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- As Fábulas de Esopo -
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1
AS FABULAS DE ESOPO
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Adaptação
Joseph Shafan
Joseph Shafan
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Copyright © 2008 A.José C.Coelho
As Fábulas de Esopo
Adaptação: Joseph Shafan
Baseado na edição em língua portuguesa:
"Fabulas de Esopo - com applicações moraes a cada
fabula" - 1848 - Paris, Typographia de Pillet Fils
Ainé [domínio público em http://pt.wikisource.org]
shafan@uol.com.br
http://www.recantodasletras.com.br/autores/shafan
2008
A. José C. Coelho
ajcavalcanticoelho@gmail.com
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- As Fábulas de Esopo -
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Esta edição foi possível pelo carinho de
minha mulher Hideli.
Joseph Shafan
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Dedicada à minha pequena filha Leticia,
à minha neta Elis [de meu filho David e
sua mulher Flavia]
e à minha neta Yasmin [de meu filho
Alecsander e sua mulher Paula].
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- As Fábulas de Esopo -
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O Galo e arola
Um galo, que ciscava no terreiro para encontrar
alimento, fossem migalhas, ou bichinhos para comer,
acabou encontrando uma pérola preciosa. Após
observar sua beleza por um instante, disse: - Ó linda e
preciosa pedra, que reluz seja com o sol, seja com a
lua, ainda que esteja num lugar sujo, se te encontrasse
um humano, fosse ele um construtor de jóias, uma
dama que gostasse de enfeites, ou mesmo um
mercenário, te recolherias com muita alegria, mas a
mim de nada prestas pois que é mais importante uma
migalha, um verme, ou um grão que sirvam para o
sustento. Dito isto, a deixou e seguiu esgravatando
para buscar conveniente mantimento.
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Joseph Shafan
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O Lobo e o Cordeiro
Em um pequenorrego, bebia água um Lobo
esfomeado, quando chegou, mais abaixo da corrente
de água um Cordeiro, que começou também a beber.
O Lobo olhou com os olhos sanguinários e
arreganhando os dentes disse: - Como ousas turvar a
água onde bebemos? O Cordeiro respondeu com
humildade: - Eu estou abaixo de onde bebes e não
poderia sujar a tua água. O Lobo, mostrando-se mais
raivoso tornou a falar: - Por isso, tens que praguejar?
seis meses teu pai também me ofendeu!
Respondeu o Cordeiro: - Creio que há um engano,
porque eu nasci há apenas três meses, então não havia
nascido e por isso não tenho culpa. O Lobo replicou: -
Tens culpa pelo estrago que fizestes pastando em meu
campo. Disse o Cordeiro: - Isso não parece possível,
porque ainda não tenho dentes. O Lobo, sem mais
razões, saltou sobre o Cordeiro, e o comeu.
- As Fábulas de Esopo -
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O Lobo e as Ovelhas
Havia entre Lobos e as Ovelhas uma guerra antiga. As
Ovelhas, ainda que fracas, ajudadas pelos rafeiros
(cães de guarda), sempre levavam o melhor. Certa vez
os Lobos pediram paz, oferecendo como penhor seus
filhotes, desde que as Ovelhas entregassem os rafeiros.
As Ovelhas, cansadas daquela guerra, aceitaram e as
pazes foram feitas. Aconteceu que, estando presos, os
filhos dos Lobos começaram a uivar continuamente.
Seus pais, ouvindo isso, correram a acudir afirmando
que a paz estava quebrada e tornaram a fazer a guerra.
As Ovelhas bem que tentaram se defender, mas como
sua principal força consistia nos cães de guarda
(rafeiros), que haviam entregado aos Lobos,
facilmente foram vencidas e devoradas.
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Joseph Shafan
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8
O Rei dos Macacos e Dois Homens
Tendo perdido o caminho, dois companheiros que
caminhavam, depois de terem andado muito,
chegaram à terra dos Macacos. Foram, então, levados
ante o rei, que vendo-os disse: - Em vossa terra, e dos
lugares de onde vindes, o que dizem de mim e de meu
reino? Um dos homens respondeu: - Dizem que sois
um rei grandioso, de gente sábia e culta. O outro, que
gostava da verdade, respondeu: - Toda vossa gente são
macacos, portanto irracionais e, sendo assim, vós que
sois o rei também é um macaco. Ouvindo isso, o rei
mandou que o matassem e, ao primeiro, ordenou que o
tratassem muito bem.
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- As Fábulas de Esopo -
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A Andorinha e as Outras Aves
Estavam os homens semeando algoo e linho.
Observando-os, a Andorinha disse aos outros
pássaros: - Será para o nosso mal o que os homens
estão plantando, pois dessas sementes nascerão
algodão e linho, depois eles farão laços e redes para
nos prenderem. Melhor seria destruirmos o que for
nascendo para que estejamos seguras. As Outras Aves
riram muito e não quiseram seguir o conselho. A
Andorinha, vendo isso, fez as pazes com os homens e
foi viver perto de suas casas. Depois de algum tempo,
os homens fizeram laços, redes e instrumentos de
caça, com os quais passaram a prender as Outras
Aves, preservando a Andorinha.
