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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
MAIKEL POSSAMAI
DESEMPENHO, METABOLISMO E MICROBIOTA INTESTINAL DE LEITÕES
ALIMENTADOS COM RAÇÕES CONTENDO PROBIÓTICOS E SIMBIÓTICOS
Marechal Cândido Rondon
2010
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1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
MAIKEL POSSAMAI
DESEMPENHO, METABOLISMO E MICROBIOTA INTESTINAL DE LEITÕES
ALIMENTADOS COM RAÇÕES CONTENDO PROBIÓTICOS E SIMBIÓTICOS
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, como parte
das exigências do Programa de Pós-
Graduação stricto sensu em Zootecnia,
Área de Concentração “Produção e Nutrição
Animal”, para obtenção do título de “Mestre
em Zootecnia”.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Cesar Pozza
Co-Orientador: Prof.ª Dr.ª Magali Soares dos
Santos Pozza
Marechal Cândido Rondon
2010
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Aos meus pais Angelino e Marli, e minha família,
pelo apoio incondicional, amor e confiança.
DEDICO
1
AGRADECIMENTOS
À Deus, pela divina criação e bênçãos concedidas.
À Universidade Estadual do Oeste do Paraná, ao Programa de Pós-
Graduação em Zootecnia.
À ITAIPU - Binacional: financiadora do trabalho e à CAPES - Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pela concessão de bolsa.
Aos meus pais Angelino Possamai e Marli Teresinha Cardoso Possamai, às
minhas irmãs Luciani Possamai e família e Anelise Possamai e família, pelo amor
filial e por serem os alicerces em minha vida.
À minha vó Santa Ana Herculano Cardoso, pelo incentivo e exemplo de vida.
À Stefanie Scottini, pelo amor, companheirismo e apoio incondicional nos
momentos difíceis, obrigado.
Ao professor Paulo Cesar Pozza, pelos seus ensinamentos passados,
confiança na orientação no mestrado e, principalmente pela amizade e humildade.
À professora Magali Soares dos Santos Pozza pela valiosa co-orientação, aos
conselheiros professor Ricardo Vianna Nunes e Antonio Claudio Furlan. Pelas
sugestões, colaboração no enriquecimento deste trabalho e dignos profissionais.
Aos professores do mestrado, pela oportunidade concedida e qualidade no
ensino. Ao secretário Paulo Henrique Morsh, pela disposição e paciência.
Aos colegas, Doglas B. Lazzeri, Edson Richart, João de Morais Pereira
Junior, Leandro Dalcin Castilha, Liliane Borsatti, Marli Busanello, Mayara Rodrigues,
Mauríco Osvaldo Wochner pela colaboração durante o experimento. Em especial
André Cristiano Lohmann, Marcel Kague Schnoor e Tiago Pasquetti Junior, pela
amizade, conselhos e apoio.
Aos amigos Rafael e Mari Priesnitz, Ana Claudia Radiz, Raphael Pagliarini,
Wagner Mozer da Silva, Anderson Luiz de Carvalho, Eduardo Weimann, Carlos
Eduardo Marschal a família Simsen, aos Irmãos DeMolay`s e aos Tios Maçons.
Ao tio Iomar Bauermann e funcionários da fazenda experimental pelo auxílio
no experimento que embasou esta pesquisa.
E demais colegas que de alguma forma ajudaram na realização deste
trabalho e pela amizade no decorrer deste curso, a todos obrigado.
2
BIOGRAFIA
MAIKEL POSSAMAI, filho de Angelino Possamai e Marli Teresinha Cardoso
Possamai, nasceu dia 13 de maio de 1985, em Francisco Beltrão.
Em dezembro de 2007, diplomou-se em Zootecnia pela Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, Campus Marechal Cândido Rondon PR.
Em março de 2008 iniciou o Programa de Pós-graduação em Zootecnia, em
nível de Mestrado, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus
Marechal Cândido Rondon PR, concentrando seus estudos na área de Nutrição de
Monogástricos.
Em agosto de 2010 submeteu-se aos exames finais de defesa de dissertação,
para a obtenção do título de Mestre em Zootecnia.
3
RESUMO
MAIKEL POSSAMAI; Universidade Estadual do Oeste do Paraná; Julho de 2010;
Desempenho, metabolismo e microbiota intestinal de leitões alimentados
com rações contendo probióticos e simbióticos. Orientador: Dr. Paulo
Cesar Pozza, Co-orientadora: Dr.ª Magali Soares dos Santos Pozza.
Foram realizados dois experimentos para avaliar o efeito do uso de
probióticos e simbiótico em rações para leitões na fase de creche. O primeiro
experimento foi o de desempenho dos leitões dos 21 aos 35, dos 36 aos 49 dias e
no período total, sendo também realizada a contagem das bactérias cticas,
coliformes e clostrídios nas fezes dos leitões, aos 35 e 49 dias de idade. A
viabilidade econômica da utilização dos probióticos e simbiótico nas rações dos
leitões também foi avaliada. Foram utilizados 120 leitões, com 21 dias de idade, com
peso médio inicial de 5,80 ± 0,30 kg, distribuídos em um delineamento experimental
de blocos ao acaso, em um esquema fatorial constituído de dois níveis de
probióticos (0,30 e 0,60%) e três níveis de inclusão de inulina (0,00; 0,25 e 0,50%),
totalizando seis tratamentos com cinco repetições. No ensaio de metabolismo foram
utilizados 24 suínos machos castrados, com peso vivo médio inicial de 18,00 ± 0,38
kg, distribuídos individualmente em gaiolas de metabolismo, e o delineamento
experimental e tratamentos utilizados foram os mesmos descritos no experimento de
desempenho, com quatro repetições. Foram determinados os valores de energia
digestível, energia metabolizável, os coeficientes de digestibilidade e
metabolizibilidade da energia bruta e no final do ensaio metabólico foram coletadas
amostras de fezes, por meio de massagem retal, para determinar o pH fecal. A
inclusão do probiótico e inulina nas rações não influenciou (P>0,05) o desempenho
dos leitões, dos 21 aos 35 e dos 21 aos 49 dias de idade, o índice de custo, o índice
de eficiência econômica, a contagem de bactérias acidoláticas, coliformes e
clostrídios das fezes. No ensaio metabólico foi observado que a inclusão de
probiótico nas rações não influenciou na metabolizibilidade da energia. No entanto,
os níveis de inclusão de inulina reduziram (P<0,05) os valores de energia digestível
e o coeficiente de digestibilidade da energia bruta, mas não influenciaram no
coeficiente de metabolizibilidade da energia bruta. Os valores de pH fecal não foram
4
influenciados pela inclusão de probiótico e simbiótico. O uso de probiótico e inulina,
e sua associação, não alteraram o desempenho, a contagem de micro-organismos,
a viabilidade econômica e a metabolizibilidade da energia bruta de leitões dos 21
aos 49 dias de idade.
Palavras chave: Bifidobacterium bifidum, inulina, Lactobacillus acidophilus,
metabolizibilidade, suínos.
5
ABSTRACT
MAIKEL POSSAMAI; Universidade Estadual do Oeste do Paraná; Julho de 2010;
Performance, metabolism and gut microbiota of piglets fed diets
containing probiotics and symbiotics. Adviser: Dr. Paulo Cesar Pozza,
Committee member: Dr.ª Magali Soares dos Santos Pozza.
Two experiments were conducted to evaluate the effect of using probiotics and
symbiotic in piglets diets in the nursery phase. The first experiment was the
performance of piglets from 21 to 35, from 36 to 49 days and in total period, being
also held the count of lactic bacteria, fecal coliforms and clostridia in the piglets
faeces at 35 and 49 days old. The economic viability of probiotics and symbiotic used
in piglets diets was also evaluated. There were used 120 piglets, with 21 days old,
with initial average weight of 5.80 ± 0.30 kg, distributed in a randomized blocks
design, in a factorial scheme consisting of two levels of probiotics (0.30 and 0.60%)
and three levels of inulin inclusion (0.00; 0.25 and 0.50%), totalizing six treatments
with five replicates. In the metabolism trial were used 24 barrows, with average initial
weight of 18.00 ± 0.38 kg, distributed individualy in metabolic cages, and the
experimental design and treatments used were the same described in the
performance experiment, with four replicates. In this trial were determined the values
of digestible energy, metabolizable energy, the digestibility and metabolizability
coefficients of gross energy and at the end of metabolism trial, were collected fecal
samples, by means of retal massage to determine fecal pH. The inclusion of probiotic
and inulin in the diets did not influence (P>0.05) the performance of piglets, from 21
to 35 and from 21 to 49 days of age, the cost index, the index of economic efficiency,
the count of lactic bacteria, fecal coliforms and clostridia in the faeces. In the
metabolism trial was observed that the inclusion of probiotics in the diets did not
influence in the energy metabolization. Nevertheless, the levels of inclusion of inulin
reduced (P<0.05) the digestible energy and the digestibility coefficient of gross
energy, but did not influence in the coefficient of gross energy metabolization. The
pH fecal values were not influenced by the inclusion of probiotic and symbiotic. The
use of probiotic and inulin, and their association, did not change the performance, the
6
faeces microbial counts, the economic viability and gross energy metabolization of
piglets from 21 to 49 days old.
Keywords: Bifidobacterium bifidum, inulin, Lactobacillus acidophilus, metabolization,
pigs.
7
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Composição e níveis nutricionais das rações experimentais para
leitões dos 21 aos 35 dias de idade .......................................................................... 34
Tabela 2. Composição e níveis nutricionais das rações experimentais para
leitões dos 35 aos 49 dias de idade .......................................................................... 35
Tabela 3. Desempenho de leitões dos 21 aos 35, dos 36 aos 49 e dos 21 aos
49 dias de idade submetidos à rações com diferentes níveis de inclusão de
probiótico e inulina .................................................................................................... 41
Tabela 4. Número de unidades formadoras de colônias (UFC/g) de bactérias
acidoláticas, coliformes e clostrídios nas fezes de leitões, aos 35 e 49 dias de
idade, que receberam ração com diferentes níveis de inclusão de probiótico e
inulina na ração ......................................................................................................... 45
Tabela 5. Custo da ração (CR), índice de eficiência econômica (IEE) e índice
de custo (IC) em função da inclusão de probiótico e inulina em rações para
leitões dos 21 aos 35, dos 36 aos 49 e dos 21 aos 49 dias de idade ...................... 49
Tabela 6. Valores de energia bruta (EB), digestível (ED) e metabolizável (EM),
coeficientes de digestibilidade (CD) e metabolizibilidade (CM) da energia bruta
e relação EM:ED de rações com diferentes níveis de inclusão de probiótico e
inulina ........................................................................................................................ 51
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Valores de energia digestível (ED) em função dos níveis de inclusão
de inulina na ração .................................................................................................... 53
Figura 2. Coeficientes de digestibilidade da energia bruta (CDEB) em função
dos níveis de inclusão de inulina na ração ................................................................ 53
9
SUMÁRIO
RESUMO..................................................................................................................... 3
ABSTRACT ................................................................................................................. 5
LISTA DE TABELAS ................................................................................................... 7
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 8
SUMÁRIO.................................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 17
2.1 Fatores estressantes relacionados ao desmame de leitões ............................. 17
2.2 Estabelecimento e modulação da microbiota intestinal dos leitões e seus
efeitos sobre a saúde intestinal .............................................................................. 18
2.3 Probióticos, prebióticos e simbióticos na alimentação de leitões ..................... 24
2.4 Probiótico e prebiótico para suínos sobre a digestibilidade e metabolismo ...... 28
3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 33
3.1 Desempenho dos leitões submetidos a rações contendo probiótico e
simbiótico ............................................................................................................... 33
3.2 Digestibilidade e metabolizibilidade da energia bruta de rações contendo
probiótico e simbiótico para leitões ........................................................................ 38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 40
4.1 Desempenho dos leitões submetidos a rações contendo probiótico e
simbiótico ............................................................................................................... 40
4.2 Digestibilidade e metabolizibilidade da energia bruta de rações contendo
probiótico e simbiótico para leitões ........................................................................ 50
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 56
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 57
13
1 INTRODUÇÃO
A utilização de aditivos não nutricionais destacando-se antibióticos,
probióticos e prebióticos, que são classificados como promotores de absorção ou de
crescimento, são utilizados com finalidade de modificar beneficamente as
características químicas, físicas e microbiológicas, influenciando positivamente no
desempenho dos animais (BERTECHINI, 2006).
A inclusão de antibióticos na ração representa uma significativa melhora no
desempenho dos animais e quando usados em veis subterapêuticos, ou seja, em
quantidades inferiores às usadas para o tratamento de doenças especificas,
proporciona aumento no ganho de peso, melhora da conversão alimentar e redução
da mortalidade (FRANCO, 1999).
Os fatores externos ao trato digestório, como o estresse animal, o manejo e
as doses terapêuticas dos antibióticos devem ser observados no controle microbiano
com antibióticos, pois o uso incorreto pode resultar na seleção de bactérias
resistentes ao princípio ativo, e estas podem transferir rapidamente o material
genético para outras bactérias e para outras populações bacterianas de diferentes
gêneros e espécies (VAZ, 2009; CLOSE, 2000). Segundo Barcellos et al. (2009) o
uso terapêutico de antimicrobianos na suinocultura somente tornou-se um problema
devido ao uso incorreto destes medicamentos, devendo assim reduzir esse uso e
oferecer aos animais um ambiente adequado para alcançar uma boa produção.
