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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Cláudia Callegaro de Menezes
PROPOSTA DE UMA CLASSIFICAÇÃO DE
MORFOTIPO PERIODONTAL A PARTIR DA
DEFINIÇÃO DO VOLUME DA GENGIVA INSERIDA
Rio de Janeiro
2010
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ii
CLÁUDIA CALLEGARO DE MENEZES
PROPOSTA DE UMA CLASSIFICAÇÃO DE MORFOTIPO
PERIODONTAL A PARTIR DA DEFINIÇÃO DO VOLUME
DA GENGIVA INSERIDA
Orientador: Prof Dr Sérgio Kahn
Rio de Janeiro
2010
Dissertação apresentada à Banca
Examinadora do Mestrado
Profissional em Odontologia da
Universidade Veiga de Almeida,
como requisito parcial para
obtenção do grau de Mestre em
Odontologia. Área de
concentração: Periodontia
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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
DIRETORIA DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTU SENSU
E DE PESQUISA
Rua Ibituruna, 108 – Maracanã
20271-020 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2574-8871 - (21) 2574-8922
FICHA CATALOGRÁFICA
M543p
Menezes, Cláudia Callegaro de
Proposta de uma classificação de morfotipo
periodontal a partir da definição do volume da gengiva
inserida./ Cláudia Callegaro de Menezes, 2010.
36f.: il ; 30 cm.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Veiga de
Almeida, Mestrado em Odontologia, Periodontia, Rio de
Janeiro, 2010.
Orientador: Prof Dr Sérgio Kahn
1. Gengiva. 2. Periodontia. 3. Espessura gengival.
I. Khan, Ségio. II. Universidade Veiga de Almeida,
Mestrado em Odontologia, Periodontia. IV. Título.
CDD – 617.632
Bireme
iii
FOLHA DE APROVAÇÃO
Cláudia Callegaro de Menezes
PROPOSTA DE UMA CLASSIFICAÇÃO DE
MORFOTIPO PERIODONTAL A PARTIR DA
DEFINIÇÃO DO VOLUME DA GENGIVA INSERIDA
Data da aprovação: 02/09/2010
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Prof. Dr. Sérgio Kahn
Universidade Veiga de Almeida
_____________________________________
Profª Dra. Fernanda Brito
Universidade Veiga de Almeida
_____________________________________
Prof. Dr. Guaracilei Maciel Vidigal Jr
Universidade do Grande Rio
Dissertação apresentada à Banca
Examinadora do Mestrado
Profissional em Odontologia da
Universidade Veiga de Almeida,
como requisito parcial para
obtenção do grau de Mestre em
Odontologia. Área de
concentração: Periodontia
iv
Dedico esse trabalho a meu
marido, Eric pelo
companheirismo e estímulo, à
minha mãe Cecília pelo carinho,
à minha irmã Daniela, pela
orientação e apoio nos
momentos difíceis e ao meu filho
Thiago que representa o início de
uma nova etapa de minha vida.
v
AGRADECIMENTOS
Ao orientador e amigo Prof Dr. Sérgio Kahn, pelas oportunidades e
incentivo na minha vida acadêmica.
Às amigas Roberta Imperial e Alexandra Dias pela ajuda na fase
experimental deste trabalho e pelo companheirismo nas demais
atividades.
Aos amigos e colegas de turma, pela amizade iniciada durante o curso.
Ao Centro de Saúde da Universidade Veiga de Almeida, à Faculdade de
Odontologia Fundação Educacional da Serra dos Órgãos e à
Odontoclínica do Exército pela oportunidade de executar este trabalho.
vi
RESUMO
O objetivo do presente trabalho foi propor uma nova classificação para o
morfotipo periodontal a partir da determinação do volume gengival. Para isso,
foram mensurados os valores de espessura gengival e largura da faixa de
gengiva entre os dentes anteriores superiores. Foram avaliados os incisivos
centrais, incisivos laterais e caninos de ambos os lados de 50 indivíduos entre
20 e 35 anos, com saúde periodontal. Foi utilizado um espaçador endodôntico
com cursor de borracha e um paquímetro digital com resolução de 0,01mm
para obtenção dessas medidas. Para a definição do volume se considerou
ainda a distância de 1mm no sentido mesio-distal no mesmo ponto em que se
obteve a espessura gengival. Foi observado que não houve diferença
estatisticamente significante no volume gengival entre indivíduos do gênero
feminino e masculino. A partir dos dados obtidos foi possível propor a seguinte
classificação para o morfotipo periodontal Fino 2,77mm
3
; Médio 2,78 mm
3
Médio 4,77 mm
3
e Espesso 4,78mm
3
.
Palavras-chaves
: Morfotipo periodontal. Periodontia. Espessura gengival.
Largura da faixa de gengiva
vii
ABSTRACT
The aim of this study was to propose a new classification for the periodontal
morphotype by determination of the gingival volume. Therefore, measurements
of gingival thickness and width of the zone of gingiva were taken between
anteriors superiors teeth. Central and lateral incisors, and canines on both sides
were evaluated in 50 periodontally healthy individuals between the ages of 20-
35 years. An endodontic spacer with a rubber cursor and a digital pachymeter
with a resolution of 0.01mm were used to obtain these measurements. In order
to define the gingival volume, the distance of 1mm in the mesio-distal direction
was also considered at the same point in which the gingival thickness was
obtained. It was observed that there was not statistically significant difference in
gingival volume between individuals of the male and female sex. No correlation
was found between the gingival thickness and width of the strip of inserted
gingiva. From the data obtained, it was possible to propose the following
classification for the periodontal morphotype: Thin 2,77 mm
3
; 2,78 mm
3
Medium 4,77 mm
3
and Thick 4,78 mm
3
.