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Joseph Shafan
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O Rato e a Rã
Um Rato desejava atravessar um rio, mas o temia, pois
não sabia nadar. Pediu ajuda a uma Rã que concordou
desde que o Rato fosse amarrado a uma das patas. O
Rato consentiu e encontrando um pedaço de fio, ligou
uma de suas pernas à Rã. Assim que entraram no rio,
pom, a Rã mergulhou, levando junto o Rato que
sentia afogar-se. Por isso debatia-se com a Rã que, por
sua vez, lutava para nadar; tudo isso causando muito
cansaço e estardalhaços. Estavam nessa luta quando,
por cima passava um Falcão que, percebendo o Rato
sobre a água, baixou sobre ele e levou-o nas garras
juntamente com a Rã que estava atada. Ainda no ar, os
devorou.
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O Lado e o Cão De Guarda
Um ladrão, desejando entrar à noite em uma casa para
roubar, trazia consigo um pedaço de sanduiche para
tentar distrair o o de Guarda que vigiava. Porém,
assim que o Ladrão lançou o naco ao solo, o Cão
disse: - Entendo que me s este pão para que eu me
cale e te deixe roubar a casa, não por algum carinho
que me tenhas. Mas, já que é o dono da casa que me
sustenta toda a vida, não vou deixar de latir enquanto
não fores embora ou até que ele acorde e te venha
enxotar. Não vou querer eu que este pedaço me custe
morrer de fome toda a minha vida.
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Joseph Shafan
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O Cachorro e a Ovelha
No inverno, o Cachorro cobrou da Ovelha certa
quantidade de pão, que dizia haver lhe emprestado. A
Ovelha negou ter recebido. O Cachorro reafirmou
dizendo tratar-se de um depósito, o que a Ovelha
negou novamente. O Cachorro denunciou-a ao Juiz.
No julgamento, o Cachorro dispôs de três testemunhas
a seu favor, as quais havia subornado: um Lobo, um
Abutre e um Falcão. Estes juraram ver a Ovelha
receber o o que o Cachorro reclamava. Diante disso,
o Juiz condenou a Ovelha, que sem ter com o que
pagar, foi forçada a ser tosquiada para que o pelo fosse
vendido como pagamento ao Cachorro. Pagou então a
Ovelha pelo que não recebera e ainda ficou nua
sofrendo frio.
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O Cão e a Sombra
Umo levava na boca um pedo de carne quando,
ao passar por um riacho, viu no fundo da água a
sombra da carne que parecia maior. Soltou a que
levava nos dentes para tentar pegar a que via na água.
O riacho levou para sua correnteza a verdadeira carne
e a sombra, ficando o Cão sem uma nem outra.
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Joseph Shafan
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A Mosca sobre a Carreta
Sobre uma carreta de mulas carregada pousou uma
mosca. Estando ali, olhando a paisagem, achou-se
altiva e que o carro ia a seu gosto. Começou então a
falar para a Mula que andasse depressa, senão a
castigaria picando onde lhe doesse. A Mula virou o
rosto e disse: - Cala-te, desavergonhada, que não
tenho medo de ti, mas sim do carreteiro porque ele
leva na mão o chicote. Quanto a ti, somente com
importunações pode cansar-me, mas sem me fazer
outro mal.
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- As Fábulas de Esopo -
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O Cão e o Cartaz
Buscando o que comer, um Cão ia farejando até que
encontrou um Cartaz com uma imagem de um
homem, muito bem feita, de papelão e com cores
muito vivas. Como estivesse o Cartaz caído no chão, o
Cão começou a cheirar para ver se era um homem que
dormia. Depois, empurrou com o focinho e viu que o
Cartaz balançava, mas não se movia, quer para correr,
quer para enxotá-lo. Então, o Cão disse: Por certo que
a cabeça é bonita, mas não tem nenhum miolo.
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Joseph Shafan
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O Leão, a Vaca, a Cabra e a Ovelha
Combinaram entre si, um Leão, uma Vaca, uma Cabra
e uma Ovelha caçarem juntos e repartirem o ganho.
Assim, caminharam lado a lado e encontraram um
Veado. Correram e fizeram-lhe um cerco e, depois de
muito esfoo, o derrubaram e o mataram. Um tanto
cansados, juntaram-se em torno da presa e a
repartiram em quatro partes iguais. Feito isso, o Leão
tomou uma parte e disse: - Esta parte é minha,
conforme o combinado. A seguir, pegou outra parte e
disse: - Esta outra me pertence porque sou o mais
valente de todos. Puxou uma terceira parte e disse: -
Esta também é para mim porque eu sou o rei dos
animais e, advirto, quem na quarta parte mexer,
considere-se por mim desafiado. Assim, levou todas as
partes, ficando os parceiros se achando enganados ao
mesmo tempo que frustrados, mas se
conformaramporque eram desiguais em forças
comparados ao Leão.
