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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
RESPOSTAS MORFOLÓGICAS E PRODUTIVAS DO CAPIM-
XARAÉS, SOB PASTEJO, À ADUBAÇÃO NITROGENADA
Thiago Martins dos Santos
Zootecnista
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Novembro de 2010
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
RESPOSTAS MORFOLÓGICAS E PRODUTIVAS DO CAPIM-
XARAÉS, SOB PASTEJO, À ADUBAÇÃO NITROGENADA
Thiago Martins dos Santos
Orientador: Prof. Dr. Manoel Evaristo Ferreira
Co-orientadora: Dra. Patrícia Sarmento
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias Unesp, Câmpus de
Jaboticabal, como parte das exigências para a
obtenção do título de Mestre em Agronomia (Ciência
do Solo).
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Novembro de 2010
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Santos, Thiago Martins dos
S237r Respostas morfológicas e produtivas do capim-xaraés, sob pastejo,
à adubação nitrogenada / Thiago Martins dos Santos. Jaboticabal,
2010.
xi, 61 f.; 28 cm
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2010
Orientador: Manoel Evaristo Ferreira
Co-orientadora: Patrícia Sarmento
Banca examinadora: William Natale, Francisco Antonio Monteiro
Bibliografia
1. Acúmulo de forragem. 2. Brachiaria brizantha. 3. Nitrogênio. 4.
Perdas de forragem. 5. Eficiência de pastejo I. Título. II. Jaboticabal-
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias.
CDU 631.84:633.2.03
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação – Serviço
Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
iii
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
THIAGO MARTINS DOS SANTOS nascido em 10 de outubro de 1986, na
cidade de Goiânia GO, graduou-se em Zootecnia pela Fundação Universidade
Federal do Tocantins em julho de 2008. Em agosto do mesmo ano iniciou o curso de
Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Ciência do Solo), na
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), UNESP, Câmpus de
Jaboticabal – SP. Durante o mestrado foi bolsista da CAPES no período de 01-08-2008
a 28-02-2009 e da FAPESP no período de 01-03-2009 a 31-07-2010, participou do XX
Congresso Brasileiro de Zootecnia, do IV e V Encontros de Pós-graduandos da UNESP
Jaboticabal e do Encontro de Produção Animal Sustentável. Durante o mestrado
publicou três artigos científicos, com destaque para o publicado na Revista Brasileira de
Ciência do Solo, como co-autor, e dez resumos em anais de reuniões científicas.
iv
“Amigos eternos! Amizade boa é construída
nos momentos de dificuldade...
Marcos Rogério Gasgui da Conceição
v
Aos meus amados pais
Gilberto Martins dos Santos e Irene de Barcelos Santos
Ao meu querido irmão
Fernando Martins dos Santos
Aos meus adorados avos
Romeu de Barcelos (in memorian),
Tereza Arantes de Barcelos e
Claudionor Martins dos Santos
OFEREÇO
A Ana Flávia Gouveia de Faria
DEDICO
vi
AGRADECIMENTOS
A Deus.
A FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa de Estado de São Paulo) e a CAPES
(Coordenação de Pessoal de Nível Superior) pelo subsídio na forma de bolsa de
estudos.
Ao professor Dr. Manoel Evaristo Ferreira e à professora Dra. Mara Cristina Pessôa da
Cruz pela oportunidade, exemplo, paciência, incentivo e conhecimentos transmitidos.
Aos pesquisadores Dr. Fábio Prudêncio de Campos e Dra. Patrícia Sarmento por todo o
auxílio durante a condução do experimento e também pelas informações, conselhos e
recomendações prestadas.
A Ana Flávia Gouveia de Faria pela ajuda, dedicação e companheirismo.
Aos amigos Adriana Guirado Artur e Carlos Alberto Kenji Taniguchi, sem os quais não
teria chegado até aqui.
Aos Pós-Graduandos do Instituto de Zootecnia: Marcos Rogério Gasgui da Conceição e
Deise Rafaelle de Omena Nicácio pela ajuda na condução do experimento, pelos
momentos de alegria durante as coletas e pela amizade.
Aos colegas Felipe Batistella Filho, Fernando Kuhnen, Thiago de Barros Sylvestre e
Leonardo Mella de Godoi pela grande ajuda no experimento e boa convivência.
À Selma Guimarães Figueiredo, pela assistência nas análises de laboratório e amizade
em especial.
À Faculdade de Ciência Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal pela oportunidade.
vii
Ao Instituto de Zootecnia pela concessão dos animais e da área experimental.
Aos colegas do laboratório de Fertilidade do Solo: Isabela Guidi, Rita Guimarães, Juan
Gabriel, Bruno Braos, Lucas Braos, Daily, Rangel e Cássia.
A Luiz Antônio Barcelos de Faria, Célia Leite Gouveia de Faria, Eliselle Gouveia de
Faria pela convivência e por terem se tornado parte da minha família.
Muito obrigado a todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste
trabalho.
viii
SUMÁRIO
Página
RESUMO .............................................................................................................
ix
SUMMARY .......................................................................................................... x
1.
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 01
2.
REVISÃO DE LITERATURA .........................................................................
02
2.1 O capim-xaraés .......................................................................................
02
2.2 Respostas das plantas forrageiras à adubação nitrogenada ..................
03
3.
MATERIAL E MÉTODOS ..............................................................................
08
3.1 Local, período experimental e espécie forrageira ................................... 08
3.2 Condições climáticas .............................................................................. 08
3.3 Delineamento experimental e tratamentos ............................................. 09
3.4 Análise do solo, correção da acidez e adubação básica ........................ 10
3.5 Colheita da forragem ...............................................................................
11
3.6. Manejo dos animais nas parcelas ..........................................................
12
3.7. Avaliações ..............................................................................................
13
3.7.1 Altura de plantas ............................................................................ 13
3.7.2 Densidade de perfilhos ...................................................................
13
3.7.3 Massa de forragem em pré e pós-pastejo ......................................
13
3.7.4 Índice de área foliar ........................................................................
14
3.7.5 Acúmulo de forragem ..................................................................... 14
3.7.6 Perdas de forragem no pastejo ...................................................... 14
3.7.7 Eficiência de conversão do N fertilizante em forragem .................. 15
3.7.8 Eficiência de pastejo ...................................................................... 15
3.8 Análise estatística ................................................................................... 16
4.
RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 17
4.1 Acúmulo de forragem ..............................................................................
17
4.2 Massa de forragem ................................................................................. 19
4.2.1 Pré-pastejo ..................................................................................... 19
4.2.2 Pós-pastejo .................................................................................... 25
ix
4.3 Altura de plantas ..................................................................................... 29
4.4 Densidade de perfilhos ........................................................................... 31
4.5 Índice de área foliar .................................................................................
33
4.6 Perdas de forragem no pastejo ...............................................................
34
4.7 Eficiência de conversão do N fertilizante em forragem ...........................
36
4.8 Eficiência de pastejo .................................................................. 37
5.
CONCLUSÕES ............................................................................... 40
6.
REFERÊNCIAS ............................................................................... 41
x
RESPOSTAS MORFOLÓGICAS E PRODUTIVAS DO CAPIM-XARAÉS, SOB
PASTEJO, À ADUBAÇÃO NITROGENADA
RESUMO O adubo nitrogenado é um dos mais caros e, para assegurar retorno
econômico da atividade pecuária e evitar danos ao ambiente, é necessário conhecer a
dose adequada de nitrogênio a aplicar. Objetivou-se com este trabalho avaliar a
resposta morfológica e produtiva do capim-xaraés, sob pastejo, à adubação
nitrogenada. O experimento foi conduzido em condições de campo, no Instituto de
Zootecnia, Nova Odessa-SP. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao
acaso, com seis doses de nitrogênio (0; 125; 250; 375; 500 e 625 kg ha
-1
de N por ano)
e quatro repetições. Foram avaliadas características estruturais, massa de forragem no
pré e no pós-pastejo, acúmulo de forragem, eficiência de conversão do N fertilizante em
forragem, perdas de forragem no pastejo e eficiência de pastejo durante oito ciclos de
pastejo do capim-xaraés. O nitrogênio aumentou o acúmulo de forragem do capim-
-xaraés e das perdas de forragem pelo pastejo. A dose de 354 kg ha
-1
de N
proporcionou o máximo acúmulo de forragem no período chuvoso, e com 250 kg ha
-1
é
possível obter 90% do máximo. Houve efeito residual da adubação no acúmulo de
forragem. A maior eficiência de conversão do N fertilizante em forragem foi obtida com
125 kg ha
-1
de N. A adubação nitrogenada propiciou aumento na altura de plantas e na
densidade de perfilhos. A eficiência de pastejo aumentou em função da adubação
nitrogenada, mas ficou abaixo de 50%.
Palavras-chave: acúmulo de forragem, Brachiaria brizantha, nitrogênio, perdas de
forragem, eficiência de pastejo
xi
MORPHOLOGIC AND PRODUCTIVE RESPONSE OF XARAÉS PALISADEGRASS,
UNDER GRAZING, TO NITROGEN FERTILIZATION
SUMMARY The objective of this study was to evaluate the morphologic and
productive response of xaraés palisadegrass, under grazing, to nitrogen fertilization. The
experiment was carried out under field conditions at the Instituto de Zootecnia, Nova
Odessa-SP. The experimental design was randomized blocks design with six nitrogen
rates (0; 125; 250; 375; 500 and 625 kg ha
-1
N per year) and four replications. Structural
characteristics, pre and post-grazing forage mass, forage accumulation, agronomic
efficiency, grazing losses and grazing efficiency were evaluated during eight xaraes
palisadegrass grazing cycles. Nitrogen increased forage accumulation and grazing
losses. Maximum forage accumulation (sum of six grazing cycles) was achieved with
354 kg ha
-1
N, however, 250 kg ha
-1
N corresponded to 90% of the maximum. There
was a residual effect of fertilization. The highest efficiency nitrogen use was obtained
with 125 kg ha
-1
N. Nitrogen fertilization resulted in an increase in plant height and tiller
density. Grazing efficiency increased with nitrogen fertilization, but it remained below
50%.