Um dos problemas encontrados na indústria suinícola o os micro-
organismos enterotoxigênicos como a Escherichia coli que, após o desmame, gera o
aumento da mortalidade e baixo desempenho dos leitões. A forma tradicional de
controlar este problema é o uso de níveis subterapêuticos de antibióticos na ração
destes animais, no entanto, visando atender o mercado consumidor cada vez mais
exigente tem-se pesquisado e desenvolvido produtos saudáveis e naturais, como os
prebióticos e probióticos, com objetivo de combater a ação de bactérias patogênicas
e auxiliar no equilíbrio benéfico da microbiota do trato gastrintestinal (BHANDARI et
al., 2008; SILVA e NÖRNBERG, 2003).
Dessa forma, existe a necessidade de se encontrar substâncias alternativas
ao uso de antibióticos promotores de crescimento, como os probióticos, de acordo
com Gibson e Roberfroid (1995), que são definidos como suplementos alimentares
constituídos por micro-organismos que afetam beneficamente o hospedeiro, tais
14
como Bifidobacterium e Lactobacillus, que possuem propriedades promotoras de
saúde e são usados para alterar a composição e promover equilíbrio da microbiota
intestinal. No mesmo sentido, o uso de prebióticos, que são ingredientes alimentares
como carboidratos e alguns candidatos a prebióticos como peptídeos, proteínas e
lipídios, devido às suas estruturas químicas não são hidrolisados por enzimas
digestivas e nem absorvidos na parte superior do trato gastrintestinal de
monogástricos, atuando como nutriente e estimulam seletivamente o crescimento e
o metabolismo de um número limitado de micro-organismos no cólon, o que afeta
beneficamente a saúde do hospedeiro.
Uma variedade de micro-organismos tem sido utilizada como probióticos,
incluindo espécies de Bacillus, Bifidobacterium, Enterococcus, Lactobacillus,
Lactococcus, Streptococcus, e algumas leveduras, como o Saccharomyces. Os
gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium têm mostrado um grande potencial como
probiótico, tanto na alimentação humana, quanto na nutrição animal, gerando efeitos
benéficos para o hospedeiro (COLLINS e GIBSON, 1999).
Muitos mecanismos foram sugeridos sobre a ação dos probióticos, sendo que
Fuller (1989) divide estas ações em efeitos nutricionais, fisiológicos e
antimicrobianos, ou seja, uma competição com outros micro-organismos por
nutrientes e por sítios de adesão, o que estimula a imunidade do hospedeiro
aumentando os níveis de anticorpos e a atividade dos macrófagos. As bactérias
probióticas, através da atividade enzimática e a produção de compostos
antimicrobianos, alteram o metabolismo microbiano inibindo o crescimento de micro-
organismos indesejáveis.
Cross (2002) sugeriu vários processos em que os probióticos podem atuar no
trato digestório, o principal deles é a exclusão competitiva, em que o micro-
organismo probiótico ajuda a recompor a microbiota intestinal, através da adesão e
colonização da mucosa intestinal. Esta ação impede a adesão dos patógenos em
sítios de fixação e a utilização de nutrientes, impedindo sua ação patogênica,
produção de toxinas ou invasão das células epiteliais, oferecendo um grau de
proteção contra patógenos e, ao provocar irritação do epitélio intestinal, estimula a
imunidade do hospedeiro.
Conforme Guarner e Malagelada (2003) o mecanismo denominado como
exclusão competitiva pelos probióticos modula a microbiota intestinal ao competir
15
por sítios de adesão, nutrientes e produção de compostos antimicrobianos,
impedindo a colonização da mucosa intestinal por micro-organismos patogênicos.
Os prebióticos, por sua vez, são considerados ingredientes alimentares que
não são hidrolisados nem digeridos pela acidez e enzimas digestivas na parte
superior e proximal do trato gastrintestinal. Devido à característica das ligações
químicas β (2-1), entre as moléculas de açúcares, os prebióticos devem ser um
substrato seletivo para um número limitado de bactérias benéficas do cólon, as quais
terão crescimento e ou metabolismo estimulados para alterar a microbiota intestinal
e induzir a efeitos benéficos ao hospedeiro (DIONIZIO et al., 2002; COLLINS e
GIBSON, 1999).
Alguns oligossacarídeos possuem características para serem considerados
prebióticos, como os frutooligossacarídeos obtidos a partir de oligofrutoses e inulina,
galactooligossacarídeos, lactulose, lactitol e maltooligossacarídeo (TZORTZIS et al.,
2005).
Carboidratos como amidos resistentes, polissacarídeos não amiláceos e
constituintes da parede celular de plantas (hemicelulose, pectina e os
oligossacarídeos), conhecidos e chamados de alimentos funcionais por influenciar
nos processos metabólicos e fisiológicos do organismo, não possuem as
características prebióticas (GIBSON e ROBERFROID, 1995; NINESS, 1999).
Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA (1999) um
ingrediente alimentar pode ser considerado funcional quando consumido sem
restrição como parte da dieta, fornecendo um potencial para promover a saúde e
serem seguros para consumo, influenciando diretamente nos processos metabólicos
ou fisiológicos, promovendo o crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras
funções normais do organismo.
Neste sentido, os oligossacarídeos formados por frutanos do tipo inulina, com
ligações β (2-1) entre uma molécula de glicose terminal e uma cadeia linear de
frutose e ou oligofrutoses, são capazes de resistir à digestão e absorção sofrendo
fermentação no lon e podem promover mudanças significativas na composição da
microbiota e epitélio intestinal, reduzindo o número de bactérias potencialmente
nocivas, aumentando a absorção de nutrientes e modulando a secreção de
peptidases gastrointestinais (ROBERFROID, 2007).
16
Segundo Roberfroid (2007) ao combinar o alimento prebiótico com micro-
organismos probióticos surge o conceito de simbiótico, proposto para caracterizar
ingredientes alimentares funcionais com propriedades nutricionais prebióticas e
probióticas capaz de promover a saúde intestinal. Entretanto, devido a grande
diversidade e a composição da microbiota do intestino, e as diferentes propriedades
nutricionais dos alimentos funcionais, recentemente têm aumentado o interesse
sobre as propriedades do uso de probióticos, prebióticos e simbióticos.
Conforme descrito por Collins e Gibson (1999) o termo simbiótico refere-se à
combinação de micro-organismos com potenciais probióticos, juntamente com
substratos alimentares específicos, favorecendo a sobrevivência do probiótico e
auxiliando na eliminação de micro-organismos patogênicos do organismo, por
exemplo, combinações entre bifidobacteria juntamente com frutooligossacarídeos
(FOS) ou galactooligossacarídeos (GOS) e lactobacilos com lactitol ou lactulose.
Assim, a microbiota do trato gastrintestinal é dependente da dieta como a
principal fonte de substrato para o seu crescimento e metabolismo, dessa forma o
uso de probióticos, e ou simbióticos em rações para leitões, pode promover
condições para uma microbiota benéfica e estável, auxiliando na digestão do
alimento, absorção de nutrientes e inibe a proliferação de micro-organismos
patogênicos, proporcionando melhor desempenho e saúde para o hospedeiro
(STEFE et al., 2008).
Este trabalho teve como objetivo avaliar o uso de probiótico e simbiótico, em
diferentes níveis nas rações, sobre o desempenho, o metabolismo energético e a
microbiota intestinal de leitões dos 21 aos 49 dias de idade.
17
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Fatores estressantes relacionados ao desmame de leitões
Em condições práticas os leitões são desmamados entre 21 e 28 dias de
idade, com mais de 6 kg de peso vivo, tendo como objetivo principal passar de uma
dieta líquida láctea para uma dieta sólida, visando atender todas as necessidades
nutricionais que possui o leite da porca, rico em lipídeos, lactose e proteína, com um
ótimo perfil de aminoácidos (FILHO et al., 2006).
O desmame precoce de leitões desencadeia uma série de fatores
estressantes para o animal, pois a limitação no consumo de alimento, transição de
dieta líquida para uma dieta sólida, separação da matriz suína, a adaptação ao novo
manejo e o estresse sócio-ambiental, combinados com a imaturidade do sistema
digestório na produção de enzimas digestivas tem como consequências uma série
de alterações na fisiologia digestiva, impactos sobre o balanço imunológico e saúde
intestinal desses animais (FREITAS et al., 1995; SOBESTIANSKY et al., 1998).
De acordo com Kummer et al. (2009) alguns fatores podem influenciar no
desempenho produtivo de suínos como o desenvolvimento genético, manejo
sanitário, a nutrição, o ambiente e a interferência do homem. No entanto, cuidados
na fase de creche, dos 21 as 63 dias de vida, é fundamental para obter um melhor
desempenho do animal. Fatores como a idade do desmame, a qualidade do leitão e
a variação de peso dentro do mesmo lote devem ser considerados, pois uma menor
idade ao desmame resulta em aumento no mero de leitões terminados por ano,
porém influenciam em um maior desafio sanitário e varião de peso dentro do
mesmo lote. Os autores supracitados relataram que ao se desmamar leitões com 20
dias de idade observa-se uma redução nos problemas relacionados com o desmame
precoce.
Do mesmo modo, Cera et al. (1988) e Wu et al. (1996) observaram que o
desmame precoce de leitões leva à atrofia das vilosidades intestinais e diarréia,
capazes de provocar um drástico decréscimo no aporte de imunoglobulinas e
diminui a capacidade digestiva e absortiva de nutrientes essenciais, comprometendo
o futuro desempenho destes animais.
18
Os leitões desmamados precocemente são submetidos a fatores estressantes
entre eles se inclui o estresse psicológico, e fatores estressantes imunológicos,
aumentando a susceptibilidade da ação de agentes patogênicos. Logo após o
desmame a microbiota intestinal dos leitões não é estável, sendo um meio adequado
para o estabelecimento de uma população microbiana. Assim, a deficiência digestiva
e absortiva pós-desmame é prejudicial ao animal, sendo que a manutenção
inadequada do pH ácido reduz a atividade do pepsinogênio e consequentemente da
pepsina não havendo digestão das proteínas que, no intestino delgado, será
fermentada por micro-organismos patogênicos fortalecendo o seu crescimento,
causando lesões na mucosa intestinal e produzindo toxinas, o que leva a um quadro
de enterite (FERREIRA, 2001).
A imunidade é importante no desempenho do leitão desmamado e a
estabilidade do rebanho das porcas também tem a sua importância devido à
transmissão de imunidade passiva para os leitões através da amamentação e, de
acordo com Main et al. (2002), esta imunidade pode protegê-los até seis semanas
de vida. Desta forma, o desmame dos leitões com mais de 21 dias de idade irá
influenciar no desenvolvimento nas fases de creche e de terminação, no ganho
diário de peso, peso ao abate e taxa de mortalidade.
Todos estes fatores estressantes propiciam grandes alterações na microbiota
intestinal reduzindo a população de bactérias benéficas e aumentando as
patogênicas que produzem metabólitos tóxicos, causando inflamações na mucosa
intestinal do hospedeiro, ocasionando o surgimento de doenças e afetando no
desempenho animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
2.2 Estabelecimento e modulação da microbiota intestinal dos leitões e seus
efeitos sobre a saúde intestinal
O trato gastrintestinal desempenha muitas funções diferentes no organismo e
além das funções de digestão e absorção desempenha um importante papel de
defesa contra agentes patogênicos (SERVIN, 2004). A microbiota intestinal é
dependente da dieta como a principal fonte de alimento para seu metabolismo.
Desta forma, pequenas mudanças na composição da dieta pode ter efeitos sobre o
microbiota intestinal (BEDFORD e APAJALAHTI, 2001).
19
Segundo Morais e Neto (2003) a secreção ácida gástrica e as secreções
digestivas no intestino delgado, pancreática e biliar são consideradas um dos
principais fatores na regulação da microbiota intestinal por suprimir parte das
bactérias ingeridas. No entanto, as respostas imunes da mucosa intestinal
proporcionada por bactérias são fundamentais na produção da imunoglobulina A
(IgA) secretora, principal anticorpo produzido no intestino, a qual se diferencia da IgA
sérica pela capacidade de impedir a aderência de micro-organismos à superfície dos
enterócitos.
A colonização por bactérias do trato gastrintestinal do recém-nascido interage
com o sistema imunológico, se desenvolvendo e reconhecendo as bactérias
hospedeiras desejáveis e contribuindo para a saúde intestinal (SAKATA et al., 2005).
Os probióticos são reguladores do trato intestinal melhorando a saúde
intestinal e diretamente o desempenho dos animais, e o seu mecanismo de ação
complexo pode variar com fatores ambientais e condições físicas do animal
(TOURNUT, 1998).
As bifidobactérias, através de sistemas de fermentação, são capazes de
exercer um efeito inibitório sobre micro-organismos patogênicos como a Escherichia
coli e Clostridium perfringens, mas não necessariamente relacionadas somente com
a produção de ácido orgânicos. Conforme descrito por Gibson e Wang (1994)
algumas espécies de bifidobactérias são capazes de exercer mais de um
mecanismo de inibição, como excretar substâncias antimicrobianas com uma ampla
atividade inibitória sobre espécies dos gêneros Salmonella, Listeria, Campylobacter
e Shigella.
Ao nascimento uma pida colonização bacteriana na microbiota intestinal
dos leitões e a alimentação predispõe a uma disfunção enterocolite necrosante
(NEC), uma grave doença inflamatória gastrointestinal. Entretanto, Siggers et al.