Key words
: Periodontal morphotype. Periodontology. Gingival thickness.
Width of the zone of gingiva. Keratinized tissue.
viii
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO, p.09
2. OBJETIVO, p.13
3. MATERIAIS E MÉTODOS, p.14
3.1.POPULAÇÃO ESTUDADA, p.14
3.2.PARÂMETROS CLÍNICOS, p.14
3.3ANÁLISE ESTATÍSTICA, p.20
4. RESULTADOS, p.21
4.1. LARGURA DA FAIXA DE GENGIVA INSERIDA, p.21
4.2. ESPESSURA GENGIVAL, p.22
4.3. VOLUME GENGIVAL, p. 24
5. DISCUSSÃO, p.28
6. CONCLUSÕES, p .31
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.32
ANEXO, p. 34
APÊNDICES, p.36
9
INTRODUÇÃO
Do ponto de vista anatômico, o periodonto é formado pela gengiva,
ligamento periodontal, cemento radicular e osso alveolar. Mas para avaliação
do morfotipo periodontal, baseia-se em três parâmetros clínicos: espessura
gengival, largura do tecido queratinizado e espessura óssea. Partindo destes
três parâmetros, diversos autores propuseram classificações para o morfotipo
periodontal.(MAYNARD & WILSON, 1980; SEIBERT & LINDHE, 1989; KAO &
PASQUINELLI, 2002)
Atualmente, tão importante quanto a realização de um tratamento
periodontal estético com sucesso, é a previsibilidade desse tratamento. A
evolução nos todos diagnósticos e operatórios possibilitaram ao profissional
da Odontologia oferecer ao paciente um prognóstico do seu tratamento. E para
isso a determinação do morfotipo periodontal é muito importante.
Muitos autores propuseram classificações ao morfotipo periodontal. Um
dos mais tradicionais trabalhos foi o de Maynard & Wilson (1980), usado até os
dias atuais. Eles propuseram 4 diferentes tipos de periodonto, sendo o tipo I o
ideal, pois apresenta tecido queratinizado e tecido ósseo espesso, e o tipo IV o
de maior dificuldade de manipulação, devido ao tecido queratinizado muito fino
e frágil e tecido ósseo com muitas deiscências e fenestrações.
Outros autores propuseram diferentes classificações para o morfotipo
periodontal. Seibert & Lindhe (1989) classificaram em plano-espesso e
festonado-delgado, considerando a arquitetura óssea e a de tecido mole.
Olsson et al, em 1993, classificaram o periodonto de acordo com o formato da
coroa clínica. Pacientes com dentes mais quadrados possuiam larga faixa de
gengiva, papilas mais curtas, curvatura gengival cervical menos acentuada e
maior profundidade de sondagem. pacientes com dentes mais alongados
possuiam estreita faixa de gengiva, papilas mais alongadas, curvatura gengival
cervical mais acentuada e menor profundidade de sondagem.
A classificação de Müller & Eger (1997) não considerou a espessura
óssea, e também levou em consideração o formato da coroa dentária. Nesta,
os indivíduos foram separados em grupos A, B e C. No grupo A, a espessura e
largura do tecido queratinizado assim como a relação entre largura e
10
comprimento da coroa clínica são consideradas pelos autores como normais. O
grupo B apresentava coroa clínica quadrada, e o tecido queratinizado mais
espesso. No grupo C, os dentes apresentavam forma mais quadrada do que no
grupo B e tecido mole semelhante ao do grupo A. em 2000, Müller et al
propuseram 03 tipos de morfotipo periodontal: A1, A2 e B. Os pacientes do
grupo A1 apresentavam largura e espessura da faixa de gengiva menor que os
do grupo A2, que apresentavam largura e espessura da faixa de gengiva
menor que os do grupo B. No grupo A1 e A2 o formato do dente se
apresentava alongado, e no grupo B, o formato era quadrado. Os autores
observaram ainda que a espessura da mucosa mastigatória do palato
acompanhava a espessura da gengiva inserida, isto é, pacientes que
apresentavam espessura gengival mais fina também apresentavam espessura
da mucosa palatina fina, e pacientes que apresentavam a espessura gengival
mais grossa, também apresentavam a mucosa palatina espessa.
Outra classificação muito utilizada entre os profissionais, pela facilidade
de sua aplicação e definição, é a de Kao & Pasquinelli (2002), onde se define o
periodonto como fino ou espesso, sendo o fino com uma arquitetura óssea
festonada e tecido mole friável, e o espesso com osso alveolar plano e tecido
fibroso e denso.
Mais recentemente, De Rouck et al. (2009) buscaram identificar
diferentes morfotipos gengivais através de um método visual. A espessura
gengival era observada pela translucidez da sonda através da gengiva marginal
livre. Se a sonda fosse observada através da transparência da gengiva, era
considerada como fina, se não fosse observada, era espessa. Foram
encontrados 3 grupos: A1: Biótipo fino e festonado, apresentando gengiva fina,
pequena faixa de tecido queratinizado e gengiva marginal festonada; A2:
Biótipo espesso e festonado, apresentando gengiva espessa, pequena faixa de
tecido queratinizado e gengiva marginal festonada; e B: Biótipo plano e
espesso,
apresentando gengiva espessa, dentes quadrados, faixa ampla de
tecido queratinizado e pouca papila.
Um terceiro parâmetro para avaliação do morfotipo periodontal, seria a
espessura óssea. Alguns estudos foram realizados em crânios de cadáveres.
