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FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO PAULISTA
CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE COMUNICAÇÃO DE DADOS E CONVERGÊNCIA
TECNOLÓGICA
Usando DWDM em redes Wan’s e Lan’s
Arlindo Batista Xavier Filho
São Paulo
2004
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FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO PAULISTA
CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO
CURSO DE COMUNICAÇÃO DE DADOS E CONVERGÊNCIA
TECNOLÓGICA
Usando DWDM em redes Wan’s e Lan’s.
Arlindo Batista Xavier Filho
Orientador: Professor Anselmo Luiz de Carvalho.
São Paulo
2004
Trabalho apresentado ao
Departamento de Pós-
Graduação da
Faculdade de Informática e Administração
Paulista para obtenção do título de
Especialista em Comunicação de
Dados”.
4
Orientador:
Professor: Anselmo Luiz de Carvalho
Banca:
São Paulo,
2004
5
“O temor do Senhor é o
princípio do conhecimento...”
Provérbios 1:7.
6
Dedicatória
Dedico esta obra aos meus familiares.
7
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus que nos deu força a chegar até o
fim deste curso de Pós-
Graduação. Agradeço à Faculdade de
Informática e Administração Paulista por acreditar em nossa força e
nos
ter dado a oportunidade de sermos seu aluno. Agradeço ao Coordenador
do Curso Sr. Professor Carlos Alberto Crepaldi. Agradeço ao meu
coordenador Sr Professor Anselmo Luiz de Carvalho pela dedicação
apresentada. Agradeço aos meus pais Arlindo Batista Xa
vier e Maria
Bezerra Xavier pela educação a mim concedida. Agradeço a minha irmã
Severina Cristina Batista Xavier, pela ajuda, compreensão e estímulo.
Agradeço aos meus amigos pelo apoio. Agradeço ao senhor Eduardo
Barrios pela facilitação de horários para
freqüentar o curso. Agradeço
aos meus colegas Yran Pascoal Eloi dos Santos e Cláudio Barbosa de
Herrera pela ajuda desprendida nesse último ano. Agradeço a todos que
contribuíram direta ou indiretamente para a realização desta obra.
8
SUMÁRIO
SUMÁRIO DE FIGURAS
SUMÁRIO DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS, ABREVIATURAS E CONVENÇÕES
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................17
2 CONHECENDO AS FIBRAS ÓPTICAS......................................................18
2.1 Introdução as Fibras Ópticas.................................................................18
2.2 O que é a Fibra Óptica?.........................................................................18
2.3 Partes de uma Fibra Óptica...................................................................19
2.4 Como a luz é guiada?.............................................................................21
2.5 Modos de uma Fibra Óptica ..................................................................23
2.6 Fibras tipo Multímodo .............................................................................24
2.7 Fibras tipo Monomodo............................................................................26
3 FIBRA ÓPTICA................................................................................................28
3.1 Funcionamento da Fibra Ótica..............................................................28
3.2 Fontes luminosas.....................................................................................28
3.2.1 Diodos emissores de luz................................................................29
3.2.2 Diodos laser de injeção..................................................................30
3.3 Detectores de luz.....................................................................................31
4 REDES DE COMPUTADORES....................................................................33
4.1 Conhecendo as Redes...........................................................................33
4.2 Redes Locais (LANs)..............................................................................34
9
4.3 Tipos de redes locais..............................................................................35
4.3.1 Ethernet.............................................................................................35
4.3.2 Fast-Ethernet....................................................................................36
4.3.3 Token-Ring .......................................................................................37
4.3.4 FDDI...................................................................................................38
4.4 Arquitetura de redes locais....................................................................40
4.4.1 Hubs...................................................................................................41
4.4.2 Patch-Panels ....................................................................................41
4.4.3 Repetidores......................................................................................42
4.4.4 Bridges..............................................................................................42
4.4.5 Roteadores.......................................................................................44
4.4.6 Gateways ..........................................................................................45
4.4.7 Switches............................................................................................46
4.5 Redes Metropolitanas (MANs) ..............................................................47
4.6 Redes de Longa distância (WANs)......................................................48
5 MULTIPLEXAÇÃO..........................................................................................50
5.1 Compartilhamento de um canal............................................................50
5.2 Multiplexação por divisão de freqüência FDM................................50
5.3 Multiplexação por divisão de tempo TDM........................................52
5.4 Multiplexação estatística por divisão de tempo - STDM...................54
5.5 Multiplexação do comprimento de onda WDM...................................56
6 DWDM...............................................................................................................58
6.1 O sistema DWDM....................................................................................58
6.2 DWDM, chave tecnológica para integração das redes de dados, voz
e imagem de altíssima capacidade..................................................................61
10
7 APLICAÇÕES..................................................................................................65
7.1 Aplicando DWDM em Redes Metropolitanas (WANS)......................65
7.1.1 Topologias de redes........................................................................66
7.2 Aplicando DWDM em Redes Locais (LANS)......................................69
8 CONCLUSÃO...................................................................................................71
9 GLOSSÁRIO ....................................................................................................73
10 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................76
10.1 Livros.........................................................................................................76
10.2 Publicações..............................................................................................77
10.3 Sites...........................................................................................................78
11
SUMÁRIO DE TABELAS
Tabela 1 - Lei de Snell............................................................................................21
Tabela 2 - Formato do frame do Token que trafega na rede o qual dá a
permissão para a transmissão......................................................................37
Tabela 3 - Formato do bloco de dados Token-Ring - 802.5.............................38
Tabela 4 - Formato do bloco do Token................................................................40
Tabela 5 - Formato do bloco de dados do FDDI................................................40
Tabela 6 - Construção de quadro - Operação do STDM..................................56
12
SUMÁRIO DE FIGURAS
Figura 1 - Fibra Óptica - O Núcleo........................................................................19
Figura 2 - Fibra Óptica - Camada Protetora (casca) .........................................20
Figura 3 - Fibra Óptica - Capa protetora..............................................................20
Figura 4 - Fibra Óptica - Funcionamento.............................................................20
Figura 5 - Fibra Óptica - Perfis gradual e degrau...............................................22
Figura 6 - Padrões de Modos guiados em Fibras Ópticas...............................24
Figura 7 - Fibra Óptica Modos guiados e dispersão modal..........................26
Figura 8 - Fibra Óptica Monomodo Guia Monomodo.....................................27
Figura 9 - Fibra Óptica Monomodo - Dispersão Cromática..............................27
Figura 10 - Seção transversal de um LED..........................................................30
Figura 11 - Seção transversal de um diodo laser de injeção...........................31
Figura 12 - Uma MAN.............................................................................................48
Figura 13 - Uma WAN.............................................................................................49
Figura 14 - Multiplexação por divisão de freqüência.........................................51
Figura 15 - Solenóide de um canal analógico ....................................................53
Figura 16 - Digitalização do canal analógico......................................................53
Figura 17 - Multiplexação por divisão do tempo - TDM....................................54
Figura 18 - Quadro de dados do sistema STDM................................................55
Figura 19 - O Sinal DWDM....................................................................................59
Figura 20 Sistemas TDM x Sistemas DWDM..................................................63
Figura 21 - Topologia ponto-a-ponto....................................................................66
Figura 22 - Topologia Anel.....................................................................................67
Figura 23 - Topologia Mista ...................................................................................68
13
Figura 24 - Exemplo de aplicação e topologias DWDM....................................69
Figura 25 - Futuro das conexões ópticas "Caso TV a Cabo"...........................72
14
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ATM: Asynchronous Transfer Mode
BPS: Taxa de transmissão de bits por unidade de tempo segundo. Bits por
segundo.
DWDM: Dense Wavelength Division Multiplexing
IP: Internet Protocol
ITU: International Telecommunications Union
LANs: Local Area Network
LP: Linearmente Polarizados.
Mbits/s: Taxa de transmissão de bits por unidade de tempo, ou seja, Mega
bits por segundo.
Mbps: O mesmo que Mbits/s.
MPs: Módulos Processadores.
OA: Optical Amplifier
OADM: Optical Add/Drop Multiplexor
RIT: Reflexão Interna Total.
SDH: Synchronous Digital Hierarchy
SONET: Synchronous Optical Network
Tbps: Taxa de transmissão de bits por unidade de tempo, ou seja, Tera bits
por Segundo.
TDM: Time Division Multiplexing
WDM: Wavelength Division Multiplexing
15
RESUMO
Este trabalho traz os conceitos utilizados em Fibras Ópticas,
descrevendo sua funcionalidade, seus diversos tipos, suas partes,
mostrando com simplicidade como funciona uma fibra óptica.
Temos como objetivo fomentar a curiosidade de novos pesquisadores
para uma tecnologia que vem crescendo e será padrão para redes de
comunicação baseadas em fibras ópticas o DWDM.
Utilizamos o método de pesquisa bibliográfica para servir de base à
obra a fim de auxiliar na fixação dos conceitos.
Também descrevemos os diversos tipos de redes existentes,
preparando o leitor para entender os conceitos da convergência de padrões
ópticos e mostrar de maneira prática, como o sistema DWDM trará soluções
de largura de banda para as atuais redes metropolitanas.