(2008) observaram benefícios quanto ao uso de Bifidobacterium animalis e
Lactobacillus (acidophilus, casei, pentosus e plantarum) em dietas para leitões,
havendo uma redução da suscetibilidade da forma clínica da NEC que associada ao
desenvolvimento intestinal da mucosa, e ao aumento da relação vilo-cripta, dificultou
a colonização por micro-organismos com potencial patogênico (Clostridium
perfringens).
20
Ao avaliar o uso de probiótico constituído de Lactobacillus sp. em dietas para
leitões nas fases de aleitamento e de creche, Santos et al. (2003) não observaram
efeito do probiótico sobre a microbiota intestinal na contagem de Lactobacillus,
coliformes, Clostridium e Enterococcus.
No entanto, Rodrigues et al. (2007) verificaram que o uso de probiótico
composto por bactérias (Lactobacillus acidophilus, Enterococcus faecium e
Bifidobacterium bifidum) é eficaz por induzir uma resposta do sistema imune ao
aderir nas lulas do duodeno, competindo com organismos patogênicos e atuando
como antígenos para estimular as células da mucosa a segregar IgA, melhorando a
absorção dos nutrientes.
Siggers et al. (2008) observaram que leitões alimentados com ração contendo
uma mistura de probióticos (Bifidobacterium animalis e Lactobacillus spp)
apresentaram menor densidade de colonização pela bactéria patogênica Clostridium
perfringens e maior número de espécies de Lactobacillus spp associados aos
enterócitos ao longo das vilosidades intestinais, em relação aos animais que
receberam ração sem probióticos. Estes resultados sugerem que o uso de
probióticos promove a colonização de uma microbiota benéfica, capaz de limitar
disfunções, atrofia e a carga de patógenos na mucosa intestinal em leitões recém-
nascidos.
Ao avaliar dois níveis de probióticos constituído por Lactobacillus sp,
Enterococcus faecium, Bifidobacterium bifidum e Bacillus subtilis e dois princípios
ativos de antimicrobianos em dietas para leitões na fase de creche, dos 21 aos 63
dias de idade, Silva et al. (2007) não observaram diferença no desempenho dos
leitões, mas os probióticos, em relação aos antimicrobianos, proporcionaram
redução dos quadros de diarréia mostrando eficácia no equilíbrio da microbiota
intestinal.
muitos aspectos na utilização de Bifidobacterium sp relacionados com a
saúde, como o tratamento e prevenção de doenças inflamatórias intestinais,
proporcionando resistência contra infecções microbianas, com potencial na
prevenção do câncer, impacto na função imune, redução do colesterol sérico,
diminuição de bactérias intestinais e aumento da secreção de citocinas (molécula
envolvida na emissão de sinais entre as células durante as respostas imunes),
21
aumentando a produção de anticorpos (LEAHY et al., 2005; MORAES e COLLA,
2006).
A inclusão de carboidratos fermentáveis (oligofrutoses) em dietas para leitões
desmamados tem-se mostrado uma estratégia eficaz para controlar problemas com
o trato digestório. Em caso de esgotamento de carboidratos como fonte de energia
para os micro-organismos intestinais, a fermentação no intestino torna-se mais
proteolítica e o excesso de fermentação de proteína no intestino grosso leva ao
aumento da concentração de amônia no cólon, o que predispõe os leitões
desmamados precocemente à diarréia (PARTANEN e MROZ, 1999).
Para Seifert e Watzl (2007) a dieta contendo nutrientes essenciais, e
carboidratos não digeríveis, pode influenciar nas funções do sistema imune de
diferentes formas, principalmente aumentando a resistência a infecções causadas
por micro-organismos patogênicos. A ingestão de inulina e oligofrutose, por
exemplo, promove efeitos benéficos sobre a microbiota intestinal e no sistema
imunológico.
Awati et al. (2006) inferiram que a inclusão de polpa de beterraba, lactulose,
amido de trigo e inulina (carboidratos fermentáveis) na dieta de leitões não
influenciou nas concentrações de ácidos graxos voláteis (ácido acético, propiônico e
butírico) contido nas amostras de fezes e na digesta coletada em diferentes partes
do trato gastrintestinal. Entretanto, observaram menor concentração de amônia e
ácidos graxos de cadeia ramificada (ácido isobutírico e isovalérico) utilizados como
indicadores de fermentação da proteína, quando comparados com os animais que
não receberam carboidratos fermentáveis, concluindo que os micro-organismos
reduziram a quantidade de fermentação da proteína com o uso de carboidratos, o
que reduziu também a concentração de amônia fecal.
Em um experimento realizado por Kien et al. (2007) com leitões alimentados
com rações líquidas em substituição ao leite da matriz, contendo ou não prebiótico
(inulina), observaram que os animais alimentados com a inulina apresentaram
menores valores de pH no fluído luminal coletado no ceco em relação com aos
animais que receberam dieta sem a inclusão de prebiótico. Foi observado que o
butirato, produzido pela fermentação bacteriana de carboidratos normalmente
ingeridos pelos leitões, pode desempenhar um papel importante no crescimento das
vilosidades intestinais.
22
A inulina e a oligofrutose são considerados ingredientes alimentares
funcionais com baixo valor energético, que afetam os processos fisiológicos e
bioquímicos da microbiota intestinal, ao estimular o sistema imunológico do
organismo e diminuir os níveis de bactérias patogênicas, promovendo a saúde para
o hospedeiro. Kaur e Gupta (2002), em um estudo realizado com animais
alimentados com ração contendo inulina, observaram uma redução do pH do ceco e
aumento da quantidade de ácidos graxos de cadeia curta (acetato, butirato e
propionato). Este aumento esta relacionado à hiperplasia da mucosa e ao aumento
da espessura da parede intestinal, tanto no intestino delgado quanto no ceco e ainda
mostrou ser eficaz na redução da uréia sangüínea e níveis de ácido úrico, mantendo
um adequado balanço de nitrogênio.
A suplementação de inulina em dietas para animais pode estimular o sistema
imune e a absorção de nutrientes e minerais. Yasuda et al. (2006) observaram que a
utilização de inulina, como ingrediente funcional, melhora a absorção e a utilização
de ferro presentes em uma dieta a base de milho e farelo de soja para leitões,
aumentando as concentrações de hemoglobinas em até 28 % com a utilização de
dietas contendo 4 % de inulina. Esse efeito benéfico foi associado com as maiores
concentrações de ferro solúvel encontrado na digesta coletada no cólon distal, onde
também foi observado menores concentrações de sulfeto. Entretanto nenhum efeito
sobre o pH ou atividade da fitase digestiva foi observado em qualquer um dos
segmentos intestinais.
Em estudo realizado com leitões desmamados com 21 dias de idade, Budiño
et al. (2005) observaram que os leitões que receberam prebióticos apresentaram
maior densidade de vilos duodenais em relação aos que receberam dieta com
probiótico, entretanto o probiótico melhorou a recuperação na densidade dos
microvilos. Para explicar estes resultados os autores relacionam a maior
profundidade de cripta com a maior atividade proliferativa das células, permitindo
transformar as células epiteliais da cripta e compensar as perdas da altura de
vilosidades. O equilíbrio entre uma taxa de renovação constante de células e o
tamanho dos vilos pode significar uma manutenção adequada da mucosa intestinal e
o aumento na área de absorção, estes resultados reforçam o efeito de
frutoligossacarídeos prebióticos sobre a modulação da mucosa intestinal.
23
Segundo White et al. (2002) a eficácia dos mananoligossacarídeos
prebióticos, na alimentação dos suínos, não melhora a composição microbiológica
quanto aos coliformes totais, Escherichia coli, lactobacilos, Bifidobacterium spp.,
Clostridium perfringens e organismos anaeróbicos ou aerotolerantes. Os autores
relatam ainda que não foram observadas diferenças em relação a altura das
vilosidades intestinais.
Neste sentido, os resultados obtido por Konstantinov et al. (2004) indicaram
que a adição de carboidratos fermentáveis em dietas para leitões favorece o
crescimento de Lactobacillus reuteri e Lactobacillus amylovorus no lon e no íleo,
observando ainda que a inulina fornecida na dieta reduziu o pH no íleo dos leitões
quando comparado a animais que receberam polpa de beterraba e amido de trigo,
que apresentaram maior pH no íleo.
Bactérias do gênero Bifidobacterium sp e Lactobacillus sp, são capazes de
fermentar carboidratos insolúveis e não digeríveis, utilizado como nutrientes para o
seu crescimento e multiplicação. Yasuda et al. (2007) coletaram amostras de digesta
do estômago, jejuno, íleo, ceco e cólon de suínos jovens onde verificaram a
atividade de degradação da inulina. No entanto, encontraram maiores quantidades
de frutose e concentrações de sacarose na parte superior do trato gastrintestinal,
porém, grande parte da degradação da inulina ocorreu no ceco dos suínos
sugerindo que no ceco ocorre a maior parte da degradação da inulina devido à ação
de micro-organismos fermentadores.
Alguns carboidratos, como os galactooligossacarideo (GOS), possuem um
grande potencial prebiótico, com isso Tzortzis et al. (2005) compararam as
propriedades dos GOS e da inulina sobre a atividade microbiana in vivo e in vitro de
Bifidobacterium bifidum. Os autores observaram que o número de colônias de
bifidobactérias aumentou após a adição de GOS e que esta inibiu o crescimento de
bactérias patogênicas, como a Escherichia coli e Salmonella. Na avaliação em
leitões com 28 dias de idade, submetidos a dietas contendo 1,60% GOS; 4,00%
GOS e inulina, observaram que o GOS e a inulina promoveu um aumento de
lactobacilos e bifidobactérias nas amostras fecais, no entanto, 4% de GOS
resultaram em maior contagem de bifidobactérias e concentrações de ácido acético,
o que reduziu o pH no cólon, demonstrando o potencial prebiótico dos GOS e
seletividade para o crescimento de bifidobactérias.
24
Os prebióticos podem aderir a bactérias patogênicas evitando sua adesão e
colonização no epitélio intestinal, além disso, podem contribuir para a proliferação de
micro-organismos benéficos e estimulação das células do sistema imune,
promovendo o aumento de IgG no sangue, sendo que na mucosa intestinal a
secreção do anticorpo (IgA) impede a aderência de micro-organismos à superfície
dos enterócitos (KAMIMURA et al., 2006).
Ingredientes alimentares como a inulina estimulam o crescimento de
bifidobacteria intestinais em humanos e roedores, mas o seu efeito em suínos é
inconsistente. Loh et al. (2006) avaliaram o efeito da inulina sobre a microbiota
intestinal em suínos, entre 9 e 12 semanas de vida, alimentados com dietas a base
de trigo, cevada, glúten de trigo ou glúten de milho, com ou sem a suplementação
com 3% de inulina. Os autores observaram que a colonização por bifidobacteria no
cólon é independe da dieta basal, rica em fibra ou não, e que a inulina estimula a
colonização do cólon por bifidobacteria, influenciando na concentração de ácidos
graxos de cadeia curta, ao reduzir a concentração do acetato e aumentar a
concentração do butirato no cólon, no entanto, promoveu um aumento do pH.
Borsatti et al. (2006) avaliando o efeito probiótico e simbiótico (probiótico e
inulina) sobre a microbiota intestinal de leitões dos 21 a 35 dias de idade, concluíram
que o uso de probiótico composto por Lactobacillus acidophilus (3,5x10
11
UFC/kg),
Enterococcus faecium (3,5x10
11
UFC/kg) e Bifidobacterium bifidum (3,5x10
11
UFC/kg) proporcionaram maiores contagens de bactérias lácticas na digesta do
cólon (9,05) em relação ao tratamento contendo simbiótico (8,22), sendo que o
tratamento contendo antibiótico apresentou semelhança ao probiótico e simbiótico
(8,76). Os autores não observaram diferença entre os tratamentos para os valores
de contagem de coliformes e de pH na digesta coletada do cólon dos leitões.
2.3 Probióticos, prebióticos e simbióticos na alimentação de leitões
Os micro-organismos probióticos formam uma barreira antagônica a
colonização de bactérias patogênicas, mecanismo conhecido como exclusão
competitiva, através dos quais as bactérias intestinais, como os lactobacilos e
bifidobacteria, inibem a colonização por bactérias, competindo por sítios de
colonização, nutrientes, produção de compostos tóxicos, estimulação do sistema
25
imune e melhorando a saúde intestinal do hospedeiro. Estes efeitos proporcionam
melhor digestão e absorção de nutrientes, gerando bons resultados produtivos e
zootécnicos (HUAYNATE et al. 2006a). O aumento da colonização por bactérias
probióticas pode ser auxiliado pela alimentação específica com carboidratos que
possuam propriedades prebióticas (PATTERSON e BURKHOLDER, 2003).
No entanto, estatisticamente é pouco evidenciada essa melhoria no
desempenho, contudo apresenta efeitos benéficos na redução da incidência de
diarréia em pesquisas com leitões na fase de creche (PATTERSON e
BURKHOLDER, 2003; SIMON et al., 2001).
Segundo Bellaver (2000) os probióticos podem ser contituido de diferentes
misturas de bactérias ou leveduras vivas, administradas nas rações, para
estabelecer uma microbiota benéfica natural e competir com bactérias indesejáveis
no intestino, sendo que micro-organismos dos gêneros Streptococcus, Lactobacillus,
Bacillus e Saccharomyces têm sido utilizados em dietas para suínos, que favorece o
desenvolvimento de micro-organismos benéficos ao hospedeiro, a fim de melhorar o
desempenho quanto ao ganho de peso e eficiência alimentar. Além disso, os
probióticos podem competir e inibir o crescimento da Escherichia coli, através da
formação de lactato que altera o pH intestinal.
Alguns resultados como os obtidos por Taras et al. (2006), que ao
compararem leitões que receberam dietas contendo probiótico (Enterococcus
faecium) com leitões do grupo controle que não receberam probiótico, mostratarm,
aos 42 e 49 dias de idade, melhores pesos médios para o grupo controle, porém aos
56 dias apresentaram pesos médios semelhantes, sendo que o único benefício do
uso de probióticos foi a melhoria na conversão alimentar aos 56 dias de idade.
Ao avaliar leitões que receberam dietas contendo probiótico ou não, Silva et
al. (2006) observaram que dos 21 aos 63 dias de idade os animais que receberam
probiótico apresentaram melhores resultados de conversão alimentar em relação ao
grupo controle, no entanto, o ganho diário de peso, o consumo diário de ração e o
peso médio foi semelhante entre os tratamentos. A inclusão de probiótico apontou
ser a melhor dieta em relação ao Índice de Eficiência Econômica e de Custo.
Segundo os autores estes resultados podem ser conflitantes, mas foram positivos e
dependentes do desafio sanitário, da composição da ração e o manejo alimentar o
qual estes animais foram submetidos.
26
Cepas de Bacillus cereus foram utilizadas por Alexopoulos et al. (2001) que
obtiveram resultados satisfatórios com o uso de probióticos, produzindo efeitos
positivos sobre a menor incidência de diarréia, sobrevivência e desempenho de
leitões ao nascimento e no crescimento, os quais receberam dietas contendo
probiótico (Bacillus cereus) juntamente com as matrizes suínas durante a gestação e
maternidade.
Fedalto et al. (2002) avaliaram o desempenho de leitões desmamados aos 23
dias de vida recebendo dietas suplementadas com antibiótico, probiótico ou
associado (antibiótico + probiótico) em relação a um grupo controle sem promotor de
crescimento. Até os 63 dias de idade os autores não observaram diferenças no
ganho diário de peso e na conversão alimentar entre os tratamentos.
Os micro-organismos probióticos podem se isolados do próprio animal, porém
as combinações e o número de micro-organismos podem trazer benefícios para o
hospedeiro ou contribuir para uma competição por nutrientes com o trato intestinal,
dependendo da idade do animal, do nível de estresse e do ambiente em que vive.
Ao avaliar grupos de leitões que receberam antibiótico (bacitracina de zinco) ou
probiótico isolado dos próprios animais (2,5 X 10
8
UFC/ml de Lactobacillus sp),
Santos et al. (2002) não observaram diferenças no desempenho de leitões dos 21
aos 49 dias de vida em comparação aos animais que não receberam estes
tratamentos.
A adição de carboidratos fermentáveis tem mostrado eficácia no aumento da
diversidade bacteriana e na mais rápida estabilização da microbiota intestinal em
leitões recém-desmamados, favorecendo melhorias na saúde do animal e no seu
desempenho (PARTANEN e MROZ, 1999).
Visentini et al. (2008) avaliando o desempenho de leitões dos 21 aos 63 dias
de idade, alimentados com dietas contendo ou não com frutooligosacarídeos e
antibiótico, observaram que a adição de prebiótico não afetou o consumo e o ganho
diário de peso dos leitões, mas os animais alimentados com antibióticos
apresentaram melhores resultados produtivos.
Pierce et al. (2005) observaram que a inclusão de inulina e ácido lático, em
dieta para leitões desmamados, promoveu maiores estímulos no aumento da altura
das vilosidades do jejuno, na proliferação de lactobacilos no cólon e no ganho diário
27
de peso dos leitões, quando comparado ao efeito da dieta somente com inulina,
indicando a importância da altura dos vilos para o desempenho de suínos.
Apesar dos efeitos benéficos da adição de prebióticos na alimentação animal
existem muitos resultados inconsistentes. Alguns trabalhos como o apresentado por
Kien et al. (2007), utilizando leitões com 18 dias de idade e alimentados com rações
liquidas contendo ou não inulina, não observaram efeito no desempenho quanto ao
ganho de peso, no entanto, observaram maior desenvolvimento das vilosidades
intestinais dos leitões. No entanto, Lanthier et al. (2006) utilizaram inulina em dietas
para leitões e também não observaram diferença no desempenho dos 28 aos 42
dias de idade.
Com o objetivo de avaliar os efeitos do uso de prebióticos (0,1%
mananoligossacarídeo e 0,1% frutoligossacarídeo) em rações para suínos, Bellé et
al. (2009) não verificaram diferenças no desempenho dos animais na fase de
crescimento e terminação e também para as características sensoriais e de
qualidade da carne quanto ao pH da carne, espessura do toucinho, profundidade de
lombo, cor, marmoreio e perda de água por gotejamento, quando comparado com o
uso do antibiótico apramicina.
Utiyama et al. (2006) o observaram alterações na frequência de diarréia,
modificações na microbiota intestinal e no desempenho de leitões, dos 21 aos 49
dias de vida, independente do uso de antimicrobiano, probiótico, prebiótico e de
extratos vegetais (alho, cravo, canela, pimenta, tomilho, cinamaldeído e eugenol). O
prebiótico, por sua vez, proporcionou aos leitões dos 21 aos 35 dias de vida
desempenho equivalente ao tratamento que recebeu antimicrobiano devido ao maior
consumo diário de ração, porém não houve interferência na conversão alimentar.
Segundo os autores este desempenho dos animais pode estar relacionado à ação
do mananoligossacarídeo (prebióticos) sobre a resposta imune.
Ao avaliar o efeito de probiótico e/ou prebiótico adicionados à ração de
matrizes suínas, sobre o desempenho dos leitões durante o aleitamento, Barros et
al. (2008) observaram que a adição de prebiótico durante o aleitamento promoveu
um aumento no ganho de peso dos leitões de 0 a 14 dias de idade, mas no período
de 15 a 21 dias de idade os melhores resultados foram observados para os animais
dos tratamentos com probiótico e simbiótico. Em relação à viabilidade econômica, a
28
adição de probiótico teve o melhor índice de eficiência econômica com o menor
custo médio na alimentação das matrizes.
Junqueira et al. (2009) realizaram estudos sobre a influência de antibiótico,
gluconato de sódio (fermentado por Lactobacillus e Bifidobacteruium), prebiótico,
probiótico e simbiótico em dietas para suínos na fase de creche, crescimento e
terminação, observando que o simbiótico foi mais eficiente, pois promoveu os
melhores resultados de ganho de peso e conversão alimentar. No geral os animais
alimentados com prebiótico, probiótico e simbiótico apresentaram maior ganho de
peso em relação aos tratamentos sem promotores de crescimento ou com
antibiótico. Este resultado, segundo os autores, pode ser explicado pela melhor
absorção dos nutrientes aliada ao menor gasto de energia para manutenção do trato
gastrintestinal.
Ao realizar um experimento com leitões desmamados com 23 dias de idade,
Sanches et al. (2006) concluíram que a inclusão de probiótico (Bacillus subtillis),
prebiótico (mananoligossacarídeo), simbiótico ou antibiótico (Olaquindox) na
alimentação de leitões na fase de creche, proporcionou desempenho semelhante
entre os tratamentos.
2.4 Probiótico e prebiótico para suínos sobre a digestibilidade e metabolismo
Para melhor evidenciar os benefícios no aproveitamento de nutrientes com a
utilização de probióticos em dietas para leitões, Huaynate et al. (2007) visando à
menor contaminação das amostras observaram que independente da metodologia
para coletar fezes, seja diretamente do reto do animal ou da caixa coletora da gaiola
de metabolismo, as amostras podem ser utilizadas em estudos de metabolismo para
a obtenção de bons resultados para estimar a utilização de nutrientes da dieta.
Silva e Nörnberg (2003) relataram que os compostos prebióticos podem atuar
na modulação da mucosa intestinal beneficiando o hospedeiro através de melhorias
nos processos de digestão e absorção de nutrientes e estimulação do sistema imune
da mucosa intestinal. Entretanto, nem todos os compostos formados por
oligossacarídeos (celulose, hemicelulose e alguns amidos resistentes a ação de
enzimas) têm potenciais prebióticos e a modulação intestinal é dependente da
29
composição dos ingredientes utilizados nas dietas, sendo que a resposta biológica
do animal pode ser devido a fatores inerentes à nutrição, como o estresse animal.
Em um estudo realizado por Chiquieri et al. (2007) observou-se que suínos na
fase de crescimento, alimentados com dietas contendo probiótico, prebiótico e ou
antibiótico, independente do tratamento não influenciou no aumento das vilosidades
duodenais e na absorção de nutrientes.
Ao avaliarem suínos alimentados com dietas contendo probiótico à base de
Bacillus toyoi, prebiótico à base de oligossacarídeos, simbiótico ou antibiótico
(avilamicina), Junqueira et al. (2009) observaram que o probiótico promoveu um
melhor equilíbrio na manutenção do trato gastrintestinal e os animais se tornaram
mais eficientes em digerir os alimentos e utilizar os nutrientes da dieta.
A ação de micro-organismos no trato digestório influencia a digestibilidade e
disponibilidade de alguns nutrientes da dieta, como a de proteínas e gorduras, sendo
que a fermentação de produtos lácteos por bactérias pode aumentar a concentração
de determinados nutrientes, como vitaminas do complexo B (KOPP-HOOLIHAN,
2001).
Em um experimento realizado por Budiño et al. (2004) onde avaliaram leitões
desmamados com 21 dias de idade e alimentados com dietas contendo antibiótico
(bacitracina de zinco 15%), probiótico (Bacillus licheniformis e Bacillus subtilis),
prebiótico (frutoligossacarideo), simbiótico ou sem a adição de promotores de
crescimento, observaram que independente do promotor de crescimento não houve
alteração na atividade das dipeptidases, sacarase e maltase da mucosa intestinal de
leitões. No entanto, foi observado um aumento na atividade da sacarase e maltase
nos leitões que receberam dieta com prebiótico, entre os 7 e 14 dias s-desmame.
Os autores concluíram que o uso de prebiótico, probiótico ou simbiótico em dietas
para leitões não influenciou diretamente na digestão de nutrientes, mas
proporcionou melhores condições para que houvesse melhor digestão e absorção
de nutrientes.
Rodrigues et al. (2009) não observaram diferenças significativas referente aos
níveis de inclusão de probióticos em rações para leitões na fase de creche quanto
ao balanço de nitrogênio, porém, verificaram que o aumento na inclusão de
prebiótico (inulina) nas dietas influenciou no aumento do nitrogênio excretado nas
fezes dos leitões, o que reduziu a digestibilidade do nitrogênio. Segundo os autores
30
a excreção de nitrogênio nas fezes está relacionada inversamente com a
digestibilidade e proporcional a uma maior atividade bacteriana no intestino, o que
aumenta a excreção de nitrogênio incorporado pelas bactérias.
Ao avaliar a digestibilidade de nutrientes, a excreção nitrogênio, a microbiota
intestinal e produção de ácido graxos voláteis (AGV) em suínos alimentados com
dietas contendo dois níveis de proteína e ou inulina, Lynch et al. (2007) observaram
que o uso de inulina resultou em um aumento na concentração de bifidobactérias no
ceco e cólon o que reduziu as contagens de Enterobacteria sp., assim como
promoveu aumento da excreção fecal de nitrogênio e diminuiu o nitrogênio da urina,
indicando que a inulina tem a capacidade de manipular a microbiota intestinal mas
não houve efeito sobre a concentração de AGV, no pH intestinal e nos coeficientes
de digestibilidade das dietas em relação a energia bruta.
O interesse pelos efeitos da fermentação de carboidratos, como a inulina ou
oligofrutose no intestino delgado e no cólon é associado com alterações metabólicas
na digestão e melhorias na saúde do trato digestório. Estes substratos alimentares
no cólon são fermentados por bactérias específicas principalmente pelas
bifidobactérias e lactobacilos, sendo aproveitados como ácidos graxos de cadeia
curta e, ao mesmo tempo, estimulam a microbiota intestinal. Segundo Wong e
Jenkins (2007) este processo pode ter efeitos metabólicos importantes no intestino
possivelmente relacionados com a fermentação, na produção de ácidos graxos de
cadeia curta e a estimulação de certas populações da microbiota do cólon, o que
pode contribuir para a biotransformação de alimentos aumentando a disponibilidade
de nutrientes para o organismo.
A manipulação dietética com substratos fermentáveis, especialmente frutanos
do tipo inulina, pode modular a absorção de nutrientes, pois Coxam (2007) relatou
que estes substratos são resistentes à hidrólise por enzimas em mamíferos e são
fermentados no intestino grosso por bactérias específicas, produzindo ácidos graxos
de cadeia curta que, por sua vez, reduzem o pH luminal e modificam a solubilidade
luminal, exercendo um efeito direto sobre as vias de transporte das mucosas.
Pouco ou nenhuma inulina é detectável nas fezes, pois o metabolismo no
cólon através da fermentação de bactérias anaeróbias é quase completo,
produzindo ácidos graxos de cadeia curta, ácido láctico e gases, incluindo
hidrogênio, dióxido de carbono e metano (RIZKALLA et al., 2000).
31
Algumas bactérias probióticas, quando fermentam carboidratos, produzem
ácidos graxos de cadeia curta que quando absorvidos auxiliam na manutenção de
um pH apropriado no lúmen do cólon, protegendo contra mudanças na mucosa e
contribui elevando a energia disponível no lúmen (WOLLOWSKI et al., 2001).
