estão inseridas, valorizando a participação popular, a sensibilização e
conscientização dos conflitos cotidianos ligados aos indicadores negativos do local,
como: violência urbana, familiar, social, para que estas não progridam.
Para o Ministério da Educação, aumentar o tempo do aluno dentro da escola
formal é uma meta que vem sendo seguida. Para que aconteça, foram lançadas
duas propostas: a primeira é o aumento de 25% no repasse dos recursos do Fundo
da Educação Básica – FUNDEB - para os municípios com projetos de ampliação do
tempo das crianças na escola; a segunda, apoia a capacitação dos professores para
a aplicação deste modelo que segue padrões da escola integral.
É necessário dar ênfase ao desenvolvimento de iniciativas e estratégias, tanto
no nível da escola formal, quanto na escola informal. Uma interpretação que se faz
presente hoje está relacionada ao nível de dificuldades que o país enfrenta para
aumentar os índices negativos na educação. Segundo o Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisa Educacional Anísio Teixeira – (INEP, 2007), na região Centro-
Oeste, Mato Grosso do Sul apresenta no ensino fundamental o índice de 20% de
reprovação na escola formal, ficando em segundo lugar, atrás apenas do Estado
nordestino de Sergipe com 20,7%, distante da média Nacional que é 13%. Dos 20%
reprovados em Mato Grosso do Sul, as escolas estaduais reprovaram 23,8%, as
municipais 19,8%, federais 12,3% e as privadas 3,1%.
Apresenta ainda o pior índice de aprovação da região Centro-Oeste na escola
formal, de 73,9%, sendo que a primeira é Goiás, com 83% de aprovação. Com
relação à evasão escolar ou abandono, Mato Grosso do Sul está em segundo lugar,
com 6,1%, ficando atrás apenas da região do Distrito Federal, com 2,5%.
Na Bolívia, o sistema educacional se apresenta por indicadores e estatísticas
realizadas pelo Setor do Ministério de Educação e Cultura, Indicadores e Estatísticas
Municipais (BOLÍVIA, 2010). Tomando por base o ano de 2006, na fase primária,
quando terminava a recuperação escolar, as taxas de reprovação subiram na área
rural: para as meninas, de 7,5% a 13% e, para os meninos, de 8,2% a 14%. De
maneira similar, nesse mesmo ano, na área urbana ocorreu um aumento
significativo: de 6% a 9,3% para as mulheres e 7,3% a 11,7% para os homens. Por
outro lado, a taxa de repetência no nível secundário não sofreu mudanças
significativas, que se manteve em 14% para as mulheres e 19% para os homens, na
área rural; na área urbana, a média foi de 16% para as mulheres e 18% para os
homens.