Becker et al. (1997) avaliaram 111 crânios secos e classificaram os morfotipos
ósseos em plano, festonado e amplamente festonado. Observaram que o
11
grupo de crânios classificados como amplamente festonados apresentava uma
média de deiscências ósseas de 1,2 por crânio observado, enquanto os grupos
classificados como festonados ou planos apresentavam uma média de
deiscências ósseas de 0,5 por crânio observado. Além disso, a média da
distância entre as cristas ósseas interproximal e vestibular era de 4,1 mm, 2,8
mm e 2,1 mm para os grupos de crânios amplamente festonados, festonados e
planos respectivamente.
Katranji, Misch e Wang (2007) estudaram a espessura das corticais
ósseas vestibulares e linguais em 28 cadáveres, e observaram que em regiões
de pré-molares e dentes anteriores, a média da espessura das corticais ósseas
eram maiores na maxila que na mandíbula, entretanto este achado não foi
evidente na região de molares.
Estudos têm sido realizados em humanos vivos através do uso de
tomografia computadorizada tipo Cone-beam (JANUÁRIO; BARRIVIERA;
DUARTE, 2008; BARRIVIERA et al., 2009), mostrando a efiácia deste exame
na obtenção da medida da espessura óssea vestibular e palatina.
Muitos trabalhos propuseram formas de classificar o periodonto a ser
trabalhado (SEIBERT & LINDHE, 1989; OLSSON; LINDHE; MARINELLO,
1993; MÜLLER et al., 2000a). Alguns utilizando métodos invasivos, como
perfuração da gengiva inserida com sondas periodontais (GOASLIND et al,
1977; VANDANA & SAVITHA, 2005; BITTENCOURT et al., 2006)) ou
espaçadores endodônticos ou agulhas com cursores de borracha (OLSSON;
LINDHE; MARINELLO, 1993; EGREJA et al., in press). Outros métodos não
invasivos como ultrassom (MÜLLER & EGER, 1997; MÜLLER et al., 2000b),
transparência da sonda periodontal através da margem gengival (DE ROUCK
et al., 2009), e ainda através da tomografia Cone-beam (JANUÁRIO;
BARRIVIERA; DUARTE, 2008 e BARRIVIERA et al., 2009).
Em um estudo recente Eghbaldi et al. (2009) mostraram que a avaliação
visual, seja por clínicos experientes ou o, não é um método confiável para
diferenciar os diferentes morfotipos periodontais. E consideraram a importância
de um método mais acurado, visto que muitos pacientes são de risco para
complicações estéticas após tratamento seja periodontal, ortodôntico ou
estético. Kan et al. (2010) observaram que a identificação da espessura
12
gengival através do método da sonda é um método confiável e objetivo para
avaliação do biótipo gengival.
Egreja et al. (in press), assim como outros autores (MAYNARD &
WILSON, 1980; MÜLLER et al., 2000; KAO & PASQUINELLI, 2002)
observaram a presença de correlação entre a largura da faixa de gengiva
inserida e a espessura gengival. Isto é, a medida que a faixa de gengiva
inserida aumenta, a espessura gengival acompanha esse aumento.
Goaslind et al. (1977) encontraram uma relação inversamente proporcional
entre esses dois parâmetros, e De Rouke et al. (2009) concluíram que a
espessura gengival não acompanha a largura da faixa de gengiva inserida.
Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi propor uma nova
classificação para o morfotipo periodontal, baseada em um quarto parâmetro, o
volume gengival, a partir dos dados obtidos através da mensuração dos valores
de espessura gengival e largura da faixa de gengiva.
13
2.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi propor uma nova classificação do morfotipo
periodontal a partir da determinação da média do volume gengival nos
dentes anteriores superiores.
14
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. POPULAÇÃO ESTUDADA
Foram incluídos neste estudo cinquenta indivíduos, com idade entre 20 e
35 anos, a despeito do sexo, sem recessões gengivais, apinhamento dentário
ou restaurações extensas nos dentes anteriores superiores, sem doenças
sistêmicas de risco estabelecido para doença periodontal (ex: diabetes mellitus,
AIDS), sem histórico de doença periodontal, sem relato de cirurgia oral nos
dentes anteriores superiores, que não fizessem uso de medicamentos que
pudessem alterar os tecidos periodontais, como ciclosporina, fenitoína ou
bloqueadores dos canais de cálcio, conforme anamnese realizada pelo
examinador (Apêndice A).
Os indivíduos foram selecionados entre os alunos da Faculdade de
Odontologia da Universidade Veiga de Almeida, da Faculdade de Odontologia
da Fundação Educacional da Serra dos Órgãos e dos cursos de especialização
da Odontoclínica do Exército do Rio de Janeiro. Estes foram avaliados em
ambulatórios dessas instituições. Os indivíduos selecionados assinaram termo
de consentimento livre e esclarecido (Apêndice B), contendo informações sobre
motivo, riscos e benefícios do procedimento a ser executado. O total de
voluntários examinados foi 50, sendo 18 do sexo masculino e 32 do sexo
feminino.
O presente estudo foi submetido ao comitê de ética em pesquisa da
Universidade Veiga de Almeida, segundo as normas da Comissão Nacional de
Ética em Pesquisa (CONEP), resolução 196/96 do Ministério da Saúde, e
aprovado sem riscos segundo resolução 116/08 do Comitê de Ética da
Universidade Veiga de Almeida (Anexo).
Este estudo contou com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Rio de Janeiro (FAPERJ).
3.2. PARÂMETROS CLÍNICOS
Foram avaliados os caninos, incisivos laterais e centrais superiores de
ambos os lados dos indivíduos. Os seguintes parâmetros clínicos foram
registrados por um único examinador:
15
o Profundidade Clínica de Sondagem (PCS): distância entre a
margem gengival e o fundo do sulco gengival no ponto médio da face
vestibular dos dentes.
o Largura da Faixa de Gengiva (LFG): distância entre a margem
gengival e a linha mucogengival no ponto médio da face vestibular
dos dentes.
o Espessura Gengival (EG): no ponto intermediário entre a margem
gengival e a linha mucogengival no ponto médio da face vestibular
dos dentes.
