Download PDF
ads:
Danielle Mello Ferreira
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DE UM WEB FÓRUM
POR MEIO DE RUBRICAS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação da Fundação Cesgranrio,
como requisito para a obtenção do título
de Mestre em Avaliação
Orientadora: Profa. Dra. Angela Carrancho da Silva
Rio de Janeiro
2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Ficha catalográfica elaborada por Vera Maria da Costa Califfa (CRB7/2051)
Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial
desta dissertação.
Assinatura Data
F 383 Ferreira, Danielle Mello.
Proposta de Avaliação de um Web Fórum por meio de
Rubricas / Danielle Mello Ferreira - 2009.
107 f.; 30 cm.
Orientadora: Profa. Dra. Angela Carrancho da Silva.
Dissertação (Mestrado Profissional em Avaliação) -
Fundação Cesgranrio, 2009.
Bibliografia: f. 102 - 104.
Universidades e faculdades – Avaliação. 2. Educação a
Distancia. I. Silva, Ângela Carrancho da. II. Título.
CDD 378.81
ads:
DANIELLE MELLO FERREIRA
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DE UM FÓRUM POR MEIO DE RUBRICAS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação da Fundação Cesgranrio,
como requisito para a obtenção do título
de Mestre em Avaliação
Aprovada em
~
b
~_
~~~
__
J.
~~
_
~
::.-;:~
__
~
__
-tf2
'-::..
___________
_
I
Profa.
Ora
. CHRISTINA MARíLIA TEIXEIRA DA SILVA
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Dedico aos meus pais pelos incentivos,
encorajamento, dedicação, exemplo e
confiança; pessoas fundamentais em
minha vida.
AGRADECIMENTOS
À Professora Doutora Angela Carrancho da Silva pela excelente orientação,
dedicação e paciência.
À Professora Doutora Christina Marilia Teixeira da Silva e ao Professor Doutor
Delmo Mattos da Silva pela participação na Banca Examinadora e oportunas
sugestões.
À Coordenadora do Mestrado Profissional, Professora Doutora Ligia Elliot pelos
incentivos e a toda equipe de professores pela dedicação.
À Fundação Cesgranrio, pela bolsa parcial de estudos concedida.
Ao revisor Prof. Walter Pereira Valverde Júnior pela paciência, comprometimento e
dedicação ao revisar este trabalho.
Aos estatísticos Antonio Pio e Simara Guimarães pelas contribuições acadêmicas.
Aos amigos do Mestrado pela companhia e troca de experiências durante esses
anos.
A Universo – Universidade Salgado de Oliveira, pela oportunidade e confiança,
especialmente a professora Marlene Salgado de Oliveira, que com seu exemplo de
educadora e empreendedora contribui significativamente para minha formação
pessoal e profissional.
A todos os meus familiares e amigos que direta e indiretamente contribuíram para
conclusão de mais essa etapa importante da minha vida, especialmente a minha tia
Ana, a quem eu gostaria muito que estivesse por perto para compartilhar comigo
essa vitória.
Agradeço a DEUS pelo dom da vida e por ter iluminado meus caminhos durante
todos esses anos.
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a proposta de construção e
validação de rubricas para avaliação de um Fórum de Discussão lançado em um
Ambiente Virtual de Aprendizagem de uma universidade privada, especificamente no
curso de graduação em Ciências Biológicas, na disciplina Dinâmica da
Aprendizagem. As rubricas são apresentadas como proposta de uma avaliação
autêntica e como um referencial para que os estudantes tenham ciência dos critérios
estabelecidos para avaliação desta atividade, direcionando ainda para os níveis de
participação esperados. Desta forma, entende-se que o foco da avaliação se volta
para o processo e não só para o produto, visando à análise dos dados quantitativos
e qualitativos que contribuíram significativamente para uma análise do desempenho
dos estudantes e da turma. De acordo com os resultados obtidos, percebe-se que os
estudantes não compreenderam o que é interatividade e sua importância para o
processo de educação on line. Pode-se constatar também a necessidade de uma
mudança na postura do professor, para atuar com este tipo de ferramenta.
Palavras-chave: Avaliação. Rubricas. Educação on line. Fórum.
ABSTRACT
The main purpose of this study is to present a proposal of construction and validation
of rubrics to evaluate a web-forum in an undergraduate on line Biology course.
Rubrics are presented as a proposal for authentic evaluation as well as a model for
students to get acquainted with established criteria to evaluate such an activity. It
was hoped too that rubrics engage students in the process. The evaluation focused
on both process and product and aimed at quantitative and qualitative data analysis.
According to the results, it was noticed that the students did not understand what
interactivity is and its importance for the on line learning process. It could also be
noticed the need of a change in teachers altitudes towards this kind of interfaces so
that they can offer students important challenges through online platforms.
Keywords: Evaluation. Rubrics. On line education. Forum.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Página inicial do AVA...................................................................... 17
Figura 2 Ambiente virtual do conteúdo da disciplina Dinâmica da
Aprendizagem...................................................................................... 33
Figura 3 Ambiente virtual do Fórum da disciplina Dinâmica da
Aprendizagem..................................................................................... 34
Quadro 1 Principais Teorias da Aprendizagem............................................. 43
Figura 4 Página do AVA: cronograma de atividades................................... 47
Quadro 2 Indicadores / Rubricas (Categoria Interatividade).......................... 52
Quadro 3 Indicadores / Rubricas (Categoria Aprendizagem)........................ 54
Gráfico 1 Desempenho do estudante A – Categoria Aprendizagem............. 59
Gráfico 2 Desempenho do estudante A – Categoria Interatividade.............. 60
Gráfico 3 Desempenho do estudante B – Categoria Interatividade.............. 60
Gráfico 4 Desempenho do estudante B – Categoria Aprendizagem............. 61
Gráfico 5 Desempenho do estudante C – Categoria Interatividade.............. 62
Gráfico 6 Desempenho do estudante C – Categoria Aprendizagem............. 63
Gráfico 7 Desempenho do estudante D – Categoria Interatividade.............. 63
Gráfico 8 Desempenho do estudante D – Categoria Aprendizagem............. 64
Gráfico 9 Desempenho do estudante E – Categoria Interatividade.............. 65
Gráfico 10 Desempenho do estudante E – Categoria Aprendizagem............. 66
Gráfico 11 Desempenho do estudante F – Categoria Interatividade.............. 66
Gráfico 12 Desempenho do estudante F– Categoria Aprendizagem............. 67
Gráfico 13 Desempenho do estudante G – Categoria Interatividade.............. 68
Gráfico 14 Desempenho do estudante G – Categoria Aprendizagem............ 69
Gráfico 15 Desempenho do estudante H – Categoria Interatividade.............. 69
Gráfico 16 Desempenho do estudante H – Categoria Aprendizagem............. 70
Gráfico 17 Desempenho do estudante I – Categoria Interatividade............... 71
Gráfico 18 Desempenho do estudante I – Categoria Aprendizagem............. 72
Gráfico 19 Desempenho do estudante J – Categoria Interatividade............... 73
Gráfico 20 Desempenho do estudante J – Categoria Aprendizagem............. 74
Gráfico 21 Desempenho do estudante L – Categoria Interatividade............... 74
Gráfico 22 Desempenho do estudante L – Categoria Aprendizagem............. 75
Gráfico 23 Desempenho do estudante M – Categoria Interatividade.............. 76
Gráfico 24 Desempenho do estudante M – Categoria Aprendizagem.............. 76
Gráfico 25 Desempenho do estudante N – Categoria Interatividade................ 77
Gráfico 26 Desempenho do estudante N – Categoria Aprendizagem............... 77
Gráfico 27 Desempenho do estudante O – Categoria Interatividade................ 78
Gráfico 28 Desempenho do estudante O – Categoria Aprendizagem.............. 79
Gráfico 29 Desempenho do estudante P – Categoria Interatividade................ 79
Gráfico 30 Desempenho do estudante P – Categoria Aprendizagem............... 80
Gráfico 31 Desempenho do estudante Q – Categoria Interatividade................ 81
Gráfico 32 Desempenho do estudante Q – Categoria Aprendizagem.............. 82
Gráfico 33 Desempenho do estudante R – Categoria Interatividade................ 82
Gráfico 34 Desempenho do estudante R – Categoria Aprendizagem.............. 83
Gráfico 35 Desempenho do estudante S – Categoria Interatividade............... 84
Gráfico 36 Desempenho do estudante S – Categoria Aprendizagem.............. 85
Gráfico 37 Desempenho do estudante T – Categoria Interatividade............... 86
Gráfico 38 Desempenho do estudante T – Categoria Aprendizagem............. 86
Gráfico 39 Desempenho do estudante U – Categoria Interatividade............... 87
Gráfico 40 Desempenho do estudante U – Categoria Aprendizagem.............. 88
Gráfico 41 Padrões de Avaliação – Gramática e Ortografia.............................. 90
Gráfico 42 Padrões de Avaliação – Qualidade da postagem............................ 91
Gráfico 43 Padrões de Avaliação – Foco no tema............................................ 91
Gráfico 44 Padrões de Avaliação – Pertinência Teórica................................... 92
Gráfico 45 Padrões de Avaliação – Organização da síntese............................ 92
Gráfico 46 Padrões de Avaliação – Contribuição de Recursos......................... 93
Gráfico 47 Padrões de Avaliação – Originalidade da Postagem....................... 94
Gráfico 48 Padrões de Avaliação – Número de Postagem............................... 94
Gráfico 49 Padrões de Avaliação – Participação-Intervenção........................... 95
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Indicadores/Pontuação (Categoria Interatividade)............................ 56
Tabela 2 Indicadores/Rubricas (Categoria Aprendizagem).............................. 57
Tabela 3 Análise Total dos Pontos................................................................... 57
Tabela 4 Nível de Satisfação/Categoria Interatividade..................................... 89
Tabela 5 Nível de Satisfação/Categoria Aprendizagem................................... 89
SUMÁRIO
1 CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS DE IINFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO......................................................... 12
1.1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 12
1.2 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.......................................................................... 14
1.3 AS RUBRICAS COMO ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO.................................. 20
1.4 OBJETIVO E JUSTIFICATIVA......................................................................... 23
1.5 QUESTÕES AVALIATIVAS............................................................................. 23
1.6 METODOLOGIA............................................................................................... 24
2
O CENÁRIO DA AVALIAÇÃO........................................................................ 26
2.1 O CURSO......................................................................................................... 26
2.2 A DISCIPLINA AVALIADA............................................................................... 30
2.3
ETAPAS METODOLÓGICAS DAS DISCIPLINAS NA MODALIDADE DE EAD...
31
2.3.1 As etapas on line e o ambiente virtual de aprendizagem..................................... 32
2.4 O FÓRUM........................................................................................................ 35
2.5 INTERNET, INTERATIVIDADE E INTERAÇÃO.............................................. 37
2.6 O FÓRUM AVALIADO..................................................................................... 45
3
A CONSTRUÇÃO DAS RUBRICAS COMO PROPOSTA DE AVALIAÇÃO.. 49
3.1 O PASSO-A-PASSO DA AVALIAÇÃO ATRAVÉS DAS RUBRICAS............... 55
3.2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................................................. 58
3.3 ANÁLISE DAS CATEGORIAS......................................................................... 89
4
CONCLUSÃO.................................................................................................. 97
5
RECOMENDAÇÕES........................................................................................ 100
REFERÊNCIAS................................................................................................ 102
ANEXOS.......................................................................................................... 105
1 CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
PARA A EDUCAÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
O cenário do século XXI, em função principalmente da revolução informática e
seus desdobramentos sociais, demanda uma revisão das políticas públicas no
campo da educação tanto do ponto de vista da universalização do ensino quanto de
sua qualidade. Em uma sociedade em que produzir e consumir informações e bens
culturais depende, em grande medida, do acesso e da proficiência em tecnologias
da informação e da comunicação em suas diversas facetas, é natural, e mesmo
desejável, que os sistemas educativos façam também uma revisão de seus
modelos, pressupostos e procedimentos.
Vários são os aspectos nos quais a educação e as tecnologias se encontram
para gerar novidades que podem contribuir com o que se entende por “qualidade na
educação”. No campo da educação, as Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC) têm sido a grande base para modalidades educacionais e interfaces já
difundidas e conhecidas como: e-learning, comunidades virtuais de aprendizagem,
objetos de aprendizagem, recursos de acompanhamento e avaliação, recursos de
publicação e de autoria para estudantes e professores, divulgação de estudos e
textos científicos e didáticos, livre circulação de informação.
Entretanto, ainda há muito que questionar, construir, refletir, experimentar e
sistematizar para que as TIC concretizem, na escola, as promessas que anunciam.
Os responsáveis pelas políticas públicas educativas vêm fazendo, em maior ou
menor escala, investimentos de infra-estrutura, capacitação docente e produção de
conteúdos digitais educativos, assim como ampliando a compreensão de sua
importância no desenvolvimento humano e social das futuras gerações.
Com a notada influência das TIC sobre os meios de produção e comunicação,
a eminente a necessidade da inserção das TIC no cotidiano escolar. Porém, não se
pode ser ingênuo ao ponto de pensar que as TIC poderão ser a panaceia para uma
escola em crise, pois elas não passam de ferramentas de ensino e, como tal, tanto
podem ser usadas para novas práticas pedagógicas mais centradas no estudante,
como podem servir apenas para transmitir conhecimentos, seguindo um modelo
tradicional, em que o professor e os conteúdos programáticos ocupam o centro do
processo educativo. É evidente que essas tecnologias não substituirão, de imediato,
13
as atuais, mas provocarão mudanças profundas na forma como se constitui a
dinâmica do ensino, [...] “tudo depende da pedagogia de base que inspira e orienta
estas atividades: a inovação ocorre muito mais nas metodologias e estratégias de
ensino do que no uso puro e simples de aparelhos eletrônicos" (BELLONI, 1999,
p. 73).
As TIC, ao mesmo tempo em que inserem grandes potencialidades de criação
de novas formas mais performáticas de mediatização, proporcionam maior
complexidade a mediatização ao processo ensino/aprendizagem. Características
como simulação, virtualidade, acessibilidade à superabundância e extrema
diversidade de informações trazidas para a prática pedagógica pelas TIC são
totalmente novas e demandam concepções metodológicas muito diferentes
daquelas das metodologias tradicionais de ensino, baseadas num discurso científico
linear, cartesiano e positivista. Sua utilização com fins educativos exige mudanças
radicais nos modos de compreender o ensino e a didática (BELLONI, 2001).
Aprende-se em diferentes contextos e de diferentes maneiras. Educar para a
sociedade do conhecimento é compreender que se deve investir na criação de
competências considerando os estilos individuais de aprendizagem e os novos
espaços de construção do conhecimento. Assim sendo, é fundamental que ações
pedagógicas mais democráticas sejam, de fato, desenvolvidas. Ações que levem em
consideração os estilos de aprendizagem dos estudantes e que, também,
redimensionem os papéis do professor e do estudante. Estas ações determinam
uma revisão das premissas filosóficas e epistemológicas que orientam as práticas
educativas. Desta forma, espera-se que as TIC venham a ser incluídas como
ferramentas à disposição de uma prática mais adequada às necessidades da
sociedade contemporânea brasileira.
Nesse contexto, ganha importância a construção de instrumentos de
acompanhamento e parâmetros de avaliação, assim como diretrizes para o êxito de
projetos dessa natureza. Tais esforços vêm sendo empreendidos em redes de
colaboração.
As transformações que as TIC, de certa forma, têm trazido ao cenário
educacional, através de todo o seu artefato tecnológico, parecem coadunar com os
pressupostos da Educação on line, a mais recente geração da educação a distância
(EAD).
14
1.2 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Desde o século XIX, a educação a distância com o uso do correio para a
transmissão de informação entre e instruções e aprendizes tem funcionado como
alternativa a educação formal presencial.
Nas últimas décadas, a educação a distância foi impulsionada pelo uso das
tecnologias tradicionais de comunicação como o rádio e a televisão associados aos
materiais impressos enviados pelo correio, o que favoreceu a disseminação e a
democratização do acesso à educação em diferentes níveis, permitindo o
atendimento a grandes massas.
As novas perspectivas trazidas para a EAD pelas TIC basicamente em função
das facilidades de design e produção sofisticados, rápida emissão e distribuição de
conteúdos, interação com informações, recursos e pessoas tem redimensionado o
desenho dos cursos oferecidos nesta modalidade. De acordo com Prado e Valente
(2002) as abordagens de EAD, por meio de redes telemáticas, podem ser de três
tipos: broadcast, virtualização da sala de aula presencial ou estar junto virtual.
Através do broadcast, a tecnologia computacional é utilizada para “entregar a
informação ao estudante” como ocorre com o uso das tecnologias tradicionais de
comunicação como o rádio e a televisão. Para os autores, a virtualização da sala de
aula acontece quando as redes telemáticas são utilizadas para repetir os modelos
utilizados nas salas de aula presenciais, ou seja, a mera transferência para o meio
virtual do modelo do espaço-tempo da aula presencial. O estar junto virtual, ou
aprendizagem assistida por computador (AAC), explora a potencialidade interativa
das TIC viabilizada pela comunicação multidimensional, que aproxima os emissores
dos receptores dos cursos, permitindo a criação de condições de aprendizagem
colaborativa.
Os sistemas computacionais que permitem a apresentação de informação de
forma organizada e no momento apropriado, assim como o desenvolvimento de
interações e elaboração de produções, são chamados ambientes virtuais de
colaboração e aprendizagem, elaborados a partir de um grupo de pessoas que
utilizam software específicos para a comunicação a distância mediada pelas
tecnologias do conhecimento. As interações entre pessoas e objetos de
conhecimento são propiciadas pela mediação das tecnologias e de um professor
orientador.
15
Almeida (2001), afirma que participar de um ambiente virtual significa atuar
nesse ambiente, expressar pensamentos, tomar decisões, dialogar, trocar
informações e experiências e produzir conhecimento. Cada sujeito faz seu próprio
caminho, na busca de informações. Ao apropriar-se da informação, o sujeito a
transforma em uma nova representação. Embora os caminhos sejam individuais, os
ambientes virtuais propiciam trocas e as transformações que, de certa forma,
atingem os grupos que neles interagem.
Nessa abordagem de EAD, ensinar é organizar situações de aprendizagem,
planejar e propor atividades, identificar as representações do pensamento do
estudante, atuar como mediador e orientador, fornecer informações relevantes,
incentivar a busca de distintas fontes de informações, realizar experimentações,
provocar a reflexão sobre processos e produtos, favorecer a formalização de
conceitos, enfim criar ambientes colaborativos que venham a favorecer a
aprendizagem.
A educação a distância sob esta ótica está diretamente relacionada com o
desenvolvimento de uma cultura tecnológica que promova a atuação dos
profissionais em ambientes virtuais. É necessário para tanto que se estruturem
equipes interdisciplinares constituídas por educadores, profissionais de design,
programação e desenvolvimento de ambientes computacionais para EaD, com
competência na criação, gerenciamento e uso desses ambientes.
A educação em ambientes virtuais possibilita o rompimento com as distâncias
espaço-temporais e tem a possibilidade de viabilizar a interatividade, a
recursividade, assim como múltiplas interferências, conexões e caminhos, não
ficando restrita à difusão de informações e tarefas inteiramente predefinidas. Desta
forma, como afirma Moraes (1997, p. 68), a EAD é um sistema aberto, “com
mecanismos de participação e descentralização flexíveis, com regras de controle
discutidas pela comunidade e decisões tomadas por grupos interdisciplinares”
Ao se tratar de educação on line, a flexibilidade de tempo e espaço é
favorecida, diante das diversas ferramentas que possibilitam o acesso ao programa
de estudo e a interação entre professor e estudante. A frequência em um espaço
físico, com dias e horários determinados, com a figura formal e explícita do professor
comandando o processo deixa de existir. A aprendizagem mediada por um ambiente
virtual possibilita o acesso a várias fontes de informações e conhecimentos,
socializando conteúdos através das formas de comunicação síncrona e assíncrona.
16
Atualmente há uma diversidade de Ambientes Virtuais de Aprendizagem
(AVA) disponíveis no “mercado educacional”, alguns desenvolvidos por empresas
privadas e outros por empresas institucionais. Hoje, no Brasil, já se destacam a
plataforma e/ou ambiente virtual do TelEduc (Universidade Estadual de Campinas) e
o AulaNet.
Vale ressaltar que a proposta educacional, mesmo na modalidade a distância,
com ou sem apoio da internet, precisa estar fundamentada e sustentada em uma
base epistemológica. A potencialidade das TIC, quando ancorada a uma dessas
bases, fortalece o contexto educacional, proporcionando uma abordagem dialógica e
problematizadora. Sendo assim, é preciso que, nos atuais ambientes virtuais de
aprendizagem, sejam criadas estratégias de ensino que estimulem a mobilização de
recursos cognitivos para que o estudante desenvolva habilidades, atitudes e
competências pertinentes e necessárias a sua ação na sociedade.
Com base nas contribuições que as TIC trouxeram ao cenário educacional e
diante do incentivo da Portaria de nº 2.253 de 18 de outubro de 2001 (BRASIL,
2001), publicada pelo Diário Oficial da União em 19 de outubro de 2001, que, no
artigo 1º, autoriza as instituições de ensino superior a introduzir, na organização
pedagógica e curricular dos seus cursos superiores reconhecidos, a oferta de 20%
de disciplinas que utilizem método semipresencial algumas instituições de Ensino
Superior começaram a propor a educação on line.
No caso da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), uma instituição
privada, há 33 anos no mercado educacional do Ensino Superior, com sede no
município de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro, tendo hoje aproximadamente 8
mil estudantes somente na sede e 40 mil aproximadamente nos demais campi
localizados em diferentes estados do Brasil, dos 18 cursos oferecidos, nas diversas
áreas do saber (saúde, educação, jurídica e empresarial), parte das disciplinas
destes cursos já são oferecidas na modalidade semipresencial.
A Universo criou sua própria plataforma, com o apoio de uma equipe de
especialistas na área, e atualmente as disciplinas ofertadas on line são: Língua
Portuguesa I, Língua Portuguesa II, Filosofia e Lógica, Fundamentos das Ciências
Sociais e Humanas, Sociologia, Antropologia Cultural, Dinâmica da Aprendizagem,
Psicologia do Desenvolvimento, Literatura e Cultura, Técnicas de Estudo e
Pesquisa, Estatística Aplicada, Fundamentos da Nutrição Clínica e Coletiva, Direito
Ambiental, Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, Literatura Infanto-
17
Juvenil, Psicopedagogia, Atividade Física e Saúde, Administração dos Serviços de
Enfermagem e Psicologia Jurídica.
Vale ressaltar que o AVA da referida instituição foi criado por uma equipe de
profissionais composta de: web designer, analistas de sistemas, pedagogos e
profissionais da área de administração de empresas que tinham como propósito a
criação de um ambiente dinâmico, interativo, cooperativo e fundamentado em uma
abordagem Construtivista. A página inicial do AVA se encontra na Figura 1.
Figura 1 – Página inicial do AVA.
Fonte: Universo (2009).
É comum algumas instituições fundamentarem sua proposta pedagógica nas
abordagens Interacionista e/ou Construtivista. Piaget (1996), ao propor uma
perspectiva construtivista, enfatiza que a aprendizagem deve ser entendida como
um processo de construção de relações, em que o aprendiz, como ser ativo na
interação com o mundo, é o responsável pela direção e significado do aprendizado.
