovo (PO), consumo de ração (CR), número de ovos por codorna por dia (NOSCA),
porcentagem de postura (PP), conversão alimentar por kg de ração (CA kg) e
conversão alimentar por caixa (CA cx)
FV
gl
Probabilidade (R
2
%)
PO
CR
NOSCA
PP
CAkg
CAcx
CRUZAMENTO (C)
8
**(12%)
** (5%)
** (13%)
**(11%)
** (4%)
** (8%)
PERÍODO (P)
10
**(24%)
**(25%)
** (12%)
** (9%)
**(21%)
**(32%)
C X P
80
ns (4%)
ns (1%)
ns (3%)
ns (3%)
ns (5%)
ns (4%)
RESÍDUO
792
(60%)
(69%)
(72%)
(77%)
(70%)
(56%)
** p<0,01 ns=não significativo
5.2. Análises das médias das características de interesse econômico nos cruzamentos
dialélicos
O comportamento dos cruzamentos foi avaliado para as seguintes características de
importância econômica: peso médio do ovo, consumo médio diário por codorna, número de ovos
por codorna alojada por semana, porcentagem de postura (por codorna alojada), conversão alimentar
por kg de ovos, conversão alimentar por caixa de 30 ovos, mortalidade e para os três componentes
da curva de postura (tempo para atingir o pico, pico e persistência de postura).
A média geral para peso de ovos foi de 10,7±0,65 g (Tabela 5). Este valor é semelhante aos
apresentados na literatura por QUIRINO et al. (2004), PIZZOLANTE et al. (2004) e PEREIRA et
al. (2004) que relataram peso médio do ovo de 10,4 g, 10,10 g e 11,04 g respectivamente. Estudando
o efeito de diferentes níveis de proteína bruta (PB) na ração e de grupos genéticos sobre as
características dos ovos, PICCININ et al. (2002) observaram que não houve diferença significativa
quando se administrou rações contendo de 18 a 24% de PB, no entanto houve diferença significativa
Resultados e Discussão
34
entre os grupos genéticos estudados com valores de 10,93, 10,82 e 10,65 g. SAKAMOTO et al.
(2004) relacionaram o peso do ovo com níveis de sal comum na ração, e encontraram valores que
variam de 10,32 g a 11,30 g. Houve diferença significativa (P<0,05) entre os cruzamentos na
maioria dos períodos, à exceção dos períodos P1 e P9, quando comparadas pelo teste de Tukey. Na
Tabela 5 pode-se observar que os menores pesos de ovos foram verificados em acasalamentos 1 x 1
nos períodos P2, P3, P4, P5, P6, P7, P10 e Ptotal. E os maiores pesos foram observados nos
acasalamentos 3x3 nos períodos P2, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10 e Ptotal. TORRES (1982) também
encontrou diferenças entre as médias dos cruzamentos dialélicos de linhagens de poedeiras para
peso de ovo.
A média do consumo médio diário por codorna foi de 41,39±4,96 g (Tabela 6). Estes
resultados são superiores aos relatados por ABREU et al. (2004a) que estudando o efeito de
micotoxinas sobre o consumo de ração encontraram valores que variaram de 26,04 à 27,92 g por
ave/dia. Da mesma maneira, QUIRINO et al. (2004), avaliando o consumo de ração com diferentes
níveis de energia metabolizável na ração, descreveram consumos que variaram de 20,64 g à 23,19 g
em rações com 2650 à 3050kcal/kg, sendo que o maior consumo ocorreu com o uso na menor
energia utilizada. PEREIRA et al. (2004), ao avaliarem diferentes níveis de cálcio na ração,
encontrou níveis de consumo que variaram de 25,87g à 27,56g/ave/dia. SAKAMOTO et al. (2004) e
relataram consumos de 22,15 g à 25,93 g/ave/dia e da mesma forma PIZZOLANTE et al. (2004)
relataram consumo de 23,4g/ave/dia em codornas de postura. Os dados da literatura diferem muito
dos apresentados, situação que poderia ser explicada pela baixa densidade utilizada nas gaiolas do
experimento. Tal fato foi relatado por QUEIROZ et al. (2004) que observaram que quanto menor a
densidade de codornas na gaiola, maior seria o consumo de ração, e da mesma maneira PAVAN et
al. (2005) afirmam que galinhas da linhagem Isa Brown alojadas em maior densidade apresentaram
menores consumo de ração.
Resultados e Discussão
35
Não houve diferença significativa entre os períodos estudados separadamente, no entanto,
observa-se que no Ptotal, o acasalamento 2x2 teve menor consumo, e um maior consumo para o
cruzamento 1x2, com 38,98 e 42,91 g respectivamente, como é observado na Tabela 6. Este
comportamento foi observado nos períodos parciais, porém não foram significativos (P<0,05). De
maneira contrária, TORRES (1982) descreveu efeito significativo entre os cruzamentos de linhagens
de poedeiras entre os períodos estudados durante o experimento.
Resultados e Discussão
36
TABELA 5 Médias e desvios padrão de peso do ovo por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1
P2*
P3*
P4*
P5*
P6*
P7*
P8*
P9
P10*
P11*
Ptotal*
1
1
1
10,12
10,15
10,67
10,31
10,57
10,24
9,77
10,27
10,65
10,88
10,86
10,41
2
1
2
10,50
10,69
11,23
10,76
11,18
11,03
10,41
10,74
11,14
11,39
11,51
10,96
3
3
1
10,48
10,28
10,68
10,59
10,67
10,41
9,88
10,34
10,28
11,04
10,70
10,49
4
2
2
10,44
10,72
11,15
10,86
11,16
10,91
10,24
10,58
10,55
11,34
11,26
10,84
5
2
1
10,39
10,33
10,72
10,47
10,72
10,46
9,91
10,33
10,60
11,02
10,96
10,53
6
2
3
10,23
10,41
10,79
10,60
10,67
10,50
9,85
10,12
10,16
10,98
10,93
10,48
7
1
3
10,38
10,52
10,88
10,53
10,83
10,60
10,10
10,38
11,09
11,11
11,09
10,68
8
3
2
10,46
10,70
11,05
10,84
11,05
10,82
10,27
10,66
11,18
11,49
11,42
10,90
9
3
3
9,90
10,91
11,17
11,03
11,39
11,06
10,49
10,93
11,22
11,64
11,44
11,01
Média±DP
10,31±0,75
10,52±0,42
10,92±0,38
10,66±0,48
10,91±0,48
10,67±0,42
10,10±0,47
10,48±0,44
10,76±1,06
11,21±0,44
11,13±0,56
10,70±0,65
* p<0,05
TABELA 6 Médias e desvios padrão de consumo médio diário por codorna por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
Ptotal*
1
1
1
38,87
39,87
41,26
40,47
38,76
39,12
39,82
40,47
42,67
44,80
45,60
41,06
2
1
2
38,17
41,74
44,15
43,29
41,14
41,21
42,07
42,23
43,61
46,57
47,80
42,91
3
3
1
38,28
41,18
42,48
41,31
39,52
39,63
40,65
41,56
42,87
45,63
45,75
41,71
4
2
2
35,96
37,33
39,39
37,90
36,45
37,40
36,96
38,14
40,54
43,64
45,07
38,98
5
2
1
37,78
41,17
42,57
41,30
39,58
40,97
41,41
43,77
45,23
46,97
48,00
42,61
6
2
3
37,42
39,27
40,84
39,77
38,77
40,25
40,80
40,19
42,17
45,13
45,58
40,93
7
1
3
39,20
40,50
41,75
40,70
38,56
40,85
40,09
40,33
41,33
44,78
46,20
41,30
8
3
2
37,73
39,69
41,02
41,49
39,39
41,10
40,56
41,17
43,11
46,95
47,16
41,76
9
3
3
37,21
39,23
40,94
40,11
38,03
39,95
40,97
41,55
42,89
45,54
46,99
41,22
Média±DP
37,85±3,15
39,99±3,97
41,60±4,23
40,70±4,18
38,91±4,39
40,05±4,37
40,37±4,79
41,04±4,69
42,71±4,79
45,56±4,13
46,46±4,46
41,39±4,96
* p<0,05
Resultados e Discussão
37
A média geral para número de ovos por codorna alojada por semana foi de 4,66±0,96
ovos (Tabela 7). Esta medida foi preferida ao mero de ovos por codorna viva por semana por
representar melhor a produção para uso do produtor. Estes resultados são inferiores aos
apresentados por REZENDE et al. (2004) que encontraram média de 6,3 ovos/ave/semana, no
entanto, os autores utilizaram codornas européias no pico de produção. MURAKAMI (1991)
encontrou 5,5 ovos/ave/semana em codornas japonesas. Não houve diferença significativa
(P<0,05) nos períodos estudados, à exceção do Ptotal (Tabela 7), onde verificamos que o
cruzamento entre machos da linhagem 1 com fêmeas da linhagem 3, proporcionou maior número
de ovos (5,06) do que os demais cruzamentos, quando comparadas pelo teste de Tukey.
A porcentagem de postura média observada neste experimento (por codorna alojada) foi
de 66,63±13,77% (Tabela 8). Este resultado é semelhante aos apresentados por QUIRINO et al.
(2004) que relatam que a porcentagem de ovos por ave alojada foi de 65,53% utilizando ração
contendo 2850kcal/kg, no pico de produção. PEREIRA et al. (2004) relataram porcentagem
de postura de 81,53 à 91,25% dependendo dos níveis de cálcio na ração, no entanto, considerou
o número de aves vivas no galpão. Da mesma forma, FIGUEIREDO et al. (2004) e
SAKAMOTO et al. (2004) encontraram uma variação de 72,99 a 84,45% dependendo dos níveis
de sal usado na ração. Não houve diferença significativa (P<0,05) entre os cruzamentos nos
diferentes períodos, à exceção feita ao período Ptotal, onde o cruzamento entre machos da
linhagem 1 com fêmeas da linhagem 3 apresentou maior porcentagem de postura (72,22%) como
é observado na Tabela 8, quando comparadas pelo teste de Tukey.
Resultados e Discussão
38
TABELA 7 Médias e desvios padrão de número de ovos por codorna alojada por semana por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
Ptotal*
1
1
1
5,43
5,57
5,46
5,40
5,16
4,86
4,59
4,73
4,69
4,53
4,43
4,99
2
1
2
4,75
4,67
4,75
4,69
4,44
4,16
4,12
3,92
3,89
3,91
3,75
4,28
3
3
1
4,92
4,92
4,83
4,89
4,63
4,41
4,06
4,17
4,17
4,22
4,13
4,49
4
2
2
5,51
5,32
5,33
5,32
5,18
5,02
4,78
4,58
4,45
4,27
4,05
4,89
5
2
1
5,17
5,07
5,03
4,92
4,69
4,40
3,96
4,10
3,96
3,98
3,86
4,47
6
2
3
5,36
5,32
5,30
5,38
4,99
4,69
4,47
4,47
4,23
4,14
3,95
4,76
7
1
3
5,50
5,42
5,54
5,27
5,22
5,00
4,82
4,84
4,84
4,71
4,45
5,06
8
3
2
5,69
5,53
5,29
5,00
4,64
4,52
4,32
4,40
3,98
3,81
3,59
4,62
9
3
3
5,25
5,20
5,02
4,89
4,78
4,32
4,18
4,01
3,90
3,70
3,62
4,44
Média±DP
5,29±0,79
5,22±0,85
5,17±0,90
5,08±0,89
4,86±0,87
4,60±0,87
4,37±0,80
4,36±0,87
4,23±0,88
4,14±0,86
3,98±0,81
4,66±0,96
* p<0,05
TABELA 8 Médias e desvios padrão de porcentagem de postura (codorna alojada) por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
Ptotal*
1
1
1
77,55
79,63
78,01
77,18
73,78
69,41
65,58
67,56
66,96
64,75
63,32
71,25
2
1
2
67,92
66,73
67,86
67,03
63,39
59,36
58,90
56,02
55,52
55,92
53,53
61,11
3
3
1
70,27
70,34
69,05
69,91
66,14
62,96
58,07
59,62
59,52
60,25
59,13
64,11
4
2
2
78,70
75,96
76,09
76,06
73,94
71,76
68,32
65,38
63,56
60,95
57,85
69,87
5
2
1
73,91
72,42
71,92
70,27
66,93
62,83
56,58
58,60
56,58
56,91
55,16
63,83
6
2
3
76,55
75,99
75,73
76,79
71,30
67,06
63,89
63,82
60,48
59,13
56,48
67,93
7
1
3
78,60
77,45
79,17
75,23
74,50
71,36
68,88
69,21
69,11
67,26
63,62
72,22
8
3
2
81,22
79,03
75,60
71,43
66,34
64,58
61,67
62,86
56,91
54,43
51,28
65,94
9
3
3
75,07
74,27
71,69
69,84
68,29
61,77
59,72
57,31
55,69
52,84
51,68
63,47
Média±DP
75,53±11,24
74,65±12,15
73,90±12,89
72,64±12,71
69,40±12,38
65,68±12,43
62,40±11,44
62,26±12,42
60,48±12,62
59,16±12,33
56,89±11,53
66,63±13,77
Resultados e Discussão
39
A média geral para conversão alimentar por kg de ovos foi de 4,66±0,7 kg ração/kg ovos
(Tabela 9). Estes resultados discordam dos apresentados na literatura, e isso se devido ao alto
consumo de ração observado no experimento. Ao testar diferentes níveis de sal na ração,
SAKAMOTO et al. (2004) verificaram uma conversão de 2,56 à 2,83kg ração/kg ovos. SOUZA
et al. (2004), PIZZOLANTE et al. (2004) e QUEIROZ et al. (2004) relataram conversões
alimentares de 2,67, 2,86 e 2,24 kg ração/kg ovos, respectivamente. Não houve diferença
significativa (P<0,05) entre os cruzamentos nos diferentes períodos, à exceção feita ao período
Ptotal, onde o cruzamento entre machos da linhagem 1 com fêmeas da linhagem 2 apresentou
pior conversão alimentar (4,83kg ração/kg ovos), quando comparadas pelo teste de Tukey
(Tabela 9).
