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pastagem e, consequentemente, a massa de forragem, é alterada pela adubação
nitrogenada como relatado em vários trabalhos da literatura (ALEXANDRINO et al.,
2004; ALEXANDRINO et al., 2005; SILVA et al., 2005; RODRIGUES et al., 2006 e
SILVA et al., 2009).
A densidade de perfilhos do capim-marandu, em condições de casa de
vegetação, foi de 0,01; 1,4 e 2,25 perfilhos por dia, para as doses de 0; 20 e 40 mg dm
-3
de N, respectivamente (ALEXANDRINO et al., 2004). A densidade de perfilhos do
capim-marandu aumentou de 50 para 150 perfilhos por vaso quando a dose de
nitrogênio aumentou de 0 para 360 mg dm
-3
no intervalo de cortes de 28 dias
(ALEXANDRINO et al., 2005). A adubação com nitrogênio (0; 75; 150 e 225 mg dm
-3
) e
potássio (0; 50 e 100 mg dm
-3
) aumentou o número de perfilhos e, consequentemente,
a massa de forragem do capim-xaraés (RODRIGUES et al., 2006).
SILVA et al. (2005), estudando doses de nitrogênio (0; 25; 50; 100; 200 e 400 mg
dm
-3
) verificaram, em condições de casa de vegetação, que o número total de perfilhos
do capim-marandu aumentou com a adubação, e a dose de N de 188 mg dm
-3
foi a
responsável pelo máximo perfilhamento da gramínea; no entanto, a produção de massa
de forragem aumentou linearmente nos dois cortes avaliados.
No experimento de SILVA et al. (2009), a adubação nitrogenada (0; 75; 150 ou
225 mg dm
-3
de N) acelerou a taxa de alongamento foliar e o processo de senescência
e, consequentemente, diminuiu a duração de vida das folhas de Brachiaria brizantha. A
partir destes resultados, verifica-se que plantas adubadas com nitrogênio apresentam
maior alongamento foliar em relação àquelas sem adubação, com consequente
aumento na produção de forragem, e segundo ALEXANDRINO et al. (2004), o aumento
da produção com a adubação nitrogenada é devido, também, à presença de perfilhos
jovens, que apresentam maior crescimento quando comparados aos perfilhos mais
velhos.
A avaliação da resposta da planta forrageira à adubação nitrogenada em
condições de casa de vegetação é importante para dar suporte aos experimentos
conduzidos a campo, pois no pasto o efeito do bocado e do pisoteio dos animais, assim
como o efeito da deposição de fezes e urina, no desenvolvimento das plantas, aproxima
os resultados experimentais das condições reais de utilização da planta forrageira. O