O aprendizado, a partir de uma perspectiva construtivista, é diálogo, interação
consigo mesmo ou com outros. Portanto, propiciar práticas colaborativas que
propiciem essa construção do conhecimento não é tarefa fácil de executar. Faz-se
18
necessário repensar a proposta educacional como um todo, inclusive no que tange
ao processo de avaliação do processo ensino-aprendizagem. A proposta
educacional deve deixar de ser meramente informativa e transmissiva, partindo para
uma atividade envolvente e estimulante.
Os ambientes virtuais de aprendizagem que hoje fazem parte da proposta da
educação on line precisam acompanhar os paradigmas epistemológicos da
educação atual, que tem como uma das suas vertentes o desenvolvimento de
competências e habilidades. Não basta reunir recursos tecnológicos de última
geração e continuar fazendo do ensino–aprendizagem um processo de transmissão
e alienação. É preciso criar um ambiente que favoreça a aprendizagem significativa
ao estudante, disponibilizando as informações pertinentes de maneira organizada e
motivadora. Não se pode entender o AVA somente como um conjunto de
ferramentas tecnológicas ou um conjunto de páginas web. Deve-se priorizar o
trabalho colaborativo, buscando interatividade entre os participantes do processo,
provocando desafios que favoreçam a construção do conhecimento e principalmente
promovendo uma avaliação justa, sistemática e coerente.
A avaliação precisa ser um processo de mediação e diagnóstico que favoreça
o processo ensino-aprendizagem. Assim como na educação presencial, a avaliação
ainda é motivo de muitas preocupações no que se refere à educação on line. Diante
de tanta modernidade tecnológica, muitas instituições, no momento de avaliar o
processo ensino-aprendizagem na modalidade a distância, utilizam velhos
paradigmas, reproduzindo uma avaliação autoritária e classificatória. A necessidade
de uma avaliação formativa e somativa na prática da educação on line não pode ser
esquecida, visto que, segundo Talmage (1982), toda avaliação possui três objetivos
frequentes: fazer julgamento do valor de um programa ou objeto, ajudar os
responsáveis para tomada de decisões e definir suas políticas.
Neste sentido, Hoffmann (1994, p. 56) afirma que:
[...] a avaliação, enquanto relação dialógica, vai conceber o
conhecimento como apropriação do saber pelo estudante e também
pelo professor, como ação-reflexão-ação que se passa na sala de
aula em direção a um saber aprimorado, enriquecido, carregado de
significados, de compreensão.
Dessa forma, a avaliação passa a exigir do professor uma relação
epistemológica com o estudante — uma conexão entendida como
reflexão aprofundada a respeito das formas como se dá a
compreensão do educando sobre o objeto de conhecimento.
19
Independente da modalidade de ensino em questão, segundo Primo (2006) a
avaliação precisa se caracterizar como uma interação mútua e valorizar o trabalho
autoral e cooperativo dos estudantes.
A simples inserção de tecnologias na educação ou a utilização de ferramentas
apoiadas nas TIC não irá garantir avanços no processo de educação on line. A
utilização coerente dessas interfaces poderá contribuir para um processo ensino-
aprendizagem justo, coerente e autêntico em todas as suas fases, inclusive no
momento da avaliação.
De acordo com Hoffmann (2001), a finalidade primeira da avaliação é sempre
promover a melhoria da realidade educacional e não descrevê-la ou classificá-la.
Desta forma, o papel da avaliação é de fornecer ao professor dados importantes a
respeito das aptidões e dificuldades dos estudantes, contribuindo ainda para uma
reflexão por parte do educando que irá ter a oportunidade de melhorar o seu
desempenho diante dos dados apontados.
Precisa-se acompanhar os avanços educacionais que norteiam a educação
on line, também no que tange a prática avaliativa, propondo um olhar diferenciado e
inovador, dando-lhe novas possibilidades. Ribeiro (2000) e Santos (2002) apontam
que o ensino programado de Skinner caracterizou os primeiros programas de EAD,
sendo comum ainda hoje alguns cursos reproduzirem o modelo comportamentalista
de sala de aula nesta modalidade de ensino.
Atualmente, a proposta da avaliação autêntica é uma das sugestões para
renovação da prática avaliativa no campo da educação on line, tendo em vista sua
natureza inovadora e transparente na busca pela melhoria da qualidade da
aprendizagem.
Segundo Medina (2005, p. 14), entende-se por avaliação autêntica “[...] um
processo participativo e multidirecional, no qual os estudantes se auto-avaliam, são
avaliados por seus colegas e pelo professor, e este por sua vez, aprende com seus
estudantes”.
Já Wiggins (2003) considera a avaliação autêntica quando o professor
examina diariamente o desempenho dos estudantes em tarefas intelectuais que
valem a pena. Desta forma, a avaliação deixa de ser um processo unidirecional —
de responsabilidade apenas do professor —, tornando o estudante e o professor,
participantes do processo ensino-aprendizagem.
Diante dessa proposta, por parte do professor caberá um planejamento
20
antecipado e a elaboração dos objetivos que o mesmo pretende alcançar no que diz
respeito à aprendizagem dos estudantes. Neste sentido, surge a opção por
elaboração de rubricas.
Segundo Ferreira (1999), o conceito etimológico do termo “rubrica” pode ser
apresentado de diversas formas, entre eles as definições de um apontamento para
fazer lembrar, lembrete, nota ou a indicação escrita e geral do assunto e/ou da
categoria de algo.
Na educação on line, as rubricas são ferramentas ou instrumentos que
viabilizam a avaliação autêntica, tendo em vista que avaliam de forma direcionada o
desempenho do estudante na construção de suas tarefas e funcionam como critérios
para avaliar o desempenho do discente. Normalmente devem ser apresentadas
antes da tarefa começar e discutidas com os estudantes para que os mesmos
conheçam os critérios a partir dos quais serão avaliados.
De acordo com Pickette e Dodge (2007), a rubrica é uma ferramenta de
avaliação autêntica projetada para simular atividade da vida real em que os
estudantes estão comprometidos resolvendo problemas. É um tipo formativo de
avaliação, porque é considerada parte contínua do processo ensino aprendizagem.
1.3 AS RUBRICAS COMO ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO
O processo de avaliação sempre tem sido tema de estudo e reflexão dentro
do cenário educacional, inclusive na educação on line. De acordo Hoffmann (2001),
avaliar com coerência e fidedignidade não é uma tarefa simples de ser executada,
pois exige análise, julgamento, interpretação e tomada de decisão.
Autores como Valente (2002) e Silva (2002) que estudam a educação on line,
enfatizam em suas obras que a interação é fundamental para o sucesso do processo
ensino-aprendizagem. Contudo a literatura também ressalta a dificuldade de avaliar
as interações ocorridas durante o curso, uma vez que a análise dessas participações
e interações é consideravelmente subjetiva.
Segundo Gomez (1999), para que se possa construir uma avaliação para o
processo ensino-aprendizagem interativo baseado na internet, se faz necessário
identificar o passado comum da avaliação às diversas modalidades de educação, à
prática educativa dos mais modernos recursos multimídia existentes no mercado e a
possibilidade de que as novas gerações possam acompanhar criticamente uma
21
época de rápidas mudanças.
No Brasil, a legislação educacional por sua vez, Decreto Nº 5.622, de 19 de
dezembro de 2005 (BRASIL, 2005), determina que as avaliações na modalidade de
Educação a Distância devem acontecer de forma presencial:
Art. 4º A avaliação do desempenho do estudante para fins de
promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou
certificados dar-se-á no processo, mediante:
I - cumprimento das atividades programadas; e
II - realização de exames presenciais.
§ 1º Os exames citados no inciso II serão elaborados pela própria
instituição de ensino credenciada, segundo procedimentos e critérios
definidos no projeto pedagógico do curso ou programa.
Outras atividades, como exercícios, fóruns de discussão, chats, que também
contribuem para o processo de avaliação da aprendizagem, além de estimular a
interação e a participação do estudante, podem acontecer via ambiente virtual de
aprendizagem e, somadas as avaliações presenciais, agregam valor a formação do
estudante.
Diante dos estudos realizados sobre rubricas, percebe-se que as mesmas
podem ser usadas como uma sugestão para democratização do processo ensino
aprendizagem na educação on line, contribuindo para a efetividade do desempenho
do estudante, já que são consideradas diretrizes que proporcionarão um
esclarecimento aos estudantes sobre os critérios estabelecidos para cada avaliação
estipulada .
A origem da avaliação através de Rubricas aconteceu nos Estados Unidos,
em meados da década de 70, no intuito de avaliar redações. De acordo com Taggart
e outros (2001), o termo Rubrics (Rubricas) tem sua origem na palavra inglesa Rules
(regras), e são estas regras estabelecidas desde o início do processo que orientam
os estudantes por quais caminhos podem/devem trilhar para potencializar sua
aprendizagem.
Para Ludke (2003, p. 74): “as rubricas partem de critérios estabelecidos
especificamente para cada curso, programa ou tarefa a ser executada pelos
estudantes e estes eram avaliados em relação a esses critérios”.
Algumas características são fundamentais para elaboração de rubricas. São
elas:
22
facilidade – com as rubricas torna-se fácil avaliar trabalhos
complexos;
objetividade – pelas rubricas se consegue avaliar de uma forma
objetiva, acabando com toda aquela aura de subjetividade que os
professores gostam de imprimir à avaliação;
granularidade – a rubrica deve possuir a granularidade adequada,
pois se for fina, ou seja, se possuir a quantidade de níveis
adequada, sempre ajuda na hora de determinar um grau;
gradativa – elas são explicitações graduais de desempenho que
se espera de um estudante em relação a uma tarefa individual,
em grupo, ou em relação a um curso como um todo;
transparência – as rubricas conseguem tornar o processo de
avaliação tão transparente a ponto de permitir ao estudante o
controle do seu aprendizado;
herança – a rubrica deve herdar as características da avaliação
escolhida. Por exemplo, se o método de avaliação usado faz com
que o estudante seja um mero repetidor de informações, a rubrica
estará apenas ajudando a avaliar esses aspectos estabelecidos
pelo método de avaliação escolhido; (LUDKE, 2003, p. 74)
Estabelecendo de forma clara e sistemática os critérios, o ato de avaliar
através das rubricas efetiva a proposta da avaliação autêntica, dando um significado
inovador e transparente ao processo de avaliação. Segundo Neder (2002, p.4), a
avaliação de desempenho do estudante em cursos on line exige considerações
especiais por dois motivos:
[...] primeiro porque um dos objetivos fundamentais desta modalidade
deve ser a de obter dos estudantes não a capacidade de reproduzir
ideias, informações ou pontos de vista e sim desenvolver a
autonomia crítica do estudante, frente as situações concretas que se
apresentem. Segundo que, no que tange a educação online, o
estudante não conta com a presença física do professor, sendo
necessário desenvolver um método de trabalho que oportunize a
confiança, possibilitando-lhe a elaboração de seus próprios juízos,
mas também a capacidade de analisá-los.
Desta forma, as rubricas são uma alternativa para uma proposta real de
avaliação autêntica e participativa, dinamizando o processo ensino-aprendizagem,
visando à qualidade através de uma parceria estabelecida entre o professor-tutor e o
estudante de cursos on line.
23
1.4 OBJETIVO E JUSTIFICATIVA
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a proposta de construção e
validação de rubricas para avaliação de forma piloto, de um Fórum de Discussão
lançado em um Ambiente Virtual de Aprendizagem de uma universidade privada,
especificamente no curso de graduação em Ciências Biológicas, na disciplina
Dinâmica da Aprendizagem.
A educação on line, favorecida pelas tecnologias da informação e
comunicação, vem buscando alternativas para reverter o cenário da educação
tradicional, em que o professor é o centralizador, focando a transmissão de
conteúdos programáticos. Atualmente busca-se uma educação dialógica e
problematizadora, em que o professor, exercendo a função de mediador, irá
contribuir para que o estudante construa o seu conhecimento.
Na educação on line, o Fórum é uma interface que contribui satisfatoriamente
para comunicação entre os participantes do processo educacional (estudantes e
professores), possibilitando a interação entre os mesmos e colaborando para
significativas trocas de informação e reflexão. Entretanto, ainda pouco explorado por
parte dos dinamizadores, consequentemente sem participação efetiva dos
estudantes, que muitas vezes não conhecem os critérios de julgamento para
avaliação desta atividade.
Com a proposta de dinamizar o processo educacional on line, viabilizando
uma avaliação autêntica, favorecendo a uma prática contínua, participativa e
colaborativa, sugere-se a utilização de rubricas para avaliar o fórum proposto.
1.5 QUESTÕES AVALIATIVAS
Foram formuladas as seguintes questões avaliativas para nortear a avaliação
piloto do fórum, objeto da proposta:
1) Até que ponto o fórum em tela favorece a interatividade entre seus
participantes?
2) Até que ponto o fórum em tela contribui para o processo de aprendizagem?
24
1.6 METODOLOGIA
O presente estudo avaliativo seguiu as seguintes etapas metodológicas:
levantamento do referencial teórico, elaboração e validação do instrumento,
aplicação do instrumento, organização dos dados coletados e interpretação e
análise dos resultados.
Na etapa destinada ao levantamento do referencial teórico, buscou-se o
desenvolvimento do tema através de uma pesquisa que envolvesse conceitos,
características e o histórico do tema em questão, ou seja, as rubricas. Vários autores
que são referências no assunto foram pesquisados e abordados no corpo deste
estudo avaliativo, visando contribuir para fundamentação deste estudo.
Após todo esse levantamento, partiu-se para elaboração das rubricas. Para
que essa elaboração ocorresse com êxito, os objetivos da disciplina e do curso
foram analisados cautelosamente pelos três tutores que trabalhavam com a mesma
e posteriormente validados por dois profissionais do Departamento de Ensino a
Distância da Universidade: especialistas na área, que acompanham diretamente
todo o programa de educação on line em questão. O instrumento foi validado com
êxito e considerado de grande valia.
Levou-se também em consideração os requisitos importantes citados por
Ludke (2003) para construção das rubricas. As rubricas elaboradas buscam avaliar a
participação dos estudantes em duas categorias, sendo a primeira Interatividade,
com quatro indicadores: “participação quanto ao número de postagem”,
“originalidade da postagem”, “participação-intervenção” e “bidirecionalidade-
hibridação”; a segunda categoria escolhida foi Aprendizagem, com seis indicadores:
“qualidade da postagem”, “pertinência teórica”, “foco no tema”, “organização da
síntese”, “contribuição de recursos”, “gramática e ortografia”.
Após esta etapa o instrumento foi aplicado inicialmente em uma única turma
da Universidade, no curso de Ciências Biológicas, com 53 estudantes matriculados,
no intuito de avaliar os resultados da participação dos discentes na atividade do
Fórum de Discussão da disciplina Dinâmica da Aprendizagem através das
categorias interatividade e aprendizagem. A aplicação ocorreu no segundo semestre
de 2008 através da atividade de tutoria. Os dados coletados foram organizados em
tabelas, citando a pontuação obtida por cada estudante, em cada categoria
estipulada, como critério de avaliação. Posteriormente, foram apresentados também
25
os gráficos com o percentual de desempenho dos estudantes em cada categoria,
destacando o melhor índice e o grau de dificuldade que merece análise por parte
dos professores-tutores, o que favorece o acompanhamento do processo ensino-
aprendizagem. No último momento, foi possível também analisar os resultados
obtidos pela turma, em cada categoria, demonstradas mais à frente, através de
gráficos específicos, assim como o índice de satisfação e o coeficiente de variação.
A partir dos dados coletados e da organização dos mesmos, buscou-se uma
análise qualitativa dos resultados, iniciando-se pelo desempenho de cada estudante
na atividade, frente às duas categorias estipuladas no instrumento de avaliação,
passando por uma análise das categorias e seus índices de satisfação e pontuação
e finalmente a análise com o desempenho da turma na atividade em questão.
2 O CENÁRIO DA AVALIAÇÃO
2.1 O CURSO
O curso escolhido para esta avaliação foi o de Ciências Biológicas, com
habilitação em licenciatura, tendo duração de três anos. O mesmo foi autorizado
pelo Parecer CFE/CEE: 770/84 de 09/11/84; Decreto: 90648/84 e reconhecido pelo
Parecer: 308/88 de 06/04/88; Decreto/Portaria Ministerial: 311/88 de 24/05/85.
Segundo orientação da legislação que regulamenta a profissão e do órgão
que a fiscaliza, o professor de Ciências Biológicas, qualquer que seja sua
especialização, também é fundamentalmente um educador, devendo estar habilitado
para agir com atitudes de respeito à vida e de preservação das comunidades
naturais para difundir e multiplicar essas atitudes, bem como divulgar sua área de
conhecimento em particular e a Ciência em geral. Segundo o Código de Ética
Profissional (CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA, 2002), o professor de Ciências
Biológicas deve agir como um profissional socialmente responsável, preocupando-se
com a manutenção da biodiversidade e com a melhoria das condições de vida da
humanidade, em especial, a população brasileira, seja através de sua área de
atuação, da participação em associações de classe e de suas atitudes e
manifestações. Exige-se sua habilitação para atuar profissionalmente com todas as
formas e manifestações de vida no âmbito da legislação vigente, bem como sua
capacitação para exercer atividades de pesquisa e ensino, tendo possibilidade de
direcionar sua formação atendendo às necessidades da sociedade e dos próprios
profissionais.
A matriz curricular do curso em questão é flexível, possibilitando ao estudante
uma práxis educativa significativa, integrando os aspectos teóricos e práticos nas
diferentes disciplinas ofertadas. Essa flexibilidade aponta para a construção de um
perfil profissional perfeitamente adequado às exigências do mercado de trabalho,
que hoje requer versatilidade e atualização, características importantes e
necessárias para a atuação na área educacional.
Tendo em vista a diversidade, a amplitude e a crescente transformação do
campo de atuação do profissional que conclui este curso, o projeto pedagógico e as
diretrizes curriculares em nível nacional, pertinentes a esta área, o discente deve ser
estimulado a desenvolver as seguintes competências e habilidades:
27
a) análise dos fenômenos biológicos integrados aos diversos âmbitos das
ciências e suas implicações para a sociedade;
b) construção do conhecimento de forma autônoma e continuada;
c) atuação em pesquisas básica e aplicada nas diferentes áreas do
conhecimento biológico;
d) desenvolvimento de atividades de cunho educacional em diferentes
campos de atuação;
e) interpretação dos processos naturais e biológicos sob os aspectos de
causa e efeito;
f) utilização do conhecimento biológico como meio de compreensão do
processo evolutivo;
g) articulação entre ciência e tecnologia e suas implicações para a
sociedade e o meio ambiente;
h) elaboração e execução dos projetos inerentes às Ciências Biológicas;
i) utilização do conhecimento socialmente acumulado na produção de novos
conhecimentos, tendo a compreensão desse processo, a fim de utilizá-lo de forma
crítica e com critérios de relevância social;
j) desenvolvimento de ações estratégicas para diagnóstico de problemas,
encaminhamento de soluções e tomada de decisões;
k) atuação em prol da preservação da biodiversidade, considerando as
necessidades de desenvolvimento inerentes à espécie humana;
l) organização, coordenação e participação de equipes multiprofissionais e de
grupos comunitários;
m) gestão e execução de tarefas técnicas nas diferentes áreas do
conhecimento biológico, no âmbito de sua formação;
n) comunicação adequada do conhecimento biológico;
o) desenvolvimento de ideias inovadoras e ações estratégicas, capazes de
ampliar e aperfeiçoar sua área de atuação, preparando-se para a inserção num
mercado de trabalho em contínua transformação;
p) participação e avaliação de eventos que denotem situações de impacto
ambiental
Essas competências são estimuladas ao longo do curso, nas diferentes
disciplinas ofertadas, conforme matriz curricular (Anexo A).
Segundo as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Ciências Biológicas
28
elaboradas pela Câmara de Educação Superior (CONSELHO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO, 2001), a implantação do Currículo através do eixo do Projeto
Pedagógico do curso, refere-se aos conteúdos básicos e complementares e
respectivos núcleos que são definidos por perfis. São eles: perfil biomédico, perfil
biotecnológico e o perfil ambiental.
A estrutura do curso de Licenciatura compreende a formação básica, com as
disciplinas obrigatórias comuns nos cursos de Ciências (Biologia, Química e
Matemática Básica) e a formação profissional, com as disciplinas específicas do
curso de Ciências Biológicas, totalizando 3075 horas/aula, constituídas de 1860
horas/aula teóricas, 600 horas/aula referentes a atividades práticas, 405 horas/aula
referentes aos estágios e 210 horas/aula referentes às atividades extensionistas e
culturais de acordo com a matriz curricular, que divide o curso em 06 períodos
letivos.
Ao final do curso, o professor de Ciências Biológicas estará dotado de uma
visão holística, ética e empreendedora das Ciências Biológicas, familiarizado com a
prática do desenvolvimento das ideias e da construção de ações fundamentadas na
metodologia científica, em seus múltiplos aspectos práticos. Esse profissional deve
ser também capaz de debater essas ideias com a comunidade científica e a
sociedade em geral, contextualizando o conhecimento científico dentro da realidade
social, mundial e do Brasil, em particular, como forma de compromisso com a
construção do espírito crítico e de cidadania, seja através da prática docente, no
campo da pesquisa científica ou quaisquer outras formas de atuação que sejam
pertinentes ao biólogo.
Conforme citado anteriormente, com base no art 1º da Portaria Ministerial
nº. 4.059 (BRASIL, 2004) de 10 de dezembro de 2004:
A instituições de ensino superior poderão introduzir, na organização
pedagógica e curricular de seus cursos superiores reconhecidos,
a oferta de disciplinas do currículo que utilizem modalidade semi-
presencial, com base no art.81 da Lei 9394, de 1996, e no disposto
nesta Portaria.
A partir do disposto, na presente portaria, a UNIVERSO inseriu no Projeto
Pedagógico dos seus Cursos disciplinas denominadas on line, que se utilizam de um
processo ensino-aprendizagem que combina metodologicamente diferentes mídias
29
como recursos didáticos.
A oferta de disciplinas na modalidade a distância acontece com a utilização
de algumas mídias. Os textos impressos, o vídeo, a Internet, etc., estes são
exemplos de mídias que são utilizadas. Elas portam os seguintes recursos: som (voz
humana, música, efeitos especiais); fotografia (imagem estática); vídeo (imagens em
movimento); animação (desenho animado); gráficos; textos (incluindo números,
tabelas, etc.).
Essas mídias são preparadas a partir do Material Didático que é específico
para cada disciplina, este têm uma função a depender de suas características.
Segundo Triviños (1995), o material didático que é utilizado como mediação
pedagógica deve seguir três tipos de tratamento especificamente. Ao se tratar de
tratamento temático, a mediação pedagógica começa desde o próprio conteúdo,
cabendo ao autor do texto-base tornar a informação acessível, clara e bem
organizada em função do auto-aprendizado do estudante. Já o tratamento
pedagógico deve procurar desenvolver procedimentos mais adequados para que o
auto-aprendizado se converta em um ato educativo, formulando exercícios que
enriqueçam o texto com referências à experiência e ao contexto do educando. Por
último, o tratamento desde a forma que se refere aos recursos expressivos postos
em jogo pelo material: diagramação, tipos de letras, ilustrações, entre outros.
No curso de Ciências Biológicas, as disciplinas ofertadas através da
modalidade on line são: Língua Portuguesa I, Língua Portuguesa II, Técnicas de
Estudo e Pesquisa, Dinâmica da Aprendizagem, Fundamentos das Ciências Sociais
e Humanas I, Fundamentos das Ciências Sociais e Humanas II, Epistemologia da
Docência, Fundamentos Legais da Educação e Bioestatística.