Keywords: forage accumulation, Brachiaria brizantha, nitrogen, agronomic efficiency,
grazing efficiency
1. INTRODUÇÃO
A maior parte dos pastos brasileiros apresenta baixa produtividade,
principalmente devido à exportação e às perdas por lixiviação, volatilização e fixação,
com destaque para o nitrogênio, o fósforo e o potássio.
O nitrogênio proveniente da mineralização da matéria orgânica de solos tropicais
não tem sido suficiente para suprir as exigências das pastagens, necessitando de
complementação por meio da adubação. O adubo nitrogenado é um dos mais caros e,
para assegurar retorno econômico da atividade pecuária e evitar danos ao ambiente, é
necessário conhecer a dose adequada de nitrogênio.
No Brasil, apesar da introdução de novas espécies de plantas forrageiras,
observa-se que os índices de produtividade animal e, consequentemente, da
rentabilidade da atividade pecuária, na média, ainda o baixos. Tal fato ocorre porque
a introdução isolada de novas opções de plantas forrageiras pode não determinar
aumento da produtividade animal, a não ser que seja acompanhado por manejo
adequado de cada cultivar, ou seja, respeitando os seus limites ecofisiológicos de
utilização, suas exigências nutricionais e edafoclimáticas.
A avaliação de novos genótipos forrageiros sob pastejo é importante para que o
efeito do bocado e do pisoteio dos animais, assim como o efeito da deposição de fezes
e urina no desenvolvimento das plantas, aproxime os resultados experimentais das
condições reais de utilização da planta forrageira. O manejo da fertilidade do solo por
meio da adubação e o conhecimento das exigências nutricionais de novos genótipos
forrageiros são fatores de grande importância para aumentar a produtividade animal e a
rentabilidade da pecuária. No Brasil, não se têm estudos de reposta do capim-xaraés às
doses de nitrogênio em condições de campo e sob pastejo de bovinos. Assim,
objetivou-se, com este trabalho, avaliar as características morfológicas e produtivas da
Brachiaria brizantha cv. xaraés, sob pastejo, à adubação nitrogenada.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 O capim-xaraés
A bovinocultura na região tropical é dependente das pastagens para a nutrição
animal. No Brasil, a produção de forragem teve sua expansão devido a programas
governamentais de fomento na cada de 1970. Nesse contexto, a espécie Brachiaria
decumbens cv. basilisk (capim-braquiária), devido a sua adaptação a solos ácidos e de
baixa fertilidade, foi implantada em milhões de hectares, mas esta espécie apresentou
alguns problemas como suscetibilidade à cigarrinha-das-pastagens, não sendo
consumida por equinos e fotossensibilização em bezerros (VALLE et al., 2004). Devido
aos problemas encontrados com o capim-braquiária, a Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária), em 1984, liberou a cultivar Brachiaria brizantha denominada
de marandu (capim-marandu) (NUNES et al., 1984).
O capim-marandu é recomendado para solos de média fertilidade e com boa
drenagem. Porém, no final da década de 1980 e por toda a década de 1990, este capim
foi difundido na região Centro-Oeste e Norte, principalmente em solos de baixa
fertilidade. Atualmente, pastagens estabelecidas com capim-marandu ocupam cerca de
50% das pastagens brasileiras cultivadas e caracterizam-se pelo baixo rendimento de
forragem, quando implantada em solos ácidos e de baixa fertilidade (VALLE et al.,
2002).
A Embrapa com o intuito de promover a diversificação de espécies forrageiras
nas pastagens, de oferecer opção de melhor valor nutritivo, de maior produtividade e de
maior resistência às doenças do que o capim-marandu, liberou a cultivar de Brachiaria
Brizantha denominada de xaraés (Registro BRA 004308) (EUCLIDES, 2002). A taxa de
3
crescimento do capim-xaraés foi de 28,2 kg ha
-1
por dia no período chuvoso, enquanto
a do capim-marandu foi de 17,9 kg ha
-1
por dia (EUCLIDES et al., 2001).
2.2 Respostas das plantas forrageiras à adubação nitrogenada
A adubação nitrogenada das pastagens nos sistemas extensivos de produção
pecuária dos trópicos é, na maioria dos casos, inviável economicamente. Para que a
adubação nitrogenada seja viável, é necessário considerar o cultivo de gramínea de
alto potencial produtivo, adubação para a xima produção econômica, adotar taxa de
lotação próxima da capacidade de suporte da pastagem, de modo a atingir alta
produção por área, investir em animal com elevado potencial produtivo, dentre outros
(BRAZ et al., 2004).
No Brasil, a adubação nitrogenada em pastagens é restrita a sistemas mais
intensivos e/ou quando as plantas apresentam sintomas de deficiência. Para pastos
exclusivos de gramíneas, manejados sob sistemas intensivos de produção de forragem,
a recomendação é de 50 kg ha
-1
de N por corte, enquanto para a manutenção do pasto
de Brachiaria, é de 60 kg ha
-1
por ano (WERNER et al., 1996). O uso da adubação
nitrogenada com o intuito de aumentar a produção animal a pasto, desde que os outros
nutrientes não se tornem limitantes, tem aumentado a massa de forragem da parte
aérea das gramíneas de clima tropical, conforme relatado em trabalhos citados na
literatura (WERNER et al., 1968; VICENTE-CHANDLER et al., 1973; ALVIM et al., 1987;
CARVALHO & SARAIVA, 1987).
A resposta de gramíneas forrageiras à adubação era avaliada exclusivamente
pela produção de massa de forragem da parte aérea (RODRIGUES et al., 2006).
Atualmente, as características estruturais do pasto assumem papel fundamental para o
sucesso da atividade, pois determinam o acúmulo de forragem, que é o principal
componente da capacidade de suporte da pastagem (ALEXANDRINO et al., 2008).
A estrutura da pastagem determinada por sua morfologia e arquitetura, pela
distribuição espacial das folhas, relações folha:colmo e material morto:vivo, densidade
de folhas verdes, densidade de perfilhos e altura das plantas interfere na produção e
no consumo de forragem pelos animais (ALEXANDRINO et al., 2008). A estrutura da
4
pastagem e, consequentemente, a massa de forragem, é alterada pela adubação
nitrogenada como relatado em vários trabalhos da literatura (ALEXANDRINO et al.,
2004; ALEXANDRINO et al., 2005; SILVA et al., 2005; RODRIGUES et al., 2006 e
SILVA et al., 2009).
A densidade de perfilhos do capim-marandu, em condições de casa de
vegetação, foi de 0,01; 1,4 e 2,25 perfilhos por dia, para as doses de 0; 20 e 40 mg dm
-3
de N, respectivamente (ALEXANDRINO et al., 2004). A densidade de perfilhos do
capim-marandu aumentou de 50 para 150 perfilhos por vaso quando a dose de
nitrogênio aumentou de 0 para 360 mg dm
-3
no intervalo de cortes de 28 dias
(ALEXANDRINO et al., 2005). A adubação com nitrogênio (0; 75; 150 e 225 mg dm
-3
) e
potássio (0; 50 e 100 mg dm
-3
) aumentou o número de perfilhos e, consequentemente,
a massa de forragem do capim-xaraés (RODRIGUES et al., 2006).
SILVA et al. (2005), estudando doses de nitrogênio (0; 25; 50; 100; 200 e 400 mg
dm
-3
) verificaram, em condições de casa de vegetação, que o número total de perfilhos
do capim-marandu aumentou com a adubação, e a dose de N de 188 mg dm
-3
foi a
responsável pelo máximo perfilhamento da gramínea; no entanto, a produção de massa
de forragem aumentou linearmente nos dois cortes avaliados.
No experimento de SILVA et al. (2009), a adubação nitrogenada (0; 75; 150 ou
225 mg dm
-3
de N) acelerou a taxa de alongamento foliar e o processo de senescência
e, consequentemente, diminuiu a duração de vida das folhas de Brachiaria brizantha. A
partir destes resultados, verifica-se que plantas adubadas com nitrogênio apresentam
maior alongamento foliar em relação àquelas sem adubação, com consequente
aumento na produção de forragem, e segundo ALEXANDRINO et al. (2004), o aumento
da produção com a adubação nitrogenada é devido, também, à presença de perfilhos
jovens, que apresentam maior crescimento quando comparados aos perfilhos mais
velhos.
A avaliação da resposta da planta forrageira à adubação nitrogenada em
condições de casa de vegetação é importante para dar suporte aos experimentos
conduzidos a campo, pois no pasto o efeito do bocado e do pisoteio dos animais, assim
como o efeito da deposição de fezes e urina, no desenvolvimento das plantas, aproxima
os resultados experimentais das condições reais de utilização da planta forrageira. O
5
estudo da adubação nitrogenada, principalmente em condições de campo, deve ser
feito de modo a obterem-se mais informações sobre o capim-xaraés, para que as
estratégias de manejo da pastagem sejam mais eficientes (RODRIGUES et al., 2006).
A adubação nitrogenada com 0; 75; 150 e 225 kg ha
-1
de N por ano, em três
anos de experimento, aumentou a massa de forragem do capim-colonião (Panicum
maximum), com ajuste da massa de forragem ao modelo matemático de primeiro grau
(MATTOS & WERNER, 1979). A massa de forragem de cinco capins do gênero
Brachiaria foi avaliada por ALVIM et al. (1990), que aplicaram doses de N de 0; 75 e
150 kg ha
-1
por ano e verificaram aumento linear da massa de forragem em função da
adubação. OLIVEIRA et al. (2005) adubaram o capim-marandu com nitrogênio (75; 140
e 201 kg ha
-1
de N por ano) e enxofre (77; 153 e 230 kg ha
-1
de S por ano), durante o
período de dois anos, e verificaram que a massa de forragem apresentou ajuste ao
modelo linear de regressão, tanto na presença quanto na ausência de enxofre.
