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CARLOS JOSÉ ESTEVAM LIOTI
ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CONSEQUENCIAS DA
IMPLANTAÇÃO DO REGIME DE HOSPITAL DIA EM UM
HOSPITAL PÚBLICO
LONDRINA
2010
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CARLOS JOSÉ ESTEVAM LIOTI
ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CONSEQUENCIAS DA
IMPLANTAÇÃO DO REGIME DE HOSPITAL DIA EM UM
HOSPITAL PÚBLICO
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado Profissional em Gestão de Serviços
de Saúde da Universidade Estadual de
Londrina, como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre em Gestão de
Serviços de Saúde.
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
. Ana Maria Rigo Silva
LONDRINA
2010
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CARLOS JOSÉ ESTEVAM LIOTI
ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CONSEQUENCIAS DA IMPLANTAÇÃO DO
REGIME DE HOSPITAL DIA EM UM HOSPITAL PÚBLICO
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado Profissional em Gestão de Serviços
de Saúde da Universidade Estadual de
Londrina, como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre em Gestão de
Serviços de Saúde.
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
. Ana Maria Rigo Silva
Universidade Estadual de Londrina
____________________________________
Prof. Dr. Luiz Cordoni Junior
Universidade Estadual de Londrina
____________________________________
Prof. Dr. Sergio Carlos de Carvalho
Universidade Estadual de Londrina
Londrina, 16 de julho de de 2010.
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Manoel Antonio Estevam Correa (in memoriam) e Elsa Lioti
Estevam (in memoriam) que, por amor aos seus filhos, deixaram a sua terra natal e
vieram desbravar as florestas do Paraná com coragem, esforço e dedicação, em
busca de um futuro melhor para estes. Com suas mãos calejadas pela dura labuta
na lavoura, pelo manejo da enxada e do machado não conseguiram acumular
riquezas, mas deixaram um legado de honra, dignidade e honestidade aos seus
filhos e netos, que jamais se esquecerão o quanto foram importantes em suas vidas.
À minha irmã Dora que sempre me deu apoio, carinho e reconhecimento por
meu esforço na busca de minhas conquistas.
À minha esposa Ivana e milha filha Rebeca, que sempre me apoiaram na
realização deste projeto, não somente aceitando a ausência do esposo ou do pai por
conta dos estudos, mas também colaborando diretamente para o êxito deste
trabalho.
Não é possível medir o amor que tenho por todos vocês.
“Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua
mãe. Porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu
pescoço” Provérbios 1, 8-9.
AGRADECIMENTOS
Antes de tudo e acima de tudo a Deus, Pai de infinito amor e bondade, e ao
Senhor Jesus Cristo, por tantas bênçãos e amor derramados em minha vida.
À minha orientadora professora doutora Ana Maria Rigo Silva, por acreditar
na minha proposta de trabalho e pela paciência e dedicação que teve para comigo
em todos os momentos.
Aos meus amigos de mestrado, pessoas comprometidas e gentis, com quem
tive o prazer de conviver e aprender muito além das teorias.
Aos professores do Mestrado Profissional em Gestão de Serviços de Saúde
pelos conhecimentos compartilhados e a sempre prontidão em acolher-nos e
orientar-nos, em especial ao professor doutor Darli Antonio Soares (in memoriam) a
quem devo especial gratidão por ter acreditado em minha pessoa e no meu trabalho.
Aos amigos Cleuza Catsue Takeda Kuwabara, Dagmar Willamowis Vituri,
Fabiana Sitta Xavier, Francisco Eugênio Alves de Souza, Jeremias Béquer Brizola,
Maria Aparecida dos Santos Letrari, Meire Aparecida Taldivo e Telma Marques
Figueiredo Alves pela colaboração e apoio que sempre me deram.
“Não nada mais difícil de controlar, mais perigoso de
conduzir, ou mais incerto no seu sucesso, do que liderar a
introdução de uma nova ordem
Niccolò di Bernardo dei Machiavelli
(1469 - 1527)
LIOTI, Carlos José Estevam. Análise das possíveis conseqüências da
implantação do regime de Hospital Dia em um Hospital Público. Londrina,
Paraná. 2010. 139 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão de Serviços de
Saúde). Universidade Estadual de Londrina.
RESUMO
O serviço de Hospital Dia vem se expandindo pelo Brasil, inicialmente com o foco
centrado na gestão hospitalar e no aumento da eficiência da oferta de serviços ao
Sistema Único de Saúde - SUS, porém, concomitantemente, também se apresenta
como uma alternativa à disseminação dos conceitos de humanização do
atendimento aos usuários. O presente estudo analisou as internações passíveis de
atendimento em um Serviço de Hospital Dia ocorridas num Hospital Público em
2007. Tratou-se de um estudo transversal, observacional, com base nas informações
disponíveis nos bancos de dados informatizados do Hospital Universitário da
Universidade Estadual de Londrina. Foram identificados 829 casos passíveis de
atendimento em regime de Hospital Dia, conforme critérios fixados pelo Ministério da
Saúde, de um universo de 9.425 atendimentos ocorridos no período de janeiro a
novembro de 2007. Analisadas as características sociodemográficas dos pacientes
identificou-se que 63% eram do sexo masculino; 36,5% se enquadram no perfil de
adulto/jovem (20 a 39 anos), e 84% eram residentes na região metropolitana de
Londrina. Da análise das características das internações dos pacientes, 49,7%
tiveram um tempo de internação entre um e três dias; 45,2% dos casos foram
classificados em grau I e II, quanto ao grau de dependência de cuidados de
enfermagem, e 51,5% dos casos se concentraram em 13 procedimentos principais,
de baixa e média complexidade. A comparação entre o custo e a receita ocorrida no
regime de internação convencional versus o custo e a receita estimada no regime de
Hospital Dia, resultou de modo favorável ao segundo regime, sendo avaliados em
três cenários diferentes. O custo estimado para o cenário I (4.840 pacientes
potenciais no regime de Hospital Dia); cenário II (3.872 pacientes) e cenário III (829
pacientes), foi 84,5%, 85,8% e 89,8% menor que o custo ocorrido com os 829
pacientes atendidos no regime convencional. Quanto às receitas financeiras
estimadas para o serviço de Hospital Dia, estas seriam 340,8% maiores no cenário I
e 272,6% no cenário II e 58,4% menores no cenário III, em relação àquelas
efetivamente ocorridas no regime convencional, levando-se em conta o pagamento
pelo SUS de um procedimento por paciente e média de permanência de um dia por
paciente. Soma-se ainda que, para o Hospital Público e para o Sistema de Saúde,
haveria a possibilidade de expansão de 20 leitos em regime de Hospital Dia; um
aumento estimado de 8,8% dos atendimentos no regime convencional e um
aumento estimado de atendimentos no regime de Hospital Dia de 4.840 casos no
cenário I; 3.872 no cenário e 829 no cenário III. O Hospital Dia mostra-se, portanto,
como uma alternativa viável para o enfrentamento de parte dos problemas do
Sistema Único de Saúde, em resposta às inúmeras demandas de serviços de saúde
requeridos pela sociedade.
Palavras-chave: Leitos. Hospitais Dia. Custos Hospitalares. Administração
hospitalar. Humanização da assistência.
LIOTI, Carlos José Estevam. An analysis of the possible consequences due to
the implementation of the Day Hospital system in a public hospital. Londrina,
Parana. 2010. 139 f. Dissertação (Mestrado Professional em Gestão de Serviços de
Saúde). Universidade Estadual de Londrina.
ABSTRACT
The Day Hospital service is expanding throughout Brazil, initially with a focus on
hospital management and on the increase of the efficiency concerning the services
that are offered to the Unified Health System (acronym SUS), however, it also
presents itself simultaneously as an alternative to the dissemination of the
humanization concepts towards the assistance of the users. The present study has
analyzed the admittances that are subject to the assistance in a Day Hospital which
occurred in a public hospital in 2007. It was a transverse, observation study based on
the available pieces of information obtained from the Londrina State University
Hospital. Out of a total of 9,425 assistances that were carried out from January to
November 2007, 829 cases were identified as subject to the assistance in a Day
Hospital system, according to the criteria set by the Department of Health. After
having been analyzed the socio-demographic characteristics of the patients, it was
verified that 63% were male; 36.5% were young/adult man (aged between 20 and 39
years old) and 84% were residents of the Londrina metropolitan area. From the
analysis of the patients admittance characteristics, 49.7% were admitted to the
hospital stay from one to three days; 45.2% of the cases were classified in I and II
levels, taking into consideration the degree of dependency on the nursing care, and
51.5% of the cases concentrated on 13 main procedures, from low to middle
complexity. The comparison between the costs and the revenue which occurred in
the conventional admittance system versus the costs and the estimated revenue
which occurred in a Day Hospital system has resulted, in a favorable way, to the
second system, after having been evaluated in three different scenarios. The
estimated costs for scenario I (4,840 potential patients in the Day Hospital system);
scenario II (3,872 patients) and scenario III (829 patients), were 84.5%, 85.8% and
89.8% smaller than the costs that occurred with the 829 patients which were assisted
in the conventional system. About the financial revenue estimated to the service of
the Day Hospital, they would be 340.8% bigger in scenario I and 272.6% in scenario
II and 58.4% smaller in scenario III in relation to those revenues that effectively
occurred in the conventional system, taking into consideration the payment of a
procedure per patient made by the Unified Health System (SUS), a hospital stay
average of one day per patient. It is also added that, for the public hospital and for
the Unified Health System (SUS), there would be a possibility of the expansion of 20
beds in the Day Hospital system; an estimated increase around 8.8% of the
assistances in the conventional system and an estimated increase of assistances in
the Day Hospital system of 4,840 cases in scenario I; 3,872 in scenario II and 829 in
scenario III. So, the Day Hospital presents itself as a viable alternative to face part of
the Unified Health System problems, as an answer to the innumerable demands
concerning the health services required by the society.
Key-words: Beds; Day Hospital; Hospital cost; Hospital management; assistance
humanization.
LISTAS DE QUADROS
Quadro 1
Hospitais Dia cadastrados, número de leitos e especialidades
ofertadas........................................................................................
54
Quadro 2
Hospitais Dia Isolado, cadastrados no CNES, em Londrina .....
55
Quadro 3
Número de Leitos, Hospital Universitário......................................
60
Quadro 4
Grau de dependência de pacientes em relação a assistência de
enfermagem...................................................................................
64
Quadro 5
Centros de Custos do Hospital Universitário ................................
66
Quadro 6
Estimativa de Recursos Humanos para um serviço de Hospital
Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2009............................
68
Quadro 7
Estimativa de atendimentos para um serviço de Hospital Dia,
com taxa de 100% de ocupação dos leitos, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2009..................................................
79
Quadro 8
Estimativa de atendimentos para um serviço de Hospital Dia,
com taxa de 80% de ocupação dos leitos, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2009........................................................................
79
Quadro 9
Estimativa de atendimentos para um serviço de Hospital Dia,
com taxa de 17,13% de ocupação dos leitos, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2009..................................................
80
Quadro 10
Custo das Internações, custo médio por dia de permanência e
custo médio dos PPAHD, em regime convencional, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
82
Quadro 11
Custo estimado mensal com Recursos Humanos para uma
unidade de Hospital Dia.................................................................
83
Quadro 12
Custo estimado mensal para uma unidade de Hospital Dia, no
cenário I ........................................................................................
83
Quadro 13
Resumo das despesas de custeio estimadas para uma unidade
de Hospital Dia, no cenário I .........................................................
84
Quadro 14
Total estimado de atendimentos e de permanência (em dias), de
PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.....................
84
Quadro 15
Custos estimados das Internações, custo médio por dia
permanência e custo médio dos PPAHD, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007........................................................................
85
Quadro 16
Custo estimado mensal com Recursos Humanos para uma
unidade de Hospital Dia, no cenário II ..........................................
85
Quadro 17
Resumo das despesas de custeio estimadas para uma unidade
de Hospital Dia, no cenário II ........................................................
86
Quadro 18
Total estimado de atendimentos e de permanência (em dias), de
PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.....................
86
Quadro 19
Custos estimados das Internações, custo médio por dia de
permanência e custo médio dos PPAHD, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007........................................................................
86
Quadro 20
Custo estimado mensal para uma unidade de Hospital Dia, no
cenário III ......................................................................................
87
Quadro 21
Resumo das despesas de custeio estimadas para uma unidade
de Hospital Dia, no cenário III .......................................................
87
Quadro 22
Total estimado de atendimentos e de permanência (em dias), de
PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007....................
88
Quadro 23
Custos estimados das Internações, custo médio por dia de
permanência e custo médio dos PPAHD, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007........................................................................
88
Quadro 24
Valor faturado para o SUS em 2007 dos pacientes atendidos
pelo HU, passíveis de atendimento em Hospital Dia....................
90
Quadro 25
Receita das Internações, receita dia por dia de permanência
e receita média dos pacientes passíveis de atendimento em
Hospital Dia, em regime convencional, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007........................................................................
90
Quadro 26
Cálculo da receita estimada de 4.840 PPAHD, no período de 11
meses............................................................................................
91
Quadro 27
Receitas estimadas das Internações, receita média por dia de
permanência e receita média dos PPAHD, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
91
Quadro 28
Cálculo da receita estimada de 3.872 PPAHD, no período de 11
meses............................................................................................
92
Quadro 29
Receitas estimadas das Internações, receita média por dia de
permanência e receita média dos PPAHD, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
92
Quadro 30
Cálculo da receita estimada de 829 PPAHD no período de 11
meses ...........................................................................................
92
Quadro 31
Receitas estimadas das internações, receita média por dia de
peremanência e recieta média dos PPAHD, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007 ................................................
93
LISTAS DE GRÁFICOS
Gráfico 1
Evolução do número de leitos em regime de Hospital Dia
disponíveis no Brasil......................................................................
50
Gráfico 2
Procedimentos realizados no Hospital Universitário no período
de 2000 a 2006..............................................................................
58
Gráfico 3
Distribuição (n
o
. e %) dos pacientes passíveis de atendimento
em Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR. 2007........
73
Gráfico 4
Distribuição (%) dos pacientes passíveis de atendimento em
Hospital Dia, segundo sexo, Hospital Universitário, Londrina,
PR, 2007........................................................................................
74
Gráfico 5
Distribuição (%) dos pacientes passíveis de atendimento em
Hospital Dia, segundo a faixa etária, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007........................................................................
75
Gráfico 6
Distribuição (%) dos pacientes passíveis de atendimento em
Hospital Dia, segundo a procedência, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007........................................................................
76
Gráfico 7
Distribuição (%) dos pacientes passíveis de atendimento em
Hospital Dia, segundo o tempo de internação, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
77
Gráfico 8
Distribuição (%) dos pacientes passíveis de atendimento em
Hospital Dia, segundo a classificação do grau de dependência
de cuidados de enfermagem, Hospital Universitário, Londrina,
PR, 2007........................................................................................
78
Gráfico 9
Comparativo de atendimentos ocorridos no regime convencional
versus o estimado para o regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
82
Gráfico 10
Comparativo do custo real ocorrido no regime convencional
versus o estimado para o regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
91
Gráfico 11
Comparativo da receita real ocorrida no regime convencional
versus a estimada para o regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
97
Gráfico 12
Comparativo dos custos e receitas ocorridas no regime
convencional versus os custos e as receitas estimadas para o
regime de Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR,
2007...............................................................................................
99
LISTAS DE TABELAS
Tabela 1
Número de leitos hospitalares no Brasil em 2008.........................
39
Tabela 2
AIHs pagas, casos cirúrgicos e procedimentos passíveis de
Hospital Dia...................................................................................
57
Tabela 3
Distribuição (valor e %) dos custos fixos e variáveis do
Ambulatório e da Unidade Masculina, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2009........................................................................
70
Tabela 4
Distribuição (n
o
. % e % acumulado) dos PPAHD, segundo o
procedimento realizado, Hospital Universitário, Londrina, PR,
2007...............................................................................................
79
Tabela 5
Comparativo de atendimentos ocorridos no regime convencional
versus o estimado para o regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
81
Tabela 6
Comparativo do número de dias de permanência ocorridos no
regime convencional versus o estimado para o regime de
Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007..............
83
Tabela 7
Distribuição (número, % e % acumulado) dos PPAHD, segundo
o centro de custos, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007....
83
Tabela 8
Comparativo entre o custo total em regime convencional e o
custo estimado em regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
92
Tabela 9
Comparativo do custo médio estimado por dia de permanência
ocorrido no regime convencional e o estimado em regime de
Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007..............
92
Tabela 10
Comparativo do custo médio estimado por paciente ocorrido no
regime convencional e o estimado em regime de Hospital Dia,
Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007....................................
92
Tabela 11
Comparativo entre a receita real em regime convencional e a
receita estimada em regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007..................................................
96
Tabela 12
Comparativo da receita média estimada por dia de permanência
ocorrido no regime convencional e a estimada em regime de
Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007..............
97
Tabela 13
Comparativo da receita média estimada por paciente ocorrido
no regime convencional e a estimada em regime de Hospital
Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007............................
98
Tabela 14
Comparativo de custos e receitas entre o regime convencional e
o regime de Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR,
2007...............................................................................................
99
LISTA DE SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRAHUE Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino
AIDS - Acquired Immunodeficiency Syndrome
AIH Autorização de Internação Hospitalar
AMS Assistência Médica Supletiva
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AT/DE Assessoria Técnica Diretoria de Enfermagem
ATI - Assessoria de Tecnologia e Informação
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CAPS Caixas de Aposentadoria e Pensão
CCS - Centro de Ciências da Saúde
CN de DST/AIDS - Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis -
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
COMEL - Coordenação da Região Metropolitana de Londrina
CONASEMS Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
CONASS - Conselho Nacional de Secretários da Saúde
DACA - Diretoria de Auditoria, Controle e Avaliação
DATASUS Departamento de Informática do SUS
EC Emenda Constitucional
ESF - Equipes de Saúde da Família
ESF - Equipes de Saúde da Família
ESF - Estratégia de Saúde da Família
FASA - Federated Ambulatory Surgery Association
FGV Fundação Getúlio Vargas
GM/MS Gabinete Ministerial Ministério da Saúde
HD Hospital Dia
HIV/AIDS - Human Immunodeficiency Vírus/ Acquired Immunodeficiency Syndrome
HU Hospital Universitário
IAPS - Instituto de Aposentadoria e Pensão
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
ICC - Insuficiência Cardíaca Crônica
IGP-DI Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna
IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado
INPS - Instituto Nacional de Previdência Social
MS Ministério da Saúde
NBR - Norma Brasileira
OMS Organização Mundial da Saúde
OPM - Órteses, Próteses e Materiais Especiais
OSS - Orçamento da Seguridade Social
PIB Produto Interno Bruto
PNH - Política Nacional de Humanização
PNHAH - Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
PS - Pronto Socorro
RML - Região Metropolitana de Londrina
SAME - Serviço de Arquivo Médico e Estatística
SAS/MS Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde
SCP - Sistema de Classificação de Pacientes
SIDA Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
SIH - Sistema de Informações Hospitalares
SUS Sistema Único de Saúde
UCI - Unidade de Cuidados Intermediários
UEL Universidade Estadual de Londrina
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
USP Universidade de São Paulo
UTI Unidade de Terapia Intensiva
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 20
1.1CONSTRUÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS ................................................. 20
1.2 IMPORTÂNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS ................................................. 22
1.3 GESTÃO DO SISTEMA DE SAÚDE .............................................................................. 24
1.3.1 Financiamento do SUS..................................................................................... 24
1.3.2 Planejamento e Gestão Eficiente da Saúde ..................................................... 27
1.3.3 Racionalização e Otimização de Recursos, Redução de Custos ..................... 30
1.4 HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO ............................................................................ 32
1.5 REDE HOSPITALAR ................................................................................................. 35
1.6 HOSPITAL DIA ........................................................................................................ 44
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 58
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 59
3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 59
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 59
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 60
4.1 DELINEAMENTO ...................................................................................................... 60
4.2 LOCAL DE ESTUDO ................................................................................................. 60
4.3 POPULAÇÃO E PERÍODO DE ESTUDO ........................................................................ 61
4.4 FONTE DE DADOS .................................................................................................. 62
4.5 SELEÇÃO DOS PACIENTES PASSÍVEIS DE INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DIA .................... 62
4.6 VARIÁVEIS AVALIADAS............................................................................................. 63
4.6.1 Características sociodemográficas dos pacientes ............................................ 63
4.6.2 Características das internações dos pacientes ................................................ 64
4.6.3 Oferta de Leitos no Regime Convencional e no Regime de Hospital Dia ....... 65
4.6.4 Custo Real das Internações em Regime Convencional .................................. 66
4.6.5 Custo Estimado das Internações em Regime de Hospital Dia ......................... 67
4.6.6 Receita real das internações em Regime Convencional .................................. 70
4.6.7 Receita estimada das internações em Regime de Hospital Dia ....................... 70
4.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ................................................................ 71
4.8 ASPECTOS ÉTICOS ................................................................................................. 71
5 RESULTADOS ....................................................................................................... 72
5.1 INTERNAÇÕES PASSÍVEIS DE ATENDIMENTO EM HOSPITAL DIA NO PERÍODO DE
2000 a 2007 .............................................................................................................. 72
5.2 CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DOS PACIENTES ....................................... 73
5.3 CARACTERÍSTICAS DA INTERNAÇÃO DOS PACIENTES ................................................ 75
5.4 NÚMERO ESTIMADO DE ATENDIMENTOS NO REGIME DE HOSPITAL DIA ........................ 78
5.5 COMPARATIVO DE NÚMERO DE ATENDIMENTOS OCORRIDOS NO REGIME CONVENCIONAL
VERSUS O ESTIMADO PARA O REGIME DE HOSPITAL DIA .................................................. 80
5.6 COMPARATIVO DO NÚMERO DE DIAS DE PERMANÊNCIA OCORRIDOS NO REGIME
CONVENCIONAL VERSUS O ESTIMADO PARA O REGIME DE HOSPITAL DIA .......................... 81
5.7 CUSTO DAS INTERNAÇÕES NO REGIME CONVENCIONAL .............................................. 82
5.8 CUSTO ESTIMADO DE INTERNAÇÃO NO REGIME DE HOSPITAL DIA .............................. 83
5.9 COMPARATIVO DO CUSTO TOTAL, CUSTO POR DIA DE PERMANÊNCIA E CUSTO POR
PACIENTE ENTRE A INTERNAÇÃO CONVENCIONAL DOS PACIENTES CLASSIFICADOS, VERSUS O
CUSTO ESTIMADO DA INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DIA ..................................................... 88
5.10 RECEITAS DAS INTERNAÇÕES NO REGIME CONVENCIONAL ...................................... 90
5.11 RECEITA ESTIMADA DE INTERNAÇÃO NO REGIME DE HOSPITAL DIA .......................... 91
5.12 COMPARATIVO DAS RECEITAS DA INTERNAÇÃO CONVENCIONAL DOS PACIENTES
CLASSIFICADOS VERSUS AS RECEITAS ESTIMADAS DA INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DIA ....... 93
5.13 COMPARATIVO GERAL DOS CUSTOS E DAS RECEITAS (REGIME CONVENCIONAL VERSUS
REGIME DE HOSPITAL DIA). .......................................................................................... 95
6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 97
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 104
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 107
APÊNDICES
....................................................................................................