De acordo com a proposta pedagógica da Universo, as disciplinas on line
propostas buscam: que os estudantes consigam se atualizar, sem repetirem sempre
as mesmas ideias, que tenham habilidade para adaptar o que sabem às novas
exigências resultantes de transformações da realidade, que compreendam, com a
devida medida, a importância de interagir com o contexto a sua volta, ampliando seu
interesse ao âmbito da satisfação individual, voltando-se para o coletivo e que
considerem a necessidade de pesquisa, de reflexão constante, de revisão de
perspectivas e de valores.
As avaliações da aprendizagem do curso de Ciências Biológicas seguem as
normas previstas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) da
30
UNIVERSO. As avaliações se dividem em duas categorias: as verificações,
denominadas V1 e V2 — avaliações escritas — cada uma com valor entre 0,0 e 10,0
pontos e as VTs (verificações de trabalhos) — sob a forma de atividades de
naturezas variadas — também com valor entre 0,0 e 10,0 pontos, conforme a
proposta estipulada pelo docente em cada disciplina.
Seguindo as normas previstas, as avaliações denominadas V1 e V2 são
marcadas pelo Gestor de curso de Ciências Biológicas e divulgadas para o corpo
docente e discente em calendário e épocas apropriadas, de acordo com o calendário
institucional. No que diz respeito aos VTs, serão determinadas pelo professor da
disciplina e poderão ter seu valor estabelecido a critério de seu planejamento. No
caso das disciplinas ofertadas on line, estas atividades são realizadas via ambiente
virtual.
2.2 A DISCIPLINA AVALIADA
A disciplina escolhida para esta avaliação é titulada como Dinâmica da
Aprendizagem. A mesma faz parte da matriz curricular de todos os cursos de
licenciatura da Universidade Salgado de Oliveira. No curso de Ciências Biológicas,
ela é oferecida, conforme matriz curricular, no primeiro período do curso.
A referida disciplina tem como principal proposta a discussão do processo
ensino-aprendizagem, acreditando que o mesmo perpassa por um processo de
construção do conhecimento. Propõe ainda que o discente, enquanto futuro
educador, possa articular e mobilizar os conhecimentos construídos na disciplina em
reflexões educativas que envolvam a aprendizagem significativa.
A disciplina Dinâmica da Aprendizagem foi construída no ano de 2005,
passando por uma revisão em 2006 por uma outra docente universitária, mestre em
educação. É composta por 10 unidades, sendo algumas subdivididas, por sua vez,
em alguns tópicos, para melhor compreensão. Todas as unidades apresentam
objetivos claros e baseados nas atitudes, habilidades e competências necessárias
para formação de qualquer educador e mediador do processo ensino-aprendizagem.
São objetivos da disciplina:
refletir sobre o processo ensino-aprendizagem, suas características e sua
dinâmica em diferentes cenários e espaços educacionais;
promover a articulação entre o conhecimento teórico e o processo da
31
prática pedagógica, reconhecendo a necessidade de uma contextualização dos
conteúdos curriculares;
conhecer diferentes estratégias metodológicas que favorecem ao processo
de construção e reconstrução do conhecimento;
identificar as tendências atuais da educação e suas contribuições para a
dinâmica do processo de aprendizagem;
criar estratégias metodológicas que favoreçam a prática pedagógica do
cotidiano escolar, promovendo assim uma práxis educativa de qualidade.
Cada unidade de estudo, além do conteúdo exposto em cada aula, contempla
10 questões de exercícios para autoavaliação e fixação do que foi estudado. Das
dez questões, oito são objetivas, geralmente de múltipla escolha e duas discursivas
e/ou subjetivas. O discente tem acesso automático aos gabaritos, reforçando assim
a proposta de uma avaliação formativa. Já como proposta de avaliação somativa,
obedecendo à proposta do projeto pedagógico do curso, o estudante realiza dois
testes on line, correspondentes ao que se chama de VT (verificação de trabalho) e
duas avaliações presenciais (V1 e V2), das quais serão tiradas uma média
semestral. Além dessas atividades, o estudante participa de dois Fóruns
semestralmente, como proposta de atividade formativa. Diante do rendimento obtido,
o estudante poderá estar aprovado na disciplina.
2.3 ETAPAS METODOLÓGICAS DAS DISCIPLINAS NA MODALIDADE DE EAD
O crescimento da Educação a Distância (EAD) nos últimos anos foi bastante
expressivo (PRADO, 2004). Um dos fatores que mais contribuiu para essa realidade
é a própria configuração dessa prática educacional tanto por parte dos professores
como por parte dos estudantes. A EAD possui uma flexibilidade de tempo e espaço
muito maior que o ensino presencial, permitindo que trabalhadores possam estudar
até mesmo dentro do próprio local de trabalho (PEREIRA, 2001).
Também podem ser apontados como fatores externos o aprimoramento das
Novas Tecnologias de Comunicação e Informação (NTCI), mudanças na Legislação,
o aumento de pesquisas na área e a superação de preconceitos em relação ao
aprendizado com o professor em outro quadrante espacial e/ou temporal (LÉVY,
1999).
A UNIVERSO apresenta, em seu programa de implementação das disciplinas
32
on line, o modelo virtual — integrado como metodologia. O emprego destes modelos
é justificado pelas diferenças, necessidades e recursos próprios de cada região do
país, que a UNIVERSO está com seus campi instalados.
Desta forma, diversifica-se a utilização de recursos, apoiados a plataforma,
mas garante-se a qualidade das disciplinas on line que mantém sua concepção,
objetivos e estrutura curricular, permitindo o acesso a uma formação acadêmica a
públicos distintos quanto às oportunidades sociais e econômicas.
A base estrutural deste modelo é o acesso à aula, conteúdos e atividades
avaliativas via plataforma educacional e suas interfaces. Assim sendo, os discentes
da UNIVERSO contam com a flexibilidade de tempo e espaço, vez que podem
acessar conteúdos e atividades on line e off line, através de computadores locados
em suas residências ou em locais permitidos de trabalho. Este modelo conta com
momentos presenciais por disciplina, assim explicados:
1. Aula Inaugural - primeiro dia do curso. Objetivo: explanar sobre a
metodologia do curso, entrega do Guia do Estudante e discussão sobre os direitos e
deveres do estudante, orientações sobre as atividades avaliativas, sugestões para
que o estudante tenha um bom desempenho no curso, início do programa de
nivelamento de turma e outros assuntos pertinentes ao início do curso;
2. Atendimento Presencial: momento presencial semanal com o professor
presencial de plantão de cada disciplina;
3. Atividade Presencial: avaliações que são realizadas durante o semestre
letivo, conforme as normas regimentais vigentes. Este modelo conta ainda com as
seguintes estratégias avaliativas de caráter individual e/ou coletivo:
prova presencial conforme previsto no Regimento Vigente;
testes virtuais e/ou práticos que compõem a nota da verificação de
Trabalho, bem como os testes formativos.
2.3.1 As etapas on line e o ambiente virtual de aprendizagem
1. Web-Aula: o estudante terá acesso ao conteúdo das aulas em Portal
Educacional disponível para download em diversos formatos (pdf, áudio, vídeo),
conforme ilustrado na Figura 2.
33
Figura 2 – Ambiente virtual do conteúdo da disciplina Dinâmica da Aprendizagem.
Fonte: Universo (2009).
2. Estratégias do Processo Ensino-Aprendizagem - são propostas que viabilizam
a construção/reconstrução da aprendizagem elaborada pelos tutores para que o
estudante reflita sobre os conteúdos da disciplina/curso e aprofunde os seus
conhecimentos. Quais sejam:
Trabalhos Escritos - exercícios, pesquisas, leituras e tarefas
complementares.
Fóruns de discussão - comunicação assíncrona em que pontos de
discussão relacionados aos temas centrais do programa das disciplinas/cursos são
debatidos e registrados por professores e estudantes sobre a mesma (Figura 3).
Resenha Crítica indicação de artigos e/ou obras relacionadas à temática
da disciplina para estudo e análise crítica. Objetivo: desenvolver técnicas de
produções acadêmicas enquanto auxiliará o próprio estudante a sintetizar
informações para o Projeto de Pesquisa e a produção do Artigo.
34
Figura 3 – Ambiente virtual do Fórum da disciplina Dinâmica da Aprendizagem.
Fonte: Fonte: Universo (2009).
Dentro deste cenário de ensino-aprendizagem, faz-se necessário um
acompanhamento mais sistematizado do aprendizado do estudante, bem como é
preciso possibilitar outros canais para esclarecimento de dúvidas e orientações para
o andamento correto do curso do estudante a distância (PRADO, 2004). Neste
momento surge a presença do professor tutor. A UNIVERSO conta com uma equipe
de professores tutores, especialistas, mestres e doutores que orientam seus
estudantes no processo ensino-aprendizagem, desenvolvendo suas atividades na
sede do Departamento de ensino a distância, situada no campus Niterói.
A proposta da tutoria das disciplinas on line está pautada na afirmação de
Prado (2004) quando diz que o estudante desta modalidade não é um simples
receptor de mensagens e conteúdos produzidos por um centro docente, ou seja, a
atividade educativa, como processo de comunicação, é bidirecional, necessitando de
um feedback entre docente e discente, otimizando assim o diálogo.
Cabe ressaltar ainda que para um funcionamento operacional do AVA, uma
35
equipe técnica e administrativa também se faz necessária. Desta forma, a Universidade
conta também com analistas de sistemas, web designers, supervisora e revisora de
materiais instrucionais, operador web, gerência e subgerência de EaD. Todos esses
profissionais são liderados pela Direção do Departamento de EaD da Universidade.
O objetivo principal da equipe é dar o suporte necessário para os usuários da
plataforma.
2.4 O FÓRUM
O Fórum proporciona a discussão e articulação de um determinado assunto.
Quando esta atividade é veiculada através de um ambiente virtual, caracteriza-se
como interface, permitindo o encontro entre os sujeitos. É destinada a promover
debates através de mensagens publicadas, abordando uma mesma questão
específica. É uma atividade de natureza assíncrona, propiciando um espaço
temporal para reflexões, favorecendo a reflexão e a elaboração das participações,
contribuindo para qualidade e aprofundamento no que diz respeito ao processo de
aprendizagem.
Sánchez (2005, p. 3) define o fórum com finalidades educacionais no
ambiente on line como:
Um espaço de comunicação formado por quadros de diálogo nos
quais se vão incluindo mensagens que podem ser classificadas
tematicamente. Nestes espaços os usuários, e no caso a que nos
referimos, fóruns educativos, os estudantes podem realizar novas
contribuições, esclarecer outras, refutar as dos demais participantes,
etc., de uma forma assíncrona, sendo possível que as contribuições
e mensagens permaneçam todo o tempo à disposição dos demais
participantes
No desenvolvimento dessa atividade, o mediador, no caso o professor tutor,
precisa incentivar, provocar, acompanhar e orientar continuamente as participações
dos estudantes. Para este acompanhamento, se faz necessário avaliar as
mensagens encaminhadas pelos estudantes durante o processo de aprendizagem.
A preocupação pela quantidade de participações deve ser minimizada dando vez à
qualidade das participações.
Quando se tem como proposta no processo ensino-aprendizagem uma
avaliação autêntica, formativa, contínua e dialógica, o fórum contribui como
36
instrumento avaliativo, tendo em vista suas características Atualmente existe uma
grande busca pela avaliação contínua e formativa no campo educacional; no
entanto, o uso deste paradigma de avaliação ainda esbarra em dificuldades, como a
sobrecarga de tarefas para os professores e, consequentemente, um alto custo de
implantação quando se refere à educação on line.
Segundo Cerny (2001), o grande avanço que se coloca hoje para a avaliação
é constituir-se como parte do processo de ensino aprendizagem, permeando e
auxiliando todo este processo, não mais como uma atividade em momentos
estanques e pontuais.
Há uma busca por uma avaliação contínua e formativa, que, segundo
Perrenoud (1999), pode ser entendida como uma prática de avaliação continuada
que visa melhorar as aprendizagens, contribuindo para o acompanhamento e
orientação dos estudantes durante sua formação. A avaliação formativa, para ele, é
vista como uma avaliação que visa ajudar o estudante a aprender e se desenvolver,
colaborando para regulação da aprendizagem.
Como mediador do processo ensino-aprendizagem on line, o professor,
durante a atividade do Fórum, deve estar constantemente orientando e motivando a
aprendizagem, por meio da estimulação de discussões e principalmente por meio
dos comentários dados às atividades dos aprendizes. Os comentários são
elementos importantes no processo de construção do conhecimento, orientando a
depuração do novo conhecimento.
Novas tecnologias computacionais vêm sendo pesquisadas e implantadas, a
fim de prover suporte para o professor na coleta, identificação, seleção e análise de
dados relevantes para este tipo de avaliação.
Sánchez (2005, p. 7) acredita na efetiva possibilidade de o fórum de
discussão on line, com fins educativos, ser uma excelente ferramenta de avaliação:
O fórum pode chegar a constituir-se como uma grande ferramenta de
avaliação, através da qual o moderador ou docente terá em conta o
número e a qualidade das contribuições dos participantes. Além do
mais, poderá considerar questões como as colaborações
complementares dos estudantes para apoiar o trabalho do outro,
para complementar a informação, ajudar a resolver dúvidas de outros
companheiros, etc.
Sendo assim, pode-se constatar que o Fórum pode possibilitar a dinamização
37
do processo ensino-aprendizagem, permitindo o diagnóstico e a interatividade,
devendo então ser reconhecida como uma ferramenta valiosa no contexto da
educação on line.
Com o objetivo de explicitar os conceitos de interação, interatividade e
aprendizagem sob os quais se ancora o fórum em tela, a próxima seção apresentará
de forma breve, os autores que melhor refletem a teoria selecionada para as
atividades que foram desenvolvidas no fórum proposto para este estudo avaliativo.
2.5 INTERNET, INTERATIVIDADE E INTERAÇÃO
Os conceitos de interação e interatividade tem sua base teórica no processo
de comunicação, que, por sua vez, está presente em qualquer tipo de relação. Para
Penteado (1993), a comunicação humana compreende uma variedade de formas,
através das quais as pessoas transmitem e recebem ideias, impressões e imagens
de toda ordem. Para a educação, a compreensão desses conceitos e contextos é
de fundamental importância, uma vez que a relação pedagógica é uma relação entre
seres humanos.
A educação por sua vez, integra o processo de comunicação, necessário para
o bom andamento das relações interpessoais. No contexto educacional, a
comunicação, diante do seu ato intencional de pôr em comum ideias, desejos e
emoções de forma clara, atraente e direta favorece e otimiza o processo ensino-
aprendizagem.
No campo da educação on line, as tecnologias de informação e comunicação
deram uma nova dimensão à modalidade, permitindo e facilitando a comunicação e
a interação entre seus participantes. A sociedade contemporânea traz para a
educação on line um novo conceito: o da não-linearidade. Seguindo esta visão, toda
a concepção de ensino-aprendizagem que transita pela infovia deveria também ser
desenhada de acordo com este conceito. A dinâmica que deveria fundamentar o
cotidiano das ações pedagógicas em ambientes virtuais de aprendizagem deveria
busca atender às reais necessidades de um século que ora se inicia.
Em função da complexidade desta nova Era é necessário que se rompa o
conceito de mera transmissão de conteúdos e, quem sabe, se busque em Freire a
concepção de Educação por ele defendida mesmo antes da inserção de tecnologia
no cotidiano escolar.
38
Freire (2005, p. 79), no século passado, já defendia em seus estudos, a base
epistemológica da sociedade da informação onde “ninguém educa ninguém, como
tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão,
mediatizados pelo mundo.”
Levy (1999, p. 172) se aproxima das concepções de Freire (2005) ao escrever
que as mudanças dos processos de ensino-aprendizagem não coadunam mais com
a figura de um professsor-transmissor e do estudante-receptor. Neste sentido, o
autor afirma que:
[...] como manter as práticas pedagógicas atualizadas com esses
novos processos de transação de conhecimento? Não se trata aqui
de usar as tecnologias a qualquer custo, mas sim de acompanhar
consciente e deliberadamente uma mudança de civilização que
questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e
a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo os
papéis de professor e de estudante.
Segundo Primo e Cassol (1999), as relações e influências mútuas entre dois
ou mais fatores podem ser consideradas interações. Isto é, cada fator altera o outro,
a si próprio e também a relação existente entre eles. De acordo com Primo (1998), a
partir da pragmática da comunicação e do interacionismo piagetiano, pode-se
sugerir dois tipos de interação: mútua e reativa. A primeira se apresenta como um
sistema pleno, aberto, formando um todo global fundamentado em constantes
trocas, e a segunda como um sistema fraco, limitado e linear. Esta interação pode
ter diversos níveis, desde a simples bidirecionalidade até a interatividade.
O termo interatividade surgiu, de acordo com Silva (2002), no contexto das
críticas aos meios e tecnologias de comunicação unidirecionais, que teve início na
década de 70, estando hoje em pleno uso. Interatividade, na visão do autor
supracitado, expressa a busca pela bidirecionalidade entre emissão e recepção,
proporcionando uma comunicação mais aberta e criativa, está na disposição ou
predisposição para mais interação, para participação e intervenção. Não é apenas
um ato, uma ação, e sim um processo aberto de trocas e reflexões.
Para Lemos (2000), interatividade é um caso específico de interação. A
interatividade digital deve ser compreendida como um tipo de relação tecno-social,
ou seja, como um diálogo entre homem e máquina, através de interfaces gráficas,
em tempo real.
39
Ao apontar as diferenças entre interação e interatividade, Wagner (1994, p. 8)
afirma que “[...] interações são eventos recíprocos que requerem dois objetos e duas
ações pelo menos. Interação acontece quando estes objetos e eventos mutuamente
influenciam um ao outro.”
Por outro lado, ele reivindicou que interatividade “[...] parece emergir de
descrições de capacidade tecnológica por estabelecer conexões de ponto (ou de
ponto para pontos de múltiplo) em real tempo.” (WAGNER, 1994, p. 20). Deste ponto
de vista, interação parece mais um processo-orientado, que focaliza ações
dinâmicas e interatividade e parece enfatizar mais as características de orientação.
Ao se relacionar interação e interatividade com a educação on line, percebe-
se significativas considerações, tendo em vista que neste modelo de educação a
aprendizagem se constrói a partir das interações dialógicas que ocorrem durante
todo processo ensino-aprendizagem. A estratégia didática utilizada nesta
modalidade prioriza a comunicação, a interação e consequentemente a
interatividade. Vários recursos são utilizados para garantir a qualidade desta
comunicação, que deverá viabilizar a construção e o desenvolvimento das
competências elencadas como fundamentais para formação do discente, através da
proposta educacional fundamentada na interatividade.
O ambiente virtual, quando utilizado na educação on line, não deve ser
reconhecido como um espaço de emissão, e sim de atuação, intervenção e
participação em que o papel do professor é transpor a transmissão de conteúdos,
deixando o estudante de ser visto como um mero receptor. De acordo com Silva
(2002) cabe ao professor construir um conjunto de territórios a serem explorados
pelos estudantes e disponibilizar coautoria e múltiplas conexões, garantindo a
liberdade e a pluralidade das expressões individuais e coletivas. Desta forma, a
educação on line estará propondo não só interação como interatividade, através de
um ambiente dinâmico e até mesmo interativo.
Neste sentido, as TIC trazem em seu bojo um potencial de transformação nas
formas de se ensinar e aprender. Nesse novo espaço de comunicação, o
Ciberespaço (a interface web) pode potencializar a interação e interatividade entre
estudantes e professores. Entretanto, é importante que se destaque que neste
campo, em função da multiplicidade de conceitos e da novidade que os mesmos
representam para a Educação e, consequentemente, para os processos de ensino-
aprendizagem, não há uma unanimidade conceitual. Embora não seja o foco desta
40
avaliação, vale destacar que autores, como Primo (1998) trabalharam o conceito de
interação mútua, Moore (1993) apresentou estudos sobre a teoria da distância
transacional, dentre muitos outros autores que defendem esta ou aquela abordagem
e nomenclatura para os processos de interação e interatividade que caminham pelo
espaço cibernético em ambientes virtuais de aprendizagem. Entretanto, para este
estudo avaliativo, mesmo sabendo dos muitos conceitos sobre a temática, foi
selecionado o conceito defendido por Silva (2002). Esta seleção foi determinada
pela concepção de Fórum que a equipe de EAD da Instituição optou por trabalhar.
Segundo Silva (2002), para haver interatividade, fazem-se necessários três
engajamentos. A primeira é denominada participação-intervenção, em que o emissor
permite a participação-intervenção do receptor, interferindo ao ponto de modificar a
mensagem. A segunda é considerada bidirecionalidade–hibridação, em que o
emissor deve ser receptor em potencial e vice-versa. Neste engajamento, a
comunicação é produção conjunta dos dois pólos assim como a mensagem deve ser
codificada e decodificada por ambos, é uma proposta coparticipativa. A terceira e
última citada por este autor seria a permutabilidade–potencialidade em que o
emissor disponibiliza múltiplas redes articulatórias, pois se a proposta for muito
fechada, as articulações também serão limitadas, tirando do receptor a ampla
liberdade de associações e significações.
Ao definir interatividade, Silva (2002, p. 83, grifo nosso) afirma que:
O termo “interatividade” significa comunicação que se faz entre
emissão e recepção entendida como co-criação da mensagem. Há
críticos que vêem mera aplicação oportunista de um termo “da moda”
para significar velhas coisas, como diálogo e reciprocidade. Há
outros acreditando que interatividade tem a ver com ideologia
publicitária, estratégia de marketing, fabricação de adesão, produção
de opinião pública.
No mesmo texto, Silva (2002) aponta para a crítica pertinente feita por alguns
autores quando afirmam “não se iludir com a interatividade entre homens e
máquina”. Para estes críticos “por trás de uma aparente inocência da tecnologia
amigável, ‘soft’, progride a dominação das linguagens infotécnicas sobre o homem”
(SILVA, 2002, p. 84).
Silva (2008) concorda com a banalização do conceito indicada por autores
como Sfez (1994) e a despeito dela afirma que há “uma emergência histórica da
41
interatividade como novo paradigma de comunicação”. (SILVA, 2002, p. 86). Neste
sentido, Silva (2008) afirma que a transmissão, emissão separada da recepção
perde sua força na era digital, na cibercultura, na sociedade da informação, quando
está em emergência a imbricação de pelo menos três fatores: o tecnológico, o
mercadológico e o social.
Silva (2002, p. 86) afirma ainda que “um novo cenário comunicacional ganha
centralidade”, viabilizando a transição da lógica da distribuição (transmissão) para a
lógica da comunicação (interatividade). Para o autor, esta é uma ruptura com o
esquema clássico da informação baseado na ligação unilateral emissor-mensagem-
receptor. Silva (2002) continua afirmando que:
O emissor não emite mais, no sentido que se entende
habitualmente, uma mensagem fechada, oferece um leque de
elementos e possibilidades à manipulação do dreceptor.
A mensagem não é mais “emitida”, não é mais um mundo fechado,
paralisado, imutável, intocável, sagrado, é um mundo aberto,
modificável na medida em que responde às solicitações daquele que
a consulta.
O receptor não está mais em posição de recepção clássica, é
convidado à livre criação, e a mensagem ganha sentido sob sua
intervenção (MARCHAND, 1986, p.9).