As medidas de PCS foram realizadas com uma sonda periodontal da
Universidade da Carolina do Norte (UNC) de 15mm. As medidas da LFG e EG
foram realizadas com um espaçador endodôntico com cursor de borracha e um
paquímetro digital, da marca Mitutoyo, de 0,01 mm de resolução. A
identificação da linha mucogengival foi facilitada com a utilização de solução de
iodo como corante (BITTENCOURT, et al.; 2006). Para obter tais medidas, os
indivíduos foram anestesiados antes das medições com infiltração local de
Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000.
Após a identificação da linha mucogengival, foi obtida a medida da LFG
no ponto médio da face vestibular de cada dente. A ponta do espaçador
endodôntico era posicionada na linha mucogengival e a borda inferior do cursor
de borracha era posicionada sobre a margem gengival, na altura do ponto
médio da face vestibular do dente em questão. (Figura 1)
16
Figura 1: Posicionamento do espaçador endodôntico para obtenção da medida
da LFG
O espaçador então era levado ao paquímetro digital para a obtenção da
medida, que aparecia no visor do paquímetro. (Figura 2)
17
.
Figura 2: Visor do paquímetro digital mostrando a medida obtida
Para se obter a EG, a ponta do espaçador endodôntico era posicionada
no ponto intermediário entre a margem gengival e a linha mucogengival, no
ponto médio da face vestibular de cada dente. Fazia-se uma perfuração na
gengiva introduzindo o espaçador endodôntico até que sua ponta encontrasse
a superfície do osso subjacente. Levava-se a borda inferior do cursor de
borracha de encontro à superfície gengival e imobilizava-se este cursor na
posição correta com o auxílio de uma pinça hemostática. (Figura 3)
18
Figura 3: Posicionamento do espaçador endodôntico para obtenção da EG
O espaçador era levado novamente ao paquímetro digital para a
obtenção da medida digital.
Para se obter a medida do volume gengival foi estabelecida a medida de
1 mm no sentido mesio-distal no ponto dio da gengiva inserida na face
vestibular de cada dente. (Figura 4)
19
Figura 4: Medida no sentido mesio-distal no ponto médio da face vestibular da
gengiva inserida
As três dimensões estão representadas no desenho esquemático da
Ilustração 1.
Ilustração 1: Desenho esquemático representativo das três dimensões do
volume gengival
20
Para determinar o volume gengival se utilizou as seguintes medidas:
espessura gengival X largura da faixa de gengiva inserida X 1 mm no sentido
mesio distal no ponto médio da gengiva inserida na face vestibular de cada
dente. (Quadro 1)
Quadro 1: Fórmula utilizada para determinação do volume gengival
EG X LFG X LM-D
Para estabelecer o volume individual, foram utilizadas as médias da LFG
e da EG do indivíduo e estas multiplicadas pela medida M-D de 1mm. (Quadro
2)
Quadro 2: Fórmula utilizada para determinação do volume gengival individual
Média EG X Média LFG X LM-D
Pacientes que apresentavam gengivite ou controle de placa inadequado
receberam um tratamento constituído de instruções de higiene oral, raspagem
supragengival e polimento coronário 28 dias antes do exame para obtenção
das medições clínicas. Mas por se tratar de uma amostra de conveniência,
onde apenas estudantes de Odontologia foram avaliados, tratava-se de uma
população com bom controle de placa e baixo índice de inflamação gengival.
3.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para avaliar as diferenças das médias dos volumes gengivais para os
dentes anteriores superiores foi utilizado o teste ANOVA para dados repetidos.
E para comparação dos gêneros dentro de cada dente, foi usado o Teste T.
Foi calculado o coeficiente de Correlação de Pearson para avaliar a
existência de correlação entre largura da faixa de gengiva e espessura
gengival, e a relação entre os volumes gengivais dos dentes dos voluntários.
Foram construídas tabelas e gráficos apropriados às escalas das
variáveis.
21
4. RESULTADOS
4.1. LARGURA DA FAIXA DE GENGIVA
As médias de cada elemento foram as seguintes: Incisivos central
direito, 4,59 mm, esquerdo, 4,48 mm; incisivo lateral direito, 5,03 mm,
esquerdo, 5,12 mm; e canino direito, 3,90 mm e esquerdo, 3,91 mm. (Tabela 1)
Tabela 1: Descrição das medidas de largura da faixa de gengiva - valores
expressos em mm.
Dente Média Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
Inicisivo Central Direito 4,59 1,23 2,73 4,46 8,50
Incisivo Central Esquerdo 4,48 1,10 2,13 4,46 8,14
Incisivo Lateral Direito 5,03 1,39 2,51 5,08 8,67
Incisivo Lateral Esquerdo 5,12 1,45 2,48 4,97 8,96
Canino Direito 3,90 1,19 1,82 3,92 7,10
Canino Esquerdo 3,91 1,26 1,58 3,73 8,66
22
Quadro 3: Representação dos valores máximo, mediano e mínimo para largura
da faixa de gengiva
232221111213
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Largura da faixa de gengiva (mm)
34
7
4
9
47
47
50
50
47
50
Os símbolos ° representam os valores acima do valo r ximo (outliers).
E o símbolo *, representa o valor acima do outliers. Os números junto a esses
símbolos, representam os indivíduos correspondentes a esses valores.
Esse é um diagrama de caixas, sendo o traço inferior o valor mínimo, a
borda inferior da caixa, primeiro quartil, o traço em negrito, o valor da mediana
e o segundo quartil, a borda superior da caixa, o terceiro quartil e o traço
superior, o valor máximo.