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O Homem e a Doninha
Um homem que caçava ratos, prendeu na armadilha
uma Doninha. Ela, vendo-se em seu poder, lhe disse
que a soltasse e alegou razões dizendo: - Eu não te
faço nenhum mal. Ao contrário, te faço o bem, porque
eu limpo a casa de ratos e bichos que te fazem mal. O
Homem respondeu: - Se acaso fizesses isso pelo bem,
devia eu te agradecer, mas o que fazes é pela tua fome.
Sendo assim, nada te devo e, ademais, se te faltarem
como alimento, virás comer o que é meu, ainda pior
que os próprios ratos. Dessa maneira irei matá-la.
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Joseph Shafan
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O Lobo e a Garça
Um Lobo estava comendo umas carnes quando um
osso ficou atravessado em sua garganta, o que
comava a sufocá-lo. Assim, pediu à Garça que com
seu pescoço comprido lhe tirasse o osso do papo que
seria recompensada. A Garça enfiou a cabeça na goela
do Lobo e lhe tirou o osso. Estando livre o Lobo, a
Garça lhe pediu o que antes ele lhe havia ofertado. O
Lobo, porém, respondeu: - Eu já te dei um grande
benefício, posto que enfiastes a tua cabeça dentro da
minha boca, onde bastaria apertar-te os dentes para
matar-te, mas saístes sem um arranhão. A Garça
calou-se e ficou arrependida do que fizera, pensando: -
Nunca mais, por gente má, colocarei a minha cabeça e
vida em semelhante risco.
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As Duas Cadelas
Uma Cadela, sentindo as dores de parir e não tendo
lugar onde fazê-lo, pediu a outra Cadela que lhe
emprestasse a sua cama, que era um palheiro, dizendo
que assim que parisse iria embora com seus filhotes. A
outra Cadela, com dó, cedeu seu lugar. Ocorre que,
após ter parido, foi solicitada que fosse embora, porém
a hóspede mostrou-lhe os dentes, impedindo-a de
entrar e dizendo que estava de posse do lugar não
sairia dali não fosse após uma grande briga e muitas
dentadas.
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Joseph Shafan
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O Homem e a Cobra
Durante um frio Inverno e debaixo de forte chuva,
andava uma Cobra, fraca e encolhida. Um Homem de
piedade a recolheu, agasalhou e alimentou enquanto
houve frio. Chegado o Verão, a Cobra começou a
estender-se e, então, o Homem disse-lhe que deveria
seguir o caminho dela, mas a Cobra, relutante,
levantou o pescoço para o morder. O Homem, por
isso, lançou mão de um pau e investiu contra a Cobra.
Após uma longa luta, a Cobra restou morta e o
Homem muito mordido.
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- As Fábulas de Esopo -
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O Asno e o Leão
O Asno, simplório e ignóbil, encontrou-se com o Leão
em um caminho e, presunçoso, atreveu-se dizendo: -
Saia do meu caminho e vá embora. O Leão parou,
verificando esse desatino e ousadia, mas prosseguiu
seu caminho, dizendo: - Seria muito fácil matar e
desfazer-me deste imbecil; porém não quero nem sujar
meus dentes, nem minhas unhas, em carne tão bestial
e fraca. Assim passou, sem fazer caso do Asno.
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Joseph Shafan
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O Rato da Cidade e o Rato do Campo
Um Rato que morava na Cidade aceitou o convite para
jantar de um Rato que vivia no Campo. Em sua cova,
comeram raízes, ervas e frutos, produtos do Campo.
Em dado momento, o Rato da Cidade disse: - Amigo,
notei que vives na miséria, pelo que tenho dó. Por
isso, convido-o a morar na Cidade, onde verás a
riqueza e a fartura que lá desfrutamos. Combinaram e
para lá foram, numa casa grande e rica. Estavam na
despensa, saboreando comidas sofisticadas quando, de
súbito, entra um fiscal com dois gatos. Na correria,
fugiram os Ratos. O Rato da Cidade achou logo seu
esconderijo enquanto o Rato do Campo, continuando a
correr, disse: - Fiques com a tua fartura, que eu quero
mesmo é viver comendo os frutos da terra sem medo
de homens, gatos e ratoeiras. no Campo tenho um
prazer inigualável que é a liberdade com a
tranquilidade.
- As Fábulas de Esopo -
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A Águia e a Raposa
Uma Águia, tendo filhotes em uma árvore para
alimentar, lançou-se sobre uma moita onde haviam
dois raposinhos muito pequenos. A Raposa, vendo
isso, correu implorando para a Águia que libertasse os
filhotes. Mas a Águia, lá do alto, zombou das súplicas
e disse que iria preparar a refeição em seu ninho. A
Raposa, muito aflita, começou a cercar aquela árvore
com muitas palhas, gravetos e ramos secos. Em
seguida ateou fogo, de tal maneira que fez uma
fogueira muito grande. A Águia, temerosa com a
fumaceira e de que as labaredas atingisse seu ninho,
soltou os filhotes da Raposa que correram para a mãe,
ficando a ave um pouco chamuscada.