Os prebióticos podem inibir a proliferação de bactérias patogênicas o que
possibilita a colonização por bactérias benéficas, havendo uma melhora na absorção
de nutrientes. Santos (2010), avaliando leitões dos 22 a 63 dias de idade,
alimentados com rações contendo ou não diferentes níveis de prebiótico
(mananoligossacarídeo) e com antibiótico, observou que independente do
tratamento as variáveis de ganho diário de peso, consumo diário de ração e
conversão alimentar não foram influenciadas. A altura das vilosidades, profundidade
das criptas e a relação vilo-cripta avaliados no duodeno e jejuno dos leitões também
não apresentaram diferenças entre os tratamentos. A utilização de níveis de
prebióticos nas dietas dos leitões não promoveu melhorias na digestibilidade em
relação ao coeficiente de digestibilidade da energia bruta e coeficiente de
metabolizibilidade da energia bruta das rações. Em resumo os autores relataram que
o prebiótico não influenciou no desempenho, na digestibilidade dos nutrientes e na
modulação do trato digestório.
Estudos demonstraram que ácidos graxos de cadeia curta, produzidos pela
fermentação bacteriana e absorvido pelo sangue pode ter um efeito inibitório na
síntese hepática de colesterol e produção de triglicerídeos (gordura). A inulina,
ingrediente fermentável, tem o mesmo efeito de algumas fibras dietéticas solúveis e
pode modular a concentração de lipídios no sangue e reduzir a densidade calórica
dos alimentos, ou seja, parte das gorduras e açúcares utilizados nos alimentos,
que o conteúdo calórico da inulina é 4,13 kJ / g ou 1 kcal / g (DAVIDSON e MAKI,
1999), enquanto que 1 g de lipídeo produz 9 kcal e 1 g de carboidrato digestível
produz 4 kcal de energia (BERTECHINI, 2006).
Ao avaliarem diferentes níveis de probióticos (0, 100, 200 e 300 ppm), em
rações para leitões dos 22 aos 44 e dos 45 aos 68 dias de idade, Huaynate et al.
(2006b) o observaram diferenças quanto à excreção de nitrogênio, no entanto,
observaram menor excreção do cálcio na fase inicial e em todo o período
experimental nos animais que receberam alimento contendo 300 ppm de probiótico.
32
Segundo os autores o probiótico propiciou melhor equilíbrio da microbiota intestinal,
o que favoreceu uma melhor absorção de alguns de minerais.
Os oligossacarídeos não digestíveis aumentam a absorção de alguns
minerais sendo que os frutanos do tipo inulina, incluindo derivados de sacarose,
estimulam a absorção óssea de minerais quando combinado com lactobacilos
probióticos e na presença de antibióticos. Essa estimulação da absorção pode ser
mais pronunciada em animais jovens, quando a demanda de minerais for elevada. O
mecanismo adotado pelos frutanos, do tipo inulina, inclui o efeito de acidificação do
lúmen intestinal por ácidos graxos de cadeia curta aumentando a solubilidade dos
minerais no intestino e o alargamento da superfície de absorção, aumentando assim
a expressão de cálcio vinculado a proteína, principalmente no intestino grosso,
melhorando a saúde do tubo digestório incluindo a estabilização da microbiota
intestinal e redução de inflamações (SCHOLZ-AHRENS e SCHREZENMEIR, 2007).
Segundo Saad (2006) os carboidratos estruturais como as fibras alimentares,
a inulina e a oligofrutose influenciam na digestão e absorção de nutrientes através
de efeitos na motilidade do trato digestório ao atrasar o esvaziamento gástrico e
diminuir o tempo de passagem da dieta no intestino delgado.
Um dos fatores que pode influenciar na digestibilidade da ração é o tempo de
permanência da digesta no intestino, qual decresce quando maior o consumo de
ração, pois quanto mais alimento ingerido piora a relação enzima-substrato, levando
a uma redução na digestibilidade. Huaynate et al. (2006a) ao avaliarem leitões
alimentados com dietas suplementadas ou não com probióticos, dos 22 aos 68 dias
de idade, observaram que o tratamento com probiótico foi eficiente em manter os
coeficientes de digestibilidade mesmo com o aumento no consumo de ração.
Segundo os autores os micro-organismos probiótico pode ter auxiliado na digestão e
absorção dos nutrientes por secretar enzimas digestivas como a amilase, protease e
lipase.
33
3 MATERIAL E MÉTODOS
Foram realizados dois experimentos para avaliar os níveis de inclusão de
probiótico e simbiótico em rações para leitões, sendo o primeiro de desempenho,
realizado na creche demonstrativa e experimental, e o segundo de digestibilidade
realizado na sala de metabolismo de suínos, localizadas na Fazenda Experimental
“Profº. Antônio Carlos dos Santos Pessoa” da Universidade Estadual do Oeste do
Paraná - UNIOESTE, no município de Marechal Cândido Rondon.
3.1 Desempenho dos leitões submetidos a rações contendo probiótico e
simbiótico
Foram utilizados 120 leitões com 21 dias de idade, por ocasião da desmama
com peso médio inicial de 5,80 ± 0,30 kg, distribuídos em um delineamento
experimental de blocos ao acaso em um esquema fatorial 2 x 3, constituído de dois
níveis de probióticos (0,30 e 0,60%) e três níveis de inclusão de inulina (0,00; 0,25 e
0,50%), totalizando seis tratamentos com cinco repetições. A unidade experimental
foi representada pela baia onde foram alojados quatro animais, dois machos
castrados e duas fêmeas.
Os leitões foram distribuídos em lotes uniformes conforme o peso individual
inicial e alojados em baias suspensas, dotadas de comedouros semi-automáticos,
bebedouros tipo chupeta e piso de plástico vazado, em um galpão de alvenaria com
piso de concreto e telhas de cerâmica.
Os leitões receberam ração pré-inicial I dos 21 aos 35 dias (Tabela 1), e pré-
inicial II dos 35 aos 49 dias de idade (Tabela 2), sendo que as rações e à água
foram fornecidas à vontade. As rações experimentais foram formuladas visando
atender as exigências nutricionais dos animais na fase pré-inicial I e II, seguindo as
recomendações mínimas descritas por Rostagno et al. (2005).
O probiótico comercial utilizado nas rações era composto de Lactobacillus
acidophilus (3,50 x 10
11
UFC/kg), Enterococcus faecium (3,50 x 10
11
UFC/kg) e
Bifidobacterium bifidum (7,00 x 10
11
UFC/kg). Como prebiótico foi utilizado a inulina,
caracterizada por carboidratos não digeríveis com sua estrutura formada por
frutooligossacarídeos, ou seja, um polímero de moléculas de frutose unidas a uma
molécula de glicose terminal por ligações β - 2,1.
34
Tabela 1 Composição e níveis nutricionais das rações experimentais para leitões
dos 21 aos 35 dias de idade
Probiótico
0,60
Inulina
0,00
0,25
0,50
0,00
0,25
0,50
Milho
53,57
53,57
53,57
53,57
53,57
53,57
Farelo de soja
7,59
7,59
7,59
7,59
7,59
7,59
Soro de leite em
16,00
16,00
16,00
16,00
16,00
16,00
Plasma spray dried
6,00
6,00
6,00
6,00
6,00
6,00
Farinha de peixe
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
Glúten de milho
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
Óleo de Soja
1,80
1,80
1,80
1,80
1,80
1,80
Açúcar
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
Calcário calcítico
0,14
0,14
0,14
0,14
0,14
0,14
Fosfato bicálcico
1,75
1,75
1,75
1,75
1,75
1,75
Óxido de zinco
0,35
0,35
0,35
0,35
0,35
0,35
Cloreto de colina (60%)
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
L - lisina HCL
0,58
0,58
0,58
0,58
0,58
0,58
DL - metionina
0,23
0,23
0,23
0,23
0,23
0,23
L - treonina
0,24
0,24
0,24
0,24
0,24
0,24
L - triptofano
0,08
0,08
0,08
0,08
0,08
0,08
Antioxidante
1
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
Ácidos orgânicos
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
Mistura vitamínica
2
0,12
0,12
0,12
0,12
0,12
0,12
Mistura mineral
3
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
Probiótico
0,30
0,30
0,30
0,60
0,60
0,60
Inulina
0,00
0,25
0,50
0,00
0,25
0,50
Inerte
4
0,80
0,55
0,30
0,50
0,25
0,00
Composição Calculada
5
Energia Metabolizável (kcal/kg)
3.325
3.325
3.325
3.325
3.325
3.325
Proteína Bruta (%)
19,00
19,00
19,00
19,00
19,00
19,00
Cálcio (%)
0,89
0,89
0,89
0,89
0,89
0,89
Fósforo Disponível (%)
0,56
0,56
0,56
0,56
0,56
0,56
Sódio (%)
0,36
0,36
0,36
0,36
0,36
0,36
Potássio (%)
0,71
0,71
0,71
0,71
0,71
0,71
Cloro (%)
0,29
0,29
0,29
0,29
0,29
0,29
Lisina Digestível (%)
1,52
1,52
1,52
1,52
1,52
1,52
Met. + Cist. Digestível (%)
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
Metionina Digestível (%)
0,52
0,52
0,52
0,52
0,52
0,52
Treonina Digestível (%)
0,96
0,96
0,96
0,96
0,96
0,96
Triptofano Digestível (%)
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
0,26
Lactose (%)
12,00
12,00
12,00
12,00
12,00
12,00
1
BHT: Butil Hidroxitolueno;
2
Conteúdo/kg: ferro 100 g; cobre 10 g; cobalto 1 g; manganês 40 g; zinco
100 g; iodo 1,5 g; e veículo q.s.p 1000 g.
3
Conteúdo/kg: vit. A, 10.000.000 U.I.; vit. D
3
, 1.500.000 U.I.;
vit. E, 30.000 U.I.; vit. B
1
, 2,0 g; vit. B
2
, 5,0 g; vit. B
6
, 3,0 g; vit. B
12
, 30.000 mcg; ácido nicotínico
30.000 mcg; ácido pantotênico 12.000 mcg; vit. K
3
, 2.000 mg; ácido fólico 800 mg; biotina 100 g e
veículo q.s.p 1.000 g.
4
Areia.
5
Valores obtidos de Rostagno et al. (2005).
35
Tabela 2 Composição e níveis nutricionais das rações experimentais para leitões
dos 35 aos 49 dias de idade
Probiótico
0,30
0,60
Inulina
0,00
0,25
0,50
0,00
0,25
0,50
Milho
56,66
56,66
56,66
56,66
56,66
56,66
Farelo de soja
21,00
21,00
21,00
21,00
21,00
21,00
Soro de leite em
6,00
6,00
6,00
6,00
6,00
6,00
Farinha de peixe
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
4,00
Glúten de milho
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
3,00
Óleo de Soja
2,70
2,70
2,70
2,70
2,70
2,70
Açúcar
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
2,00
Sal comum
0,34
0,34
0,34
0,34
0,34
0,34
Calcário calcítico
0,31
0,31
0,31
0,31
0,31
0,31
Fosfato bicálcico
1,45
1,45
1,45
1,45
1,45
1,45
Cloreto de colina (60%)
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
0,20
L - lisina HCL
0,52
0,52
0,52
0,52
0,52
0,52
DL - metionina
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
0,17
L - treonina
0,23
0,23
0,23
0,23
0,23
0,23
L - triptofano
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
Antioxidante
1
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
0,01
Ácidos orgânicos
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
0,10
Mistura vitamínica
2
0,12
0,12
0,12
0,12
0,12
0,12
Mistura mineral
3
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
0,05
Probiótico
0,30
0,30
0,30
0,60
0,60
0,60
Inulina
0,00
0,25
0,50
0,00
0,25
0,50
Inerte
4
0,80
0,55
0,30
0,50
0,25
0,00
Composição Calculada
5
Energia Met. (kcal/kg)
3.325
3.325
3.325
3.325
3.325
3.325
Proteína Bruta (%)
19,67
19,67
19,67
19,67
19,67
19,67
Cálcio (%)
0,83
0,83
0,83
0,83
0,83
0,83
Fósforo Disponível (%)
0,45
0,45
0,45
0,45
0,45
0,45
Sódio (%)
0,23
0,23
0,23
0,23
0,23
0,23
Potássio (%)
0,73
0,73
0,73
0,73
0,73
0,73
Cloro (%)
0,37
0,37
0,37
0,37
0,37
0,37
Lisina Digestível (%)
1,33
1,33
1,33
1,33
1,33
1,33
Met. + Cist. Digestível (%)
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
0,75
Metionina Digestível (%)
0,47
0,47
0,47
0,47
0,47
0,47
Treonina Digestível (%)
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
0,85
Triptofano Digestível (%)
0,23
0,23
0,23
0,23
0,23
0,23
1
BHT: Butil Hidroxitolueno;
2
Conteúdo/kg: ferro 100 g; cobre 10 g; cobalto 1 g; manganês 40 g; zinco
100 g; iodo 1,5 g; e veículo q.s.p 1000 g.
3
Conteúdo/kg: vit. A, 10.000.000 U.I.; vit. D
3
, 1.500.000 U.I.;
vit. E, 30.000 U.I.; vit. B
1
, 2,0 g; vit. B
2
, 5,0 g; vit. B
6
, 3,0 g; vit. B
12
, 30.000 mcg; ácido nicotínico
30.000 mcg; ácido pantotênico 12.000 mcg; vit. K
3
, 2.000 mg; ácido fólico 800 mg; biotina 100 g e
veículo q.s.p 1.000 g.