117
Apêndice A
Planilha de Custos estimados para um serviço de Hospítal Dia.
Cenário I......................................................................................
118
Apêndice B
Planilha de Custos estimados para um serviço de Hospítal Dia.
Cenário II.....................................................................................
120
Apêndice C
Planilha de Custos estimados para um serviço de Hospítal Dia.
Cenário III....................................................................................
122
ANEXOS
....................................................................................................
124
Anexo A
Procedimentos previstos na tabela SIH/SUS para a realização
em Hospital Dia Geral.................................................................
125
Anexo B
Custo total despendido com os pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia em 2007.......................................
134
Anexo C
Planilha de Custos Centro de Custos: C13 - Ambulatório do
Hospital Universitário..................................................................
135
Anexo D
Planilha de Custos Centro de Custos: C05 - Unidade
Masculina do Hospital Univeristário............................................
137
Anexo E
Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa..................................
139
20
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONSTRUÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS
Desde a década de 1920, com o crescimento gradativo da industrialização
no país, assim como do contingente de trabalhadores urbanos, tiveram início as
reivindicações por políticas previdenciárias e por assistência à saúde, inicialmente
organizadas através de Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPS), reconhecidas
pelo Estado em 1923. (SILVA JUNIOR; ALVES, 2009; MENDES, 1993)
Na década de 1930, as políticas de saúde fixaram formas mais permanentes
de atuação através de estruturas de atendimento especializados. As CAPS foram
transformadas em Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPS) que dispunham de
uma rede própria de ambulatórios e hospitais. A partir de 1964, no governo militar,
os IAPS foram unificados no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), porém
mantendo o foco na assistência à saúde individual, pois as ações de saúde pública
eram de responsabilidade dos governos estaduais e do Ministério da Saúde. Em
1975 foi definido um Sistema Nacional de Saúde em que as atividades de saúde
pública continuavam desarticuladas da assistência médica individual. (SILVA
JUNIOR; ALVES, 2009; MENDES, 1993)
Na década de 1980, houve uma “revisão” do que vinha sendo feito com a
sugestão de novos modelos assistenciais, buscando a universalização da saúde.
Surgiram iniciativas de implantação de redes de saúde voltadas para a atenção
primária em alguns municípios como Niterói, Londrina e Campinas, que por sua vez
serviram de base para o Movimento de Reforma Sanitária, amplamente debatido na
VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986. Tão importantes foram as diretrizes
traçadas nessa Conferência que, em 1988, ganharam forma de Lei através da
promulgação da Constituição Federal. (SILVA JUNIOR; ALVES, 2009; MENDES,
1993)
Em 1990, mais dois instrumentos jurídicos ratificaram os princípios
constitucionais através da Lei Orgânica de Saúde n
o
. 8.080 de 19/09/1990 (que
dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes) e da Lei n
o
8.142 de
21
28.12.1990 (que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e
sobre as transferência de recursos financeiros na área da saúde). Ainda na década
de 1990 foi implantada a Estratégia de Saúde da Família (ESF), financiada pelo
Ministério da Saúde, e em 13 de setembro de 2000 foi promulgada a Emenda
Constitucional (EC) 29, que assegura recursos mínimos da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios para o financiamento das ações e serviços públicos de
saúde, tudo isso visando a consolidação e o aperfeiçoamento do Sistema Único de
Saúde - SUS. (SILVA JUNIOR; ALVES, 2009; MENDES, 1993) No entanto, até
junho de 2010 a EC n
o
. 29 ainda não havia sido regulamentada pelo Congresso
Brasileiro para posterior aprovação pelo Governo.
Por seu histórico o SUS é fruto de um processo de construção coletiva que
gradativamente tomou forma e escopo jurídico, em resposta aos anseios da
sociedade, sendo consolidado na Constituição Federal de 1988.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação. (BRASIL, 1988)
A Lei Orgânica de Saúde n
o
. 8.080 (BRASIL, 1990), por sua vez, ampliou
este conceito e ratificou no seu artigo que “A saúde é um direito fundamental do
ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno
exercício”.
A Constituição Federal de 1988, ao estabelecer o direito universal à saúde
como dever do Estado, trouxe cidadania à população. A partir da sua promulgação
milhões de brasileiros passaram a ter o direito fundamental à saúde, antes excluídos
dos serviços de saúde privados e dependentes da caridade e da filantropia, por falta
de atendimento e assistência. Com o SUS foi criado um sistema universal,
descentralizado, participativo, com controle social e ao alcance de todos os
brasileiros sem distinção.
Temos, hoje, um modelo com um conceito ampliado de saúde que trata não
da doença, mas da prevenção e da qualidade de vida voltado para uma atenção
equitativa e integral. O SUS modificou o paradigma da inclusão e liderou uma
profunda reforma do estado brasileiro.
22
1.2 IMPORTÂNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS
Em menos de duas décadas o SUS transformou-se no maior projeto público
de inclusão social, com números impressionantes que demonstram a sua
importância para a sociedade, conforme demonstra Santos (2009b, p. 17):
Foram 110 milhões de pessoas atendidas por agentes comunitários,
de saúde em 95% dos municípios e 87 milhões atendidos por 27 mil
equipes de saúde de família. Em 2007: 2,7 bilhões de procedimentos
ambulatoriais, 610 milhões de consultas, 10,8 milhões de
internações, 212 milhões de atendimentos odontológicos, 403
milhões de exames laboratoriais, 2,1 milhões de partos, 13,4 milhões
de Ultrasons, Tomografias e Ressonâncias, 55 milhões de seções de
fisioterapia, 23 milhões de ações de vigilância sanitária, 150 milhões
de vacinas, 12 mil transplantes, 3,1 milhões de cirurgias, 215 mil
cirurgias cardíacas, 9 milhões de seções de radio-quimioterapia, 9,7
milhões de seções de hemodiálise e o controle mais avançado da
AIDS no terceiro mundo.
Mas a importância do SUS não se reflete somente nos números de
atendimentos à população, mas também por sua forte presença na economia e no
mercado de trabalho.
São mais de 5,8 mil hospitais, 60 mil unidades ambulatoriais e 500
mil leitos (entre públicos e privados contratados). A cada ano são
realizadas, em média, 11 milhões de internações, 1,4 bilhão de
procedimentos ambulatoriais, 44 milhões de consultas especializadas
e 250 milhões de consultas básicas. Cerca de 11 mil transplantes
são custeados, anualmente, com recursos da rede pública de saúde.
Apesar de as estatísticas mostrarem o quanto o SUS é grandioso,
sabe-se que garantir a sustentação de um sistema dessa magnitude
não é tarefa fácil. (BRASIL, 2007, p.5)
Ainda sobre a importância do SUS para a economia do país, afirmou Dain
(2007, p.1862),
[...] em termos econômicos, a cadeia produtiva da saúde representa
entre 7% e 8% do PIB, mobilizando um valor em torno de R$ 160
bilhões. Emprega diretamente, com trabalhos qualificados formais,
cerca de 10% da população brasileira e é a área de maior expressão
no país de investimentos públicos com pesquisa e desenvolvimento.
Em termos de empregos diretos e indiretos, em toda cadeia
produtiva, o conjunto destas atividades representa cerca de 7,5
milhões de trabalhadores inseridos, predominantemente, em
atividades intensivas em conhecimento.
23
De acordo com dados do Ministério da Saúde (BRASIL, 2008a, p.5 e 6):
Em que pesem as dificuldades históricas e estruturais de
implementação de um projeto de tal envergadura, o SUS já ocupa de
fato um espaço importante na sociedade e na percepção dos direitos
de cidadania, espaço este que vai muito além da retórica e do
terreno das intenções. Mais de 70% da população brasileira depende
exclusivamente do SUS e 87 milhões de brasileiros são
acompanhados por 27 mil Equipes de Saúde da Família (ESF),
presentes em 92% dos municípios, sendo a base para um novo
modelo assistencial. No campo econômico, a saúde pode ainda ser
olhada por um outro prisma. A estimativa internacional disponível,
apresentada pelo Fórum Global para a Pesquisa em Saúde em 2006,
indica que a saúde responde por 20% da despesa mundial, pública e
privada, com as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento
Tecnológico (P&D), representando um valor atualizado de US$ 135
bilhões, sendo claramente uma das áreas mais dinâmicas do mundo.
O SUS foi uma conquista da sociedade, consolidada ao longo de décadas
por aguerridos movimentos sociais em defesa da dignidade do ser humano. Todo
esse processo de construção de um Sistema Único de Saúde “para todos”,
concebeu importantes princípios que norteiam as políticas públicas de saúde, tais
como: o da universalidade, da qualidade, da humanização, da racionalidade, da
eficiência, da integralidade, da equidade, da descentralização, da regionalização e
da participação popular, os quais devem ser perseguidos pela sociedade em busca
de uma assistência à saúde mais eficiente, humana e eficaz.
E como âncoras destes princípios entendemos como sendo importante para
o SUS a busca por uma gestão eficiente (financiamento, planejamento, eficiência,
redução de custos, otimização de recursos), pela humanização no atendimento
(acolhimento, classificação de risco, instalações adequadas, acompanhamento
familiar) e, pela resolubilidade do sistema, decorrente da rede de serviços
constituída (atendimentos, número de leitos, hospitais, complexidade, cuidados de
enfermagem) em resposta às demandas da sociedade.
Conforme o Ministério da Saúde (BRASIL, 2003a, p.45):
A oferta de serviços no SUS está no caminho irreversível da
eficácia, mas ainda bastante longe da imprescindível otimização dos
resultados em relação aos recursos disponíveis: as prioridades na
oferta de serviços e a relação custo-benefício encontram-se, ainda,
só parcialmente assumidas em todas as esferas da Gestão.
24
Na lógica da otimização dos resultados, Feuerwerker et al (2007, p. 967)
destacam a importância da racionalização de custos e da humanização como
componentes que “operam em favor de uma reorganização da atenção à saúde,
prevendo novos lugares e papéis para os hospitais dentro da rede de serviços de
saúde” (BRASIL, 2003a, p.45)
1.3 GESTÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
Em razão da importância que o SUS passou a ocupar na sociedade, a busca
por uma gestão eficiente do sistema de saúde, público ou privado, tem sido uma
preocupação constante dos diversos atores que o integram, representados pelos
gestores, prestadores e usuários, que as fontes de financiamento estão cada vez
mais escassas, ao mesmo tempo em que a demanda pelos serviços de saúde são
crescentes. Por isso a necessidade permanente de buscar soluções racionais e
factíveis, sempre focadas no atendimento das demandas de serviços de saúde
requeridas pela população.
1.3.1 Financiamento do SUS
A crescente insuficiência de recursos, principalmente federais, para o
financiamento do SUS, impede avanços em inúmeras ações já consolidadas e
adequação de tantas outras que carecem de ajustes e maximização de serviços.
Faltam recursos, no entanto também é preciso avaliar o grau de eficiência com que
tais recursos são aplicados e daí a importância da formulação de novos modelos
gerenciais capazes de deslocar a hegemonia do “modelo da oferta de serviços para
o “modelo das necessidades e direitos da população”. Ou seja, tão importante
quanto o volume de recursos para a saúde também é a gestão desses recursos
disponíveis, voltados para o atendimento das necessidades da sociedade. O
centralismo no processo de planejamento e orçamentação com baixa consideração
ao planejamento ascendente ainda dificulta maiores avanços na implementação de
ações efetivas em favor da comunidade. As decisões de investimentos ainda estão
25
fortemente vinculadas às rubricas orçamentárias, e nem sempre levam em conta os
planejamentos ascendentes, ocorrendo muitas vezes a inversão das prioridades
locais. Segundo Santos (2009, p. 10), “é especialmente na ponta do sistema que
tem ocorrido milhares de experiências positivas entre gestores descentralizados,
trabalhadores de saúde, prestadores de serviços e usuários”, verdadeiras pontas de
icebergs, reveladoras de incomensurável potencial de futura retomada de rumos na
construção do SUS.
Conforme Carvalho (2007, p. 880), “É inquestionável a importância do
financiamento público dos serviços de saúde no Brasil, onde mais de 30% da
população vive em estado de pobreza (renda familiar mensal per capita de até meio
salário mínimo)”.
Segundo Santos (2008a, p.26) “Não recursos adicionais para atenção
básica, para serviços preventivos e para os menos incluídos e os excluídos,
tampouco para investimentos estratégicos na capacidade instalada e no pessoal de
saúde em todos os níveis”, resume. O autor ainda afirma que há problemas
estruturais da saúde pública brasileira que, de uma maneira ou de outra, estão
relacionados a um único tema: o financiamento, que é notoriamente insuficiente, “a
ponto de impedir não somente a implementação progressiva e incremental do
sistema, como a reestruturação do modelo em função do cumprimento dos princípios
constitucionais”.
De acordo com a ABRAHUE Associação Brasileira de Hospitais
Universitários e de Ensino (ABRAHUE, 2008), desde a sua criação, o SUS tem
sofrido um crônico subfinanciamento, impactando negativamente nos serviços
prestados à população, ressaltando que “o financiamento federal do SUS,
inicialmente idealizado, deveria ser feito com base em 30% do Orçamento da
Seguridade Social (OSS), o que representaria em valores atuais (2008) cerca de R$
96 bilhões”, quando na verdade o governo federal dispõe de apenas R$ 48,5 bilhões
que, mesmo somados aos recursos estaduais e municipais, representam um valor
per capita de R$ 500,00 por ano, muito inferior a outros países, inclusive daqueles
que não garantem atendimento universal aos seus cidadãos, sendo uma ameaça ao
setor de saúde que emprega mais de 8 milhões de trabalhadores e representa 8%
do Produto Interno Bruto PIB, brasileiro.
26
Desta maneira, Santos (2008b, p. 2012), entende que:
Os gestores municipais e estaduais do SUS, os trabalhadores de
saúde e os prestadores de serviços encontram-se no sufoco e
angústia de atender os sofrimentos e urgências de "hoje e ontem",
obrigados a reprimir demandas, sabendo penosamente que ações
preventivas e de diagnósticos precoces impediriam o surgimento da
maior parte de casos graves e urgentes, mas obrigados a priorizar os
casos de maiores sofrimentos e urgências devido à insuficiência de
recursos.
Vale ressaltar ainda que “desde meados dos anos 90, a tabela do SUS
sofreu apenas correção de 37%, frente a um crescimento do IGP-M de 318,10 %, e
aumento de insumos estratégicos, como combustíveis e energia, entre 500% e
600%.” (DAIN, 2007, p. 1859)
Por sua vez, a Emenda Constitucional n
o
. 29 de 13 de setembro de 2000
(BRASIL, 2000), que vinculou percentuais mínimos da receita das três esferas de
governo às despesas setoriais e que deveria assegurar os recursos mínimos para o
financiamento das ações e serviços públicos de saúde, ainda carece de
regulamentação sobre quais bases de lculo deverá ser aplicada, dessa forma
ainda não cumpriu o seu principal objetivo de dar lastro e blindagem ao SUS em
termos de sustentabilidade e suficiência de recursos.
Segundo técnicos dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e
Municipais de Saúde, CONASS e CONASEMS, ”A situação do orçamento da saúde
para 2010 é uma das mais críticas dos últimos anos. Os recursos previstos para o
setor na proposta orçamentária encaminhada pelo Governo são de apenas R$ 54,8
bilhões, muito aquém do necessário”. (NOTÍCIAS..., 2009). Somente para 2010
seriam necessários mais de R$ 6 bilhões para complementar as necessidades do
SUS. O próprio ministro da Saúde, Jo Gomes Temporão, entende que “o
orçamento para 2010 é ruim e que é necessário regulamentar logo a Emenda
Constitucional 29”. (ORÇAMENTO..., 2009)
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2008a, p. 90), está previsto para o
quadriênio de 2008-2011, investimentos da ordem de R$ 89,4 bilhões para a saúde,
sendo que R$ 65,1 bilhões já estariam assegurados e outros 24,3 bilhões serão com
recursos a serem expandidos.
Em vista da escassez de recursos financeiros para a saúde, conforme
compreendido anteriormente, torna-se imprescindível a adoção de ações de
27
planejamento e gestão eficiente dos recursos físicos, financeiros e humanos
disponíveis na área.
1.3.2 Planejamento e Gestão Eficiente da Saúde
A noção de otimização dos recursos disponíveis leva em conta o cálculo de
utilidade, ou seja, aquilo que é útil às pessoas, sabendo-se que para a produção de
bens e serviços haverá acréscimo de benefícios e de custos, sendo os primeiros
considerados desejáveis e potencializados e os segundos evitáveis ou minimizados,
visto que o conceito de eficiência econômica busca ter o ximo de resultados
positivos possíveis com o menor custo possível. (MENDES, 2005)
Segundo Sen (apud MENDES, 2005, p.14),
Quando a sociedade escolhe a quantia de bens e aloca recursos de
produção de forma apropriada, segundo a visão neoclássica da
economia, isto se refere ao grau de eficiência do produto desse bem,
ou melhor, quando uma alocação eficiente de recursos na
produção desse bem. Essa visão econômica insiste em colocar que,
ao se determinar o grau de produção que é eficiente, se deve
considerar ambos os aspectos: os benefícios dos novos bens e o
custo oportunidade em produzi-los.
Para Vecina Neto e Malik (2007, p. 839) é preciso aprimorar a gestão e,
“tanto o setor público quanto o privado têm que fazer um voto de busca da eficiência,
implicando em uma nova disposição para a gestão”, fazendo-se uso de informações,
gerenciamento de custos e processos informatizados.
Entende-se que o conjunto de ações na área da saúde deve responder aos
anseios da comunidade,
O planejamento deve ser ascendente, iniciando-se na base local até
a federal, e reforçar o sentido de que a integralidade da assistência
se completa com o conjunto articulado de serviços, de
responsabilidade dos diversos entes governamentais. (SANTOS,
2009a)
28
Segundo Campos (apud MENDES, 2005, p. 35),
A gestão de um sistema de saúde considera importante o
planejamento como instrumento gerencial para ordenar a produção
de serviços de saúde. O planejamento deve contribuir para alcançar
melhor alocação e distribuição de recursos, utilizando como
ferramentas os diagnósticos epidemiológicos e das necessidades de
saúde.