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Joseph Shafan
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O Galo e a Raposa
Algumas galinhas com seu Galo, fugindo de uma
Raposa, subiram em um pinheiro, onde a perseguidora
não alcançava. A Raposa, ao pé da árvore, disse ao
Galo: - Eu sei que, por hábito, foges de mim temendo
por suas vidas mas, hoje, corria apenas para lhes dar
boas notícias. Po-lhes que desçam para nos
confraternizamos, amigos. Foi proclamada hoje a paz
universal entre todas as feras e aves. Portanto, venham
comigo celebrar. O Galo, entendendo a mentira, como
quem não quer nada, disse: - Estaso mesmo
novidades muito boas e alegres. Estaremos indo sim,
amiga, ao seu encontro, assim que nossos amigos cães,
que vejo daqui do alto se aproximando rapidamente
numa grande matilha cheguem para todos juntos
festejarmos. A Raposa, ouvindo isso, começou a
correr dizendo: - Vou indo porque temo que eles ainda
não saibam das novidades e nos ataquem. Assim, foi
embora, ficando as galinhas seguras com seu Galo.
- As Fábulas de Esopo -
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O Bezerro e o Lavrador
Um Lavrador que tinha um Bezerro forte e esperto,
colocou-o sob uma canga, junto com um boi manso.
Como o Bezerro insistisse em tentar livrar-se do
trabalho, o Lavrador dava-lhe pancadas e relhos para o
amansar. Ao boi manso, que observava aquilo, o
Lavrador disse: - Não o coloquei aqui para que faças o
arado, porque não és feito para isso, mas somente para
amansar o pequeno, porque depois que ele se tornar
Touro formado, não haverá quem o amanse.
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Joseph Shafan
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O Lobo e o Cão
Em um caminho, encontraram-se um Lobo e um Cão. O
Lobo, vendo a vitalidade doo, disse:- Tenho inveja
de te ver tão gordo, com o pesco grosso e o pelo
reluzente. Digo isso porque ando sempre magro e
arrepiado. O Cão respondeu: - Se fizeres o mesmo que
eu, também engordarás. Estou em uma casa, onde me
o de comer e tratam-me bem, enquanto meu trabalho é
somente latir quando percebo ladrões próximos da casa.
Por isso, se queres, podes vir comigo. O Lobo,
aceitando, passou a caminhar junto com o Cão, mas em
dado momento perguntou: - O que é isso companheiro,
que vejo? Teu pescoço está todo esfolado. O Cão
respondeu: - Para que de dia euo morda aos que
entram na casa, sou preso com uma corda. De noite me
soltam e assim fico até pela manhã, quando tornam a me
prender. O Lobo, ouvindo isso, disse: - Vou dispensar
tua fartura pra mim. A troco de não ser cativo, prefiro
me empenhar pelo meu sustento e, se necesrio, jejuar,
desde que esteja livre. Dizendo isso, se foi.
- As Fábulas de Esopo -
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As Mãos, oss, o Estômago e o Corpo
Certo dia, as Mãos e os Pés, trocando idéias,
comaram a se queixar das outras partes do corpo.
No final da conversa, chegaram à conclusão que
trabalhavam a vida inteira, custeando o Corpo e que
tudo era mais em proveito do Estômago, que comia
sem trabalho. Portanto, o Estômago que procurasse o
seu sustento, porque as Mãos e os Pés não iriam mais
dar-lhe de comer. O Esmago pediu muito, mas
disseram que haviam tomado uma decisão. Assim,
comaram a lhe negar comida, o que foi
enfraquecendo-o e, com isso, o Corpo inteiro.
Sentindo as Mãos e os Pés se enfraquecerem,
comaram novamente a querer alimentar o
Estômago, mas como a fraqueza fosse muita, nada
lhes valeu, morrendo todos juntos.
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Joseph Shafan
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A Águia e o Grou
A Águia, tendo capturado uma pequena Tartaruga,
carregando-a pelo ar, dava-lhe insistentes bicada, mas
não conseguia abatê-la porque estava recolhida em sua
carapuça. Comava a ficar enraivecida quando
aproximou-se da Águia um Grou que disse: - A caça
que fizestes é decerto de boa qualidade, mas não
poderás saboreá-la senão por manha. A Águia propôs
então que se o Grou lhe ensinasse a manha, pelo que
dividiria com ele a caça. O Grou aceitou e disse: -
Subas até o mais alto das nuvens possível e de lá
deixes cair a Tartaruga sobre alguma pedra grande,
onde se partirá a carapuça e a carne ficará descoberta
para nossa refeição. Assim fazendo, a Águia e o Grou
comeram da boa carne.