4.2. ESPESSURA GENGIVAL
A média dos elementos foram as seguintes: Incisivos centrais direito
0,98 mm, e esquerdo 0,98 mm; incisivos laterias direito 0,82 mm e esquerdo
0,87 mm; e caninos direito 0,76 mm e esquerdo 0,84 mm (Tabela 2).
23
Tabela 2: Descrição das medidas de espessura gengival valores expressos em
mm.
Dentes Média Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
Inicisivo Central Direito 0,98 0,28 0,44 0,91 1,84
Incisivo Central Esquerdo 0,98 0,25 0,68 0,90 1,77
Incisivo Lateral Direito 0,82 0,25 0,50 0,75 1,56
Incisivo Lateral Esquerdo 0,87 0,19 0,47 0,87 1,39
Canino Direito 0,76 0,23 0,35 0,73 1,46
Canino Esquerdo 0,84 0,20 0,39 0,85 1,27
Quadro 4: Representação dos valores máximo, mediano e mínimo para
espessura gengival.
232221111213
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
Espessura gengival (mm)
8
32
8
29
8
13
6
36
34
34
49
Não foi encontrada uma correlação entre a largura da faixa de gengiva e
a espessura gengival vestibular para os dentes estudados. (Tabela 3) Apenas o
incisivo central esquerdo apresentou correlação. Os demais apresentaram uma
correlação fraca ou negativa.
24
Tabela 3: Correlação de Pearson entre LFG e EG segundo os dentes
estudados
Dentes R p-valor
Incisivo Central Direito 0,220 0,125
Incisivo Central Esquerdo 0,298 0,036
Incisivo Lateral Direito 0,193 0,178
Incisivo Lateral Esquerdo -0,185 0,198
Canino Direito 0,212 0,139
Canino Esquerdo -0,137 0,341
4.3. VOLUME GENGIVAL
Foram avaliados os volumes de todos os dentes antero-superiores de
cada um dos 50 voluntários e calculados os quartis da distribuição do volume.
O critério usado para definir os pontos de corte para a classificação foi: fino,
25% dos menores, ou seja, aqueles abaixo do primeiro quartil, espesso 25%
dos maiores, ou seja, aqueles acima do terceiro quartil, e médio 50%
intermediários.
As médias para essa medida foram as seguintes: incisivos
centrais direito 4,58 mm e esquerdo 4,47 mm; incisivos laterais direito 4,18 mm
e esquerdo 4,42 mm; e caninos direito 3,01 mm e esquerdo 3,24 mm (Tabela
4).
25
Tabela 4 : Descrição das medidas do volume gengival valores expressos em
mm
3
Dentes Média Desvio-
padrão
Mínimo Mediana Máximo
Inicisivo Central Direito 4,58 2,02 1,69 4,08 10,19
Incisivo Central Esquerdo 4,47 1,78 1,62 3,99 9,35
Incisivo Lateral Direito 4,18 1,95 1,58 3,65 11,48
Incisivo Lateral Esquerdo 4,42 1,36 1,41 4,37 7,23
Canino Direito 3,01 1,60 1,07 2,60 9,01
Canino Esquerdo 3,24 1,21 1,40 3,05 6,37
Quadro 5: Representação dos valores mediano, mínimo e máximo para o
volume gengival dos elementos anteriores superiores
232221111213
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
29
34
13
2
4
40
34
34
Não se observou diferença estatisticamente significante entre as médias
de volumes dos dentes homólogos.
Em uma comparação entre os gêneros, as médias dos dentes
homólogos para o gênero feminino foram 4,09 mm, 3,98 mm e 3,01 mm para
incisivos centrais, incisivos laterais e caninos respectivamente. Para o gênero
26
masculino, as médias foram de 5,31 mm, 4,85 mm e 3,33 mm para incisivos
centrais, laterias e caninos respectivamente. (Tabela 5)
Tabela 5: Descrição dos valores de volume gengival em relação ao gênero
Dente Gênero Média Desvio-
padrão
Mínimo
Mediana
Máximo
P-valor
do
teste T
Incisivo Masculino 5,31 1,38 3,21 5,50 7,25 0,016
central Feminino 4,09 1,80 2,03 3,60 8,88
Incisivo
Masculino 4,85 1,59 2,90 4,73 7,71 0,054
lateral Feminino 3,98 1,43 2,31 3,73 9,35
Canino Masculino 3,33 1,25 1,85 3,16 6,38 0,410
Feminino 3,01 1,35 1,27 2,70 7,69
Em relação a comparação entre homens e mulheres, houve diferença
estatisticamente significante entre os volumes dos dentes incisivos centrais e
laterais. Já nos caninos não houve diferença (Quadro 6).
27
Quadro 6:Representação dos volumes gengivais entre homens e mulheres.
CaninoIncisivo lateralIncisivo central
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Volume gengival (mm3)
34
7,69
13
7,31
13
8,88
34
8,59
29
8,31
4
6,38
34
Mulher
Homem
Foram estabelecidos pontos de corte para definição de limites entre as 3
categorias propostas (Tabela 6).
Tabela 6: Pontos de corte segundo os indicadores
Desta forma a presente classificação baseada no volume gengival foi
estabelecida:
Grupo A: Fino 2,77 mm
3
Grupo B: : 2,78 mm
3
Médio 4,77 mm
3
Grupo C: Espesso 4,78 mm
3
.
Indicador Fina Média Espessa
Volume em mm
3
2,77 : 2,78 V 4,77 4,78.