A aplicação de N de 101,5; 145; 185,5 e 232 kg ha
-1
, associada às doses de P e
K, no período das águas em capins mombaça e tanzânia sob pastejo, com intervalos de
28 dias de descanso, resultou, segundo QUADROS et al. (2002), em ajuste ao modelo
linear de regressão entre a adubação e a altura das plantas. A adubação de N com 75;
150; 225 e 300 kg ha
-1
aumentou o número de perfilhos do capim-braquiária sob lotação
contínua, no período de fevereiro a abril de 2003 (MORAIS et al., 2006). A adubação
nitrogenada (0; 150; 300 e 450 kg ha
-1
) no capim-milênio (Panicum maximum), sob
lotação rotacionada, aumentou a massa de forragem, com ajuste ao modelo quadrático
de regressão. No terceiro e quarto ciclos de pastejo, as doses de N de 303 e 279 kg
ha
-1
resultaram em produções estimadas de 6.206 e 5.036 kg ha
-1
(SARMENTO et al.,
2005).
Para o capim-braquiária, avaliado em diferentes estações do ano, sob lotação
contínua e adubado com N de 75; 150; 225 e 300 kg ha
-1
, FAGUNDES et al. (2005)
observaram ajuste do acúmulo de forragem ao modelo matemático de segundo grau.
Ainda segundo estes autores, a taxa média de acúmulo de forragem variou em função
da adubação nitrogenada e da época do ano, indicando que a taxa de lotação em uma
pastagem deve variar ao longo do ano de forma a manter o equilíbrio entre oferta e
demanda de forragem, sem comprometer a perenidade da pastagem. Utilizando as
6
mesmas doses de nitrogênio, FAGUNDES et al. (2006) observaram ajuste linear para a
densidade de perfilhos e para a massa de forragem de colmos e de folhas. Estes
autores ressaltaram que a influência da adubação nitrogenada na densidade de
perfilhos pode ser a principal causa do incremento na biomassa forrageira. O potencial
de resposta de milheto (Pennisetum americanum) à adubação nitrogenada, citado por
FRANÇA et al. (1987), foi confirmado por MOOJEN et al. (1999), que observaram que
as doses de 0; 150 e 300 kg ha
-1
de N por ano resultaram em ganho dio de peso
diário de novilhos de corte de 0,553; 0,6586 e 0,7642 kg por dia, respectivamente.
A prática da adubação nitrogenada deve ser acompanhada de cuidados no
manejo da adubação e da pastagem, de tal forma a aproveitar o nitrogênio do solo e a
forragem produzida. Segundo MCKENZIE & JACOBS (2001), existem várias formas de
expressar a eficiência do uso do nitrogênio, e as mais comuns e de mais fáceis
determinações são a recuperação aparente de nitrogênio, que utiliza a extração de
nitrogênio e a eficiência de conversão do N fertilizante em forragem, que é a conversão
do nitrogênio aplicado em massa de forragem. Além do conhecimento do uso do
nitrogênio proveniente do fertilizante, é preciso quantificar a eficiência de pastejo, que é
o aproveitamento da forragem disponível e a eficiência de utilização, que é a conversão
da forragem em produto animal (CARVALHO et al., 2004). As formas mais fáceis de
quantificar a eficiência são as que utilizam apenas a massa de forragem. O
aproveitamento do nitrogênio pode ser estimado pela eficiência de conversão do N
fertilizante em forragem, em quilograma de forragem produzida por quilograma de
adubo adicionado, enquanto o aproveitamento da forragem disponível pode ser
estimado pela eficiência de pastejo, em %.
Em condições de campo, porém sem considerar o pastejo, OLIVEIRA et al.
(2005) observaram que, no primeiro ano de avaliação do capim-marandu degradado e
adubado com nitrogênio (70; 140 e 210 kg ha
-1
de N por ano), a eficiência de conversão
do N fertilizante em forragem foi de 84; 49 e 42 kg de MS por kg de N, respectivamente.
A eficiência de conversão do N fertilizante em forragem máxima para o capim-braquiária
sob lotação rotacionada foi de 66 kg de MS por kg de N, na dose de N de 150 kg ha
-1
por ano e diminuição da eficiência nas maiores doses de N (OLIVEIRA, 2008). As doses
de 150; 300; 450 e 600 kg ha
-1
de N por ano proporcionaram valores de eficiência de
7
conversão do N fertilizante em forragem de 89; 37; 33 e 25 kg MS por kg de N,
respectivamente, no estudo conduzido por SILVEIRA (2009) para o capim-braquiária. A
adubação nitrogenada em capim-tifton 68 (Cynodon dactylon), no intervalo de corte de
28 dias no período chuvoso, resultou em eficiência de conversão do N fertilizante em
forragem com as doses de 100; 200; 400 e 600
kg ha
-1
de N, de 39; 36; 29 e 19 kg de
MS por kg de N, respectivamente (ALVIM et al., 2000). A eficiência de conversão do N
fertilizante em forragem diminuiu com o aumento das doses.
MARTHA JÚNIOR et al. (2001) citaram que pastagens de gramíneas tropicais
podem atingir até 83 kg de MS por kg de N, sendo que a eficiência média é de 26 kg
de MS por kg de N. Em pastos de capim-braquiária sob lotação contínua e adubados
com nitrogênio, FAGUNDES et al. (2005) encontraram valores de eficiência de
conversão do N fertilizante em forragem de 57; 49; 36 e 31 com as doses de N de 75;
150; 225 e 300 kg ha
-1
, respectivamente. Estes autores ressaltaram que a eficiência de
conversão do N fertilizante em forragem diminuiu com o aumento das doses de N.
BRAGA et al. (2007) observaram que a eficiência de pastejo do capim-marandu
foi de 64; 33; 22 e 17%, em 2003, e 55; 30; 23 e 15%, em 2004, para as ofertas de 5;
10; 15 e 20 kg de forragem para cada 100 kg de peso vivo, respectivamente. Segundo
SILVA & PEDREIRA (1997), a utilização de intervalos fixos de descanso aumenta as
perdas de forragem durante o pastejo e isto diminui a eficiência de utilização da
forragem pelos animais, que neste caso chega a aproximadamente 33%. A eficiência
de pastejo entre 50 e 60% é uma meta razoável para pastagens cultivadas, enquanto
para pastagens naturais a eficiência de pastejo entre 30 e 40% é favorável à
manutenção das espécies desejáveis (CARVALHO et al., 2004).
8
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Local, período experimental e espécie forrageira
O experimento foi conduzido em condições, de campo no Instituto de Zootecnia
(Centro de Pesquisa de Bovinos de Leite, pertencente à Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo), localizado às margens da Rodovia Luiz de
Queiroz, SP-304, na cidade de Nova Odessa-SP. A localização do experimento foi nas
seguintes coordenadas: 275’ 12” latitude sul e 47º 2781” longitude oeste. A duração
do experimento foi de 266 dias, entre os meses de setembro de 2009 e junho de 2010.
A gramínea forrageira avaliada foi a Brachiaria brizantha cv. xaraés, implantada em
janeiro de 2008.
3.2 Condições climáticas
Na região em que está o Instituto de Zootecnia, segundo PEEL et al. (2007), o
clima é classificado de acordo com Köeppen como Cwa, ou seja, tropical chuvoso com
inverno seco. Durante o período experimental, foram registrados 1.361 mm de
precipitação pluvial, e a temperatura média do ar foi de 23,2ºC. Os valores de
precipitação pluvial e de temperaturas máxima, mínima e média do ar, durante os
meses de setembro de 2009 a junho de 2010, estão apresentados na Figura 1.
9
a)
b)
Figura 1. Precipitação pluvial (a) e temperaturas máxima, média e mínima do ar (b)
durante o período experimental. e referem-se à temperatura máxima e
mínima do ar, respectivamente. é a temperatura basal inferior da
Brachiaria brizantha (MENDONÇA & RASSINI, 2006).
3.3 Delineamento experimental e tratamentos
Os tratamentos corresponderam às doses equivalentes a 0; 125; 250; 375; 500 e
625 kg ha
-1
de N, com quatro repetições, em delineamento estatístico de blocos ao
acaso, totalizando 24 unidades experimentais, de 112 m
2
(14 m x 8 m) cada uma
(Figura 2). A fonte de nitrogênio foi a ureia, e a adubação foi parcelada igualmente em
cinco vezes, no período das águas. A 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e adubações nitrogenadas foram
feitas em 22-09-2009, 20-10-2009, 17-11-2009, 16-12-2009 e 13-01-2010,
respectivamente.
0
10
20
30
40
50
60
70
Precipitação (mm)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Temperatura (ºC)
Corte de
uniformização
1º Ciclo
10
Figura 2. Croqui da área experimental. N0, N1, N2, N3, N4 e N5 correspondem às
doses de nitrogênio de 0, 125, 250, 375, 500 e 625 kg ha
-1
por ano.
bebedouro,
sombrite ---- cerca elétrica com 1 fio e
____
cerca elétrica com 2
fios.
3.4 Análise do solo, correção da acidez e adubação básica
Amostras de solo da área experimental foram coletadas em agosto de 2009, na
profundidade 0-0,2 m, para análise química e granulométrica segundo métodos de RAIJ
et al. (2001) e CAMARGO et al. (1986), respectivamente. Foram coletadas 24 amostras
simples por amostra. As análises químicas foram feitas no Laboratório de Fertilidade do
Solo da FCAV/Unesp, em Jaboticabal (SP), e as granulométricas, no Laboratório
Athenas Consultoria Agrícola, em Jaboticabal (SP). Na média dos quatro blocos, foram
obtidos os seguintes resultados: P resina, 13 mg dm
-3
; MO, 21 g dm
-3
; pH em CaCl
2
,
4,6; K
+
, Ca
2+
, Mg
2+
, H+Al, SB e CTC, 1,2; 11; 5; 33; 17; e 50 mmol
c
dm
-3
,
respectivamente, e V, 34%. Os valores de areia, silte e argila foram de 669; 188 e 143 g
kg
-1
, respectivamente. A textura do solo foi definida como francoarenosa.