Estamos vivendo uma revolução tecnológica no campo das
telecomunicações, a cada dia novas tecnologias são criadas e melhoradas,
cada vez mais as empresas necessitam de novas aplicações e utilizam mais
e mais largura de banda. É nesse cenário que tecnologias como o DWDM
vem mostrar sua funcionalidade e cada vez mais se consolidar como
tecnologia padrão das futuras redes ópticas.
16
ABSTRACT
This paper brings the concepts used in fiber optical, describing your
functionality, your diverse types, and your parts, showing with simplicity as an
fiber optic works.
We have as objective foments the new researchers' curiosity for a
technology that is growing and it will be standard for communication nets
based on fibers optics DWDM.
We used the method of bibliographical research to serve from base to
the work in order to assistant in the fixation of the concepts.
We also described the several types of existent nets, preparing the
reader to understand the concepts of the convergence of optical patterns and
to show in a practical way, as the system DWDM will bring solutions of
bandwidth for the current metropolitan nets.
We are living a technological revolution in the field of the
telecommunications, every day new technologies are created and gotten
better, more and more the companies need new applications and they use
bandwidth more and more. It is in that scenery that technologies as DWDM
comes to show your functionality and more and more consolidate as pattern
technology of the future opticals nets.
17
1 INTRODUÇÃO
Durante as últimas décadas, tivemos o desenvolvimento das
tecnologias voltadas à infra-estrutura óptica. A alta demanda pelos serviços
de telecomunicações fez com que essa tecnologia fosse absorvida
rapidamente. As empresas de telecomunicações preocupadas com a
interligação das redes de médio e longo alcance colocaram a fibra óptica no
meio dos oceanos e cruzando a maior parte dos continentes. Hoje essas
redes são usadas para a transmissão de grandes quantidades de dados e
também usadas para oferecer uma plataforma tal que seja confiável e
segurança.
Muitas dessas redes trabalham em seu limite, pois a demanda por
largura de banda e novas aplicações tem aumentado muito nos últimos
anos.
É nesse cenário que o DWDM vem trazer soluções e despontar como
tendência de padrão para as futuras redes com tecnologia óptica.
18
2 CONHECENDO AS FIBRAS ÓPTICAS
2.1 Introdução as Fibras Ópticas
Desde a antiguidade o homem vem se valendo da ótica para
transmitir informações de um lugar a outro distante. Utilizava as fontes
luminosas existentes para esse fim. O sol foi o primeiro sistema de
comunicação óptica conhecida.
Desde então tivemos uma grande evolução, passando dos sinais de
fumaça e chegando ao laser.
A comunicação se desenvolveu, os meios de transmissão foram
criados e uma crescente demanda por informação, através da transmissão
de dados, tais como: e-mail, vídeo de alta resolução, multimídia e voz. Fez-
se necessário o desenvolvimento do meio ótico conhecido (Fibra Óptica),
criando-se novos padrões.
2.2 O que é a Fibra Óptica?
A Fibra Óptica
1
é um fio cilíndrico de vidro (sílica) ou plástico,
transparente para a faixa do espectro da luz visível e infravermelho próximo
e flexível, com dimensões microscópicas, comparadas às de um fio de
1
FIBRA ÓPTICA é o fio fabricado de material dielétrico, revestido por outro material
dielétrico.
19
cabelo humano, misturados a outras substâncias com o objetivo de criar dois
cilindros concêntricos, sendo o cilindro interior denominado núcleo e o
exterior casca. Pode-se ter ainda um acabamento, geralmente de material
resistente a atrito e tração chamado de capa protetora.
2.3 Partes de uma Fibra Óptica
Em telecomunicações, a seção transversal da fibra é circular, porém
para outras aplicações esta pode ser, por exemplo, elíptica.
Na estrutura da Fibra Óptica, temos o núcleo (Figura 1), podendo ser
formado por várias fibras, a casca (Figura 2) e a capa protetora (Figura 3).
Figura 1 - Fibra Óptica - O Núcleo
20
Figura 2 - Fibra Óptica - Camada Protetora (casca)
Figura 3 - Fibra Óptica - Capa protetora
A composição da casca da Fibra Óptica é de material com índice de
refração
2
ligeiramente inferior ao do núcleo, o qual oferece condições de
propagação da energia luminosa
3
através do núcleo da Fibra Óptica, criando
assim, um guia de onda luminoso. Seu mecanismo consiste, em termos de
ótica geométrica, no processo de reflexão interna total
4
, ocorrendo quando o
feixe de luz emerge de um meio denso (núcleo) para um menos denso
(casca). A figura 4 mostra o caminho percorrido pelo feixe de luz.
Figura 4 - Fibra Óptica - Funcionamento
2
REFRAÇÃO é a mudança de velocidade o qual provoca um desvio na luz quando se troca
do meio ar para o meio vidro.
3
ENERGIA LUMINOSA ou simplesmente luz.
4
REFLEXÃO INTERNA TOTAL pelo Matemático Pierre Simon de Fermat, nascido em 1601
França descreveu as leis de Reflexão e Refração.
21
2.4 Como a luz é guiada?
O mecanismo que guia as ondas de luz dentro da Fibra Óptica é
baseado na Reflexão Interna Total (RIT) das ondas, através do ajuste do
índice de refração entre o núcleo e a casca, segundo a lei de Snell
5
.
Segundo a Lei de Snell temos:
Tabela 1 - Lei de Snell
Vemos que:
n
0
é o índice de refração do núcleo;
n
1
é o índice de refração da casca;
? é o ângulo entre o raio incidente;
? é o ângulo de refração;
A fibra Óptica é projetada para que o ângulo de incidência dos raios
de luz seja maior que o crítico, permitindo então a ocorrência da reflexão
total.
A diferença do índice de refração do núcleo em relação à casca é
representada pelo perfil de índices de refração da Fibra Óptica. Essa
5
SNELL Físico Willebröd Snell nasceu em Leiden na Holanda em 1581, descobriu a lei da
refração, porém não a publicou.
n
0
sen
? = n
1
sen ?’
22
diferença é obtida utilizando-se materiais dielétricos distintos ou através da
adição de materiais semicondutores ao material dielétrico. Podemos obter os
índices de refração de modo degrau ou gradual.
Sendo assim é originados diferentes formatos de perfil de índices
conforme vemos na figura 5.
Figura 5 - Fibra Óptica - Perfis gradual e degrau
Os diferentes tipos de fibras óticas se dão, pelas diferentes
alternativas quanto ao material e ao perfil de índices de refração.
A capacidade de transmissão expressa em banda passante, depende
da geometria e do perfil de índices de refração da Fibra Óptica. Já o tipo de
material usado determina às freqüências (comprimento de onda) óticas
suportadas e níveis de atenuação correspondentes.
As fibras óticas são divididas em: Fibras monomodo e Fibras
multimodo.
23
2.5 Modos de uma Fibra Óptica
A luz é um campo eletromagnético cuja distribuição espacial recebe o
nome de modo. Dentro da Fibra, os raios de luz em conjunto que sofrem
interferência construtiva constituem-se em modos do campo
eletromagnético, são então configurações geométricas possíveis dos vetores
do campo elétrico e campos magnéticos, distribuídos transversalmente à
direção de propagação do vetor de onda.
Cada um dos modos guiados pela Fibra Ótica, além de ser diferentes
dos demais pela sua característica de distribuição espacial, viaja a uma
velocidade diferente dentro da Fibra. Este fato é responsável por um
fenômeno chamado de Dispersão Intermodal que, em conjunto com o fato
das de que cores diferentes também viajam a velocidades diferentes,
ocasiona o alargamento temporal dos pulsos de luz propagados pela Fibra.
Para entendermos melhor, vemos na figura 6, a qual mostra quatro
modos guiados por uma Fibra com perfil de índice de refração tipo degrau.
24
Figura 6 - Padrões de Modos guiados em Fibras Ópticas
Conseguimos essas imagens, projetando a luz de saída de uma Fibra
Óptica em um anteparo.
2.6 Fibras tipo Multímodo
Foram utilizadas largamente pelas operadoras de telecomunicações
até o final da década de 1980, sendo depois substituídas pela fibra
monomodo. Elas podem ser gradual ou degrau. A Fibra gradual foi a
utilizada em telecomunicações.
Para as aplicações em Lans
6
, foram utilizadas pela grande maioria
das empresas, pois o seu custo é mais acessível, visto que o seu núcleo tem
o diâmetro maior, não sendo necessários transmissores e receptores caros,
6
LANS Redes Locais de computadores, onde podem estar interligadas a outras redes e
que podem conter diversos periféricos e serviços.
25
e sua manutenção fica mais barato, pois os equipamentos envolvidos não
requerem uma tecnologia muito cara, visto que os transmissores e os
receptores são maiores e mais baratos.
Para a fibra com índice degrau, os modos que se propagam fora do
eixo longitudinal da fibra têm que percorrer um caminho maior, portanto
chegam atrasados, causando uma dispersão modal e provocando com isso
uma interferência intersimbólica
7
, gerando erro de bit na transmissão, pois o
receptor não consegue identificar o bit, ou pode identificar de maneira
inversa.
Para compensar este efeito, a fibra com índice gradual possui um
índice de refração que vai variar com a distancia do eixo longitudinal, ou
seja, o eixo de refração vai aumentando da extremidade para o centro da
fibra.
Então, como a velocidade da luz em um meio qualquer varia de
acordo com o índice de refração, a velocidade de propagação da luz será
menor quanto mais próxima do eixo longitudinal.