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- As Fábulas de Esopo -
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A Raposa e o Corvo
Um Corvo roubou um queijo e com ele fugiu para o
alto de uma árvore. Uma Raposa, ao vê-lo, desejou
tomar posse do queijo para comer. Colocou-se ao
da árvore e começou a louvar a beleza e a graça do
Corvo, dizendo: - Com certeza és formoso, gentil e
nenhum pássaro poderá ser comparado a ti desde que
tu cantes. O Corvo, querendo mostrar-se, abriu o bico
para tentar cantar, fazendo o queijo cair. A Raposa
abocanhou o petisco e saiu correndo, ficando o Corvo,
além de faminto, ciente de sua ignorância.
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Joseph Shafan
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O Lo e Outros Animais
Estando um Leão, já velho e doente, veio um Javali,
lembrando-lhe ter sido maltratado por ele noutro
tempo, deu-lhe uma forte trombada e passou; a seguir
veio um Touro e chifrou-o. Dessa forma, muitos
outros Animais, dizendo vingança, o maltrataram.
Afinal, veio um Asno e deu-lhe dois coices, com o que
lhe derrubou com a face por terra. O Leão, chorando,
disse: - Tempo se foi em que todos esses, só de um
rugido meu tremiam, não havendo então nenhum tão
forte, que não fugisse ao me ver. Agora que me vêem
fraco, todos arranjam pretexto para se vingarem, não
havendo nenhum que a issoo se atreva.
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- As Fábulas de Esopo -
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O Parto da Montanha
Em certo tempo, começou uma Montanha a dar urros
e inchar, dizendo que iria parir. As pessoas ficaram
cheias de temor, receosas de que algum monstro
nascesse e viesse a destruir o mundo. Chegada a época
do parto, estando todos reunidos em torno e em
suspense, pariu a Montanha um Rato, transformando
em riso o que antes era medo.
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Joseph Shafan
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O Galgo Velho e seu Dono
Um Galgo, velho cão que havia durante muitos anos
caçado grande quantidade de lebres para seu Dono,
cansado da idade, durante uma caçada, deixou escapar
de sua boca, pela ausência de dentes, uma lebre que
havia capturado. Seu Dono, zangado, o açoitou
cruelmente e o lançou para longe, como se fosse coisa
que nada valia. Disse então o Galgo velho : - Deveria
o senhor lembrar-te de como te servi bem enquanto
era moço, de quantas lebres já cacei, e quanto me
estimavas; agora que sou velho e estou no osso,
somente porque uma me fugiu, me bates e me jogas
fora. Deverias relevar essa falta e pagar-me muito bem
pelo muito que te tenho servido.
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- As Fábulas de Esopo -
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As Lebres e as Rãs
As Lebres, cansadas de correrem dos galgos e de
serem assustadas pelos animais, se reuniram e
concordaram, para não terem mais angústias, se
matarem afogadas em um rio. Correram, então, em
direção à água, mas, chegando à borda, viram muitas
Rãs fugirem com medo e saltarem no rio. As Lebres,
observando o pavor das Rãs, pararam e disseram: -
Estas Rãs vivem com medo de todos e também de nós,
por isso devemos suportar a vida, já que há muitos
outros mais perseguidos e apavorados.
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Joseph Shafan
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O Lobo e o Cabrito
Uma cabra, indo pastar no campo, deixou o filhote em
casa e orientou-o dizendo queo abrisse nem ao
urso, nem ao Lobo, porque morreria. Assim que ela
saiu, veio um Lobo que, fingindo a voz da cabra,
comou a falar carinhosamente, dizendo para que lhe
abrisse porque era a sua mãe. Ouvindo isso, o Cabrito
chegou até a porta e olhou por uma fenda vendo que
era o Lobo. Sem responder, recolheu-se em casa. O
Lobo, então, foi embora, ficando o Cabrito salvo.
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- As Fábulas de Esopo -
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O Cervo, o Lobo e a Ovelha
Um Cervo, acompanhado de um Lobo, bateu à porta
da Ovelha cobrando falsamente uma certa quantidade
de trigo que inventava haver lhe emprestado. A
Ovelha pensou em negar-lhe, denunciando a falsidade,
mas ficou com receio devido à presença do Lobo.
Assim, com dissimulação, lhe disse: - Peço-te, por
Deus, que esperes alguns dias e então verificaremos
nossas contas e eu te pagarei o quanto te dever. O
Cervo foi embora contente. Porém, passado um
tempo, se encontraram sem que o Lobo estivesse
presente. A Ovelha, nessa ocasião, rejeitou a cobrança
dizendo que não devia trigo algum e que, portanto,
nada lhe pagaria.
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Joseph Shafan
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A Gralha e os Pavões
Uma Gralha, pediu emprestadas algumas penas dos
Pavões e passou a desprezar as outras gralhas,
andando apenas junto com os Pavões. Depois de um
tempo, os Pavões pediram suas penas de volta, mas
como estivessem enfiadas no couro da Gralha,
bicaram-na até arrancá-las, fazendo com que a Gralha
ficasse machucada e sem as suas próprias penas.