Pode-se depreender também de Feuerwerker et al. (2007, p.966) a
importância do planejamento, em vista de que:
Os desafios impostos pela transição epidemiológica e o
envelhecimento das populações, ameaçam o financiamento dos
sistemas de saúde em função de ineficácia, ineficiência, iniqüidades
decorrentes da incorporação de tecnologia sem critérios de custo-
benefício e da explosão de custos e gastos decorrentes do modelo
hegemônico de pensar saúde.
Mais do que ser um processo administrativo/jurídico que leve ao
estabelecimento de um conjunto ordenado de ações visando a consecução de
objetivos, na área da saúde o planejamento deve buscar por excelência a eficiência
do sistema, pois, pressupõe-se, disso resultaria em uma melhor assistência médico-
hospitalar em favor dos usuários e uma melhor gestão dos recursos em favor do
gestor e do prestador.
Vecina Neto e Malik (2007, p. 837), afirmam que “a preocupação com a
eficiência chega a ser criticada, como um estímulo ao racionamento de serviços,
mas quando a eficiência é critério de avaliação da gestão faz sentido buscar
métodos gerenciais” tendo por base a apuração de custos orientados por agentes
internos, com conhecimento sobre os processos.
Santos (2008b, p. 2014), coloca em xeque a discussão entre a necessidade
da atenção básica elevar a sua qualidade e resolutividade e a “implantação e
implementação da diretriz constitucional da integralidade e
regionalização/hierarquização, isto é, das redes regionalizadas de ações e serviços
de todos os níveis de complexidade”, o que, de certa forma, impacta nas ações de
planejamento e gestão do sistema de saúde.
29
Na visão de Cecilio (1997, p.471) a porta de entrada mais importante para o
sistema de saúde deveria ser a rede básica de saúde, no entanto:
A porta de entrada principal continua sendo os hospitais, públicos ou
privados, através dos seus serviços de urgência/emergência e dos
seus ambulatórios. Atesta isto o fato de os atendimentos hospitalares
serem expressivamente maiores do que o atendimento total feito nas
unidades básicas de saúde, na maioria dos municípios nos quais
exista a alternativa de acesso ao hospital. Os pronto-socorros
sempre lotados são a imagem mais expressiva desta situação.
Por isso, de acordo com Santos (2008b, p.2011) “Os serviços de média e
alta complexidade, cada vez mais congestionados, reprimem oferta e demanda -
repressão em regra iatrogênica e freqüentemente letal”.
Complementa ainda o autor (2008a):
Permanecem recordes insustentáveis e inaceitáveis de consultas
especializadas, exames laboratoriais e de imagem e tratamentos,
evitáveis ou desnecessários, que consomem tempo e recursos que
agravam a repressão da demanda do atendimento necessário e
prioritário.
Santos (2008b, p.2012) ainda ressalta que também permanecem “esperas
para procedimentos mais sofisticados geradoras de profundos sofrimentos com
agravamento de doenças e mortes evitáveis”.
A busca da eficiência através do planejamento não é assunto novo na área
da saúde, mas isso deve ser uma prerrogativa a ser assumida cada vez mais
fortemente pelos diversos atores que a integram.
Para Carvalho (2007, p. 891):
É inquestionável que ainda muito a ser feito em relação à
eficiência, apesar dessa busca se manifestar muitos anos, em
praticamente todos os instrumentos normativos com vistas à
estruturação sistêmica do setor. Na Constituição de 88, os
dispositivos relacionados à descentralização de ações e serviços de
saúde com direção única em cada esfera de governo e controle
social objetivavam a racionalização da rede e, conseqüentemente,
otimização dos gastos.
30
1.3.3 Racionalização e Otimização de Recursos, Redução de Custos
uma frase muito conhecida no meio hospitalar que diz “Saúde não tem
preço, mas tem custo”. A idéia principal, pode-se dizer, está na otimização dos
recursos disponíveis. Conforme afirma Dain (2007, p.1983) “Gasto em saúde não é
sinônimo de desperdício de recursos. Assim, os gestores da Saúde, em todos os
níveis de governo, devem zelar pela qualidade de seu gasto e pela racionalização e
redução de seus custos”.
Para Del Nero (apud DALLORA;FORSTER, 2008, p.138),
A economia da saúde: [...] tem por objetivo a otimização das ações
de saúde, ou seja, o estudo das condições ótimas de distribuição de
recursos disponíveis para assegurar à população a melhor
assistência à saúde e o melhor estado de saúde possível, tendo em
conta meios e recursos limitados.
A busca de um novo modelo de gestão que vise a eficiência, a
racionalização dos gastos e a contenção dos custos dificilmente seo resultado de
ações isoladas, mas sim da integração das equipes de saúde e administrativa nas
suas diferentes áreas do saber.
Conforme Dallora e Forster (2008, p.141):
A visão que deve prevalecer é a multidisciplinar, considerando
principalmente, que na área da saúde os resultados não se medem
simplesmente por ganhos econômicos. Numa instituição de saúde, o
resultado social é mais importante que o financeiro, mesmo assim,
não se prescinde de um sistema de informações que permita ampla
visão e gerenciamento dos custos das atividades desenvolvidas.
Se a racionalização e otimização dos recursos na área da saúde é
importante do posto de vista da gestão administrativa, mais importante ainda se
torna quando se leva em conta que por um lado, os custos do setor são crescentes,
e por outro, o modelo de financiamento vigente não dá a resposta necessária.
No entendimento de Vecina Neto e Malik (2007, p.835),
No setor público, principalmente quando gerenciado diretamente por
organizações públicas, o fenômeno é mais evidente. A única
iniciativa diferente observável na busca por solução dos problemas
de financiamento foi a criação da segunda porta, viável apenas em
alguns hospitais universitários.
31
Sobre essa segunda porta os autores entedem que:
o aumento dos custos, a pressão dos compradores de planos
privados de saúde (85% dos planos existentes em 2006 são
coletivos), a pressão regulatória sobre as modalidades de oferta e
sobre os preços, além da política de ressarcimento do SUS, têm
levado vários atores desse setor a buscar novas alternativas
organizacionais de sobrevivência, através da Assistência Médica
Supletiva AMS. (2007, p.829)
Segundo a Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB,
2010) Dívidas acumuladas, falta de profissionais e problemas de infraestrutura são
constantes na realidade dos hospitais universitários de todo o País. A rede de
hospitais federais opera com um déficit anual de R$ 220 milhões, sendo que, em
2008, o orçamento foi de R$ 3,5 bilhões.
Se por um lado as despesas hospitalares são crescentes, inflacionadas
principalmente pela elevação dos custos com a aquisição de medicamentos e
materiais médico-hospitalares, por outro as receitas são poucos flexíveis já que
estão fora da governabilidade dos Hospitais havendo ainda a defasagem na
correção das tabelas de remuneração de procedimentos pelo Ministério da Saúde.
De acordo com Dallora e Forster (2008, p.137) os Hospitais Universitários
“são caros e seu equilíbrio financeiro é um grande desafio que depende da receita e
dos custos. Diante desse quadro, onde a receita é pouco negociada, uma possível
solução passa pela gestão dos custos internos”. Uma das razões seria porque
concentram atendimentos de alta complexidade, de maior custo que os
procedimentos de média complexidade, e por desenvolverem atividades que
mesclam atos médicos com procedimentos didáticos (ensino).
Nesse sentido corrobora Carvalho (2007, p.889) entendendo que “Sem
dúvida o caminho para a sustentabilidade da assistência médico-hospitalar blica
passa pela busca e adoção de diretrizes, metodologias e instrumentos voltados ao
aumento da receita e à redução dos custos”.
E para fazer frente as necessidade dos gestores em buscar soluções viáveis
diante dos desafios impostos pelos altos custos na saúde, os administradores do
sistema podem e devem contar com diversas ferramentas gerenciais, tendo por base
os princípios da análise econômica que trabalha com a apuração de custos,
dispondo de algumas técnicas.
32
Dallora e Forster (2008, p.136), destaca as principais, sendo:
1. Custo-Benefício: avalia se os benefícios resultantes de um
programa compensam seus custos. Mostra a relação entre os custos
e os benefícios diretos e indiretos gerados;
2.Custo-Efetividade: destina-se à escolha da melhor estratégia para
atingir um determinado objetivo, ou seja, trata-se de estudo
comparativo de alternativas para executar uma mesma ação;
3.Custo-Utilidade: comparam-se diferentes tratamentos destinados,
fundamentalmente, a pacientes crônicos. A unidade de comparação
é a relação custo/sobrevida, que leva em conta o tempo e a
qualidade da sobrevida decorrente de diferentes tipos de
intervenção;
4.Custo Mínimo: Compara alternativas de programas/projetos/ações
de saúde, que apresentam o mesmo resultado e escolhe-se aquele
com menor custo.
5.Custo de Oportunidade ou Custo Social: incorpora a noção de que
os recursos utilizados para uma intervenção/projeto não estarão mais
disponíveis para outros. O custo de oportunidade ou custo social
reflete a escassez de recursos.
1.4 HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO
Paralelamente às ações de gestão financeira e tão importantes quanto
estas, os conceitos do acolhimento, da humanização e do cuidado integral ao
usuário estão sendo gradativamente disseminados no sistema, com iniciativas
isoladas em instituições de saúde, pressionadas pela maior conscientização dos
usuários quanto aos seus direitos e pelas diretrizes que emergem dos conselhos e
das conferências municipais, estaduais e federal de saúde. Mais do que uma
política/diretriz do Ministério da Saúde, essa prática está sendo entendida como
necessária para o conjunto de serviços da saúde.
O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH)
foi implantado pelo Ministério da Saúde no ano de 2000, constituindo-se
posteriormente na Política Nacional de Humanização (PNH), que tem como objetivo
atender às demandas subjetivas manifestadas pelos usuários e trabalhadores dos
serviços de saúde. Tais demandas incluem a integralidade do atendimento e o
respeito aos direitos dos usuários. “O desafio permanente do SUS é possibilitar o
acesso de todos os cidadãos de forma universal e equânime garantindo a
33
integralidade, universalidade, humanização e qualidade na atenção”. (PISTELLI;
SILVA; VIEIRA, 2009)
Ainda, conforme Falk et al. (2006, p.136), a humanização, enquanto política,
direito de todos e dever do Estado “deve, necessariamente, atravessar as diferentes
ações e instâncias gestoras dos serviços de saúde e, nessa perspectiva, estar
comprometida com as dimensões de prevenir, cuidar, proteger, tratar, recuperar,
promover, enfim, de produzir saúde”.
A humanização implica em traduzir os princípios do SUS em ações voltadas
aos sujeitos, devendo ser entendida como mudança nos modelos de atenção e
gestão dos processos de trabalho, tendo como foco as necessidades dos cidadãos e
a produção de saúde como também o compromisso com a ambiência, a melhoria
das condições de trabalho e do atendimento.
De acordo com Santos Filho (apud SOARES; BARBOSA, 2007, p. 2):
Os serviços de saúde devem oferecer atendimentos que possibilitem
a responsabilização e vínculos efetivos dos profissionais com o
usuário; acolhimento de acordo com a gravidade do seu quadro;
redução de filas e tempo de espera de atendimento; garantia dos
direitos do código dos usuários; garantia de gestão participativa aos
trabalhadores e usuários; estratégias de qualificação e valorização
dos trabalhadores envolvidos.
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2008a, p. 59) destaca a importância das
relações pessoais no cuidado. “A saúde tem uma dimensão interpessoal no cuidado
que jamais permitirá sua automatização. Por mais máquinas que haja não haverá
produção do cuidado sem o trabalhador de saúde, que mais que curar deve cuidar
daqueles que sofrem”. Santos (2009a) lembra ainda que “A vida, por si só, despida
de dignidade, nem sempre é o maior bem. O sofrimento moral, muitas vezes, é pior
do que o sofrimento físico”, e que a evolução da medicina não pode empobrecer as
relações com os pacientes.
Os gestores de hospitais, por sua vez, devem sempre levar em conta a
importância da qualidade técnica e também a conduta ética dos profissionais que
contribuem para o cuidado, buscando o desenvolvimento de estratégias
permanentes que aprimorem tais atributos. (CECILIO, 2000)
A humanização quando levada ao ambiente hospitalar, ao mesmo tempo em
que muda paradigmas, também é afetada pelas políticas e estruturas de assistência
34
à saúde prestada aos pacientes. A busca pela humanização, qualidade dos serviços
e menores custos inserem os hospitais num novo contexto dentro da atenção à
saúde, induzindo a busca de alternativas substitutivas para uma série de
procedimentos, antes intra-hospitalares.
Segundo Martin (apud SOARES; BARBOSA,2007, p.4) :
A humanização de um hospital começa com o conceito de saúde de
bem-estar do indivíduo, promovido em todas as dimensões: física,
mental, social e espiritual. Para que isso dê certo, o empreendimento
tem que ser de equipe, envolvendo muitas pessoas, profissionais e
voluntários, todos comprometidos com a dignidade do ser humano e
com a promoção do seu bem-estar integral.
Feurwerker (2005, p.502), ressalta ainda que:
A produção de atos de saúde é um terreno do trabalho vivo (isto é,
um terreno no qual predominam as tecnologias leves relacionais
em detrimento das tecnologias duras equipamentos e saberes
estruturados). Isso acontece porque a produção de atos de saúde
opera sempre com altos graus de incerteza e com grau não
desprezível de autonomia dos trabalhadores. É exatamente essa
característica que abre grandes possibilidades para estratégias que
possibilitem a construção de novos valores, compreensões e
relações, pois há espaço para a invenção.
Por isso a importância do cuidado integral e humanizado, pois mesmo
naqueles hospitais ou alas hospitalares sofisticados e com alto grau de conforto
haverá sempre a vivência, pelo paciente, de separações e de sofrimento.
Sant’Anna (2000, p.13) lembra que:
Uma vez internado, o paciente sofre uma ruptura com seu cotidiano,
desencadeadora de um sentimento de “falta de existência”, como se
ele ficasse subitamente em déficit para com o mundo: separa-se da
família, da residência, do bairro, do trabalho, dos amigos e começa a
experimentar um constante desfazer de suas certezas e identidades;
suas diferenças de sexo, idade e profissão tendem a ser anuladas
em favor da condição de paciente; ele deixa de ter direitos sobre o
próprio corpo e se separado, de modo abrupto, da vida que, dia a
dia, construía e reconstruía sua identidade.
35
A ambiência hospitalar (tratamento dado ao espaço físico) também tem
grande importância no processo de humanização e deve ser entendida como o
espaço social, profissional e de relações interpessoais que visa proporcionar uma
atenção acolhedora, humana e resolutiva, considerando alguns elementos que
atuam como catalisadores da inter-relação homem x espaço, possibilitando a
reflexão do sujeito e do processo de trabalho, o conforto focado na privacidade e
individualidade, a otimização de recursos e o atendimento humanizado, acolhedor e
resolutivo. (BRASIL, 2004)
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2004, p.15) destaca ainda que um dos
parâmetros para o acompanhamento da implementação da humanização, na
atenção hospitalar, preconizada pelo SUS é a “existência de mecanismos de
desospitalização, visando alternativas às práticas hospitalares como as de cuidados
domiciliares”.
1.5 REDE HOSPITALAR
O SUS é uma conquista da sociedade, fundamentado em princípios e
diretrizes e é por meio da sua estrutura “visível” que ele se torna de fato acessível e
importante a essa sociedade. Porém muito ainda tem que ser feito, frente à
crescente demanda por serviços de saúde em todos os níveis de atenção (baixa,
média e alta complexidade) requeridos pela população. Destaca-se que o Brasil em
1988 tinha uma população estimada de 141,3 milhões de pessoas, com uma
projeção de 191,4 milhões para 2009, o que, em tese, representa um aumento de
35,45% na demanda de serviços de saúde. (IBGE, 2009)
Como afirma Mesquita (2008, p.1):
Dentre os desafios à consolidação do Sistema Único de Saúde
(SUS), certamente se encontra a necessidade de ampliação e de
melhoria da capacidade assistencial do sistema, sobretudo
contemplando a perspectiva de maior equidade. Trata-se de um
desafio estreitamente relacionado aos níveis de investimentos na
rede pública de saúde.
36
O hospital, sem dúvida, é uma das mais importantes frações “visíveis” do
sistema de saúde. Trata-se de um dos cenários onde as políticas e diretrizes de
saúde são transformadas em ações efetivas e palpáveis à sociedade. A Organização
Mundial da Saúde (OMS), no seu informe técnico n
o
, 122, de 1957, define o Hospital
como parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar
à comunidade completa assistência à saúde, tanto curativa quanto preventiva,
incluindo serviços extensivos à família, em seu domicílio e ainda um centro de
formação para os que trabalham no campo da saúde e para as pesquisas
biossociais. (LISBOA, 2008)
Considerando que a presente pesquisa foi desenvolvida no âmbito de um
Hospital Público Universitário é oportuno discorrer brevemente sobre sua definição e
importância. Segundo o Ministério da Educação os hospitais universitários são
unidades de saúde capazes de prestar serviços altamente especializados e de alta
complexidade, com qualidade e tecnologia de ponta à população. Garantem
também, suporte técnico necessário aos programas mantidos por diversos Centros
de Referência Estaduais ou Regionais e à gestão de sistemas de saúde pública de
alta complexidade. (DALLORA; FORSTER, 2008)
O Ministério da Saúde define como Alta Complexidade “o conjunto de
procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo,
objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos
demais níveis de atenção à Saúde (atenção básica e de média complexidade)”.
(BRASIL, 2009c)
Os Hospitais Universitários e de Ensino constituem elementos importantes
na rede pública de saúde brasileira. Em 2008 totalizavam 186 unidades,
representando 2,55% da rede hospitalar do país, sendo responsáveis por cerca de
10,3% dos leitos SUS, 11,8% das Autorizações de Internação Hospitalar - AIH,
11,6% da produção ambulatorial, 25,6% dos leitos de UTI, 37,56% dos
procedimentos de alta complexidade, 47% dos transplantes de fígado, 57% dos
transplantes renais, 68% dos transplantes cardíacos e 100% dos transplantes de
pulmão. (PETTA, 2008)
Independentemente do Hospital ser público ou privado, federal, estadual ou
municipal, de ensino ou de assistência, é considerado por diversos autores como
uma organização muito complexa.
37
Segundo Vecina Neto e Malik (2007, p.837):
Reconhecendo que o hospital é uma das organizações mais
complexas operadas pelo homem, torna-se imperativo ter um
instrumento que permita tornar mais rapidamente disponíveis os
dados a respeito do seu funcionamento, de maneira a estruturar a
gestão de maneira sistemática.
De acordo com Feuerwerker e Cecilio (2007, p.966):
O hospital não é qualquer equipamento de saúde. É uma
organização complexa - atravessada por múltiplos interesses - que
ocupa lugar crítico na prestação de serviços de saúde, lugar de
construção de identidades profissionais, com grande reconhecimento
social. Se os hospitais, em si, são instituições tão complexas, num
contexto de mudanças como o atual, os desafios que se apresentam
para sua gestão são ainda mais significativos.
Em razão dessa característica de complexidade organizacional os hospitais
necessitam de um rigoroso planejamento e acompanhamento gerencial de forma a
subsidiar a tomada de decisões e a implementação de alternativas que visem a
otimização dos recursos, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados à
população. (LIMA apud JOSUÉ et al., 2003)
A receita de um hospital está intimamente ligada a sua capacidade produtiva
(internações, consultas, exames, procedimentos clínicos e cirúrgicos), sendo o
resultado de sua gestão financeira (déficit ou superávit) decorrente da relação entre
as receitas e custos/despesas. No entanto os objetivos a serem perseguidos devem
ser a obtenção dos mesmos benefícios com o menor custo, ou o aumento dos
benefícios sem a elevação dos custos. (JOSUÉ et al., 2003)
Frente aos altos custos hospitalares, decorrentes da aquisição de insumos
ou da introdução de novas tecnologias, importantes no aprimoramento de
processos, os hospitais são pressionados a buscar uma maior produtividade dos
serviços instalados e a diluição de tais custos ou investimentos através do aumento
da produção e/ou da diversificação de serviços. (MARRACINI, 2009)
Outro ponto que merece especial atenção dos gestores da saúde é a
disponibilidade de leitos hospitalares, visto que a capacidade instalada de internação
de um hospital tem relação direta com o volume de produção assistencial e demais
serviços dico-hospitalares prestados à população. Da mesma forma que muitos
serviços hospitalares também impactam na oferta de leitos.