Sendo assim, quando a luz se distancia do centro sua velocidade
aumenta. Isto faz com que o modo que caminha pelo centro, a pesar de ter
um caminho menor a percorrer, chegue junto com os modos laterais,
7
INTERFERÊNCIA INTERSIMBÓLICA É a interferência provocada pela confusão para se
identificar um símbolo em nosso caso o bit. Quando as zonas de bit positivo e negativo
estão muito próximas, pode-se confundir um bit positivo com o negativo, temos então a
interferência intersimbólica.
26
evitando desta forma que ocorra dispersão modal. Vemos na Figura 7 como
isso ocorre.
Figura 7 - Fibra Óptica Modos guiados e dispersão modal
Vimos os modos (1, 2 e 3) que estão sempre alinhados. Essa
compensação somente traz resultados práticos a velocidades acima de 34
Mbits/s. Temos que utilizar as fibras monomodo para velocidades
superiores, porém hoje estão sendo empregadas para aplicações Gigabit
Ethernet.
Uma outra característica desta fibra é a dispersão cromática, e como
ela é muito menor que a dispersão modal e não é relevante nesta fibra com
o uso de laser.
2.7 Fibras tipo Monomodo
8
São as utilizadas atualmente para telecomunicações. Possuem um
núcleo de 6 a 7 vezes menor que a Fibra Multimodo, sendo que apenas um
modo se propaga em seu núcleo. Os modos laterais desaparecem logo no
início da fibra. A Figura 8 ilustra o que foi dito acima.
8
FIBRAS MONOMODO - são fibras que só suportam um único raio luminoso em seu
interior por vez.
27
Figura 8 - Fibra Óptica Monomodo Guia Monomodo
Então nessa fibra não temos dispersão modal, porém temos a
dispersão cromática.
Um laser emite vários cromas (cores) e cada cor se propaga com uma
velocidade diferente na fibra. Isso faz com que ocorra a dispersão cromática,
gerando interferência intersimbólica e conseqüentemente taxa de erro de bit.
A Figura 9 exemplifica o que foi dito acima.
Figura 9 - Fibra Óptica Monomodo - Dispersão Cromática
28
3 FIBRA ÓPTICA
3.1 Funcionamento da Fibra Ótica
Como vimos no capítulo anterior, as fibras ópticas funcionam através
da energia luminosa, podendo esta ser visível ou não.
O Transmissor é o equipamento que irá transformar a energia elétrica
em energia óptica ou luminosa. Essa entrará em uma das extremidades da
Fibra óptica e ao chegar do outro lado, um receptor irá fazer a conversão
contrária.
O Transmissor mais usado é o Led
9
que irá enviar os sinais luminosos
pelo núcleo da Fibra óptica. Quando o sinal chega na ponta receptora da
transmissão, ele é reconstruído na sua forma original com um foto-diodo.
Caso a distância entre o receptor e o emissor seja muito grande, é
utilizado um dispositivo chamado de repetidor de fibra óptica, o qual pode
ser colocado em posições estratégicas para amplificar o sinal de forma que
ele alcance seu destino com força total.
3.2 Fontes luminosas
9
LED Diodo emissor de luz, que transforma pulsos de energia elétrica em energia óptica.
É parte do Codec/Decodec ou codificador/decodificador de sinais ópticos.
29
As fontes luminosas para sistemas de fibras ópticas devem converter
a energia elétrica dos circuitos do terminal que as alimentam em energia
óptica (fótons) de modo que permita o acoplamento efetivo da luz à fibra
óptica.
As duas fontes que são fabricados atualmente são o diodo emissor de
luz de superfície (LED) e o diodo laser de injeção (ILD).
3.2.1 Diodos emissores de luz
Na Figura 10, vemos que o LED emite luz sobre um espectro
relativamente amplo, porém dispersa a luz emitida sobre um ângulo bastante
grande. Com isso o LED acopla uma potência muito menor a uma Fibra com
um determinado ângulo de aceitação que o ILD. As principais vantagens dos
LEDs são o baixo custo e a confiabilidade elevada.
30
Contato de metal
Índio gálio arsênio fósforo
(InGaAsP)
Índio fósforo (InP)
Revestimento anti-
reflexivo de dióxido de
silício (SiO2)
Fibra óptica com lente
SiO2
A luz é emitida sobre um
espectro amplo e em
angulo grande
Contato de metal
Figura 10 - Seção transversal de um LED
3.2.2 Diodos laser de injeção
Vemos na Figura 11 uma seção transversal de um ILD. Ele tem o
espectro de emissão mais estreito, por é m sua capacidade de acoplar saída
à guia de luz da fibra é mais eficiente. Os ILDs são muito mais caros que os
LEDs e sua vida útil é pelo menos dez vezes menor que as dos LEDs.
Uma outra característica, nesse caso desvantagem, é que eles devem
ser fornecidos com circuitos automáticos de controle de nível, pois a
potência de saída do laser tem de ser controlada, sem contar que o
dispositivo deve ser protegido de transientes da fonte de alimentação.
31
Contato
Óxido
Camada de
emissão de luz
Espectro de emissão
estreito
Contato
Figura 11 - Seção transversal de um diodo laser de injeção
3.3 Detectores de luz
No lado da recepção do sinal óptico, o receptor deve ser
extremamente sensível, com um baixo nível de ruído. Existem dois tipos de
dispositivos com essas características além de também detectar o feixe de
luz, amplificá-lo e convertê-lo novamente em um sinal elétrico: o conjunto de
transistor de efeito de campo
10
p-i-n integrado e o fotodiodo de avalanche
11
.
No caso dos FET p-i-n, um fotodiodo é acoplado com um amplificador de
alta impedância. Esse dispositivo tem com diferencial o baixo consumo com
baixa sensibilidade à temperatura de operação, confiabilidade elevadíssima
e facilidade de fabricação.
10
TRANSISTOR DE EFEITO DE CAMPO FET Field-effect transitor.
11
FOTODIODO DE AVALANCHE APD Avalanche Fotodiode.
32
Já no caso dos fotodiodos de avalanche, temos um ganho superior a
100 vezes, porém ele produz ruídos que podem limitar a sensibilidade do
receptor. Os dispositivos APDs exigem tensões elevadas que variam com a
temperatura. Eles são muito sensíveis, porém o seu custo é alto.
33
4 REDES DE COMPUTADORES
4.1 Conhecendo as Redes
Uma rede de computadores é uma rede para comunicação de
informações, formada por um conjunto de módulos processadores (MPs)
12
,
capazes de trocar informações e compartilhar recursos, interligados por um
sistema de comunicação, independentemente do meio de interconexão
destes meios.
O sistema de comunicação se fez necessário pela necessidade de se
ter informações únicas e centralizadas, pela necessidade de se compartilhar
recursos e informações. Ele vai se constituir por um arranjo topológico
interligando os vários MPs através de enlaces físicos
13
e de um conjunto de
regras definidas com o intuito de organizar a comunicação
14
. As redes de
computadores confinadas ou não que distam de poucos metros dos MPs até
a alguns poucos quilômetros são chamadas de redes locais (LANs).
A seguir, vamos ver as seguintes denominações para redes LANs,
MANs e WANs.
12
MPs - Módulos Processadores ou qualquer equipamento capaz de se comunicar através
da rede por troca de mensagens. Temos como exemplo o microcomputador, uma máquina
copiadora, um fax modem, um computador de grande porte, um PDA, mesmo um celular,
uma geladeira ou até mesmo uma máquina de café.
13
ENLACES FÍSICOS ou os meios de transmissão.
14
CONJUNTO DE REGRAS ou protocolos.
34
4.2 Redes Locais (LANs)
As redes locais surgiram dentro das ambientes de institutos de
pesquisas e universidades. Surgiram da necessidade de interligar
microcomputadores, impressoras, terminais e servidores que se proliferavam
a fim de se ter unicidade nos dados e compartilhamento dos recursos.
Seu objetivo era o de poder compartilhar equipamentos e arquivos de dados,
pois para cada estação de trabalho, precisava-se de uma impressora, um
conjunto de software aplicativo, uma base de dados e outros recursos
somente para o seu uso.
Foi iniciado na década de 1970, pelas mudanças no enfoque dos
sistemas de computação que levaram em direção à distribuição do poder
computacional.
Podemos caracterizar as redes locais como sendo redes que
permitem a interconexão dos equipamentos de comunicação de dados numa
determinada região. Essa região hoje vai de poucos metros à 25 000 metros,
isso porque as limitações impostas a essas distâncias são superadas pelas
técnicas utilizadas em redes locais.
Algumas características
15
das LANs:
Altas taxas de transmissão 1000 Mbps;
15
NOTA: Essas características dizem respeito à tecnologia atual empregada e dentre pouco
tempo poderão não mais ter os mesmos valores associados.
35
Baixas taxas de erro (de 10
-8
a 10
-11
);
Essas redes são de propriedade privada.
4.3 Tipos de redes locais
4.3.1 Ethernet
A rede tipo Ethernet é normalizada pelo IEEE
16
como padrão IEEE
802.3 onde são definidas a sinalização elétrica e a forma de acesso ao
meio
17
.
Este padrão utiliza o protocolo de acesso ao meio CSMA/CD, o qual
opera a uma velocidade de 10 Mbps e com o controle de erros tipo CRC no
bloco transmitido, esse bloco pode variar de 64bytes a 1518bytes.