5 m
14 m
Bloco IV
5 m
5 m
5 m
96 m
Bloco II
14 m
Corredor
5 m
Bloco I
Bloco III
N5 N2 N4 N1 N3 N0
N2 N4 N5 N1 N0
N3
N1 N5 N3 N2 N0 N4
N3 N1 N0 N4 N2
N5
8 m
11
Em agosto de 2009, foi feito o rebaixamento do pasto à altura de
aproximadamente 15 cm da superfície do solo e, em seguida, com o objetivo de elevar
a saturação por bases do solo a 60%, com os dados da análise química da área, foi
feita calagem com aplicação do equivalente a 1,7 t ha
-1
de calcário com teor de MgO
entre 12 e 15% e PRNT de 75%. O calcário, em virtude de a espécie forrageira estar
estabelecida, foi distribuído manualmente a lanço, sem incorporação.
A adubação com fósforo foi feita, considerando a exigência do capim-xaraés
semelhante às espécies do gênero Panicum (VALLE et al. 2004), aplicando-se 40 kg
ha
-1
de P
2
O
5
, na forma de superfosfato simples, o que correspondeu a 26 kg ha
-1
de S.
A quantidade de potássio adicionada ao solo foi estimada considerando produção de
massa de forragem do capim-xaraés de 20 t ha
-1
por ano (VALLE et al., 2001), e
concentração de K nas minas de folhas recém-expandidas de 20 g kg
-1
(SILVEIRA et
al. 2005), o que resultaria em extração de potássio pela parte rea de 400 kg ha
-1
. A
fonte de potássio utilizada foi o cloreto de potássio. Como a textura do solo é
francoarenosa o potássio a ser aplicado (480 kg ha
-1
de K
2
O), conforme recomendado
por OLIVEIRA et al. (2003), foi parcelado igualmente em duas vezes no período das
águas, a primeira em setembro de 2009 e a segunda em novembro do mesmo ano.
Inicialmente, foram pesados, separadamente e por parcela, o superfosfato
simples, o cloreto de potássio e a ureia (esta de acordo com as doses de N). Depois, os
adubos foram misturados em um saco de plástico, que foi lacrado. A mistura de adubos
foi aplicada a lanço e uniformemente na superfície de cada parcela.
3.5 Colheita da forragem
Para as avaliações da forragem, em todos os ciclos de pastejo (Tabela 3), foi
feita amostragem, usando-se um quadrado de 0,36 m
2
(0,6 m de lado), lançado três
vezes dentro da área útil de cada parcela, em local em que a altura da forrageira era
semelhante à média da observada dentro da parcela. O corte foi rente ao solo no
primeiro e segundo ciclos de pastejo, e a 10 cm nos demais ciclos, tendo em vista que,
quando feito rente ao solo, constatou-se que as áreas amostrais de capim-xaraés não
rebrotaram. A colheita da forragem foi feita nas condições de pré e de pós-pastejo.
12
Tabela 3. Ciclo de pastejo, data de início, de término e período do ano.
Ciclo de pastejo Início Término Período
19-10-2009 23-10-2009 Chuvoso
16-11-2009 20-11-2009 Chuvoso
14-12-2009 19-12-2009 Chuvoso
11-01-2010 16-01-2010 Chuvoso
08-02-2010 13-02-2010 Chuvoso
08-03-2010 13-03-2010 Chuvoso
19-04-2010 24-04-2010 Seco
14-06-2010 19-06-2010 Seco
3.6 Manejo dos animais nas parcelas
Depois de cada amostragem no pré-pastejo, foram colocados três animais da
raça Holandesa e da categoria vacas secas, exceto no tratamento-testemunha (dose 0
de N), onde foram colocados dois animais devido à menor altura do pasto observada
nesta condição (Figura 3). O período de descanso de pasto foi de 27 dias no primeiro e
segundo ciclos de pastejo e 26 dias nos demais ciclos. O período de pastejo foi de 1 dia
no primeiro e segundo ciclos de pastejo e 2 dias nos demais ciclos.
Figura 3. Vista parcial da área experimental, com os animais pastejando nas parcelas
no momento do oitavo ciclo de pastejo.
13
A altura do resíduo do capim-xaraés deveria ser de 15 cm (Embrapa, 2003),
porém, a partir do segundo ciclo de pastejo, houve dificuldade em deixar a altura do
resíduo da gramínea abaixo de 20 cm em apenas um dia de pastejo. Assim, a partir do
terceiro ciclo de pastejo, o período de ocupação foi alterado para dois dias, ou seja, o
período de descanso do pasto, que era de 27 dias, foi alterado para 26 dias, bem como
foi alterada a meta de altura do pós-pastejo para 24 a 27 cm. Os animais permaneciam
nas parcelas das 06h 30min aàs 11h e das 13h até às 18 horas. Nos intervalos entre
os pastejos, os animais foram colocados em pastos (de capim-xaraés) de reserva com
sombra e água ad libitum.
3.7 Avaliações
3.7.1 Altura de plantas
A altura de plantas foi obtida por meio da média da altura de 10 plantas no
momento da amostragem. Para a determinação da altura média, foi feito caminhamento
em zigue-zague, dentro da área útil da parcela, e a altura de plantas foi obtida por uma
régua graduada, observada à distância de, aproximadamente, 5 metros, à altura de
curvatura das folhas (ALMEIDA et al., 2000) . A altura de plantas foi medida na
condição de pré e na de pós-pastejo.
3.7.2 Densidade de perfilhos
A densidade de perfilhos (nº m
-2
) foi estimada por meio da contagem do número
de perfilhos nas amostras de forragem fresca, em cada unidade experimental, na
condição de pré-pastejo.
3.7.3 Massa de forragem em pré e pós-pastejo
A massa fresca de forragem colhida (item 3.5) no pré-pastejo foi acondicionada
em saco de plástico identificado, e a amostra foi pesada. A forragem fresca foi
separada em: lâmina foliar, colmos mais bainhas e material senescente,
acondicionados em sacos de papel e secos em estufa acerca de 65ºC, até obtenção de
peso constante.
14
Na forragem fresca proveniente de cada amostragem no s-pastejo, foi retirada
subamostra de 400 g e feita separação em: lâmina foliar, colmos mais bainhas e
material morto, que foram acondicionados em sacos de papel e secos em estufa a
65ºC, até obtenção de peso constante.
Nos dois casos, pré e s-pastejo, o que se obtém é a massa de forragem que,
segundo PEDREIRA (2000), é definida como “massa ou peso seco (em kg ha
-1
), que é
o total de forragem presente por unidade de área acima do nível do solo.”
3.7.4 Índice de área foliar
As avaliações de área foliar foram feitas, após a separação das partes da planta,
por meio do aplicativo SIARCS 3.0 (Sistema Integrado para Análises de Raízes e
Cobertura do Solo), desenvolvido pela Embrapa/CNPDIA e descrito por CRESTANA et
al. (1994), com adaptações de TAVARES-JÚNIOR et al. (2002). A área foliar foi medida
na condição de pré-pastejo, em cada ciclo, durante o período experimental. A partir da
relação entre a área das lâminas obtidas e a massa seca das lâminas em 1,0 m
2
,
calculou-se a área total estimada de folhas contidas em 1,0 m
2
e o índice de área foliar
correspondente (cm
2
de lâminas/cm
2
de solo).
3.7.5 Acúmulo de forragem
O acúmulo de forragem em cada ciclo de pastejo foi estimado pela equação:
AF = MSF
n
- MSF
n-1
em que:
AF = acúmulo de forragem, em kg ha
-1
;
MSF
n
= massa seca de forragem pré-pastejo do período “n”, em kg ha
-1
, e
MSF
n-1
= massa seca de forragem pós-pastejo do período “n-1”, em kg ha
-1
.
3.7.6 Perdas de forragem no pastejo
Para quantificar o material perdido em cada pastejo, foram demarcadas duas
áreas de 2,25 m
2
(1,50 m x 1,50 m), por meio de estacas de madeira. Em setembro de
2009, a palhada que estava sobre a superfície do solo foi retirada. Depois do pastejo,
em cada ciclo de pastejo, todo o material vegetal que estava sobre a superfície do solo
15
nas áreas demarcadas, assim como as folhas e as hastes danificadas e aderidas às
plantas foram coletados e pesados. Deste material, foi retirado subamostra de 200 g,
que foi seco em estufa a 65ºC, até a obtenção de peso constante. As mesmas áreas de
amostragem demarcadas foram utilizadas para as coletas de forragem, em todos os
ciclos de pastejo. O cálculo da perda de forragem no pastejo foi feito com a equação:
MFF
amostra
x MSF
subamostra
PP =
______________________________________
x 10.000 ÷ 2,25
MFF
subamostra
em que:
PP = perdas no pastejo, em kg ha
-1
.
MFF
amostra
= massa fresca de forragem da amostra, em kg.
MSF
subamostra
= massa seca de forragem da subamostra, em kg.
MFF
subamostra
= massa fresca de forragem da subamostra, em kg.
3.7.7 Eficiência de conversão do N fertilizante em forragem
A eficiência de conversão do N fertilizante em forragem foi calculada por meio da
seguinte equação:
AF na parcela adubada - AF total na parcela testemunha
EC =
__________________________________________________________________________
Dose de N
em que:
EC = eficiência de conversão do N fertilizante em forragem, em kg de MS por kg
de N.
3.7.8 Eficiência de pastejo
A eficiência de pastejo foi estimada pela equação:
MSF
pré-pastejo
- (MSF
pós-pastejo
+ PP)
EP =
___________________________________________
x 100
MSF
pré-pastejo
16
em que:
EP = eficiência de pastejo, em %.
MSF
pré-pastejo
= massa seca de forragem no pré-pastejo, em kg ha
-1
.
MF
pós-pastejo
= massa seca de forragem no pós-pastejo, em kg ha
-1
.
PP = material perdido pelo pastejo, em kg ha
-1
.
3.8 Análise estatística
A análise estatística dos dados foi feita, executando-se inicialmente o teste F e
ajustadas equações de regressão linear, quadrática e regressão linear segmentada. O
nível de significância adotado foi de 1, 5 ou 10%, em função da variabilidade dos
resultados.
