diferentes, ou seja, africano+brasileiro.
Afrodescendente
Para os povos africanos e seus descendentes, a ancestralidade ocupa um lugar especial,
tendo posição de destaque no conjunto de valores de mundo. Vincula-se à categoria de
memória, ao contínuo civilizatório africano que chegou aos dias atuais irradiando energia
mítica e sagrada. Integrantes do mundo invisível, os ancestrais orientam e sustentam os
avanços coletivos da comunidade. A ancestralidade redefine a alegria de partilhar um espaço
rodeado de práticas civilizatórias e o viver de nossos antepassados, conduzindo para um
processo de mudanças e enriquecimento individual e coletivo em que o sentimento e a paixão
estão sintonizados com o ser e o comportamento das pessoas (SOUZA, 2003). A
ancestralidade remete aos mortos veneráveis, sejam os da família extensa, da aldeia, do
quilombo, da cidade, do reino ou do império, e à reverência às forças cósmicas que governam
o universo, a natureza.
Classificação
racial
No Brasil os métodos do IBGE para classificar os grupos de cor/raça. Atualmente o Instituto
classifica as pessoas como sendo brancas, pretas, pardas, amarelas e indígenas. Houveram
na história dos recenseamentos várias mudanças. No censo de 1872 a população era
classificada como sendo branca, preta, parda e caboclo ( aqui se incluía os indígenas) . No
Censo de 1890 a cor parda foi substituída por mestiço . No Censo de 1940 temos novamente
a classificação dos pardos, junto a dos brancos, pretos e amarelos. Os indígenas foram
incluídos somente no censo de 1990. A classificação racial do IBGE meramente descritiva não
encontra na contemporaneidade, legitimidade por parte das pessoas que tenta representar.
Pretos e pardas não gostam de serem chamados por estes nomes. E, por outro, outras
definições de identidades estão sendo adotadas pela sociedade e pelas pessoas. Este é um
dos grandes debates que o Brasil enfrentará neste século segundo alguns especialistas em
estudos demográficos.
Cultura/Cultura
Negra
Conceito central das humanidades e das ciências sociais e que corresponde a um terreno
explícito de lutas políticas. Para Muniz Sodré, a demonstração de cultura está comprometida
com a demonstração da singularidade do indivíduo ou do grupo no mundo: “A noção de
cultura é indissociável da idéia de um campo normativo. Enquanto ela emergia, no Ocidente,
surgiam também as regras do campo cultural, com suas sanções – positivas e negativas”
(SODRÉ, 1988b). Podemos conceituar o termo cultura como estratégia central para a
definição de identidades e de alteridade no mundo contemporâneo, um recurso para a
afirmação da diferença e da exigência do seu reconhecimento e um campo de lutas e de
contradições.
Discriminação
racial
Segundo Pinski, discriminação é o preconceito em ação. Para Bento essa é a diferença entre
preconceito e discriminação racial. A Discriminação Racial implica na ação, no ato de
discriminar. Enquanto que o racimo e o preconceito encontram-se no âmbito das doutrinas. No
Brasil temos legislação que proíbe a discriminação racial, ou seja, o ato de alguém discriminar
outro alguém por conta de suas características étnico-raciais.
Diversidade
As educadoras Gomes & Silva nos indicam que “o trato da diversidade não pode ficar a critério
da boa vontade ou da implantação de cada um. Ele deve ser uma competência político-
pedagógica a ser adquirida pelos profissionais da educação culturais. Essa constatação indica
que é necessário repensar a nossa escola e os processos de formação docente, rompendo
com as práticas seletivas, fragmentadas, corporativistas, sexistas e racistas ainda existentes”.
Nesse sentido, afirma Nilma Lino Gomes: “Assumir a diversidade cultural significa muito mais
do que um elogio às diferenças. Representa não somente fazer uma reflexão mais densa
sobre as particularidades dos grupos sociais, mas, também, implementar políticas públicas,
alterar relações de poder, redefinir escolhas, tomar novos rumos e questionar a nossa visão
de democracia”.
Étnico/Etnia:
Refere-se a diferentes grupos raciais ou nacionais que se identificam, ou são identificados por
outros, em virtude de suas práticas, normas sistemas de crenças e/ou características
biológicas em comum. Ao serem denominados grupos étnicos, são implicitamente