LFG em mm < 3,60 3,60< LFG < 5,21 > 5,21
EG em mm < 0,731 0,731 < EG < 0,982 > 0,982
28
5. DISCUSSÃO
O conhecimento do morfotipo periodontal é importante para a
determinação da previsibilidade de um tratamento de qualquer natureza,
principalmente estético na cavidade oral. Kao et al. (2008) defenderam essa
idéia visto que os padrões ósseos fino ou espesso irão responder de formas
variadas a diferentes tratamentos propostos, como traumas de extração,
manipulação óssea e de tecido mucoso para colocação de implantes. Os
autores também enfatizaram que a cirurgia periodontal pode alterar um padrão
fino para espesso, aumentando a previsibilidade dos resultados dos
tratamentos.
A proposta de uma nova classificação parece ser sustentada pela
evidência clínica que foi encontrada nesse estudo, mostrando que não houve
diferença estatisticamente significativa entre os volumes dos dentes
homólogos.
Muitos estudos se esforçaram em correlacionar a espessura gengival e a
largura da faixa de gengiva. Maynard & Wilson (1980), Kao & Pasquinelli
(2002), Müller et al. (2000) e Egreja et al. (in press) mostraram essa correlação
em seus trabalhos. Mas nessa pesquisa não foi encontrada uma forte
correlação entre esses parâmetros, concordando com os dados do trabalho de
De Rouke et al. (2009) onde concluíram que a espessura gengival não
acompanha a largura da faixa de gengiva inserida e Goaslind et al. (1977), que
observaram uma relação inversamente proporcional entre a espessura gengival
e a largura da faixa de gengiva. Hwang e Wang (2006) realizaram uma revisão
sistemática sobre o efeito da espessura do retalho gengival nas cirurgias de
recobrimento radicular, e concluíram que devido ao limitado número de
estudos, às variações dos tipos de cirurgias utilizadas no tratamento das
recessões gengivais, nas medidas da espessura gengival, nas análises
estatísticas, ficava difícil obter uma evidência concreta sobre a relação entre a
espessura do retalho gengival no recobrimento radicular.
A largura da faixa de gengiva varia entre os dentes e entre as arcadas.
Bowers (1963) observou que a variação se dava entre 1 e 9 mm, e que ela foi
maior na maxila do que na mandíbula. Ainda observou que a faixa se
29
apresentava maior na região de incisivos laterais superiores e menor na região
de pré-molares inferiores. Da mesma forma, Ainamo & Löe (1966) reportaram a
variação entre largura da faixa de gengiva em dentes permanentes de 1 a 7
mm na maxila e 1 a 6 mm na mandíbula. E encontraram a maior faixa de
gengiva na região de incisivos e a menor na região de pré-molares, de ambas
arcadas. Müller et al. (1997) também encontraram uma maior faixa de gengiva
inserida na região de incisivos laterais e menor na região de pré-molares
inferiores. Os dados dessa pesquisa concordam com todos esses autores, e
mostram uma maior faixa de gengiva nos dentes incisivos laterais superiores.
Assim como outros autores relataram (AINAMO & LÖE, 1966; AINAMO
& TALARI, 1976; BOWERS, 1963; MÜLLER et al., 2000; EGREJA et al., in
press) observou-se que não diferença estatística entre os gêneros em
relação aos parâmetros estudados. Mazeland (1980) e Müller et al. (2000)
observaram que a faixa de gengiva se apresenta maior para os homens do que
para as mulheres. Nesse estudo foi observado diferença estatisticamente
significante entre o volume gengival de indivíduos do sexo feminino e
masculino apenas nos incisivos centrais e laterais. Nos caninos, não foi
observada diferença.
A espessura gengival parece alterar com a idade. Eger; Muller; Heinecke
(1996) o observaram diferenças entre indivíduos com idade entre 20 e 60
anos. Entretanto Vandana & Savitha (1977) relataram que a espessura
gengival parece diminuir em pessoas mais idosas. Para evitar que essa
variável influenciasse nos resultados desse estudo, se optou por escolher
voluntários entre 20 e 35 anos.
Eghbaldi et al. (2009) observaram que o método visual, realizado tanto
por profissionais experientes ou não, não é valioso para determinação do
morfotipo periodontal. Kan et al. (2010) concordam que a identificação visual
não é um método apropriado para o diagnóstico e planejamento de tratamento
gengival estético, principalmente para cirurgias e procedimentos restauradores.
E observaram que a identificação da espessura gengival pela transparência da
sonda é um método objetivo e que apresenta 75% de acerto para determinar o
biótipo gengival. A classificação proposta neste estudo, por relacionar três
parâmetros, tem uma fidelidade maior em relação ao tecido queratinizado.
Além de utilizar um método não apenas visual para classificação.
30
A inclusão da avaliação da espessura óssea poderia tornar a
classificação do morfotipo mais completa. Para isso, muito estudos tem sido
desenvolvidos, buscando um método não invasivo para se chegar a esse
parâmetro. Fu et al. (2010) observaram que a tomografia computadorizada tipo
Cone-beam pode ser usada para medição de espessura óssea e de tecido
mole. A utilização da tomografia Cone-beam também foi estudada com o intuito
de avaliar a espessura óssea vestibular (JANUÁRIO; BARRIVIERA; DUARTE
2008) e palatina (BARRIVIERA et al. 2009).
Através desse estudo, apesar de suas limitações, foram encontrados
três grupos, e foi possível propor uma classificação através da determinação do
volume gengival em pacientes jovens, sem alterações periodontais. Com base
nessas informações se propôs a seguinte classificação para o morfotipo
periodontal:
Grupo A: Fino 2,77 mm
3
Grupo B: 2,78 mm
3
Médio 4,77 mm
3
Grupo C: Espesso 4,78 mm
3
.
Cabe salientar da importância da realização de novos estudos para a
verificação da reprodutibilidade desses resultados, embora se apresente aqui
uma nova proposta de classificação não fundamentada no método visual.