17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A adubação nitrogenada, parcelada em cinco vezes na época das águas,
influenciou nas características estruturais (altura de plantas, densidade de perfilhos e
índice de área foliar), na massa de forragem no pré-pastejo e no pós-pastejo, no
acúmulo de forragem, nas perdas de forragem no pastejo, na eficiência de conversão
do N fertilizante em forragem e na eficiência de pastejo do capim-xaraés.
4.1 Acúmulo de forragem
A adubação nitrogenada aumentou o acúmulo de forragem no período chuvoso e
no total, tendo sido observado ajuste ao modelo matemático de segundo grau (Figuras
4a e 4c). Ao observar as médias de acúmulo de forragem, nota-se que, nas doses de
375; 500 e 625 kg ha
-1
de N, são semelhantes, e isto, de acordo com BRAGA (1983),
sugere que o uso do modelo de regressão linear segmentado é o adequado (Figuras 4a
e 4c). De acordo com SILVA (1998), o método de regressão linear segmentada
proporciona maior flexibilidade para a caracterização dos distintos comportamentos das
respostas dos genótipos à variação do ambiente.
Neste experimento, a oportunidade do uso do modelo de regressão linear
segmentada, na análise dos dados, fica demonstrada ao se analisar o acúmulo de
forragem do período chuvoso por meio dos dois modelos matemáticos. Apesar disto,
todas as variáveis serão analisadas, empregando-se os dois modelos. Com relação ao
acúmulo de forragem, com o modelo quadrático, a dose estimada responsável pelo
máximo acúmulo (20.926 kg ha
-1
) é de 468 kg ha
-1
de N. Com o modelo de regressão
linear segmentado, a dose estimada é de 354 kg ha
-1
de N, pois, a partir desta dose, a
produção mantém-se constante (20.722 kg ha
-1
). Os dados mostram que houve
diferença de estimativa de produção de cerca de 1%, em função do modelo matemático
18
utilizado, para uma diferença estimada de dose de 25%. O modelo de regressão linear
segmentada pode ser escrito como Ŷ=L+U*(R-X), em que: Ŷ = parâmetro estimado; R =
valor de quebra (“break point”); L = assintótica para o primeiro segmento; U =
inclinação; X = dose do nutriente. No caso da Figura 4a: L= 20.722; U= -18,8065, e R=
354,1. Toda vez que XR, a subtração R-X é considerada como zero e, portanto, Ŷ=L
(ROBBINS et al., 2006).
a)
b)
---- Ŷ= 13556 + 31,4735X-0,0336X
R
2
= 0,85*
____
Ŷ= 20722 - 18,8065*(354,1-X) R
2
= 0,63**
Ŷ= 3683+1,2259X R
2
= 0,80**
Acúmulo de forragem (kg ha
-1
)
c)
----- Ŷ= 17918 + 37,8335X-0,0393X² R
2
= 0,89*
_____
Ŷ= 26730 - 24,9824*(334,7-X) R
2
= 0,61**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 4. Acúmulo de forragem do capim-xaraés em função da adubação nitrogenada.
a, b e c correspondem a soma do acúmulo de foragem no período chuvoso,
no período seco e no total, respectivamente. * significativo a 5% pelo teste F.
Enquanto com a dose estimada por meio do modelo de regressão linear
segmentada de 354 kg ha
-1
de N se obtém o máximo acúmulo de forragem, com a dose
de 250 kg ha
-1
de N (50 kg ha
-1
de N por corte), recomendada por WERNER et al.
10000
14000
18000
22000
26000
30000
0 125 250 375 500 625
0
6000
12000
18000
24000
30000
0 125 250 375 500 625
10000
14000
18000
22000
26000
30000
0 125 250 375 500 625
19
(1996), estima-se produção de 90,5% do máximo. PEDREIRA et al. (2009),
considerando o período chuvoso e intervalo entre pastejos de 28 dias, em solo com 29
g dm
-3
de matéria orgânica, com aplicação de 120 kg ha
-1
de N, obtiveram acúmulo de
forragem do capim-xaraés de 18.000 kg ha
-1
.
O máximo acúmulo de forragem do capim-xaraés (Figura 4c) observado neste
experimento (aproximadamente 27.000 kg ha
-1
) foi maior do que os 21.000 kg ha
-1
de
massa de forragem relatados por VALLE et al. (2001), que também estudaram o capim-
-xaraés em intervalos de corte de 35 dias. Isto pode ter ocorrido porque, enquanto
neste experimento foram dadas condições adequadas para a planta expressar o seu
máximo potencial produtivo, no experimento de VALLE et al. (2001) a calagem foi feita
para elevar a saturação por bases a 35%, e a adubação com P e com K foram feitas
para espécies menos exigentes em fertilidade do solo.
O efeito residual da adubação nitrogenada aumentou de forma linear o acúmulo
de forragem no período seco (Figura 4b). Isto ocorre, provavelmente, devido a
contribuição da forragem senescente, que não é consumida pelos animais, somada às
perdas de forragem durante o pastejo, que ficaram sobre a superfície do solo no
período chuvoso e liberaram nitrogênio para o crescimento das plantas nos ciclos
seguintes. Segundo HILLESHEIM & CORSI (1990), este material representa importante
fonte de matéria orgânica para a pastagem e, consequentemente, de nitrogênio.
4.2 Massa de forragem
4.2.1 Pré-pastejo
A adubação nitrogenada aumentou a massa de lâmina foliar do capim-xaraés,
com ajuste tanto ao modelo quadrático de regressão, quanto ao modelo de regressão
linear segmentada (Figuras 5a e 5c). Houve efeito residual da adubação nitrogenada na
massa de lâmina foliar, tendo ocorrido aumento linear (Figura 5b).
A máxima massa de lâmina foliar, no período chuvoso (Figura 5b), com o modelo
quadrático de regressão, foi de 16.472 kg ha
-1
, obtida com a dose de 504 kg ha
-1
de N.
Com o modelo de regressão linear segmentada e a dose de 354 kg ha
-1
(Figura 4a, item
4.1), a massa de lâmina foliar, no período chuvoso, foi de 16.054 kg ha
-1
. Comparando-
20
-se os dois modelos de regressão, observou-se diferença de 418 kg ha
-1
de massa de
lâminas para diferença de 150 kg ha
-1
de N. Isto indica que a economia, com o modelo
de regressão linear segmentada, foi de 150 kg ha
-1
de N.
a)
b)
Massa de lâminas foliares no pré-pastejo (kg ha
-1
)
----
Ŷ = 12538+15,6134X-0,01549X
2
R
2
=0,98**
____
Ŷ = 16054-16,3312*(219,9-X) R
2
=0,50**
---- Ŷ = 4269+1,1735X R
2
=0,75*
c)
----
Ŷ = 16688+18,2214X-0,01779X
2
R
2
=0,97*
____
Ŷ = 20834-19,8518*(213,6-X) R
2
=0,46**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 5. Massa de lâminas foliares no pré-pastejo do capim-xaraés adubado com
nitrogênio. a, b e c correspondem a soma no período chuvoso, a soma no
período seco e a soma no total. * e ** Significativo a 5 e 1% pelo teste F,
respectivamente.
Resultados diferentes dos relatados para o capim-xaraés neste experimento, em
relação à massa de lâmina foliar (Figura 5), foram encontrados por FAGUNDES et al.
(2006), que observaram efeito linear da adubação nitrogenada (75; 150; 225 e 300 kg
ha
-1
de N) na massa de folhas do capim-braquiária sob lotação contínua. LUGÃO et al.
(2001) também observaram aumento linear na massa seca de folhas, nos cinco ciclos
10000
15000
20000
25000
0 125 250 375 500 625
0
5000
10000
15000
20000
25000
0 125 250 375 500 625
0
5000
10000
15000
20000
25000
0 125 250 375 500 625
21
de pastejo avaliados, do capim-milênio adubado com as doses de N de 0; 150; 300 e
450 kg ha
-1
por ano. ANDRADE et al. (2003) estudaram a interação N (100; 200 e 400
kg ha
-1
de N) x K (50; 100 e 200 kg ha
-1
de K
2
O) e verificaram que apenas o nitrogênio
influenciou na massa seca de folhas do capim-elefante (Pennisetum purpureum), e o
modelo linear de regressão apresentou melhor ajuste. O efeito linear observado por
LUGÃO et al. (2001), ANDRADE et al. e FAGUNDES et al. (2005) foi devido,
provavelmente, às menores doses de N utilizadas.
A adubação nitrogenada aumentou a massa de colmos + bainhas do capim-
-xaraés no período chuvoso e no total (Figura 6a e 6c). Não houve efeito residual da
adubação nitrogenada no período seco (Figura 8b).
a)
b)
Massa de colmos + bainhas no pré-pastejo (kg ha
-1
)
----
Ŷ = 5896+10,5301X-0,01106X
2
R
2
=0,76*
Ŷ = 1652
c)
----
Ŷ = 7247+12,1339X-0,01246X
2
R
2
=0,80**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 6. Massa de colmos + bainhas no pré-pastejo do capim-xaraés adubado com
nitrogênio. a, b e c correspondem a soma no período chuvoso, a soma no
período seco e a soma no total. * e ** Significativo a 5 e 1% pelo teste F,
respectivamente.
0
3000
6000
9000
12000
0 125 250 375 500 625
0
3000
6000
9000
12000
0 125 250 375 500 625
0
3000
6000
9000
12000
0 125 250 375 500 625
22
O modelo matemático de segundo grau foi o que deu melhor ajuste. A máxima
massa de colmos de 8.402 (período chuvoso) e 10.197 (total) kg ha
-1
foi obtida com as
doses de 476 e 504 kg ha
-1
de N, respectivamente. Considerando a dose de 335 kg ha
-1
de N (item 4.1), observa-se, no total, massa de colmos de 9.914 kg ha
-1
, o que
corresponde à diferença de produção de colmos + bainhas de 283 kg ha
-1
para
diferença de 169 kg ha
-1
de N.