Silva (2002) destaca que é preciso despertar o interesse dos professores para
esse novo modelo de comunicação já que é evidente o descompasso entre emissão
e recepção nas práticas pedagógicas sejam elas sediadas em ambientes virtuais de
aprendizagem, em ambientes semipresenciais ou totalmente presenciais. Neste
sentido, o autor afirma que:
A aprendizagem não se dá a partir da récita do professor. Isto
requer, portanto, modificação radical em sua autoria em sala de aula
presencial e on line. O professor não se posiciona como o
detentor do monopólio do saber, mas como aquele que dispõe de
teias, cira possibilidades de envolvimento, oferece ocasião de
engendramentos, de agenciamentos e estimula a intervenção dos
aprendizes como co-autores da aprendizagem. O tratamento dessa
postura comunicacional tem no conceito de interatividade uma
agenda comunicacional alternativa à Pedagogia da transmissão
(SILVA, 2002, p. 83).
Como uma das questões norteadoras deste estudo está diretamente ligada ao
nível de aprendizagem dos estudantes participantes do Fórum on line proposto, foi
necessário estabelecer o conceito de aprendizagem sob o qual estar-se-ia
42
trabalhando e avaliando as inserções dos estudantes. Embora não seja foco dos
estudos avaliativos uma pesquisa profunda sobre os referenciais teóricos, neste
trabalho foi importante apresentar a concepção de aprendizagem defendida pelos
envolvidos no processo ensino-aprendizagem da disciplina em tela para que a
questão levantada no Capítulo I pudesse ser respondida adequadamente através
das rubricas especialmente elaboradas para a avaliação do Fórum on line
desenvolvido pela disciplina Dinâmica da Aprendizagem. A aprendizagem está
inevitavelmente ligada à História do Homem, à sua construção enquanto ser social
com capacidade de adaptação a novas situações.
A aprendizagem sempre foi considerada uma atividade humana de forma
mais ou menos estruturada, de maneira formal ou informal, o homem sempre
ensinou e aprendeu, mesmo antes da criação da Escola, como instituição devotada
exclusivamente à Educação. Os pressupostos teóricos da aprendizagem encontram-
se ancorados no desenvolvimento da Psicologia.
Entretanto, vale frisar que este estudo não se processou de forma uniforme e
concordante durante os tempos. O Quadro 1, organizado a partir de conceitos-
chaves, apresenta, de forma sucinta, as principais características das teorias que
fundamentam a aprendizagem que adquiriram maior destaque ao longo da história
da Psicologia.
As diferentes perspectivas sobre a aprendizagem têm conduzido a pesquisa
sobre aprendizagem a diferentes abordagens e conceitos no mundo contemporâneo.
As diferenças, no entanto, não devem ser encaradas como um problema, mas sim
como uma vantagem, já que possibilitam uma visão mais abrangente, não reduzindo
a explicação da diversidade deste processo a uma única teoria.
Atualmente a aprendizagem é vista como um processo dinâmico e ativo, em
que os sujeitos não são simples receptores passivos, mas sim processadores ativos
da informação. Todos os sujeitos, de forma individualizada, são capazes de
“aprender a aprender”, isto é, capazes de encontrar respostas para situações ou
problemas, quer mobilizando conhecimentos de experiências anteriores em
situações idênticas, quer projetando no futuro uma “ideia” ou “solução” que se tem
no presente, interagindo com os estímulos (situações e problemas) de uma forma
pessoal.
43
Teorias Principais características Principais Autores
Comportamentalistas
(behavioristas)
A aprendizagem é vista como a
aquisição de comportamentos
expressos, através de relações mais ou
menos mecânicas entre um estímulo e
uma resposta, sendo o sujeito
relativamente passivo neste processo.
Ivan Pavlov
E. L. Thorndike
John B. Watson
B. F. Skinner
Alberto Bandeira
Cognitivistas A aprendizagem é entendida como um
processo dinâmico de codificação,
processamento e recodificação da
informação. O indivíduo é visto como um
ser que interage com o meio e é graças
a essa interação que aprende.
William James
Jean Piaget
Jerone Bruner
Bejamim Bloom
Robert Havighurst
David Asubel
L.S. Vygotsky
Humanistas A aprendizagem fundamenta-se
essencialmente no caráter único e
pessoal do sujeito que aprende, em
função das suas experiências únicas e
pessoais. O sujeito que aprende tem um
papel ativo neste processo, mas a
aprendizagem é vista muitas vezes como
algo espontâneo.
J.J Rousseau
Maria Montessori
John Dewey
Arnold Geseti
Sigmund Freid
Carl Rogers
willian Glasser
Herbert
Pestalozzi
Froebel
Horace Mann
Quadro 1 - Principais Teorias da Aprendizagem.
Para Silva (2002, p. 84), “na sala de aula interativa, a aprendizagem se faz
com a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e
complementares na co-criação da comunicação e da aprendizagem.”
No ciberespaço, através dos ambientes virtuais de aprendizagem, é possível
se atingir a socialização dos conhecimentos através de múltiplas interfaces como
fóruns, chats, correio eletrônico, enfim, estas e outras interfaces viabilizam as trocas
nos mais diversos níveis.
Para Silva (2002, p. 89)
[...] o professor que busca a interatividade com seus estudantes
propõe o conhecimento, não o transmite. Em sala de aula, é mais
que instrutor, treinador, parceiro, companheiro, conselheiro, guia,
facilitador, colaborador; é formulador de problemas, provocador de
situações, arquiteto de percursos, mobilizador de inteligências
múltiplas e coletivas na experiência do conhecimento. Disponibiliza
estados potenciais do conhecimento de modo que o estudante
experimente a criação do conhecimento quando participe, interfira,
modifique. Por sua vez, o estudante deixa o lugar de recepção
passiva de onde ouve, olha, copia e presta contas para se envolver
com a proposição do professor.
44
O mesmo autor (SILVA, 2002, p. 100-101) faz algumas sugestões para
potencializar uma autoria criativa no processo ensino-aprendizagem em modelos
cibernéticos ou presenciais. Para ele, no intuito de superar a Pedagogia da
transmissão, os professores deveriam tentar responder as seguintes questões:
Os estudantes são convidados a resolver os problemas
apresentados de forma autônoma e cooperativa?
Por meio do diálogo entre professor e estudantes, as dúvidas são
esclarecidas?
O professor e os estudantes apresentam e defendem os seus
pontos de vista?
Os estudantes são convocados a apresentar, defender e, se
necessário, reformular seus pontos de vista constantemente?
Há um clima de cooperação e confiança entre estudantes e
professor valorizando a troca de experiências, o compartilhamento
e a co-criação?
O professor procura atender às solicitações expressas
(verbalmente ou não) pelos estudantes e considera suas
opiniões?
Há incentivo permanente ao trabalho em grupo?
Há um cuidado com a preparação do “cenário” de aprendizagem
desde o planejamento das atividades?
O professor orienta a aprendizagem alternando as falas,
instigando o debate e a depuração de ideias e conceitos com os
estudantes?
Expressões e gestos positivos do professor costumam encorajar
os esforços dos estudantes?
A autoridade do professor é exercida a partir da experiência e não
do poder do cargo?
O professor cuida do mapeamento dos percursos de
aprendizagem dos estudantes para que não se percam em suas
explorações?
As diferenças (estéticas, culturais e sociais) são levadas em conta
pelo professor?
O professor lança mão de interfaces de interatividade virtual (chat,
fórum, e-mail...)?
Todos estão autorizados a participar de debates, a questionar
afirmações, a expor argumentos, a emitir opiniões segundo
critérios estabelecidos em consenso?
O ambiente virtual tem boa usabilidade, isto é, é intuitivo,
funcional e de fácil navegação?
Ao responder às questões propostas pelo autor, os professores estarão
dando um passo no caminho de um processo de ensino-aprendizagem mais
adequado às necessidades do mundo contemporâneo, que exige múltiplas
expressões, montagens de conexões em rede que permitem múltiplas ocorrências.
45
Enfim, um professor criador de situações-problema, de desafios na busca de uma
construção colaborativa, ultrapassando o modelo de mera transmissão, almejando a
construção através da interatividade.
Sendo assim, as possibilidades interativas proporcionadas pelas TIC através
de um ambiente virtual devem ser analisadas e planejadas de acordo com o
contexto da prática educativa que se propõe, não deixando de lado a efetivação
dialógica do processo ensino-aprendizagem em questão. Deve-se então, neste
sentido, concordar com Campos (1999) quando ele afirma que a avaliação vai
decorrer da capacidade de interação do estudante com o professor, com o sistema e
com o conteúdo a ser apreendido.
2.6 O FÓRUM AVALIADO
A educação on line estimula a comunicação através das mídias, em redes
assíncronas, síncronas, ou mistas, ou para alguns pesquisadores em tempo real (on
line) e em tempo diferido (off line). Ferramentas assíncronas são as que o professor
e estudante estão em diferentes quadrantes temporais e a relação
entre eles é mediatizada por material impresso (livros, apostilas) ou informático
(mensagens, sites, lista de discussão), ou ainda por vídeos, áudio books. Já as
síncronas, o professor e estudante estão no mesmo quadrante temporal como os
momentos presenciais ofertados semanalmente.
O Fórum de discussão caracteriza-se como interface, porque permite o
encontro entre os sujeitos. É visto como um espaço de encontros, onde, por meio do
discurso escrito, textos se re(significam) favorecendo a construção da
aprendizagem.
Os fóruns representam discussões assíncronas realizadas por meio
de um quadro de mensagens, que dispõe de diversos assuntos e
temas sobre os quais o usuário pode emitir sua opinião, sendo
possível ainda, contra-argumentar opiniões emitidas por outros
usuários formando uma cadeia dinâmica de debates (BRITO, 2003,
p. 66).
A participação em um fórum de discussão é um elemento essencial na
educação on line, tendo em vista que sua participação regular favorece a interação
entre os integrantes do processo ensino-aprendizagem, podendo contribuir para
46
uma aprendizagem significativa.
No AVA da Universo, a atividade denominada Fórum de discuso é ofertada
como uma atividade acadêmica em que através de uma comunicação assíncrona,
pontos de discussão relacionados aos temas centrais do programa das
disciplinas/cursos são debatidos e registrados por professores e estudantes. O objetivo
desta atividade é promover não só uma reflexão sobre os temas estudados, mas
também estimular a autonomia de pensamento do estudante. Sabe-se que a partir
do diálogo dinamizado nos fóruns, pode-se observar o desenvolvimento de novas
perspectivas acerca dos conteúdos estudados.
O fórum de discuso ocorre duas vezes por semestre, com propostas e
temáticas diferenciadas. O estudante tem acesso a essas datas, ou seja, o período
em que o fórum ficará lançado no ambiente virtual, através do cronograma de
atividades que é disponibilizado através do AVA, ficando disponível para
participação durante no máximo três semanas (Figura 4).
De acordo com a proposta pedagógica da instituição de ensino e do curso,
esta atividade funciona como uma avaliação formativa. O tema do fórum é
disciplinar, ou seja, a equipe de professores-tutores responsáveis por cada disciplina
escolhe o tema que será proposto, estando sempre contextualizado com os
conteúdos programáticos.
A mediação da atividade e o acompanhamento referente à participação dos
estudantes é de responsabilidade do professor tutor de cada turma. Vale ressaltar
que a atividade não é considerada obrigatória dentro do projeto pedagógico e
nenhum valor é agregado a ela para avaliação final do estudante.
Na disciplina Dinâmica da Aprendizagem, foram ofertados dois Fóruns de
Discussão durante o semestre letivo (2/2008). O objetivo da atividade era não só
contribuir para a interação entre os estudantes da turma, estreitando inclusive os
laços do grupo de discentes com o professor-tutor, responsável em mediar a
atividade, mas também estimular a autonomia de pensamento, a reflexão e a
criticidade mediante a um tema de estudo da disciplina.
47
Figura 4 - Página do AVA: cronograma de atividades.
Fonte: Universo (2009).
Desta forma, ficou estabelecido que as duas categorias que poderiam
contribuir para avaliar a atividade em questão seriam interatividade e aprendizagem.
A primeira proposta foi:
1ª) De acordo com Freire (2004), “Ensinar não é transferir conhecimentos,
mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou sua construção.
Esta proposta ficou no AVA por três semanas, no período de setembro de
2008 e abordava os conteúdos das seis primeiras unidades de estudo, ou seja,
envolve temas como os processos de ensinar e aprender, construção do
conhecimento, o papel do professor e a aprendizagem significativa. Caberia ao
estudante expor sua opinião sobre o tema, contextualizando os temas estudados
nas seis primeiras unidades de forma crítica e reflexiva, construindo ainda conceitos
sobre o processo de ensino, aprendizagem significativa, compreendendo o que se
denomina construção do conhecimento. Esperava-se ainda atingir dois dos
48
engajamentos propostos por Silva (2002) necessários para favorecer a
interatividade, ou seja, que o estudante busque participar da atividade, fazendo
intervenções perante as postagens já lançadas no AVA, sempre de maneira reflexiva
e problematizadora, contribuindo assim para elaboração de novas postagens,
enriquecendo a dinâmica da atividade.
A segunda proposta envolve as diversas unidades de estudo da disciplina,
principalmente a segunda etapa, que aborda temas como a prática pedagógica de
projetos, dinâmicas de grupo, inteligências múltiplas e os desafios atuais da
educação. A seguir a segunda proposta:
2ª) Atualmente, o maior desafio das instituições de ensino é vencer a
desmotivação dos estudantes frente ao processo ensino-aprendizagem. Muitos
fatores podem ser apontados como a causa dessa desmotivação. Na sua opinião,
quais são os fatores que contribuem para esse cenário ? Quais as estratégias que
deveriam ser adotadas para reverter esse quadro?
Caberia ao estudante nesta proposta uma reflexão sobre os temas estudados
na disciplina e a construção de um texto pertinente que apontasse algumas
estratégias que poderiam ser adotadas para reverter esse quadro. O texto deveria
estar focado no tema, com as ideias organizadas logicamente e de forma
sintetizada. Mais uma vez os engajamentos necessários para favorecer a
interatividade citados por Silva (2002) estariam sendo avaliados, pois se entende
que um dos objetivos desta atividade é exatamente propor a bidirecionalidade entre
seus participantes, favorecendo a aprendizagem colaborativa. Cabe ressaltar
também que a primeira proposta foi a escolhida para este estudo avaliativo por
contemplar o maior número de participações (20), sendo estas postagens muito
mais significativas, possibilitando uma análise quantitativa e qualitativa. Já a
segunda proposta, não foi escolhida diante do quantitativo inferior de participações,
o que dificultaria operacionalização de um estudo avaliativo de qualidade.
3 A CONSTRUÇÃO DAS RUBRICAS COMO PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
A construção de rubricas para avaliar o processo ensino-aprendizagem surge
como uma proposta inovadora, tendo como principais objetivos possibilitar o
diagnóstico da qualidade das atividades propostas, bem como realizadas e também
auxiliar o estudante a aprender como se autoavaliar. Vale ressaltar que as rubricas
favorecem a criação de um elo de colaboração e parceria entre professor e
estudante, tendo em vista que os critérios da avaliação são previamente
apresentados.
Segundo Porto (2005), as rubricas necessitam ser feitas sob medida para as
tarefas ou produtos que se pretende avaliar, descrevendo níveis de desempenho e
de competências na realização de tarefas específicas. É importante salientar ainda
que a rubrica é o critério que em ambientes virtuais, é normalmente construída de
forma colaborativa como sugere-se a atuação em rede.
O sentido da avaliação é compreender o que se passa na interação
entre o ensino e a aprendizagem para uma intervenção consciente e
melhorada do professor, refazendo o seu planejamento e o seu
ensino e para que o aprendente tome consciência também de sua
trajetória de aprendizagem e possa criar suas próprias estratégias de
aprendizagem.
Nesse ponto de vista, a produção do estudante, inclusive o erro, é
compreendido como uma fonte riquíssima de conhecimento da
dinâmica da qualidade e do trabalho pedagógico e do caminho de
aprendizagem discente. Mapear a reação do aprendente à
intervenção docente é a razão de ser do processo avaliativo em sala
de aula. Esse mapeamento tem como fim possibilitar uma
diversificação didática sintonizada e proximal das necessidades do
educando (SILVA, 2002, p. 60).
Na educação on line, várias atividades colaborativas são propostas como
estratégias que favorecem o processo ensino-aprendizagem, caminhando assim
para uma avaliação formativa. Chats, fóruns de discussão, elaboração de portfólios
são alguns exemplos. Essas atividades exigem muito mais a construção de textos,
sendo a escrita o principal meio de comunicação. Desta forma, a elaboração de
rubricas é muito útil para a dinamização da avaliação no sistema de educação via
ambiente virtual, diversificando as estratégias avaliativas, que passam a ser
contínuas e não puramente somativas.
De acordo com Rowe (2009), as rubricas têm as seguintes vantagens:
50
Focalizar a instrução do professor.
Melhorar o desempenho do estudante, favorecendo as
expectativas, mostrando para os estudantes como satisfazê-las.
Ajudar ao professor a divulgar para estudantes e para os pais uma
avaliação mais objetiva e consistente.
Tornar os estudantes juízes mais pensativos visando a qualidade
do próprio trabalho.
Permitir aos professores acomodar classes heterogêneas.
Reduzir a quantia de professores no que tange a avaliação do
trabalho do estudante.
Proporcionar para os estudantes uma avaliação mais informativa.
De acordo com ROSINI (2007), nos cursos a distância, as taxas de evasão
elevadas muitas vezes decorrem da falta de informação. Entendendo que, na
educação, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem, o presente trabalho
propõe a construção de rubricas para avaliação da participação em fóruns de
discussão, dando assim a possibilidade do educando avaliar previamente o seu
desempenho nesta tarefa, considerada como fundamental na educação on line.
As rubricas ilustradas a seguir foram construídas pela equipe de três
professores da disciplina e validadas por dois especialistas em educação on line do
próprio programa educacional, adequadas tanto ao ambiente em tela quanto aos
objetivos da disciplina. Os principais objetivos eram a avaliação da participação dos
estudantes no fórum em questão e um acompanhamento da aprendizagem dos
mesmos frente às temáticas da disciplina, possibilitando aos professores tutores
planejarem posteriormente formas de apoio aos estudantes que apresentassem
dificuldades de aprendizagem. Para cada categoria, foram estabelecidos alguns
indicadores e, para estes indicadores, critérios quantitativos e qualitativos. Em sua
versão final, o instrumento apresentou duas categorias: Interatividade e
Aprendizagem. Para a primeira categoria, foram listados quatro indicadores e para
segunda, seis indicadores.
Na Categoria Interatividade, conforme comentado anteriormente, buscava-se
avaliar não só dois dos engajamentos necessários para este fim, citados por Silva
(2002), que são a participação-intervenção e a bidirecionalidade-hibridação, como
também a criatividade dos estudantes durante as suas postagens. É comum nos
estudos que abordam a educação on line as afirmações sobre a necessidade de
interações dialógicas para o sucesso do processo ensino-aprendizagem. O fórum,
segundo autores como Sanchez (2005) e Brito (2003) é uma atividade que, quando
bem orientada, pode proporcionar esse sucesso. Vale ressaltar que o terceiro
51
engajamento citado por Silva (2002), denominado de permutabilidade-
potencialidade, não foi estabelecido como indicador pelo grupo de professores
tutores, tendo em vista que o fórum em questão ainda encontra-se no primeiro
modelo, não havendo disponibilidade para múltiplas redes articulatórias. Os
indicadores escolhidos para essa categoria foram:
a) Participação quanto ao Nº de Postagem - este indicador tem como objetivo
avaliar a quantidade de vezes que os estudantes participaram do fórum,
intensificando a interação entre os integrantes do processo ensino-aprendizagem.
Caberia ao estudante interagir e trocar informações sobre o tema em questão de
forma interativa e dialógica.
b) Originalidade da Participação - O ponto-chave deste indicador é avaliar se
o estudante buscou, através do seu texto a originalidade, diversificando sua
postagem através de outras leituras ou sobre o tema em questão. A preocupação
com este item é para que o estudante não use um discurso pronto e já reproduzido
pelo material de apoio.
c) Participação-intervenção - este indicador tem como propósito avaliar a
troca de experiências e conhecimentos entre o grupo, através das relações
estabelecidas no fórum de discussão, evitando que cada estudante se preocupe
única e exclusivamente com a sua postagem, sem se preocupar com a necessidade
de interação e relação entre os textos. Cabe ao estudante não só participar, mas
também fazer intervenções nas postagens já encontradas no fórum.
d) Bidirecionalidade-hibridação - este indicador avalia até que ponto os
participantes da atividade foram emissores e receptores em potencial, codificando e
decodificando as mensagens postadas.
O Quadro 2 ilustra a categoria interatividade assim como os indicadores que a
constituem e os critérios para a avaliação de cada um dos indicadores:
Na categoria Aprendizagem, partiu-se do princípio que este processo resulta
numa mudança significativa de comportamento, a partir de trocas de experiências e
interações. Tomou-se como princípio as ideias de Freire que os homens se educam
em comunhão e que caberia ao professor de hoje exercer um papel de mediador,
estimulando o estudante a construir o conhecimento a partir dos saberes
compartilhados.
52
Categoria: Interatividade
Indicadores Excelente - 4 Boa - 3 Satisfatória - 2 Insatisfatória - 1
Participação no
Fórum quanto a
quantidade das
postagens
Fez
substantivas
contribuições
para o grupo,
frequentemente
escrevendo de
uma maneira
genuína, igual
ou superior a
quatro vezes
por semana.
Fez
substantivas
contribuições
para o grupo,
escrevendo de
uma maneira
genuína, igual
ou superior a
duas vezes por
semana.
Fez algumas
contribuições
raramente
colaborando
com o grupo,
escrevendo no
mínimo uma vez
por semana.
Não fez
contribuições
para o grupo,
sendo sua
participação
irrelevante., ou
seja, participou
com uma única
mensagem
durante o
período da
atividade.
Originalidade da
participação
Enriqueceu sua
participação
com várias
leituras e outros
materiais de
apoio como
embasamento.
Enriqueceu sua
participação
com algumas
leituras e outros
materiais de
apoio como
embasamento.
Enriqueceu sua
participação
com pouca
leitura, usando
somente os
materiais de
apoio como
embasamento.
Não enriqueceu
sua participação
com leituras e
outros materiais
de apoio para
embasamento.
Participação -
intervenção
Participou
igual ou
superior a
quatro vezes
por semana. da
atividade
postando
respostas
substanciais e
detalhadas,
sempre
contribuindo
com
intervenções.
Participou
igual ou
superior a duas
vezes por
semana. da
atividade
postando
algumas
respostas
substanciais,
sempre
contribuindo
intervenções.
Participou uma
vez por semana
da atividade
postando,
algumas
respostas e
fazendo
intervenções
nas mensagens
já postadas.
Participou com
uma única vez
postando
somente um
texto , sem se
preocupar em
fazer
intervenções
nas mensagens
já postadas.
Bidirecionalidade
- hibridação
Estabeleceu
comunicação
com o grupo
através de suas
mensagens
igual ou
superior a
quatro vezes
por semana.
Estabeleceu
comunicação
com o grupo
através de suas
mensagens
igual ou
superior a duas
vezes por
semana.
Estabeleceu
comunicação
com o grupo
através de sua
mensagem
uma vez por
semana.
Estabeleceu
comunicação
com o grupo
através de sua
mensagem
uma única vez
durante todo o
período de
duração da
atividade.