31
6. CONCLUSÕES
Dentro dos limites deste estudo, pode-se concluir que:
1- Uma nova classificação de morfotipo periodontal foi proposta,
fundamentada no volume gengival, com a presença das três faixas Grupo A:
Fino 2,77 mm
3
; Grupo B: 2,78 mm
3
Médio 4,77 mm
3
e Grupo C: Espesso
4,78 mm
3
.
2- Observou-se que o elemento com maior largura da faixa de gengiva
inserida é o incisivo lateral esquerdo, enquanto a menor largura é a do canino
direito.
3- Os dentes com maior espessura gengival foram os incisivos centrais
direito e esquerdo, e a menor espessura foi a do canino direito.
4- Os valores do volume gengival foram encontrados maiores no
elemento incisivo central direito, e o menor valor novamente no canino direito.
32
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. AINAMO, J.; LÖE, H. Anathomical characteristics of gingival and
microscopic study of the free and attached gingival. J. Periodontol, v.
37, p. 5-13, 1966.
2. AINAMO, A.; TALARI, A. The increase with age of the width of attached
gingival. J. Period Res, v. 11, p. 182-188, 1976.
3. BECKER, W. et al. Alveolar bone anatomic profiles as measured from
dry skulls. J Clin Periodontol, v. 24, p. 727-731, 1997.
4. BARRIVIERA, M. et al. A new method to assess and measure palatal
mastigatory mucosa by cone-beam computerized tomography. J Clin
Periodontol, v. 36, p.564-568, 2009.
5. BITTENCOURT, S. et al. Comparative 6-month clinical study of a
semilunar coronally positioned flap and subephitelial connective tissue
graft for the treatment of gingival recession. J. Periodontol, v. 77, p.
174-181, 2006.
6. BOWERS, G.M. A study of width of attached gingival. J Periodontol, v.
34, p. 201-209, 1963.
7. DE ROUCK, T. et al. The gingival biotype revisited: transparency of the
periodontal probe through the gingival margin as a method to
discriminate thin from thick gingival. J Clin Periodontol, v. 36, p. 428-
433, 2009.
8. EGHBALDI, A. et al. The gingival biotype assessed by experienced and
inexperienced clinicians. J Clin Periodontol; 36: 958-963, 2009.
9. EGER, T.; MÜLLER, H.P.; HEINECKE, A. Ultrasonic determination of
gingival thickness. Subject variation and influence of tooth type and
clinical features. J Clin Periodontol, v. 23, p. 839-845, 1996.
10. EGREJA, A.M.C. et al. Relationship between the zone of keratinized
tissue and thickness of gingival tissue in the anterior maxilla. Int J
Period Rest Dent, in press.
11. FU, J.H. et al. Tissue biotype and its relation to the underlying bone
morphology. J Periodontol, v.81, n. 4, p. 569-574, 2010.
12. GOASLIND, G.D. et al. Thickness of facial gingiva. J Periodontol, v. 48,
p.768-771, 1977.
13. HWANG, D.; WANG, H-L. Flap thickness as a predictor of root
coverage: a systematic review. J Periodontol, v. 77, p. 1625-1634, 2006
33
14. JANUÁRIO, A.L.; BARRIVIERA, M.; DUARTE, W.R. Soft tissue cone-
beam computed tomography: a novel method for the measurement of
gingival tissue and the dimensions of the dentogingival unit. J Esthe
Restor Dent, v. 20, n. 6, p. 366-374, 2008
15. KAN, J.Y.K. et al. Gingival biotipe assessment in the esthetic zone:
Zone visual versus direct measurement. Int J Period Rest Dent, v.30,
n.3, p.237-243, 2010.
16. KAO, R.T.; PASQUINELLI, K. Thick vs. Thin gingival tissue: a key
determinant in tissue response to disease and restorative treatment.
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17. KAO, R.T. et al. Thick vs. thin gingival biotypes: a key determinant in
treatment planning for dental implants. CDA Journal, v. 36, p.193-198,
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18. KATRANJI, A.; MISCH, K.; WANG, H-L. Cortical bone thickness in
dentate and edentulous human cadavers. J Periodontol, v. 78, p. 874-
878, 2007.
19. MAZELAND, G.R. The mucogingival complex in relation to alveolar
process height and lower anterior face height. J Periodont Res, v. 15,
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20. MAYNARD, J.G.; WILSON, R.D. Diagnosis and management of
mucogingival problems in children. Dent Clin North Am, v. 24, p. 683-
703, 1980.
21. MÜLLER, H. P.; EGER, T. Gingival phenotypes in young male adults. J
Clin Periodontol, v. 24, p. 65-71, 1997.
22. MÜLLER, H.P. et al. Thickness of mastigatory mucosa. J. Clin
Periodontol, v. 27, p. 431-436, 2000a.
23. MÜLLER, H.P. et al. Mastigatory mucosa in subjects with different
periodontal phenotypes. J. Clin Periodontol, v. 27, p. 621-626, 2000b.
24. OLSSON, M.; LINDHE, J.; MARINELLO, C. P. On the relationship
between crown form and clinical features of gingival in adolescents. J
Clin Periodontol, v. 20, p. 570-577, 1993.
25. SEIBERT, J.; LINDHE, J. Esthetics and periodontal therapy. In:
LINDHE, J. Textbook of Clinical Periodontology. Copenhagen:
Munksgaard, 1989, cap 19, p. 447-514.
26. VANDANA, K. L.; SAVITHA, B. Thickness of gingiva in association with
age, gender and dental arch location. J Clin Periodontol, v. 32, p. 828-
830, 2005.
ANEXOS
Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Veiga
de Almeida
APÊNDICE A
Nome do Paciente:
Identidade: Data de Nascimento: Telefone:
Endereço:
1. Toma algum medicamentos?
2. Já foi operado na região dos dentes antero-superiores?
3. Tem problema de coração ou pressão?
4. Tem diabetes?
5. Tem alguma doença infecto-contagiosa?
6. Possui alguma síndrome?
7. É fumante?