Com o modelo quadrático de regressão e a dose de 504 kg ha
-1
de N, observou-
-se produção de lâminas foliares de 16.472 kg ha
-1
(Figura 5a). Considerando esta dose
de N (504 kg ha
-1
), aplicada à massa de colmos + bainhas (Figura 6a), observou-se
produção de colmos de 8.394 kg ha
-1
, ou seja, a relação lâmina colmo foi de 1,9. Com o
modelo de regressão linear segmentada e a dose de 354 kg ha
-1
de N (Figura 4a, item
4.1), observou-se produção de lâminas foliares de 16.054 kg ha
-1
. Considerando esta
dose de N (354 kg ha
-1
), aplicada à massa de colmos + bainhas (Figura 6a), observou-
-se produção de colmos de 7.677 kg ha
-1
, ou seja, a relação lâmina:colmo foi de 2,1.
Isto demonstra que, com o modelo de regressão linear segmentada, a relação
lâmina:colmo aumentou em 0,2 unidade, e a quantidade aplicada de N diminuiu em 150
kg ha
-1
.
Resultados diferentes aos do capim-xaraés (Figura 6) foram relatados por
SARMENTO et al. (2005), que adubaram o capim-milênio com as doses de N de 0; 150,
300 e 450 kg ha
-1
e encontraram aumento linear da massa de colmos + bainhas,
devido, provavelmente, à aceleração do desenvolvimento da planta em função da
adubação com nitrogênio, alongando, assim, o colmo, que “busca” ambiente luminoso
para emissão de novas lâminas foliares. MAGALHÃES et al. (2007) também
observaram, na soma de três cortes, aumento linear na massa de colmos do capim-
-braquiária adubado com 100; 200 e 300 kg ha
-1
de N.
A adubação nitrogenada não influenciou na massa de material senescente do
capim-xaraés no período chuvoso, no período seco e no total (Figura 7), com médias de
4.298; 1.583 e 5.881 kg ha
-1
, respectivamente. Resultados diferentes dos observados
para o capim-xaraés (Figura 7) foram relatados na literatura. SARMENTO et al. (2005)
observaram que o aumento das doses de nitrogênio aumentaram o material senescente
23
do capim-milênio, o que não é desejável pois este componente da parte aérea não é,
preferencialmente, consumido pelos animais.
a)
b)
Massa de material senescente no pré-pastejo (kg ha
-1
)
Ŷ = 4298 Ŷ = 1583
c)
Ŷ = 5881
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 7. Massa de material senescente no pré-pastejo do capim-xaraés adubado com
nitrogênio. a, b e c correspondem a soma no período chuvoso, a soma no
período seco e a soma no total.
A adubação nitrogenada aumentou a massa de forragem do capim-xaraés no
pré-pastejo (Figura 8). A produção de forragem no período chuvoso e no total, em
função da adubação nitrogenada, ajustou-se ao modelo polinomial de segundo grau e
de regressão linear segmentada.
No período chuvoso, considerando o modelo de regressão de segundo grau, a
máxima massa de forragem foi de 29.123 kg ha
-1
, obtida com 453 kg ha
-1
de N,
respectivamente. Com a dose de 354 kg ha
-1
de N (Figura 4a) tem-se, com o modelo de
regressão linear segmentada, massa de forragem no pré-pastejo de 28.873 kg ha
-1
.
0
2000
4000
6000
8000
0 125 250 375 500 625
0
2000
4000
6000
8000
0 125 250 375 500 625
0
2000
4000
6000
8000
0 125 250 375 500 625
24
Comparando-se os dois modelos, foi observado, no período chuvoso, diferença de
apenas 306 kg ha
-1
de massa de forragem para diferença de 99 kg ha
-1
de N.
A adubação nitrogenada (0; 150; 300; 450 e 600 kg ha
-1
de N por ano) também
aumentou a massa de forragem no pré-pastejo, do capim-braquiária em recuperação,
no estudo feito por SILVEIRA (2009), e a dose de 426 kg ha
-1
de N por ano, no segundo
ano de avaliação, foi a responsável pela máxima massa de forragem (21.108 kg ha
-1
).
Utilizando doses menores do que as deste experimento (75; 150; 225 e 300 kg ha
-1
de
N por ano), FAGUNDES et al. (2005) observaram aumento linear no acúmulo de
forragem do capim-braquiária.
a)
b)
Massa de forragem no pré-pastejo (kg ha
-1
)
----
Ŷ = 22763+28,0646X-0,03096X
2
R
2
=0,88**
____
Ŷ = 28873-17,2963*(330,2-X) R
2
=0,49**
---- Ŷ = 7152+2,3009X R
2
=0,60**
c)
----
Ŷ = 29724+32,6666X-0,03464X
2
R
2
=0,86*
____
Ŷ = 37119-22,0676*(319,7-X) R
2
=0,48**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 8. Massa de forragem no pré-pastejo do capim-xaraés adubado com nitrogênio.
a, b e c correspondem a soma no período chuvoso, a soma no período seco
e a soma no total. * e ** Significativo a 5 e 1% pelo teste F, respectivamente.
16000
22000
28000
34000
40000
0 125 250 375 500 625
0
8000
16000
24000
32000
40000
0 125 250 375 500 625
16000
22000
28000
34000
40000
0 125 250 375 500 625
25
A adubação nitrogenada aumentou a massa de forragem do capim-xaraés no
total (Figura 8c). Observou-se que, independentemente do modelo de regressão, a
máxima massa de forragem foi de, aproximadamente, 37 t ha
-1
. LASCANO et al. (2002)
apresentaram resultados de 30 t ha
-1
de massa de forragem do capim-xaraés.
OLIVEIRA (2006) relatou que a massa de forragem do capim-marandu foi de 20 a 25 t
ha
-1
; a do capim-tanzânia foi de 30 a 40 t ha
-1
; a do capim-mombaça foi de 40 a 50 t
ha
-1
, e para o capim-elefante, de 40 a 60 t ha
-1
. ALVIM et al. (2003) relataram para a
espécie Cynodon dactylon cv florakirk valores de massa de forragem de
aproximadamente 28 t ha
-1
. BOTREL et al. (1999) apresentaram massa de forragem do
capim-andropogon (Andropogon gayanus) de aproximadamente 12 t ha
-1
. A partir dos
resultados relatados na literatura, observa-se que a massa de forragem do capim-
-xaraés (Figura 8) foi maior que outras cultivares de Brachiaria e similar a algumas
cultivares de Panicum.
4.2.2 Pós-pastejo
A adubação nitrogenada diminuiu a massa de lâmina foliar no pós-pastejo no
período chuvoso e no total, e o modelo quadrático apresentou melhor ajuste dos dados
(Figuras 9a e 9c), e a menor produção de massa de lâmina foliar no s-pastejo (2.177
e 1.839 kg ha
-1
) foi obtida com as doses de N de 385 e 428 kg ha
-1
, respectivamente.
A menor massa de lâminas foliares no pós-pastejo (Figuras 9a e 9c) não é
desejável, pois segundo SARMENTO et al. (2005), a maior massa de lâmina foliar na
condição de pós-pastejo indica maior possibilidade de recuperação das plantas e maior
produção no ciclo seguinte. Houve efeito residual da adubação nitrogenada,
propiciando aumento da massa de lâmina foliar no período seco (Figura 9b), com o
ponto de máxima massa de lâmina foliar obtido com 290 kg ha
-1
de N.
A adubação nitrogenada não influenciou na massa de colmos + bainhas do
capim-xaraés (Figura 10), com médias de 2.880; 958 e 3.839 kg ha
-1
, respectivamente,
no período chuvoso, no período seco e no total. Isto ocorreu, provavelmente, porque a
altura do resíduo pós-pastejo foi estabelecida em 24-27 cm, assim a massa de colmos
+ bainhas não foi influenciada pela adubação nitrogenada.
26
a)
b)
Massa de lâminas foliares no pós-pastejo (kg ha
-1
)
----
Ŷ = 2733-2,8889X+0,00375X
2
R
2
=0,98**
----
Ŷ = 525,8+0,6779X-0,00117X
2
R
2
=0,79
+
c)
----
Ŷ = 3258-2,2110X-0,00258X
2
R
2
=0,94**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 9. Massa de lâminas foliares no pós-pastejo do capim-xaraés adubado com
nitrogênio. a, b e c correspondem a soma no período chuvoso, a soma no
período seco e a soma no total.
+
e ** Significativo a 10 e 1% pelo teste F,
respectivamente.
Resultados distintos em relação à massa de colmos + bainhas do capim-xaraés
(Figura 10) foram encontrados por SARMENTO et al. (2005), tendo sido observado que,
nos quatro ciclos de pastejo avaliados, a adubação nitrogenada aumentou linearmente
a massa de colmos.
A adubação nitrogenada diminuiu a produção de massa de material senescente
do capim-xaraés no período chuvoso, no período seco e no total (Figura 11), o que é
desejável, pois o material senescente não é, preferencialmente, consumido pelos
animais.
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
27
a) b)
Massa de colmos + bainhas no pós-pastejo (kg ha
-1
)
Ŷ = 2880
Ŷ = 958
c)
Ŷ = 3839
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 10. Massa de colmos + bainhas no pós-pastejo do capim-xaraés adubado com
nitrogênio. a, b e c correspondem a soma no período chuvoso, a soma no
período seco e a soma no total.
A adubação com nitrogênio diminuiu linearmente a massa de forragem no pós-
-pastejo do capim-xaraés no período chuvoso e no total (Figuras 12a e 12c). No período
chuvoso e no total, houve ajuste dos dados ao modelo de regressão linear segmentada.
No período chuvoso, considerando a dose de 354 kg ha
-1
de N (Figura 4a), tem-se, com
o modelo de regressão linear e com o modelo linear segmentado, massa de forragem
no pós-pastejo de 8.460 e 8.361, respectivamente.
A menor massa de forragem com o aumento da adubação nitrogenada pode
estar relacionada, provavelmente, ao manejo adotado (intervalo fixo de descanso da
pastagem de 28 dias), o que propiciou menor resíduo de forragem.