A média geral para conversão alimentar por caixa com 30 ovos, foi de 1490,73±213,99 g
ração/30 ovos (Tabela 10). Esta média é muito alta quando comparada a literatura consultada.
Este valor se deve ao alto consumo registrado entre as aves. PINTO et al. (2002) analisando
diferentes níveis de Proteína Bruta (PB) e de Energia Metabolizável (EM) na ração de codornas
observaram que a conversão alimentar por zia de ovos foi de 0,38kg/dz, equivalente á
950g/30ovos e não diferiu entre as diferentes dietas. Houve diferença significativa apenas nos
períodos P6, P7, P9, P10, P11 e Ptotal, sendo que nos períodos P6 e P7 a melhor conversão foi
observada no acasalamento entre machos 2 com fêmeas 2 e nos períodos P9, P10, P11 e Ptotal
no cruzamento entre machos da linhagem 1 com fêmeas da linhagem 3, como são observados na
Tabela 10.
Resultados e Discussão
40
TABELA 9 Médias e desvios padrão da conversão alimentar por kg de ovos por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mãe
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
Ptotal*
1
1
1
4,52
4,38
4,34
4,21
4,09
4,52
4,95
4,59
4,77
4,89
5,15
4,58
2
1
2
4,54
4,68
4,39
4,72
4,43
4,87
5,20
5,09
5,32
4,85
5,08
4,83
3
3
1
4,37
4,50
4,37
4,25
4,19
4,52
5,00
4,77
5,14
4,73
4,85
4,61
4
2
2
4,20
4,30
4,17
4,07
3,89
4,10
4,51
4,52
5,13
4,88
5,02
4,43
5
2
1
4,26
4,53
4,49
4,53
4,27
4,72
5,28
4,99
5,18
5,01
5,13
4,76
6
2
3
4,38
4,43
4,34
4,25
4,33
4,69
5,20
4,86
5,57
5,03
5,31
4,76
7
1
3
4,39
4,41
4,25
4,34
4,04
4,53
4,71
4,61
4,43
4,61
4,80
4,47
8
3
2
4,25
4,21
4,23
4,34
4,32
4,56
4,96
4,68
4,83
4,85
5,33
4,60
9
3
3
5,10
4,31
4,42
4,42
4,10
4,64
5,10
5,02
5,16
5,33
5,80
4,85
Média±DP
4,44±0,60
4,42±0,46
4,33±0,42
4,35±0,51
4,18±0,46
4,57±0,52
4,99±0,59
4,49±0,58
5,06±1,13
4,91±0,63
5,16±0,67
4,66±0,70
* p<0,05
TABELA 10 Médias e desvios padrão da conversão alimentar por caixa de ovos (30 ovos) por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mãe
P1
P2
P3
P4
P5
P6*
P7*
P8
P9*
P10*
P11*
Ptotal*
1
1
1
1370,00
1327,44
1386,34
1339,60
1296,80
1383,44
1445,18
1415,61
1495,66
1596,53
1678,33
1430,45
2
1
2
1427,55
1497,98
1512,72
1487,16
1484,07
1609,61
1621,36
1639,81
1692,07
1746,19
1797,73
1592,39
3
3
1
1362,93
1383,50
1397,54
1335,51
1342,65
1407,89
1485,83
1479,07
1525,59
1567,09
1572,69
1441,84
4
2
2
1312,19
1378,09
1391,87
1326,00
1300,22
1338,80
1378,43
1432,17
1544,23
1656,65
1697,27
1432,36
5
2
1
1333,70
1402,90
1441,74
1409,50
1371,47
1480,10
1565,34
1543,34
1625,32
1656,79
1745,27
1506,95
6
2
3
1340,66
1380,19
1403,55
1348,87
1379,94
1471,08
1531,56
1469,59
1578,22
1657,12
1745,12
1482,35
7
1
3
1362,35
1382,22
1387,03
1364,94
1305,55
1437,58
1438,70
1431,05
1425,76
1537,91
1637,09
1428,20
8
3
2
1330,05
1352,22
1398,32
1410,60
1432,31
1474,03
1522,90
1491,29
1643,65
1778,73
1805,60
1512,70
9
3
3
1404,92
1406,80
1481,53
1455,40
1397,20
1534,63
1602,21
1643,22
1715,61
1856,76
1984,15
1589,31
Média
DP
1360,48
122,44
1390,14
130,28
1422,29
129,13
1386,40
142,63
1367,80
154,54
1459,79
1,66
1510,16
173,10
1505,01
190,36
1582,90
226,17
1672,64
218,33
1740,36
241,91
1490,73
213,99
* p<0,05
Resultados e Discussão
41
A média geral para mortalidade foi de 26,87±7,44% (Tabela 11). Houve diferença
significativa (p<0,05) entre os cruzamentos, onde o acasalamento entre machos da linhagem 1
com fêmeas da linhagem 1 apresentou a menor taxa de mortalidade (21,44%), e o cruzamento
entre machos da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 2 apresentou a maior taxa de mortalidade
(33,06%), como pode ser observado na Tabela 11.
TABELA 11 Médias e desvios padrão da taxa de mortalidade por cruzamento
CRUZ
PAI
MAE
Taxa de Mortalidade (%)*
1
1
1
21.44
2
1
2
29.04
3
3
1
24.65
4
2
2
26.11
5
2
1
31.30
6
2
3
30.55
7
1
3
22.01
8
3
2
33.06
9
3
3
23.72
Média±DP
26,87±7,44
*p<0,05
Observa-se que onde entrou a linhagem 2, independente de ser pai ou mãe a taxa de
mortalidade foi superior à participação das demais linhagens. Ao reunirmos os valores sem a
linhagem 2 observa-se a média de 22,95%, enquanto que com a sua participação a média de
mortalidade passou a ser 30,01%. Isso revela que as aves da linhagem 2 são mais susceptíveis
que as demais linhagens sem levar em consideração a as causas de mortalidade. OLIVEIRA et
al. (2004) relata taxa de mortalidade menor, de 3,12% em codornas européias por mês, no
entanto, a avaliação foi feita até a 21º semana de idade. Diferenças como estas podem ser
explicadas por possíveis diferenças genéticas, uma vez que estavam distribuídas ao acaso no
galpão. As causas da mortalidade foram registradas e quando possível foram detectadas. Em
51% dos casos não foi possível detectar a causa da mortalidade. 18% apresentaram prolapso de
útero, 13,5% morreram com o ovo entalado e 17,5% enroscaram na gaiola e morreram
Resultados e Discussão
42
enforcadas. Neste último caso, sugere-se que o uso de boas instalações, com gaiolas apropriadas
para codornas poderiam ajudar a diminuir as altas taxas de mortalidade ocorridas no
experimento.
A curva de produção de ovos foi ajustada pelo modelo de McMILLAN et al. (1970) em
galinhas e adaptada por PICCININ et al. (2002) para codornas. A análise apresentou R
2
elevado
(82%), indicando alto ajuste dos dados coletados ao modelo proposto. Não dúvidas de que as
codornas são excelentes produtoras de ovos, isto pode ser observado na Figura 1, onde
constatamos um rápido tempo para atingir o pico de postura, uma porcentagem de produção no
pico elevada e uma alta persistência de postura. Estes três componentes da curva são de grande
importância para a seleção das aves num programa de seleção.
-10
10
30
50
70
90
110
130
150
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46
Semanas de postura
% de Postura
PROD. AJUSTADA PROD. OBSERVADA
FIGURA 1 Representação gráfica da curva de postura de codornas ajustada pelo modelo de
McMILLAN et al. (1970)
O tempo que as codornas levaram para atingir o pico de postura foi de 8,78±2,02 semanas
de postura (Tabela 12). Estes dados são superiores aos apresentados por PICCININ (2002) que
encontrou valores de 5,92 2,09 semanas. Provavelmente isto se deve ao uso de diferentes
grupos genéticos, possíveis diferenças no manejo da luz artificial ou ainda de outras causas não
identificadas. REZENDE et al. (2004) descreve que as codornas atingiram pico entre a e 11º
Resultados e Discussão
43
semana de postura. Não foram observadas diferenças entre os diferentes cruzamentos utilizados
como pode ser observado na Tabela 12.
O pico de postura, representando o maior nível de produção, foi obtido pelas codornas
quando atingiram 87,36 5,11% (Tabela 12). Estes dados são semelhantes aos apresentados por
MURAKAMI (1991) e PICCININ (2002) que encontraram valores de 90,09 e 93,21%
respectivamente. Não foi observada diferença significativa entre os cruzamentos analisados,
observando-se, desta maneira, uma uniformidade entre as aves (Tabela 12).
A persistência de postura, que representa a manutenção da produção por semana, foi de
99,72 0,35% (Tabela 12), semelhante ao encontrado por PICCININ (2002) quando trabalhou
com diferentes níveis de proteína na dieta e observou que o nível protéico pode alterar esta
característica. É um valor alto, considerando o tempo de postura das aves. É importante que a
persistência de postura apresente taxas elevadas, mantendo assim uma maior porcentagem de
postura durante o período. Neste experimento, nota-se uma excelente eficiência produtiva das
codornas, que após 50 semanas de postura, ainda mantém 85% de produção no galpão,
considerando o número de aves vivas. Não foram observadas diferenças significativas entre os
cruzamentos avaliados, demonstrando que as codornas têm alta capacidade para manter a taxa de
produção.
Resultados e Discussão
44
TABELA 12 Médias e desvios padrão dos componentes da curva de produção (pico de
postura, tempo de pico e persistência de postura) por cruzamento
CRUZ
PAI
MAE
Tempo do Pico
(semanas)
Pico de Postura
(%)
Persistência de
Postura (%)
1
1
1
8,882
88,41
99,55
2
1
2
8,895
85,61
99,74
3
3
1
9,501
89,81
99,82
4
2
2
9,077
84,99
99,82
5
2
1
8,184
87,32
99,72
6
2
3
9,143
87,82
99,73
7
1
3
8,457
88,67
99,75
8
3
2
8,375
88,67
99,68
9
3
3
8,502
84,91
99,62
Média±DP
8,78±2,02
87,36±5,11
99,72±0,35
Resultados e Discussão
45
5.3. Análise dos dialelos das características de interesse econômico
As análises de capacidade combinatória são apresentadas na Tabela 13, os efeitos da
Capacidade Geral de Combinação na Tabela 14 e os Efeitos da Capacidade Específica de
Combinação e Recíprocos nas Tabelas 15, 16, 17, 18, 19 e 20.
As características analisadas apresentaram efeitos significativos de capacidade
combinatória em alguns períodos, apesar de as diferenças entre os cruzamentos, não terem sido
significativos.