Quadro 2 - Indicadores / Rubricas (Categoria Interatividade).
Fonte: A autora (2009).
Fundamentou-se esta categoria também nas ideias de Leite (2008) que afirma
a necessidade da escola contemporânea ser problematizadora, desafiadora,
53
agregadora de indivíduos pensantes e que a prática pedagógica deve fazer uso de
atividades pedagógicas nas quais os estudantes construam conhecimento, lendo e
escrevendo textos variados, debatendo, analisando e criticando.
Portanto, esta categoria busca avaliar se houve aprendizagem por parte dos
estudantes quanto aos assuntos debatidos nas unidades de estudo e a partir das
demais atividades realizadas na disciplina. Os indicadores estabelecidos para
avaliação desta categoria foram:
a) Participação quanto à qualidade da postagem - através deste indicador
busca-se avaliar a qualidade da postagem, por meio dos conhecimentos
demonstrados, de forma organizada e crítica, buscando a contextualização com os
temas estudados sempre de forma fundamentada.
b) Contribuição de recursos - o ponto-chave deste indicador é avaliar se o
estudante faz referência a algum outro recurso no decorrer de sua postagem,
contribuindo assim para o enriquecimento da discussão ou, se, na verdade, está
preso somente ao material de apoio da disciplina. Caberia avaliar sua capacidade de
pesquisa e aprofundamento aos temas estudados, diante dos recursos que o
mesmo sugere através de suas postagens.
c) Foco no tema – neste indicador pretende-se avaliar se o texto postado pelo
estudante está focado e contextualizado com o tema proposto.
d) Organização da síntese - através deste indicador, pode-se avaliar a
capacidade de análise e síntese dos estudantes, verificando se existe também uma
organização lógica do seu pensamento através do texto postado.
e) Pertinência Teórica - busca-se avaliar através deste indicador se os
estudantes respondem de forma pertinente ao tema proposto através dos textos
postados no fórum, baseando-se nos conteúdos estudados ao longo da disciplina.
f) Gramática e Ortografia - este indicador busca avaliar a utilização adequada
das normas gramaticais e ortográficas por parte dos estudantes, atendendo a um
padrão satisfatório da linguagem escrita.
Desta forma, o Quadro 3 ilustra a categoria aprendizagem assim como os
indicadores que a constituem e os critérios para a avaliação de cada um dos
indicadores.
54
Categoria: Aprendizagem
Indicadores Excelente - 4 Boa - 3 Satisfatória- 2 Insatisfatória – 1
Participação
no Fórum
quanto a
qualidade
das
postagens
Demonstrou
amplos
conhecimentos,
pensamento
organizado, e
qualidade nos
questionamentos
Demonstrou
pensamento
organizado e
qualidade nos
questionamentos
que realizou.
Demonstrou
pouco
conhecimento
sobre o tema e
pouca
participação nos
questionamentos.
Não demonstrou
pensamento
organizado ou
relação entre o
tema e as
discussões on
line e/ou a
participação tem
conteúdo
mínimo.
Contribuição
de Recursos
Fez várias
contribuições
importantes e
coerentes ao
grupo quanto à
indicação de
recursos
relevantes ao
tema proposto .
Fez algumas
contribuições
importantes e
coerentes ao
grupo quanto à
indicação de
recursos
relevantes ao
tema proposto.
Fez algumas
contribuições
limitadas para o
grupo.
Não fez
indicações de
recursos para o
grupo.
Foco no
tema
Destacou a ideia
principal e esta é
respaldada com
informação
detalhada.
Destacou a ideia
principal, porém
as informações
de apoio são
generalizadas.
Destacou a ideia
principal, porém
se necessita
maiores
informações de
apoio.
Destacou a ideia
principal porém
parece haver
uma recopilação
desordenada de
informação.
Organização
da Síntese
Ordenou
logicamente os
detalhes
mantendo
sempre o
interesse do
leitor.
Ordenou
logicamente os
detalhes porém a
forma que são
apresentados ou
introduzidos
algumas vezes,
tornam a leitura
menos
interessante.
Ordenou o texto
de forma que os
detalhes não
estão em uma
ordem lógica ou
esperada,
distraindo o leitor.
Não ordenou
logicamente os
detalhes na
forma esperada.
Há pouco sentido
na organização
da escrita.
Pertinência
Teórica da
Participação
Respondeu
completamente
as questões
sempre de forma
pertinente ao
tema e com
detalhes.
Respondeu
completamente
as questões
estando sempre
pertinentes ao
tema.
Respondeu as
questões
parcialmente,
porém de forma
pertinente ao
tema .
Não respondeu
completamente
as questões.
Gramática e
Ortografia
Utilizou a
gramática e a
ortografia
corretamente,
contribuindo
para discussão.
Utilizou a
gramática e a
ortografia de
forma parcial-
mente correta,
cometendo até
dois erros
ortográficos.
Utilizou a
gramática e a
ortografia de
forma incorreta,
cometendo até
quatro erros
ortográficos.
Utilizou a
gramática e a
ortografia de
forma incorreta,
cometendo mais
de quatro erros
ortográficos.
Quadro 3 - Indicadores / Rubricas (Categoria Aprendizagem).
Fonte: A autora (2009).
55
Através da utilização das rubricas como ferramenta de avaliação na educação
on line, o professor divulga, através dos indicadores, o que espera do estudante,
podendo favorecer a autoavaliação e a avaliação formativa no decorrer do processo
ensino aprendizagem.
3.1 O PASSO-A-PASSO DA AVALIAÇÃO ATRAVÉS DAS RUBRICAS
Assim como a metodologia de ensino e de aprendizagem na educação on line
necessitam de um olhar diferenciado, o processo de avaliação precisa de igual
atenção. A avaliação em seu contexto pedagógico, relacionada ao processo
educativo, visa principalmente à identificação e verificação sistemática do processo
ensino-aprendizagem, podendo exercer uma visão diagnóstica, formativa e
somativa.
As rubricas, quando construídas e utilizadas como instrumento para avaliar a
participação e a aprendizagem dos estudantes na educação, exercem uma visão
formativa, contribuindo também para identificação dos aspectos que demandam uma
atenção e orientação especial no decorrer do processo ensino-aprendizagem por
parte do professor-tutor.
Após análise dos textos postados no fórum de discussão, foi construída uma
tabela para visualização da pontuação atribuída aos estudantes em cada categoria e
também indicadores. No intuito de manter sigilo quanto à identidade dos estudantes,
estes foram identificados por uma letra do alfabeto conforme pode se constatar na
primeira linha da tabela. Os estudantes foram avaliados pela professora-tutora, que
analisou cautelosamente a mensagem postada por estes no fórum proposto e a
partir daí receberam a pontuação já estipulada anteriormente como padrão de
avaliação, que se limita a quatro níveis, conforme legenda demonstrada na tabela a
seguir.
Esta avaliação aconteceu durante o período em que o fórum esteve no ar, ou
seja, duas semanas, baseando-se sempre nos indicadores e critérios já previamente
definidos. Cabe ressaltar que todo o material encaminhado pelos estudantes foi
arquivado de forma eletrônica, visando à fidedignidade do trabalho. Durante este
estudo avaliativo e no período em que esse fórum esteve no ar, os participantes da
atividade não tiveram acesso às rubricas, pois a autora entendeu que por estar
ainda em fase de experimentação, deveria utilizá-las inicialmente somente como
56
instrumento da prática docente. Após o fechamento desse trabalho, pretende-se
então sugerir a utilização desse instrumento como parte de um processo avaliativo
da Universidade.
Na primeira coluna à esquerda da Tabela 1 estão os indicadores de cada
categoria estipulada e, no final da tabela, especificamente na última linha, pode-se
constatar a pontuação obtida por cada estudante diante do somatório dos pontos
atribuídos nos diversos indicadores, sinalizados em cada categoria. Na última
coluna, à direita, também se pode ter acesso à pontuação total que cada indicador
obteve nas categorias estipuladas diante dos valores distribuídos a cada estudante,
obedecendo sempre aos critérios previamente divulgados nas rubricas. Esses dados
são fundamentais para a análise e interpretação dos dados.
Tabela 1 - Indicadores / Pontuação - Categoria Interatividade
Indicadores A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U
Participação
quanto ao
número de
postagens
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1
Originalidade.
da
participação
2 2 3 3 3 4 2 3 3 2 2 2 3 2 3 4 3 3 3 3
Participação -
intervenção
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1
Bidireciona-
lidade -
hibridação
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Total de
pontos
5 5 6 6 6 7 5 6 6 5 5 5 8 5 6 7 6 6 6 6
Fonte: A autora (2009).
57
Tabela 2 - Indicadores/Rubricas - Categoria Aprendizagem.
Indicadores A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U TG
Participação quanto à
qualidade de
postagens
3 2 3 3 3 4 3 4 3 3 3 3 3 3 3 4 3 3 3 3 62
Contribuição de
recursos
1 1 1 1 1 2 1 1 1 2 2 1 2 1 2 1 2 1 3 2 29
Foco no tema 3 2 4 3 4 4 3 4 3 2 3 3 3 2 3 3 2 3 3 3 60
Organização da
síntese
4 2 2 4 3 4 4 4 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 3 3 62
Pertinência teórica da
participação
3 2 3 4 4 4 3 3 3 3 3 2 3 2 3 4 3
3 3 3 61
Gramática e ortografia 4 3 3 4 3 4 3 4 3 3 3 3 4 4 3 3 3 3 3 3
66
Total/estudante 18 11 16 19 18 22 17 20 16 16 17 15 18 15 17 18 15 16 18 17
Fonte: A autora (2009).
Legenda:
Padrões: 1. Insatisfatória; 2. Satisfatória; 3. Boa; 4. Excelente.
Tabela 3 - Análise Total dos Pontos.
Categoria A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U
Interatividade 5 5 6 6 6 7 5 6 6 5 5 5 8 5 6 7 6 6 6 6
Aprendizagem 18 11 16 19 18 22 17 20 16 16 17 15 18 15 17 18 15 16 18 17
Total Geral 23 16 22 25 24 29 22 26 22 21 22 20 26 20 23 25 21 22 24 23
Fonte: A autora (2009).
58
3.2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Diante dos dados obtidos, a autora percebeu que, dos estudantes inscritos na
disciplina (53 estudantes matriculados), especificamente na turma do curso avaliado
(Ciências Biológicas), poucas foram as participações no Fórum de discussão. A
opção por esta turma se deu diante do quantitativo de estudantes, ou seja, por
contemplar o maior número de inscritos e maior número de participações na
atividade. A primeira proposta contemplou um total de 20 participações conforme
pode ser constatado em anexos através dos textos que foram postados pelos
estudantes. Já na segunda, somente cinco participações foram realizadas, o que
dificultaria a realização de um trabalho de qualidade, sendo essa a principal
justificativa para a escolha da primeira para este estudo avaliativo. Acredita-se que
as principais justificativas para a falta de participação dos estudantes na segunda
proposta do fórum seriam o período em que esta atividade foi oferecida — logo após
o período da segunda avaliação presencial (novembro), já no final do semestre — e
também a necessidade de uma resposta mais elaborada, exigindo mais
argumentações e fundamentações por parte do estudante.
A análise dos dados obtidos através dos resultados atribuídos a cada
estudante diante das categorias e dos indicadores estipulados nas rubricas, são
fundamentais para este trabalho de avaliação. Através destes dados pode-se fazer
uma análise qualitativa do desempenho de cada estudante nas duas categorias
estipuladas e algumas considerações relevantes quanto ao desempenho dos
estudantes diante da atividade e do processo ensino-aprendizagem. Foi possível
também refletir sobre o trabalho previamente planejado pelo professor-tutor,
identificando se caberia alguma mudança metodológica na relação entre ensinar e
aprender. Vale ressaltar que através das rubricas pode-se obter uma avaliação
pontual por estudante e uma avaliação do desempenho da turma em si, buscando
inclusive os pontos que precisam ser mais explorados na atividade proposta.
Iniciando-se por uma avaliação individual, por estudante, pode-se constatar
que o estudante A, diante do total de pontos alcançados, analisando o desempenho
nas duas categorias, alcançou um total de 23 pontos. Ao fazer uma análise por
categoria, seu desempenho foi melhor na categoria aprendizagem, em que alcançou
um rendimento melhor, diante dos padrões de avaliação. Ainda nesta categoria só
recebeu o padrão 1, de insatisfatório no que se refere à contribuição de recursos,
59
pois não fez indicações de recursos para o grupo. Recebeu pontuação máxima (4 –
excelente) em duas categorias (gramática e ortografia e organização da síntese), o
que deixa evidente diante da sua postagem que realmente possui uma boa
capacidade de análise e síntese e domínio das normas gramaticais e ortográficas.
Abaixo a postagem do estudante A, utilizada como objeto desta avaliação:
Para promover uma aprendizagem significativa e fazer com que o
estudante passe a interagir coma sociedade, ou seja, uma
aprendizagem que seja útil para o estudante, o professor deve ter
objetivos bem intencionados e bem relacionados Deve ainda usar
estratégias de metodologia que sejam eficientes e facilite o
armazenamento de dados na memória de longa duração do
estudante, devendo ainda sempre acompanhar o desenvolvimento
do mesmo. O professor deve estimular o estudante com recursos
para que a aula fique mais dinâmica, buscar a necessidade de cada
estudante e procurar motivá-lo, oferecer aulas práticas para que haja
uma ligação entre a teoria e a prática, ou seja, para que haja práxis,
gerando uma contextualização facilitando a assimilação do estudante
no conteúdo ensinado. (Estudante A).
O referido estudante apresentou um texto focado no tema proposto e
pertinente teoricamente com os assuntos da disciplina, resultando numa boa
qualidade da sua postagem. Nesses três indicadores, pertencentes à categoria
“aprendizagem”, alcançou o padrão 3, sendo considerada uma boa avaliação.
1
3
3
3
4
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência trica da participação
Excelente Boa Insatisfatória
Gráfico 1 - Desempenho do estudante A – Categoria Aprendizagem.
Ainda quanto o estudante A, cabe ressaltar que o mesmo precisa melhorar na
categoria “interatividade”, pois nos indicadores que se referem à quantidade de
postagem, participação e intervenção, bidirecionalidade e originalidade da
participação só postou um único comentário no fórum, sem se preocupar com a
interação dos colegas da turma, apresentando também um texto bem direcionado ao
material de apoio. Conforme o Gráfico 2, seu desempenho nesta categoria deixou a
desejar.
60
1
1
1
2
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da postagem
Participação quanto à quantidade de postagens
Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 2 - Desempenho do estudante A – Categoria Interatividade.
Já o estudante B, não obteve um desempenho tão significativo, obtendo 16
pontos no total. Na categoria “interatividade”, percebe-se que a comunicação com os
participantes não existiu, tendo em vista que já havia postagem no AVA, e o
estudante fez o seu comentário de forma isolada, uma única vez, durante o período
em que a atividade esteve no ar, com isso, nos indicadores que avaliavam a
quantidade de postagem — a participação: intervenção e a bidirecionalidade —
foram avaliados como insatisfatório (padrão 1). Percebe-se ainda, um texto
direcionado somente ao material de apoio da disciplina, sem tanta originalidade. Na
categoria “aprendizagem”, o referido estudante apresentou alguns problemas de
gramática e ortografia, conforme postagem abaixo, alcançando padrão 3 (boa),
porém foi sua maior avaliação.
O papel do educador nesta tarefa tem uma dimensão social na
formação humana, pois a tarefa docente do educador não é apenas
ensinar os conteúdos, mas ensinar a pensar e despertar o estudante
a fim de que este pense por si mesmo, que reflita a sua realidade,
que exerça o pensamento crítico e saiba agir e interagir com o seu
meio. o estudante, a partir de suas próprias experiências. (Estudante
B)
1
1
1
2
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da postagem
Participação quanto à quantidade de postagens
Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 3 - Desempenho do estudante B – Categoria Interatividade.
61
O estudante B também não atendeu ao indicador “contribuição de recursos”,
pois não fez indicações de recursos para o grupo através de sua postagem, sendo
avaliado com padrão 1 (insatisfatório). O que fica claro através da leitura de sua
postagem é a dificuldade de organização da síntese. Diante desses fatores, a
qualidade de sua postagem ficou comprometida, contribuindo para que fosse
avaliada somente como satisfatória.
1
2
2
2
2
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência trica da participação
Boa Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 4 - Desempenho do estudante B – Categoria Aprendizagem.
Este estudante, com certeza, precisa de um acompanhamento diferenciado
do tutor, pontuando as suas dificuldades e esclarecendo de que forma ele pode
melhorar o seu desempenho na disciplina e até mesmo no próximo fórum. Cabe ao
professor-tutor também uma interação maior com o mesmo, via ferramenta
mensagem, identificando suas dificuldades para realizar a atividade e se colocando
à disposição para o esclarecimento de dúvidas e indicando novas fontes de leitura.
O estudante C alcançou 22 pontos no total da atividade. Na categoria
“interatividade”, especificamente nos indicadores “participação-intervenção” e
“bidirecionalidade” faltou ao estudante estabelecer mais interação com os colegas,
favorecendo assim a comunicação com os demais participantes, diante das
postagens que já existiam no ambiente virtual de aprendizagem, por isso sua
participação também foi considerada insatisfatória (padrão 1). No indicador, quanto
ao número de postagem, também foi avaliado com padrão 1, sendo sua postagem
considerada insatisfatória.
62
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da postagem
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 5 - Desempenho do estudante C – Categoria Interatividade.
Na categoria “aprendizagem”, recebeu o padrão 4 (excelente) somente no
indicador “foco no tema”. A sua postagem realmente apresentou uma boa
pertinência teórica, pois se identificaram algumas leituras que tinham sido sugeridas
pelo professor-tutor da disciplina, estando ainda focada no tema proposto para a
atividade, sem grandes erros de gramática e ortografia, o que contribuiu para a
qualidade da sua postagem. Faltou partilhar com a turma os recursos utilizados para
a construção do seu texto, o que contribuiu para que o estudante fosse avaliado com
padrão 1 (insatisfatório) neste indicador. Sua participação foi considerada satisfatória
(padrão 2) no indicador “organização da síntese”, pois se pode constatar que,
através da sua postagem, ao construir um texto longo, o estudante acabou tendo
dificuldade em colocar suas ideias com uma ordem lógica, precisando melhorar
neste quesito, como pode ser observado diante de sua postagem:
Segundo Paulo Freire "ensinar não é transferir conhecimentos, mas
criar as possibilidades para a própria produção ou sua construção"
Sabemos que o ensino é um processo gradual, onde nos
preocupamos com o desenvolvimento de conhecimentos e
habilidades; com isso teremos as capacidades cognoscitivas.
O papel do professor nos dias de hoje está totalmente desvinculado
do professor da escola tradicional, que estava preocupado em dar a
matéria (ensinar)para os estudantes decorarem.Contamos hoje com
um vasto campo tecnológico e cultural que enriquece o aprendizado
que deve ser levado para a vida do estudante. Muitos são os
recursos que o professor competente conta para motivar os
estudantes no processo ensino-aprendizagem tais como:
brincadeiras; música; reportagens; aproximando-se assim o ensino
formal-sistemático da sala de aula a realidade do estudante que se
torna um sujeito agente dentro do processo pois usará elementos da
memória cognoscitiva;porque faz parte do ensino-aprendizagem; não
é somente ouvinte e receptor do ensino como na escola tradicional.
O professor deve buscar a participação do estudante fazendo com
que ele esteja ativo na relação ensino-aprendizagem. É muito
importante o estudante perceber que um determinado conteúdo é útil
63
na sua vivência social; assim através desse aprendizado para a vida
(aprendizagem significativa) ele estará apto a confrontar situações
problemas e achar possíveis caminhos de solução porque o
conteúdo ensinado pelo professor faz parte da sua vida do seu
contexto social e sendo requisitado toda vez que houver
necessidade, estará desenvolvendo novas situações de
aprendizagem e desenvolvendo possibilidades a novas habilidades;
para assimilar e poder usufluir (memória de curta e longa duração)
pois assim teremos uma aprendizagem significativa. (Estudante C)
Cabe ressaltar que este estudante precisa também de uma atenção
diferenciada e pontual do professor-tutor, assim como o estudante B , para que
melhore o seu desempenho.
1
2
3
3
3
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Excelente Boa Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 6 - Desempenho do estudante C – Categoria Aprendizagem.
O estudante D já se diferencia dos demais estudantes anteriormente
comentados, tendo em vista que alcançou um número de pontos altamente
significativo em relação a turma. Alcançou 25 pontos no total.
Na categoria interatividade, apresentou avaliação similar a turma em todos os
indicadores. Assim como os demais estudantes, faltou comunicação com a turma,
tendo em vista que o estudante também só realizou uma única postagem.
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da postagem
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 7 - Desempenho do estudante D – Categoria Interatividade.
64
Já na categoria “aprendizagem”, apresentou um excelente domínio das
normas gramaticais e ortográficas, com um texto ordenado logicamente, mantendo o
interesse do leitor e com total pertinência teórica. Através destes itens descritos,
alcançou padrão de avaliação 4 (excelente) nas categorias que abordavam essas
temáticas. Abaixo a postagem do estudante D, utilizada como objeto desta
avaliação:
Paulo Freire ressalta a necessidade de uma reflexão crítica sobre a
prática educativa. Sem esta reflexão, a teoria pode se tornar apenas
um discurso e prática, ser posta de lado. Acredito que promover uma
aprendizagem significativa é muito mais do que transmitir ou
depositar conhecimentos. O papel do educador, e não somente um
professor, é propiciar uma aprendizagem que seja útil para o
estudante, acompanhar o seu desenvolvimento, oferecer aulas
práticas e dinâmicas para motivá-los. Nos nossos estudantes são o
presente e o futuro de nossa sociedade. Não existe uma nação
quando não há educação. (Estudante D).
A qualidade da sua postagem foi avaliada como boa (padrão 3), assim como
o indicador que faz referência ao “foco no tema”. Não contribuiu com a indicação de
recursos, atingindo neste indicador o padrão 1 (insatisfatório).
A análise geral do desempenho deste estudante, diante dos padrões de
avaliação que foram atribuídos a ele, indica um desempenho bom na atividade,
precisando evoluir somente no que tange à categoria “interatividade”.
1
3
3
4
4
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Excelente Boa Insatisfatória
Gráfico 8 - Desempenho do estudante D – Categoria Aprendizagem.
Quanto ao estudante E, o mesmo alcançou no total 24 pontos. Apresentou
uma participação regular na categoria interatividade, se destacando no indicador
originalidade, alcançando padrão 3 (boa) como avaliação. Participou uma única vez
da atividade, sem se preocupar em interagir com os demais participantes, o que fez
com que nos indicadores “quantidade de postagem”, “participação-intervenção” e
65
“bidirecionalidade” fosse avaliado com padrão 1 (insatisfatório).
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da postagem
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 9 - Desempenho do estudante E – Categoria Interatividade.
Na categoria “aprendizagem”, se destacou nos indicadores “foco no tema” e
“pertinência teórica”, sendo estes avaliados com uma participação de excelência.