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
28
a)
b)
Massa de material senescente no pós-pastejo (kg ha
-1
)
----
Ŷ = 3637-1,1334X R
2
=0,60**
----
Ŷ = 921-0,39121X R
2
=0,60**
c)
----
Ŷ = 4559-1,52462X R
2
=0,69**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 11. Massa de material senescente no pós-pastejo do capim-xaraés adubado
com nitrogênio. a, b e c correspondem a soma no período chuvoso, a soma
no período seco e a soma no total. ** Significativo a 1% pelo teste F.
Resultados diferentes aos do capim-xaraés neste experimento (Figura 12), são
relatados na literatura. Aplicando doses de N de 101,5; 145; 185,5 e 232 kg ha
-1
,
QUADROS et al. (2002) observaram efeito linear crescente para a massa seca de
forragem verde (massa seca de folhas + massa seca de hastes) dos capins tanzânia e
mombaça. Aumento na massa do resíduo também foi observado por SARMENTO et al.
(2005), que verificaram para o capim-milênio que as doses de N de 0; 150; 300 e 450
kg ha
-1
resultaram, na média de quatro ciclos, em 705; 4319; 6135 e 5968 kg ha
-1
,
respectivamente.
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
0
1000
2000
3000
4000
5000
0 125 250 375 500 625
29
a)
b)
Massa de forragem no pós-pastejo (kg ha
-1
)
----
Ŷ = 9064-1,70582X R
2
=0,79**
____
Ŷ = 8117+2,2631*(462,0-X) R
2
=0,66**
---- Ŷ = 2498-0,54497X R
2
=0,60**
c)
----
Ŷ = 11564-2,25080X R
2
=0,80**
____
Ŷ = 10345+3,2191*(427,2-X) R
2
=0,70**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 12. Massa de forragem no pós-pastejo do capim-xaraés adubado com
nitrogênio. a, b e c correspondem a soma no período chuvoso, a soma no
período seco e a soma no total. ** Significativo a 1% pelo teste F.
4.3 Altura de plantas
A adubação nitrogenada, na média do período chuvoso, aumentou a altura de
plantas, e o mesmo aconteceu com relação à média do total, tendo sido observado
ajuste tanto ao modelo quadrático de regressão quanto ao modelo de regressão linear
segmentada (Figuras 13a e 13c). Não houve efeito residual da adubação nitrogenada
na média da altura das plantas no período seco (Figura 13b).
O aumento da altura de plantas, em função da adubação nitrogenada (Figura
13), ocorreu devido ao alongamento do colmo provocado pela adubação nitrogenada.
Segundo SARMENTO et al. (2005), o alongamento do colmo, devido à adubação
6000
8000
10000
12000
0 125 250 375 500 625
0
3000
6000
9000
12000
0 125 250 375 500 625
6000
8000
10000
12000
0 125 250 375 500 625
30
nitrogenada, ocorre por causa da aceleração do desenvolvimento da planta, que
procura ambiente luminoso para a fotossíntese e emissão de novas folhas. Outro fator
que pode ter contribuído para o aumento na altura de plantas do capim-xaraés
(Figura13), foi o intervalo fixo de descanso do pasto. VOLTOLINI et al. (2010) citaram
que o intervalo variável de descanso do pasto, baseado em 95% de interceptação de
luz pelo dossel, para a entrada dos animais nas parcelas, propiciou menor altura do
capim-elefante quando comparado ao intervalo fixo de descanso de 26 dias. Em
relação ao período seco (Figura 13b), FAGUNDES et al. (2006) descreveram que o
alongamento do colmo é maior no verão devido às condições favoráveis de luz,
temperatura e, principalmente, disponibilidade de água e nutrientes.
a)
b)
Altura de plantas (cm)
---- Ŷ = 47,17+0,05236X-0,000045X
2
R
2
=0,98**
____
Ŷ = 62,2-0,0351*(409,9-X) R
2
=0,75**
Ŷ = 48,8
c)
----
Ŷ = 48,06+0,0391X-0,000037X
2
R
2
=0,98**
____
Ŷ = 58,0-0,0086*(358,9-X) R
2
=0,62**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 13. Altura de plantas do capim-xaraés adubado com nitrogênio. a, b e c
correspondem a dia no período chuvoso, a média no período seco e a
média no total. ** Significativo a 1% pelo teste F.
40
45
50
55
60
65
0 125 250 375 500 625
40
45
50
55
60
65
0 125 250 375 500 625
40
45
50
55
60
65
0 125 250 375 500 625
31
No período chuvoso, considerando a dose de 354 (Figura 4a) kg ha
-1
de N e o
modelo quadrático de regressão e de regressão linear segmentada, a altura de plantas
foi de 60,1 e 60,2 cm, respectivamente, ou seja, independentemente, do modelo de
regressão a altura de plantas foi a mesma.
Resultados diferentes dos observados para a altura de plantas do capim-xaraés
neste experimento (Figura 13) foram encontrados por QUADROS et al. (2002) que
observaram que a adubação com 101,5; 145; 185,5 e 232 kg ha
-1
de N, associado às
doses de P e K, também aumentou a altura de plantas dos capins mombaça e
tanzânia; no entanto, o modelo linear de regressão apresentou o melhor ajuste. MELLO
(2002) relatou o mesmo ajuste linear entre adubação nitrogenada e altura de plantas
para o capim-tanzânia (Panicum maximum). Nos dois experimentos citados o efeito
linear observado pode ser resultado, provavelmente, das menores doses de N
utilizadas.
4.4 Densidade de perfilhos
A adubação com nitrogênio, médias do período chuvoso, do período seco e do
total, aumentou a densidade de perfilhos do capim-xaraés e houve ajuste dos dados
aos modelos matemáticos de segundo grau e de regressão linear segmentada (Figura
14).
Segundo ALEXANDRINO et al. (2004), o fornecimento de nitrogênio por meio da
adubação é fundamental para que haja perfilhamento, e plantas que não recebem este
nutriente têm sua densidade de perfilhos e a massa de forragem prejudicadas. Em
condições climáticas normais, a omissão de N foi o tratamento que mais limitou o
número de perfilhos do capim-marandu e, consequentemente, a massa de forragem
(MONTEIRO et al., 1995).
No período chuvoso (Figura 14a), considerando a dose de 354 (Figura 4a, item
4.1) kg ha
-1
e o modelo quadrático de regressão e de regressão linear segmentada, a
densidade de perfilhos foi de 553 e 539, respectivamente, ou seja, independentemente
do modelo de regressão, a densidade de perfilhos foi semelhante.
32
a)
b)
Densidade de perfilhos (Nº m
-2
)
----
Ŷ = 446,0+0,5415X-0,000672X
2
R
2
=0,86**
____
Ŷ = 539,3-0,6957*(159,4-X) R
2
=0,65**
----
Ŷ = 368,3+0,4353X-0,000641X
2
R
2
=0,60
+
c)
----
Ŷ = 427,4+0,4974X-0,000638X
2
R
2
=0,84**
____
Ŷ = 508,7-0,6784*(139,0-X) R
2
=0,72**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 14. Densidade de perfilhos do capim-xaraés adubado com nitrogênio. a, b e c
correspondem a média no período chuvoso, a dia no período seco e a
média no total.
+
e ** Significativo a 10 e 1% pelo teste F, respectivamente.
Resultados semelhantes aos do capim-xaraés neste experimento (Figura 14)
foram encontrados para o capim-marandu no estudo conduzido por SILVA et al. (2005),
onde a adubação nitrogenada (0; 50; 100; 200; 400 e 800 kg ha
-1
de N por ano)
aumentou o número de perfilhos, e a dose de N de 376 kg ha
-1
foi responsável pelo
máximo perfilhamento.
Resultados diferentes dos observados para o capim-xaraés, para a densidade de
perfilhos (Figura 5), foram verificados por FAGUNDES et al. (2005). Estes autores
relataram aumento linear no número de perfilhos do capim-braquiária pastejado por
bovinos com adubações de N de 75; 150; 225 e 300 kg ha
-1
. A adubação com 75; 150;
300
350
400
450
500
550
600
0 125 250 375 500 625
300
400
500
600
0 125 250 375 500 625
300
350
400
450
500
550
0 125 250 375 500 625
33
225 e 300 kg ha
-1
de N também aumentou linearmente o número de perfilhos do capim-
-braquiária sob lotação contínua, no período de fevereiro a abril de 2003 (MORAIS et al.
2006), aumentando de 1.618 para 3.525 perfilhos por m
2
da menor para a maior dose
utilizada, respectivamente.
4.5 Índice de área foliar
A adubação nitrogenada, médias do período chuvoso, do período seco e do total,
aumentou o índice de área foliar do capim-xaraés, tendo sido verificado ajuste dos
dados aos modelos de regressão quadrática e de regressão linear segmentada (Figura
15). O efeito residual da adubação com nitrogênio aumentou linearmente o índice de
área foliar do capim-xaraés (Figura 15b).
A altura de plantas (Figura 13) e a densidade de perfilhos (Figura 14) têm sua
importância associada a outras características estruturais do pasto, como o número de
folhas por perfilho e o tamanho da folha, os quais são componentes determinantes do
índice de área foliar (Figura 15). Este índice, de acordo com CHAPMAN & LAMAIRE
(1993), influencia a interceptação da luz e, consequentemente, na dinâmica de rebrota
do pasto, pois a produtividade das pastagens depende da capacidade das gramíneas
em reconstituírem nova área foliar após desfolha intensa. De acordo com BATISTA
(2002), a área foliar é importante parâmetro para a análise de crescimento e
desenvolvimento das plantas, pois quanto maior a área foliar maior a superfície de
exposição das folhas e, portanto, maior a capacidade fotossintética da planta com
consequente aumento na produção de forragem.
No período chuvoso (Figura 15a), considerando a dose de 354 (Figura 4a) kg
ha
-1
e o modelo quadrático de regressão e de regressão linear segmentada, o índice de
área foliar foi de 5,53 e 5,52, respectivamente, ou seja, independentemente do modelo
de regressão, o índice de área foliar foi igual.