Os efeitos da capacidade combinatória geral dos cruzamentos para a variável peso do ovo
não foram significativos para nenhum dos períodos estudados (Tabela 13), contrastando com os
resultados relatados por MARTINS (1982) e TORRES (1982) por ocasião do estudo de três
linhagens de poedeiras Legorne onde observaram que a capacidade geral de combinação era
significativa em alguns dos períodos estudados e indicavam a linhagem que poderia imprimir
maiores pesos médios de ovos nos acasalamentos em que participou. Da mesma forma GOTO e
NORDSKOG (1959) relataram que as variâncias de capacidade combinatória geral foram altas
nos cruzamentos entre linhagens Legorne, e esta mais importante que a capacidade específica de
combinação. Os efeitos da capacidade combinatória específica para o peso do ovo foram
significativos (P<0,05) nos períodos P5, P6, P7 e P8 (Tabela 13), sendo que o cruzamento 1x2
apresentou-se como a melhor combinação (Tabela 15). Da mesma forma que para a capacidade
geral de combinação, MARTINS (1982) também observou que a capacidade específica de
combinação mostrou diferenças significativas nos períodos estudados, e indicou o acasalamento
entre 2 linhagens que proporcionaram o maior peso de ovo. Os efeitos recíprocos para peso do
ovo mostraram-se significativos (P<0,05) nos períodos P2, P3, P5, P6, P8, P9, P10 e P11 (Tabela
13). À exceção do período P9, em todos os períodos citados, as progênies dos cruzamentos entre
machos 2 e fêmeas 1 apresentaram maior peso de ovo (Tabela 15). Estes resultados concordam
com HILL (1958) quando analisou um cruzamento dialélico com poedeiras, no entanto contraria
Resultados e Discussão
46
os relatados por MARTINS (1982) que não observou efeito recíproco significativo para a
característica peso de ovo em galinha Legorne.
Para o consumo médio diário de ração, não se detectou diferença significativa para
capacidade combinatória geral, especifica e efeito recíproco nos períodos considerados (Tabela
13). Estes resultados diferem dos relatados por MARTINS (1982) que descreveu efeitos
significativos para capacidade específica de combinação e efeito recíproco em galinhas poedeiras
da linhagem Legorne, sugerindo desta maneira, acasalamentos que possam diminuir o consumo
de alimento entre estas aves. Nas Tabelas 14 e 16 podemos observar o efeito da capacidade geral
de combinação, da capacidade específica de combinação e dos efeitos recíprocos para o consumo
de ração, no entanto não foram observadas diferenças significativas.
Para número de ovos por codorna alojada por semana e porcentagem de postura não se
observou diferença significativa para capacidade combinatória geral, específica e efeito
recíproco, nos diferentes períodos estudados (Tabela 13). No entanto, ABREU et al. (1998)
analisando a produção de ovos em linhagens de matrizes de frangos de corte, relataram que a
capacidade geral de combinação, que representa a variabilidade genética aditiva, para número de
ovos/ave foi significativa nos períodos estudados, da mesma maneira que o efeito recíproco. A
capacidade específica de combinação para número de ovos por codorna alojada por semana foi
significativa apenas em alguns períodos, o que indica que a reduzida influência dos efeitos não
aditivos é indicativo de menor dificuldade no processo de identificação de animais superiores.
No entanto, YAO (1961) relatou efeito significativo para capacidade geral de combinação, mas
não para capacidade específica em relação a porcentagem de postura em galinhas poedeiras,
concluindo que o acasalamento entre linhagens puras poderiam gerar progênies mais eficientes
que as cruzadas. Podemos observar os efeitos da capacidade geral de combinação para o número
de ovos por codorna e para porcentagem de postura na Tabela 14, enquanto nas Tabelas 17 e 18
são apresentados os efeitos da capacidade específica de combinação e os efeitos recíprocos para
Resultados e Discussão
47
o número de ovos por codorna e para porcentagem de postura, no entanto não foram observadas
diferenças significativas.
Na conversão alimentar por kg de ovos, a capacidade combinatória geral não exerceu
efeito significativo (P<0,05) nos períodos estudados. Entretanto, a capacidade combinatória
específica causou variação significativa nos períodos P1, P4, P5, P6, P7, P8 e P11 (Tabela 13). O
acasalamento 1x2 apresentou progênies com maior conversão alimentar, enquanto que as
menores conversões foram observadas nas progênies dos acasalamentos 1x3 e 2x3 (Tabela 19).
O efeito recíproco não foi significativo (Tabela 13).
Na conversão alimentar por caixa de ovos, a capacidade combinatória geral não teve
efeito significativo (P<0,05) em nenhum dos períodos estudados (Tabela 13). A capacidade
combinatória específica causou variação significativa nos períodos P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9,
P10 e P11 (Tabela 13). O acasalamento 1x2 apresentou progênies com pior conversão alimentar,
e a melhor conversão foi observada nos acasalamentos entre linhagens 1x3, comportamento
semelhante quando se calcula conversão alimentar por kg de ovos (Tabela 20). O efeito
recíproco não foi significativo (Tabela 13).
Resultados e Discussão
48
TABELA 13 - Análises de capacidade combinatória geral (CCG), capacidade combinatória específica (CCE) e efeito recíproco (ER) das
linhagens para peso do ovo, consumo médio diário de ração, número de ovos por codorna alojada, porcentagem de postura,
conversão alimentar por kg de ovos e conversão alimentar por caixa de ovos
Peso do ovo
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
GL
P total
CCG
2
0,4634
1,1777
0,5990
1,2206
1,0328
1,2268
0,6862
0,4159
0,3847
1,0425
0,7530
2
0,5834
CCE
3
0,5501
0,3010
0,2577
0,1909
0,7059*
0,5748*
0,4782*
0,6565*
0,6904
0,3550
0,4529
3
0,3026
ER
3
0,1139
0,4129*
0,5583*
0,2451
0,5760*
0,6899*
0,7191
0,7040*
2,9576*
0,6060*
1,0446*
3
0,5961
Resíduo
72
0,5662
0,1349
0,1070
0,2083
0,1700
0,1099
0,1745
0,1459
1,0936
0,1453
0,2623
882
0,3784
* p<0,05
Consumo Médio Diário
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
GL
P total
CCG
2
24,8913
23,7749
16,9709
13,6124
9,2855
4,7397
13,4723
10,0859
4,9794
0,2136
0,0358
2
7,5629
CCE
3
3,7538
25,9867
27,8896
31,5787
27,2486
29,5456
39,7188
44,1596
30,7075
23,5309
22,7017
3
24,1484
ER
3
1,6542
1,4567
4,6118
10,9833
5,6076
3,4122
1,1849
7,2662
8,8835
6,3138
4,0779
3
1,4205
Resíduo
72
10,1079
15,7322
18,0833
17,2821
19,7566
19,8063
23,4972
22,0295
23,7704
17,7092
21,0292
882
23,7385
Número de ovos por semana por codorna alojada
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
GL
P total
CCG
2
0,3012
0,0664
0,0023
0,0428
0,0266
0,1218
0,0642
0,1438
0,7643
1,2241
1,5454
2
0,0920
CCE
3
1,0029
1,3627
0,9529
1,0934
1,1467
1,5727
1,4044
1,7130
1,6889
1,2853
1,0381
3
1,1402
ER
3
0,9354
0,6777
0,8732
0,4962
0,7880
0,6525
0,9348
0,7307
0,7773
0,5303
0,3674
3
0,5709
Resíduo
72
0,5993
0,7172
0,8293
0,8123
0,7535
0,7455
0,6136
0,7348
0,7432
0,7182
0,6223
882
0,8727
Resultados e Discussão
49
TABELA 13 (Continuação)
Porcentagem de postura por codorna alojada
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
GL
P total
CCG
2
61,5582
13,5757
0,4627
9,0073
5,4070
24,8445
13,0453
29,3070
156,1554
250,0268
315,2478
2
18,2984
CCE
3
204,4627
277,9829
194,6760
222,8662
234,3398
321,3670
286,4179
349,5184
344,5271
262,2575
212,0272
3
231,8118
ER
3
190,4900
138,2388
178,4282
101,3198
160,6890
133,1478
190,8078
149,2797
158,7593
108,2649
74,9451
3
115,6959
Resíduo
72
122,3050
146,3605
169,2536
165,7710
153,7832
152,1478
125,2243
149,9520
151,6820
146,5675
127,0037
882
178,0923
Conversão alimentar por kg de ovos
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
GL
P total
CCG
2
1,1569
0,1896
0,0599
0,0333
0,0003
0,1836
0,0876
0,0457
0,9065
0,3019
1,1343
2
0,0514
CCE
3
0,8561*
0,2275
0,1530
0,7626*
0,6270*
0,9021*
1,2184*
0,9125*
0,4749
0,6765
1,3703*
3
0,4492
ER
3
0,1502
0,1199
0,5430
0,0804
0,0722
0,0579
0,2262
0,1079
1,6112
0,1098
0,0077
3
0,0752
Resíduo
72
0,3299
0,2183
0,1847
0,2517
0,2052
0,2613
0,3351
0,3388
1,2983
0,4055
0,4144
882
0,4761
* p<0,05
Conversão alimentar por cx de ovos
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
GL
P total
CCG
2
12938,45
2690,43
580,61
3460,65
13549,44
11684,96
16858,78
20878,47
63581,47
130027,21
146235,78
2
17326,67
CCE
3
10818,08
36840,12
43044,20*
60622,74*
64231,87*
123048,07*
135939,97*
146837,57*
145938,57
137054,33*
221195,96*
3
78467,34
ER
3
13380,67
14735,00
7763,87
16061,43
25197,89
26496,27
8151,97
18125,42
28054,64
35450,33
15838,35
3
12610,75
Resíduo
72
15290,59
16634,20
16395,91
19312,50
22435,38
24322,83
26821,26
32809,45
47824,20
42,167,84
51084,30
882
42369,27
* p<0,05
Resultados e Discussão
50
TABELA 14 Capacidade Geral de Combinação (CGC) das linhagens para peso do ovo, consumo médio diário de ração, número de ovos por
codorna alojada, porcentagem de postura, conversão alimentar por kg de ovos e conversão alimentar por caixa de ovos
Peso do ovo
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
PTOTAL
CGC (1)
0,0087
-0,1698
-0,1169
-0,1721
-0,1596
-0,1729
-0,1291
-0,0959
-0,0296
0,1567
-0,1327
-0,1200
CGC (2)
0,0880
0,0711
0,0874
0,0659
0,0754
0,1034
0,0502
0,0197
-0,0656
0,0486
0,0934
0,0583
CGC (3)
-0,0967
0,0987
0,0296
0,1061
0,0842
0,0696
0,0789
0,0762
0,0952
0,1081
0,0393
0,0617
Consumo médio diário por codorna
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
PTOTAL
CGC (1)
0,6816
0,7249
0,6446
0,5516
0,4762
0,0961
0,2717
0,4249
0,3506
0,0349
0,0297
0,3883
CGC (2)
-0,6762
-0,5772
-0,3741
-0,4304
-0,2813
-0,3324
-0,5764