O funcionamento deste protocolo é bem simples, as estações que
desejam transmitir esperam até que o meio esteja livre, ou seja, elas
verificam se o meio está disponível para envio dos pacotes. Quando este
está livre, envia os pacotes ao meio e durante este tempo de envio, fica
verificando se houve colisão, caso haja a estação aborta imediatamente o
envio dos pacotes e espera por um tempo para tentar transmitir novamente.
16
IEEE Institute of Electrical and Eletronic Engineers.
17
MEIO Entende-se por meio o barramento ou qualquer outro meio físico de interconexão
inclusive o meio wireless.
36
Caso várias estações tentem transmitir ao mesmo tempo, uma colisão
irá ocorrer, e então teremos duas técnicas de retransmissão, vejamos:
Espera Aleatória Exponencial Truncada: A estação, ao detectar
uma colisão, espera por um tempo aleatório que vai de zero a um
limite superior, de forma a minimizar a probabilidade de colisões
repetidas. Essa técnica tem por objetivo controlar o canal e mantê-lo
estável mesmo com tráfego alto, o limite superior é dobrado a cada
colisão sucessiva.
Retransmissão Ordenada: Após a detecção da colisão as estações
só podem iniciar a transmissão em intervalos de tempo a elas pré-
alocados. Ao término do envio das mensagens colididas, a estação
alocada ao primeiro intervalo tem o direito de transmitir, sem a
probabilidade de colisão. Caso ela não transmita a segunda estação
alocada tem o direito de transmitir e assim sucessivamente.
4.3.2 Fast-Ethernet
A rede tipo Fast-Ethernet é normalizada pelo IEEE como padrão IEEE
802.3u, também é conhecida como 100baseT (100 indica a velocidade em
Mbps, ou seja, 100Mbps e T indica que o meio utilizado é o par trançado).
Essa tecnologia utiliza o mesmo protocolo de acesso ao meio das
redes Ethernet de 10Mbps e o mesmo cabeamento, porém operando a uma
velocidade de 100Mbps.
37
4.3.3 Token-Ring
A rede tipo Token-Ring é normalizada pelo IEEE como padrão 802.5.
As redes Token-Ring usam como meio de transmissão um barramento em
forma de anel. Todo o controle dos dados transmitidos são feitos por um
protocolo Token-passing.
O protocolo Token-passing funciona da seguinte forma: O Token é
passado consecutivamente às estações liberando a permissão de
transmissão dos pacotes no barramento.
Somente quem está com o Token
18
pode usar o barramento para
transmitir dados. Esse tipo de acesso é chamado de determinístico, pois não
existe a possibilidade de colisão dos dados, pois somente uma estação pode
transmitir por vez.
Esse Token de transmissão é gerada pela estação transmissora após
o término do envio do bloco de informações, e ele é encaminhado para a
estação seguinte. Vemos na Tabela 2, o formato do quadro de dados do
Token.
Cabeçalho de início Controle de acesso Delimitador final
1 byte 1 byte 1 byte
Tabela 2 - Formato do frame do Token que trafega na rede o qual dá a permissão para
a transmissão.
18
TOKEN entenda-se por token o bastão ou a permissão de transmissão ao meio.
38
Descrevemos agora o formato do Frame de dados das redes Token-
Ring IEEE 802.5.
Delimitador
inicial
Controle
De
acesso
Controle
De
quadro
Endereço
De
destino
Endereço
De
origem
Dados FSC
(CRC)
Delimitador
Final
Status
1 byte 1 byte 1 byte 6 byte 6 byte Até
2048
bytes
4 byte 1 byte 1 byte
Tabela 3 - Formato do bloco de dados Token-Ring - 802.5.
4.3.4 FDDI
O FDDI
19
é uma tecnologia de rede local normalizada pela ANSI na
norma ANSI X3T9.5 com topologia de anel duplo, disponibilizando alta
velocidade. Tem a arquitetura em anel e o controle do tráfego dos dados no
barramento é feito pelo protocolo de acesso Token-passing, usando o
modelo determinístico, análogo ao protocolo usado em redes locais Token-
Ring.
Entre suas principais definições estão PMD e PHY (camada física)
assim como MAC (camada de enlace de dados) e SMT. O número máximo
de estações é 500, a extensão máxima alcança até 100 km. Uma distância
máxima de 2 km é possível entre dois componentes adjacentes. Há FDDI-I
(rede para transmissão de dados pura de 100 Mbit/s) e FDDI-II, uma rede de
transmissão de dados e voz com transferência síncrona/assíncrona. FDDI-II
também é conhecida como Controle de Anel Híbrido (Hybrid Ring Control -
HRC).
19
FDDI - Interface de Dados Distribuída por Fibra.
39
A rede é formada por pares de Fibra Ópticas trabalhando a uma
velocidade básica de 100Mbps para a transmissão dos dados, formando
dois anéis de transmissão.
Foi escolhida a Fibra Óptica como meio de transmissão pela alta taxa
de transmissão: 100Mbps, já a escolha da arquitetura em anel se deu pela
facilidade de ligação ponto-a-ponto em Fibra Óptica e pelo excelente
desempenho da passagem do Token.
Uma outra característica dessa rede é sua confiabilidade. As Chaves
de bypass desconectam da rede as estações em falha.
Os anéis funcionam em direção contrária e só um funciona, o outro é
usado como backup.
Sua principal aplicação é na interconexão de componentes de redes
que exigem altas velocidades, como roteadores, switches, bridges,
servidores e mainframes.
Para a velocidade básica de 100Mbps temos alcances de até 2km
utilizando as Fibras Ópticas Multímodo e até 500 estações por segmento de
rede. Usa-se dois pares de Fibra para maior segurança, pois é
proporcionado backup em caso de falhas.
40
As conexões de uma arquitetura de redes FDDI também podem ser
feitas via cabos de cobre. Para este, a conexão recebe o nome de:
CDDI (Copper Distribuited Data Interface) utiliza cabos de cobre não
blindados categoria UTP (Unshielded Twisted Pair);
SDDI (Shielded Twisted Pair) utiliza cabos de cobre blindados.
2 bytes 1byte 1byte 1byte
Prefácio (originador token) Delimitador início Controle Frame Delimitador fim
Tabela 4 - Formato do bloco do Token.
Preâmbulo Delimitador
Inicial
Controle Endereço
Destino
Endereço
Origem
CRC Delimitador
Final
Status
6
bytes
1byte 1byte 6
bytes
6
bytes
Dados
4
bytes
1byte 1byte
Tabela 5 - Formato do bloco de dados do FDDI.
4.4 Arquitetura de redes locais
Como vimos anteriormente, os componentes de uma rede podem
estar numa mesma sala ou espalhados nos diversos setores ou andares de
um prédio ou em diversos prédios. Podem estar a metros ou a quilômetros
de distância um do outro e conectados através de algum meio de
comunicação. Sua distribuição, seu layout, ou seja, seus componentes e a
maneira como estão interconectados são chamados de "Topologia de
Rede".
Vejamos a seguir os diversos equipamentos existentes para montar
as diversas formas de interconexão:
41
4.4.1 Hubs
O Hub é um barramento centralizado, também é conhecido como
Repetidor, pois ele repete e amplifica os sinais recebidos de uma porta para
todas as outras portas, simulando assim um barramento físico
compartilhado.
O Hub permite conectar dois ou mais segmentos Ethernet. Permite
que apenas os utilizadores compartilhem Ethernet. Os pontos de rede
compartilhada recebem uma porcentagem da banda de rede, por isso que
recebe o nome de "Shared Ethernet". Isto é, todos os nós do segmento
Ethernet irão partilhar o mesmo domínio de colisão, ou seja, o mesmo meio.
O domínio de colisão consiste em um ou mais Hubs Ethernet e todos
os nós conectados a eles. Cada aparelho dentro do domínio de colisão
partilha a banda de rede disponível com os outros aparelhos no mesmo
domínio.
4.4.2 Patch-Panels
O Patch Panel é um concentrador de cabos de redes locais onde
todos os cabos são conectados. Ele pode ser conectado diretamente a Hubs
ou a Switches, sendo seu uso indicado como painel de distribuição.
42
A ligação com os demais componentes (Hubs ou Switches) é feita
através de pequenos cabos conectados através de conectores tipo RJ-45.
Também é indicado para locais onde se têm muitos pontos de rede, para
redes pequenas ou domesticas seu uso não é indicado.
4.4.3 Repetidores
São equipamentos utilizados normalmente para a interligação de duas
ou mais redes idênticas. Pode também ser usados como prolongadores da
distância para redes, pois estes regeneram o sinal recebido e o transmite
para a outra porta. Os repetidores atuam no nível físico, recebendo e
transmitindo os pacotes para a outra parte da rede ou para a outra rede.
4.4.4 Bridges
A Bridge é um equipamento utilizado para duas funções básicas:
interligar redes locais próximas podendo isolar o tráfego entre ambas e para
conectar duas redes distantes pela comunicação de um modem, por
exemplo.
43
Como ela trabalha nas camadas 1 e 2 do modelo OSI
20
, ou seja,
nível físico e enlace de dados, possui a capacidade de processar e
reconhecer endereços de estações dos pacotes que estão sendo
transmitidos pela rede local.