Nesse estado, buscou as outras gralhas, ainda que com
temor e vergonha; elas lhe disseram: - De nada te
valeu rejeitares a tua natureza, querendo ser o queo
eras. Agora aqui estás, pelada, ferida e envergonhada.
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- As Fábulas de Esopo -
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A Rã e o Touro
Um Touro, passeando na beirada do rio, por acidente
pisou numa ninhada de pequenass esmagando uma
delas, ferindo-a gravemente. A , mãe da ninhada, ao
dar pela falta de um dos filhotes, perguntou aos outros
o que acontecera. Eles procuraram descrever o
ocorrido, dizendo um deles: - Há poucos minutos uma
besta enorme pisou na nossa irmã. Outro filhote disse:
- Era mesmo enorme e tinha quatro patas muito
grandes. Um outro disse: - Era uma besta enorme,
tinha mesmo quatro patas muito grandes que tinham
uma rachadura. A Rã mãe começou a comer e inchar-
se com o vento, perguntando aos filhotes se era já tão
grande como diziam, ao que respondiam que não. A
voltou a colocar mais força para inchar ao que os
filhotes disseram que faltava muito para igualar-se ao
Touro. Tanto inchou a que veio a arrebentar-se.
Um besouro, que a tudo assistia, pensou: - É verdade
que, na maioria das vezes, as coisas insignificantes
desviam nossa ateão do verdadeiro problema.
Joseph Shafan
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O Cavalo e o Lo
Vendo um Cavalo pastando, o Leão pensou numa
maneira de atacá-lo para o comer. Resolveu chegar
com palavras amigas e disse que eradico e que
poderia examinar o Cavalo para, se necessário, curá-
lo. O Cavalo, entendendo a situação, disse: - Na
verdade amigo, vens em boa hora, já que tenho nesta
pata uma dor que está me maltratando. O Leão
aproximou-se para ver o pé, no que o Cavalo o
levantou e acertou-lhe o queixo, fazendo com que
tonteasse. Quando deu por si o Leão, viu que o Cavalo
já ia longe.
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O Cavalo e o Asno
Um Cavalo, com os arreios enfeitados de seda e ouro
de muito preço, seguia por um caminho levando seu
dono, quando encontrou um Asno carregado, pelo que,
com muita soberba disse: - Animal inconveniente;
porque não me dás lugar e te desvias para que eu
passe? O pobre Asno, calou-se e suportou a ofensa.
Mais alguns metros, o Cavalo torceu uma pata e
comou a mancar. Seu dono, então, retirou-lhe os
enfeites e colocou-o para ser animal de carga. Algum
tempo depois, o Asno vindo pelo mesmo caminho
encontrou o Cavalo carregado de esterco e disse-lhe: -
Onde vai, irmão, a tua soberba? Por que não me
mandas agora que eu arrede como fazias em outra
época?
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Joseph Shafan
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40
As Árvores e o Machado
Um Machado de aço havia sido forjado e estava sem o
cabo, pelo que não conseguia cortar. Foi então até o
bosque e pediu às Árvores que uma delas lhe dessem
um cabo. As Árvores mais encorpadas se negaram a
fornecer o material e mandaram à Oliveira que era
mais franzina, a fazer esse papel. Assim que ficou
completo, um Homem pegou o Machado e começou a
fazer madeira e, com isso, a destruir todo o arvoredo.
Comentou então o Carvalho com o Freixo: - É nossa a
responsabilidade por esse mal, porque entregamos
nossa irmã mais fraca ao inimigo.
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- As Fábulas de Esopo -
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41
O Rato e a Doninha
Uma Doninha,velha e sem foas para caçar, usava
de uma artimanha: enfarinhava-se toda e se deitava
quieta num canto da casa. Assim, quando alguns ratos
se aproximavam para comer a farinha ela os comia.
Certa feita, um Rato experiente, quehavia escapado
de muitas armadilhas, viu aquilo, colocou-se longe e
disse: - Por mais artes que uses, não me pegarás. Tu
enganas a esse pequenos, mas eu, conheço-te bem e
não me aproximarei de ti. E dizendo isso, foi-se
embora.
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Joseph Shafan
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42
A Raposa e as Uvas
Uma Raposa, aproximando-se de uma parreira, viu
que ela estava carregada de uvas maduras e apetitosas.
Com água na boca, desejou-as comer e, para tanto,
comou a fazer esforços para subir até elas. Porém,
como estivessem as uvas muito altas e fosse muito
difícil a subida, a Raposa tentou mas não conseguiu
alcançá-las. Disse então: - Estas uvas estão muito
azedas e podem desbotar os meus dentes; não quero
colhê-las agora porque não gosto de uvas que não
estão maduras. E dito isso, se foi.