-0,4391
-0,1792
-0,0726
-0,0158
-0,3583
CGC (3)
-0,0054
-0,1477
-0,2704
-0,1211
-0,1949
0,2363
0,3047
0,0142
-0,1714
0,0377
-0,0138
-0,0300
Numero de ovos por codorna alojada por semana
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
PTOTAL
CGC (1)
-0,0863
-0,0197
0,0071
0,1128
0,0248
0,0147
-0,0097
0,0582
0,1373
0,1736
0,1950
0,0467
CGC (2)
0,0446
-0,0208
-0,0014
0,0213
-0,0067
0,0384
0,0383
-0,0178
-0,0732
-0,0779
-0,1075
-0,0150
CGC (3)
0,0417
0,0405
-0,0057
-0,0326
-0,0181
-0,0531
-0,0286
-0,0403
-0,0641
-0,0956
-0,0875
-0,0317
Resultados e Discussão
51
TABELA 14 (Continuação)
Porcentagem de Postura (codorna alojada)
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
PTOTAL
CGC (1)
-1,2327
-0,2811
0,1010
0,1635
0,3527
0,2112
-0,1378
0,8304
1,9621
2,4803
2,7851
0,6583
CGC (2)
0,6355
-0,2978
-0,0202
0,3013
-0,0938
0,5476
0,5457
-0,2556
-1,0471
-1,1133
-1,5358
-0,2117
CGC (3)
0,5972
0,5789
-0,8083
-0,4648
0,0259
-0,7588
-0,4079
-0,5749
-0,9151
-1,3670
-1,2493
-0,4467
Conversão alimentar por kg de ovos
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
PTOTAL
CGC (1)
-0,0106
0,0629
0,0290
0,0284
0,0010
0,0417
0,0249
-0,0176
-0,1248
-0,0782
-0,1381
-0,0161
CGC (2)
-0,1408
-0,0081
-0,0363
-0,0174
0,0018
-0,0666
-0,0464
-0,0161
0,1338
0,0073
-0,0129
-0,0194
CGC (3)
0,1514
-0,0548
0,0073
-0,0111
-0,0028
0,0249
0,0216
0,0336
-0,0090
0,0708
0,1509
0,0356
Conversão alimentar por caixa de ovos (30 ovos)
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P9
P10
P11
PTOTAL
CGC (1)
10,6069
-3,2372
-3,6760
-7,0134
-18,2454
-9,3411
-9,9031
-17,6008
-39,5587
-55,8012
-55,4535
-19,0144
CGC (2)
-17,762
8,0965
1,0523
-1,7082
10,2384
-7,6154
-10,4966
-3,6213
21,7198
19,3813
7,6830
2,4572
CGC (3)
7,1553
-4,8593
2,6237
8,7216
8,0069
16,9566
20,3997
21,2221
17,8389
36,4199
47,7705
16,5572
Resultados e Discussão
52
TABELA 15 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para peso
do ovo nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
-0,2210
0,0257
0,1953
-0,0369
0,0883
-0,0514
-0,0192
0,0764
-0,0572
2
0,0550
-0,0577
0,0320
0,1830
0,0514
-0,1397
0,2570
0,0491
-0,1256
3
-0,0500
-0,1160
-0,0073
0,1190
-0,1455
0,1911
0,1025
-0,1285
0,1828
Períodos
P4
P5
P6
1
-0,0074
0,0481
-0,0406
-0,0249
0,1166
-0,0917
-0,0849
0,1488
-0,0639
2
0,1585
0,0676
-0,1156
0,2315
0,0951
-0,2117
0,2830
0,0364
-0,1852
3
-0,0290
-0,1220
0,1562
0,0770
-0,1910
0,3034
0,0955
-0,1605
0,2491
Períodos
P7
P8
P9
1
-0,0759
0,1343
-0,0584
-0,0189
0,1279
-0,1091
-0,0552
0,1998
-0,1446
2
0,2525
0,0354
-0,1697
0,2085
0,0598
-0,1877
0,2690
-0,0792
-0,1206
3
0,1105
-0,2095
0,2281
0,0200
-0,2710
0,2968
0,4025
-0,5085
0,2651
Períodos
P10
P11
Ptotal
1
-0,0174
0,1022
-0,0848
-0,0024
0,1429
-0,1404
-0,0500
0,1067
-0,0566
2
0,1860
0,0299
-0,1321
0,2755
-0,0548
-0,0881
0,2150
0,0233
-0,1300
3
0,0335
-0,2555
0,2169
0,1960
-0,2445
0,2256
0,0950
-0,2100
0,1867
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
53
TABELA 16 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
consumo de ração médio diário de ração por codorna nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
-0,3398
0,1226
0,2172
-1,5741
1,3101
0,2641
-1,6299
1,4903
0,1396
2
0,1975
-0,5321
0,4096
0,2860
-1,5178
0,2077
0,7915
-1,4646
-0,0257
3
0,4610
-0,1555
-0,6268
-0,3425
-0,2090
-0,4718
-0,3665
-0,0885
-0,1139
Períodos
P4
P5
P6
1
-1,3409
1,4701
-0,1292
-1,1009
1,2536
-0,1527
-1,1231
1,2699
-0,1468
2
0,9960
-1,9479
0,4778
0,7790
-1,8989
0,6453
0,1205
-1,9891
0,7192
3
-0,3090
-0,8620
-0,3486
-0,4810
-0,3105
-4,4926
0,6105
-0,4260
-0,5724
Períodos
P7
P8
P9
1
-1,0976
1,6736
-0,5761
-1,4286
1,9679
-0,5394
-0,7418
1,5361
-0,7943
2
0,3270
-2,2562
0,5826
-0,7685
-2,0286
0,0606
-0,8140
-1,8121
0,2761
3
-0,2755
0,1210
-0,0066
-0,6155
-0,4915
0,4788
-0,7715
-0,4720
0,5182
Períodos
P10
P11
Ptotal
1
-0,8292
1,2523
-0,4231
-0,9210
1,4220
-0,5010
-1,1003
1,3433
-0,2400
2
-0,2000
-1,7672
0,5149
-0,0935
-1,3590
-0,0630
0,1500
-1,6900
0,3467
3
-0,4260
-0,9115
-0,0919
0,2235
-0,7880
0,5640
-0,2050
-0,4150
-0,1067
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
54
TABELA 17 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
números de ovos por codorna alojada por semana nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
0,3138
-0,2816
-0,0322
0,3883
-0,3145
-0,0738
0,2732
-0,2863
0,0131
2
-0,2095
0,1331
0,1484
-0,1990
0,1337
0,1808
-0,1420
0,1562
0,1301
3
0,2920
-0,1635
-0,1162
0,2490
-0,1065
-0,1070
0,3540
0,0045
-0,1431
Períodos
P4
P5
P6
1
0,2952
-0,3118
0,0166
0,2569
-0,3146
0,0577
3,3108
-5,3426
2,0318
2
-0,1130
0,1972
0,1146
-0,1240
0,3309
-0,0163
-1,7360
4,9861
0,3564
3
0,1865
0,1875
-0,1311
0,2930
0,1735
-0,0414
4,2000
1,2400
-2,3882
Períodos
P7
P8
P9
1
0,2419
-0,3551
0,1132
0,2547
-0,3873
0,1327
0,1792
-0,3743
0,1951
2
0,0810
0,3379
0,0172
-0,0900
0,2537
0,1337
-0,0370
0,3622
0,0121
3
0,3785
0,0775
-0,1304
0,3355
0,3350
-0,2663
0,3350
0,1250
-0,2071
Períodos
P10
P11
Ptotal
1
0,0441
-0,2879
0,2438
0,0600
-0,2660
0,2060
0,2300
-0,3233
0,0933
2
-0,3450
0,2811
0,0068
-0,0575
0,2820
-0,0160
-0,0950
0,2533
0,0700
3
0,2455
0,1640
-0,2506
0,1575
0,1820
-0,1900
0,2850
0,0700
-0,1633
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
55
TABELA 18 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
porcentagem de postura (codorna alojada) nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
4,4790
-4,0197
-0,4593
5,5444
-4,4919
-1,0526
3,9060
-4,0913
0,1853
2
-2,9925
1,8997
2,1200
-2,8440
1,9068
2,5851
-2,0335
2,2303
1,8610
3
4,1666
-2,3310
-1,6607
3,5550
-1,5210
-1,5326
5,0595
0,6600
-2,0463
Períodos
P4
P5
P6
1
4,2180
-4,4513
0,2333
3,6708
-4,4972
0,8264
-0,1369
0,2489
-0,1121
2
-1,6205
2,8183
1,6330
-1,7695
4,7288
-0,2316
0,0735
-0,3402
0,0913
3
2,6620
2,6785
-1,8663
4,1830
2,4805
-0,5949
0,0060
0,0650
0,0208
Períodos
P7
P8
P9
1
3,4502
-5,0705
1,6203
3,6339
-5,5316
1,8977
2,5576
-5,3463
2,7887
2
1,1572
4,8282
0,2423
-1,2895
3,6229
1,9087
-0,5290
5,1699
0,1764
3
5,4070
1,1075
-1,8626
4,7945
0,4795
-3,8064
4,7950
1,7855
-2,9651
Períodos
P10
P11
Ptotal
1
0,6280
-4,1113
3,4833
0,8524
-3,7992
2,9468
3,2966
-4,6133
1,3167
2
-0,4960
4,0123
0,0990
-0,8155
4,0271
-0,2279
-1,3600
3,6567
0,9567
3
3,5050
2,3480
-3,5823
2,2490
2,6015
-2,7189
4,0550
0,9950
-2,2733
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
56
TABELA 19 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
conversão alimentar por kg de ovos nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
0,1014
0,1061
-0,2076
-0,1619
0,1331
0,2878
-0,0547
0,1132
-0,0585
2
0,1435
0,3778
-0,1439
0,0740
-0,1029
-0,0302
-0,0505
-0,0940
-0,0192
3
0,0110
0,6550
0,3514
0,0490
0,1100
0,0014
-0,0555
0,0585
0,0777
Períodos
P4
P5
P6
1
-0,1958
0,2641
-0,0683
-0,0963
0,1623
-0,0660
-0,1369
0,2489
-0,1121
2
0,0950
-0,2391
-0,0249
0,0795
-0,3040
0,1417
0,0735
-0,3402
0,0913
3
0,0450
-0,0485
0,0932
-0,0755
0,0200
-0,0757
0,0060
0,0650
0,0208
Períodos
P7
P8
P9
1
-0,0929
0,2744
-0,1816
-0,1648
0,2837
-0,1189
-0,0407
0,1792
-0,1385
2
-0,0380
-0,3882
0,1138
0,0520
-0,2438
-0,0399
0,0695
-0,1970
0,0178
3
-0,1470
0,1210
0,0678
-0,0820
0,0925
0,1589
-0,3540
0,3720
0,1207
Períodos
P10
P11
Ptotal
1
0,1390
0,0915
-0,2305
0,2586
0,0939
-0,3524
-0,0422
0,1761
-0,1339
2
-0,0810
-0,0450
-0,0465
-0,0265
-0,1148
0,2089
0,0350
-0,1856
0,0094
3
-0,0605
0,0900
0,2770
-0,0230
-0,0075
0,3316
-0,0700
0,0800
0,1244
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
57
TABELA 20 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
conversão alimentar por caixa de ovos (30 ovos) nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
-11,692
27,295
-15,602
-56,239
55,430
0,809
-28,603
57,561
-28,958
2
46,924
-12,772
-14,523
47,538
-28,249
-27,181
35,490
32,529
-25,032
3
-0,292
5,307
30,125
-0,638
13,985
26,372
-5,254
2,614
53,990
Períodos
P4
P5
P6
1
-32,772
70,655
-37,883
-34,513
67,976
-33,462
-57,559
102,125
-44,566
2
38,830
-56,980
-13,675
56,302
-88,053
20,077
64,757
-105,654
3,528
3
14,718
-30,864
51,558
-18,553
-26,184
13,385
14,846
-1,474
41,037
Períodos
P7
P8
P9
1
-45,182
103,583
-58,401
-54,203
107,784
-53,581
-8,125
93,633
-85,508
2
28,013
-110,741
7,158
48,236
-65,607
-42,177
33,376
-82,107
-11,526
3
-23,564
4,327
51,242
-24,010
-10,850
95,757
-49,918
32,712
97,034
Períodos
P10
P11
Ptotal
1
35,487
65,270
-100,757
48,879
78,910
-127,788
-22,249
75,499
-53,251
2
44,700
-54,750
-10,520
26,233
-58,455
-20,454
42,720
-63,282
-12,217
3
-14,590
-60,807
111,276
32,203
-30,242
148,243
-6,820
-15,175
65,468
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
58
Os efeitos da capacidade geral para a porcentagem de mortalidade não foram
significativos (Tabela 21). Na Tabela 22 são apresentados os efeitos da capacidade geral de
combinação indicando não haver uma linhagem capaz de imprimir menores taxas de mortalidade
do que as outras.
TABELA 21 Análises de capacidade combinatória geral (CGC), capacidade combinatória
específica (CEC) e efeito recíproco (ER) das linhagens para taxa de mortalidade
GL
Mortalidade (%)
Quadrado Médio
CGC
2
273,3111
CEC
3
224,4016*
ER
3
27,5659
Resíduo
72
43,4210
*p<0,05
TABELA 22 Capacidade Geral de Combinação (CGC) das linhagens para taxa de mortalidade
Linhagem
Taxa de Mortalidade (%)
CGC(1)
-1,8955
CGC(2)
2,4861
CGC(3)
-0,5905
Por outro lado, foi observado efeito significativo (p<0,05) da capacidade específica de
combinação, em que o cruzamento 1x3 apresentou menor mortalidade (Tabela 23), sendo então,
indicado para diminuir os altos índices de mortalidade encontrados na coturnicultura. Não foram
observados significância para os efeitos recíprocos (Tabela 21).