A Bridge conecta os dois lados dos segmentos, pois como ela pode
identificar a origem e o destino dos pacotes, pode interconectar as redes. Ela
então impede que pacotes que contenham endereços gerados num mesmo
segmento possam passar para o outro lado. Esse controle é feito por uma
tabela de endereços que fica na Bridge.
A Bridge é um dispositivo que controla os pacotes de dados dentro de
uma sub-rede, na tentativa de reduzir a quantidade de tráfego entre redes.
Uma Bridge é usualmente colocada entre dois grupos separados de
computadores que conversam entre si, mas não entre computadores de
outros grupos.
O trabalho da Bridge é então examinar o destino dos pacotes de
dados, um de cada vez e decidir se deve ou não repassá-los para o outro
lado do segmento da Ethernet. O resultado é uma rede mais rápida com
menos colisões. Esse processo de examinar os pacotes recebe o nome de
filtering” ou seja, a Bridge opera como um filtro de pacotes.
20
OSI O modelo padronizado pela ISO com a definição de 7 camadas para a
comunicação de dados. Sendo elas: Física, Enlace de Dados, Rede, Transporte, Sessão,
Apresentação e Aplicação.
44
4.4.5 Roteadores
Os roteadores são equipamentos usados para interconectar varias
redes externas e internas, podendo estar distantes ou próximas umas das
outras e ainda utilizando protocolos diferentes, usando para isso canais de
comunicação externos de redes WANs, MANs ou mesmo LANs.
Em uma rede local, podemos usar o Roteador conectando a Switches
de backbones Ethernet, a Roteadores de borda Internet (backbones
Internet), a serviços de dados de concessionárias públicas como o Frame-
Relay, o X.25 e outros, a outros Roteadores num campus por meio de
conexões FDDI, a redes SNA, a redes ATM, a redes SDH, a redes MANs, a
redes WANs, e a outras
21
, permitindo que todas essas redes se
comuniquem, mesmo utilizando protocolos diferentes.
Os protocolos mais usados para a comunicação dos Roteadores com
outros Roteadores são: PPP, Frame-Relay e X.25.
Usa-se a conexão dos Roteadores com Hubs ou Switches para dar as
redes locais à comunicação necessária.
As conexões internas das portas dos Roteadores com os Switches ou
Hubs são feitas através de conectores RJ-45 ou através de Fibra Óptica.
21
OUTRAS podendo ser qualquer tipo de rede utilizando diversos protocolos, tanto
públicos como privados.
45
Já para a conexão com os canais externos são usadas portas com
conectores RS-232, V.35, RS-449 ou G.703, isso depende diretamente do
tipo de interface e da velocidade dos canais de comunicação à rede externa.
O Roteador identifica os endereços de destino de cada pacote e
escolhe a melhor rota para a transmissão dos mesmos. Vale ressaltar que
podemos criar caminhos alternativos em uma rede, fazendo uma
triangulação de determinados pontos, tendo como resultado caminhos de
contingência.
Sua principal diferença em relação a Bridges é que os Roteadores
podem acessar o destino por caminhos alternativos, e as Bridges trabalham
ponto-a-ponto, sem caminhos alternativos.
Quando o ambiente é heterogêneo o Roteador faz a conversão dos
protocolos com total transparência para os usuários.
4.4.6 Gateways
Os Gateways são equipamentos que atuam nas camadas 4 a 7,
convertendo os dados de uma aplicação de uma arquitetura para outra
diferente, permitindo assim a comunicação entre elas.
Um exemplo prático é o uso do Gatway para as redes Windows
conversarem com redes Netware.
46
Os Gatways podem ser implementados em estações de trabalho ou
em servidores, usando para tal, software e hardware necessários para a
ligação que queremos.
4.4.7 Switches
Os Switches são equipamentos utilizados para interconectar
segmentos de redes. Funcionam como uma matriz de comutação, criando
conexões entre todos os segmentos de redes locais conectados a ele.
Os Switches se diferenciam dos Hubs pelo fato de estes não
compartilhar o meio, ou seja, os Switches criam caminhos virtuais entre duas
ou mais estações de trabalho. Isso se dá pelo fato de os Switches atuarem
na camada 2 do modelo OSI, usando o endereçamento MAC para formar
tabelas dinâmicas das estações em cada segmento. Isso o torna mais
eficiente na comutação dos pacotes de uma rede para outra.
Os Switches também segmentam o tráfego, quando formam uma
ligação entre duas redes locais, deixando somente os dados endereçados a
outra rede, funcionando analogamente as Bridges, porém trabalhando para
muitas redes entre si.
Os Switches podem operar com dois tipos de pacotes de dados:
pacotes do tipo Frame Ethernet e pacotes tipo células ATM.
47
4.5 Redes Metropolitanas (MANs)
Para definirmos uma rede metropolitana, podemos primeiramente
definir uma rede corporativa que é um conjunto de plataformas de
comunicação interligadas. Partindo deste princípio, podemos então definir a
rede Metropolitana como sendo uma rede de computadores distantes e
intercomunicadas. Uma rede metropolitana pode ser composta por redes
locais, computadores de grande porte
22
, redes de telefonia, equipamentos
multimídia, videoconferência e TV interativa, interligados com
interoperabilidade e total conectividade, compartilhando meios de
transmissão.
Essas redes podem estar em uma cidade, e pode utilizar os seguintes
canais de comunicação: canais de dados alugados e que podem operar por
satélite, fibras ópticas, redes de concessionárias públicas e outros.
O mais comum é encontrarmos canais de conexão de dados urbanos
com velocidades que variam de 9600bps a 155Mbps. Essa velocidade
depende da aplicação e do volume. A figura 12 ilustra uma MAN constituída
na cidade de São Paulo.
22
GRANDE PORTE - Mainframe
48
FILIAL PINHEIROS
FARIA LIMA
FILIAL JABAQUARA
AV JABAQUARA
MAN
SÃO PAULO
ESCRITÓRIO
AV PAULISTA - SP
FILIA IPIRANGA
AV DO ESTADO
Satélite
FILIAL JARDINS
HADDOCK LOBO
Torre de comunicação
París
Parabólica Av Paulista
Frame-Relay
FDDI
Quadrilátero
Paulista/
Faria Lima
ERB
Roteador
Modem
Figura 12 - Uma MAN.
4.6 Redes de Longa distância (WANs)
Podemos definir uma WAN, como sendo redes de computadores
distantes e interconectadas. E essa rede pode ser composta por redes
locais, redes MANs, computadores de grande porte, redes de serviços de
telefonia integrados, equipamentos multimídia, videoconferência e TV
interativa, interligados com interoperabilidade e conectividade
compartilhando o meio, ou os meios de transmissão.
A única diferença de uma rede WAN para uma rede MAN é que as
redes WANs operam em diferentes cidades ou países fisicamente distantes.
Utilizam os mesmos canais de comunicação já citados para as redes MANs.
49
Os canais de comunicação de uma rede WAN operam em
velocidades que podem variar de 9600bps a dezenas de Gigabits por
segundo, dependendo do meio e da tecnologia utilizados
23
. Abaixo Figura 13
demonstra uma WAN.
USUÁRIO
LAN CORPORATIVA
LANs CORPORATIVAS
LANS CORPORATIVAS
WAN
SÃO PAULO
MAN
CURITIBA
MAN
Satélite
PARÍS
MAN
Torre de comunicação
París
Torre de comunicação
São Paulo
Torre de comunicação
Campinas
Parabólica de satélite
São Paulo
Frame-Relay
PROVEDOR DE
SERVIÇOS PRIVADOS
Anel FDDI
NEW YORK
MAN
Parabólica de satélite
NY
Figura 13 - Uma WAN
23
VELOCIDADE DE TRANSMISSÃO Depende dos serviços oferecidos pelas
concessionárias de telecomunicações. É diretamente proporcional ao valor cobrado pelo
serviço, ou seja, quanto maior a banda maior o valor cobrado.
50
5 MULTIPLEXAÇÃO
Atualmente existe a exigência de uso de dois ou mais caminhos de
transmissão que são parcial ou completamente roteados em paralelo,
também vivemos dias em que o custo dos serviços é algo agregado ao
produto e conseqüentemente ao preço final para o usuário ou para a
empresa. A multiplexação fornece a oportunidade para economizar no custo
de transmissão. Ela fornece um mecanismo de compartilhamento do uso de
um canal ou circuito comum por dois ou mais usuários.
A multiplexação é o uso de um canal para transmissão de um ou mais
canais de dados e ou voz simultaneamente.
5.1 Compartilhamento de um canal
Como vimos, podemos utilizar a multiplexação para compartilhamento
de um canal de dados, de voz, ou de imagem para transmissão de muitos
canais de dados, voz, ou de imagens simultaneamente. Esse
compartilhamento pode utilizar um canal de três maneiras: por freqüência,
por tempo ou por fatoração da cor
24
. Vejamos a seguir suas características.
5.2 Multiplexação por divisão de freqüência FDM
24
FATORAÇÃO DA COR São utilizadas em sistemas ópticos como por exemplo o de
multiplexação densa por divisão de onda.
51
A Multiplexação por divisão de freqüência
25
, também conhecida como
modulação, essa técnica é baseada na faixa de freqüência que um sinal
necessita da banda passante do meio físico.
