e tendo a mesma resposta, sempre, a da mais completa ignorância a
propósito do inusitado e virtual micróbio. Finalmente, usando, ainda, a
invenção de Grahan Bell, mais do que aperfeiçoada, agora, encontro
uma santa mandada dos céus da cibernética – Jacy Borba –, cujos dotes
voltados para os segredos da informática superam os meus e com um
programa simples destruiu o diabo do wazzu. Ora, sou de outras eras,
quase digo, de outros vírus, simplesmente, da catapora e da papeira, do
sabugo de milho sob a cama para apressar as manchas do sarampo e da
vacina anti-variólica marcando o braço de toda gente, às vezes, as
pernas das meninas. “Mostra a marca de tua vacina”, dizia-se,
fortuitamente, jogando verde para colher maduro. Muito raramente a
moça concordava com a solicitação, em tudo, real, de se vislumbrar a
seqüela daquele vírus atenuado. Hoje, apareceram os agentes da Aids e
o Ebola, outros mais estão surgindo a cada dia, com os nomes mais
estranhos do mundo, causando danos enormes às criaturas humanas,
sem jeito, ainda, de cura e de outros enfrentamentos.
Essa transmissão viral, de algum computador doente, já, para o
meu decantado notebook, francamente, não sei como se passou, em
outras palavras, ignoro o caminho epidemiológico da virose. Talvez
tenha sido a internet a fonte de contaminação, haja vista a minha
constante presença naquela rede internacional de informações,
navegando, de biblioteca em biblioteca, à cata de minhas atualizações,
em todos os campos dos meus desejos e dos meus pretendidos saberes,
carentes, sempre, de mais informes. Tenho visto, às vezes, em minhas
viagens virtualizadas, alusões a isso, à passagem viral de um a outro
equipamento no ambiente da rede, mas não havia pegado, ainda, a
enfermidade da cibernética moderna. A verdade é que depois de ter
feito a retirada de uma revista inteirinha, com 146 páginas, deu a louca
na máquina e o danado do wazzu quase não me deixa mais em paz.
Resultado, não pude, como desejava, ler o periódico e se o remédio de
Jacy Borba não tivesse efeito imediato, sinceramente, restava-me a
decepção do nada a consultar mais. Aí contaminou tudo, incluindo um
conto que estou escrevendo, sob o título As Confissões de Sophia,
transmudando palavras e tirando o sentido de muitas das digressões da
personagem dessa ficção emergente. No fim, no fim, com tanta
mudança, foi difícil recompor a estória, restaurar a descrição dos dotes
físicos da moça, seus pensamentos, palavras e obras, seus pecados