Apresentou um bom domínio das normas gramaticais e um texto bem organizado e
sintetizado, o que resultou também em uma boa avaliação quanto à qualidade da
postagem. Pode-se constatar que a participação do estudante foi considerada boa
nesta categoria. Abaixo a sua postagem na atividade:
Ensinar a um estudante é muito mais que trinr ou depositar
conhecimentos simplesmente.Para uma boa formação necessitamos
de ética e coerência.Essa prática educativa deve vir sem interesses
lucrativos, sem promessas inalcançáveis, sem nenhum tipo de
dicriminação. Cabe ao professor criar possibilidades para o
estudante produzir conhecimentos, ao invés de simplesmente
reproduzi-los.Reconhecer que ao ensinar, também está
aprendendo.Paulo Freire ressalta a necesidae de uma reflexão crítica
sobre a prática educativa. Sem esta reflexão, a teoria pode se tornar
apenas um discurso ou prática reprodutiva alienada.O professor deve
propiciar ao estudante condições de construir-se como um ser social
e histórico. O professor pode representar muito na vida de um
estudante. A construção de um saber junto ao educando, depende
da relevância que o educador dá ao contexto social e a comunidade
na qual ele está inserido.Fazendo assim com que o
conteúdo,próximo da realidade componha um diálogo aberto e
sincero, colaborando com o interesse e a curiosidade do
aprendizado. (Estudante E)
66
1
3
3
3
4
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Excelente Boa Insatisfatória
Gráfico 10 - Desempenho do estudante E – Categoria Aprendizagem.
O estudante F foi o que alcançou o melhor desempenho na atividade. A
avaliação da sua participação na atividade totalizou 29 pontos diante das rubricas
estipuladas. Na categoria interatividade também apresentou uma boa participação,
se destacando no indicador “originalidade”, alcançando padrão 4 (excelente).
Participou uma única vez da atividade, também sem se preocupar em interagir com
os demais participantes, o que acarretou uma avaliação com padrão 1 (insatisfatória)
nos indicadores “participação-intervenção”, “bidirecionalidade” e quanto ao “número
de postagem”.
1
1
1
4
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Excelente Insatisfatória
Gráfico 11 - Desempenho do estudante F – Categoria Interatividade.
Já na categoria aprendizagem, destacou-se em vários indicadores: “gramática
e ortografia”, “foco no tema”, “organização da síntese”, “pertinência teórica” e
“qualidade da postagem”, sendo avaliado com padrão 4 (excelente). Seu texto
estava bastante coerente com a proposta, atingindo a qualidade desejada por parte
da equipe de professores-tutores. Assim como poucos estudantes, ainda contribuiu
com a indicação de alguns recursos, sendo sua participação neste indicador
considerada satisfatória (padrão 2). Abaixo a postagem do estudante F, utilizada
como objeto desta avaliação:
67
No passado tínhamos uma escola rigorosa, mas ainda ensinando em
uma relação professor(transmissor), estudante(receptor). Há tempos
atrás, ouvi de um senhor que foi estudante do Pedro II: "- Éramos
obrigados a declinar os verbos em latim, no quadro negro."
Hoje as escolas estão longe desse rigor, mas creio que ainda não
conseguiram fazer a transição do ensino tradicional para um
verdadeiro ensino significativo. Acho que esse é um processo lento.
O MEC tem buscado, nos seus PCNs, mudar esse panorama. Talvez
tudo isso tenha que ver com os baixos salários do magistério,
principalmente nas escolas públicas. Contudo, as particulares,
também, não chegam a um nível de ensino realmente significativo.
Paulo Freire, um revolucionário na educação, construiu uma
pedagogia que prioriza o contexto social. Sem conhecê-lo muito a
fundo, creio que sua ideia é no sentido de que podemos pensar e
com isso produzir conhecimentos, ou seja, partindo de argumentos
intuitivos, dedutivos, enfim, partindo de analogias, é possível fazer
com que o estudante, nas escolas e fora dela, pela vida afora, sejam
capazes de engendrar pensamentos novos, comprometidos com o
mundo em que vivem. Esse, é realmente o contexto em que devem
ser inseridos ensino e aprendizagem, nas escolas. A produção mais
do que a captação do conhecimento.
A velocidade da informação e do conhecimento, científico ou não,
não permitem mais que nós, eternos aprendizes, fiquemos "a ver
navios" passarem ao largo, sem que, ao menos, queiramos viajar
neles, aventurar-mo-nos nos mares do conhecimento.
Então, saber produzir conhecimentos é mais do que simplesmente
ensinar, é permitir que cada um, estudante, singre os mares da
imaginação e da produção de ideias, sem parar. (Estudante F).
De acordo com o gráfico abaixo, pode-se contatar, diante dos padrões de
avaliação atribuídos a sua postagem, o desempenho do estudante F foi significativo,
tendo em vista que sua avaliação foi altamente positiva.
2
4
4
4
4
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Excelente Satisfatória
Gráfico 12 - Desempenho do estudante F – Categoria Aprendizagem.
Já o estudante G, de acordo com a sua avaliação, apresentou algumas
dificuldades ao participar da atividade em questão. Totalizou somente 22 pontos
diante dos indicadores das duas categorias. Na categoria interatividade, sua
68
participação no indicador originalidade foi considerada satisfatória (padrão 2), assim
como a maioria da turma. Deixou a desejar nos indicadores “quantidade de
postagem”, “participação-intervenção” e “bidirecionalidade”, pois não estabeleceu
uma comunicação significativa com o grupo, sendo avaliado então com padrão 1
(insatisfatório).
1
1
1
2
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 13 - Desempenho do estudante G – Categoria Interatividade.
Na categoria “aprendizagem”, se destacou no indicador “organização da
síntese”, sendo avaliado com padrão 4 (excelente), diante do seu texto coeso e bem
organizado. Alcançou uma boa avaliação (padrão 3) em vários indicadores:
“gramática e ortografia”, “foco no tema”, “pertinência teórica”, resultando assim em
uma postagem de qualidade. Deixou a desejar somente no indicador “contribuição
de recursos”, pois não contribuiu com indicações para o grupo, sendo este indicador
então avaliado como insatisfatório (padrão 1).
Para criar ou construir o conhecimento, a aprendizagem deve se
basear em temas de vivencias do dia-a-dia do discente, esse ensino
não pode se restringir somente em ensinar e aprender o que Paulo
Freire sugere é conscientização, e compreensão do mundo para que
possibilite ao estudante aprendizagem de acordo com a sua
realidade. (Estudante G)
Avaliando seu desempenho diante dos padrões de avaliação atribuídos a sua
participação nos diversos indicadores desta categoria, percebe-se que sua
participação pode ser considerada boa, cabendo ao professor-tutor orientá-lo para
que possa aprimorar seu desempenho, minimizando as dificuldades apresentadas.
69
1
3
3
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Boa Insatisfatória
Gráfico 14 - Desempenho do estudante G – Categoria Aprendizagem.
Quanto ao estudante H, pode-se afirmar que foi o 2º estudante mais bem
avaliado da turma. Totalizou 26 pontos diante das categorias e indicadores
estipulados para esta avaliação. Na categoria “interatividade”, quanto ao indicador
originalidade, apresentou criatividade, sendo avaliado com padrão 3, sendo
considerada boa a sua postagem. Como a maioria da turma, só participou uma única
vez da atividade, também sem se preocupar em interagir com os demais
participantes, foi atribuída uma avaliação com padrão 1 (insatisfatória) nos
indicadores “participação-intervenção”, “bidirecionalidade” e quanto ao “número de
postagem”.
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 15 - Desempenho do estudante H – Categoria Interatividade.
Já na categoria “aprendizagem”, destacou-se na utilização das normas
gramaticais e ortográficas apresentando um texto focado no tema, muito bem
sintetizado, sem deixar de abordar o que era necessário para um texto de qualidade,
levando então a uma avaliação de excelência nesses indicadores (padrão 4).
Poderia ter buscado uma pertinência teórica maior, porém, mesmo assim, obteve
uma boa avaliação neste indicador. Deixou a desejar na contribuição de recursos,
pois não fez indicações para o grupo de alguns recursos que poderiam enriquecer
70
as participações. Neste indicador, sua participação foi considerada insatisfatória,
avaliada então com padrão 1. Abaixo a postagem do referido estudante:
Sem dúvida o papel do professor em sala de aula vai muito além de
simplesmente emitir informações, conhecimentos: é preciso elaborar
meios de incitar a construção do saber em sala de aula, fomentando
os estudantes a questionarem a realidade que os rodeia. O professor
deve fazer com que os estudantes reflitam, questionem, tirem
conclusões, emitam juízos de valor, porque faz parte do processo de
aprendizagem trazer à tona o conhecimento interno de cada um. Daí,
ao lecionar, o professor deve assumir o papel de orientador e
mediador desta efervescência de ideias que será produzida nos
estudantes. Quanto maior for o interesse dos estudantes, mais
eficiente será o processo de aprendizagem. O objetivo é o exercício
de pensar da parte de todos de modo a formar indivíduos capazes de
formular conclusões corretas, com espírito crítico, ao invés de
simplesmente despeja-lhes informações prontas e acabadas.
(Estudante H)
De maneira geral, o seu desempenho, conforme ilustra o gráfico a seguir, foi
bem positivo.
1
3
4
4
4
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Excelente Boa Insatisfatória
Gráfico 16 - Desempenho do estudante H – Categoria Aprendizagem.
O estudante I, diante da avaliação feita a partir da sua postagem, totalizou
22 pontos, estando próximo de pontos alcançados pela turma. Na categoria
“interatividade”, foi avaliado com padrão 3 quanto à originalidade da sua
participação, pois percebe-se que enriqueceu sua postagem com alguns materiais
de apoio e leituras de qualidade. A participação-intervenção e bidirecionalidade entre
os participantes foram consideradas insatisfatórias, assim como a sua participação
quanto ao número de postagem, pois só efetuou uma única participação na atividade
em questão.
71
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 17 - Desempenho do estudante I – Categoria Interatividade.
Já na categoria aprendizagem, destacou-se com uma boa avaliação (padrão
3) na maioria dos seus indicadores, apresentando um texto com poucos erros
gramaticais, bem focado no tema proposto e, apesar de um texto extenso, bem
pertinente teoricamente e com os detalhes organizados de forma lógica. A seguir o
texto que ilustra sua postagem:
A importância de uma Pedagogia da Autonomia como chamou Paulo
Freire sempre foi para mim uma convicção, até mesmo antes de
fazer a minha opção profissional. Conhecimentos científicos para que
se perceba a deficiência do ensino tradicional se tornam secundários,
bastam filhos em idade escolar para que se tenha conhecimento de
causa. No que se refere à defasagem no ensino do nosso país
costumo usar como exemplo a carência com que os estudantes do
ensino básico chegam aos cursinhos pré-vestibulares: Sem noção do
que fazer com tudo aquilo que supostamente aprenderam durante
anos. A formação de um estudante competente, preparado para
enfrentar situações-problema, não menos no âmbito social do que no
pessoal e profissional deve constituir objetivo capital para o
educador. Os que mais se exige em um concurso para ingressar em
uma universidade e exatamente o que menos se estimula na escola:
o pensar, o senso crítico e exercício do raciocínio. Algumas
instituições incumbidas de prepararem os estudantes para essa
importante transição refiro-me novamente aos cursinhos pré-
vestibulares, apesar da dura crítica que sofrem constantemente,
conseguem converter esse quadro mediante professores bem
treinados e objetivos bem definidos e com aulas que embora sejam
predominantemente expositivas são capazes de auxiliar no processo
de construção do conhecimento. Aos que costumam acusar o
professores de cursinhos de transmissores de macetes, digo que não
é possível passar em um exame de uma Universidade Federal
somente decorando regras e macetes, pois o grau de exigência não
permitiria. Digo mais: Tais “regrinhas “só vêm para facilitar um
exercício de associação dos conteúdos que muitas das vezes se faz
necessário no aprendizado. Torna-se válida sua aplicação a partir do
momento que o estudante passa a estudar sozinho e aprendeu a
praticá-las.
O que se deve efetivamente priorizar é uma explanação elucidativa
aos estudantes, não somente dos conteúdos, mas dos seus
72
propósitos e aplicações na vida prática. Não adianta, por exemplo,
dizer que leiam que é preciso ler, sem inculcar a importância da
leitura, seus benefícios, seus propósitos, como funciona o processo
da linguagem falada escrita, sua relevância para a formulação de
conceitos e verbalização do pensamento, nem adianta apresentar a o
“problema da fórmula” ao invés da “fórmula do problema”. Por tudo
isso, não sou contra a aula expositiva desde que bem aplicada e
imbuída de métodos que tencionem a construção do saber pelo
próprio estudante (Estudante I).
O estudante em questão poderia ter melhorado sua avaliação se contribuísse
com a indicação de alguns recursos para que os amigos enriquecessem também a
sua participação. Neste indicador (contribuição de recursos), foi avaliado com
padrão 1, ou seja, sua participação neste item foi insatisfatória. Percebe-se então
que o seu desempenho na atividade, de maneira geral, foi regular, precisando o
mesmo evoluir na categoria interatividade.
1
3
3
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Boa Insatisfatória
Gráfico 18 - Desempenho do estudante I – Categoria Aprendizagem.
O estudante J apresentou uma postagem que nos faz perceber algumas das
suas dificuldades. Totalizou 22 pontos na atividade, de acordo com as rubricas
construídas para avaliar a sua participação e dos demais integrantes da turma.
Quanto à categoria “interatividade”, sua participação foi considerada insatisfatória na
maioria dos indicadores, sendo avaliada com padrão 1, pois só efetuou uma única
participação na atividade em questão, não estabelecendo uma boa comunicação e
interação com os demais participantes da atividade. Sua participação não parece tão
original como se deseja, pois não se identifica citações referente ao material de
apoio ou outras leituras pertinentes ao tema, porém mesmo assim foi considerada
satisfatória.
73
1
1
1
2
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 19 - Desempenho do estudante J – Categoria Interatividade.
Na categoria “aprendizagem”, os indicadores foram, na maioria, avaliados
com padrão 3, ou seja, sua postagem foi considerada boa nos seguintes
indicadores: “gramática e ortografia”, “organização da síntese” e “pertinência
teórica”, resultando assim em uma postagem de qualidade. A postagem do
estudante foi considerada também satisfatória no indicador referente à contribuição
de recursos, pois nota-se a preocupação do estudante em fazer algumas
contribuições, mesmo que limitadas ao grupo. A seguir a postagem do estudante J,
utilizada como objeto desta avaliação:
Para que isso ocorra, é necessário relembrarmos que, ensinar exige
segurança, consciência e competência profissional. ensinar é pensar
certo. O professor, ao entrar na sala de aula, deve estar aberto à
indagações, à curiosidades, à perguntas dos estudantes, face à
incubência que tem, de ensinar e não de simplesmente transferir
conhecimento. Podemos resumir as atitudes do docente, a fim de
promover uma aprendizagem significativa nas seguintes palavras:
consciência, bom senso, humildade, tolerância, reconhecimento,
respeito. Enfim, ensinar exige convicção de que a mudança é
possível. (Estudante J)
Ao analisar o seu desempenho, pode-se constatar que sua participação não
pode ser considerada ruim, porém caberia ao professor-tutor orientá-lo para que ele
supere suas pequenas dificuldades e possa evoluir em uma próxima participação
nesta atividade.
74
2
2
3
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Boa Satisfatória
Gráfico 20 - Desempenho do estudante J – Categoria Aprendizagem.
Assim como o estudante comentado anteriormente, o estudante L também
totalizou 22 pontos na sua avaliação. Na categoria “interatividade”, sua participação
foi considerada insatisfatória nos indicadores quanto ao número de postagem,
participação-intervenção e bidirecionalidade, pois também só efetuou uma única
participação na atividade em questão, não estabelecendo uma boa comunicação
com os demais participantes da atividade. Quanto à originalidade da postagem,
acabou sendo avaliado com padrão 2 (satisfatório).
1
1
1
2
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 21 - Desempenho do estudante L – Categoria Interatividade.
Quanto à categoria “aprendizagem”, pode-se perceber que se destacou na
maioria dos indicadores, alcançando o padrão 3 (boa), nos indicadores que
avaliavam a utilização das regras gramaticais e ortográficas, o foco no tema e a
pertinência teórica. A seguir a postagem do referido estudante:
Paulo Freire deixou seu legado. Cabe aos educadores e àqueles que
cursam licenciatura perceberem que o mundo é dinâmico em seu
todo, exigindo dos mesmos uma consciência necessária para
entender que a relação estudante/professor e professor/estudante
precisa ser, também, dinâmica, atual. É necessário haver inteligência
intrapessoal para que, conhecedor de si e daquilo que precisa fazer,
75
o professor possa interagir com o estudante como a um igual, sem
esquecer-se dos limites, é claro. Afinal ambos estão aprendendo.
Feliz é aquele que aprende todo dia. (Estudante L)
2
3
3
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência trica da participação
Boa Satisfatória
Gráfico 22 - Desempenho do estudante L – Categoria Aprendizagem.
O estudante M também apresentou uma avaliação mais positiva na categoria
“aprendizagem”. Assim como os demais estudantes da turma, seu desempenho foi
baixo na categoria “interatividade”. Alcançou somente 20 pontos no somatório total
das duas categorias.
Pode-se constatar que o referido estudante não se preocupou em estabelecer
uma comunicação com os demais amigos da turma, sendo avaliado também com
padrão 1 nos indicadores quanto ao número de postagem, participação-intervenção
e bidirecionalidade. No indicador “originalidade”, ainda pertencente à categoria
“interatividade” teve sua participação sendo considerada satisfatória, pois apesar da
pouca leitura contribuiu para o grupo com um pouco de criatividade. A seguir, a
postagem do estudante M:
Como vimos, para evoluirmos temos que no mínimo nos atualizar.
Para a prática docente ter significado na vida do estudante, devemos
usar todo o aparato tecnológico existente, e, através de exemplos,
incluí-los no cotidiano do aprendiz; Através dessas atividades,
surgirão diversos caminhos para serem trilhados inclusive formando
e ampliando sua personalidade. (Estudante M)
76
1
1
1
2
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 23 - Desempenho do estudante M – Categoria Interatividade.
Na categoria “aprendizagem”, teve sua participação avaliada como boa
(padrão 3) em quatro indicadores: “qualidade da postagem”, “foco no tema”,
“organização da síntese” e “gramática e ortografia”. No indicador que avalia a
pertinência teórica, sua participação foi avaliada como satisfatória (padrão 2), pois
sua postagem respondia parcialmente a proposta do fórum. Já no indicador que faz
referência à contribuição de recursos, sua participação foi avaliada com padrão 1,
sendo considerada insatisfatória, pois o estudante não fez contribuições para o
grupo.
1
2
3
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da ntese
Pertinência teórica da participação
Boa Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 24 - Desempenho do estudante M – Categoria Aprendizagem.
O estudante N foi o único a apresentar uma avaliação mais positiva no que
tange à categoria “interatividade”, pois fez duas participações no fórum, contribuindo
de alguma forma para o grupo, sendo desta forma avaliado com padrão 2 nos
indicadores que avaliavam a quantidade de postagem e também a participação-
intervenção. Quanto à originalidade, sua postagem foi considerada boa, pois
percebia-se que estava enriquecida com algumas leituras. Aqui estão as
participações do estudante em questão:
77
Sempre estivemos condicionados a uma simples transferência de
conhecimento, na educação atual, tem que se valorizar a construção
desse conhecimento e não de simples informação. Trazendo para
sala de aula uma nova visão, mais dinâmica, de forma a interagir
com as realidades que formam nossa sociedade. (Estudante N)
“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como
uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência
libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer
pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho
pertencer." (Albert Einstein). (Estudante N)
1
2
2
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 25 - Desempenho do estudante N – Categoria Interatividade.
Já na categoria “aprendizagem”, sua postagem pode ser avaliada também
como de qualidade, pois recebeu padrão 4 (excelente) no indicador que avaliava a
gramática e a ortografia e padrão 3 (boa) nos indicadores “foco no tema”,
“organização da síntese” e “pertinência teórica”, o que resultou em uma avaliação
positiva também no indicador que faz referência à qualidade da postagem.
Contribuiu com alguns recursos para o grupo, sendo sua postagem avaliada este
indicador como satisfatória.
2
3
3
3
3
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Excelente Boa Satisfatória
Gráfico 26 - Desempenho do estudante N – Categoria Aprendizagem.
78
Quanto ao estudante O, pode-se observar que o mesmo também apresentou
um desempenho regular na atividade, pois totalizou apenas 20 pontos. Na categoria
“interatividade”, apresentou as mesmas dificuldades que a maioria da turma, sendo
avaliado com padrão 2 (satisfatório) somente no indicador que avaliava a
originalidade da participação. Nos demais indicadores sua avaliação foi negativa,
sendo atribuído o padrão 1 (insatisfatório) nos indicadores que avaliavam a
quantidade de postagem, a participação-intervenção e também a bidirecionalidade.
O estudante, assim como a maioria da turma, não se preocupou em estabelecer
uma comunicação com a turma, fazendo intervenções inclusive nas mensagens que
já estavam postadas. Abaixo a postagem do estudante O:
O projeto de atuação do professor ou projeto de ensino, está
diretamente relacionado à teoria de aprendizagem, à teoria de
escola, ao desenvolvimento pessoal e profissional dos sujeitos,
assim como à concepção de conhecimento. Trata-se de um projeto
aberto, dinâmico e evolutivo cuja característica básica é a
intencionalidade de propiciar aos estudantes a aprendizagem
significativa.
O professor projeta as atividades a realizar em sala de aula com
vistas a atuar como desafiador, mediador, consultor, facilitador,
problematizador e criador de condições da aprendizagem do
estudante que se desenvolve na interação com o conhecimento em
construção, com os colegas, professor, artefatos e recursos
disponíveis, inclusive com as tecnologias de informação e
comunicação utilizadas pelos estudantes nos projetos de sala de
aula. (Estudante O).
1
1
1
2
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 27 - Desempenho do estudante O – Categoria Interatividade.
Na categoria que buscava avaliar a aprendizagem, sua avaliação evoluiu um
pouco, sendo o estudante avaliado com padrão 4 na utilização das normas
gramaticais e ortográficas e com padrão 3 no indicador “organização da síntese”,
contribuindo assim para uma avaliação boa também no que se refere à qualidade da
79
postagem. Poderia ter focado melhor sua postagem se utilizasse o tema em questão
de forma pertinente e com uma boa fundamentação teórica, mas mesmo assim sua
postagem foi considerada satisfatória, sendo atribuído o padrão 2 aos indicadores
que avaliavam estes quesitos. Não contribui com a indicação de recursos para com
o grupo, sendo avaliado com o padrão 1 neste indicador.
1
2
2
3
3
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Excelente Boa Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 28 - Desempenho do estudante O – Categoria Aprendizagem.
O estudante P apresentou um desempenho satisfatório, se destacando, assim
como a maioria da turma na categoria que buscava avaliar a aprendizagem.
Totalizou 23 pontos diante da pontuação obtida nas duas categorias. Na categoria
que buscou avaliar a interatividade, sua participação foi considerada boa somente
no indicador que avaliou a originalidade da participação, tendo em vista que
percebeu-se a utilização de leituras para o enriquecimento da postagem. Deixou a
desejar nos demais indicadores, sendo avaliado com padrão 1 no que tange à
quantidade de postagem, participação-intervenção e também bidirecionalidade. O
referido estudante não buscou comunicação e interação com os demais colegas,
ficando assim com uma avaliação não tão satisfatória nesta categoria.
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 29 - Desempenho do estudante P – Categoria Interatividade.