4
Areia.
5
Valores obtidos de Rostagno et al. (2005).
36
A ventilação e a temperatura dentro da sala de creche foram controladas
conforme a observação do conforto térmico dos animais, através da abertura e
fechamento das janelas basculantes e o uso de lâmpadas incandescentes
individuais por baia.
Durante o período experimental foi avaliado o desempenho dos leitões, dos
21 aos 35 dias de idade, dos 35 aos 49 dias de idade e no período total (dos 21 aos
49 dias de idade), quanto ao ganho diário de peso (GDP), o consumo diário de ração
(CDR), a conversão alimentar (CA) e mortalidade dos leitões. Os resultados foram
calculados a partir das pesagens quinzenais dos animais e da quantificação do total
de ração consumida, nos respectivos períodos experimentais.
Aos 35 e 49 dias de idade foram coletadas fezes, por meio de massagem
retal, de um leitão de cada unidade experimental. As amostras fecais foram
acondicionadas em recipientes estéreis e imediatamente transportadas ao
Laboratório de Microbiologia da UNIOESTE para as análises microbiológicas.
Foram realizadas diluições sucessivas em triplicata, seguindo-se com
semeaduras em meios específicos, avaliando-se a contagem de bactérias
acidoláticas em meio de cultura com ágar para lactobacilos - MRS (De Man, Rogosa
e Sharpe), os coliformes totais em meio VRB (Violet Red Bile Agar) e clostrídios em
meio RCM (Reinforced Clostridial Medium).
As placas de Petri foram incubadas em estufa BOD com a temperatura
controlada a 35ºC. O período de incubação foi de 48 horas, sendo que para
clostridios (RCM) as placas de Petri foram colocas em jarros de anaerobiose nas
quais a ausência de oxigênio era assegurada pela utilização de placas de
anaerobiose (Anaerobac®).
Após o período de incubação as colônias foram contadas utilizando um
contador de colônia “QUEBEC”, e os resultados obtidos expressos como log na base
10 da contagem por grama do peso líquido das fezes.
Para verificar a viabilidade econômica da utilização do probiótico e prebiótico
nas rações foi determinado custo médio da ração por quilograma de peso vivo
ganho (BELLAVER et al., 1985), conforme segue:
CMr = Q x P
G
37
Onde:
CMr = Custo médio da ração/kg de peso vivo ganho dos leitões por tratamento;
Q = Quantidade de ração consumida no tratamento;
P = Preço da ração (R$/kg) na época de realização do experimento;
G = Ganho de peso (g) dos leitões por tratamento no período experimental.
Em seguida foi calculado o índice de eficiência econômica (IEE) e índice de
custo (IC), proposto por Barbosa et al. (1992) para avaliar o impacto financeiro dos
tratamentos, em relação aos níveis de probiótico e prebiótico utilizados, da seguinte
forma:
IEE = MCMr x 100 IC = CMr x 100
CMr MCMr
Onde:
IEE = Índice de eficiência econômica;
IC = índice de custo;
MCMr = Menor custo médio da ração entre os tratamentos;
CMr = Custo médio da ração.
O modelo estatístico usado para as análises das variáveis avaliadas foi o
seguinte:
Yijk = μ + Pi + Ij + PLij + Bk + eijk
Onde:
Yijk = Efeito do tratamento i (probiótico) no nível j (inulina) e na repetição k;
μ = média geral das unidades experimentais;
Pi = o efeito do nível de probiótico i, com i = 0,30 e 0,60%;
Ij = o efeito do nível de inulina j, com j = 0,00; 0,25 e 0,50%;
PLij = o efeito da interação entre o nível de probiótico i e o nível de inulina j;
Bk = o efeito do bloco k, com k = 1, 2, 3, 4 ou 5;
eijk = o erro aleatório associado a cada observação.
38
Para os resultados obtidos, dos 36 aos 49 dias de idade, não foram realizadas
as análise estatística para o peso médio, consumo diário de ração, ganho diário de
peso, conversão alimentar e para o custo da ração pelo peso vivo ganho, pois
conforme descrito por De Assis Junior et al. (2009), este período pode sofrer
influencia do período anterior, uma vez que não foi realizada uma nova distribuição
dos animais para receber a ração pré-inicial II, fornecida dos 36 aos 49 dias de
idade.
Foram realizadas as análises estatísticas, dos 21 aos 35 e dos 21 aos 49 dias
de idade, através de arranjos fatoriais e como procedimento estatístico foi utilizado o
teste de F para os níveis de probiótico e regressão linear para os níveis de inulina.
Os dados foram submetidos às análises estatísticas, utilizando-se o Sistema de
Análise Estatística e Genética - SAEG (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA,
1997).
3.2 Digestibilidade e metabolizibilidade da energia bruta de rações contendo
probiótico e simbiótico para leitões
Foram utilizados 24 suínos, machos castrados, com peso vivo inicial de
aproximadamente 18,00 ± 0,38 kg, alojados individualmente em gaiolas de
metabolismo semelhantes a descrita por Pekas (1968), distribuídos em um
delineamento experimental de blocos ao acaso em um esquema fatorial constituído
de dois níveis de probióticos (0,30 e 0,60 %) e três níveis de inclusão de inulina
(0,00, 0,25 e 0,50 %), totalizando seis tratamentos com quatro repetições.
O período experimental teve a duração de doze dias, sendo sete dias de
adaptação dos animais às gaiolas de metabolismo e às rações e cinco dias de coleta
de fezes e urina.
As rações experimentais (Tabela 2) e os tratamentos foram os mesmos
descritos no ensaio de desempenho dos leitões dos 36 aos 49 dias de idade. A
quantidade de ração fornecida diariamente a cada animal foi calculada com base no
peso metabólico (kg
0,75
). Para evitar perdas, e facilitar a ingestão, as rações foram
umedecidas e fornecidas duas vezes ao dia (6h00min e 18h00min).
Para definir o início e o final do período de coleta foi utilizado o óxido férrico
(Fe
2
O
3
) na ração como marcador fecal.
39
As coletas de fezes foram realizadas duas vezes ao dia, às 6h30min e às
18h30min, sendo pesadas e acondicionadas em sacos plásticos devidamente
identificados e armazenados em congelador (-5ºC) até o final do período de coleta.
Ao final do período experimental as amostras foram descongeladas, pesadas,
homogeneizadas e secadas em estufa ventilada a 60ºC.
A urina foi coletada uma vez ao dia, às 6h30min, sendo colhida em baldes
plásticos contendo 20 mL de ácido clorídrico (HCl) 1:1 para evitar a proliferação
bacteriana e possíveis perdas por volatilização. Do volume total de urina foram
retiradas alíquotas de 5% e acondicionadas em frascos de vidro devidamente
identificados e armazenados em refrigerador (3ºC).
Para a determinação dos valores de energia digesvel (ED) e metabolizável (EM),
as alises de energia das fezes, urina e ração foram realizadas na Universidade Federal
de Viçosa UFV, conforme técnicas descritas por Silva e Queiroz (2002).
Foram determinados os coeficientes de digestibilidade (CDEB) e
metabolizibilidade (CMEB) da energia bruta, os valores de energia digestível (ED),
energia metabolizável (EM) e a relação EM:ED.
Ao final do ensaio metabólico foram coletadas amostras de fezes, por meio de
massagem retal, para realizar leituras de pH. Foram pesados 10 g de fezes em um
béquer de 100 ml, adicionando-se 50 ml de água destilada e deionizada, sendo
agitado por cinco minutos e após deixado em repouso por trinta minutos, em seguida
procedeu-se com a leitura do pH.
Diariamente foi realizado o registro da temperatura e a umidade relativa do ar,
utilizando-se um termohigrometro instalado no interior da sala de metabolismo de
suínos.
Os dados foram submetidos às análises estatísticas, utilizando-se o Sistema
de Análise Estatística e Genética - SAEG (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA,
1997). A análise estatística foi realizada através de arranjos fatoriais e como
procedimento estatístico foi utilizado o teste de F para os níveis de probiótico e
regressão linear para os níveis de inulina.
40
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Desempenho dos leitões submetidos a rações contendo probiótico e
simbiótico
Não foram observadas interações significativas (P>0,05) entre os níveis de
inclusão de inulina e probiótico na ração para os pesos médios (PM), consumo de
ração (CR), consumo diário de ração (CDR), ganho de peso (GP), ganho diário de
peso (GDP) e conversão alimentar (CA), dos 21 aos 35 e dos 21 aos 49 dias de
idade (Tabela 3).
A inclusão de probióticos nas rações não influenciou (P>0,05) o desempenho
dos leitões sendo que os resultados obtidos dos 21 aos 35 dias e no período total
(dos 21 aos 49 dias de idade), estão de acordo com os apresentados por Fedalto et
al. (2002) que ao utilizarem rações suplementadas com antibiótico, probiótico ou
associado (antibiótico + probiótico), em relação a um tratamento controle sem
promotor de crescimento, não observaram melhora no desempenho dos leitões dos
23 aos 63 dias de idade. No entanto, os valores médios de conversão alimentar
obtidos neste trabalho foram melhores do que os obtidos pelos autores (2,06). Para
Kummer et al. (2009) essa diferença na conversão alimentar pode ser devido ao
ambiente, o nível de estresse, as concentrações de micro-organismos avaliados e
ao padrão sanitário que os animais foram submetidos.
Este mesmo comportamento foi observado por Santos et al. (2002) ao
avaliarem um probiótico a base de Lactobacillus sp em dietas para leitões, dos 21
aos 49 dias de idade, onde o ganho médio de peso, consumo médio de ração e
conversão alimentar dos leitões apresentaram valores semelhantes ao tratamento
sem a adição de Lactobacillus sp e com o tratamento que recebeu antibiótico
(Bacitracina de Zinco).
41
Tabela 3 - Desempenho de leitões dos 21 aos 35, dos 36 aos 49 e dos 21 aos 49 dias de idade submetidos a rações com
diferentes níveis de inclusão de probiótico e inulina
Níveis de Inclusão
Probiótico
0,30
0,60
P
1
Inulina
0,00
0,25
0,50
Médias
0,00
0,25
0,50
Médias
CV (%)
2
Probiótico
Inulina
Prob. x Inu.
21 a 35 dias
PMI 21 dias (kg)
5,808
5,794
5,789
5,797
5,757
5,808
5,859
5,808
PM 35 dias (kg)
8,760
8,860
8,563
8,727
8,785
8,595
8,736
8,705
3,70
0,324
CR (kg)
4,403
4,527
4,529
4,257
4,152
4,046
CDR (kg/dia)
0,314
0,323
0,323
0,320
0,304
0,297
0,289
0,297
11,14
0,072
GP (kg)
2,952
3,066
2,774
3,029
2,787
2,877
GDP (kg/dia)
0,211
0,219
0,198
0,209
0,216
0,199
0,205
0,207
10,26
0,301
CA
1,49
1,48
1,63
1,53
1,41
1,49
1,41
1,43
12,38
0,138
0,207
36 a 49 dias
PM 49 dias (kg)
13,907
13,695
13,624
13,742
14,435
13,247
13,503
13,728
-
-
-
-
CR (kg)
7,977
7,472
7,775
8,526
7,136
7,629
CDR (kg/dia)
0,564
0,534
0,555
0,551
0,610
0,510
0,545
0,555
-
-
-
-
GP (kg)
5,190
4,836
5,061
5,650
4,653
4,768
GDP (kg/dia)
0,371
0,345
0,362
0,359
0,404
0,332
0,341
0,359
-
-
-
-
CA
1,54
1,55
1,54
1,54
1,51
1,53
1,60
1,55
-
-
-
-
21 a 49 dias
CR (kg)
12,380
11,999
12,304
12,782
11,288
11,675
CDR (kg/dia)
0,442
0,429
0,439
0,437
0,457
0,403
0,417
0,426
7,72
0,100
0,350
GP (kg)
8,142
7,902
7,835
8,678
7,439
7,644
GDP (kg/dia)
0,291
0,282
0,280
0,284
0,310
0,266
0,273
0,283
8,58
0,054
0,231
CA
1,52
1,52
1,57
1,54
1,47
1,52
1,53
1,51
5,77
0,285
PMI - Peso Médio Inicial; PM - Peso Médio; CR - Consumo de Ração; CDR - Consumo Diário Ração; GP - Ganho de Peso; GDP - Ganho Diário de Peso; CA
- Conversão Alimentar.
1
P valores de significância.
2
CV Coeficiente de variação.
42
Por outro lado, Taras et al. (2006) observaram que o uso de probióticos na
ração de leitões melhorou a conversão alimentar na fase de creche, no entanto,
apresentaram pesos médios semelhantes aos animais que não receberam
probióticos. Silva et al. (2006) observaram que leitões, dos 21 aos 63 dias de idade,
que receberam probiótico (Pediococcus acidilactici e Bacillus subtilis) tiveram
melhores resultados de conversão alimentar (1,385) em relação ao tratamento
controle (1,523). No entanto, o ganho diário de peso (0,504 e 0,490 kg/dia), o
consumo diário de ração (0,700 e 0,746 kg/dia) e o peso dio (26,94 e 26,35 kg),
não apresentaram diferenças significativas, demonstrando que o tratamento controle
apresentou valores de peso médio final equivalentes aos demais, porém com um
maior consumo de ração.