Essa técnica consiste em se fazer um “Shift” ou deslocamento das
freqüências, determinando então as faixas de freqüências; conseguimos
transmitir vários sinais ao mesmo tempo usando o mesmo meio.
Para melhor compreensão, a figura 14 elucida essa técnica.
Canal 1
Canal 2
Freqüência (Khz)
Canal 3
Canal 2
Canal 3
60
64
68 72
Freqüência (Khz)
Larguras de
banda originais
Larguras de banda elevadas
em freqüência
Canal 1
60
64
68 72
Freqüência (Khz)
Canal 3Canal 2Canal 1
Larguras de banda
multiplexadas em um único
canal
Multiplexador
Figura 14 - Multiplexação por divisão de freqüência
As chamadas individuais são alteradas em freqüência e transmitidas
como um grupo.
25
Original FDM ou Frequency Division Multiplexing.
52
Essa técnica foi muito utilizada pelos sistemas de comunicações
analógicos, pois se obtinha um uso muito melhor da largura de banda da
freqüência utilizada.
5.3 Multiplexação por divisão de tempo TDM
A multiplexação por divisão de tempo também é baseada na
freqüência, mas não utilizam formas analógicas da freqüência e sim sinais
digitais. As ondas senoidais
26
são digitalizadas, onde ao invés de fazermos o
“shift”
27
da freqüência para a transmissão, a dividimos em intervalos de
tempo e então a enviamos em um único canal. O processo utilizado pelos
sistemas de telecomunicações para a voz humana divide o canal e faz
amostragem em intervalos regulares de 125µ. São formados 32 “Time Slots
para o envio dos canais. Um slot para cada canal, sendo que se usa
somente 30 canais para a transmissão de voz, os outros 2 canais são
utilizados para sinalização do sistema. Essa subdivisão se repete a cada
intervalo dos 125µ por períodos subseqüentes, pegando o primeiro canal e
colocando-o no primeiro “Time Slot”, e assim sucessivamente para todos os
canais.
A Figura 15 mostra um canal analógico.
26
ONDAS SENOIDAIS É a representação de qualquer tipo de som através da freqüência.
27
SHIFT Pode ser ter como salto ou espaçamento, uma tabulação.
53
Figura 15 - Solenóide de um canal analógico
A Figura 16 mostra a amostragem para digitalização da freqüência
solenoidal, nesse caso, são feitas amostragem da ordem de 8000 por
segundo.
0
10
5 6 8 9 9
0101 0110 1000 10011001
Figura 16 - Digitalização do canal analógico
Nesse exemplo, apenas pegamos os valores 5, 6, 8, 9 e 9 da
amostragem, ou seja, apenas 5 valores do total de 8000 valores disponíveis.
54
Dessa forma são montados os quadros para envio no “Time Slot”. Na
Figura 17, temos o exemplo disso.
Canal 1
Canal 2
Canal 3
Canal 32
...
Multiplexador
TDM
Canal 1
Canal 2
Canal 3
Canal 4
...
Canal 32
Time Slot
32 Canais
Demultiplexador
TDM
Canal 1
Canal 2
Canal 3
Canal 32
...
Figura 17 - Multiplexação por divisão do tempo - TDM
O canal é digitalizado, colocado em “Time Slots”, multiplexado os 32
canais, em seguida é enviado por um único canal, chegando no destino é
demultiplexado, e cada canal recebe seus dados.
5.4 Multiplexação estatística por divisão de tempo - STDM
A multiplexação estatística por divisão do tempo, é semelhante ao
TDM, porém com a implementação de redução do tamanho do quadro
quando não há transmissão.
Utiliza técnicas de mapeamento de bits para formar os quadros,
usando somente as portas ativas para montar o quadro.
55
Para compreendermos melhor o funcionamento dos STDMs,
tomaremos como exemplo oito dispositivos de terminal.
Suponhamos que esses oito dispositivos de terminal estejam
conectados a um multiplexador conforme ilustrado na Figura 18. Nesse
nosso exemplo quando o multiplexador STDM fez a varredura, os terminais
1, 2, 4 e 7 estavam ativos e transmitiram os caracteres A, B, C e D,
respectivamente. O multiplexador define o bitmap
28
para definir a atividade
de cada porta, define o valor “1” para o bit em atividade e “0” para o bit sem
atividade.
Dessa forma são construídos os quadros mostrados na Tabela 6.
Essa tabela nos mostra como o STDM pode reduzir o tamanho dos quadros
transmitidos.
Terminal 1
Terminal 2
Terminal 3
Terminal 8
...
Multiplexador
STDM
Dados Bitmap
Quadro
Figura 18 - Quadro de dados do sistema STDM
28
BITMAP ou mapa de bits
56
Terminal Atividade do terminal Quadro
1 A 01001011 5.4.1.1 Dados de quadro de
bitmap
2 B A
3 Sem atividade B
4 C C
5 Sem atividade D
6 Sem atividade
7 D
8 Sem atividade
Tabela 6 - Construção de quadro - Operação do STDM
Como no bitmap temos o valor 01001011, indica exatamente a
posição da porta ativa, ou seja, 0 = porta 8; 1 = porta 7; 0 = porta 6; 0 = porta
5; 1 = porta 4; 0 = porta 3; 1 = porta 2; 1 = porta 1. Temos então somente
valores válidos, não sendo necessários marcar no quadro os valores nulos.
Dessa forma o STDM pode duplicar e até quadruplicar o número de
origens de dados assíncronos servidas por um TDM convencional. Ele tira
proveito dos períodos de inatividade.
5.5 Multiplexação do comprimento de onda WDM
Utilizando a Fibra Óptica monomodo teremos: baixa dispersão pelo
meio de transmissão, concentração de energia em uma única freqüência
aliada aos diodos laser de injeção que tem um bom acoplamento de energia,
torna possível às características extremas de distância e largura de banda.
57
Através do espectro estreito de emissão dos diodos laser de injeção,
é possível enviar diversos sinais de fontes diferentes pela mesma Fibra
Óptica. Para tanto usamos uma técnica conhecida como Multiplexação do
comprimento de onda. Essa técnica é semelhante a FDM já estudada neste
compêndio, que faz a multiplexação de vários sinais analógicos no domínio
da freqüência.
Como ocorre no FDM, a luz é “separada” em dois ou mais
comprimentos de onda discretos e é acoplada à Fibra Óptica. Cada
comprimento de onda transporta um canal em qualquer taxa de modulação:
usado pelo equipamento de transmissão que dirige a fonte transmissora.
Temos então aumentada a capacidade de transmissão de cada Fibra
Óptica da ordem de duas ou mais vezes.
58
6 DWDM
6.1 O sistema DWDM
O DWDM
29
é uma tecnologia que usa lasers múltiplos para transmitir
muitos comprimentos de onda de luz simultaneamente em cima de uma
única fibra óptica. Nessa técnica, usamos uma modulação diferente para
cada tipo de dados (texto, voz, vídeo, etc.) o qual, viaja dentro de sua própria
faixa de cor sem igual (comprimento de onda). O DWDM habilita a infra-
estrutura de fibra óptica existente das companhias telefônicas e outros
provedores usados, aumentado dramaticamente a capacidade de
transmissão das fibras óticas e diminuindo a implementação de eletrônica no
sistema, aumentando consideravelmente os limites da Fibra Óptica.
Atualmente, já é possível colocarmos cerca de 150 comprimentos de
onda numa mesma fibra, ou seja, teremos 150 canais de dados
30
, cada qual
transmitindo 40Gbps, chegamos então a algo próximo de 6 Tbps por
segundo de transmissão de dados (em uma única Fibra Óptica). Em testes
laboratoriais já foi transmitido 256 canais de 10Gbps, ou seja,
aproximadamente 22 Tbps por segundo de largura de banda.
A Figura 19 mostra como o DWDM é implementado.
29
DWDM é a sigla usada para se referir ao processo de Multiplexação ou Multiplexagem
densa por divisão de comprimento de onda.
30
DADOS entendam: Voz, dados e imagens.
59
Figura 19 - O Sinal DWDM
Para cada valor de Tx transmitido, teremos uma freqüência de onda
diferente
λ
“lâmbda” diferente. Este “lâmbda” terá uma freqüência em cor
que vai desde a luz infravermelha até à ultravioleta. Temos então diferentes
comprimentos de onda de luz, através do mesmo meio óptico, o que
proporciona a transmissão de múltiplos canais. Em outras palavras o DWDM
é uma tecnologia onde os sinais que transportam a informação, são
combinados em um multiplexador óptico e transmitidos em um único par de
fibras. Com isso usamos uma largura de banda mais adequada e temos o
aumento da capacidade de transmissão.
Como vimos, os sinais a serem transmitidos podem possuir diferentes
formatos e taxas de transmissão, podemos usar como exemplo o sistema
SDH a velocidades de 622 Mbps, células ATM transmitindo a 155 Mbps e
outros sistemas, trazendo total transparência ao sistema DWDM.
A grande vantagem dos sistemas DWDM é a capacidade de modular
o aumento da capacidade de transmissão de acordo com a necessidade do
mercado.