Resultados e Discussão
59
TABELA 23 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para taxa
de mortalidade nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
Linhagem
Macho
1
-1,6444
2,7039
-1,0594
2
-1,1300
-5,7378
3,0339
3
-1,3200
-1,2550
-1,9744
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Os efeitos da capacidade geral para tempo de pico, pico e persistência de postura não
foram significativos na análise (Tabela 24), indicando não haver uma linhagem capaz de
imprimir melhores ganhos nesta característica do que as outras, o que pode ser observado na
Tabela 25, que demonstra os efeitos da capacidade geral de combinação. A capacidade específica
de combinação e o efeito recíproco também não apresentaram efeito significativo sobre as
características tempo de pico, pico e persistência de postura (Tabela 24), indicando que qualquer
cruzamento utilizado com estas codornas poderá dar o mesmo resultado em termos dos
componentes da curva de produção.
TABELA 24 Análises de capacidade combinatória geral (CGC), capacidade combinatória
específica (CEC) e efeito recíproco (ER) das linhagens para os componentes da
curva de produção (pico de postura, tempo de pico e persistência de postura)
GL
Tempo do Pico
(semanas)
Pico de Postura
(%)
Persistência de Postura
(%)
Quadrados Médios
CGC
2
0,4333
29,7836
0,0000060
CEC
3
1,0919
49,0763
0,0000130
ER
3
3,2640
7,4201
0,0000010
Resíduo
72
4,3581
25,7406
0,0000129
Resultados e Discussão
60
TABELA 25 Capacidade Geral de Combinação (CGC) das linhagens para os componentes da
curva de produção (pico de postura, tempo de pico e persistência de postura)
Linhagem
Tempo do Pico
(semanas)
Pico de Postura
(%))
Persistência de Postura (%)
CGC(1)
0,0203
0,6818
-0,000265
CGC(2)
0,0121
-0,7913
0,000382
CGC(3)
-0,0324
0,1095
-0,000117
A falta do efeito da capacidade específica de combinação significa que os híbridos não
tiveram desempenho além do esperado com base na capacidade geral de combinação de seus
progenitores. De maneira contrária, ABREU et al. (1998) verificaram que a capacidade
específica de combinação foi significativa para produção no pico de postura em matrizes de
frango de corte, e conseguiram identificar o melhor cruzamento para obtenção de ganho nesta
característica.
TABELA 26 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para os
componentes da curva de produção (pico de postura, tempo de pico e persistência
de postura) nos períodos experimentais
Tempo do Pico
Pico de postura
Persistência de Postura
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem
Macho
1
0,0626
-0,2743
0,2117
-0,3083
-0,7867
1,0950
-0,001110
0,000038
0,001077
2
0,3530
0,2739
0,0004
-0,8545
-0,7820
1,5687
0,000095
0,000333
-0,000371
3
-0,5215
0,3840
-0,2121
-0,5690
-0,4275
-2,6637
-0,000372
0,000217
-0,000706
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Em todas as características de interesse econômico, considerando-se todos os períodos,
parciais e total, não foram observados efeitos da capacidade geral de combinação, que
proporcionam informações sobre a concentração de genes predominantemente aditivos em seus
efeitos, de grande utilidade na indicação de progenitores a serem usados em programas de
melhoramento intrapopulacional. para capacidade específica de combinação, estas
Resultados e Discussão
61
características apresentaram grande variação dentro dos períodos. A capacidade específica de
combinação representa a diferença média que determinado cruzamento tem em relação à média
geral, e representam os efeitos genéticos não aditivos. Mostrou-se significativa para peso do ovo,
conversão alimentar por kg e por caixa de ovos e para mortalidade. As progênies do cruzamento
1x2 apresentaram maiores pesos de ovos, e as progênies do cruzamento 1x3 apresentaram
melhor conversão alimentar por kg e por caixa de ovos e menor taxa de mortalidade. Tais efeitos
não especificam quais dos progenitores deveriam ser utilizados como macho ou fêmea no
cruzamento eleito, e para isso recorrem-se aos efeitos recíprocos, que definem os sexos dos
progenitores mais recomendados. Este efeito foi observado para a característica peso do ovo,
onde progênies de cruzamentos entre machos da linhagem 2 e fêmeas da linhagem 1 podem
proporcionar maior peso de ovo, característica importante principalmente quando se
comercializa ovos por quilo.
Resultados e Discussão
62
5.4. Características de qualidade do ovo
As características de qualidade do avaliadas na presente pesquisa apresentaram os
seguintes valores médios: Gravidade específica 1076,04±6,61 g/cm
3
, altura do albúmen
4,55±0,79 mm, unidade Haugh 90,16±4,33, porcentagem de gema 29,46±2,43%,
porcentagem de casca 8,9±0,78% e porcentagem de albúmen 61,63±2,48%. São valores
que se acham dentro dos intervalos médios relatados pela maioria dos trabalhos na área da
coturnicultura, entre eles MURAKAMI (1991), PICCININ et al. (2002), PIZZOLANTE et al.
(2004), PEREIRA et al. (2004), SAKAMOTO et al. (2004), FIGUEIREDO et al. (2004) e
QUEIROZ et al. (2004).
As análises de variância dos dados, levando em consideração as fontes de variação
detectadas no experimento (cruzamento, período, e a interação entre cruzamento e período), são
mostradas na forma de resumo na Tabela 27. Nesta, observa-se que a gravidade específica, a
altura do albúmen e a unidade Haugh sofreram efeito significativo do cruzamento, do período e
da interação entre ambos, enquanto que as porcentagens de gema e de albúmen sofreram apenas
efeito significativo do período e a porcentagem de casca apenas do cruzamento. Nota-se ainda
que a característica que mais sofreu o efeito da fonte de variação foi a altura do albúmen
(R
2
=27%), seguida da unidade Haugh (R
2
=25%) quando se considera a ação do período.
Enquanto que os menores valores de R
2
foram detectados com a fonte de variação cruzamento,
determinando que este tenha pouca influência na variabilidade das características de qualidade
interna do ovo.
Resultados e Discussão
63
TABELA 27 Resumo da análise de variância das características de qualidade interna do ovo,
gravidade específica (GE), altura do albúmen (AA), unidade Haugh (UH),
porcentagem de gema (%G), de casca (%C) e de albúmen (%A)
FV
gl
Probabilidade (R
2
%)
GE
AA
UH
%G
%C
%A
CRUZAMENTO
8
** (4%)
** (5%)
** (3%)
ns (1%)
** (7%)
ns (1%)
PERÍODO
7
** (12%)
**(27%)
** (25%)
** (4%)
ns (1%)
** (4%)
CRUZ X PER
56
** (9%)
** (9%)
** (9%)
ns (8%)
ns (8%)
ns (7%)
RESÍDUO
648
(75%)
(59%)
(63%)
(87%)
(84%)
(88%)
** p<0,01 ns= não significativo
5.5. Análises das médias das características de qualidade interna do ovo nos
cruzamentos dialélicos
O comportamento dos cruzamentos foi avaliado para as seguintes características de
qualidade interna do ovo: gravidade específica, altura do albúmen, unidade Haugh, porcentagem
de gema, porcentagem de casca e porcentagem de albúmen.
A média geral para gravidade específica foi de 1,076±0,066 g/cm
3
(Tabela 28). Os
valores encontrados confirmam os observados na literatura, principalmente os relatados por
ABREU et al. (2004b), PEREIRA et al. (2004), FIGUEIREDO et al. (2004) e QUEIROZ et al.
(2004) nos quais os valores variaram de 1,070 à 1076g/cm
3
, não havendo desta maneira, grande
variação nesta característica. Tem-se observado que quanto maior a gravidade específica do ovo,
melhor será a qualidade de sua casca, característica esta, de grande importância econômica.
Resultados neste sentido foram relatados por ABDALLAH et al. (1993), que estudando a relação
entre a porcentagem de ovos quebrados de galinhas e a gravidade específica, observaram que a
porcentagem de ovos trincados decresce com o aumento da gravidade específica, resultando em
uma correlação negativa (r=-0,96) entre as variáveis. Segundo os autores, para cada aumento de
0,001 na gravidade específica, a porcentagem de ovos quebrados decresceu em 1,27%. No
Resultados e Discussão
64
presente estudo, constatou-se diferença significativa (P<0,05) entre os cruzamentos nos períodos
P1, P4, P8 e Ptotal, quando comparadas pelo teste de Tukey (Tabela 28). Os valores de
gravidade específica nos períodos parciais variaram entre os cruzamentos, e no Ptotal o
cruzamento entre machos da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 1 apresentou progênies com
maior valor de gravidade específica (1078,5) e consequentemente melhor qualidade de casca.
A média geral para altura do albúmen foi de 4,55±0,79 mm. Houve diferença
significativa (P<0,05) entre os cruzamentos nos períodos P1, P2, P4, P5, P8 e Ptotal, quando
comparadas pelo teste de Tukey (Tabela 29). A altura do albúmen determina o tempo de
prateleira dos ovos, e quanto maior a altura do albúmen, maior o tempo de prateleira destes ovos.
Os valores de altura do albúmen nos períodos parciais variaram entre os cruzamentos, e no Ptotal
o acasalamento entre codornas da linhagem 3 apresentou progênies com maior altura de albúmen
(4,86).
Calculada a partir da altura do albúmen, a Unidade Haugh (UH), teve média de
90,16±4,33 (Tabela 30). Estes resultados concordam com os apresentados por FIGUEIREDO et
al. (2004), QUEIROZ et al. (2004), SAKAMOTO et al. (2004) e SOUZA et al. (2004) que
descreveram valores de 92,74, 90,95, 94,28 e 93,31. No entanto, resultados inferiores foram
relatados por ABREU et al. (2004b) quando observou uma variação na UH de 81,01 à 83,6
quando as codornas eram submetidas ao consumo de ração com níveis de inclusão de aflatoxinas
e zearalenona. Houve diferença significativa (P<0,05) entre os cruzamentos nos períodos P1, P2,
P4, P5, P8 e Ptotal, quando comparadas pelo teste de Tukey (Tabela 30). Os valores de UH nos
períodos parciais variaram entre os cruzamentos, e no Ptotal o acasalamento entre as codornas da
linhagem 3 apresentou progênies com maior valor de UH. Este resultado é igual para a
característica altura do albúmen, pois são altamente correlacionadas. O cruzamento entre machos
da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 1 não apresentou diferença significativa em relação ao
acasalamento 3x3, mostrando então, que suas progênies apresentaram a maior gravidade
Resultados e Discussão
65
específica, a maior altura de albúmen e consequentemente o maior valor de UH, determinando
assim boa qualidade do ovo.
A média geral para porcentagem de gema (PG) foi de 29,46±2,43% (Tabela 31). Estes
resultados estão de acordo com PICCININ et al. (2002) e PIZZOLANTE et al. (2004) que
encontraram porcentagem de gema igual à 30,7 e 29,03% respectivamente. Não houve diferença
significativa (P<0,05) entre os cruzamentos nos diferentes períodos, quando comparadas pelo
teste de Tukey (Tabela 31).
A média geral para porcentagem de casca (PC) foi de 8,9±0,78% (Tabela 32). De maneira
semelhante, PICCININ et al. (2002), PINTO et al. (2002) e PIZZOLANTE et al. (2004)
descreveram porcentagens de casca de 8,8, 10,53 e 10,14% respectivamente. Houve diferença
significativa (P<0,05) entre os cruzamentos nos períodos P1, P4, P5, e Ptotal, quando
comparadas pelo teste de Tukey (Tabela 32). Os valores de PC nos períodos parciais variaram
entre os cruzamentos, e no Ptotal o cruzamento 3x1 apresentou progênies com maior
porcentagem de casca (9,37%). Este cruzamento também apresentou maior gravidade específica,
determinando melhor qualidade de casca, e desta forma, este cruzamento pode ser indicado para
a melhora desta característica.
A média geral para porcentagem de albúmen (PA) foi de 61,63±2,48% (Tabela 33). Esse
resultado é semelhante aos observados por PICCININ et al. (2002) e PIZZOLANTE et al. (2004)
que relataram uma porcentagem de albúmen de 60,47 e 60,83% respectivamente. Não houve
diferença significativa (P<0,05) entre os cruzamentos nos diferentes períodos, quando
comparadas pelo teste de Tukey (Tabela 33).