34
a)
b)
Índice de área foliar
---- Ŷ = 3,3653+0,0093X-0,000009X
2
R
2
=0,98**
____
Ŷ = 5,527-0,659*(315,8-X) R
2
=0,65**
---- Ŷ = 3,7946+0,00281X R
2
=0,65*
c)
---- Ŷ = 3,3593+0,0080X-0,000008X
2
R
2
=0,98**
____
Ŷ = 5,219-0,00548*(324,1-X) R
2
=0,60**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 15. Índice de área foliar do capim-xaraés adubado com nitrogênio. a, b e c
correspondem a média no período chuvoso, a média no período seco e a
média no total. * e ** Significativo a 5 e 1% pelo teste F, respectivamente.
4.6 Perdas de forragem no pastejo
A adubação nitrogenada aumentou as perdas de forragem no pastejo do capim-
-xaraés (Figuras 16a e 16c). No período chuvoso e no total, observou-se ajuste dos
dados aos modelos de regressão quadrática e de regressão linear segmentada.
O aumento das perdas no pastejo observadas no capim-xaraés (Figura 16) pode
estar relacionado, segundo SILVA & PEDREIRA (1997), ao intervalo fixo de descanso
da pastagem, que aumenta a altura do pasto e as perdas de forragem. O aumento na
altura de plantas (Figura 13), apesar de aumentar a forragem disponível, aumentou as
perdas de forragem no pastejo (Figura 16), ou seja, o aumento na altura de plantas não
3
4
5
6
0 125 250 375 500 625
3
4
5
6
0 125 250 375 500 625
3
4
5
6
0 125 250 375 500 625
35
reflete em maior produção, sendo preciso quantificar o acúmulo de forragem, que, de
acordo com ALEXANDRINO et al. (2008), é o principal componente da capacidade de
suporte da pastagem. CANTO et al. (2001) observaram que quanto maior a altura do
pasto maior foi a massa de forragem na condição de pré-pastejo, variando de 2.405 kg
ha
-1
na altura de 24,6 cm para 5.394 kg ha
-1
na altura de 71,4 cm.
No período chuvoso (Figura 16a), considerando a dose de 354 (Figura 4a, item
4.1) kg ha
-1
e o modelo quadrático de regressão e de regressão linear segmentada, as
perdas no pastejo foram de 10.642 e 10.144 kg ha
-1
, respectivamente, ou seja,
independentemente do modelo de regressão, as perdas no pastejo foram semelhantes.
a)
b)
Perdas de forragem no pastejo (kg ha
-1
)
----
Ŷ = 5762+24,3934X-0,02997X
2
R
2
=0,98**
____
Ŷ = 10144-20,1991*(218,7-X) R
2
=0,61**
Ŷ = 2637
c)
----
Ŷ = 8629+22,7400X-0,02797X
2
R
2
=0,88*
____
Ŷ = 12716-15,7311*(250,0-X) R
2
=0,72**
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 16. Perdas de forragem no pastejo do capim-xaraés adubado com nitrogênio. a,
b e c correspondem a soma no período chuvoso, no período seco e no total,
respectivamente. * e ** Significativo a 5 e1% pelo teste F, respectivamente.
0
4000
8000
12000
16000
0 125 250 375 500 625
0
4000
8000
12000
16000
0 125 250 375 500 625
0
4000
8000
12000
16000
0 125 250 375 500 625
36
4.7 Eficiência de conversão do N fertilizante em forragem
A maior eficiência de conversão do N fertilizante em forragem para o capim-
-xaraés, no período chuvoso e no total, foi obtida com a dose de N de 125 kg ha
-1
(Figuras 17a e 17b). Observaram-se três níveis de eficiência, o primeiro de 53 kg de AF
por kg de N obtido com a dose de N de 125 kg ha
-1
, o segundo obtido com as doses de
N de 250 e 375 kg ha
-1
N e o terceiro obtido com as doses de N de 500 e 625 kg ha
-1
. A
partir da dose de N de 125 kg ha
-1
, verificou-se diminuição da eficiência, o que pode
estar relacionado a muitos fatores. Segundo CANTARELLA (2007), os principais fatores
são capacidade de absorção e utilização do N pelas cultivares, a lixiviação de nitrato e
a volatilização da amônia, sendo que a lixiviação e a volatilização, dependendo das
condições ambientais, podem ser intensificadas. CANTARELLA et al. (2001) concluíram
que as perdas de nitrogênio da ureia foram maiores nos três primeiros dias após a
adubação, e que a volatilização da amônia aumentou com a adubação, apresentando
valores de 14,6 e 40,2% de perdas por volatilização quando a dose de N aumentou de
25 para 200 kg ha
-1
de N por corte. Ainda segundo estes autores, até 53% do nitrogênio
aplicado podem ser perdidos por volatilização com a falta de chuva nos três primeiros
dias após a adubação.
a)
b)
Eficiência de conversão do N
fertilizante em forragem (%)
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 17. Eficiência de conversão do N fertilizante em forragem do capim-xaraés
adubado com nitrogênio. a e b correspondem a média no período chuvoso e
no total, respectivamente.
40
19
22
15
11
0
20
40
60
0 125 250 375 500 625
53
25
27
18
15
0
20
40
60
0 125 250 375 500 625
37
Resultados de eficiência de conversão do N fertilizante em forragem,
semelhantes ao do capim-xaraés (Figura 17), foram observados no capim-tifton 68
amostrado em intervalo de corte de quatro semanas e adubado com 100; 200; 400 e
600 kg ha
-1
de N e valores de eficiência de conversão do N fertilizante em forragem de
39; 36; 29 e 18, respectivamente (ALVIM et al., 2000). ANDRADE et al. (2003) também
observaram baixa eficiência de conversão do N fertilizante em forragem, com valores de
apenas 2,86 kg de massa de forragem por kg de nitrogênio aplicado. De acordo com os
autores, a baixa eficiência pode ser devida às perdas no pastejo e também à morte e
senescencia desse material.
Os valores observados para a eficiência de conversão do N fertilizante em
forragem do capim-xaraés (Figura 17) foram diferentes dos obtidos por FAGUNDES et
al. (2005), em que a máxima eficiência (57 kg de AF por kg de N) para o capim-
-braquiária (Brachiaria decumbens) foi alcançada com 75 kg ha
-1
de N. Entretanto, os
autores também verificaram diminuição da eficiência com doses maiores de nitrogênio.
VELLINGA et al. (2010) estudaram o efeito direto e residual da adubação nitrogenada
(0; 40; 80 e 120 kg ha
-1
de N por corte) em pastagens de clima temperado e
observaram diminuição da eficiência de conversão do N fertilizante em forragem a partir
de 40 kg ha
-1
de N. Resultados diferentes foram observados por MAGALHÃES et al.
(2007), em que a adubação com nitrogênio aumentou a eficiência de conversão do N
fertilizante em forragem do capim-braquiária (Brachiaria decumbens) com a máxima
eficiência obtida com 245 kg ha
-1
de N. Os resultados de MAGALHÃES et al. (2007)
diferem dos encontrados no capim-xaraés neste experimento, primeiro devido à cultivar
avaliada, depois ao fato de que estes autores não consideraram o pastejo dos animais,
o que pode resultar em efeitos positivos da adubação nitrogenada na eficiência de
conversão do N fertilizante em forragem.
4.8 Eficiência de pastejo
A eficiência de pastejo foi baixa em todas as doses e em todos os períodos
avaliados (Figura 18), e observou-se aumento da eficiência de pastejo à medida que a
adubação aumentou. Isto pode ter ocorrido porque no cálculo da eficiência de
38
utilização, considera-se a massa de forragem no pré-pastejo, a massa de forragem no
pós-pastejo e as perdas pelo pastejo, tendo sido observado que a massa de forragem
no pré-pastejo (Figura 10) e as perdas de forragem no pastejo (Figura 16) aumentaram
com a adubação nitrogenada, enquanto a massa de forragem no pós-pastejo diminuiu
com o fornecimento de nitrogênio (Figura 14).
a)
b)
Eficiência de pastejo (%)
c)
Nitrogênio (kg ha
-
1
)
Figura 18. Eficiência de pastejo do capim-xaraés à adubação nitrogenada. a, b e c
correspondem a média da eficiência de pastejo no período chuvoso, no
período seco e no total, respectivamente.
Os baixos valores de eficiência de pastejo do capim-xaraés (Figura 18) podem
ser devidos ao intervalo fixo de descanso da pastagem. Segundo SILVA & PEDREIRA
(1997), o intervalo fixo de descanso aumenta a oferta de forragem aos animais, mas,
em contrapartida, diminuição na eficiência de pastejo que atinge aproximadamente
33%. BRAGA et al. (2007) observaram que, no segundo ano de avaliação, a eficiência
de pastejo diminuiu de 55; 30; 23 e 15%, quando a oferta de forragem aumentou em 5;
10; 15 e 20 kg de forragem para cada 100 kg de peso vivo, respectivamente. Ressalta-
29
34
30
33
36
37
0
20
40
60
0 125 250 375 500 625
15
48
33
38
41
42
0
20
40
60
0 125 250 375 500 625
25
37
31
34
37
38
0
20
40
60
0 125 250 375 500 625
39
-se que a eficiência de pastejo não atingiu a meta para boa produção de pastagens
cultivadas, que está entre 50 e 60%, enquanto para a manutenção das espécies
desejáveis a meta de eficiência de pastejo está entre 30 e 40% (CARVALHO et al.,
2004).
40
5. CONCLUSÕES
a) A dose de N de 354 kg ha
-1
propicia o máximo acúmulo de forragem do capim-
-xaraés.
b) A dose de N de 250 kg ha
-1
por ano proporciona 90% do acúmulo de forragem
máximo.
c) A adubação nitrogenada aumenta as características estruturais do capim-xaraés.
d) A maior eficiência de conversão do N fertilizante em forragem é obtida com a dose de
N de 125 kg ha
-1
.
e) A eficiência de pastejo do capim-xaraés aumenta com a adubação nitrogenada e
ficou abaixo de 50%.
41
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