60
Características herdadas do WDM:
Atendimento de demanda inesperada: Os sistemas DWDM podem
economizar tempo e investimentos quanto à necessidade de aumento
da demanda inesperada, pois é uma solução modular;
Reuso dos equipamentos terminais e da fibra: Os sistemas DWDM
podem ser implementados em quaisquer sistemas de fibra existentes
aumentando a capacidade de transmissão destes, utilizando-se os
mesmos equipamentos terminais para DWDM e a mesma fibra;
Permite crescimento gradual de capacidade: Podemos
implementar sistemas DWDM, iniciando-se apenas com dois canais
(dois lâmbdas) e ir adicionando mais faixas de freqüência com a
necessidade do mercado;
Transparência multiprotocolar de sinais transmitidos: Podemos
transmitir uma gama de protocolos de transporte de maneira
totalmente transparente sem ficar fazendo a transição ou a conversão
de protocolos. Como não existem sinais elétricos, uma gama muito
grande de sinais e protocolos podem ser multiplexados e transmitidos
para o outro lado do sistema DWDM sem que haja a necessidade de
conversões ópto-elétrica. O DWDM pode transmitir tanto sinais WDM
como sinais PDH, SDH, SONET e ATM de maneira transparente;
Flexibilidade de capacidade: Como usamos a mesma infra-estrutura
dos sistemas WDM, podemos adaptar qualquer protocolo aos
sistemas DWDM e assim preservar os investimentos feitos.
61
Com o processo de transmissão de diferentes comprimentos de onda
sobre uma fibra usado no DWDM foi um revolucionário desenvolvimento do
WDM. O desenvolvimento de amplificadores ópticos que operam a 1550 nm,
junto com a mais baixa perda daquela janela, proporcionaram o
desenvolvimento do sistema DWDM.
6.2 DWDM, chave tecnológica para integração das redes de
dados, voz e imagem de altíssima capacidade
Já foi demonstrado que o DWDM é a tecnologia que será usada para
interligar MANs e WANs por sua capacidade altíssima de transmissão,
aliada ao baixo custo de operação e manutenção. O DWDM é sem dúvida a
tecnologia de futuro das redes.
Para isso, utiliza componentes chamados OM
31
e OD
32
, cujas funções
são respectivamente, combinar os diferentes comprimentos de onda em um
único caminho e separar os diversos comprimentos de onda.
O DWDM tem a vantagem de não precisar de equipamentos finais
para sua implementação. Usa lasers de DWDM, transponders,
amplificadores, multiplexadores de add/drop
33
e outros filtros entre os
diversos equipamentos de transmissão existentes e sobre as arquiteturas de
31
OM Optical Multiplexer, Multiplexador Óptico.
32
OD Optical Demultiplexer, Demultiplexador Óptico.
33
ADD/DROP Equipamentos usados para montar e desmontar os diversos níveis
hierárquicos de um sistema SDH.
62
rede existentes. O DWDM é baseado no padrão de fibra G.652
34
que é
utilizado na maioria dos backbones de fibra óptica.
O sistema DWDM é composto por transmissores que são os
geradores de sinais, ele é responsável pela transformação dos sinais
elétricos que chegam em pulsos luminosos. Do outro lado da fibra óptica,
temos os receptores (fotodetectores) que transformarão os pulsos ópticos
em sinais elétricos. O transponder transforma os sinais ópticos de volta
como sinais elétricos, redimensiona, “reforma” e retransmite os sinais
transformando-os de volta em sinais ópticos, cada um com comprimento de
onda específico, capaz de passar pelo multiplexador DWDM.
Dispomos de uma abundante malha de fibras instaladas tanto para
longa distância (WANs) como para pequenas distâncias (MANs). Sabendo
disso os atuais provedores de serviços de telecomunicações e os
provedores de dados, Internet e outros que já utilizam a fibra óptica, estão
desenvolvendo novos produtos e serviços que utilizam largura de banda tais
como: TV Digital de alta definição, Internet Banda Larga, Rede Dedicada de
Dados, Replicadores de hosts e servidores, VoIP, Telemedicina,
Teleconferência, Telefonia IP.
As empresas que têm suas filias onde esses provedores têm a fibra
óptica instaladas podem contratar uma rede de dados dedicada onde usa
um Lâmbda do canal onde pode utilizar a largura de dados que necessita e
34
G.652 Fibra tipo monomodo Padrão ITU-T G.652.
63
alocar mais largura de dados de acordo com suas necessidades, pois o
canal DWDM é programável, portável e escalável.
O gerenciamento da rede e do sistema é muito mais simples, pois
dependendo da distância, teremos apenas regeneradores, diferente do
antigo sistema TDM que necessitava de um repetidor a cada 40 km.
A Figura 20 ilustra bem isso.
Figura 20 Sistemas TDM x Sistemas DWDM
Como representado na Figura 20, em uma distância de 360 km
utilizando o sistema TDM, para transmitir 40 Gbps, precisaríamos de 36
repetidores e 4 pares de fibras, já para o sistema DWDM, passamos a
utilizar somente 3 repetidores e somente 1 par de fibra. Para todas as
necessidades de aumento da demanda precisarei investir em infra-estrutura
a fim de passar fisicamente a fibra óptica, Para o sistema DWDM, esse
investimento não existe, pois a infra-estrutura base já foi montada e só
64
habilito a lâmbda correspondente para uso sem perder tempo com infra-
estrutura e outros trâmites.
65
7 APLICAÇÕES
7.1 Aplicando DWDM em Redes Metropolitanas (WANS)
Vimos durante as últimas décadas um esforço mundial das empresas
de telecomunicações que, com a alta demanda para a implantação de redes
de telecomunicações de longo alcance, colocou a fibra ótica em todos os
continentes, cruzando todos os países e passando por dentro de todos os
oceanos. Essas “Redes de Backbones”, por assim dizer, podem transmitir
grande quantidades de dados, oferecendo uma gama muito variada de
plataformas de transmissão padronizadas e de altíssima confiabilidade para
troca de dados em grande escala.
Atualmente a demanda por serviços com maior largura de banda vem
trazendo ao limite a capacidade das atuais redes metropolitanas, nas quais
uma largura de banda adequada a um custo justo não está sendo
amplamente disponível. Tudo isso tem provocado gargalos na largura de
banda e conseqüentemente o estrangulamento do fluxo de informação, onde
ela é necessária para habilitar novas aplicações e serviços a usuários.
Como conseqüências ao usuário, a largura de banda necessitada tem
grande custo e é objeto de problemas para as operadoras, visto porque
como temos uma demanda muito grande para as aplicações que agregam
valor, estas mesmas aplicações necessitam de uma grande variedade de
protocolos, tais como: SDH/SONET, ATM, IP/MPLS, Ethernet.
66
7.1.1 Topologias de redes
a. Ponto-a-ponto
A topologia mais simples de se implementar é a topologia ponto-a-
ponto, onde que a utilização de filtros add/drop é opcional, podemos
transmitir a uma distância de centenas de quilômetros. Essa topologia se
caracteriza pela alta velocidade de transmissão, entre 10 e 40 Gbps, e pela
qualidade do sinal transmitido.
Figura 21 - Topologia ponto-a-ponto
b. Anel
Essa topologia é a mais encontrada em redes metropolitanas, pois
além de ser uma rede rápida e segura, dispõe de backup da rede. A taxa de
transmissão utilizada fica entre 622 Mbps e 10 Gbps.
67
Figura 22 - Topologia Anel
Todo o processo é iniciado, terminado e gerenciado no Hub, além de se
fazer por ele a interconexão com outras redes. Nos OADM
35
, são feitas as
retiradas e inserções de um ou mais comprimentos de onda, o restante dos
comprimentos de onda são enviados sem alterações, tornando o OADM
transparente. Sua desvantagem está no fato de que podemos perder a
qualidade do sinal e com isso temos que inserir um amplificador para
atenuar o sinal.
c. Mista
A tecnologia mista, tende a ser a mais utilizada pelo fato da
mobilidade trazida pelos OADMs à rede em conjunto com o uso de
equipamentos como switches. Assim topologias diferentes poderão ser
conectadas facilmente. A Figura 23 ilustra a topologia mista.
35
OADM Optical Add/Drop Multiplexer, Multiplexador óptico de adição e remoção de
comprimento de onda.
68
Figura 23 - Topologia Mista
A base dessa topologia está puramente no gerenciamento da rede,
pois o aproveitamento da banda disponível requer muita inteligência. A fim
de satisfazer essa necessidade, está sendo desenvolvido um protocolo
baseado no MPLS
36
para dar suporte a rota das redes puramente ópticas.
Para a sinalização e gerenciamento, um comprimento de onda deve
ser reservado. A Figura 24 mostra como será uma rede puramente óptica.
36
MPLS MultiProtocol Label Switching.
69
Figura 24 - Exemplo de aplicação e topologias DWDM
7.2 Aplicando DWDM em Redes Locais (LANS)
O DWDM é a solução para a transmissão de grandes quantidades de
dados. Com o desenvolvimento das tecnologias ópticas, mais a tecnologia
DWDM tende a ganhar espaço não só para o transporte de dados
metropolitanos, ou de grandes distâncias, mas dentro das corporações e
redes locais. O DWDM está se tornando a base de todos os sistemas de
tecnologia óptica para redes. A Figura 24 mostrou um exemplo de tal
tecnologia, onde usamos topologias mistas para dar suporte às aplicações
de usuários comuns em seus acessos residenciais, suporte às redes
corporativas, suporte para interconexão de redes locais, MANs e WANs.