80
Na categoria que avaliou a aprendizagem, seu desempenho foi um pouco
melhor. Sua participação foi avaliada como boa na maioria dos indicadores, com
excessão do indicador que avaliou a contribuição de recursos, que foi considerada
satisfatória. O estudante procurou focar o tema proposto de forma pertinente e bem
fundamentada, utilizando as indicações sugeridas na disciplina, o que contribuiu
para um bom desempenho nesta categoria. A seguir a participação do estudante na
atividade:
A educação é uma tarefa que se realiza como resposta às exigências
sociais, às aspirações e expectativas dos estudantes, decorrente do
seu meio familiar e social, aos conflitos existentes entre os diferentes
grupos da sociedade.
Cabe ainda dizer, que toda e qualquer proposta educacional
pretende promover o homem, ou seja, tornar o homem conhecedor
de sua situação social, transformando-a no sentido de ampliar o
espaço de liberdade, de maior comunicação entre os homens.
Atualmente, os docentes, não podem mais partir do pressuposto que
basta a intenção de ensinar para que a aprendizagem seja atingida,
como também, não pode mais conceituar o ensino, apenas como
transmissão de conhecimentos e informações nas várias áreas da
vida. Desta forma, a atuação do docente deverá ter como objetivo,
formar o educando para a vida e que as informações estão
embutidas no todo maior da formação. Compete ao docente,
respeitar as individualidades, as potencialidades individuais dos
estudantes, solicitando constantemente sua participação ativa,
proporcionando oportunidade de praticar para melhor e maior
significado da aprendizagem. Vale ressaltar, que o docente apenas
fornece estímulos e condições para a aprendizagem, quem aprende
é o estudante, porém, ele só aprende o que tem real significado,
aprendizagem para ser significativa, deve realizar-se em uma
situação onde o estudante participa diretamente da construção de
seu conhecimento. (Estudante P).
2
3
3
3
3
3
01234
Pertinência teórica
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Participação quanto à qualidade de postagens
Gramática e ortografia
Boa Satisfatória
Gráfico 30 - Desempenho do estudante P – Categoria Aprendizagem.
81
O estudante Q foi um dos que se destacou também na avaliação, alcançado
no total entre as duas categorias 25 pontos. Na categoria “interatividade” o indicador
que buscou avaliar a originalidade da sua postagem recebeu pontuação máxima
(padrão 4), tendo em vista a clareza de leituras que buscaram enriquecer a
mensagem postada. No entanto, deixou a desejar nos demais indicadores:
“quantidade de postagem”, “participação-intervenção e “bidirecionalidade”. Assim
como já foi comentado, estes indicadores buscavam avaliar o nível de interatividade
do estudante Q com os demais colegas da turma, o que fica claro que não existiu. O
referido estudante ignorou as postagens já presentes no fórum, preocupando-se
somente em realizar a sua participação. Abaixo a postagem do estudante Q,
utilizada como objeto desta avaliação:
A aprendizagem é um processo e, como tal, permanece em
constante desenvolvimento com suas construções e reconstruções.
O ensino acadêmico, por ser uma forma sistemática de
aprendizagem, possui o objetivo formal de aquisição de
conhecimentos e habilidades por parte do educando, de modo a
torná-lo capaz de compreender sua realidade e, se necessário, nela
interferir. Assim, o indivíduo adquire a capacidade de forjar o seu
destino. Entretanto, para que a aprendizagem seja significativa, faz-
se necessário que o estudante perceba a relação deste ensino
acadêmico com o mundo que o cerca, i.e., que utilidade o conteúdo
em questão terá em sua vivência social. Então, somente quando o
estudante for capaz de realizar a transferência de aprendizagem,
transportando para o seu dia-a-dia o conteúdo mediado pelo
professor e, através de competências adquiridas, solucionar as
diferentes situações de diferentes formas e ser capaz de optar pela
melhor solução para um ‘problema’, é que podemos dizer que o
mesmo tornou-se capaz de mobilizar recursos cognitivos e operá-los
de forma competente. Para finalizar, o ensino deve levar o estudante
a pensar por si só e desenvolver a capacidade de ‘fazer’, tal como
consta no texto supra-citado. Marta. (Estudante Q)
1
1
1
4
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participão - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Excelente Insatisfatória
Gráfico 31 - Desempenho do estudante Q – Categoria Interatividade.
82
Na categoria “aprendizagem”, se destacou no indicador que avaliava a
pertinência teórica da sua participação, sendo avaliado com padrão 4 (excelente),
pois a aluna respondeu de forma clara e fundamentada as questões levantadas na
proposta da atividade. Sua participação também foi considerada boa (padrão 3) nos
indicadores “gramática e ortografia”, “foco no tema” e “organização da síntese”,
gerando assim uma avaliação também extremamente positiva quanto ao indicador
que avaliava a qualidade da postagem. Deixou a desejar na contribuição de
recursos, pois não colaborou com o grupo, sendo avaliada neste indicador com
padrão 1.
1
3
3
3
4
4
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Excelente Boa Insatisfatória
Gráfico 32 - Desempenho do estudante Q – Categoria Aprendizagem.
O estudante R alcançou somente 21 pontos no total da atividade, obteve uma
participação que pode ser considerada regular. Na categoria “interatividade”,
apresentou uma avaliação positiva no indicador “originalidade”, sendo sua
participação considerada boa, porém apresentou as mesmas dificuldades que a
maioria da turma, no que se refere aos indicadores “quantidade de postagem”,
“participação-intervenção” e “bidirecionalidade-hibridação”. Considerando que não
buscou também estabelecer uma comunicação com os demais colegas que já
haviam participado da atividade, foi avaliado com padrão 1 nestes indicadores.
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 33 - Desempenho do estudante R – Categoria Interatividade.
83
Na categoria “aprendizagem”, sua avaliação não apresenta baixos resultados,
evoluindo de satisfatória à boa diante dos indicadores avaliados. Sua postagem
alcançou padrão 3 nos indicadores “gramática e ortografia”, “pertinência teórica” e
padrão 2 em “contribuição de recursos”, “foco no tema” e “organização da síntese”.
Consequentemente a qualidade da sua postagem também foi considerada boa,
sendo avaliada com padrão3, como pode ser constatado através da sua postagem a
seguir:
A Educação (um assunto de suma importância em nossa sociedade)
deve ser promovida como a principal ação desencadeada de modo
que o estudante, através de sucessivas modificações mentais e
motoras atinja uma equilibrada maturidade pessoal. Esse
"crescimento", atavés da interiorização de conceitos tornarão o
educando capaz de compreender a realidade do Mundo em que vive.
O ideal é que se formem seres capazes de usarem corretamente a
sua liberdade e as suas capacidades de modo à sua realização
pessoal sendo úteis à sociedade, assegurando a sua adequada
formação intelectual, moral e física. Se faz necessária uma
educação, ou melhor, um ensino significativo que permita ao
educando, em sua jornada diária rumar concretamente para alcançar
esses ideais. Este será o grande desafio do docente.
Infelizmente, o ensino no Brasil, visto como um todo, principalmente
no que se refere à cultura, valores, fixação de hábitos educacionais,
vai cada vez pior, com algumas exceções apenas. Enquanto nossos
governantes continuarem a tratar a "Educação" com descaso ou
como trampolim político descartável, o País continuará qual nau à
deriva, sem chegar a lugar algum e com grande risco de naufragar,
uma vez que a "Educação" é a base ou o casco do navio. Enfim...
vou parar por aqui pois um misto de revolta e tristeza - mistura
explosiva - já está a se fazer presente em minhas palavras o que não
é nada legal. Saudações fraternas a todos os caros colegas.
(Estudante R)
Percebe-se que a aluna procurou fundamentar sua postagem em algumas
leituras sugeridas, emitindo sempre a sua opinião sobre o assunto, de forma bem
crítica e respondendo aos questionamentos da proposta.
2
2
2
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Boa Satisfatória
Gráfico 34 - Desempenho do estudante R – Categoria Aprendizagem.
84
O estudante S apresentou uma postagem bem original e em acordo com os
assuntos debatidos nas unidades de estudo da disciplina. Porém, a sua avaliação na
categoria “interatividade” contribuiu significativamente para que, no somatório de
pontos entre as duas categorias, alcançasse somente 22 no total. Quanto ao
indicador “originalidade”, sua participação foi avaliada com padrão 3, sendo assim
considerada boa, diante dos comentários pertinentes e críticos que procurou
abordar. A seguir a postagem do estudante S:
As possibilidades, as necessidades e os desafios do processo de
ensinar e aprender na área da educação, nos trazem a necessidade
de pensarmos, contudo, que pode nos ajudar a ampliar nosso
entendimento de como pode se consolidar a construção de um
conhecimento abrangente, onde as pessoas sejam realmente
sujeitos do processo, e não apenas sujeitos alienados a ele. Sendo
assim, objetivamos a necessidade de construir-se um conhecimento
compartilhado, crítico e reflexivo, buscando entender como a escola,
instituição formal, ambiente social e cultural, vem tratando a questão
do ensinar e aprender enquanto organização reflexiva; qual o papel
do professor nesse ensinar e aprender e qual a relação do estudante
com a construção desse desenvolvimento. A instituição escolar deve
proporcionar a inserção das pessoas em um contexto social de modo
que possam participar ativamente de sua construção a
transformação pois a educação é, acima de tudo, uma prática social
carregada e mediadora de significados, sentidos e valores que
auxiliam, ou mais do que isso, são determinantes na formação e na
construçãos dos estudantes. (Estudante S)
Porém, quanto aos indicadores “quantidade de postagem”, “participação-
intervenção” e “bidirecionalidade-hibridação” obteve uma avaliação negativa, sendo
atribuído o padrão 1 em todos esses indicadores.
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 35 - Desempenho do estudante S – Categoria Interatividade.
85
Na categoria “aprendizagem”, pode-se afirmar que quase não houve variação
na distribuição dos padrões na sua avaliação. Foi avaliado com padrão 3 na maioria
dos indicadores, sendo sua participação considerada boa quanto à utilização das
normas gramaticais e ortográficas, foco no tema, pertinência teórica, organização da
síntese e consequentemente na qualidade da postagem. A exceção aconteceu no
indicador que avaliava a contribuição de recursos, tendo em vista que não contribuiu
com indicações para os demais integrantes da turma.
1
3
3
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Boa Insatisfatória
Gráfico 36 - Desempenho do estudante S – Categoria Aprendizagem.
Percebe-se que o estudante S merece uma orientação do professor tutor para
que possa evoluir no que tange a interatividade, tendo em vista que já apresenta
criticidade, originalidade e boa fundamentação teórica, requisitos que favorecem a
qualidade da sua postagem.
O estudante T, assim como o estudante anterior apresentou uma postagem
de qualidade, porém deixou a desejar na categoria interatividade, o que contribuiu
para que não ficasse com um resultado ainda melhor. Diante do total de pontos
obtidos, seus 24 pontos contribuíram para uma avaliação positiva. Na categoria
“interatividade”, se destacou, assim como a maioria, no indicador que buscava
avaliar a originalidade da participação, tendo a sua postagem sido avaliada como
boa (padrão 3). Nos demais indicadores — “quantidade de postagem”, “participação-
intervenção” e “bidirecionalidade-hibridação” — sua avaliação foi negativa, tendo em
vista que foi atribuído o padrão 1 a todos. O estudante fez a sua postagem sem se
preocupar em interagir com os demais colegas e sem fazer intervenções nas
postagens que já existiam no fórum.
86
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - intervenção
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 37 - Desempenho do estudante T – Categoria Interatividade.
Na categoria “aprendizagem”, esse estudante se destaca da turma tendo em
vista que foi o único a apresentar uma avaliação sem variação na atribuição dos
padrões de avaliação. Sua participação foi avaliada como boa em todos os
indicadores desta categoria conforme ilustra o gráfico a seguir.
3
3
3
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Boa
Gráfico 38 - Desempenho do estudante T – Categoria Aprendizagem.
Pode-se perceber também que o referido estudante procurou fundamentar
sua proposta não só nos estudos realizados na disciplina, mas também em autores
que abordam o tema em questão. Fez contribuições para o grupo diante da
qualidade da sua postagem, buscando participar de forma crítica e reflexiva. Caberia
ao tutor uma orientação somente quanto à necessidade de interação com o grupo,
fazendo contribuições nas mensagens que já estão postadas, dando uma dinâmica
maior a atividade. A seguir a postagem do estudante na atividade em questão:
O processo de aprendizagem vem sendo ao longo dos anos objeto
de estudo de diversas áreas do conhecimento. Numa perspectiva
histórica podemos observar que o método de ensino esteve sempre
atrelado ao seu respectivo momento histórico. Foi assim com a
pedagogia tradicional que "detinha" o saber na figura do professor
característico dos períodos de autoritarismo e com a pedagogia
tecnicista que foi um meio de responder às demandas de um
87
mercado industrializado. Atualmente vemos a proliferação das
tecnologias, o aprimoramento dos meios de comunicação e as
constantes descobertas das ciências. Vivemos em um mundo
altamente dinamizado e globalizado no qual os modelos tradicionais
de educação já não se adequam às necessidades da sociedade.
Felizmente, estudiosos como Paulo Freire, Celso Antunes,
Perrenoud entre outros mostram a necessidade de se desenvolver
um método de ensino que privilegie o Pensar. Pensar esse integrado
às questões sociais, que possa dar soluções criativas aos problemas,
que seja crítico, enfim, que perceba o ser humano em sua totalidade.
Quando o educador se percebe no papel de mediador, ele colabora
para que todo o potencial do estudante seja utilizado na construção
do conhecimento. Nesse sentido, o educador não espera que o
estudante decore fórmulas ou tenha a mesma opinião que ele sobre
os mais diversos temas, ele acredita e incentiva o estudante a ter sua
própria visão de mundo, sabendo que o influencia e é por ele
influenciado. Acredito que se realmente os educadores perceberem a
grandiosidade desse método construtivista e deixarem essa zona de
conforto chamada de método tradicional de ensino, estaremos,
enfim, formando cidadãos. (Estudante T)
O último estudante a ser avaliado é o estudante U, que assim como a turma
também se destacou mais na categoria aprendizagem. Totalizou 23 pontos na
atividade. Na categoria “aprendizagem”, seu desempenho é similar aos colegas, se
destacando na originalidade da participação, obtendo padrão 3, sendo sua
postagem então avaliada como boa neste indicador. Quanto aos demais
pertencentes a esta categoria, sua postagem foi considerada insatisfatória, tendo em
vista que recebeu padrão 1 na avaliação.
1
1
1
3
01234
Bidirecionalidade-hibridação
Participação - interveão
Originalidade da participação
Participação quanto à quantidade de postagens
Boa Insatisfatória
Gráfico 39 - Desempenho do estudante U – Categoria Interatividade.
Na categoria “aprendizagem”, sua postagem foi considerada boa e de
qualidade, alcançando padrão 3 na maioria dos indicadores pertencentes a esta
categoria, com exceção do indicador contribuição de recursos. Apesar de indicar
alguns recursos, sua participação foi considerada satisfatória, tendo em vista a
88
limitação dessas indicações. Poderia ter enriquecido um pouco mais essas
indicações não ficando restrito somente ao material de apoio da disciplina.
2
3
3
3
3
3
01234
Gramática e ortografia
Participação quanto à qualidade de postagens
Contribuição de recursos
Foco no tema
Organização da síntese
Pertinência teórica da participação
Boa Satisfatória
Gráfico 40 - Desempenho do estudante U – Categoria Aprendizagem.
Observe-se, então, a participação do estudante na atividade:
Fala-se muito em educação de qualidade em todas as instâncias,,
principalmente agora às vésperas de um processo eleitoral esse
assunto é pauta de em praticamente todas as campanhas.
Infelizmente quando tomam posse esses mesmos políticos
esquecem de investir numa educação transformadora.
Deixando a politicagem de lado, partimos do pressuposto que as
escolas sim, têm feito mudanças em seus currículos e na sua forma
de ensinar, adequando às exigências das novas tendências. Uma
educação concebida a partir de princípios que constituem os seus
quatro pilares que são: aprender a aprender; aprender a conviver;
aprender a fazer; aprender a ser.
A escola precisa instrumentalizar o estudante de maneira que a
capacitá-lo a agir e interagir de forma consciente, inteligente e
competente no mundo em que vive.
A aprendizagem deve ser significativa para o estudante, isto é, aquilo
que ele aprende na escola, deve fazer sentido, estar contextualizado
e servir para ajudá-lo a resolver os problemas cotidianos.
O papel do professor é muito importante nesse processo, pois ele vai
problematizar os conteúdos relacionando o saber científico com o
saber do dia-a-dia, orientando e mediando a construção do
conhecimento de seus estudantes. (Estudante U)
Percebe-se claramente através de sua postagem que o estudante é crítico,
criativo e capaz de evoluir o seu desempenho no fórum se for orientado por parte do
professor-tutor quanto à necessidade de interagir com o grupo, fazendo
contribuições e intervenções significativas durante a atividade.
89
3.3 ANÁLISE DAS CATEGORIAS
Em um segundo momento, partiu-se para uma análise do desempenho da
turma em relação às categorias e seus indicadores, em que pode-se constatar que o
desempenho dos estudantes acontece de forma mais satisfatória na categoria que
avalia a aprendizagem, nos indicadores que abordam a gramática e ortografia e a
qualidade da postagem. Na categoria “interatividade”, os resultados são mais baixos,
o que nos faz entender que esta categoria e seus indicadores precisam ser mais
estimulados pelo professor-tutor.
Essa conclusão parte do pressuposto que o somatório máximo que cada
categoria poderia chegar, somando a pontuação atribuída a cada estudante seria 80
pontos, caso todos tirassem a maior pontuação (4 – excelente), porém tem-se os
seguintes dados:
Tabela 4 - Nível de Satisfação/Categoria Interatividade
Categoria: Interatividade Total de Pontos Nível de satisfação
Participação quanto ao número de postagens 21 26,25%
Originalidade da participação 55 68,75%
Participação-intervenção 21 26,25%
Bidirecionalidade-hibridação 20 25,00%
Tabela 5 - Nível de Satisfação/Categoria Aprendizagem
Categoria: Aprendizagem Total de Pontos Nível de satisfação
Participação quanto ao número de postagens 62 77,50%
Contribuição de recursos 29 36,25%
Foco no tema 60 75,00%
Organiz. Da síntese 62 77,50%
Pertinência teórica da participação 61 76,25%
Gramática e Ortografia 66 82,50%
Isso nos faz analisar que o indicador “gramática e ortografia”, presente na
categoria “aprendizagem”, que obteve 82,50% de satisfação, atingindo 66 pontos, foi
o que mais se destacou e que esses itens são bem utilizados pela maioria dos
estudantes da turma. Vale ressaltar que a leitura e a interpretação é muito
estimulada nos estudantes que estudam na modalidade de educação on line, tendo
90
em vista a necessidade de realmente se fazer leitura do material que aborda os
conteúdos programáticos, contribuindo assim para o domínio das regras gramaticais
e ortográficas.
Analisando ainda este indicador — gramática e ortografia — pode-se
constatar, através do quadro abaixo que, do grupo de estudantes analisados, a
distribuição dos padrões de avaliação atribuída aos mesmos foi sempre entre o
padrão de excelência ao bom, gerando consequentemente um bom índice de
satisfação.
30%
70%
Excelente Boa
Gráfico 41 - Padrões de Avaliação - Gramática e Ortografia.
O segundo indicador com maior nível de satisfação é o que se refere à
qualidade da postagem. Neste indicador, que também faz parte da categoria que
avalia aprendizagem, um conjunto de requisitos é analisado para que o estudante
possa ser bem avaliado. Portanto, diante da análise do todo, ou seja, somando a
pontuação atribuída a cada estudante, este indicador totalizou 62 pontos, atingindo
assim 77,50% de satisfação. Dos valores atribuídos a cada estudante diante dos
padrões escolhidos, pode-se constatar que grande parte da turma atingiu uma boa
participação, porém ainda tem-se um percentual mínimo que sua postagem foi
considerada somente satisfatória (padrão 2), cabendo ao professor-tutor uma
orientação direta a estes estudantes para que os mesmos possam evoluir em nível
de aprendizagem, melhorando especificamente a qualidade de sua postagem.
91
20%
75%
5%
Excelente 4 Boa Satisfatória
Gráfico 42 - Padrões de Avaliação – Qualidade da postagem.
Os indicadores “foco no tema” (60 pontos - 75% de satisfação), “pertinência
teórica” (62 pontos - 77,5% de satisfação) e “organização da síntese” (61 pontos -
76,25% de satisfação) praticamente obtiveram a mesma pontuação tendo seus
percentuais de satisfação bem próximos. Cabe ressaltar que todos pertencem ainda
à categoria “aprendizagem” e são fundamentais para avaliação da qualidade da
postagem, pois através destes indicadores pode-se constatar que a minoria
apresenta dificuldades demonstrando boa capacidade não só de síntese, mas
também de organização de pensamento por parte do grupo, conseguindo construir
textos com a pertinência teórica satisfatória para um bom desempenho.
No indicador “foco no tema”, somente 20% dos estudantes precisam ser
orientados, buscando aprimoramento neste item, conforme demonstra o gráfico 43.
20%
60%
20%
Excelente Boa Satisfatória
Gráfico 43 - Padrões de Avaliação - Foco no tema.
Já quanto à pertinência teórica, o índice é um pouco menor, atingindo quase
15% somente.
92
20%
65%
15%
Excelente Boa Satisfatória
Gráfico 44 - Padrões de Avaliação - Pertinência Teórica.
Quanto à “organização da síntese”, pode-se constatar que a maioria da turma
apresenta um desempenho bom (60%) e 25% um desempenho satisfatório. Ao
somar o percentual de estudantes que atingiram uma pontuação dentro do padrão 3
(boa) com os que atingiram o padrão 4 (excelente), será constatado que neste
indicador a maioria dos estudantes foram bem avaliados. Somente 15% precisariam
de uma orientação direta do tutor para melhorar o seu desempenho, apesar de ter
sido considerada satisfatória a postagem desse grupo de estudantes.
25%
60%
15%
Excelente Boa Satisfatória
Gráfico 45 - Padrões de Avaliação - Organização da síntese.
Quanto ao indicador “contribuição de recursos”, pertencente à categoria
“aprendizagem”, diferente dos demais indicadores anteriormente avaliados, pode-se
constatar através dos resultados que não houve preocupação por parte dos
estudantes, em fazer essa contribuição, tendo em vista, que a minoria cumpriu com
esse quesito. Este indicador foi o que obteve o menor índice de satisfação na
categoria “aprendizagem”, alcançando somente 29 pontos, atingindo 36,25%.
93
Acredito que este resultado, deve também receber uma atenção maior por parte do
professor-tutor, que deverá buscar alternativas de orientação perante aos
estudantes para reverter este quadro. Isso implica em orientar ao estudante que
frequente mais a biblioteca e as bibliografias que são sugeridas para a disciplina
além de buscar novas fontes que abordem o tema em questão.
Nota-se que foi o único indicador desta categoria em que o padrão 1
apareceu, atingindo inclusive 60% da pontuação obtida de insatisfatório. Buscando
somar o percentual de estudantes que receberam uma boa avaliação, cumprindo
com parte destes requisitos e os que precisam de melhora, não se atingiu nem
mesmo 50%. Ressalta-se mais uma vez que cabe por parte do professor-tutor uma
atenção diferenciada a este quesito, orientando toda a turma.
5%
35%
60%
Boa Satisfatória Insatisfatória
Gráfico 46 - Padrões de Avaliação – Contribuição de Recursos.
No que tange à categoria “interatividade”, o único indicador com 68,75% de
satisfação, atingindo 55 pontos, é o que se refere à originalidade da postagem.
