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mínimo desconforto (BECK et al., 2003), diminuição do uso de narcóticos (ROSA
JÚNIOR et al., 2003), período de hospitalização reduzido, realização da intervenção
enquanto é feito o diagnóstico, pequeno volume de sangramento no decorrer cirúrgico,
menor chance de “íleo adinâmico
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” no pós-operatório (BECK et al., 2003), menos
aderências, melhor aparência estética (CAMPOS, 2004), maior conservação da função
imunológica (COHEN et al., 2003), resposta endócrino-metabólica menor (PUPO e
LACOMBE, 2003), função pulmonar mais preservada (MACEDO, MEYER e PINHEIRO,
2004) e mínimos riscos de infecção e eventração (GLUNTZ et al., 1998).
Para RASHAL e INÁCIO (apud COELHO, MARCHESINI e MALAFAIA, 1995) e
Dallan (2004), apesar da cirurgia ser menos invasiva e apresentar diversas vantagens,
ela também impõe limitações ou desvantagens ao médico veterinário, como prejuízo de
sensibilidade táctil e da força, a necessidade de mais de um cirurgião para a realização
da técnica, além de dano de coordenação e destreza natural entre o movimento tanto
das mãos quanto da visão, requerendo neste caso o desenvolvimento de uma curva de
aprendizado.
Diante do exposto acima, é preciso muito treinamento para que as reivindicações
da técnica associem aptidão manual e desenvoltura motora e visual (REGADAS et al.,
2005).
Vale citar que o advento da endoscopia foi de muita ajuda para o ramo cirúrgico,
onde essa especialidade se dedicou a fazer diagnósticos de doenças através de
imagens produzidas por um endoscópio. O endoscópio é composto, basicamente, de
uma fonte de luz e alguma forma de visibilização da imagem, tornando os
procedimentos diagnósticos e terapêuticos menos invasivos e, obviamente,
promovendo menos dor e uma melhor recuperação do paciente (SWANSTROM, 2006).
Para CONTE (apud PINOTTI e DOMENE, 1993), o aumento evidente da
laparoscopia requer a obrigação de expandir e apurar o comando da técnica para não
afetar a segurança e a eficácia do procedimento, pois o sucesso dos resultados emana
do conhecimento daqueles que dela fazem uso, o que implica numa equipe
multidisciplinar clínica, endoscópica e cirúrgica.
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É a interrupção temporária dos movimentos contráteis do trato digestivo. Como a obstrução mecânica, o
íleo paralítico impede a passagem do conteúdo intestinal.