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Implementar o modelo é a última etapa do processo; essa fase deve ser feita ou
acompanhada pela equipe que desenvolveu o modelo para garantir que as soluções obtidas
sejam transformadas corretamente em procedimentos operacionais (HILLIER; LIEBERMAN,
2006).
A implementação pode ser dividida em várias etapas: primeiramente, a equipe que
desenvolveu o modelo deve explicar de maneira simples, sem o uso de linguagens técnicas, o
novo sistema; em seguida, a equipe, junto com a gerência, deve desenvolver procedimentos
para colocar em prática as mudanças propostas (HILLIER; LIEBERMAN, 2006).
Na literatura de pesquisa operacional encontram-se livros e trabalhos como o de
Andrade (2004) e o de Silva et al. (1998) que acrescentam outras fases de um estudo de PO.
Porém, todos os processos apresentados são apenas modelos, já que “pela sua própria
natureza, a PO requer considerável dose de engenhosidade e de inovação, de forma que é
impossível colocar no papel qualquer procedimento padrão que sempre deve ser seguido pelas
equipes de PO” (HILLIER; LIEBERMAN, 2006, p. 22).
A pesquisa operacional, como mencionado anteriormente, é uma área do
conhecimento composta por diversas técnicas, dentre as quais se destacam: a programação
linear, a programação não-linear, a teoria das filas, a simulação, etc.
A programação linear é uma técnica matemática que envolve o planejamento de
atividades que competem entre si pela utilização de recursos escassos para se obter um
resultado ótimo de acordo com a função objetivo e as restrições definidas (HILLIER;
LIEBERMAN, 2006). Esta técnica será a base para o modelo proposto neste estudo, ela será
mais detalhada no decorrer do trabalho.
A programação não-linear segue os mesmos princípios da linear, utilizando os mesmos
conceitos de função objetivo, restrições e variáveis de decisão. Porém, esta técnica envolve a
resolução de atividades e funções que possuem relações desproporcionais entre si, ou seja,
que não são lineares, para isto lança mão de diversos tipos algoritmos matemáticos, como os
de programação quadrática, programação convexa, programação não-convexa, programação
geométrica, entre outros procedimentos que foram desenvolvidos para solucionar os
diferentes problemas de programação não-linear (CORRAR; THEÓPHILO, 2004; HILLIER;
LIEBERMAN, 2006).
A teoria das filas é uma técnica desenvolvida por Erlang que, através de modelos,
fornece subsídios para tratar de problemas de congestionamento de sistemas que possuem
clientes solicitando serviços limitados por restrições do próprio sistema (ANDRADE, 2004).