Resultados e Discussão
66
TABELA 28 Médias e desvios padrão de gravidade específica por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1*
P2
P3
P4*
P5
P6
P7
P8*
Ptotal*
1
1
1
1079,00
1074,00
1079,00
1078,00
1077,00
1071,00
1080,00
1073,00
1076,37
2
1
2
1070,00
1073,00
1075,00
1075,00
1076,00
1074,00
1081,00
1074,00
1074,75
3
3
1
1075,00
1076,00
1078,00
1082,00
1082,00
1079,00
1081,00
1075,00
1078,50
4
2
2
1073,00
1073,00
1076,00
1077,00
1076,00
1076,00
1081,00
1079,00
1076,37
5
2
1
1072,00
1073,00
1079,00
1077,00
1077,00
1079,00
1082,00
1077,00
1077,00
6
2
3
1073,00
1072,00
1078,00
1081,00
1078,00
1076,00
1077,00
1068,00
1075,37
7
1
3
1070,00
1068,00
1076,00
1074,00
1076,00
1078,00
1078,00
1076,00
1074,50
8
3
2
1071,00
1070,00
1076,00
1075,00
1075,00
1078,00
1079,00
1074,00
1074,75
9
3
3
1076,00
1073,00
1077,00
1082,00
1078,00
1077,00
1076,00
1075,00
1076,75
Média±DP
1073,22±5,77
1072,44±6,75
1077,11±5,24
1077,88±6,45
1077,22±6,54
1076,44±7,39
1079,44±5,48
1074,55±6,03
1076,04±6,61
* p<0,05
TABELA 29 Médias e desvios padrão de altura do albúmen por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1*
P2*
P3
P4*
P5*
P6
P7
P8*
Ptotal*
1
1
1
5,15
4,42
3,66
4,66
4,29
4,15
4,11
5,37
4,48
2
1
2
4,82
4,37
4,00
4,49
4,87
4,55
4,79
5,52
4,67
3
3
1
4,54
4,23
3,89
4,42
4,74
4,89
4,93
5,89
4,69
4
2
2
4,05
3,88
3,63
4,32
4,22
4,68
4,87
4,99
4,33
5
2
1
4,54
3,92
3,81
4,39
3,92
4,97
4,92
5,22
4,46
6
2
3
4,27
3,77
3,55
4,55
3,97
4,51
4,92
4,92
4,31
7
1
3
4,75
3,73
4,15
4,83
4,35
4,42
4,42
5,27
4,49
8
3
2
4,84
4,26
3,91
5,09
4,50
4,78
4,78
5,41
4,70
9
3
3
5,09
4,74
3,93
5,51
4,72
4,75
4,89
5,28
4,86
Média±DP
4,67±0,77
4,14±0,62
3,84±0,56
4,69±0,61
4,40±0,72
4,63±0,84
4,74±0,68
5,32±0,59
4,55±0,79
* p<0,05
Resultados e Discussão
67
TABELA 30 Médias e desvios padrão de unidade Haugh por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1*
P2*
P3
P4*
P5*
P6
P7
P8*
Ptotal*
1
1
1
93,75
89,55
85,17
90,85
89,19
88,21
88,16
94,33
89,90
2
1
2
90,87
89,12
86,93
89,41
92,23
89,90
91,37
95,22
90,63
3
3
1
89,73
88,76
86,81
90,08
92,04
92,67
92,02
96,84
91,12
4
2
2
87,08
86,15
85,29
89,22
88,80
91,01
91,97
92,32
88,98
5
2
1
90,31
86,90
86,75
89,33
86,92
92,78
92,59
93,73
89,91
6
2
3
88,93
85,99
84,67
90,72
87,50
90,81
91,98
92,09
89,09
7
1
3
91,20
85,26
88,30
91,51
89,41
89,48
89,54
93,82
89,82
8
3
2
91,08
88,48
86,80
92,82
89,90
91,59
91,01
94,20
90,74
9
3
3
92,20
90,16
85,86
94,82
90,61
90,93
92,10
93,27
91,25
Média±DP
90,57±4,21
87,82±3,50
86,00±3,47
90,97±3,16
89,62±4,00
90,82±4,73
91,19±3,71
93,98±2,97
90,16±4,33
* p<0,05
TABELA 31 Médias e desvios padrão de porcentagem de gema por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
Ptotal
1
1
1
27,95
30,21
28,07
29,48
28,48
27,92
29,37
30,38
28,98
2
1
2
29,11
29,64
29,57
29,93
29,23
30,71
28,78
30,16
29,64
3
3
1
29,88
30,05
31,03
28,98
28,45
28,20
27,64
29,86
29,26
4
2
2
29,61
30,40
29,00
30,28
29,68
28,80
28,85
29,03
29,45
5
2
1
30,21
30,12
29,36
30,63
29,97
29,10
29,09
30,67
29,89
6
2
3
28,78
29,63
28,99
28,88
29,81
29,20
29,49
31,65
29,55
7
1
3
29,25
30,22
29,23
29,80
30,19
29,58
27,54
31,63
29,68
8
3
2
28,98
30,80
28,86
29,60
29,78
29,59
29,55
28,31
29,44
9
3
3
27,70
30,72
28,71
28,93
29,83
28,71
28,55
30,99
29,27
Média±DP
29,05±2,49
30,20±1,98
29,20±2,23
29,61±2,31
29,49±2,27
29,09±2,80
28,76±2,29
30,30±2,64
29,46±2,43
* p<0,05
Resultados e Discussão
68
TABELA 32 Médias e desvios padrão de porcentagem de casca por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1*
P2
P3
P4*
P5*
P6
P7
P8
Ptotal*
1
1
1
9,41
8,86
9,06
8,76
8,77
8,41
8,96
8,56
8,85
2
1
2
8,21
8,69
8,49
8,51
8,57
8,97
8,95
9,28
8,71
3
3
1
8,73
9,24
9,4
9,41
9,75
9,63
9,35
9,42
9,37
4
2
2
8,81
8,74
8,94
8,89
8,81
8,75
8,98
8,63
8,82
5
2
1
8,78
8,62
9,08
8,54
8,98
8,92
9,13
8,68
8,84
6
2
3
8,87
8,69
8,95
9,13
8,86
8,6
8,42
8,54
8,76
7
1
3
8,62
8,3
8,88
8,43
8,84
8,88
8,9
8,59
8,68
8
3
2
8,86
9,14
9,09
8,63
8,79
9,27
8,88
8,96
8,95
9
3
3
9,14
8,85
9,33
9,67
9,01
9,35
8,99
8,75
9,14
Média±DP
8,82±0,72
8,79±0,72
9,02±0,69
8,89±0,71
8,93±0,73
8,98±0,99
8,95±0,73
8,83±0,89
8,90±0,78
* p<0,05
TABELA 33 Médias e desvios padrão de porcentagem de albúmen por cruzamento nos períodos experimentais
Períodos
Cruz
Pai
Mae
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
Ptotal
1
1
1
62,64
60,93
62,87
61,76
62,75
63,67
61,66
61,05
62,17
2
1
2
62,68
61,67
61,94
61,57
62,20
60,32
62,27
60,55
61,65
3
3
1
61,39
60,71
59,57
61,61
61,79
62,17
63,01
60,72
61,37
4
2
2
61,58
60,86
62,05
60,82
61,51
62,45
62,17
62,34
61,72
5
2
1
61,01
61,25
61,56
60,83
61,05
61,98
61,77
60,64
61,26
6
2
3
62,34
61,67
62,05
61,99
61,32
62,20
62,09
59,81
61,69
7
1
3
62,13
61,39
61,89
61,76
60,96
61,54
63,56
59,78
61,63
8
3
2
62,16
60,06
62,04
61,77
61,43
61,14
61,56
62,73
61,61
9
3
3
63,15
60,42
61,95
61,40
61,16
61,93
62,45
60,26
61,59
Média±DP
62,12±2,56
60,99±2,12
61,77±2,28
61,50±2,31
61,57±2,16
61,93±2,91
62,28±2,38
60,88±2,72
61,63±2,48
* p<0,05
Resultados e Discussão
69
5.6. Análise dos dialelos das características de qualidade do ovo
As análises de capacidade combinatória dos cruzamentos são apresentadas na Tabela 34,
os efeitos da Capacidade Geral de Combinação na Tabela 35 e os Efeitos da Capacidade
Específica de Combinação e Recíprocos nas Tabelas 36, 37, 38, 39, 40 e 41.
As características analisadas apresentaram efeitos significativos de capacidade
combinatória em alguns períodos, apesar de as diferenças entre os cruzamentos, nestes mesmos
períodos, não terem sido significativos.
Os efeitos da capacidade combinatória geral para gravidade específica não foram
significativos na maioria dos períodos estudados, à exceção do período P7 (Tabela 34), quando
as linhagens 1 e 2 mostraram-se superiores (Tabela 35). No entanto, este efeito pode se
considerado ambiental, pois não ocorreu em nenhum dos outros períodos. Os efeitos da
capacidade combinatória específica foram significativos (P<0,05) apenas no período P8 (Tabela
34), onde o cruzamento 1x3 apresentou progênies com ovo de maior GE (Tabela 36). Os efeitos
recíprocos mostraram-se significativos (P<0,05) nos períodos P1 e P4 (Tabela 34), onde o
cruzamento entre machos 3 e fêmeas 2 proporcionam maior GE nos ovos de suas progênies
(Tabela 36), podendo ser utilizados para melhor a qualidade do ovo.
Para a característica altura de albúmen os efeitos da capacidade combinatória geral não
modificaram de modo significativo essa variável (Tabela 34). Os efeitos da capacidade
combinatória específica foram significativos (P<0,05) nos períodos P2 e P4 (Tabela 34), onde o
cruzamento 1x2 apresentou progênies com ovo de maior altura de albúmen (Tabela 37). Os
efeitos recíprocos mostraram-se significativos (P<0,05) nos períodos P2, P4, P5 e P8 (Tabela 37)
onde o cruzamento entre machos 2 e fêmeas 1 proporcionam maior altura de albúmen nos ovos
de suas progênies, e podem ser utilizados para a melhora do tempo de prateleira dos ovos.
Para a característica unidade Haugh os efeitos da capacidade combinatória geral o
foram significativos (Tabela 34). Os efeitos da capacidade combinatória específica foram
Resultados e Discussão
70
significativos (P<0,05) apenas no período P2 (Tabela 34), quando o cruzamento 1x2 apresentou
progênies com ovo de maior UH (Tabela 38). Os efeitos recíprocos mostraram-se significativos
(P<0,05) nos períodos P2, P5 e P8 onde o cruzamento entre machos 2 e fêmeas 1 proporcionam
maior altura de albúmen nos ovos de suas progênies (Tabela 38). Da mesma forma que na
característica anterior, o uso deste cruzamento pode melhorar o tempo de prateleira dos ovos,
visto que a UH é calculada usando valores de altura do albúmen.
Para a característica porcentagem de gema (PG) os efeitos da capacidade combinatória
geral e específica não foram significativos (Tabela 34). No entanto, houve efeito significativo
para efeito recíproco no período P8 onde as progênies do cruzamento entre machos da linhagem
2 com fêmeas da linhagem 1 proporcionaram menor porcentagem de gema (Tabela 39) e as
progênies do cruzamento entre machos da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 2 a maior
porcentagem de gema.
Para a característica porcentagem de casca (PC) os efeitos da capacidade combinatória
geral não foram significativos nos períodos parciais, porém houve um efeito significativo no
período Ptotal (Tabela 34), onde a linhagem 3 mostrou-se capaz de imprimir maior PC do que as
demais. As estimativas dos efeitos da capacidade geral de combinação proporcionam
informações sobre a concentração de genes predominantemente aditivos em seus efeitos e tem
sido de grande utilidade na indicação de progenitores a serem utilizados em programas de
melhoramento intrapopulacional. Esta característica tem sua importância quando se trata do
manuseio e transporte dos ovos, pois ovos com fragilidade de casca podem trazer prejuízos
econômicos. Os efeitos da capacidade combinatória específica foram significativos (P<0,05)
apenas no período P1 (Tabela 34), onde o cruzamento 2x3 apresentou progênies com ovo de
maior porcentagem de casca (Tabela 40). Os efeitos recíprocos mostraram-se significativos
(P<0,05) nos períodos P2, P4, P5 e P8. Nos períodos P2 e P8 o cruzamento entre machos 2 e
fêmeas 1 proporcionam maior porcentagem de casca nos ovos de suas progênies, e nos períodos
Resultados e Discussão
71
P4 e P5, isto foi observado nos cruzamentos entre machos 3 e fêmeas 2 (Tabela 40). O uso do
cruzamento de machos da linhagem 2 com fêmeas da linhagem 1, mostrou-se importante para a
melhora da altura do albúmen, unidade Haugh e porcentagem de casca, podendo ser indicado
quando busca-se melhorar estes índices.
Para a característica porcentagem de albúmen (PA) os efeitos da capacidade combinatória
geral, específica e efeitos recíprocos não foram significativos nos períodos estudados (Tabela
34).