38
No entanto, apesar do aumento da população, e consequentemente da
procura pelos serviços do SUS, verifica-se uma redução significativa no número de
leitos disponíveis na rede hospitalar, tanto pública quanto privada. Sejam quais
forem os períodos ou épocas avaliadas, os dados obtidos têm demonstrado essa
redução.
Várias fontes têm destacado o decréscimo de leitos no Brasil:
Conforme Carvalho (2007, p.886): de 1995 a 2005, houve uma redução de
aproximadamente 13% no quantitativo total de leitos e de 10% no número de
internações pagas pelo SUS, embora a população brasileira tenha tido um
crescimento de 18%”.
Segundo o IBGE (2006):
Entre 2002 e 2005, houve um decréscimo de 27.961 leitos,
equivalente a uma redução de 5,9% no total de leitos, ou uma taxa
de declínio de 2,0 % ao ano [...]. A relação leito por 1.000 habitantes,
em 2005, foi de 2,4. Em 2002, esse índice era de 2,7.
De acordo com Westin (2009):
Os leitos da rede pública de saúde vêm minguando ano a ano [...]
Entre 2000 e 2009, apesar do crescimento da população, o número
de leitos disponíveis ao SUS caiu 26% [...]. A participação dos
hospitais privados nas internações feitas pelo SUS recuou de 68,8%
para 55,5% entre 1995 e 2007 [...]. Em 2009, 80% da população
dependia do SUS, representando cerca de 150 milhões de pessoas,
já que os outros 40 milhões têm planos de saúde.
Tabela 1: Número de leitos hospitalares no Brasil em 2008.
Tipo
Natureza
Total (*)
% Total
SUS (**)
%SUS
Hospitais Públicos
Federal
18.192
3,59
15.440
4,22
Estadual
74.710
14,74
70.113
19,16
Municipal
80.739
15,93
78.228
21,38
TOTAL
173.641
34,26
163.781
44,76
Hospitais Privados
Sem fins lucrativos
168.703
33,28
122.684
33,52
Lucrativos
164.502
32,46
79.497
21,72
TOTAL
333.205
65,74
202.181
55,24
TOTAL
506.846
100,00
365.962
100,00
(*) Número total de leitos (**) Número de leitos disponibilizados ao SUS
Fonte: <http://cnes.datasus.gov.br/mod ind tipo leito.asp>
Tendo por base os dados do DATASUS (Tabela 1), e considerando uma
população total estimada de 189,6 milhões de habitantes em 2008 (IBGE, 2009), a
relação de leitos por mil habitantes seria de 2,7 leitos (506.846/189,6 milhões/1000).
Caso se considere apenas o total de leitos SUS em relação ao total da população o
índice cai para 1,9 leitos (365.962/189,6 milhões/1000). E, mesmo que os leitos SUS
39
sejam avaliados somente para as 150 milhões de pessoas que não têm cobertura de
planos de saúde o índice fica em 2,4 leitos/1000 habitantes (365.962/150
milhões/1000).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2006), entre
1990 e 2005, no total, houve uma redução de 3,7 para 2,4 leitos por 1.000
habitantes no Brasil, ocorridos principalmente na esfera privada. Nas regiões
Sudeste, Sul e Centro-Oeste as quedas foram ainda maiores, no total, sendo que
nesta última passou de 4,2 em 1990 para 2,6 leitos em 2005. Também se observa
uma redução da oferta do número de leitos SUS em todas as regiões, principalmente
na esfera privada.
Em termos regionais, a situação não é diferente. Na de cidade Londrina/PR
e regiões circunvizinhas também têm sido freqüentes o problema da falta de leitos
hospitalares. Conforme citam Cristo (2009), Luporini (2009) e Wroniski (2009), os
dirigentes das principais Instituições de Saúde de Londrina (municipais, estaduais e
privadas) concordam que o número de leitos disponíveis no município não é
suficiente para atender as demandas locais e regionais, acarretando em dificuldades
na gestão do sistema de saúde.
Considerando que a população estimada do Município de Londrina para
2009 era de 510.707 habitantes, de acordo com dados do IBGE (2010), e que a
capacidade instalada de leitos no município é de 1.747 unidades, tem-se uma
relação de 3,4 leitos por mil habitantes. Se for considerado apenas os 1.188 leitos
disponibilizados para o Sistema Único de Saúde o índice fica em 2,3 leitos por mil
habitantes.
Se a capacidade instalada de leitos num hospital tem relação direta com a
qualidade e a quantidade dos serviços de saúde ofertados à população, existem
também outros fatores que podem ser agravantes ou atenuantes desse quadro,
dentre os quais se podem citar:
a média de permanência/tempo de internação do paciente;
a “desospitalização” do paciente;
o grau de dependência dos pacientes em relação aos cuidados de
enfermagem e,
a contra-referência.
Conforme lembram Silva Filho e Costa (2009, p.2): A média de
permanência dos pacientes de qualquer hospital é um indicador de qualidade dos
40
mais importantes, pois tem repercussões financeiras significativas do lado da receita
e do custo hospitalar”. Segundo os mesmos autores a diminuição da média de
permanência dos pacientes possibilitaria a redução do custo da internação, aumento
do conforto para o paciente, considerando a redução do risco de infecção hospitalar
e o menor tempo de afastamento da família, e por fim, a maior disponibilidade de
leitos hospitalares. “A falta de um gerenciamento eficaz e efetivo da média de
permanência dos pacientes internados pode provocar perdas financeiras
consideráveis para a instituição”. (2009, p.5)
Fratini, Saupe e Masaroli (2008) comentam que a decisão de se manter os
doentes num hospital, as vezes visa assegurar a continuidade do tratamento em
razão dos pacientes não terem condições financeiras para a aquisição de
medicamentos, ou mesmo de sua administração, por exemplo. “Como conseqüência
este passa a um importante fator que amplia as filas de espera para internação e
aumenta os custos da atenção hospitalar”. (2008, p. 69)
Segundo Fávero (apud ARANHA; VIEIRA, 2004, p. 4)
Quando a duração da internação é maior que a necessária, são
consumidos leitos-dia que poderiam beneficiar outro doente, em
outras palavras, estamos jogando fora um recurso dispendioso e
extremamente disputado, principalmente em países mais pobres.
Este tipo de inadequação no uso dos leitos é mais sutil e difícil de ser
percebido, a não ser quando os pacientes permanecem tempo
exageradamente longo no hospital, como nos casos de alguns
hospitais psiquiátricos. Dentre aqueles pacientes que deveriam ficar,
por exemplo, cinco dias e permanecem seis ou sete, torna-se difícil
perceber o problema. Nem por isso este tipo de desperdício deixa de
ser importante. Talvez esta característica o torne ainda mais grave,
uma vez que pode passar despercebido e sem correção por longo
tempo.
Outro aspecto importante a ser destacado e que está intimamente ligado a
disponibilidade de leitos, é a “desospitalização”, não no sentido do não atendimento
ao paciente, mas sim na adoção de modelos ou cuidados alternativos àqueles
prestados em ambiente hospitalar, que possam complementar a assistência
hospitalar, sem prejuízo ao paciente e, ao mesmo tempo, contribuindo com a
integralidade da atenção à saúde.
Vecina Neto e Malik (2007, p.833), citam que, para tanto, algumas
instituições de saúde tem optado em trabalhar com modalidades “substitutivas”,
baseadas ou não em hospitais: a assistência domiciliar (home care) e o hospital-dia
41
(day hospital). Os autores destacam: “A primeira retira o paciente do ambiente
hospitalar para prestar cuidados em sua residência ou opta por não interná-lo.
Existem critérios recentemente emitidos pela ANVISA para definir a assistência
domiciliar”. O Hospital Dia, por sua vez, “realiza, em nível ambulatorial,
procedimentos diagnósticos e terapêuticos, antigamente executados em regime de
internação, desde cirurgias ambulatoriais até quimioterapias diversas“. Cita ainda
que “As operadoras de saúde mostram hesitação em remunerar estes eventos
nessas unidades, talvez baseadas na equivocada premissa de que, se não
necessita de internação, o procedimento pode ser considerado dispensável”.
Quanto ao grau de dependência dos pacientes em relação aos cuidados de
enfermagem, este é um fator resultante da complexidade do tratamento do paciente
e que pode interferir na média de permanência dos mesmos num hospital.
A classificação de pacientes teria surgido no período de Florence
Nightingale. A partir de 1930 foi desenvolvido e aplicado em hospitais dos Estados
Unidos da América um sistema de classificação de pacientes. No Brasil o SCP -
Sistema de Classificação de Pacientes foi introduzido em 1972 e rapidamente
incorporado como um critério essencial para dimensionar pessoal de enfermagem.
(LAUS; ANSELMI, 2004, p.644)
Na literatura, são encontradas várias definições para o SCP. Conforme
Martins e Forcella (2006, p.63) assim o define:
Um processo no qual se procura categorizar pacientes de acordo
com a quantidade de cuidado de enfermagem requerido, ou seja,
baseado na complexidade da assistência de enfermagem [...] uma
forma de determinar o grau de dependência de um paciente em
relação à equipe de enfermagem [...] um instrumento indispensável à
gerência de enfermagem.
O SCP vem sendo largamente utilizado pelos hospitais do país como uma
ferramenta de gestão hospitalar. A Resolução COFEN n
o
. 189/1996 (CONSELHO
FEDERAL DE ENFERMAGM, 1996), no Anexo II, ao tratar do SCP como sendo “um
método para determinar, validar e monitorar o cuidado individualizado do paciente,
objetivando o alcance dos padrões de qualidade assistencial”, elenca 05 categorias
de pacientes por complexidade assistencial, sendo:
42
1. Cuidados Intensivos: Seriam os pacientes graves e recuperáveis, com risco
iminente de vida, sujeitos à instabilidade de funções vitais, que requeiram
assistência de enfermagem e médica permanente e especializada.
2. Cuidados Semi-Intensivos: Pacientes recuperáveis, sem risco eminente de
morte, sujeitos à instabilidade de funções vitais que requeiram assistência de
enfermagem e médica permanente e especializada.
3. Cuidados Alta Dependência: Pacientes crônicos que requeiram avaliações
médicas e de enfermagem, estável sob o ponto de vista clínico, porém com
total dependência das ações de Enfermagem para o atendimento das
necessidades humanas básicas.
4. Cuidados Intermediários: Pacientes estáveis do ponto de vista clínico e de
enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, com
parcial dependência de enfermagem para o atendimento das necessidades
humanas básicas.
5. Cuidados Mínimos: Pacientes estáveis sob o ponto de vista clínico e de
enfermagem que requeiram avaliações médicas e de enfermagem, mas
fisicamente auto-suficientes quanto ao atendimento das necessidades
humanas básicas.
Um estudo desenvolvido nas unidades de internação médicas e cirúrgicas
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, no período de abril a junho de 2002, caracterizou o grau
de dependência em relação ao cuidado de enfermagem dos 9.719 pacientes/dia nas
unidades médicas e 8.667 pacientes/dia nas unidades cirúrgicas, utilizando o
Sistema de Classificação de Pacientes desenvolvido por Perroca (2000). A maioria
dos pacientes exigiu cuidados mínimos, sendo 70,3% nas Unidades de Clínica
Médica, e 67% nas Unidades Cirúrgicas. (LAUS; ANSELMI, 2004)
Os autores ainda registram que:
O elevado percentual de pacientes classificados em cuidado mínimo
parece não ser compatível com as características do hospital
estudado, quais sejam de grande porte, nível terciário e quaternário,
com finalidades de ensino e pesquisa, que pressupõe elevada
complexidade dos processos técnico-assistenciais. (LAUS;
ANSELMI, 2004, p.648)
43
Resultados semelhantes foram encontrados na pesquisa desenvolvida por
Giacomello et al. (2008), em 2007, em um Hospital Universitário do interior do estado
de São Paulo, utilizando-se o instrumento de classificação dos pacientes
desenvolvido por Fugulin (1994) e como resultado preliminar se obteve 60,6% dos
pacientes classificados como de cuidado mínimo.
Além dos fatores: média de permanência/tempo de internação,
“desospitalização” e grau de dependência dos pacientes em relação aos cuidados
de enfermagem, ainda o elemento “contra-referência”, nem sempre considerado
nas análises, mas que de forma direta ou indireta, tem influência na questão da
disponibilidade de leitos hospitalares.
Como define Fratini, Saupe e Masaroli (2008, p.67):
Referência representa o maior grau de complexidade, para onde o
usuário é encaminhado para um atendimento com níveis de
especialização mais complexos, os hospitais e as clínicas
especializadas. a contra-referência diz respeito ao menor grau de
complexidade, quando a necessidade do usuário, em relação aos
serviços de saúde, é mais simples, ou seja, “o cidadão pode ser
contra-referenciado, isto é conduzido para um atendimento em nível
mais primário”, devendo ser este a unidade de saúde mais próxima
de seu domicilio.
Fratini, Saupe e Masaroli (2008) relatam uma experiência desenvolvida em
2003 por uma instituição hospitalar de Santa Catarina, onde foi implementado um
programa denominado “altas especiais”, envolvendo 123 pacientes e suas famílias.
Destes, 110 (89%) apresentavam necessidade de contra-referência e 13 (11%) não
apresentavam essa necessidade (pacientes que permaneciam internados por
questões sociais). Os autores concluíram que a experiência possibilitou a
humanização, mantendo o vínculo entre paciente, família e sistema de saúde; a
redução do tempo de internação e da exposição às complicações daí decorrentes;
uma maior disponibilização de leitos e diminuição dos custos. Os autores entendem
que a realidade atual de superlotação dos hospitais, de demanda reprimida, de altos
custos da assistência, de riscos de infecção hospitalar, de prolongamento do período
de internação devido às questões sociais das pessoas e famílias, exige criatividade
e iniciativa dos profissionais e instituições, na perspectiva de testar possibilidades de
trabalhar com projetos de humanização que sejam realistas e considerem todos
estes aspectos. Foi considerando estes e outros aspectos específicos, que se iniciou
44
em 2003 o programa denominado “altas especiais” como enfrentamento afirmativo
destes problemas.
Considerando-se todo o cenário descrito anteriormente, a saber: o processo
de criação do SUS e a sua importância para a sociedade; a necessidade da gestão
eficiente para o sistema de saúde; o valor da humanização no serviço de saúde; a
importância da estruturação das redes de saúde, com especial atenção à falta de
leitos, torna-se relevante avaliar quais ações podem dar respostas positivas à
população, tendo por base os conceitos aqui destacados.
Neste contexto, uma das propostas que se apresenta como importante fator
para a otimização da rede blica de saúde de Londrina, em atendimento a
crescente demanda de serviços desta área requeridos pela população da macro
região norte do Paraná, é exatamente a análise de cenários que poderiam dar
respostas positivas em favor do sistema, aqui entendidos como a rede de serviços
hospitalares e os pacientes, sendo o serviço de Hospital Dia uma das alternativas
passíveis dessa análise.
Como afirma Feuerwerker e Cecílio (2007, p. 966):
Algumas alternativas mantêm a mesma composição tecnológica do
trabalho em saúde (com predomínio das tecnologias duras), mas
transferem sua execução para outros ambientes - ambulatórios e até
o domicílio promovendo transferência de custos. Outras
modalidades promovem uma recomposição tecnológica do trabalho
em saúde, ampliando a utilização de tecnologias leves, a autonomia
dos usuários e a dimensão cuidadora do trabalho em saúde. Nessa
nova situação, ao hospital caberia um novo papel, centrado no
cuidado das situações clínicas mais graves, que demandam maior
intensividade de cuidado.
1.6 HOSPITAL DIA
O regime de Hospital Dia é definido como a assistência intermediária entre a
internação e o atendimento ambulatorial, para realização de procedimentos clínicos,
cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na
Unidade por um período máximo de 12 horas. (BRASIL, 2001)
A Portaria GM/MS n
o
. 44 de 10 de janeiro de 2001 especifica seis tipos de
regimes de Hospital Dia, sendo: HospitalSaúde Mental, Hospital Dia AIDS, Hospital
45
Dia Geriatria, Hospital DiaFibrose Cística, Hospital DiaProcedimentos Cirúrgicos,
Diagnósticos e Terapêuticos, e Hospital Dia em Intercorrência após o Transplante de
Medula Óssea. Ao todo são mais de 430 procedimentos previstos na tabela
SIH/SUS que podem ser realizados nesta modalidade de atendimento. (BRASIL,
2001)
A Portaria n
o
. 93 de 31 de maio de 1994 (BRASIL, 1994) que cria no Sistema
de Informações Hospitalares - SIH do SUS a modalidade de tratamento da AIDS -
Acquired Immunodeficiency Syndrome em Hospital Dia, enumera os seguintes
objetivos do Hospital Dia: reduzir e auxiliar as necessidades de internações de
pacientes em hospitais; reduzir o tempo médio de permanência, facilitando a
manutenção dos esquemas diagnósticos terapêuticos; ampliar e agilizar
procedimentos terapêuticos a nível ambulatorial; integrar a família e o doente,
quanto aos aspectos sociais; oferecer campo de estágio para treinamento da equipe
de saúde e, ampliar conhecimentos sobre a doença com participação de amigos e
familiares do paciente. Apesar desta norma referir-se a questão da AIDS, tais
objetivos podem e devem ser aplicados à todos os tipos de Hospital Dia. Soma-se a
isso, ainda, as possibilidades de redução significativa no custo na assistência
médico-hospitalar; redução no tempo de internação e consequentemente do risco de
infecção hospitalar; ampliação da oferta de leitos e, minimização do isolamento
social do paciente.
O Hospital Dia, segundo Zusman (1995, p. 64):
Aparece como uma prática voltada para o rápido estabelecimento de
um patamar de estabilização interna do paciente em um momento de
sofrimento agudo, além de seu papel preventivo no que se refere ao
possível aparecimento de novas crises. Entende também que “o
papel de um Hospital-Dia é tanto terapêutico como profilático pois
pode, a um só tempo, tratar um distúrbio emergente e contribuir para
prevenção de futuros distúrbios oriundos de uma primeira “crise” mal
cuidada ou mal encaminhada.
Na revisão bibliográfica realizada por Bittar (apud DUARTE, 1999, p. 6) foi
apontado a “possibilidade de realização em regime ambulatorial de mais de 20% das
cirurgias e de vários exames diagnósticos e terapias, realizados em regime de
internação hospitalar”.
46
Cita ainda o autor que:
As novas tecnologias, tanto diagnósticas como terapêuticas,
permitiram a realização em ambulatório de uma série de
procedimentos clínicos e cirúrgicos antes realizados em regime de
internação hospitalar; do mesmo modo, essas novas tecnologias
aplicadas no ambiente hospitalar permitiram a redução do tempo
médio de permanência de muitos dos pacientes que necessitam
internação. (BITTAR apud DUARTE, 1999, p. 6)
Em síntese o Hospital Dia:
Realiza atividades de assistência clínica, diagnóstica e terapêutica,
incluindo ações de prevenção, sendo uma unidade hospitalar com
características mescladas de atendimento ambulatorial e de internação,
funcionando no período diurno, a partir do qual são obtidos os exames
necessários, diagnóstico de infecções, acompanhamento profilático e
terapêutico. SILVEIRA (2001. p.48)
É uma estrutura organizacional com espaço físico próprio onde se
concentram meios técnicos e humanos qualificados, que fornecem
cuidados de saúde de modo programado aos pacientes, com ênfase na
humanização do atendimento, em alternativa à hospitalização
convencional, com ganhos na qualidade assistencial médica, hospitalar e
de enfermagem. (HOSPITAL..., 2009)
É um dispositivo intermediário entre a internação integral e a retomada
da vida social.
É uma modalidade assistencial, cuja função é proporcionar tratamento
monitorado, preservando os vínculos familiares e sociais, na medida que
o paciente não é afastado do convívio diário com a família e com a
sociedade.
Quanto ao aspecto Histórico do Hospital Dia, muitos autores divergem em
relação a época exata em que surgiram ou foram implantados serviços ou estruturas
que teriam dado origem a configuração de unidades entendidas como de Hospital
Dia.
Razões diversas levaram à criação de unidades de Hospital Dia nos
diferentes países. A psiquiatria, por exemplo, foi uma das primeiras e principais
motivações da criação de unidades de Hospital-Dia na Rússia, Canadá, Inglaterra e
nos EUA. Esses países foram os pioneiros destes centros diurnos de tratamento.