8. Já fez algum tratamento periodontal?
9. Está grávida?
Profundidade de sondagem
Data: 18
17
16
15
14
13
12
11
21
22
23
24
25
26
27
28
38
37
36
35
34
33
32
31
41
42
43
44
45
46
47
48
mv
v
PS
dv
ml
l
dl
Largura da faixa de gengiva
13 12 11 21 22 23
LFG
Espessura de gengiva
13 12 11 21 22 23
D V MD V MD V MM V DM V DM V D
APÊNDICE B
CARTA PARA OBTENÇÃO DO CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIMENTO
Caro(a) Senhor(a)
Eu, Sérgio Kahn, cirurgião dentista, portador do CPF 965400367-87, RG 06033401-9,
estabelecido na Rua Voluntários da Pátria, 48/105, CEP 22270-000, na cidade do Rio de
Janeiro, cujo telefone de contato é 21 7822-8803, vou desenvolver uma pesquisa cujo título é
“Avaliação da relação entre largura de faixa de gengiva e espessura gengival”.
Este estudo tem como objetivo avaliar se uma correlação positiva entre a largura de
faixa de gengiva e sua espessura.
Necessito que o(a) Sr(a) autorize a avaliação que consta de: uma avaliação clínica dos
dentes antero-superiores, tendo como parâmetros clínicos largura da faixa de gengiva,
profundidade de sondagem, espessura gengival, sendo esses registrados por um único operador.
Além disso, sua participação é importante para conhecer o comportamento do periodonto
quando submetido à injúria física, química ou bacteriana, ou ainda durante manipulação
cirúrgica. Com relação ao procedimento em questão, não existe melhor forma de obter.
Informo que o(a) Sr(a) tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, sobre
qualquer esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a
ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade
Veiga de Almeida, situado na Rua Ibituruna, 108 – Tijuca, fone 3234-3024 e comunique-se com
a Profª Dra. Mônica Medeiros de Britto Pereira.
Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer momento e
deixar de participar do estudo.
Garanto que as informações obtidas serão analisadas em conjunto com outras pessoas,
não sendo divulgada a identificação de nenhum dos participantes.
O(a) Sr(a) tem o direito de ser mantido(a) atualizado(a) sobre os resultados parciais das
pesquisas e, caso seja solicitado, darei todas as informações que solicitar.
Não existirão despesas ou compensações pessoais para o participante em qualquer fase
de estudo, incluindo exames e consultas. Também não compensação financeira relacionada à
sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento de
pesquisa.
Eu me comprometo a utilizar os dados coletados somente para pesquisa, e os resultados
serão veiculados através de artigos científicos, em revistas especializadas e/ou encontros
científicos e congressos, sem nunca tornar possível a sua identificação.
Em anexo, está o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para ser assinado caso
não tenha ficado qualquer dúvida.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito do estudo “Avaliação da relação
entre largura de faixa de gengiva e espessura gengival”. Ficaram claros para mim quais são os
propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, as garantias de confidencialidade e
de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro, também, que a minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia
do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer tempo.
Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuízo ou
perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido.
____________________________ Data_____/_____/_____
Assinatura do informante
Nome:
Endereço:
RG –
Tel:
____________________________ Data_____/_____/_____
Assinatura do(a) pesquisador
APÊNDICE C
Produção científica durante o periodo do mestrado
Artigos aceitos para publicação:
1. MENEZES, C.C. ; FIGUEREDO, C.M . A osteoporose e sua relação
com a perda óssea alveolar em pacientes com doença inflamatória
intestinal. Revista Ciências Médicas e Biológicas, 2010
2. MENEZES, C.C. ; KAHN. S ; EGREJA, A.M.C. ; ALVES JR, J. ;
MACHADO, W.M.S. Microcirurgia Periodontal - Uma visão brasileira.
RGO. Revista Gaúcha de Odontologia, 2009
3. KAHN, S.; EGREJA, A.M.C. ; MENEZES, C.C. . Enxerto de tecido
conjuntivo subepitelial associado a recessão gengival em pilares de
prótese fixa parcial- revisão de literatura e relato de caso clínico.
Revista Brasileira de Odontologia, 2009.
Resumos publicados em anais de congressos
1. IMPERIAL, R.C ; KAHN. S ; MENEZES, C. C. ; DIAS, A. T. . Relação
entre morfotipo periodontal e recobrimento radicular de recessões
gengivais localizadas classe I ou II de Miller. In: 26 Reunião Anual da
Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO), 2009, Águas
de Lindóia. Brazilian Oral Research, 2009. v. 23. p. 350-350.
2. MENEZES, C. C. ; KAHN. S ; DIAS, A. T. ; IMPERIAL, R.C ; EGREJA,
A.M.C. ; MACHADO, W.A.S. ; RODRIGUES, E. A. V. . Proposta de uma
classificação de morfotipo periodontal a partir da definição do volume de
gengiva inserida. In: 26 Reunião Anual da Sociedade Brasileira de
Pesquisa Odontológica (SBPqO), 2009, Águas de Lindóia. Brazilian Oral
Research, 2009. v. 23. p. 283-283.
3. DIAS, A. T. ; MENEZES, C. C. ; IMPERIAL, R.C ; EGREJA, A.M.C.;
RODRIGUES, E. A. V. ; MACHADO, W.A.S. ; KAHN. S . Avaliação da
relação entre largura da faixa de gengiva inserida e espessura gengival.
In: 26 Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica
(SBPqO), 2009, Águas de Lindóia. Brazilian Oral Research, 2009. v. 23.
p. 180-180.
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