Resultados e Discussão
72
TABELA 34 - Análises de capacidade combinatória geral (CGC), capacidade combinatória específica (CEC) e efeito recíproco (ER) das
linhagens para gravidade específica, altura do albúmen, unidade Haugh, porcentagem de gema, de casca e de albúmen
Gravidade Específica
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P total
CGC
2
73,8889
15,5556
15,5555
95,5556
37,2222
70,5556
117,2222*
27,2222
3,6365
CEC
3
134,2593
17,0370
5,9259
19,2593
10,3704
83,7037
12,5926
152,5926*
7,9768
ER
3
55,0000*
113,3333
40,0000
173,3333*
76,6667
50,0000
23,3333
76,6667
35,7448
Resíduo
72
27,7778
44,9383
28,1482
36,1728
42,8395
53,3333
28,7654
30,7407
42,6319
* p<0,05
Altura do Albúmen
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P total
CGC
2
2,7337
0,8602
0,3152
3,8051
0,7109
0,5632
1,6672
1,0767
0,5174
CEC
3
0,9079
1,3869*
0,3964
0,7205*
0,3376
0,5669
0,5396
0,2864
0,1781
ER
3
0,7457
1,1543*
0,3889
0,7828*
2,2258*
0,7837
0,4943
1,1908*
0,3937
Resíduo
72
0,5323
0,3148
0,3129
0,2580
0,4591
0,7181
0,4266
0,2977
0,6068
* p<0,05
Unidade Haugh
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P total
CGC
2
89,2724
21,2978
5,2372
100,3962
16,5454
17,0345
37,2862
29,5202
10,2962
CEC
3
25,8541
30,2224*
19,3776
14,2711
8,8907
14,7102
16,4351
10,0256
3,0844
ER
3
11,8283
38,9642*
11,3157
10,7688
68,1217*
31,7982
14,2995
26,3210*
8,2182
Resíduo
72
15,8867
10,3841
11,9852
7,5852
14,3694
22,4388
13,0943
7,6234
18,3143
* p<0,05
Resultados e Discussão
73
TABELA 34 (Continuação)
Porcentagem de Gema
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P total
CGC
2
6,7017
1,2417
0,2514
8,8536
5,7884
3,5752
5,2771
10,8311
0,5234
CEC
3
11,1274
0,9195
11,7607
1,4196
0,9406
8,2562
11,0771
1,8550
1,1687
ER
3
2,7448
2,7137
5,5017
2,8013
5,9602
7,7477
0,1828
24,2477*
0,4183
Resíduo
72
6,0306
4,1613
4,8091
5,4787
5,2523
7,9600
5,0000
6,4336
5,9202
* p<0,05
Porcentagem de Casca
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P total
CGC
2
0,4869
0,1264
0,9641
3,3211
0,8749
1,8816
0,3841
0,0632
0,5576*
CEC
3
2,0342*
0,1807
0,1678
0,7645
0,6932
0,9865
0,6108
0,7511
0,0718
ER
3
0,5618
1,8183*
1,0635
2,0188*
1,6685*
1,6898
0,7442
2,0422*
0,8818
Resíduo
72
0,4676
0,4932
0,4582
0,3791
0,4781
0,9246
0,2307
0,7622
0,5720
* p<0,05
Porcentagem de Albúmen
Quadrados Médios
FV
GL
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
P total
CGC
2
3,7415
2,2317
2,1001
1,9907
5,8702
3,8852
4,0484
12,4777
0,2727
CEC
3
4,3962
1,2634
10,7201
2,2637
1,8267
12,9471
7,2834
4,3654
1,1420
ER
3
5,6148
5,3848
9,2115
1,0308
3,3725
7,1268
1,3890
15,6968
0,3768
Resíduo
72
6,0000
4,6494
4,9017
5,7185
4,8025
8,5046
0,5351
7,0592
6,1552
* p<0,05
Resultados e Discussão
74
TABELA 35 Capacidade Geral de Combinação (CGC) das linhagens para gravidade específica, altura do albúmen, unidade Haugh,
porcentagem de gema, de casca e de albúmen
Gravidade Específica
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
PTOTAL
CGC (1)
0,9445
0,5555
0,5555
-0,5555
0,2778
-1,1111
0,8889
0,1111
0,2083
CGC (2)
-1,2222
-0,1111
-0,4445
-0,8889
-0,8888
0,0555
0,7222
0,6111
-0,2717
CGC (3)
0,2778
-0,4445
-0,1111
1,4445
0,6112
1,0555
-1,6111
-0,7222
0,0633
Altura do Albúmen
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
PTOTAL
CGC (1)
0,1528
0,0350
0,0250
-0,1206
0,0122
-0,1117
-0,1900
0,1211
-0,0094
CGC (2)
-0,2439
-0,1333
-0,0817
-0,1689
-0,1144
0,0617
0,1217
-0,1439
-0,0878
CGC (3)
0,0911
0,0983
0,0567
0,2894
0,1022
0,0500
0,0683
0,0228
0,0972
Unidade Haugh
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
PTOTAL
CGC (1)
1,0294
0,3711
0,2350
-0,6350
0,2078
-0,6117
-0,8867
0,7317
0,0533
CGC (2)
-1,3472
-0,6872
-0,3317
-0,8533
-0,5972
0,3633
0,6217
-0,6667
-0,4383
CGC (3)
0,3178
0,3161
0,0967
1,4883
0,3894
0,2483
0,2650
-0,0650
0,3850
Resultados e Discussão
75
TABELA 35 (Continuação)
Porcentagem de Gema
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
PTOTAL
CGC (1)
0,0061
-0,1239
0,0194
0,1044
-0,3578
-0,1850
-0,1306
0,2156
-0,0572
CGC (2)
0,3311
-0,0339
-0,0722
0,3211
0,2006
0,2767
0,3394
-0,4894
0,1078
CGC (3)
-0,3372
0,1578
0,0528
-0,4256
0,1572
-0,0917
-0,2089
0,2739
-0,0506
Porcentagem de Casca
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
PTOTAL
CGC (1)
0,0344
-0,0306
-0,0294
-0,1506
0,0156
-0,1056
0,0906
0,0250
-0,0189
CGC (2)
-0,1022
-0,0222
-0,1094
-0,1206
-0,1278
-0,0989
-0,0611
-0,0367
-0,0856
CGC (3)
0,0678
0,0528
0,1389
0,2711
0,1122
0,2044
-0,0294
0,0117
0,1044
Porcentagem de Albúmen
Períodos
LINHAGEM
P1
P2
P3
P4
P5
P6
P7
P8
PTOTAL
CGC (1)
-0,0383
0,1511
0,0144
0,0472
0,3422
0,2917
0,0394
-0,2439
0,0761
CGC (2)
-0,2283
0,0661
0,1794
-0,2011
-0,0711
-0,1767
-0,2772
0,5261
-0,0239
CGC (3)
0,2667
-0,2172
0,1939
0,1539
-0,2711
-0,1150
0,2378
-0,2822
-0,0522
Resultados e Discussão
76
TABELA 36 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
gravidade específica nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
3,8889
-1,9446
-1,9446
0,4445
0,1112
-0,5555
0,7778
-0,2222
-0,5557
2
-1,0000
2,2222
-0,2778
0,0000
0,7777
-0,8888
-2,0000
-0,2222
0,4443
3
-2,5000
1,0000
2,2222
-4,0000
1,0000
1,4445
-1,0000
1,0000
0,1111
Períodos
P4
P5
P6
1
1,2222
-0,4443
-0,7778
-0,7778
-0,1111
0,8889
-3,2223
1,1112
2,1112
2
-1,0000
0,8889
-0,4443
-0,5000
0,5554
-0,4446
-2,5000
-0,5555
-0,5555
3
-4,0000
3,0000
1,2222
-3,0000
1,5000
-0,4446
-0,5000
-1,0000
1,5555
Períodos
P7
P8
Ptotal
1
-1,2223
0,4445
0,7777
-1,7777
0,2229
1,5554
-0,0867
-0,1017
0,1883
2
-0,5000
0,1112
-0,5555
-1,5000
3,2223
-3,4445
-1,1250
0,8733
-0,7717
3
-1,5000
-1,0000
-0,2223
0,5000
-3,0000
1,8888
-2,0000
0,3100
0,5833
TABELA 37 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para altura
do albúmen nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
0,1722
0,0989
-0,2711
0,2033
0,0967
-0,3000
-0,2267
0,1250
0,1017
2
0,1400
-0,1344
0,0356
0,2250
0,0000
-0,0967
0,0950
-0,0433
-0,0817
3
0,1050
-0,2850
0,2356
-0,2500
-0,2450
0,3967
0,1300
-0,1800
-0,0200
Períodos
P4
P5
P6
1
0,2056
0,0339
-0,2394
-0,1322
0,0994
0,0328
-0,2600
0,1767
0,0833
2
0,0500
0,0378
0,0039
0,4750
0,0511
-0,1506
-0,2100
-0,0767
-0,1000
3
0,2050
-0,2700
0,2356
-0,1950
0,2650
0,1178
-0,2350
-0,1350
0,0167
Períodos
P7
P8
Ptotal
1
-0,2467
0,1867
0,0600
-0,1911
0,0739
0,1172
-0,0556
0,1078
-0,0522
2
-0,0650
-0,1100
-0,0767
0,1500
-0,0411
-0,0328
0,1050
-0,0489
-0,0589
3
-0,2550
0,0700
0,0167
-0,3100
-0,2450
-0,8444
-0,1000
-0,1950
0,1111
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
77
TABELA 38 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
unidade Haugh nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
1,1189
0,3356
-1,4544
0,9889
0,5072
-1,4961
-1,5867
0,6500
0,9367
2
0,2800
-0,7978
0,4622
1,1100
-0,2944
-0,2128
0,0900
-0,3333
-0,3167
3
0,7350
-1,0750
0,9922
-1,7500
-1,2450
1,7089
0,7450
-1,0650
0,6200
Períodos
P4
P5
P6
1
1,1467
-0,1150
-1,0317
-0,8478
0,3422
0,5056
-1,3867
0,7683
0,6183
2
0,0400
-0,0467
0,1617
2,6550
0,3722
-0,7144
-1,4400
-0,5367
-0,2317
3
0,7450
-1,0500
0,8700
-1,3150
-1,2000
0,2089
-1,5950
-0,3900
-0,3867
Períodos
P7
P8
Ptotal
1
-1,2600
1,0517
0,2083
-1,1133
0,4300
0,6833
-0,3667
0,4950
-0,1283
2
-0,6100
-0,4667
-0,5850
0,7450
-0,3267
-0,1033
0,3600
-0,3033
-0,1917
3
-1,2400
0,4850
0,3767
-1,5100
-1,0550
-0,5800
-0,0650
-0,8250
0,3200
TABELA 39 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
porcentagem de gema nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
-1,1144
0,2706
0,8439
0,2589
-0,1611
-0,0978
1,1711
0,3156
0,8556
2
-0,5500
-0,1044
-0,1661
-0,2400
0,2689
-0,1078
0,1050
-0,0578
-0,2578
3
-0,3150
-0,1000
-0,6778
0,0850
-0,5850
0,2056
-0,9000
0,0650
0,5978
Períodos
P4
P5
P6
1
-0,3411
0,2422
0,0989
-0,2956
0,2661
0,0294
-0,8000
0,7233
0,7667
2
-0,3500
0,0256
0,2678
-0,3700
-0,2122
-0,0539
0,8050
0,8433
0,1200
3
0,4100
-0,3600
0,1689
0,8700
0,0150
0,0244
0,6900
-0,1950
-0,1967
Períodos
P7
P8
Ptotal
1
0,8689
-0,0361
-0,8328
-0,3489
0,3911
-0,0422
-0,3678
0,2522
0,1156
2
-0,1550
-0,5911
0,6272
-0,2550
-0,2889
-0,1022
-0,1250
-0,2278
-0,0244
3
-0,0500
-0,0300
0,2056
0,8850
1,6700
0,1444
0,2100
0,0550
0,0911
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
78
TABELA 40 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
porcentagem de casca nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
0,5156
-0,2628
-0,2528
0,1289
-0,0844
-0,0444
0,0944
-0,1006
0,0061
2
-0,2850
0,1889
0,0739
0,0350
-0,0078
0,0922
-0,2950
0,1344
-0,0339
3
-0,0550
0,0050
0,1789
-0,4700
-0,2250
0,0478
-0,2600
-0,0700
0,0278
Períodos
P4
P5
P6
1
0,1756
-0,0894
-0,0861
-0,1922
-0,0439
0,2361
-0,3544
0,1739
0,1806
2
-0,0150
0,2456
-0,1561
-0,2050
0,1344
0,9056
0,0250
-0,0278
-0,1461
3
-0,4900
0,2500
0,2422
-0,4550
0,0350
-0,1456
-0,3750
-0,3350
-0,0344
Períodos
P7
P8
Ptotal
1
-0,1722
0,0594
0,1128
-0,3133
0,1683
0,1450
-0,0144
-0,0228
0,3722
2
-0,0900
0,1511
-0,2106
0,3000
-0,1200
-0,0483
-0,0650
0,0889
-0,0661
3
-0,2250
-0,2300
0,0978
-0,4150
-0,2100
0,9667
-0,3450
0,9500
0,2889
TABELA 41 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para
porcentagem de albúmen nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
1
2
3
1
2
3
Linhagem macho
Períodos
P1
P2
P3
1
0,5967
-0,0083
-0,5883
-0,3678
0,2472
0,1206
1,0722
-0,2128
-0,8594
2
0,8350
-0,0833
0,9167
0,2100
-0,2678
0,0256
0,1900
-0,0778
0,2906
3
0,3700
0,0900
0,4967
0,3400
0,8050
-0,1411
1,1600
0,0050
0,5689
Períodos
P4
P5
P6
1
0,1644
-0,1472
-0,0172
0,4911
-0,2206
-0,2706
1,1533
-0,8983
-0,2550
2
0,3700
-0,2789
0,4261
0,5750
0,0778
0,1428
-0,8300
0,8700
0,0283
3
0,0750
0,1100
-0,4089
-0,4150
-0,0550
0,1278
-0,3150
0,5300
0,2267
Períodos
P7
P8
Ptotal
1
-0,7011
-0,0244
0,7256
0,6622
-0,5628
-0,0994
0,3386
-0,2294
-0,1561
2
0,2500
0,4422
-0,4178
-0,0450
0,4122
0,1506
0,1950
0,1356
0,0939
3
0,2750
0,2650
-0,3078
-0,4700
-1,4600
-0,0511
0,1300
0,0400
0,0622
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Resultados e Discussão
79
Na maioria das características de qualidade interna do ovo não foram encontrados efeitos
de capacidade geral de combinação, que proporcionam informações sobre a concentração de
genes predominantemente aditivos em seus efeitos, exceção feita para gravidade específica do
ovo em dois períodos parciais e para porcentagem de casca no período total. As linhagens 1 e 2
foram capazes de melhorar os índices de gravidade específica, e a linhagem 3 foi a melhor para
proporcionar maior porcentagem de casca ao ovo e consequentemente melhor tempo de
prateleira. A capacidade específica de combinação, que representam os efeitos não aditivos dos
genes, foi pouco importante nestas características, tendo seus efeitos significativos apenas em
poucos períodos parciais. Para unidade Haugh e altura do albúmen as progênies do cruzamento
1x2 foram mais eficientes, indicando maior tempo de prateleira destes ovos. para gravidade
específica e porcentagem de casca, as progênies dos cruzamentos 1x3 e 2x3 respectivamente,
mostraram-se como melhor opção para ganhos na qualidade de ovo. No entanto, tais efeitos não
especificam quais dos progenitores deveriam ser utilizados como macho ou fêmea no
cruzamento eleito, e para isso recorrem-se aos efeitos recíprocos. Estes foram significativos na
maioria das características, no entanto, apenas em períodos parciais. Os cruzamentos entre
machos da linhagem 2 com fêmeas da linhagem 1, proporcionaram progênies com maior altura
de albúmen, unidade Haugh e porcentagem de casca, e machos da linhagem 3 com fêmeas da
linhagem 2, proporcionaram progênies com maior gravidade específica, porcentagem de gema e
de casca. Ambos os cruzamentos podem ser utilizados em programas de melhoramento genético
visando obter ganhos na qualidade interna do ovo.