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- As Fábulas de Esopo -
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43
O Asno e a Cachorrinha
Um Asno, que vivia livre pastando diante da casa,
observou que quando seu dono chegava, a
Cachorrinha ia ao encontro dele abanando o rabo,
pulava em seu colo, procurando lambê-lo pelo que, em
seguida, seu dono brincava com ela, a afagava e
depois lhe dava de comer. Com inveja, pensou então
que se fizesse o mesmo, receberia mais carinhos,
que era maior que a Cachorrinha. Imaginando isso, no
dia seguinte, surgindo seu dono, o Asno correu de
encontro ao homem e, enquanto pulava buscando
colocar suas patas dianteiras sobre os ombros dele,
procurava lambê-lo. Espantado com aquilo, o dono
gritou chamando os criados e mandou surrar o Asno
para depois man-lo trancado na estrebaria.
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Joseph Shafan
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44
O Lo e o Rato
Estando o Leão dormindo, alguns Ratos brincavam em
torno dele. Em dado momento, pularam em cima,
acordando-o. O Leão pegou um deles com a intenção
de matá-lo, mas como o Rato pedia insistentemente,
acabou soltando-o. Passado pouco tempo, o Leão caiu
em uma rede que os caçadores haviam armado,
ficando preso apesar de suas forças. O Rato, sabendo
do ocorrido, foi até a armadilha e com muito empenho
comou a roer as cordas, aque, rompendo a
armadilha, o Leão ficou livre, como recompensa pela
misericórdia que tivera.
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- As Fábulas de Esopo -
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45
A Porca e a Loba
Estava uma Porca com dores de parir, quando uma
Loba faminta aproximou-se dizendo que tinha dó de a
ver desamparada e que estava disposta a servir-lhe de
parteira. A Porca, percebendo que a Loba queria
mesmo era comer seus filhotes, disfarçando disse que
não conseguiria parir na presença da Loba porque era
muito envergonhada e que, depois que os filhotes
nascessem, um deles seria aafilhado dela. Enquanto
a Loba se afastava do lugar para um lado, a Porca saiu
para o outro lado buscando um lugar seguro.
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Joseph Shafan
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46
O Velho e a Mosca
Diante de um calor ardente, um Velho calvo, com a
caba descoberta, procurava se esconder à sombra
enquanto uma Mosca insistentemente procurava picar-
lhe a calva. O Velho procurava abater-lhe com as
os, mas ela fugia depressa, fazendo com que ele
desse em si mesmo grandes palmadas. A Mosca,
gostando daquilo, ria a valer. Disse então o Velho:-
Podes rir quantas vezes eu der em mim, que isso não
me mata, mas se uma vez eu te acertar, morrerás,
pagando pelo antes e o agora.
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- As Fábulas de Esopo -
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47
O Pinheiro e o Coqueiro
O Pinheiro, alto e pomposo, aconselhava o Coqueiro,
que se curvava facilmente, que se mantivesse altivo.
Respondeu o Coqueiro: - Tu podes resistir, mas não
me sinto forte o bastante. Em seguida, veio um pé de
vento muito bravo que arrancou o Pinheiro com raízes
e tudo. O Coqueiro porém, dobrando-se, ficou em pé.
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Joseph Shafan
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48
A Formiga e a Cigarra
No Inverno, a Formiga tirava os grãos de trigo fora de
sua cova para os secar, quando surgiu a Cigarra que
implorava que repartisse aquela comida com ela,
porque temia morrer de fome. A Formiga perguntou a
ela o que havia feito durante a Primavera e o Verão,
queo guardara alimento para se manter. A Cigarra
respondeu: - A Primavera e o Verão gastei cantando e
brincando pelos campos. A Formiga então,
continuando a recolher seu trigo, lhe disse: -
Companheira, se aqueles seis meses gastaste em
cantar e bailar, como se fosse comida saborosa e a seu
gosto, que agora cante e dance.
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- As Fábulas de Esopo -
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49
O Cervo e o Lo
Bebia um Cervo em um riacho quando viu seu reflexo
na água. Observou suas pernas finas e achou-as muito
feias, enquanto que considerou a galhada de seus
chifres muito bonita e formosa. Quando saía dali,
surgiu um Leão que começou a persegui-lo. Com os
pés, que havia desprezado, ganhava velocidade e com
isso distância de seu perseguidor. Com os chifres,
entretanto, se enroscava nos ramos das árvores, o que
diminuía sua vantagem. Enquanto corria, pensava: -
Como fui bobo, desprezando o que me é mais
importante e elogiando o que pra mim tem menos
valor.
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Joseph Shafan
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50
Os Carneiros e oougueiro
Alguns Carneiros estavam juntos num redil quanto
entrou um Açougueiro. Permaneceram quietos e nem
fizeram caso disso. O Açougueiro pegou um deles e o
matou. Nem vendo o sangue daquele temeram os
outros. Assim foi em seguida, matando o Açougueiro
um a um até que o último, vendo-se nas mãos dele,
disse: - Com razão devemos sofrer, pois vendo aquilo
que seria mal para todos não quisemos entender. No
princípio, quando éramos muitos, mesmo que fosse
com cabeçadas, poderíamos nos defender e não o
fizemos. Agora, pensando nisso, estou só e não posso
me preservar, dessa maneira acabamos todos.