Algumas soluções usando o DWDM e tendo total qualidade de
serviços:
Acesso residencial: Uso de Telefonia IP, VoIP, TV Digital, vídeo
sobre demanda, Internet banda larga e outros;
Acesso corporativo: incluindo corretagem de largura de banda,
Storage Area Networks (SAN), sub-locação, videoconferência, web
hosting, Redes Privadas Virtuais (VPN) ópticas e Voz sobre protocolo
Internet (VoIP);
Todas essas soluções e outras podem fazer parte das soluções de
DWDM para a total interconexão das redes ópticas, tornando-se padrão para
70
tal tecnologia. Novas aplicações serão oferecidas com a oferta de largura de
banda e a redução dos custos como o gerenciamento e administração das
redes ópticas, chegando a ponta principal o cliente final.
Uma empresa de TV a cabo, por exemplo, poderá oferecer
interatividade e diversividade de produtos com um alto valor agregado para o
usuário. Poderá entregar no lugar do cabo coaxial, um cabo categoria 5 com
conectores RJ-45. Um equipamento interno deverá fazer a interface com os
diversos equipamentos eletro-eletrônicos existentes, alimentando inclusive o
telefone que poderá ter vídeo agregado. Teremos então, Internet banda
larga, TV digital de alta resolução, soluções de segurança como
monitoramento em tempo real, e outros.
Todo isso a um baixo custo, pois teremos muita oferta de largura de
banda.
71
8 CONCLUSÃO
As tecnologias ópticas vêm se desenvolvendo a cada dia e já temos
um grande número de backbones ópticos espalhados pelo mundo. É nesse
cenário que o DWDM vem se consolidando cada vez mais como provedor de
soluções para o transporte de dados. Cenário este de revolução onde temos
redes de dados espalhados pelo mundo a fora, vemos uma mudança de
paradigmas onde teremos voz trafegando sobre redes de dados ao invés de
dados trafegando em canais de voz.
Isso é o que o DWDM está proporcionando, uma melhor adequação
dos meios e plataformas, pois ele é portável e multiplataforma, sendo usado
para transportar diversos tipos de sinais e protocolos, fazendo a otimização
do uso da fibra, proporcionando a largura de banda adequada para o tráfego
de grandes quantidades de dados.
Uma aplicação prática que em curto espaço de tempo irá utilizar o
DWDM é a das empresas de “TV a cabo”. O DWDM irá fazer com que a
infra-estrutura instalada para as empresas de “TV a cabo”, a parte de fibras,
forneça novos serviços agregando valor ao produto principal “TV a cabo”.
O DWDM permitirá que as operadoras de “TV a Cabo” apenas
substitua os equipamentos transmissores e receptores (dentro de sua rede),
a fim de ajustar o sistema para o padrão DWDM. Após essa mudança,
teremos também que substituir o cabo que chega na porta do cliente,
72
podendo ser colocado um cabo Categoria 5 com conectores tipo RJ-45 com
taxa de transmissão de 100 Mbps. Essa taxa de transmissão poderá
oferecer ao cliente: Internet Banda Larga, Telefonia IP, Vídeo Conferencia,
TV Digital (HDTV), Vídeo sob Demanda, VoIP, Canal de Voz Digital
(interligado aos sistemas de telefonia convencionais), e outras aplicações
que podem ser desenvolvidas. A Figura 25, ilustra o que teremos no futuro.
Condomínio
Rua A
Cliente
Comercial
Rua A
Cliente Indústria
Rua A
Cliente Residencial
Rua A
Cliente Residencial
Rua A
Rede DWDM
Conversor de sinais
Opto-elétrico
Distribuidor
Rua A
Box Receptor
Nó da rede DWDM Rua A
Box Receptor
Box Receptor
Box Receptor
Box Receptor
Fibra
Óptica
Cabos de par
trançado UTP
CAT 5
Figura 25 - Futuro das conexões ópticas "Caso TV a Cabo"
O uso de planta legada, seus equipamentos de gerenciamento, faz
com que o DWDM, tenha fácil implementação a um baixo custo. A
disponibilidade de largura de banda e novas aplicações fará do DWDM a
tecnologia padrão para todas as redes ópticas de hoje e do futuro.
73
9 GLOSSÁRIO
ATM: Abreviação de Asynchronous Transfer Mode, É a tecnologia baseada
na transmissão de pequenas unidades de informação denominada células
(pacotes de comprimento fixo), que são transmitidas em circuitos virtuais,
onde a rota é estabelecida no momento da conexão.
BACKBONE: Traduzido por “Espinha Dorsal”, é o centro da rede também
chamado de “CORE” da rede.
CRC: Abreviação de Check Redundance Cycle, é um algoritmo que faz a
checagem de determinados pacotes a fim de verificar falhas.
CROMAS: Relativo a cores ou a cor.
CSMA/CD: Abreviação de Carrier Sense Multiple Access with Collision
Detection, protocolo para detecção de erro e compartilhamento do meio de
transmissão.
DIELÉTRICO: É o meio não condutor de corrente elétrica.
DWDM: Abreviação de Dense Wavelength Division Multiplexing,
Multiplexação Densa por Divisão de Onda.
FDDI: Abreviação de Fiber Distributed Data Interface, Interface de Dados
Distribuída por Fibra.
FRAME-RELAY: É um protocolo padronizado para interconexão de redes,
usa chaveamento de pacotes.
GIGABIT ETHERNET: É um padrão de rede óptica que funciona a
velocidade superior ao 1Gb.
ISO: Abreviação de International Standard Organizacional, Organização
Internacional de Padronização.
74
LANS: Abreviação de Local Area Network, Rede Local. Um grupo de
computadores e outros dispositivos distribuídos em uma área relativamente
pequena e conectados por meio de um vínculo de comunicação que
possibilita qualquer dispositivo interagir com outro na rede.
LED: Abreviação de Light Emitting Diode, Diodo Emissor de Luz.
MAC: Abreviação de Medium Access Control, Controle de Acesso Médio.
MANS: Abreviação de Metropolitan Area Network, Rede Metropolitana. Um
grupo de computadores e outros dispositivos distribuídos em uma área
metropolitana e conectados por meio de um vínculo de comunicação que
possibilita qualquer dispositivo interagir com outro na rede.
MPS: Módulos Processadores são equipamentos eletrônicos que se
comunicam e tem pelo menos um chip processador.
OSI: Abreviação de Open System Intercomunication, Sistema Aberto de
Intercomunicação.
PDA: Abreviação de Personal Digital Assistant, Assistente Pessoal Digital é
um dispositivo de fácil mobilidade e geralmente é do tamanho de uma
agenda eletrônica ou menor. A grande vantagem deste dispositivo, além da
portabilidade, é ser um misto de computador com direito à rede, fax e
agenda.
REFRAÇÂO: A modificação da direção de propagação de uma onda que
incide sobre uma interface entre dois meios e prossegue através do segundo
meio.
SDH: Abreviação de Synchronous Digital Hierarchy, Hierarquia Síncrona
Digital. Sistema de transporte que segue uma hierarquia síncrona digital.
75
TIME SLOT: Um time slot é um quadro usado pela multiplexação por divisão
de tempo para sistemas digitais, onde transmitem 32 canais de voz ou dados
simultaneamente.
TRANSIENTES: Transitório, passageiro.
TRANSPONDERS: É um identificador de freqüências.
WANS: Abreviação de Wide Área Network, Rede de longa distância. A
extensão de uma rede de dados que usa vínculos de telecomunicações para
se conectar a áreas separadas geograficamente.
WIRELESS: É o meio de transmissão por radiofreqüência que não utiliza fios
ou outros meio.
X.25: É um protocolo normalizado pelo ITU, usado para a comunicação de
dados, que usa técnicas de comutação de pacotes.
76
10 BIBLIOGRAFIA
10.1 Livros
GIOZZA, Willian Ferreira. CONFORTI, Evandro. WALDMAN, Hélio.
Fibrasóticas: tecnologia e Projeto de Sistemas. São Paulo: Editora
MakronBooks, McGraw-Hill, 1991.
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NETO, Vicente Soares. SILVA, Anderson de Paula. Telecomunicações
Redes de Alta Velocidade Cabeamento estruturado. São Paulo:
Editora Érica, 1999.
NETO, Vicente Soares.Telecomunicações Convergência de Redes e
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77
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Rio de Janeiro: Editora Campus, 1995.
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Imagem. 3º Edição, São Paulo: Editora Érica, 1999.
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TAROUCO, Liane Margarida Rockenbach. Redes de Comunicação de
dados. 3.º Edição, Rio de Janeiro: Editora LTC Livros técnicos e
Científicos Editora S.A., 1985.
WIRTH, Almir. Tecnologias de Rede e Comunicação de Dados. 1º Edição,
Rio de Janeiro, Editora Alta Books, 2002.
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Amplificadores Ópticos (Os Atuais Sistemas Ópticos de Alta
Capacidade)”, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte,
2003.
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Integrada para Aplicações em Telecomunicações”. Faculdade de
Engenharia de Ilha Solteira, Instituto de Tecnológico de Aeronáutica,
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Integrada”. Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Instituto de
Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos, 2002.
RIBEIRO, Jose Antonio Justino. ”Característica da propagação em Fibra
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