Pode-se constatar que caberá também uma orientação por parte do professor-tutor
para que os estudantes desenvolvam o seu texto com mais originalidade, buscando
sempre enriquecer sua postagem com indicações de leituras, sem ficar focado
somente ao material de apoio da disciplina. Pode-se constatar que, diante dos
padrões de avaliação, somente cerca de 40% dos estudantes receberam o
pontuação 3, evidenciando a necessidade de aprimoramento dos demais.
94
10%
55%
35%
Excelente Boa Satisfatório
Gráfico 47 - Padrões de Avaliação – Originalidade da Postagem.
Os indicadores que abordam a quantidade de postagens, a participação-
intervenção e a bidirecionalidade-hibridação também pertencentes à categoria
“interatividade foram os que apresentaram menor índice de satisfação. Quanto ao
número de postagens, cabe ressaltar que o mesmo atingiu 26,2% de satisfação,
obtendo 21 pontos no total. Pode-se observar ainda que não houve variação
significativa na pontuação obtida, pois a maioria dos estudantes avaliados
receberam o padrão 1 de avaliação, tendo em vista que elaboraram uma única
postagem no fórum, sem a preocupação de interagir com o grupo. Pode-se constatar
também que a grande maioria dos estudantes só participou uma única vez, sem dar
continuidade à discussão do fórum e sem contribuir significativamente para com o
grupo. Cabe uma orientação maior por parte do tutor quanto à real finalidade da
atividade e até mesmo um pouco mais de incentivos para que as mesmas
aconteçam. Percebe-se que 95% dos estudante recebeu pontuação 1, deixando
clara a necessidade de melhora nesta categoria.
95%
5%
Insatisfatório Satisfatório
Gráfico 48 - Padrões de Avaliação - Número de Postagem.
95
O indicador “participação e intervenção” atingiu o mesmo índice de satisfação
do indicador que avaliou a quantidade de postagem (26,2%), tendo também como
única exceção o “estudante N”. O somatório de pontos deste indicador alcançou 21
pontos, tendo praticamente a mesma distribuição dos padrões de avaliação perante
os estudantes, com exceção do estudante N. Desta forma, fica evidente a
necessidade de resgatar esta ação com os estudantes, deixando claras as
finalidades da atividade, assim como os objetivos que se pretende alcançar com a
mesma.
95%
5%
Insatisfatório Satisfatório
Gráfico 49 - Padrões de Avaliação – Participação-Intervenção.
Quanto à bidirecionalidade-hibridação, o resultado foi ainda inferior, pois o
indicador totalizou 20 pontos, alcançando somente 25% de satisfação. Não foi
estabelecida a comunicação entre o grupo de forma pertinente ao ponto de se atingir
a real interatividade como afirma Silva (2002). Sendo assim, todos foram avaliados
com padrão 1, não havendo variação entre os padrões de avaliação atribuídos aos
estudantes, sendo todas as postagens avaliadas como insatisfatória neste indicador.
Uma outra análise realizada refere-se à distribuição da frequência de pontos
atribuídos aos estudantes, em cada categoria, através do cálculo da mediana.Pode-
se constatar que o mínimo de pontos alcançados na categoria interatividade foi 5 e o
máximo 8, sendo a mediana nesta categoria 6.
Como se pode constatar, as rubricas funcionam como uma poderosa
ferramenta para avaliação em cursos que acontecem na modalidade on line. Podem
orientar não só o professor-tutor quanto ao desempenho de seus estudantes, mas
também seus os próprios estudantes, uma vez que estes compartilham claramente e
antecipadamente das expectativas quanto ao desempenho de uma atividade.
96
Entendendo que a avaliação do desempenho é extremamente importante
atualmente dentro da educação on line, que precisa também promover a avaliação
diagnóstica e formativa durante todo o processo educativo, foi sugerida a utilização
das rubricas como instrumento de avaliação para o Fórum de Discussão no
ambiente virtual da Universidade.
Acredita-se que as rubricas contribuem para efetividade não só da proposta
pedagógica, mas também para uma dinamização maior da atividade, que
atualmente não atinge um bom nível de participantes. Vale ressaltar também, que
diante das rubricas como ferramenta de avaliação, pode-se avaliar e respeitar de
forma individualizada o ritmo dos estudantes.
Corrobora-se ainda que as rubricas podem contribuir até para diminuição do
índice de evasão, tendo em vista que o professor seria capaz de direcionar um
“olhar diferenciado” para o desempenho dos estudantes, orientando-os diante das
dificuldades apresentadas de forma mais contínua e não somente no momento da
avaliação presencial. É válido afirmar que a universidade iria se beneficiar da
proposta, tendo em vista que as rubricas propõem uma avaliação mais informativa e
qualitativa, auxiliando no trabalho com classes tão heterogêneas.
4 CONCLUSÃO
Sem dúvida o fórum de discussão é uma atividade assíncrona que quando
utilizada de forma a estimular a interatividade entre seus participantes, fomentando
ainda o desenvolvimento da autonomia de pensamento, a criticidade e a capacidade
de reflexão, pode trazer grandes benefícios para o processo ensino-aprendizagem
na educação on line.
De acordo com as questões avaliativas propostas para este trabalho, pode-se
concluir, no que tange à interatividade, que a primeira questão que o fórum em tela
não favoreceu foi a interatividade. Segundo Valente (2002) e Silva (2002), que
estudam a educação on line, a interação é fundamental para o sucesso do processo
ensino-aprendizagem, porém a partir das mensagens postadas pelos estudantes no
fórum de discussão, pode-se constatar que os participantes não perceberam o que é
interatividade e seu grau de importância na educação on line. A análise da categoria
interatividade deixa evidente também a necessidade da mudança de postura do
professor-tutor que orienta e acompanha a turma, devendo sempre propor desafios
durante todo o processo de ensino e aprendizagem.
A autora concorda com Silva (2002) quando afirma que a aprendizagem não
se dá a partir da récita do professor, e sim com a disponibilidade de teias e
intervenções que disponibilizem ao aprendiz a autoria, criando sempre
possibilidades de envolvimento. Nesse sentido, se justifica a necessidade do
professor-tutor rever sua prática na atividade em questão, procurando fortalecer a
mediação do fórum de discussão. O esclarecimento da dinâmica pedagógica e de
suas propostas, quando divulgados de forma antecipada aos estudantes, pode
contribuir significativamente para o alcance dos seus objetivos. Faz-se necessário
um acompanhamento minucioso, provocando discussões contínuas, de modo que
os estudantes participem e façam intervenções sempre que buscarem postar
mensagens no fórum. O professor-tutor é responsável pela retroalimentação das
mensagens, buscando se mostrar “presente” mesmo que de forma virtual. Acredita-
se que a falta de estímulos por parte deste professor pode ter contribuído para o
baixo desempenho do grupo na categoria interatividade. Vale ressaltar que por se
constituir na primeira turma do curso, muitas das atividades não foram
desenvolvidas adequadamente. Por exemplo, os estudantes tiveram conhecimento
das rubricas antecipadamente, entretanto, não participaram do momento da
98
elaboração das mesmas. Um outro fator que também contribuiu para uma
participação pequena dos estudantes pode ter sido a postura do professor tutor
frente a interface fórum, uma vez que foi percebido ao longo do curso que os
professores não estimularam a participação dos estudantes propondo desafios
condizentes com fóruns.
Outros fatores devem ser analisados no momento em que esses resultados
são divulgados. Dentre eles, a falta de valorização dessa atividade como
instrumento de avaliação da Universidade. Os únicos instrumentos que fazem parte
do sistema de avaliação do curso e da Universidade são as avaliações presenciais e
o teste aplicado no AVA, ou seja, o desempenho do estudante só é avaliado por
instrumentos de medida, sendo a maior parte deles composto de questões objetivas.
É-se sabedor do quanto os nossos estudantes valorizam a “nota” ou “pontuação”
atribuída a eles em um instrumento de avaliação e, por isso, acredita-se que boa
parte da falta de motivação para realização dessa atividade encontra-se neste
quesito.
Deve-se levar em consideração também que a própria legislação educacional
que regulamenta no Brasil a modalidade de EAD, contribui para as dificuldades
encontradas pelas Universidades quanto ao sistema de avaliação, pois a
determinação é que estes exames, para fins de promoção, aconteçam sempre de
forma presencial. Desta forma, percebe-se pouca valorização das atividades
formativas na educação on line, que na sua maioria, acabam avaliando de maneira
mais satisfatória o desempenho do estudante, pois nos permite identificar os
processos, os progressos e as dificuldades dos estudantes.
Quanto à segunda questão avaliativa, que se refere à aprendizagem, pode-se
concluir que de alguma forma o fórum favoreceu a aprendizagem dos que
participaram da atividade, e as rubricas contribuíram significativamente para esta
avaliação. Baseando-se novamente nas ideias de Silva (2002), a aprendizagem se
faz com a dialógica que associa emissão e recepção como pólos antagônicos e
complementares na co-criação da comunicação e da aprendizagem.
É fato a dificuldade de se estabelecer novos paradigmas não só de ensino,
mas de aprendizagem e também de avaliação em educação on line, por parte de
alguns profissionais. A insistência em manter os mesmos mecanismos da educação
presencial dificulta o avanço da modalidade e também uma postura diferenciada
frente ao conhecimento, porém já se está caminhando para a estimulação de uma
99
aprendizagem significativa quando se propõe uma atividade como o fórum de
discussão que estimula o estudante a pensar e a “aprender a aprender”.
Entendendo que a avaliação do desempenho, numa visão formativa,
diagnóstica a serviço da aprendizagem, é extremamente importante atualmente na
engrenagem da educação on line, sendo as rubricas um instrumento capaz de
auxiliar esta proposta. A possibilidade de contribuir para o êxito não só do ensino,
mas também da aprendizagem, evitando possíveis deficiências no ato de avaliar, as
torna fundamental, quando elaboradas com critérios fundamentados e indicadores
de qualidade.
Concluí-se deixando claro que todos os integrantes desta engrenagem da
educação on line são fundamentais para que a prática avaliativa através das
rubricas aconteça de forma autêntica e significativa. O ambiente virtual deve
comportar as diversas potencialidades das TIC, aproximando os emissores dos
receptores, permitindo a criação de condições de aprendizagem colaborativa, como
afirma Valente (2002), propiciando trocas entre os que nele interagem. O professor-
tutor deve organizar situações de aprendizagem, buscando planejar e orientar
atividades que estimulem o desenvolvimento pleno do estudante, provocando
sempre reflexões que venham a resultar em uma aprendizagem significativa. Os
estudantes devem procurar interagir constantemente com o grupo, expressando
seus pensamentos, sempre de forma colaborativa, dialogando e trocando ideias,
tomando decisões e construindo conhecimentos.
5 RECOMENDAÇÕES
Entendo que a dinâmica do fórum de discussão, por ser dialógica e interativa,
pode contribuir significativamente para uma articulação entre o ensinar, o aprender e
o avaliar na educação on line, visando a uma prática pedagógica colaborativa que
proporcionará ao estudante o desenvolvimento de habilidades fundamentais para
sua formação pessoal e profissional. Com isso, recomenda-se que a Universidade
mantenha a proposta de oferecer dois fóruns por semestre nas disciplinas ofertadas
no ensino a distância, no intuito de fortalecer os níveis de interatividade necessários
para o sucesso da aprendizagem nesta modalidade.
Diante do quantitativo de participações no fórum avaliado, sugere-se que a
equipe de professores possa repensar as estratégias que venham a estimular os
estudantes, na sua maioria, a participar da atividade, aumentando assim o índice de
interatividade entre os participantes, deixando claro ainda a importância deste
processo para o sucesso também da aprendizagem.
Recomenda-se ao professor-tutor, especificamente desta turma, uma revisão
da sua ação prática pedagógica, deixando de ser um mero transmissor da proposta
do fórum, assumindo a real figura de mediador, apostando em atividades que
venham a desafiar os estudantes, problematizando os assuntos debatidos e
interagindo sempre que necessário, estimulando-os a aprender a aprender.
Torna-se relevante ainda uma valorização da atividade em questão por parte
da Universidade, se possível como parte integrante dos instrumentos de avaliação
do desempenho do estudante no semestre, tendo as rubricas como critério para esta
prática, pois assim acredita-se que os próprios estudantes também valorizarão um
pouco mais a atividade. As rubricas podem ser construídas e compartilhadas com os
estudantes, na próxima ocasião, tornando o processo mais democrático, dialógico e
colaborativo, o que com certeza irá estimular e motivar a participação dos
estudantes na atividade, minimizando assim as dificuldades encontradas neste
primeiro momento.
Por fim, sugere-se a preparação do ambiente virtual de aprendizagem para
favorecer a implantação, construção e divulgação das rubricas para avaliar
formalmente a atividade, pois a autora acredita que através das rubricas, pode-se
melhorar o desempenho dos estudantes, proporcionando-os uma avaliação
autêntica e mais informativa, visando assim à qualidade do próprio trabalho. Além
101
disso, as rubricas ajudarão aos professores a avaliar as classes heterogêneas, tão
presentes na educação on line, propondo intervenções conscientes e replanejando
suas estratégias de ensino sempre que necessário.
102
REFERÊNCIAS
BRASIL, Decreto-Lei nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80
da Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1995, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 266, 19 dez. 2005.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília,
DF, 23 dez. 1996.
_____. Ministério da Educação e do Desporto. Portaria Ministerial n.º 2.253, de 18
de outubro de 2001. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 out. 2001. Seção 1,
p. 18.
_____. Ministério da Educação e do Desporto. Portaria Ministerial nº. 4.059, de 10
de dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 dez. 2004. Seção 1,
p. 34.
BRITO, G. S.; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias: um repensar.
Curitiba, PR: Ibpex, 2006.
BRITO, M. S. S. Tecnologias para EAD: via internet. In: ALVES, L.; NOVA, C. (Org.).
Educação e tecnologia: trilhando caminhos. Salvador: Uneb, 2003.
CONDEMARÍN, M.; MEDINA, A. A avaliação autêntica: um meio para melhorar as
competências em linguagem e comunicação. Tradução de Fátima Murad. Porto
Alegre: Artmed, 2005.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Parecer
CNE/CES 1.301, de 6 de novembro de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para
os Cursos de Ciências Biológicas. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 dez. 2001.
Seção 1, p. 25.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
GOMEZ, M. V. Avaliação formativa e continuada da educação baseada na internet.
In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 6., 1999, Rio
de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ABED, 1999. Disponível em:
<http://www.abed.org.br/antiga/htdocs/paper_visem/margarita_vitoria_gomez.htm>.
Acesso em: 27 abr. 2009.
HOFFMAN, J. Avaliação mediadora: uma relação dialógica na construção do
conhecimento. Série ideias, São Paulo, n. 22, p. 51-59, 1994. Disponível em:
<http://www.crmariocovas.sp.gov.br/int_a.php?t=008>. Acesso em: 27 abr. 2009.
HOFFMAN, J. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação,
2001.
103
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34. 1999.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2005.
LUDKE, M. O trabalho com projetos e a avaliação na educação básica. In:
ESTEBAN, M. T.; HOFFMAN, J.; SILVA, J. F. (Org.). Práticas avaliativas e
aprendizagens significativas. Porto Alegre: Mediação, 2003.
MOORE. M. G. Teoria da distância transacional. In: KEEGAN, D. Theoretical
principles of distance education. London: Routledge, 1993. Disponível em:
<http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23&UserActiveT
emplate=1por>. Acesso em 8 jun 2009.
NEDER, M. L. C. Avaliação na educação a distância: significações para definição de
percursos. In: PRETI, O. (Org.). Educação a distância: inícios e indícios de um
percurso. Cuiabá: UFMT: NEAD: IE, 1996.. Disponível em:
<http://www.nead.ufmt.br/documentos/AVALIArtf.rtf>. Acesso em: 27 abr. 2009.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre
duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
Piaget, J. Biologia e conhecimento. 2. ed. São Paulo: Vozes, 1996.
PICKETTE, N.; DODGE, B. Rubrics for Web lessons. 2007. Disponível em
<http://edweb.sdsu.edu/webquest/rubrics/weblessons.htm>. Acesso em: 27 abr.
2009.
PORTO, S. Rubricas: otimizando a avaliação em educação on line. Disponível em:
<http://www.aquifolium.com/rubricas.html>. Acesso em: 27 abr. 2009.
PRIMO, A. F. T. Avaliação em processo de educação problematizadora on line. In:
SILVA, M; SANTOS, E. Avaliação da aprendizagem em educação online. São Paulo:
Loyola, 2006. 109-121 p.
______. Interação mútua e interação intensiva reativa: uma proposta de estudo. In:
CONGRESSO DA INTERCON, 21., 1998, Recife. Trabalhos apresentados... Recife:
PEd, 1998. Disponível em: <http://usr.psico.ufrgs.br/~aprimo/pb/espiralpb.htm>.
Acesso em: 8 jun. 2009.
PRIMO, A. F. T.; CASSOL, M. B. F. Explorando o conceito de interatividade:
definições e taxonomias. 1999. Disponível em: <http://usr.psico.ufrgs.br/>. Acesso
em: 25 maio 2009.
RIBEIRO, V. M. B. O planejamento e a avaliação. In: SENAC. Departamento
Nacional. Curso de Especialização em Educação a Distância. Rio de Janeiro, 2000.
Unidade 3. 1 CD-ROM.
ROEW. [s.l.], 2009. Disponível em: <http://t4.jordandistrict.org/teacher
resources/Rubrics/Rubrics.html>. Acesso em: 27 abr. 2009.
104
ROSINI, A. M. As novas tecnologias da informação e a educação a distância. São
Paulo: Thomson Learning, 2007.
SÁNCHEZ, L. P. El foro virtual como espacio educativo: propuestas didácticas para
su uso. Verista Quardens Digitals Net, n. 40, p. 1-18, nov. 2005. Disponível em:
<http://www.quardensdigitals.net/datos_web/homeroteca/r_1/nr_662/a_8878/8878.ht
ml>. Acesso em: 27 abr. 2009.
SANTOS, N. Teorias da aprendizagem e estudos de temas da matemática. [1998].
Disponível em: <http://www.ime.uerj.br/professores/neide/Desenv_SWEd/htm>.
Acesso em: 27 abr. 2009.
SILVA, J. F. Avaliação na perspectiva formativa-reguladora: pressupostos teóricos e
práticos. Porto Alegre: Mediação, 2004.
SILVA, M. Um convite à interatividade e à complexidade: novas perspectivas
comunicacionais para a sala de aula. In: GONÇALVES, M. A. R. (Org.). Educação e
cultura: pensando em cidadania. Rio de Janeiro: Quartet, 1999.
______. Que é interatividade. Boletim Técnico Senac, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p.
27-35, maio/ago. 1998.
______. Sala de aula interativa. 3. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2002.
TAGGART, G. L. et al. (Ed..). Rubricas: a handbook for construction and use.
Lanharn, NY: Rowman & Littlefield Education, 2001.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1995.
UNIVERSO. Universidade Salgado de Oliveira. São Gonçalo, 2009. Disponível em:
<Disponível em: <http://ead.universo.edu.br/estudante/index.asp>. Acesso em: 27
abr. 2009.
WIGGINS, G. Um caso para avaliação autêntica: resumo ERIC. Traduzido por
Jarbas Novelino. São Paulo, 2005. Texto original de 1990. Disponível em:
<http://www.escolabr.com/download/artigos/rubricas/um_caso_avaliacao_autentica.p
df>. Acesso em: 27 abr. 2009.
ANEXOS
106
ANEXO A - CARGA HORÁRIA DAS DISCIPLINAS/PERÍODO
1
o
Período Carga Horária
Código Disciplinas Total Teórica Prática A.E.C Créditos
2454 Dinâmica da Aprendizagem 75 30 45 - 05
4438 Matemática Básica 75 60 15 - 05
3922 Língua Portuguesa I 60 45 15 - 04
3944 Técnicas de Estudo e Pesquisa 60 30 30 - 04
4935 Química I 75 60 15 - 05
1375 Biologia Celular 30 30 - - 02
2129 Ecologia I 45 45 - - 03
Subtotal 420 300 90 - 28
2
o
Período Carga Horária
Código Disciplinas Total Teórica Prática A.E.C Créditos
2091
Viv. Prática Ensino Ciências,
Física Química e Ambientais
75 30 45 - 05
5123 Língua Portuguesa II 60 45 15 - 04
3010 Física I 60 30 30 - 04
2651 Anatomia Básica 75 60 15 - 05
2457
Fund. das Ciências Sociais e
Humanas I
30 30 - 02
6016 Química Orgânica I 75 60 15 - 05
5015 Histologia e Embriologia 75 60 15 - 05
4127 Ecologia II 45 45 - 03
Subtotal 495 360 135 - -
3
o
Período Carga Horária
Código Disciplinas Total Teórica Prática A.E.C Créditos
327
Fundamentos Legais e
Normativos da Educação
60 45 15 - 04
2093 Zoologia I 45 30 15 - 03
2094 Botânica I 45 30 15 - 03
4099 Epistemologia da Docência 60 30 30 - 04
2767
Psicologia do
Desenvolvimento
60 45 15 - 04
1557
Fundamento das Ciências
Sociais e Humanas II
30 30 - - 02
3576 Bioquímica Básica 75 60 15 - 05
2092 Ecologia III 45 30 15 - 03
Subtotal 420 300 120 -
107
4
o
Período Carga Horária
Código Disciplinas Total Teórica Prática Estágio Créditos
5345 Zoologia II 45 45 - - 03
5346 Botânica II 45 45 - - 03
4266 Bioestatistica. 45 45 - - 03
5338
Elementos de Geologia e de
Paleontologia
45 45 - - 03
4614
Metodologia do Ensino das
Ciências
60 30 30 - 04
1288 Biofísica 45 45 - - 03
2096 Docência Supervisionada I 105 - 105 07
2696 Genética 30 30 - - 02
2106 Ecologia IV 45 30 15 - 03
Subtotal 465 315 45 105 31
5
o
Período Carga Horária
Código Disciplinas Total Teórica Prática Estágio Créditos
5354 Zoologia III 45 45 - - 03
5355 Botânica III 45 45 - - 03
5776 Fisiologia 75 60 15 - 05
2099
Metodologia do Ensino da
Biologia
60 30 30 - 04
5003 Microbiologia 60 45 15 - 04
2098 Bioética 30 30 - - 02
2104 Docência Supervisionada II 150 - - 150 10
5359 Evolução 30 30 - - 02
4485 Genética II 45 30 15 - 03
Subtotal 540 315 75 150 36
6
o
Período Carga Horária
Código Disciplinas Total Teórica Prática Estágio AEC Créditos
2101
Vivência e Prática do Ensino
das Ciência Natureza e da
Saúde
60 30 30 - - 04
5418 Zoologia IV 45 45 - - - 03
5419 Botânica IV 45 45 - - 03
2967 Parasitologia 60 45 15 - - 04
3041 Epidemiologia 60 30 30 - - 04
5422
Fundamentos de Patologia e
Imunologia
45 45 - - - 03
2102 Vivência da Prática Científica 60 30 30 - - 04
5332
Atividades Extensionistas e
Culturais
210 - - - 210 14
2105 Docência Supervisionada III 150 - - 150 - 10
Subtotal 735 270 105 150 210 49
Total 3075 1860 600 405 210 205
Obs.: O total de 3075 inclui as 2460 horas inteiras, sem haver separação das práticas
(1860 + 600 = 2460), mais o somatório das docências I, II e III e Atividades de Extensão e
Culturais.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo