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envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e
gerenciamento de forma efetiva e eficaz;
V - Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o
gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos físicos e materiais e de
informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores
ou lideranças na equipe de saúde;
VI - Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua
formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e
ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações
de profissionais, mas proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros
profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade
acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e internacionais.
Art. 5º A formação do Terapeuta Ocupacional tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos
requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades específicas:
I - relacionar a problemática específica da população com a qual trabalhará, com os seus processos
sociais, culturais e políticos e perceber que a emancipação e a autonomia da população atendida são os
principais objetivos a serem atingidos pelos planos de ação e tratamento;
II - conhecer os fatores sociais, econômicos, culturais e políticos da vida do país, fundamentais à
cidadania e a prática profissional;
III - reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida
como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
IV - compreender as relações saúde-sociedade como também as relações de exclusão-inclusão social,
bem como participar da formulação e implementação das políticas sociais, sejam estas setoriais (políticas
de saúde, infância e adolescência, educação, trabalho, promoção social, etc) ou intersetoriais;
V - reconhecer as intensas modificações nas relações societárias, de trabalho e comunicação em âmbito
mundial assim como entender os desafios que tais mudanças contemporâneas virão a trazer;
VI - inserir-se profissionalmente nos diversos níveis de atenção à saúde, atuando em programas de
promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, assim como em programas de promoção e
inclusão social, educação e reabilitação;
VII - explorar recursos pessoais, técnicos e profissionais para a condução de processos terapêuticos
numa perspectiva interdisciplinar;
VIII - compreender o processo de construção do fazer humano, isto é, de como o homem realiza suas
escolhas ocupacionais, utiliza e desenvolve suas habilidades, se reconhece e reconhece a sua ação;
IX - identificar, entender, analisar e interpretar as desordens da dimensão ocupacional do ser humano e a
utilizar, como instrumento de intervenção, as diferentes atividades humanas quais sejam as artes, o
trabalho, o lazer, a cultura, as atividades artesanais, o auto-cuidado, as atividades cotidianas e sociais,
dentre outras;
X - utilizar o raciocínio terapêutico ocupacional para realizar a análise da situação na qual se propõe a
intervir, o diagnóstico clínico e/ou institucional, a intervenção propriamente dita, a escolha da abordagem
terapêutica apropriada e a avaliação dos resultados alcançados.
XI - desempenhar atividades de assistência, ensino, pesquisa, planejamento e gestão de serviços e de
políticas, de assessoria e consultoria de projetos, empresas e organizações.
XII - conhecer o processo saúde-doença, nas suas múltiplas determinações contemplando a integração
dos aspectos biológicos, sociais, psíquicos, culturais e a percepção do valor dessa integração para a vida
de relação e produção;
XIII - conhecer e analisar a estrutura conjuntural da sociedade brasileira em relação ao perfil de produção
e da ocupação dos diferentes indivíduos que a compõe;
XIV - conhecer as políticas sociais (de saúde, educação, trabalho, promoção social e, infância e
adolescência) e a inserção do terapeuta ocupacional nesse processo;
XV - conhecer e correlacionar as realidades regionais no que diz respeito ao perfil de morbi-mortalidade e
as prioridades assistenciais visando à formulação de estratégias de intervenção em Terapia Ocupacional;
XVI - conhecer a problemática das populações que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes
de inserção e participação na vida social;
XVII - conhecer a influência das diferentes dinâmicas culturais nos processos de inclusão, exclusão e
estigmatização;