Neste sentido Silva et al. (2006) relataram que resultados de desempenho
positivos ou negativos, ao se utilizar probiótico em rações para leitões, são
dependentes do desafio sanitário, da composição da ração e do manejo alimentar o
qual estes animais foram submetidos. Os autores observaram que leitões que
receberam probiótico, dos 21 aos 63 dias de idade, apresentaram melhores
resultados de conversão alimentar em relação ao tratamento controle, no entanto, o
ganho diário de peso, o consumo diário de ração e o peso médio foi semelhante
entre os tratamentos.
Os níveis de inulina na ração de leitões, dos 21 aos 35 e dos 21 aos 49 dias
de idade, não influenciaram os resultados de desempenho (P>0,05), o que está de
acordo com os resultados obtidos por Visentini et al. (2008) que ao avaliarem o
desempenho de leitões, dos 21 aos 37 e dos 21 aos 51 dias de idade, alimentados
com rações contendo diferentes níveis de prebiótico (0,1; 0,2; 0,3 e 0,5 %) ou sem a
adição de prebiótico, apresentaram consumo de ração e ganho de peso
semelhantes.
Da mesma forma, Kien et al. (2007) e Lanthier et al. (2006) não observaram
efeito da inclusão de inulina em rações para leitões sobre o ganho de peso,
consumo de ração e conversão alimentar, afirmando que o único efeito benéfico foi o
desenvolvimento das vilosidades intestinais. Bellé et al. (2009) relataram ainda que a
inclusão de prebiótico não alterou as características sensoriais e a qualidade da
carne suína.
43
Budiño et al. (2010), ao utilizarem diferentes níveis de frutoligossacarídeo
(0,0; 0,2; 0,4 e 0,6%) em rações para leitões, observaram um efeito quadrático para
o consumo diário de ração dos 36 aos 50 dias de idade, com ponto ótimo de 0,29%
para a inclusão de frutoligossacarídeo e após este ponto foi observado um
decréscimo no consumo diário de ração. O mesmo foi observado para o ganho
diário de peso, dos 21 aos 35 dias de idade, com ponto máximo de suplementação
do frutoligossacarídeo de 0,31%. Semelhanças foram observadas no presente
trabalho, onde o aumento da inclusão de inulina reduziu os índices de desempenho,
mas não foi observada diferença (P>0,05) para as variáveis estudadas.
Utiyama et al. (2006), por sua vez, observaram que o uso de prebiótico
(mananoligossacarídeo) em ração para leitões, dos 21 aos 35 dias de idade,
proporcionou um desempenho equivalente ao tratamento controle, sem a adição de
promotores de crescimento, e com o tratamento contendo antimicrobiano
(bacitracina de zinco e olaquindox), o influenciando o consumo diário de ração,
ganho diário de peso e conversão alimentar. Resultados e valores médios
semelhantes podem ser observados no presente trabalho, onde a inclusão de
prebiótico (inulina) não influenciou o consumo diário de ração e o ganho diário de
peso.
O fato de não se obter diferenças para os níveis de inulina (Tabela 3) pode
estar associado ao baixo desafio a que os animais foram submetidos, uma vez que
foi o primeiro experimento realizado na sala de creche, pois Budiño et al. (2010),
avaliando níveis de inulina em rações para leitões submetidos à diferentes
condições de desafio sanitário, observaram que os leitões dos 36 aos 50 dias de
idade, apresentaram um ganho de peso 11% superior quando mantidos em local de
baixo desafio.
Resultados favoráveis à inclusão de prebióticos e simbióticos, em rações para
leitões desmamados aos 21 dias de idade, foram mostrados por Budiño et al. (2006)
que observaram melhores resultados no desempenho e ainda preveniu a
colonização por bactérias patogênicas no intestino delgado. Segundo os autores,
estes ingredientes alimentares inibiram o crescimento de coliformes e estimularam a
absorção de nutrientes.
Essas divergências entre os resultados de desempenho obtidos no presente
trabalho em relação à literatura podem ser devido à vários fatores, pois Silva et al.
44
(2006), Barros et al. (2008) e Kummer et al. (2009) relataram que o efeito positivo ou
negativo do uso de probióticos e prebióticos em rações para leitões são
dependentes do desafio sanitário, dos ingredientes utilizados na formulação das
rações e o manejo em que os animais são submetidos.
Da mesma forma, Kummer et al. (2009) inferiram que fatores como o
desenvolvimento genético, manejo sanitário, a nutrição, o ambiente e a interferência
do homem podem influenciar no desempenho dos leitões na fase de creche, dos 21
as 63 dias de vida, assim como uma menor idade ao desmame resulta em um maior
desafio sanitário.
Junqueira et al. (2009) observaram que os animais alimentados com rações
contendo prebiótico, probiótico ou simbiótico apresentaram melhor ganho de peso
em relação aos tratamentos sem promotores de crescimento ou contendo
antibiótico, atribuindo estes resultados aos equilíbrio da microbiota intestinal que
proporcionou uma manutenção adequada do trato gastrintestinal, resultando em
menor gasto de energia e melhor absorção de nutrientes.
Não foi observada interação significativa (P>0,05) entre os níveis de inclusão
de inulina e probiótico na ração sobre a contagem de bactérias acidoláticas,
coliformes e clostrídios nas fezes dos leitões, aos 35 e 49 dias de idade (Tabela 4).
Budiño et al. (2006) observaram que a inclusão de prebióticos e simbióticos,
em rações para leitões, dos 21 aos 35 dias de idade, preveniu a colonização de
bactérias patogênicas no intestino delgado. Segundo os autores, estes ingredientes
alimentares inibiram o crescimento de coliformes e estimularam a absorção de
nutrientes, o que não foi observado no presente trabalho, uma vez que a contagem
de coliformes totais não foi alterada (P>0,05).
Pode-se observar ainda que as amostras fecais, coletadas aos 35 e 49 dias
de idade, não apresentaram diferença (P>0,05) para a inclusão de prebiótico
(inulina) ou probiótico nas rações em relação ao número de unidades formadoras de
colônias de bactérias acidoláticas, coliformes e clostrídios.
45
Tabela 4 - Número de unidades formadoras de colônias (UFC/g) de bactérias acidoláticas, coliformes e clostrídios nas fezes de
leitões, aos 35 e 49 dias de idade, que receberam ração com diferentes níveis de inclusão de probiótico e inulina na
ração
Níveis de Inclusão
Probiótico
0,30
0,60
P
1
Inulina
0,00
0,25
0,50
Médias
0,00
0,25
0,50
Médias
CV (%)
2
Probiótico
Inulina
Prob. x Inu.
35 dias
Bactérias Acidoláticas
9,12
8,75
8,67
8,85
8,75
9,20
8,68
8,88
4,99
0,274
0,137
Coliformes Totais
5,67
5,12
5,58
5,46
5,50
5,58
6,01
5,70
16,94
Clostridios
9,23
8,80
8,96
9,00
9,04
9,43
8,98
9,15
3,99
0,257
0,052
49 dias
Bactérias Acidoláticas
9,03
9,34
8,79
9,05
9,06
9,23
9,32
9,20
3,52
0,214
0,187
0,087
Coliformes Totais
5,42
6,06
7,00
6,16
6,05
5,67
7,41
6,38
24,28
0,077
Clostridios
9,05
9,31
9,41
9,26
9,17
9,17
9,06
9,13
5,38
1
P valores de significância.
2
CV Coeficiente de variação.
46
O probiótico utilizado no presente trabalho foi composto por Lactobacillus
acidophilus e Bifidobacterium bifidum, que possuem as características de redução
de pH, competir com as bactérias patogênicas por nutrientes e produzir substâncias
antibacterianas (TZORTZIS et al., 2005; PIERCE et al., 2005), no entanto, a inclusão
do probiótico não influenciou na contagem das bactérias acidoláticas, coliformes,
clostrídios e o pH fecal.
Da mesma forma, Santos et al. (2003) observaram que o uso de probiótico,
em rações de leitões, na fase de aleitamento e creche, não alterou a microbiota
intestinal dos animais no período total (49 dias de idade) em relação a contagem
fecal de Lactobacillus, coliformes, Clostridium e Enterococcus. Os autores relataram
ainda que os probióticos não foram capazes de competir e inibir o crescimento de
micro-organismos patogênicos, o que também pode ter ocorrido no presente
trabalho.
Por outro lado, Borsatti et al. (2006) ao avaliarem o efeito de probióticos
(Lactobacillus acidophilus, Enterococcus faecium e Bifidobacterium bifidum) e
simbiótico (probiótico e inulina) sobre a microbiota intestinal de leitões, entre 21 a 35
dias de idade, concluíram que o uso de probiótico aumentou a contagem (UFC/g) de
lactobacilos no cólon (9,05) em relação aos leitões que receberam simbiótico (8,22).
As contagens microbiológicas das fezes (Tabela 4) não atendem a proposição
de que os probióticos o administrados nas rações para estabelecer uma
microbiota benéfica natural e competir com bactérias indesejáveis no intestino, como
a Escherichia coli, o que favorece o desenvolvimento de micro-organismos benéficos
ao hospedeiro a fim de melhorar o desempenho quanto ao ganho de peso e
eficiência alimentar (BELLAVER, 2000). No mesmo sentido, Partanen e Mroz (1999)
relataram que o uso de carboidratos fermentáveis são eficazes no aumento da
diversidade bacteriana e estabilização da microbiota intestinal em leitões.
A contagem de coliformes, aos 35 e 49 dias de idade, também estão de
acordo com os resultados obtidos por Utiyama et al. (2006), que não observaram
influência na contagem de coliformes com o uso de probióticos, prebiótico ou
simbiótico em rações para leitões.
Os resultados obtidos para a contagem de bactérias lácticas discordam dos
apresentados por Loh et al. (2006), que avaliaram o efeito da inulina sobre a
microbiota intestinal em suínos, entre 9 e 12 semanas de vida, e observaram que
47
40% dos suínos alimentados com rações contendo inulina apresentaram uma maior
colonização do cólon por bifidobacteria, em contrapartida aos animais alimentados
com rações sem a inclusão de inulina, em que penas 13% dos animais
apresentaram tal colonização. Segundo os autores, este aumento foi devido a
estímulos da inulina para o aumento na concentração de ácidos graxos de cadeia
curta, favorecendo a colonização por esses micro-organismos.
Os resultados obtidos para as contagens de bactérias lácticas também não
estão de acordo com os obtidos por Konstantinov et al. (2004), que indicaram que a
adição de carboidratos fermentáveis em dietas para leitões favorece o crescimento
de Lactobacillus reuteri e Lactobacillus amylovorus no lon e no íleo. Tzortzis et al.
(2005) também verificaram que leitões com 28 dias de idade, alimentados com
rações contendo galactooligossacarídeos (GOS) e inulina apresentaram um
aumento de lactobacilos e bifidobactérias nas amostras fecais.
Resultados semelhantes aos obtidos no presente trabalho também foram
observados por White et al. (2002) onde relataram que o uso de prebióticos em
rações para leitões não melhorou a composição microbiológica quanto aos
coliformes totais, Escherichia coli, lactobacilos, Bifidobacterium spp. e Clostridium
perfringens.
Os resultados contraditórios para as contagens microbiológicas observados
no presente trabalho, e na literatura citada, podem ser explicados pelo grau de
polimerização da inulina que possui um grau de polimerização variando de 11 a 60,
sendo composta por uma cadeia de frutose ligada a uma molécula terminal de
glicose, que atuando como fibra dietética proporciona melhores condições no trato
gastrintestinal (CATALDO et al., 2005). A fermentação da inulina por determinadas
bactérias depende de sua estrutura molecular, por exemplo, a bifidobactéria possui
afinidade na degradação de oligossacarídeos de baixo grau de polimerização,
enquanto que bactérias patogênicas degradam na sua maioria os oligossacarídeos
com alto grau de polimerização (ROBERFROID et al., 1998).
Assim quanto menor o grau de polimerização da molécula de inulina melhor
será seu aproveitamento por bifidobactérias. Roberfroid (2007) relatou que a inulina
não tem efeito direto especificadamente sobre o número de bifidobactérias, mas
atua sobre as atividades associadas a estas bactérias, sendo que a inulina é capaz
de resistir à digestão e absorção sofrendo fermentação no cólon e podem promover
48
mudanças significativas na composição da microbiota e epitélio intestinal, reduzindo
o número de bactérias potencialmente nocivas, aumentando a absorção de
nutrientes e modulando a secreção de peptidases gastrointestinais.
Na Tabela 5 estão apresentados os custos médios da ração, o custo médio
da ração por quilograma de peso vivo ganho, os índices de eficiência econômica e
os índices de custo referentes aos períodos dos 21 aos 35, dos 36 aos 49 e dos 21
aos 49 dias de idade dos leitões.
Não foram observadas interações significativas (P>0,05) entre os níveis de
inclusão de inulina e probiótico na ração sobre o custo médio da ração por
quilograma de peso vivo ganho, nos períodos dos 21 aos 35 e dos 21 aos 49 dias de
idade dos leitões.
Dos 21 aos 35 dias de idade os animais que receberam 0,30% de probiótico
com 0,50% de inulina na ração apresentaram pior índice de eficiência econômica
(82%), proporcionando um maior índice de custo (122%), perfazendo um custo 22%
superior em relação a inclusão somente de probiótico (0,60%), que apresentou o
menor índice de custo e maior eficiência econômica.
Por outro lado, Silva et al. (2006) observaram que a inclusão de probiótico em
rações para leitões, dos 21 aos 63 dias de idade, proporcionou melhores resultados
para a conversão alimentar o que proporcionou um melhor índice de eficiência
econômica com um menor índice de custo.