Resultados e Discussão
80
5.7. Análise econômica dos cruzamentos dialélicos
A média de lucro obtido na venda de cada caixa com 30 ovos de codorna foi de
R$0,47±0,065 (Tabela 42). Foram observadas diferenças entre os cruzamentos realizados, onde o
maior lucro foi observado com a venda de ovos de codornas vindas de cruzamentos entre machos
da linhagem 3 com fêmeas da linhagem 1, e o menor lucro nos cruzamentos entre machos da
linhagem 1 com fêmeas da linhagem 2 e acasalamentos entre codornas da linhagem 3.
TABELA 42 Médias e desvios padrão da taxa de lucro por cruzamento nos períodos
experimentais
CRUZ
PAI
MAE
Lucro (R$/cx)*
1
1
1
0,50
2
1
2
0,42
3
3
1
0,51
4
2
2
0,47
5
2
1
0,50
6
2
3
0,48
7
1
3
0,50
8
3
2
0,46
9
3
3
0,42
Média±DP
0,47±0,065
*p<0,05
Não foram observados efeitos significativos de capacidade geral de combinação (Tabela
43), e seus efeitos são apresentados na Tabela 44, no entanto, houve efeito significativo para
capacidade especifica de combinação, onde observamos, na Tabela 45 que o acasalamento entre
as linhagens 1x3 proporciona maiores lucros de venda, e o cruzamento entre linhagens 1x2 os
menores lucros.
TABELA 43 Análises de capacidade combinatória geral (CGC), capacidade combinatória
específica (CEC) e efeito recíproco (ER) das linhagens para taxa de lucro
GL
Lucro (%)
Quadrado Médio
CGC
2
0,0042
CEC
3
0,0191*
ER
3
0,0030
Resíduo
72
0,0037
*p<0,05
Resultados e Discussão
81
TABELA 44 Capacidade Geral de Combinação (CGC) das linhagens para taxa de lucro
Linhagem
Taxa de Mortalidade (%)
CGC(1)
0,0094
CGC(2)
-0,0012
CGC(3)
-0,0082
Isto se devido ao fato de que o lucro leva em consideração a conversão alimentar por
caixa de ovos, que se comportou da mesma maneira, indicando o melhor acasalamento como
sendo o 1x3. O efeito recíproco não se mostrou significativo (Tabela 43), não havendo então, a
necessidade de diferenciar machos de fêmeas nos cruzamentos escolhidos na capacidade
específica de combinação.
TABELA 45 Capacidade específica de combinação e efeito recíproco das linhagens para taxa
de lucro nos períodos experimentais
Linhagem Fêmea
1
2
3
Linhagem
Macho
1
0,0112
-0,0376
0,0264
2
-0,0215
0,0316
0,0061
3
0,0035
0,0075
-0,3244
Os valores hachurados e não hachurados indicam, respectivamente, capacidade específica de
combinação e efeito recíproco.
Material e Métodos
82
Conclusões
Conclusões
83
6. CONCLUSÕES
As três linhagens estudadas não devem ser selecionadas com base em suas performances
individuais, e sim pelo desempenho nos cruzamentos em que participam, considerando a
capacidade específica de combinação. Desta maneira, os produtos provenientes do cruzamento
entre as linhagens 1 e 3 foram mais eficientes tanto para as características de importância
econômica como para qualidade dos ovos. Devido à existência de efeitos recíprocos para
qualidade de ovos, os acasalamentos que proporcionaram os produtos mais promissores foram
entre os machos da linhagem 2 com fêmeas da linhagem 1, ou ainda entre machos da linhagem 3
com fêmeas da linhagem 2.
Summary
84
Summary
Summary
85
7. SUMMARY
The production quail is an activity that comes presenting considerable
development in the last years, thanks to the quality of its products (meat and eggs),
its cost of production and to the use of the available technologies, as the hygienical-
sanitary, nutrition, cares and the use of ancestries produced for the genetic
improvement. In this direction, the objectives of this work had been to analyze in a
system of diallel crossings between ancestries of quail of position, characteristics of
economic interest, of quality of eggs, the components of the position curve and the
tax of profit observed with of eggs. For this a system of diallel crossing was used
involving three ancestries, producing nine groups of lines, being three parental ones
(pure), three reciprocal F1 crosses and three F1 crosses, totalizing 972 quail. Nine
repetitions of each group had been used, with 12 quail in each river steamer
(experimental unit). The diallel analyses had been developed of univariate form,
from resultant genotypes combinations of a design entirely randomized. The effect
of combining ability general, combining ability specific and reciprocal effect had
been esteem. The studied characteristics had been: weight of the egg, daily feed
intake, egg number for quail lodged, percentage of position for quail lodged, feed
efficiency, mortality, components of the position curve, specific gravity, height of
albume, Haugh unit, egg yolk percentages, shell and albume and tax of profit. For all
the characteristics of economic interest, had not been observed effect of the general
capacity of combination when it considered the periods. Already for specific
capacity of combination, these characteristics had inside presented great variation of
the periods and revealed significant for weight of the egg, feed efficiency for kg and
egg box and for mortality. The lines of the crossing 1x2 had presented greaters
weights of eggs, and the lines of the crossing 1x3 had better presented feed efficiency
for kg and egg box and minor mortality tax. Such effect do not specify which of the
ancestors would have to be used as male or female in the elect crossing, and for this
the reciprocal effect are appealed to it, that more define the sex of the recommended
ancestors. This effect alone was observed for the characteristic weight of the egg,
where lines of crossings between males of the ancestry 2 and females of ancestry 1
had been able to provide to greater weight of egg, important characteristic mainly
when it commercializes eggs for kg. In the majority of the characteristics of internal
quality of the egg effect of general capacity of combination had not been found,
exception made for specific gravity of the egg in two partial periods and for
Summary
86
percentage of rind in the total period. Ancestries 1 and 2 had been capable to
improve the indices of specific gravity, and ancestry 3 was the best one
consequentely to provide to bigger percentage of rind of the egg and better time of
shelf. The specific capacity of combination, that they represent the not additive
effect of the genes, was little important in these characteristics, having its significant
effect only in few partial periods. For Haugh unit and height of albume the lines of
the crossing 1x2 had been more efficient, indicating bigger time of shelf of these
eggs. Already for specific gravity and percentage of shell, the lines of the crossings
1x3 and 2x3 respectively, had revealed as better option for profits in the quality of
egg. The reciprocal effect had revealed significant in the majority of the
characteristics, in the partial periods. The crossings between males of ancestry 2
with females of ancestry 1, had provided lines with bigger height of albume, Haugh
unit and percentage of shell, and males of ancestry 3 with females of ancestry 2, had
provided lines with bigger specific gravity, percentage of egg yolk and shell. Both
the crossings can be used in programs of genetic improvement aiming at to get
profits in the internal quality of the egg.
Referências Bibliográficas
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referências Bibliográficas
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Referências Bibliográficas
94
Apêndice
95
9. APÊNDICE
Resumo dos resultados das análises dos dialelos para as características de interesse
econômico, qualidade do ovo e taxa de lucro
Característica
CGC
Linhagem
indicada
CEC
Cruzamento
indicado
ER
Cruzamento
indicado
Peso do Ovo
ns
P5,P6, P7, P8
(1X2)
P2, P3, P5,
P6, P8, P9,
P10, P11
(2X1)
Consumo
Médio Diário
ns
ns
ns
Nºovos/codorna
ns
ns
ns
% Postura
ns
ns
ns
Conversão
alimentar (kg)
ns
P1, P4, P5,
P6, P7, P8,
P11
(1X3)
(2X3)
ns
Conversão
alimentar(cx)
ns
P3, P4, P5,
P6, P7, P8,
P9, P10, P11
(1X3)
ns
Mortalidade
ns
sig
(1x3)
ns
Tempo para atingir
o pico
ns
ns
ns
Pico de postura
ns
ns
ns
Persistência de
postura
ns
ns
ns
Gravidade
Específica
P1, P7
(1 e 2)
P8
(1x3)
P1, P4
(3x2)
Altura do Albumen
ns
P2, P4
(1x2)
P2, P4, P5,
P8
(2x1)
Unidade Haugh
ns
P2
(1x2)
P2, P5, P8
(2x1)
% Gema
ns
ns
P8
(3x2)
% Casca
Ptotal
(3)
P1
(2x3)
P2, P8
P4, P5
(2x1)
(3x2)
% Albumen
ns
ns
ns
Taxa de Lucro
ns
sig
(1x3)
ns
Apêndice
96
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xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title"
rel="dc:type">An&#225;lise da capacidade de combina&#231;&#227;o de caracter&#237;sticas de interesse
econ&#244;mico e de qualidade dos ovos de codornas usando a t&#233;cnica de cruzamentos
dial&#233;licos.</span> by <span xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#"
property="cc:attributionName">Adriana Piccinin</span> is licensed under a <a rel="license"
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