47
Segundo Zusman (1992, p. 393):
O primeiro Hospital-dia teria surgido em meados de 1930 em
Moscou, criado por Dzagorov. Em 1946, Cameron inaugurou em
Montreal-Canadá, a primeira unidade considerada um hospital-dia
propriamente dito. Em 1948, J Brier inaugurou sua unidade no Reino
Unido. No Estados Unidos as primeiras unidades foram a da Yale
University Clinic, em 1948 e a da Meninger Clinic em 1949.
Salzano e Cordas (2003) também citam que o primeiro trabalho publicado
sobre o atendimento de pacientes psiquiátricos em Hospital Dia foi o de Dzagarov,
em 1937, no hospital psiquiátrico de Moscou. Em 1946, teria sido iniciado o
atendimento em Hospital Dia em Montreal, no Canadá, de pacientes com depressão,
hipomania e esquizofrenia.
De acordo com Quadros (2008. p. 84):
relatos que, desde o início do século 20, o Royal Glasgow
Hospital for Children, na Grã-Bretanha, realizava procedimentos
cirúrgicos ambulatoriais em crianças, com resultados satisfatórios.
Porém, o marco da grande cirurgia ambulatorial foi registrado a partir
de 1970 com a implantação do Surgical Center, em Phoenix (EUA),
na forma de uma unidade independente conduzida pelos
anestesiologistas Wallace Reed e John Ford, que serviu de exemplo
para inúmeros outros projetos naquele país.
O Hospital Dia denominado St. Christopher’s, fundado em Londres em
1967, surgiu em resposta à necessidade local de dar uma melhor qualidade de vida
àqueles que desejavam permanecer, nos últimos meses de vida, perto de seus
familiares e amigos. (SILVEIRA, 2001, p. 29) Na França, o atendimento em Hospital
Dia teve início em 1958, na área pediátrica do Hospital Saint Louis, surgindo como
uma necessidade de solução alternativa à hospitalização.
Essas unidades evoluíram nos últimos anos e nos Estados Unidos da
América já são cerca de 4.000 Hospitais Dia, generalistas e especializados, segundo
a Federated Ambulatory Surgery Association - FASA. (QUADROS, 2008)
Somente nos Estados Unidos da América - EUA, 70% dos procedimentos de
regime ambulatorial já são feitos em Hospital Dia, o que causa uma redução de 30%
nos custos da cirurgia e reduz o índice de infecção hospitalar justamente porque o
paciente recebe alta no mesmo dia da operação. (CENTRO..., 2005)
48
Quanto ao Brasil, o Hospital Dia é uma modalidade de regime de tratamento
que possui histórico relativamente recente no cenário do sistema público de saúde
do país. A implantação de serviços decorrentes de programas assistenciais
alternativos vem gradativamente crescendo, constituindo uma rede de Hospitais Dia.
Diversos dispositivos legais legitimaram essa forma de atendimento, suas atividades,
instalações físicas, funcionamento, e equipe mínima necessária à sua
implementação. (SILVEIRA, 2001)
Conforme Zusman (1992), no Brasil o primeiro Hospital Dia foi inaugurado
em 1954, por L. Ferrão, na cidade de São Paulo. Em 1961, M. Blaya cria, na clínica
Pinel, o primeiro Hospital Dia do Rio Grande do Sul na cidade de Porto Alegre. No
mesmo ano, o serviço de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
instala seu primeiro Hospital Dia, coordenado por David Azoubel Neto, que durou até
1967. Em 1975 esta experiência foi retomada. Em 1987 é criado o Instituto de
Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, o primeiro hospital-dia
implantando nessa Universidade.
Embora os Hospitais Dia existam no Brasil desde a década de 60, foi apenas
em 1992 que passaram a figurar oficialmente entre as possibilidades de atendimento
em saúde mental, sendo então estabelecidas diretrizes para o credenciamento dos
serviços e o ressarcimento das internações por meio de portarias do Ministério da
Saúde. “O estímulo proporcionado por tal fato pode ser verificado no expressivo
aumento no número de leitos em HD: de 330 leitos, em 1995, para 2.013, em 1999,
segundo dados do Ministério da Saúde”. (LIMA; BOTEGA 2001, p.196)
O índice de realização de cirurgias em Hospital Dia no Brasil é de apenas
15% o que mostra o grande potencial de crescimento deste segmento, quando
comparado com os índices dos EUA. (CENTRO..., 2005)
Para Quadros (2008, p.86),
Há forte tendência de que no Brasil ocorra o mesmo fenômeno
ocorrido nos Estados Unidos, ou seja, o crescimento de unidades de
hospital-dia e a migração de cirurgias de pequena e média
complexidades para os hospitais-dia e a dedicação dos hospitais
gerais para procedimentos mais complexos e especializados.
Com base nos autores Lima e Botega (2001, p.196) e no CNES Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (BRASIL, 2009a), o crescimento no número
49
de leitos no regime de Hospital Dia, no Brasil, foi de 2.280%, entre 1995 e 2009
(Gráfico 1), indicando que o sistema de saúde do país, público ou privado, tem visto
esta modalidade como uma importante alternativa de assistência médico-hospitalar,
com vantagens econômica, financeira e social sobre o regime convencional.
330
2.013
7.524
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
1995 1999 2009
Qtde.
Gráfico 1: Evolução do número de leitos em regime de Hospital Dia disponíveis no Brasil.
O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação Nacional (CN) de
DST/AIDS Doenças Sexualmente Transmissíveis/Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida deu início à estratégia de implantação de Hospital Dia no início da década
de 1990, quando por meio de portarias ministeriais regulamentou o funcionamento
dos Hospitais Dia, no que se referem à estrutura física, recursos humanos e
atribuição de funções. Ao mesmo tempo, iniciou-se o repasse de recursos
financeiros para implantação de serviços para estados e municípios (Planos
Operativos Anuais). (BRASIL, 1999)
A Portaria GM/MS 44 de 10 de janeiro de 2001 (BRASIL, 2001) aprovou
no âmbito do Sistema Único de Saúde a modalidade de assistência Hospital Dia e
a define como a assistência intermediária entre a internação e o atendimento
ambulatorial, para realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e
terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na Unidade por um período
máximo de 12 horas e, estabelece requisitos para a realização de procedimentos.
50
Esta mesma Portaria específica 6 tipos de regimes de Hospital Dia, sendo:
1. Hospital Dia Saúde Mental/Psiquiatria,
2. Hospital Dia AIDS,
3. Hospital Dia Geriatria,
4. Hospital Dia Fibrose Cística,
5. Hospital Dia Procedimentos Clínicos, Cirúrgicos, Diagnósticos e
Terapêuticos e,
6. Hospital Dia em Intercorrência após o Transplante de Medula
Óssea.
A Portaria 2.415 de 23 de março de 1998 (BRASIL, 1998b) do Ministério
da Saúde que estabelece requisitos para o credenciamento de Unidades
Hospitalares e critérios para realização de internação em regime de Hospital Dia,
dispõe, dentre outras coisas que a Unidade Hospitalar deverá oferecer internação
em regime de hospital-dia em todos os dias da semana, inclusive sábados,
domingos e feriados. Quanto aos atendimentos, preferencialmente são feitos de
segunda a sexta-feira. Ainda segundo a referida Portaria, os critérios para internação
de pacientes são os seguintes:
1. Pacientes que necessitem ser submetidos a procedimentos
diagnósticos que requeiram período de preparação e/ou observação
médica posterior;
2. Pacientes submetidos a procedimentos terapêuticos, inclusive
medicação parenteral, que requeiram exame e/ou preparação e/ou
observação posterior e,
3. Pacientes que necessitem de treinamento especializado para
aplicação de procedimento terapêutico e/ou de manutenção ou uso
de equipamentos especiais.
Dentre inúmeras vantagens pode-se afirmar que a assistência ofertada nos
Hospitais Dia busca a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, como uma
alternativa à hospitalização tradicional e também se apresenta como uma
possibilidade de redução de custos na assistência aos pacientes, podendo estar
inseridos em ambulatórios, policlínicas de especialidades, hospitais ou integrados a
estruturas que se caracterizam por prestar atendimento exclusivo em determinadas
especialidades, como aos portadores do HIV/AIDS - Human Immunodeficiency
Vírus, por exemplo.
51
Na experiência obtida pelo Sanare Day Hospital de o Paulo/SP
(SANARE..., 2009), o Hospital Dia traz algumas vantagens, tais como:
Redução de riscos de infecção hospitalar - o paciente fica internado
somente o tempo necessário para sua recuperação após as
cirurgias, o que na maioria das vezes não passa de um dia;
Atendimento humanizado o paciente permanecendo no Hospital
Dia por um período menor, volta mais cedo para casa e junto de seus
familiares, favorecendo sua recuperação, causando um aumento no
ganho psicológico; Custo minimizado diminuem os custos com
diárias de internação e consequentemente , são menores também os
gastos com medicamentos.
Estudo desenvolvido por Finkelsztejn (2007, p.51), sob o título “Tratamento
do surto de esclerose múltipla em Hospital-dia: estudo de custo-minimização”,
concluiu que:
Além da redução de custo, o cálculo dos leitos-livres para serem
ocupados por outras patologias também foi um dos pontos fortes
deste estudo, demonstrando um ganho indireto para a sociedade,
Após verificar-se esses números, considera-se que este resultado é
a principal contribuição deste estudo, haja vista a carência de leitos
hospitalares no Brasil.
No trabalho desenvolvido no Serviço de Obstetrícia do Hospital Escola
Materno-Infantil Presidente Vargas Porto Alegre/RS (BEHLE, 1997, p.131), que
teve como objetivo testar a hipótese que os indicadores de saúde perinatal não são
comprometidos quando do emprego do sistema Hospital Dia na assistência à
gestantes com diabetes melitus, chegou-se as seguintes conclusões:
1. A mortalidade perinatal foi estatisticamente menor dentre as
gestantes com diabetes e outras intolerâncias aos carboidratos
assistidas pelo Sistema Hospíta-Dia quando comparada com a de
gestantes com as mesmas características, porém assistidas pelo
Sistema Tradicional.
2. O tempo de internação, no grupo de gestantes assistidas pelo
Sistema Hospital-Dia, foi menor do que o do grupo de gestantes
assistidas pelo Sistema Tradicional.
3. Os resultados encontrados permitem recomendar que o Sistema
Hospital-Dia, seja implementado como forma de Atenção Secundária,
no sentido de auxiliar na assistência a gestantes diabéticas e
portadoras de outras intolerâncias aos hidratos de carbono,
principalmente da rede pública.
52
No entendimento do Diretor Executivo do FLEURY HOSPITAL DIA, Newton
Quadros. (HOSPITAL..., 2009) “Se o governo investisse nesse modelo (Hospital
Dia), os hospitais públicos não estariam lotados. muitos casos de pessoas que
passam por procedimentos simples nas unidades públicas, mas ficam internadas
mais tempo que o necessário”.
De acordo com Duarte (1999, p.7), “mudanças no paradigma de atendimento
ao paciente crônico, tais como hospital-dia, atendimento domiciliar, entre outros,
também contribuem para a redução da demanda relativa de leitos hospitalares”.
Conforme a avaliação de Silveira (2001, p.48), “sabe-se que o atendimento
em Hospital-Dia é menos oneroso, contudo pouco se tem aprofundado na avaliação
socioeconômica de uma unidade como o Hospital-Dia”. Afirma ainda a autora que,
com base em experiências desenvolvidas em países mais desenvolvidos, o Hospital
Dia, “além de propiciar mais conforto e suporte emocional aos pacientes, que têm
oportunidade à noite de retornarem ao aconchego da família, é favorável
economicamente ao SUS, proporcionando uma boa redução de custos para o
referido sistema“.
Capomolla et al. (2002, p.2) num estudo desenvolvido no Departamento de
Cardiologia do “Instituto Scientifico di Montescano, Montescano, Pavia, Itália”, em
que foi comparado a eficácia e relação custo / utilidade entre uma insuficiência
cardíaca (IC programa de gestão) emitido pelo hospital-dia (HD) e os cuidados
habituais na insuficiência cardíaca crônica (ICC) ambulatoriais, concluiu-se que,
além de uma economia de custos, “a insuficiência cardíaca do programa de
gerenciamento ambulatorial executado por um Hospital Dia pode reduzir a
mortalidade e morbidade de pacientes com ICC. Esta estratégia de gestão é rentável
e tem um valor justo de um ponto de vista social”.
Em outro estudo denominado “Avaliação Econômica de um Hospital Dia
Geriátrico: análise custo-benefício com base em mudanças na autonomia funcional”
desenvolvido no Instituto de Geriatria da Universidade de Sherbrooke, na província
de Quebeque, Canadá, foi concluído que para cada dólar investido no programa de
geriatria do Hospital Dia, o benefício para o sistema de saúde foi $ 2,14 e que os
benefícios relacionados com o Programa de Hospital Dia Geriátrico parecem superar
os custos. (TOUSIGNANT, 2003)
Na pesquisa desenvolvida por Finkelsztejn (2007, p.51), o objetivo da
proposta foi de identificar a alternativa que promove maior ou igual benefício com o
53
mesmo ou menor custo (conceito de eficiência). A comparação dos custos foi entre o
tratamento do surto de esclerose múltipla em regime de internação versus Hospital
Dia. “A diferença de custo entre ambos os regime foi surpreendente: redução de
69,44%. Isto proporcionou uma economia muito significativa, invertendo a relação
econômica do procedimento nos hospitais públicos”.
E ainda, tão importante quanto a gestão dos recursos hospitalares, é a
disseminação e a incorporação na assistência hospitalar do conceito de
humanização. Quando se fala em unidades hospitalares, as percepções
normalmente conduzem para a imagem de prédios funcionais, equipamentos
modernos e equipe de profissionais capacitados, que sem dúvida são importantes.
No entanto cada vez mais vem sendo discutida a importância do conceito de
humanização e sua inserção na cultura organizacional dos hospitais, da mesma
forma como se encontram consolidados outros conceitos, como, por exemplo, o
da gestão de custos.
Conforme afirmam Falk et al. (2006, p.136):
A humanização das relações e da assistência tem ocupado, nos
últimos anos, um espaço significativo nas discussões ministeriais e
em diversos fóruns ligados à saúde no âmbito hospitalar. Temos o
desafio e a necessidade de revisar conceitos e práticas nomeadas
como humanizadas. Esse tema aponta para a importância da ação e
para a contextualização das dimensões do cuidar e do viver humano.
Nesse sentido, o governo tem-se empenhando na elaboração de
políticas públicas e coletivas capazes de oferecer maior ressonância
e viabilidade na busca da qualidade e da humanização hospitalar.
Salzano e Cordas (2003, p.92) também salientam que “o tratamento em
Hospital Dia mantém a autonomia do paciente e tenta promover a utilização das
técnicas desenvolvidas para controle dos sintomas da doença, ao retorno do
paciente para seu ambiente domiciliar”. Complementam ainda que:
54
O contato diário com a equipe do HD pode oferecer detecção
precoce e possibilidade de intervenção mais rápida. Os pacientes
não sentem que o tratamento é punitivo e redução na
dependência, na hostilidade e nas atitudes inadequadas para com
funcionários quando se compara com o que ocorre durante a
internação, uma vez que não precisam dormir ou ter que
permanecer nos fins de semana. Como os pacientes retornam para
suas casas à noite e nos fins de semana, eles mantêm intacto o
relacionamento com sua família e amigos, não ficando limitados à
vida intra-hospitalar somente. (Salzano e Cordas,2003, p.92)
No caso dos Hospitais Dia, o conceito de humanização é o importante que
diversas normas que regulamentam este serviço o trazem em seu bojo, tendo a
humanização como um dos critérios para a sua implantação. Pode-se citar como
exemplo a Portaria n
o
. 2.414 de 23 de março de 1998, Art. 3º, Parágrafo 2º.:
O objetivo do Hospital-Dia Geriátrico é cuidar do paciente idoso
durante todo o dia, com a finalidade de mantê-lo em seu micro-
ambiente, sem necessidade de hospitalizá-lo, facilitando sua
permanência no domicílio nos momentos difíceis, que por alterações
bio-psico-sociais se torna perigosa sua estadia no lar, onde não
um apoio familiar contínuo. (BRASIL, 1998a)
Desde a cada de 1990, quando o Ministério da Saúde passou a
regulamentar a implantação de Hospitais Dia, o número de unidades e de leitos
dessa modalidade vem crescendo gradativamente. Segundo informações do
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde CNES (BRASIL, 2009a) em
maio de 2009 o Brasil contava com 359 estabelecimentos cadastrados como
Hospital Dia Isolado, sendo 38 no Estado do Paraná e quatro em Londrina/PR.
(Quadro 1)
Região
N
o
. de Hospitais-
Dia Cadastrados
N
o
. de Leitos HD
disponíveis
Especialidades
ofertadas
SUS
NÃO SUS
Brasil
359
4.743
2.781
887
Paraná
38
539
141
44
Londrina
04
30
29
06
Quadro 1 - Hospitais Dia cadastrados, número de leitos e especialidades ofertadas.
Fonte: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde CNES (BRASIL, 2009a)
Ainda conforme o CNES (BRASIL, 2009a), em maio de 2009, existia 104
hospitais habilitados no Brasil no código 1202 (procedimentos cirúrgicos,
diagnósticos ou terapêuticos Hospital Dia), não necessariamente como unidades
55
isoladas. No Paraná são três Hospitais com essa classificação, todos situados na
macro região de Curitiba.
O município de Londrina conta com quatro Hospitais Dia Isolados,
cadastrados no CNES (Quadro 2), totalizando 49 leitos, sendo que seis leitos são
habilitados como cirúrgico, diagnóstico e terapêutico e 30 estão disponibilizados ao
Sistema Único de Saúde (SUS), porém na habilitação de saúde mental.
Item
Natureza
Total de Leitos
Habilitação
1
Privado
03 leitos
Plástica
2
Privado
04 leitos
Cirúrgico, Diagnóstico, Terapêutico
3
Privado
02 leitos
Cirúrgico, Diagnóstico, Terapêutico
4
Privado
40 leitos (30 SUS)
Saúde Mental
Quadro 2 - Hospitais Dia Isolado, cadastrados no CNES, em Londrina.
Fonte: BRASIL, 2009a
Conforme projeções intercensitárias do Ministério da Saúde para 2009
(BRASIL, 2009b) o Município de Londrina, considerado pólo regional, concentra uma
população estimada em 873.898 habitantes, considerando-se apenas a região
abrangida pela 17ª. Regional de Saúde do Estado do Paraná. Se for somada a
população residente na 16ª. Regional de Saúde (346.377 habitantes) e 18ª. Regional
de Saúde (232.703 habitantes), com sedes em Apucarana e Cornélio Procópio,
respectivamente, a abrangência aumenta para uma população estimada de
1.452.978 habitantes, que de forma direta ou indireta utilizam os serviços públicos e
privados de saúde disponíveis em Londrina.
Segundo o CNES (BRASIL, 2009a) em maio de 2009 a capacidade instalada
de leitos no município de Londrina era de 1.747 unidades. Destes, 1.188 leitos eram
disponibilizados para o Sistema Único de Saúde. Tais leitos não têm respondido
plenamente à demanda de serviços de saúde apresentada pela população. Esta
demanda tem exigido esforços de toda a rede hospitalar do município, conveniada
ao SUS.
Destaca-se neste cenário o Hospital Universitário HU, órgão suplementar
da Universidade Estadual de Londrina - UEL, com média anual de 12.000
Autorizações de Internações Hospitalares (AIHs), emitidas para o SUS, decorrente
de atendimentos a pacientes, principalmente daqueles com quadro clínico mais
complexo, tendo em vista que o HU é um hospital terciário, com 100% dos leitos
disponibilizados ao SUS. Além disso, integra diversos sistemas de alta
56
complexidade, tais como: Transplante Renal, Transplante de Córneas, Oncologia,
Ortopedia, Neurocirurgia, Videolaparoscopia, Implante de Marca-Passo Definitivo,
AIDS, Busca ativa e abordagem de possível doador de órgãos para transplantes,
Cirurgia Bariátrica (Gastroplastia), Esterilização (planejamento familiar) e UTI, e
ainda, integrando os Sistemas Estaduais de Referência para Atendimento de
Urgência/ Emergência e para Atendimento à Gestante de Alto Risco.
Segundo dados do Ministério da Saúde (Tabela 2), a proporção de
procedimentos passíveis de realização em Hospital Dia, versus casos cirúrgicos, no
Brasil e em Londrina, em 2005 e 2007, variou entre 17 e 22%, aproximadamente.
Tabela 2: AIHs pagas, casos cirúrgicos e procedimentos passíveis de Hospital Dia.