49
Tabela 5 - Custo da ração (CR), índice de eficiência econômica (IEE) e índice de custo (IC) em função da inclusão de probiótico e
inulina em rações para leitões dos 21 aos 35, dos 36 aos 49 e dos 21 aos 49 dias de idade
Níveis de Inclusão
Probiótico
0,30
0,60
P
2
Inulina
0,00
0,25
0,50
Médias
0,00
0,25
0,50
Médias
CV (%)
3
Probiótico
Inulina
Prob. x Inu.
21 aos 35 dias
CR (R$/kg)
1
1,99
2,02
2,04
2,02
2,00
2,03
2,05
2,03
CR/kg PV ganho
1
2,97
2,98
3,41
3,12
2,80
3,09
2,89
2,93
12,409
0,170
0,307
0,202
IEE
94
94
82
90
100
91
97
96
IC
106
107
122
112
100
110
103
104
36 aos 49 dias
CR (R$/kg)
1
1,16
1,19
1,21
1,19
1,17
1,20
1,22
1,20
CR /kg PV ganho
1
1,80
1,86
1,88
1,85
1,84
1,85
1,96
1,88
-
-
-
-
IEE
100
97
96
98
97
97
92
95
IC
100
103
104
102
103
103
109
105
21 aos 49 dias
CR (R$/kg)
1
1,58
1,6
1,63
1,60
1,59
1,61
1,64
1,61
CR /kg PV ganho
1
2,41
2,43
2,58
2,47
2,34
2,46
2,50
2,43
5,786
0,086
IEE
97
96
91
95
100
95
94
96
IC
103
104
110
106
100
105
107
104
1
CR (R$/kg) Custo da ração; CR/kg PV ganho Custo da ração pelo peso vivo ganho;
2
P valores de significância.
3
CV Coeficiente de variação.
50
4.2 Digestibilidade e metabolizibilidade da energia bruta de rações contendo
probiótico e simbiótico para leitões
As médias de temperatura e umidade relativa do ar no interior da sala de
metabolismo foram de 22,64 ± 5,77ºC e 52,97 ± 15,93% respectivamente, sendo
próximos aos valores apresentados por Kummer et al. (2009), onde sugeriram uma
temperatura média de 24ºC e umidade relativa entre 50 a 75% para a fase em
questão.
Não foram observadas interações significativas (P>0,05) entre os níveis de
inclusão de inulina e probiótico sobre os valores de energia digestível (ED), energia
metabolizável (EM), coeficiente de digestibilidade da energia bruta (CDEB),
coeficiente de metabolizibilidade da energia bruta (CMEB), a relação EM:ED e o pH
fecal (Tabela 6).
A inclusão de probióticos nas rações também não alterou (P>0,05) as
variáveis avaliadas. Resultados semelhantes foram obtidos por Budiño et al. (2004),
que ao avaliarem leitões desmamados aos 21 dias de idade observaram que
independente do uso ou não de antibiótico, probiótico, prebiótico e simbiótico, não
houve alteração da atividade das enzimas digestivas, dipeptidase, sacarase e
maltase da mucosa intestinal. Os autores relataram ainda que o uso de prebiótico,
probiótico ou simbiótico em dietas para leitões não influencia diretamente na
digestão de nutrientes, mas proporciona melhores condições para que haja melhor
digestão e absorção de nutrientes.
Por outro lado, Huaynate et al. (2006a) ao avaliarem rações contendo ou não
probióticos, para leitões na fase de creche, observaram que o tratamento com
probiótico foi eficiente em manter os coeficientes de digestibilidade, mesmo com o
aumento no consumo de ração. Segundo os autores o probiótico pode ter auxiliado
na digestão e absorção dos nutrientes, por secretar enzimas digestivas como a
amilase, protease e lipase, pois um dos fatores que pode influenciar na
digestibilidade da ração é o tempo de permanência da digesta no intestino, que
decresce quanto maior o consumo de ração, e quanto mais alimento ingerido piora a
relação enzima-substrato, levando a uma redução na digestibilidade.
51
Tabela 6 - Valores de energia bruta (EB), digestível (ED) e metabolizável (EM), coeficientes de digestibilidade (CD) e
metabolizibilidade (CM) da energia bruta e relação EM:ED de rações com diferentes níveis de inclusão de probiótico e
inulina
Níveis de Inclusão
Probiótico
0,30
0,60
P
2
Inulina
0,00
0,25
0,50
Médias
0,00
0,25
0,50
Médias
CV (%)
3
Probiótico
Inulina
Prob. x Inu.
MS
1
(%)
91,33
91,31
91,28
91,31
92,43
91,79
91,33
91,85
EB (kcal\kg)
3975
3975
3975
3975
3975
3975
ED (kcal\kg MN
1
)*
3436
3481
3340
3419
3426
3483
3342
3417
2,82
0,032
EM (kcal\kg MN
1
)
3291
3392
3225
3303
3320
3379
3166
3288
4,81
0,086
CDEB (%)*
86,44
87,57
84,02
86,01
86,19
87,62
84,07
85,96
2,82
0,032
CMEB (%)
82,78
85,34
81,13
83,08
83,52
85
79,65
82,72
4,81
0,086
EM:ED
0,96
0,97
0,97
0,97
0,97
0,97
0,95
0,96
3,44
pH
6,63
6,7
6,57
6,63
6,59
6,91
6,59
6,70
2,83
0,066
* Efeito linear (P<0,05) para a inclusão de inulina.
1
MS - Matéria seca; MN - Matéria natural.
2
P valores de significância.
3
CV - Coeficiente de variação.
52
Para os níveis de inclusão de inulina nas rações não foram observadas
diferenças (P>0,05) para energia metabolizável (EM), coeficientes de
metabolizibilidade da energia bruta (CMEB) e a relação EM:ED. Segundo Coxam
(2007) a inulina utilizada na alimentação animal pode modular a absorção de
nutrientes, pois estes substratos são resistentes à hidrólise por enzimas em
mamíferos e são fermentados no intestino grosso por bactérias específicas,
produzindo ácidos graxos de cadeia curta que reduzem o pH luminal e modifica a
solubilidade, exercendo um efeito direto sobre as vias de transporte das mucosas,
no entanto a utilização de inulina não alterou a metabolizibilidade da energia bruta
no presente trabalho.
Resultados semelhantes aos obtidos, foram apresentados por Santos (2010),
que ao avaliar leitões dos 22 a 63 dias de idade, alimentados com rações contendo
ou não diferentes níveis de prebiótico, observaram que os tratamentos não
promoveram melhorias nos valores de energia metabolizavel (3473 e 3463 kcal/kg) e
no coeficiente de metabolizibilidade da energia bruta (87,04 e 86,91 %).
Ao avaliar a digestibilidade de nutrientes, Lynch et al. (2007) observaram que
o uso de inulina resultou em um aumento da excreção fecal de nitrogênio e diminuiu
o nitrogênio da urina, indicando que a inulina tem a capacidade de manipular a
microbiota intestinal, mas exercem efeitos sobre a concentração de ácidos graxos
voláteis, no pH intestinal e nos coeficientes de digestibilidade da energia bruta das
rações.
Os reais efeitos do uso de prebióticos sobre a disponibilidade e o
metabolismo de nutrientes em suínos são conflitantes. Budiño et al. (2010) não
observaram efeito significativo sobre o metabolismo do nitrogênio ao se utilizar
frutoligossacarídeos nas rações, que pode ser devido a incapacidade do prebiótico
em promover um aumento na colonização de bactérias e estabilização do trato
gastrintestinal. Os autores relataram que o período de seis dias de adaptação dos
animais às rações não foram suficientes para alterar a colonização do trato
gastrintestinal e proporcionar benefícios aos animais.
A inclusão de inulina nas rações influenciou negativamente (P<0,05) os
valores de energia digestível (ED) e os coeficientes de digestibilidade da energia
bruta (CDEB), conforme demonstrado nas Figuras 1 e 2.
53
Ŷ = -180,45x + 3463,1
R² = 0,40
3330
3360
3390
3420
3450
3480
0,00 0,25 0,50
ED (kcal/kg MN)
Inulina
Figura 1 - Valores de energia digestível (ED) em função dos níveis de inclusão de
inulina na ração.
Ŷ = -4,5397x + 87,121
R² = 0,40
83,50
84,50
85,50
86,50
87,50
0,00 0,25 0,50
CDEB (%)
Inulina
Figura 2 - Coeficientes de digestibilidade da energia bruta (CDEB) em função dos
níveis de inclusão de inulina na ração.
Saad (2006) comenta que os carboidratos estruturais, como as fibras
alimentares, inulina e oligofrutose; influenciam a digestão e absorção de nutrientes
através de efeitos na motilidade do trato digestório, ao atrasar o esvaziamento
gástrico e diminuir o tempo de passagem da dieta no intestino delgado, no entanto,
no presente trabalho tais efeitos podem não ter ocorrido.
54
Os compostos prebióticos podem atuar na modulação da mucosa intestinal
beneficiando o hospedeiro através de melhorias nos processos de digestão e
absorção de nutrientes, mas é dependente da composição dos ingredientes
utilizados nas dietas, e a resposta biológica do animal também pode ser devido a
fatores inerentes à nutrição, como o estresse animal (SILVA e NÖRNBERG, 2003).
Estes fatores podem contribuir para resultados divergentes observados entre os
diferentes trabalhos em relação aos resultados de ED e CDEB obtidos (Tabela 6).
Junqueira et al. (2009) observaram que os animais alimentados com
prebiótico, probiótico e simbiótico apresentaram maior ganho de peso, em relação
aos tratamentos sem promotores de crescimento ou com antibiótico. Segundo os
autores, os resultados podem ser explicados pela melhor absorção dos nutrientes
aliada ao menor gasto de energia para manutenção do trato gastrintestinal, o que foi
proporcionado pelo probiótico e prebiótico. Resultados contrários foram obtidos no
presente trabalho, pois a inclusão de inulina na ração de leitões não influenciou no
desempenho, na contagem de micro-organismos nas fezes dos animais e
influenciou negativamente o coeficiente de digestibilidade da energia bruta.
Não foi observada interação significativa (P>0,05) para os níveis de inclusão
de probiótico e simbiótico em relação ao pH fecal (Tabela 6), e a inclusão de
probiótico e ou inulina na ração dos animais não alterou (P>0,05) os valores de pH
fecal.
A inclusão de probiótico foi ineficiente em alterar o pH fecal dos animais, e
segundo Bellaver (2000) os probióticos o administrados nas rações para
estabelecer uma microbiota benéfica natural e competir com bactérias indesejáveis
no intestino, sendo que micro-organismos dos gêneros Streptococcus, Lactobacillus,
Bacillus e Saccharomyces têm sido utilizados em rações para suínos com o intuito
de favorecer o desenvolvimento de micro-organismos benéficos ao hospedeiro, a fim
de melhorar o desempenho, competir e inibir o crescimento da Escherichia coli,
através da formação de lactato que altera o pH intestinal.
Segundo Tzortzis et al., (2005) e Pierce et al., (2005) o probiótico utilizado no
presente trabalho, composto por Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium bifidum,
possuem as características de redução de pH, competir com as bactérias
patogênicas por nutrientes e produzir substâncias antibacterianas, inibindo o
crescimento de micro-organismos indesejáveis, no entanto, no presente trabalho a
55
inclusão do probiótico não influenciou na contagem das bactérias acidoláticas,
coliformes totais, clostrídios e no pH fecal.
Yasuda et al. (2006) também não observaram alterações no pH na digesta
coletada no cólon de leitões alimentados com inulina e obtiveram valores de pH
próximos aos obtidos no presente trabalho. Borsatti et al. (2006) ao avaliarem o
efeito probiótico e simbiótico (probiótico e inulina) em substituição a antibióticos em
rações para leitões também não observaram diferenças nos valores de pH na
digesta coletada no cólon de leitões.
O contrário foi observado Konstantinov et al. (2004) indicando que a adição
de inulina em dietas para leitões reduz o pH no trato gastrintestinal. Segundo
Tzortzis et al. (2005) rações contendo galactooligossacarídeos (GOS) e inulina, para
leitões com 28 dias de idade, promoveram um aumento de lactobacilos e
bifidobactérias nas amostras fecais, os autores relataram que o principal produto da
fermentação por bifidobactérias, o ácido acético, reduziu o pH no cólon e inibiu o
crescimento de bactérias patogênicas.
Esta redução nos coeficientes de digestibilidade da energia bruta (Figura 2)
não era esperada, pois de acordo com Wollowski et al. (2001), algumas bactérias
probióticas quando fermentam carboidratos produzem ácidos graxos de cadeia
curta, que quando absorvidos auxiliam na manutenção de um pH apropriado no
lúmen do cólon protegendo contra mudanças na mucosa e contribui elevando a
energia disponível no lúmen. Observa-se ainda que o pH das fezes não foram
influenciados pelos tratamentos (Tabela 6), o que pode ter colaborado para que não
houvesse esta maior disponibilidade de energia no lúmen.
56
5 CONCLUSÃO
O uso de probiótico, inulina e a associação simbiótica não alteraram o
desempenho e contagens microbiológicas das fezes de leitões dos 21 aos 35 e dos
21 aos 49 dias de idade.
O aumento dos níveis de inulina em rações de leitões reduziram o coeficiente
de digestibilidade da energia bruta, mas sem prejuízos para o coeficiente de
metabolizibilidade da energia bruta.
57
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