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- As Fábulas de Esopo -
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51
O Lobo e o Asno Doente
O Asno estava muito indisposto. Sabendo disso, o
Lobo foi visitá-lo, fazendo-se de muito amigo.
Chegando, tomou o pulso do Asno, correu a mão pelo
rosto e disse que desejava curá-lo. O Asno,
percebendo as intenções do Lobo, e querendo vê-lo
distante, observou o Lobo que naquele momento lhe
apalpava e perguntava onde lhe doía, disse: - Onde
quer que me ponhas mão, logo ali me dói; portanto
peço-te que te vás, porque assim que tu fores, sararei
logo.
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Joseph Shafan
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52
A Raposa e o Leão
Fingindo-se enfermo, o Leão passou a receber visita
de outros animais, os quais entravam na cova e o Leão
os comia um a um. Por fim, chegou à porta da cova a
Raposa, que desconfiada, perguntou-lhe de longe
como estava. O Leão respondendo perguntou-lhe
porque não entrava para vê-lo. Respondeu a Raposa: -
Me parece que a tua casa está cheia, já que vi muitas
pegadas de animais entrando e nenhuma de algum que
tenha saído. Por isso, vou indo.
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- As Fábulas de Esopo -
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53
O Carneiro Grande e os Carneiros Jovens
Andavam passeando três Carneiros Jovens e um
Carneiro maior. De repente, o mais velho saiu
correndo em fuga. Os outros, ficaram parados e rindo
da disparada do experiente Carneiro, o qual ao longe,
vendo-os zombar, disse: - Eso loucos e ignorantes,
porque vem vindo o açougueiro que sempre mata
primeiro os maiores. Por isso fujo, mas quando ele se
aproximar, com certeza matará os que estiverem mais
perto.
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Joseph Shafan
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54
O Lo e o Homem
O Homem e o Leão discutiam sobre qual dos dois era
mais valente. O Homem, para provar que tinha razão,
levou-o até a uma praça onde havia uma escultura de
um homem estrangulando um leão e mostrou-lhe. O
Leão, rindo, disse: - Se os leões soubessem esculpir
haveriam muito mais representações de leões
estraçalhando homens.
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- As Fábulas de Esopo -
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55
Índice
O Galo e a rola........................................................5
O Lobo e o Cordeiro...................................................6
O Lobo e as Ovelhas...................................................7
O Rei dos Macacos e Dois Homens............................8
A Andorinha e as Outras Aves....................................9
O Rato e a Rã.............................................................10
O Ladrão e o o de Guarda.....................................11
O Cachorro e a Ovelha...............................................12
O Cão e a Sombra......................................................13
A Mosca sobre a Carreta............................................14
O Cão e o Cartaz........................................................15
O Leão, a Vaca, a Cabra e a Ovelha..........................16
O Homem e a Doninha..............................................17
O Lobo e a Garça.......................................................18
Joseph Shafan
____________________________________________________________ ________________
56
As Duas Cadelas........................................................19
O Homem e a Cobra..................................................20
O Asno e o Leão........................................................21
O Rato da Cidade e o Rato do Campo.......................22
A Águia e a Raposa...................................................23
O Galo e a Raposa.....................................................24
O Bezerro e o Lavrador.............................................25
O Lobo e o Cão.........................................................26
As Mãos, os Pés, o Estômago e o Corpo...................27
A Águia e o Grou.......................................................28
A Raposa e o Corvo...................................................29
O Leão e Outros Animais..........................................30
O Parto da Montanha.................................................31
O Galgo Velho e seu Dono.......................................32
As Lebres e as Rãs.....................................................33
- As Fábulas de Esopo -
____________________________________________________________ ________________
57
O Lobo e o Cabrito....................................................34
O Cervo, o Lobo e a Ovelha......................................35
A Gralha e os Pavões.................................................36
A e o Touro...........................................................37
O Cavalo e o Leão.....................................................38
O Cavalo e o Asno.....................................................39
As Árvores e o Machado...........................................40
O Rato e a Doninha....................................................41
A Raposa e as Uvas...................................................42
O Asno e a Cachorrinha.............................................43
O Leão e o Rato.........................................................44
A Porca e a Loba........................................................45
O Velho e a Mosca.....................................................46
O Pinheiro e o Coqueiro............................................47
Joseph Shafan
____________________________________________________________ ________________
58
A Formiga e a Cigarra...............................................48
O Cervo e o Leão.......................................................49
Os Carneiros e o ougueiro.....................................50
O Lobo e o Asno Doente...........................................51
A Raposa e o Leão.....................................................52
O Carneiro Grande e os Carneiros Jovens.................53
O Leão e o Homem....................................................54
_____________________________________________
As Fábulas de Esopo
Copyright © 2008 A.José C.Coelho
Adaptação: Joseph Shafan
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Baseado na edição em língua portuguesa:
"Fabulas de Esopo - com applicações moraes a cada
fabula" - 1848 - Paris, Typographia de Pillet Fils
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