Ano
Região
AIHs pagas
Casos
Cirúrgicos
Procedimentos
passíveis de
realização em HD
Proporção proced.
HD x Casos
Cirúrgicos
2005
Brasil
11.861.491
5.512.776
1.206.923
21,9%
2007
Brasil
11.739.358
5.526.966
961.395
17,4%
2005
Londrina
42.793
20.562
4.470
21,7%
2007
Londrina
42.930
21.894
4.152
19,0%
Fonte: BRASIL, 2009b
O aumento de casos cirúrgicos também foi verificado em anos anteriores.
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (2009), no período 1995 a 2005
houve uma diminuição na participação das internações por clínica dica,
obstetrícia e psiquiatria, em todas as regiões do país, e um aumento nas internações
na clínica cirúrgica e pediatria.
Em relação ao Hospital Universitário/UEL, os números apresentados
corroboram a hipótese de que um significativo percentual de agravos de saúde que
poderiam ser tratados em um serviço de Hospital Dia. Segundo dados da Divisão de
Convênios do HU/UEL (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, 2009), no
período de janeiro de 2000 a dezembro de 2006 foram executados 79.460
procedimentos gerais faturados para o SUS através das Autorizações de
Internações Hospitalares AIHs. Desse total, 5.734 eram passíveis de atendimento
em um serviço de Hospital Dia, o que representa 7,2% do total geral. (Gráfico 2)
Ao todo são mais de 440 procedimentos previstos na tabela SIH/SUS que
podem ser realizados nesta modalidade de atendimento. (Anexo A)
57
Procedimentos Realizados no Hospital Universitário no período de 2000 a 2006
13.000
11.567
10724
12283
10888
10231
10767
964
855
946
799
608
750
812
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Qtde.
Procedimentos - Geral Procedimentos - Hosp. Dia
Linear (Procedimentos - Geral) Linear (Procedimentos - Hosp. Dia)
Gráfico 2 - Procedimentos realizados no Hospital Universitário no período de 2000 a 2006.
Fonte: Universidade Estadual de Londrina, 2009.
Vale salientar que apesar do número de procedimentos faturados pelo
Hospital Universitário ter diminuído gradativamente, de 13.000 para 10.767 casos,
no período de 2000 a 2006, representando uma queda de 17,2% no período, os
procedimentos passíveis de atendimento em Hospital Dia se mantiveram
proporcionalmente equivalentes nesse mesmo período. Umas das possíveis razões
para a redução do número de procedimentos nesse período está em que
gradativamente o Hospital Universitário vem implementando ações que visem
disciplinar o acesso de pacientes, priorizando o atendimento dos casos mais
complexos, que por sua vez ocupam os leitos disponíveis por mais tempo, reduzindo
assim a sua capacidade de atendimento geral.
O Hospital Universitário/UEL, como unidade integrante do Sistema Único de
Saúde, pode contribuir com ações de enfrentamento dos problemas de saúde que
afetam o cidadão, em especial da macro região norte do Paraná, conforme dispõe o
Art. 45 da Lei 8.080.
Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de ensino
integram-se ao Sistema Único de Saúde - SUS, mediante convênio,
preservada a sua autonomia administrativa, em relação ao
patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa e
extensão, dos limites conferidos pelas instituições a que estejam
vinculados. (BRASIL, 1990).
58
2 JUSTIFICATIVA
Uma das conseqüências da postergação de atendimentos que inicialmente
dependem apenas de procedimentos mais simples, como aqueles passíveis de
atendimentos em Hospital Dia, por exemplo, pode ser a evolução para casos mais
graves que passam a requerer atendimentos de urgência ou emergência nos Pronto
Socorros do Município, ou que requeiram tratamentos mais complexos, com o
resultante impacto na questão da superlotação dos Hospitais. Dessa forma, o
paciente alcança o leito hospitalar via pronto-socorro, ou ocupa os mesmos pelo
agravamento dos casos, o que diminui ainda mais a disponibilidade dos leitos para
procedimentos eletivos. Nesta lógica, o paciente pode ter a sua saúde agravada,
inclusive com risco de morte, e o sistema termina por receber estas pessoas em
caráter de urgência ou emergência e, com certeza, de forma não planejada, o que
afeta diretamente a qualidade e o custo da assistência.
Em vista da importância, quantitativa e qualitativa, dos serviços prestados
pelo Hospital Universitário de Londrina à comunidade regional, planejou-se uma
análise das internações passíveis de atendimento em um serviço de Hospital Dia
que, em tese, podem responder satisfatoriamente as questões de eficiência, de
humanização, da ampliação de leitos e da otimização dos serviços prestados pelo
referido Hospital.
59
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Analisar as possíveis conseqüências da implantação do regime de Hospital
Dia em um Hospital Público.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar as internações compatíveis com os procedimentos indicados para o
Hospital Dia fixados pelo Ministério da Saúde em 2007;
Analisar as características sociodemográficas dos pacientes;
Analisar as características das internações dos pacientes;
Demonstrar a oferta de leitos no regime de internação convencional e no
regime de Hospital Dia, com a introdução do regime de Hospital Dia;
Comparar o custo e a receita ocorrida no regime de internação convencional
versus o custo e a receita estimada para o regime de Hospital Dia.
60
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4.1 DELINEAMENTO
Estudo transversal, observacional.
4.2 LOCAL DE ESTUDO
O Hospital Universitário é um órgão suplementar da Universidade Estadual
de Londrina, vinculado administrativamente à Reitoria da Universidade Estadual de
Londrina UEL e academicamente ao Centro de Ciências da Saúde CCS dessa
mesma Instituição, foi implantado em 24 de março de 1970 e ativado como Hospital
Universitário em 01 de agosto de 1971. Tem como Missão: Prestar assistência
integral à saúde, com excelência e qualidade, participando na prática do ensino,
pesquisa e extensão integrados ao SUS e contribuindo para a melhoria da qualidade
de vida da população”.
Atende pacientes oriundos principalmente da macro região norte do Paraná,
além de outros municípios do Paraná e de outros estados da federação. (Quadro 3)
Conta atualmente com 309 leitos, sendo:
UNIDADES
Número de Leitos
Maternidade MAT
19
Moléstias Infecciosas MI
30
Pediatria PED
33
Tisiologia TISIO
10
Unidade de Cuidados Intermediários UCI
10
Unidade Feminina UF
47
Unidade Masculina UM
67
Unidade de Tratamento Intensivo UTI (17 adulto, 07 neonatal, 05
pediátrico, 06 CTQ)
35
Centro de Tratamento de Queimados CTQ
10
Pronto Socorro OS
48
Total
309
Quadro 3 - Número de Leitos, Hospital Universitário.
Fonte: Universidade Estadual de Londrina, 2009.
61
Como Hospital Escola presta assistência médico-hospitalar em quase todas
as especialidades médicas e realiza anualmente, em média, 125.000 atendimentos
ambulatoriais, 50.000 atendimentos de pronto socorro, 10.000 internações, 6.000
cirurgias, 680.000 exames de análises clínicas, 51.000 exames de radio/imagem,
dentre outros. Além de sua atuação na área assistencial, o HU serve de campo de
ensino para cinco cursos de graduação e vários cursos de pós-graduação, entre
especializações, mestrados, doutorados e residências.
Considerando o HU como o campo da pesquisa, partiu-se do pressuposto de
que existam pelo menos cinco hipóteses que poderão ser confirmadas, ou não, a
saber: 1. Significativo percentual de agravos de saúde ocorridos no HU que podem
ser tratados em um serviço de Hospital Dia; 2. O custo de internação, para o HU, no
regime de Hospital Dia é menor que o da internação convencional; 3. A receita, para
o HU, decorrente da internação no regime de Hospital Dia é maior que o da
internação convencional; 4. A inserção do serviço de Hospital Dia no HU possibilita
um aumento no número de leitos, tanto para o regime convencional quanto para o
de HD e, 5. O Hospital Dia possibilita um atendimento mais humanizado ao usuário.
4.3 POPULAÇÃO E PERÍODO DE ESTUDO
Pacientes internados no Hospital Universitário no período de janeiro a
novembro de 2007.
Vale salientar que em 06 de novembro de 2007, a Portaria GM/MS nº. 2.848,
aprovou e publicou a Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e
Materiais Especiais - OPM do Sistema Único de Saúde, instituída pela Portaria n
o
.
321. A tabela é disposta em uma estrutura organizacional formada por Grupos,
Subgrupos, Formas de Organização e Procedimentos, codificados em 10 (dez)
posições numéricas.
A implantação da Tabela Unificada para os Hospitais ocorreu no início de
2008, mas ainda em dezembro de 2007 ocorreu uma migração no Hospital
Universitário do Sistema FATSUS para o Sistema WSUS, em decorrência de
adequações internas, através do serviço terceirizado que desenvolve os sistemas
informatizados de gestão hospitalar do HU.
62
Em função dessas alterações e por questões de ajustes técnicos da área de
Informática do HU, somente foi possível efetuar o levantamento dos pacientes
atendidos pelo Hospital no período de janeiro a novembro/2007, daqueles passíveis
de internação em regime de Hospital Dia, com base na codificação anterior a
vigência da Portaria n. 2.848, que era de 08 posições numéricas, pois os sistemas
informatizados não fizeram a conversão automática de 08 para 10 dígitos.
4.4 FONTE DE DADOS
A coleta de dados se deu através de relatórios fornecidos pela Assessoria de
Tecnologia e Informação ATI do Hospital Universitário de Londrina, com base em
bancos de dados informatizados das seguintes unidades:
Serviço de Arquivo Médico e Estatística - SAME: dados sócio-
demográficos e de internação dos pacientes;
Divisão de Convênios: número de procedimentos e receitas faturadas
para o SUS através de AIHs;
Assessoria Técnica da Diretoria de Enfermagem AT/DE: grau de
dependência de cuidados de enfermagem;
Divisão de Finanças e Orçamento: custo de internação.
4.5 SELEÇÃO DOS PACIENTES PASSÍVEIS DE INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DIA
Do universo dos pacientes atendidos pelo HU em 2007 foram selecionados
aqueles que tiveram as AIHs emitidas para o SUS, classificáveis como de
atendimento em Hospital Dia, com base no rol de procedimentos elencados pelas
Portarias n
o
. 44 de 10 de janeiro de 2001, e n
o
. 893 SAS/MS de 07 de novembro
de 2002. (BRASIL, 2002). Os parâmetros foram fornecidos pela Divisão de
Convênios/HU e os dados foram obtidos pela Assessoria de Tecnologia e
Informação/HU.
63
4.6 VARIÁVEIS AVALIADAS
4.6.1. Características Sociodemográficas dos Pacientes:
Sexo
Masculino
Feminino
Idade
Calculada em anos, com base na data de nascimento de cada paciente, em
relação ao ano civil de 2007, a variável idade foi categorizada como:
0 a 09;
10 a 19;
20 a 39;
40 a 59;
60, ou mais.
Procedência
A variável procedência levou em conta o município de residência dos
pacientes e foi categorizada da seguinte forma:
Município de Londrina;
Municípios da Região Metropolitana de Londrina RML (excluído
Londrina). A Região Metropolitana de Londrina foi instituída pela Lei
Complementar Estadual n
o
. 81, de 17 de Junho de 1998, formada pelos
Municípios de Londrina, Cambé, Rolândia, Ibipo, Sertanópolis, Bela
Vista do Paraíso, Jataizinho, e Tamarana, totalizando 766.682
habitantes, de acordo com estimativas do IBGE em 2009. (PARANA,
2009);
Municípios da 17ª. Regional de Saúde (excluídos os municípios de
Londrina e aqueles abrangidos pela Região Metropolitana de Londrina).
Integram a 17ª. Regional de Saúde 21 municípios: Alvorada do Sul,
Assai, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambe, Centenário do Sul,
Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina,
Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira,
64
Primeiro de Maio, Rolândia, Sertanópolis e Tamarana, totalizando
873.898 habitantes;
Outros municípios que não integram a Região metropolitana e a 17ª.
Regional de Saúde.
4.6.2 Características das Internações dos Pacientes
Tempo de Internação
Esta variável foi calculada em dias, como a diferea entre a data da internação e
a data da alta, categorizada em 05 grupos: 01 a 03, 04 a 06, 07 a 15, 16 a 30, e mais de 30.
Grau de dependência de cuidados de enfermagem
O Hospital Universitário utiliza e aplica a classificação do grau de
dependência de pacientes em relação a assistência de enfermagem. (Quadro 4) A
classificação dos pacientes varia de I a IV, sendo o grau I aquele paciente que
requer cuidados mínimos de enfermagem e o grau IV aquele que é totalmente
dependente dos cuidados de enfermagem. (MARTINS; HADDAD, 2000)
A classificação dos pacientes é realizada pelos Enfermeiros de unidades,
com avaliação diária para cada paciente durante todo o período da internação.
I
II
III
IV
a) Sem desvios de
comportamento.
b) Deambula, toma
banho e se alimenta
sozinho.
c) Medicação via oral
e tópica.
d) Controle de sinais
vitais e eliminações
três vezes ao dia.
e) Orientação e
supervisão do auto
cuidado.
a) Sem desvio de
comportamento.
b) Deambula, toma
banho e se alimenta
sozinho.
c) Medicação via oral
e/ou intramuscular.
d) Cuidados pré e
pós operatórios
simples
e) Preparo para
exames de rotina.
f) Controle de sinais
vitais três vezes ao dia
e eliminações de 6/6
horas.
a) Com ou sem
desvios de
comportamento.
b) Necessita de
auxílio na
deambulação, no
banho e na
alimentação.
c) Medicação
intramuscular,
subcutânea e/ou
endovenosa.
d) Cuidados pré e
pós operatórios
complexos.
e) Controle de sinais
vitais e eliminações de
4/4 horas.
f) Observações
freqüentes das
condições gerais do
paciente
a) Inconsciente ou
com desvios no
padrão de
comportamento.
b) Acamado
continuamente higiene
no leito.
c) Alimentação por
sondas ou nutrição
parenteral total.
d) Terapia
Endovenosa Intensiva.
e) Controle de sinais
vitais de 2/2 horas.
f) Requer medidas
complexas para
manutenção da vida.
g) Total dependência
da Enfermagem
(incluir crianças)
Quadro 4 - Grau de dependência de pacientes em relação a assistência de enfermagem.
Fonte: Universidade Estadual de Londrina, 2009b.
65
A variável foi obtida do registro da avaliação do primeiro dia de internação do
paciente e foi categorizada em:
Grau I
Grau II
Grau III
Grau IV
Não avaliados
Procedimentos realizados
A categorização dos procedimentos realizados levou em conta os códigos de
faturamento classificados como passíveis de atendimento em Hospital Dia, com
base na lista de procedimentos regulamentados pelas Portarias n
o
. 44 de 10 de
janeiro de 2001, e n
o
. 893 SAS/MS de 07 de novembro de 2002. (BRASIL, 2002)
Os códigos têm 08 dígitos, seguidos pelo nome do procedimento, como por
exemplo: 33.015.08-2 Colecistectomia Videolaparoscopica. Os procedimentos
passíveis de atendimento em Hospital Dia se iniciam no código 31.001.05-0
Biópsia de Próstata e termina em 48.050.12-1 Estudo Eletrofisiológico Terapêutico
II: Ablação de taquica. (Anexo A)
Esta variável foi categorizada por procedimentos, em ordem decrescente
pelo número de casos de cada procedimento ocorrido no período de janeiro a
novembro de 2007.
4.6.3 Oferta de Leitos no Regime Convencional e no Regime de Hospital Dia
A oferta de leitos no regime convencional teve por base o número de casos
atendidos pelo HU no período de janeiro a novembro de 2007, classificados como
passíveis de atendimento em regime de HD. A oferta de leitos no regime de Hospital
Dia teve por base uma projeção/estimativa de pacientes considerando-se uma
disponibilidade de 20 leitos, um dia de internação para cada paciente, 22 dias úteis
no mês e 11 meses no ano.
66
4.6.4 Custo Real das Internações em Regime Convencional
Para este cálculo procedeu-se a mesma metodologia utilizada pelo Hospital
Universitário. Foram consideradas todas as despesas de custeio (fixas e variáveis)
do mês, como: salários e gratificações; encargos sociais; trabalhistas e fiscais;
serviços de terceiros; materiais de consumo em geral; medicamentos e despesas
gerais. Não foram computadas, para efeito de comparação, as despesas de capital
(Ex. instalações físicas, equipamentos e mobiliários), que são aquelas necessárias
para a criação/instalação do serviço, e que não é objeto desse estudo.
As despesas de custeio do Hospital Universitário foram alocadas em 17
Centros de Custos. (Quadro 5)
Código
CENTROS DE CUSTOS
Unidade de
Mensuração
B15
UNIDADE DE CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS
Por paciente dia
C01
UTI-1
Por paciente dia
C02
UTI-2
Por paciente dia
C03
UTI-PEDIÁTRICA
Por paciente dia
C04
UTI-NEONATAL
Por paciente dia
C05
UNIDADE MASCULINA
Por paciente dia
C06
UNIDADE FEMININA
Por paciente dia
C07
PEDIATRIA
Por paciente dia
C08
MATERNIDADE
Por paciente dia
C09
MOLÉSTIAS INFECCIOSAS
Por paciente dia
C10
PRONTO SOCORRO ATENDIMENTO
Por atendimento
C11
PRONTO SOCORRO INTERNAÇÃO
Por paciente dia
C12
TISIOLOGIA
Por paciente dia
C13
AMBULATÓRIO/HU
Por atendimento
C14
AMBULATÓRIO/HC
Por atendimento
C15
FISIOTERAPIA
Por atendimento
C16
UNIDADE DE QUEIMADOS
Por paciente dia
Quadro 5 - Centros de Custos do Hospital Universitário.
Fonte: Universidade Estadual de Londrina, 2009.
Dos pacientes classificados como passíveis de atendimento em HD, a
Divisão de Finanças e Orçamento/HU forneceu o custo por paciente ocorrido no
regime convencional, com base na metodologia de rateio de custos utilizada pelo
Hospital. Neste trabalho utilizou-se como referência os Centros de Custos do
Ambulatório e da Unidade Masculina, tendo em vista a Portaria n
o
. 44/2001
(BRASIL, 2001) que no Artigo define o Regime de Hospital Dia como “a
assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para
realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que
67
requeiram a permanência do paciente na Unidade por um período máximo de 12
horas”.
Para o cálculo do custo real dos pacientes passíveis de atendimento em
Hospital Dia foi levado em conta os seguintes dados:
O total de pacientes atendidos pelo HU no período de janeiro a novembro de
2007;
O total de dias de permanência (soma dos dias de internação de cada um dos
pacientes);
O custo total real despendido com os pacientes, compreendendo recursos
humanos (inclusive com encargos de folha de pagamento) e demais
despesas de custeio. (Anexo B). Os valores referentes a 2007 foram
corrigidos para agosto de 2009 pelo índice IGP-DI FGV (FUNDAÇÃO
GETULIO VARGAS, 2010);
Custo médio por dia de permanência (divisão do custo total pelo total de dias
de permanência);
Custo médio por paciente (divisão do custo total pelo total de pacientes
atendidos).
4.6.5 Custo Estimado das Internações em Regime de Hospital Dia
Com base nos requisitos estabelecidos pelas Portarias n
o
. 2.415/1998
(estabelece requisitos para credenciamento de Unidades Hospitalares e critérios
para realização de internação em regime de hospital-dia) (BRASIL, 1998b) e Portaria
n
o
. 44/2001 (que aprovou no âmbito do Sistema Único de Saúde a modalidade de
assistência - Hospital Dia) (BRASIL, 2001), foram calculadas todas as despesas de
custeio (Ex. material de consumo, medicamentos e recursos humanos), necessárias
para a manutenção de um serviço de Hospital Dia, tomando-se como referência uma
projeção de disponibilidade de 20 leitos. Para esse cálculo foram considerados
alguns aspectos relevantes, a saber:
68
Portaria 2.415/1998, Art. 3
o
: (BRASIL, 1998b)
Dez (10) vagas para pacientes que receberão medicação ambulatorial e
dez (10) vagas para pacientes cirúrgicos, pré e pós-operatórios,
divididos em dez leitos e dez poltronas;
Funcionamento semanal, inclusive finais de semana e feriados, das
07:00 às 19:00h;
Itens de custeio: Recursos Humanos, Material médico-hospitalar,
Medicamentos, Material de higiene, limpeza e apoio, Enxoval / Rouparia
para a equipe de trabalho e pacientes, Refeições e demais Custos
Indiretos (energia elétrica, gases medicinais, água, telefonia);
Portaria 44/2001, Art. 3
o
: (BRASIL, 2001)
Possibilidade de utilização da estrutura do centro cirúrgico disponível
no Hospital Universitário;
A eventual utilização de leitos de internação disponível no Hospital
Universitário;
A possibilidade de utilização da estrutura do Centro de esterilização e
desinfecção de materiais e instrumentos (de acordo com as normas
vigentes) do Hospital Universitário.
