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profundas que envolvem fáscia, tendão, periósteo ou osso, podem ter um componente arterial em sua etiologia;
14. Descrever a base e aparência da úlcera considerando a forma, o tipo de tecido presente, a presença, o tipo e
o volume de exsudato e o odor [SIGN, 1998(VI); McGuckin et aI., 1997(V1)]. Úlceras venosas são
normalmente superficiais ou de espessura parcial, formato irregular, e ocasionalmente associadas com odor.
Comumente, têm uma base de granulação vermelha.
15. Medir a área de superfície da úlcera ao longo do tratamento [SIGN, 1998(111); McGuckin et aI., 1997(VI)].
A evolução da área lesada é um índice confiável de cicatrização.
16. Determinar a área da úlcera traçando seu perímetro no acetato ou película de plástico dupla [SIGN,
1998(11I); McGuckin et aI., 1997(V1)].
17. Descrever os aspectos da borda da úlcera e morfologia. Estes aspectos podem auxiliar no diagnóstico de
úlceras de causas menos comuns, como carcinoma e leishmaniose [SIGN, 1998(VI)];
18. Realizar coleta de material para cultura somente quando houver evidência clínica de infecção ou
deterioração rápida da úlcera [RCN Institute, 1998(11), SIGN, 1998(111)]. Não há indicação para coleta de
rotina com swab em úlcera venosa;
19. Fazer biópsia de tecido ou bacteriológica, em casos de 1999(VI)]; aspirado de fluido da ferida para análise
sinais clínicos de infecção, [Benbow et aI, 1999(VI);
20. Fazer a limpeza da ferida com solução salina e aplicar pressão contra a margem da ferida ou base da úlcera
para produzir exsudato a fim de umedecer o swab com o material disponível, se a cultura profunda ou aspirado
de fluido da ferida não é possível [McGuckin et aI., 1997(VI)];
21. Atentar para a redução da área. Uma redução maior que 30% da área lesada no período de duas semanas de
terapia tópica e compressiva é um indicador da cicatrização da ferida [Amold, et aI., 1994(11)].
Documentação dos achados clínicos (3)
1. Documentar a história da úlcera considerando: ano em que a primeira úlcera ocorreu; local da úlcera atual e
de qualquer úlcera prévia, número de episódios prévios de úlcera; tempo de cicatrização em episódios prévios;
tempo livre de úlcera; métodos de tratamento anteriores; cirurgias prévias do sistema venoso; uso prévio e atual
de meias de compressão; outras formas de compressão usadas anteriormente [RCN Institute, 1998(VI); SIGN,
1998(VI); Guest, et aI., 1999 (IV)];
2. Registrar, na primeira avaliação, o valor da pressão arterial, peso, e medida do ITB [RCN Institute,
1998(VI)];
3. Registrar na primeira avaliação e nas subseqüentes a presença de edema, eczema, escoriação, pele ceratótica,
maceração, celulite, quantidade de tecido de granulação, sinais de epitelização, bordas incomuns da ferida,
purulência, tecido necrótico e granulação, e odor [RCN Institute, 1998(VI)].
Cuidados com a ferida e a pele ao redor (9)
1. Realizar a limpeza da úlcera venosa com solução salina. Para o curativo usar a técnica limpa [RCN Institute,
1998(VI); SIGN, 1998(11)];
2. Não usar, para a limpeza da ferida, solução de Dakin, peróxido de hidrogênio, ácido acético e povidine-iodo,
pois são citotóxicos para os fibroblastos [McGuckin et ai., 1997(VI); Benbow et aI, 1999(111)];
3. Remover o tecido necrótico e desvitalizado por meio de desbridamento mecânico, autolítico, químico ou
enzimático [RCN Institute, 1998(VI); McGuckin et ai. 1997(VI); Benbow et ai, 1999(VI)].
4. Tratar os casos de dermatite aguda ou exsudativa com creme de esteróide de potência leve a moderada
[McGuckin et aI., 1997(VI)];
5. Utilizar o esteróide tópico de potência mais alta, no máximo, durante uma ou até duas semanas [McGuckin et
aI., 1997(VI)]. A aplicação por períodos mais longos em extensas áreas de pele, particularmente sob curativos
oclusivos ou compressão, pó de causar atrofia epidermal, hiperpigmentação ou hipopigmentação;
6. Não usar esteróides tópicos em presença de celulite [McGuckin et aI.,1997(VI)];
7. Usar ungüento, com baixo potencial de sensibilização, quando a pele estiver seca e escamosa [McGuckin et
aI., 1997(VI)];
8. Atentar para o surgimento de reações alérgicas, a qualquer momento, decorrentes do tratamento tópico
implementado [RCN Institute, 1998(111)];
9. Não usar produtos que comumente causam reações de sensibilidade de pele, tais como aqueles que contêm
lanolina ou antibiótico tópico, em pacientescom história de alergia [RCN Institute, 1998(VI); SIGN, 1998(IV)].
Indicação da Cobertura (5)
1. Utilizar a cobertura simples, não aderente, de baixo custo e aceitável pelo paciente [RCN Institute, 1998(11);
SIGN, 1998(11)];
2. Usar cobertura de hidrofibra ou alginato de cálcio no tratamento de úlceras venosas intensamente exsudativas
[Armstrong et aL, 1997(11); Harding et al, 2001 (li);
3. Usar cobertura de espuma de poliuretano ou cobertura de hidrocolóide para tratamento de úlceras venosas
que apresentem volume de exsudato de pouco a moderado [Bowszyc et aL, 1995(11); Andersen et aI.,
2002(11); Limova; Troyer-Caudle, 2002(11)];