Quanto a estimativa de recursos humanos, além das portarias supracitadas,
também foi levado em conta os parâmetros demonstrados por Coelho Júnior e
Maeda (2006, p.53-108), tendo por base uma projeção de 20 leitos para o HD.
(Quadro 6)
Cargos
Qtde.
Enfermeiros (40 h/s)
02
Médicos (20 h/s)
03
Técnicos Administrativos (40 h/s)
02
Técnicos de Enfermagem (40 h/s)
06
Zeladores (40 h/s)
02
Total Recursos Humanos
15
Quadro 6 - Estimativa de Recursos Humanos para um serviço de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2009.
Também neste cálculo foi utilizado como referência os Centros de Custos do
Ambulatório e da Unidade Masculina do Hospital Universitário, conforme definição
do Artigo 2º. da Portaria n
o
. 44/2001 (BRASIL, 2001), e da mesma forma, não foram
69
computadas as despesas de capital. O item depreciação não foi levado em conta
visto que o HU não contabiliza este item no rol de suas despesas em razão de
limitações do sistema informatizado utilizado.
No custo total das unidades de Ambulatório e Unidade Masculina, que serviu
de referência para o cálculo do custo estimado de internação em regime de Hospital,
estão apropriados os custos dos serviços de apoio, como por exemplo, do centro
cirúrgico e do centro de material, conforme normas e critérios utilizados pelo Hospital
Universitário.
A distribuição dos custos fixos e variáveis do Ambulatório e da Unidade
Masculina do HU está demonstrada na tabela 3 e nos Anexos C e D.
Tabela 3: Distribuição (valor e %) dos custos fixos e variáveis do Ambulatório e da
Unidade Masculina, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2009.
Custos
Ref.: Ambulatório/HU
Ref.: Unidade Masculina HU
Valor (*)
%
Valor (*)
%
Custos Fixos
57.813,66
95,0
286.156,64
59,2
Custos Variáveis
3.028,69
5,0
197.146,01
40,8
Total em Reais
60.842,34
483.302,64
(*) Valor médio relativo aos meses de junho, julho e agosto de 2009.
Fonte: Universidade Estadual de Londrina, 2009.
Para o cálculo dos custos estimados dos pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi levado em conta os seguintes dados:
O total de pacientes estimados para atendimento em regime de Hospital Dia,
considerando-se: (A) um procedimento por paciente; (B) um dia de
permanência por paciente; (C) 20 leitos estimados para o HD; (D) 22 dias
úteis no mês; (E) taxa de ocupação dos leitos e, (F) período de 11 meses.
Desta forma: A / B x C x D x E x F = G.
As estimativas de atendimentos foram divididas em três cenários, sendo:
Cenário I, com 100% de taxa de ocupação dos leitos;
Cenário II, com 80% de taxa de ocupação dos leitos;
Cenário III, com 17,13% de taxa de ocupação dos leitos,
O total de dias de permanência estimado (soma dos dias de internação
estimados de cada um dos pacientes);
O custo total estimado, compreendendo recursos humanos (inclusive com
encargos de folha de pagamento) e demais despesas de custeio. (Apêndices
A, B e C). Os valores são referentes a agosto de 2009;
70
Custo médio estimado por dia de permanência (divisão do custo total
estimado pelo total de dias de permanência estimado);
Custo dio estimado por paciente (divisão do custo total estimado pelo total
de pacientes estimados).
Vale esclarecer que a Portaria 2.415/1998, prevê a possibilidade de
funcionamento semanal do serviço de Hospital, inclusive nos finais de semana e
feriados, por conta de uma eventual necessidade de assistência médico-hospitalar
ao paciente nesse período. No entanto para o cálculo dos custos estimados, é
levando em conta somente os dias úteis no mês, de segunda a sexta-feira.
4.6.6 Receita Real das Internações em Regime Convencional
As receitas decorrentes das internações em regime convencional daqueles
pacientes passíveis de atendimento em Hospital Dia foram aquelas efetivamente
recebidas pelo HU através do SUS em 2007, com base nas Autorizações de
Internações Hospitalares emitidas, proporcionais ao tempo de internação dos
pacientes, conforme dados fornecidos pelo Hospital, resultante da soma dos
Serviços Hospitalares - SH, Serviços Profissionais SP, e Serviços de Apoio
Diagnóstico e Terapia - SADT.
4.6.7 Receita Estimada das Internações em Regime de Hospital Dia
As receitas estimadas das internações em regime de Hospital Dia levam em
conta os valores pagos pelo SUS, com base na tabela de procedimentos faturados
pelo HU no período de janeiro a novembro/2007.
O cálculo da receita estimada para cada um dos pacientes passíveis de
atendimento em regime de Hospital Dia foi obtido tomando-se o valor da
remuneração de cada procedimento pago pelo SUS em 2007 e multiplicado pela
projeção do número de atendimentos para os mesmos procedimentos no período,
proporcional aos 829 casos atendidos no regime convencional, levando-se em
conta: (A) um procedimento por paciente; (B) um dia de permanência por paciente;
(C) 20 leitos estimados para o HD; (D) 22 dias úteis no mês; (E) taxa de ocupação
dos leitos e, (F) período de 11 meses. Desta forma: A / B x C x D x E x F = G
71
As estimativas de atendimentos foram divididas em três cenários, sendo:
Cenário I, com 100% de taxa de ocupação dos leitos;
Cenário II, com 80% de taxa de ocupação dos leitos;
Cenário III, com 17,13% de taxa de ocupação dos leitos,
4.7 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS
Os dados fornecidos pelo Hospital Universitário/UEL foram processados
através da planilha eletrônica Excel 2003 for Windows XP.
4.8 ASPECTOS ÉTICOS
O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade
Estadual de Londrina, (Anexo G) tendo em vista que as informações armazenadas
nos bancos de dados do HU/UEL foram oriundas dos registros dos prontuários dos
pacientes que tiveram seus procedimentos classificados como passíveis de
atendimento em um serviço de Hospital Dia.
72
5 RESULTADOS
5.1 INTERNAÇÕES PASSÍVEIS DE ATENDIMENTO EM HOSPITAL DIA NO PERÍODO DE JANEIRO
A NOVEMBRO DE 2007
No período de janeiro a novembro de 2007 o Hospital Universitário
processou 9.425 procedimentos, dos quais 829 seriam executáveis em regime de
Hospital Dia, representando 8,8% desse total (Gráfico 3), com base nos códigos
lançados nas AIHs - Autorizações de Internações Hospitalares utilizadas para o
recebimento de faturas emitidas para o SUS.
8,8%
91,2%
Sim
Não
n = 9.425
829
8.596
Gráfico 3 - Distribuição (n
o
. e %) dos pacientes passíveis de atendimento em Hospital
Dia (PPAHD), Hospital Universitário, Londrina, PR. 2007.
73
5.2 CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DOS PACIENTES
Sexo
Entre os pacientes atendidos pelo Hospital Universitário em 2007, passíveis
de atendimento em Hospital Dia, houve a predominância do sexo masculino, que
corresponde a 63% dos casos. (Gráfico 4)
37%
63%
Feminino Masculino
n = 829
Gráfico 4 - Distribuição (%) dos PPAHD, segundo sexo, Hospital Universitário, Londrina,
PR, 2007.
Idade
Do total de 829 pacientes atendidos pelo Hospital Universitário em 2007,
com procedimentos classificados como passíveis de atendimento em Hospital Dia,
mais de um terço tinha entre 20 e 39 anos de idade, e aproximadamente um quarto
estava na faixa de 40 a 59 anos. Os idosos (60 anos ou mais) representaram
12,67% dos casos. Importante verificar também que a faixa de idade entre 0 e 19
anos (crianças e jovens) totalizam 25,09% dos casos. (Gráfico 5)
74
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0 a 9 10 a 19 20 a 39 40 a 59 60 ou
mais
Idade (anos)
Gráfico 5 - Distribuição (%) dos PPAHD, segundo a faixa etária, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007.
Procedência
Dos 829 pacientes atendidos pelo Hospital Universitário em 2007,
classificados como passíveis de atendimento em Hospital Dia, a maioria reside no
município de Londrina, seguidos pelos residentes nos municípios que integram a
Região Metropolitana de Londrina. (Gráfico 6)
No total foram atendidos pacientes de 58 municípios diferentes, todos eles
pertencentes ao Estado do Paraná, sendo a maioria dos municípios localizados na
região norte do Estado, seguida pela região oeste.
75
68,4%
15,7%
8,2%
7,7%
Procedentes de Londrina
Procedentes de municípios da RML - Rego Metropolitana de Londrina
Procedentes de municípios da 17a. Regional de Saúde
Procedentes de outros municípios que não integram a RML e a 17a. RS
Gráfico 6 - Distribuição (%) dos PPAHD, segundo a procedência, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007.
5.3 CARACTERÍSTICAS DA INTERNAÇÃO DOS PACIENTES
Tempo de internação
Relativo ao tempo de permanência dos 829 pacientes atendidos pelo
Hospital Universitário em 2007, passíveis de atendimento em Hospital Dia, quase a
metade dos casos (49,7%), tiveram um tempo máximo de internação de até três
dias, ou seja, de curta duração. Se for considerado o período de um a seis dias de
permanência, o total foi de 585 casos, representando 70,6% do total. (Gráfico 7)
76
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
1 a 3 4 a 6 7 a 15 16 a 30 mais de 30
Dias de internação
Gráfico 7 - Distribuição (%) dos PPAHD, segundo o tempo de internação, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007.
Grau de dependência de cuidados de enfermagem
Do total de 829 pacientes atendidos pelo HU em 2007, passíveis de
atendimento em Hospital Dia (Gráfico 8), em 82 casos (9,9%) não foram
encontrados registros de avaliação dos cuidados de enfermagem; 334 casos foram
classificados em grau II (40,3%) e 278 casos em grau III (33,5%).
Os casos que requereram cuidados de enfermagem nos graus I e II
(mínimos) somaram 45,2% do total. A maioria dos casos se concentrou nos graus II
e III, com 73,8% do total.
77
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Grau I Grau II Grau III Grau IV Não
avaliados
Grau de dependência de cuidados de enfermagem
Gráfico 8 - Distribuição (%) dos PPAHD, segundo a classificação do grau de
dependência de cuidados de enfermagem, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007.
Procedimentos Realizados
Quanto aos procedimentos realizados pelo HU em 2007, decorrentes de
atendimento aos 829 pacientes, classificados como passíveis de atendimento em
Hospital Dia, foram registrados a ocorrência de 150 procedimentos diferentes.
Desses, 13 procedimentos totalizaram 427 casos, representando 51,5% do total.
Outros 137 procedimentos realizados com menos de 17 casos registrados cada um,
totalizaram 402 casos no total (Tabela 4). O procedimento realizado com maior
freqüência foi a colecistectomia videolaparaoscópica com 9,7% do total.
78
Tabela 4: Distribuição (n
o
. % e % acumulado) dos PPAHD, segundo o procedimento
realizado, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Procedimentos
N
o
. de
casos
%
%
acumu-
lado
Colecistectomia Videolaparoscópica
80
9,65
9,65
Herniorrafia Inguinal (unilateral)
49
5,91
15,56
Tenorrafia
48
5,79
21,35
Suturas e reparações de perda de substância da mão
35
4,22
25,57
Curetagem pós-aborto
31
3,74
29,31
Extirpação e supressão de lesão da pele e do tecido
31
3,74
33,05
Turbinectomia
29
3,50
36,55
Sutura de córnea
27
3,26
39,81
Retirada de placa e parafuso
23
2,77
42,58
Debridamento de Úlcera ou de tecidos desvitalizados
23
2,77
45,36
Curetagem semiótica com ou sem dilatação de colo
17
2,05
47,41
Cerclagem do colo uterino
17
2,05
49,46
Tratamento cirúrgico de fratura das falanges, com fixação
17
2,05
51,51
Sub-total
427
51,51
Outros 137 procedimentos com menos de 17 ocorrências
no período
402
48,49
Total
829
100%
100%
5.4 NÚMERO ESTIMADO DE ATENDIMENTOS NO REGIME DE HOSPITAL DIA
A estimativa de pacientes passíveis de atendimento em Hospital Dia foi
calculada levando-se em conta três cenários possíveis:
Cenário I Total estimado de pacientes considerando-se:
O total de 20 leitos previstos para o serviço de Hospital Dia, caso ele
existisse no HU;
Uma demanda média de 440 pacientes por mês, equivalente a uma taxa
de ocupação diária de 100% dos leitos;
A disponibilidade integral de serviços de apoio, como o Centro Cirúrgico,
por exemplo. (Inciso II, Art. 3º, Portaria n
o
. 44/2001)
79
Desta forma o número estimado de pacientes seria de 4.840 por ano (Quadro 7)
Procedimento
por paciente
Tempo de
permanência
por paciente,
em dias
Leitos
estimados
para o HD
Dias
úteis no
mês
(segunda
a sexta-
feira)
Taxa de
ocupação
dos leitos
N
o
. de
meses
no
período
Total de
atendimentos
estimados no
período
01
01
20
22
100%
11
4.840
A
B
C
D
E
F
G
Cálculo: A / B x C x D x E x F = G
Quadro 7 - Estimativa de atendimentos para um serviço de Hospital Dia, com taxa de 100%
de ocupação dos leitos, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2009.
Cenário II Total estimado de pacientes considerando-se:
O total de 20 leitos previstos para o serviço de Hospital Dia, caso ele
existisse no HU;
Uma demanda média de 352 pacientes por mês, equivalente a uma taxa
de ocupação diária de 80% dos leitos, tendo por base a mesma taxa
média de ocupação dos leitos do HU de 80%, apurada no período de
março, abril e maio de 2010, segundo o SAME/HU;
A disponibilidade integral de serviços de apoio, como o Centro Cirúrgico,
por exemplo. (Inciso II, Art. 3º, Portaria n
o
. 44/2001)
Desta forma o mero estimado de pacientes seria de 3.872 por ano.(Quadro 8)
Procedimento
por paciente
Tempo de
permanência
por paciente,
em dias
Leitos
estimados
para o HD
Dias
úteis no
mês
(segunda
a sexta-
feira)
Taxa de
ocupação
dos leitos
N
o
. de
meses
no
período
Total de
atendimentos
estimados no
período
01
01
20
22
80%
11
3.872
A
B
C
D
E
F
G
Cálculo: A / B x C x D x E x F = G
Quadro 8 - Estimativa de atendimentos para um serviço de Hospital Dia, com taxa de 80%
de ocupação dos leitos, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2009.
Cenário III Total estimado de pacientes considerando-se:
O total de 20 leitos previstos para o serviço de Hospital Dia, caso ele
existisse no HU;
Uma demanda média de 75 pacientes por mês, equivalente a uma taxa
de ocupação diária de 17,13% dos leitos, tendo por base o total de 829
80
pacientes atendidos pelo HU no período de janeiro a novembro/2007,
passíveis de atendimento em regime de Hospital Dia;
A disponibilidade integral de serviços de apoio, como o Centro Cirúrgico,
por exemplo. (Inciso II, Art. 3º, Portaria n
o
. 44/2001)
Desta forma o mero estimado de pacientes seria de 829 por ano. (Quadro 9)
Procedimento
por paciente
Tempo de
permanência
por paciente,
em dias
Leitos
estimados
para o HD
Dias
úteis no
mês
(segunda
a sexta-
feira)
Taxa de
ocupação
dos leitos
N
o
. de
meses
no
período
Total de
atendimentos
estimados no
período
01
01
20
22
17,13%
11
829
A
B
C
D
E
F
G
Cálculo: A / B x C x D x E x F = G
Quadro 9 - Estimativa de atendimentos para um serviço de Hospital Dia, com taxa de
17,13% de ocupação dos leitos, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2009.
O cenário III projeta o mesmo número de atendimentos ocorridos no regime
convencional, ou seja, na pior das hipóteses ocorreriam 829 atendimentos no ano.
No entanto, vale salientar que até junho de 2010, segundo dados do SAME/HU,
havia mais de 2.300 laudos de AIHs cirúrgicas que estavam no aguardo da liberação
pela Diretoria de Auditoria, Controle e Avaliação DACA, ligada à Secretaria de
Saúde do Município de Londrina (gestão plena), responsável pela autorização das
AIHs solicitadas pelos Hospitais de Londrina, muitas das quais seriam passíveis de
atendimento em regime de Hospital Dia.
5.5 COMPARATIVO DO NÚMERO DE ATENDIMENTOS OCORRIDOS NO REGIME CONVENCIONAL
VERSUS O ESTIMADO PARA O REGIME DE HOSPITAL DIA.
Tabela 5: Comparativo de atendimentos ocorridos no regime convencional
versus o estimado para o regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007.
Ocorridos no
regime
convencional
Estimados para o Regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
No.
Dif.
%
No.
Dif.
%
No.
Dif.
%
829
4.840
4.011
483,8
3.872
3.043
367,0
829
0,0
0,0
81
829
4.840
3.872
829
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Ocorridos no regime
convencional
Cenário I - Taxa
estimada de 100%
de ocupação dos
leitos
Cenário II - Taxa
estimada de 80%
de ocupação dos
leitos
Cenário III - Taxa
estimada de
17,13% de
ocupação dos leitos
Gráfico 9: Comparativo de atendimentos ocorridos no regime convencional versus o
estimado para o regime de Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina,
PR, 2007.
5.6 COMPARATIVO DO NÚMERO DE DIAS DE PERMANÊNCIA OCORRIDOS NO REGIME
CONVENCIONAL VERSUS O ESTIMADO PARA O REGIME DE HOSPITAL DIA.
Os 829 pacientes atendidos pelo HU, passíveis de atendimento em Hospital
Dia, totalizaram 5.296 dias de permanência, ou seja, a soma de todos os dias de
permanência dos pacientes que variou entre o mínimo de um dia e o máximo de 77
dias de internação. Para efeito de comparação, o regime de Hospital Dia leva em
conta um dia internação
Tabela 6: Comparativo do número de dias de permanência ocorridos no regime
convencional versus o estimado para o regime de Hospital Dia,
Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Ocorridos no
regime
convencional
Estimados para o Regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
No.
Dif.
%
No.
Dif.
%
No.
Dif.
%
5.296
4.840
-456
-8,6
3.872
-1.424
-26,9
829
-4.467
-84,3
82
5.7 CUSTO DAS INTERNAÇÕES NO REGIME CONVENCIONAL
Os 829 pacientes passíveis de atendimento em Hospital Dia, atendidos no
HU, foram distribuídos em 10 Centros de Custos. (Tabela 7)
Tabela 7: Distribuição (número, % e % acumulado) dos PPAHD, segundo o
centro de custos, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Seq.
Centro de Custo
N
o
.
%
%
acumulado
1
MASC Unidade Masculina
395
47,6
47,6
2
FEM Unidade Feminina
169
20,4
68,0
3
PED Pediatria
124
15,0
83,0
4
PSI Pronto Socorro Infantil
90
10,9
93,8
5
MAT Maternidade
19
2,3
96,1
6
TISIO Tisiologia
15
1,8
97,9
7
MI Moléstias Infecciosas
10
1,2
99,2
8
UTI Unidade de Terapia Intensiva Adulto
4
0,5
99,6
9
UCI Unidade de Cuidados Intensivos
2
0,2
99,9
10
UTI NEO Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal
1
0,1
100%
829
100%
O custo total das internações dos 829 pacientes passíveis de atendimento
em Hospital Dia foi de R$ 3.494.437,26. (Quadro 10) (Anexo B)
Características
Valores em Reais
Custo total dos 829 pacientes passíveis de atendimento em Hospital
Dia, com encargos de folha de pagamento
3.494.437,26
Custo médio por dia de permanência (R$ 3.494.437,26 / 5.296)
659,83
Custo médio por paciente (R$ 3.494.437,26 / 829)
4.215,24
Valores atualizados para agosto/2009 pelo índice IGP-DI (FGV).
Quadro 10 - Custo das Internações, custo médio por dia de permanência e custo médio
dos PPAHD, em regime convencional, Hospital Universitário, Londrina, PR,
2007.
Fonte: Universidade Estadual de Londrina, 2009.
83
5.8 CUSTO ESTIMADO DE INTERNAÇÃO NO REGIME DE HOSPITAL DIA
Para a obtenção deste custo foi levado em conta o número estimado de
pacientes no período de 11 meses, considerando os mesmos critérios (tipos de
despesas) e valores de custeio do regime convencional utilizados pelo Hospital
Universitário, e com base em três cenários possíveis:
Cenário I Total estimado de 4.840 pacientes no período, considerando
uma taxa de ocupação diária de 100% dos leitos, conforme demonstrado no quadro
07.
O custo dos recursos humanos necessários para o funcionamento do
Hospital Dia foi estimado em R$ 28.946,68 por mês, no Cenário I. (Quadro 11)
Cargos
Qtde.
Custo Unitário
estimado em Reais
Total Mensal
estimado em Reais
Enfermeiros (40 h/s)
02
3.687,82
7.375,64
Médicos (20 h/s)
03
2.896,18
8.688,54
Técnicos Administrativos (40 h/s)
02
1.571,31
3.142,62
Técnicos de Enfermagem (40 h/s)
06
1.289,98
7.739,88
Zeladores (40 h/s)
02
1.000,00
2.000,00
Total R. H.
28.946,68
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 11 - Custo estimado mensal com Recursos Humanos para uma unidade de Hospital
Dia.
A soma das despesas de custeio, necessárias para o funcionamento do
Hospital Dia, foi estimada em R$ 20.328,97 por mês, no Cenário I (Quadro 12),
tendo como referência o Ambulatório e a Unidade Masculina do Hospital
Universitário.
Item
Componentes
Custo mensal
estimado em
Reais
Material médico-
hospitalar
Materiais médico-hospitalares de consumo,
estimados para o atendimento 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgicos, pré e pós-cirúrgicos) em
regime de Hospital Dia.
2.870,15
Material de
Consumo em geral
Material de higiene, limpeza, copa, cozinha,
impressos, informática, análises clínicas, de
expediente, estimados para o suporte às
instalações e atendimento de 20 pacientes/dia em
regime de Hospital Dia.
568,86
84
Item
Componentes
Custo mensal
estimado em
Reais
Medicamentos e
correlatos
Antibióticos, anti-infecciosos, de uso tópico,
sintomáticos, de suporte, suplementos, sedativos,
anestésicos, analgésicos, estimados para o
atendimento de 20 pacientes/dia (ambulatorial,
cirúrgicos, pré e pós-cirúrgicos) em regime de
Hospital Dia.
14.259,27
Enxoval, rouparia
Uniforme privativo, avental, lençol, fronha,
cobertor, jaleco, toalhas, pijamas, estimados para
o suporte aos funcionários pacientes alocados na
unidade de Hospital Dia.
1.304,47
Refeições
Almoço, jantar, lanches, dietas, sucos.
66,99
Custos indiretos
Energia elétrica, gases medicinais, água, telefonia,
manutenção.
1.259,23
Total em Reais
20.328,97
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 12 - Custo estimado mensal para uma unidade de Hospital Dia, no cenário I.
A soma dos custos de recursos humanos com as despesas de custeio
totalizou R$ 49.275,65 por mês, no Cenário I. (Quadro 13)
Item
Itens de Despesa
Valores em Reais
01
Total de Recursos Humanos (custo mensal estimado)
28.946,68
02
Total das despesas de custeio (custo mensal estimado)
20.328,97
03
Total estimado por mês (total item 01 + total do item 02)
49.275,65
04
Total estimado para um período de 11 meses (total do item
03 x 11 meses)
542.032,17
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 13 - Resumo das despesas de custeio estimadas para uma unidade de Hospital
Dia, no cenário I.
O total de permanência estimado para os pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de 4.840 dias, no Cenário I. (Quadro 14)
Características
Qtde.
Total de dias de permanência estimada dos 4.840 pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia (20 leitos / 01 dia de permanência x 01 dia de
permanência x 100% de taxa de ocupação dos leitos x 22 dias/mês x 11
meses)
4.840
Quadro 14 - Total estimado de atendimentos e de permanência (em dias), de PPAHD,
Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
O custo médio estimado por dia de permanência e por paciente para uma
projeção de atendimento de 4.840 pacientes passíveis de atendimento em Hospital
Dia no Cenário I foi de R$ 111,99. (Quadro 15)
85
Características
Valores em Reais
Custo médio por dia de permanência (R$ 542.032,17 / 4.840)
111,99
Custo médio por paciente (R$ 542.032,17 / 4.840)
111,99
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 15 - Custos estimados das Internações, custo médio por dia de permanência e
custo médio dos PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Cenário II Total estimado de 3.872 pacientes no período, considerando
uma taxa de ocupação diária de 80% dos leitos, conforme demonstrado no quadro
08.
O custo dos recursos humanos necessários para o funcionamento do
Hospital Dia foi estimado em R$ 28.946,68 por mês, no Cenário II, conforme
demonstrado no quadro 11.
A soma das despesas de custeio, necessárias para o funcionamento do
Hospital Dia, foi estimada em R$ 16.263,18 por mês, no Cenário II (Quadro 16),
tendo como referência o Ambulatório e a Unidade Masculina do Hospital
Universitário.
Item
Componentes
Custo mensal
estimado em
Reais
Material médico-
hospitalar
Materiais médico-hospitalares de consumo,
estimados para o atendimento 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgicos, pré e pós-cirúrgicos) em
regime de Hospital Dia.
2.296,12
Material de
Consumo em geral
Material de higiene, limpeza, copa, cozinha,
impressos, informática, análises clínicas, de
expediente, estimados para o suporte às
instalações e atendimento de 20 pacientes/dia em
regime de Hospital Dia.
455,09
Medicamentos e
correlatos
Antibióticos, anti-infecciosos, de uso tópico,
sintomáticos, de suporte, suplementos, sedativos,
anestésicos, analgésicos, estimados para o
atendimento de 20 pacientes/dia (ambulatorial,
cirúrgicos, pré e pós-cirúrgicos) em regime de
Hospital Dia.
11.407,42
Enxoval, rouparia
Uniforme privativo, avental, lençol, fronha,
cobertor, jaleco, toalhas, pijamas, estimados para
o suporte aos funcionários pacientes alocados na
unidade de Hospital Dia.
1.043,57
Refeições
Almoço, jantar, lanches, dietas, sucos.
53,60
Custos indiretos
Energia elétrica, gases medicinais, água, telefonia,
manutenção.
1.007,38
Total em Reais
16.263,18
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 16 - Custo estimado mensal para uma unidade de Hospital Dia, no cenário II.
86
A soma dos custos de recursos humanos com as despesas de custeio
totalizou R$ 45.209,86 por mês, no Cenário II. (Quadro 17)
Item
Itens de Despesa
Valores em Reais
01
Total de Recursos Humanos (custo mensal estimado)
28.946,68
02
Total das despesas de custeio (custo mensal estimado)
16.263,18
03
Total estimado por mês (total item 01 + total do item 02)
45.209,86
04
Total estimado para um período de 11 meses (total do item
03 x 11 meses)
497.308,43
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 17 - Resumo das despesas de custeio estimadas para uma unidade de Hospital
Dia, no cenário II.
O total de permanência estimado para os pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de 3.872 dias, no Cenário II. (Quadro 18)
Características
Qtde.
Total de dias de permanência estimada dos 3.872 pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia (20 leitos / 01 dia de permanência x 01 dia de
permanência x 80% de taxa de ocupação dos leitos x 22 dias/mês x 11 meses)
3.872
Quadro 18 - Total estimado de atendimentos e de permanência (em dias), de PPAHD,
Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
O custo médio estimado por dia de permanência e por paciente para uma
projeção de atendimento de 3.872 pacientes passíveis de atendimento em Hospital
Dia no Cenário II foi de R$ 128,44. (Quadro 19)
Características
Valores em Reais
Custo médio por dia de permanência (R$ 497.308,43 / 3.872)
128,44
Custo médio por paciente (R$ 497.308,43 / 3.872)
128,44
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 19 - Custos estimados das Internações, custo médio por dia de permanência e
custo médio dos PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Cenário III Total estimado de 829 pacientes no período, considerando uma
taxa de ocupação diária de 17,13% dos leitos, conforme demonstrado no quadro 09.
O custo dos recursos humanos necessários para o funcionamento do
Hospital Dia foi estimado em R$ 28.946,68 por mês, no Cenário III, conforme
demonstrado no quadro 11.
A soma das despesas de custeio, necessárias para o funcionamento do
Hospital Dia, foi estimada em R$ 3.482,35 por mês, no Cenário III (Quadro 20),
tendo como referência o Ambulatório e a Unidade Masculina do Hospital
Universitário.
87
Item
Componentes
Custo mensal
estimado em
Reais
Material médico-
hospitalar
Materiais médico-hospitalares de consumo,
estimados para o atendimento 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgicos, pré e pós-cirúrgicos) em
regime de Hospital Dia.
491,66
Material de
Consumo em geral
Material de higiene, limpeza, copa, cozinha,
impressos, informática, análises clínicas, de
expediente, estimados para o suporte às
instalações e atendimento de 20 pacientes/dia em
regime de Hospital Dia.
97,45
Medicamentos e
correlatos
Antibióticos, anti-infecciosos, de uso tópico,
sintomáticos, de suporte, suplementos, sedativos,
anestésicos, analgésicos, estimados para o
atendimento de 20 pacientes/dia (ambulatorial,
cirúrgicos, pré e pós-cirúrgicos) em regime de
Hospital Dia.
2.442,61
Enxoval, rouparia
Uniforme privativo, avental, lençol, fronha,
cobertor, jaleco, toalhas, pijamas, estimados para
o suporte aos funcionários pacientes alocados na
unidade de Hospital Dia.
223,46
Refeições
Almoço, jantar, lanches, dietas, sucos.
11,48
Custos indiretos
Energia elétrica, gases medicinais, água, telefonia,
manutenção.
215,71
Total em Reais
3.482,35
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 20 - Custo estimado mensal para uma unidade de Hospital Dia, no cenário III.
A soma dos custos de recursos humanos com as despesas de custeio
totalizou R$ 32.429,03 por mês, no Cenário III. (Quadro 21)
Item
Itens de Despesa
Valores em Reais
01
Total de Recursos Humanos (custo mensal estimado)
28.946,68
02
Total das despesas de custeio (custo mensal estimado)
3.482,35
03
Total estimado por mês (total item 01 + total do item 02)
32.429,03
04
Total estimado para um período de 11 meses (total do item
03 x 11 meses)
356.719,36
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 21 - Resumo das despesas de custeio estimadas para uma unidade de Hospital
Dia, no cenário III.
88
O total de permanência estimado para os pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de 829 dias, no Cenário III. (Quadro 22)
Características
Qtde.
Total de dias de permanência estimada dos 829 pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia (20 leitos / 01 dia de permanência x 01 dia de
permanência x 17,13% de taxa de ocupação dos leitos x 22 dias/mês x 11
meses)
829
Quadro 22 - Total estimado de atendimentos e de permanência (em dias), de PPAHD,
Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
O custo médio estimado por dia de permanência e por paciente para uma
projeção de atendimento de 829 pacientes passíveis de atendimento em Hospital
Dia no Cenário III foi de R$ 430,25. (Quadro 23)
Características
Valores em Reais
Custo médio por dia de permanência (R$ 356.719,36 / 829)
430,25
Custo médio por paciente (R$ 356.719,36 / 829)
430,25
Valores referentes a agosto/2009.
Quadro 23 - Custos estimados das Internações, custo médio por dia de permanência e
custo médio dos PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
5.9 COMPARATIVO DO CUSTO TOTAL, CUSTO POR DIA DE PERMANÊNCIA E CUSTO POR
PACIENTE ENTRE A INTERNAÇÃO CONVENCIONAL DOS PACIENTES CLASSIFICADOS, VERSUS
O CUSTO ESTIMADO DA INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DIA
O custo estimado das internações em regime de Hospital Dia se mostrou
amplamente favorável nos três cenários propostos, em relação ao custo total real
das internações ocorridas no regime convencional. (Tabela 8)
Tabela 8: Comparativo entre o custo total em regime convencional e o custo
estimado em regime de Hospital Dia, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007.
Custo Real ocorrido
no Regime
Convencional
Custo estimado para o Regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
829 pacientes
4.840 pacientes
3.872 pacientes
829 pacientes
R$ 3.494.437,26 (*)
R$ 542.032,17 (**)
R$ 497.308,43 (**)
R$ 356.719,36 (**)
Diferença em Reais
R$ 2.952.405,09
R$ 2.997.128,83
R$ 3.137.717,90
Redução em %
84,5%
85,8%
89,8%
(*) Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
(**) Valores referentes a agosto/2009.
89
0,00
500.000,00
1.000.000,00
1.500.000,00
2.000.000,00
2.500.000,00
3.000.000,00
3.500.000,00
Valores em Reais
Custo real ocorrido
no regime
convencional (829
pacientes)
Custo estimado -
Cenário I (4.840
pacientes)
Custo estimado -
Cenário II (3.872
pacientes)
Custo estimado -
Cenário III (829
pacientes)
Gráfico 10: Comparativo do custo real ocorrido no regime convencional versus o
estimado para o regime de Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina,
PR, 2007.
A diferença entre o custo médio estimado por dia de permanência ocorrido
no regime convencional, para o custo médio estimado por dia de internação em
regime de Hospital Dia foi de R$ 547,84 para o Cenário I, de R$ 531,39 para o
Cenário II e de R$ 229,58 para o Cenário III. (Tabela 9)
Tabela 9: Comparativo do custo médio estimado por dia de permanência ocorrido no
regime convencional e o estimado em regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007.
Custo médio Real
ocorrido no Regime
Convencional
Custo médio estimado para o Regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
5.296 dias de
permanência
4.840 dias de
permanência
3.872 dias de
permanência
829 dias de
permanência
R$ 659,83 (*)
R$ 111,99 (**)
R$ 128,44 (**)
R$ 430,25 (**)
Diferença em Reais
R$ 547,84
R$ 531,39
R$ 229,58
Redução em %
83,0%
80,5%
34,8%
(*) Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
(**) Valores referentes a agosto/2009.
A diferença entre o custo médio estimado por paciente ocorrido no regime
convencional, para o custo médio estimado por paciente em regime de Hospital Dia
foi de R$ 4.103,25 para o Cenário I, de R$ 4.086,80 para o Cenário II e de R$
3.784,99 para o Cenário III. (Tabela 10)
90
Tabela 10: Comparativo do custo médio estimado por paciente ocorrido no regime
convencional e o estimado em regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007.
Custo médio Real
ocorrido no Regime
Convencional
Custo médio estimado para o Regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
829 pacientes
4.840 pacientes
3.872 pacientes
829 pacientes
R$ 4.215,24 (*)
R$ 111,99 (**)
R$ 128,44 (**)
430,25 (**)
Diferença em Reais
R$ 4.103,25
R$ 4.086,80
R$ 3.784,99
Redução em %
97,3%
97,0%
89,8%
(*) Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
(**) Valores referentes a agosto/2009.
5.10 RECEITAS DAS INTERNAÇÕES NO REGIME CONVENCIONAL.
O valor total faturado pelo Hospital Universitário, no período de janeiro a
novembro de 2007, contra o SUS, relativo aos 829 pacientes atendidos, passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de R$ 471.897,04. (Quadro 24)
Item
Valor SH
Valor SP
Valor SADT
Total
Valor (*)
R$ 335.999,86
R$ 115.617,54
R$ 20.279,64
R$ 471.897,04
%
71,2
24,5
4,3
100,00
Valores atualizados para agosto/2009 pelo índice IGP-DI (FGV)
Quadro 24 - Valor faturado para o SUS em 2007 dos pacientes atendidos pelo HU,
passíveis de atendimento em Hospital Dia.
Fonte: Universidade Estadual de Londrina, 2009.
SH: Serviços Hospitalares; SP: Serviços Profissionais; SADT: Serviços de Apoio,
Diagnósticos e Terapia.
Os 829 pacientes atendidos pelo HU, passíveis de atendimento em Hospital
Dia, totalizaram 5.296 dias de permanência. (Tabela 6)
A receita média por dia de permanência foi de R$ 89,10 e por paciente foi de
R$ 569,24, decorrente das internações dos 829 pacientes passíveis de atendimento
em Hospital Dia. (Quadro 25)
Características
Valores em Reais
Receita média por dia de permanência (R$ 471.897,04 / 5.296)
89,10
Receita média por paciente (R$ 471.897,04 / 829)
569,24
Valores atualizados para agosto/2009 pelo índice IGP-DI (FGV).
Quadro 25 - Receita das Internações, receita média por dia de permanência e receita
média dos pacientes passíveis de atendimento em Hospital Dia, em
regime convencional, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
91
5.11 RECEITA ESTIMADA DE INTERNAÇÃO NO REGIME DE HOSPITAL DIA.
Este lculo levou em conta o valor de uma diária (característico do serviço
de Hospital Dia); o pagamento pelo SUS de um procedimento por paciente; a média
de permanência de um dia por paciente, e as estimativas de atendimento de
pacientes conforme as projeções dos Cenários I, II e III. (Quadros 7, 8 e 9)
Cenário I Total estimado de 4.840 pacientes no período, proporcional ao
número de casos ocorridos no regime convencional, considerando uma taxa de
ocupação diária de 100% dos leitos, conforme demonstrado no quadro 7.
A receita total estimada das internações dos 4.840 pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de R$ 1.608.251,58, no Cenário I. (Quadro 26)
N
o
. de pacientes estimados
no regime de HD no período
de 11 meses
Total de receitas estimadas equivalente a 01 dia de
internação, de 4.840 pacientes passíveis de atendimento
em HD
4.840
R$ 1.608.251,58 (*)
(*) Valores atualizados para agosto/2009 pelo índice IGP-DI (FGV).
Quadro 26 - Cálculo da receita estimada de 4.840 PPAHD, no período de 11 meses.
O total de permanência estimado para os pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de 4.840 dias, no Cenário I, conforme o quadro 14.
A receita média estimada por dia de permanência e por paciente foi de R$
332,28, no Cenário I. (Quadro 27)
Características
Valores em Reais
Receita média estimada por dia de permanência (R$ 1.608.261,58 /
4.840)
332,28
Receita média estimada por paciente (R$ 1.608.261,58 / 4.840)
332,28
Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
Quadro 27 - Receitas estimadas das Internações, receita média por dia de permanência
e receita média dos PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Cenário II Total estimado de 3.872 pacientes no período, proporcional ao
número de casos ocorridos no regime convencional, considerando uma taxa de
ocupação diária de 80% dos leitos, conforme demonstrado no quadro 8.
92
A receita total estimada das internações dos 4.840 pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de R$ 1.286.601,26, no Cenário II. (Quadro 28)
N
o
. de pacientes estimados
no regime de HD no período
de 11 meses
Total de receitas estimadas equivalente a 01 dia de
internação, de 4.840 pacientes passíveis de atendimento
em HD
3.872
R$ 1.286.601,26 (*)
(*) Valores atualizados para agosto/2009 pelo índice IGP-DI (FGV).
Quadro 28 - Cálculo da receita estimada de 3.872 PPAHD, no período de 11 meses.
O total de permanência estimado para os pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de 3.872 dias, no Cenário II, conforme o quadro 18.
A receita média estimada por dia de permanência e por paciente foi de R$
332,28, no Cenário II. (Quadro 29)
Características
Valores em Reais
Receita média estimada por dia de permanência (R$ 1.286.601,26 /
3.872)
332,28
Receita média estimada por paciente (R$ 1.286.601,26 / 3.872)
332,28
Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
Quadro 29 - Receitas estimadas das Internações, receita média por dia de permanência
e receita média dos PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Cenário III Total estimado de 829 pacientes no período, proporcional ao
número de casos ocorridos no regime convencional, considerando uma taxa de
ocupação diária de 17,13% dos leitos, conforme demonstrado no quadro 9.
A receita total estimada das internações dos 829 pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de R$ 275.462,92, no Cenário III. (Quadro 30)
N
o
. de pacientes estimados
no regime de HD no período
de 11 meses
Total de receitas estimadas equivalente a 01 dia de
internação, de 4.840 pacientes passíveis de atendimento
em HD
829
R$ 275.462,92 (*)
(*) Valores atualizados para agosto/2009 pelo índice IGP-DI (FGV).
Quadro 30 - Cálculo da receita estimada de 829 PPAHD, no período de 11 meses.
O total de permanência estimado para os pacientes passíveis de
atendimento em Hospital Dia foi de 829 dias, no Cenário III, conforme quadro 22.
A receita média estimada por dia de permanência e por paciente foi de R$
332,28, no Cenário III. (Quadro 31)
93
Características
Valores em Reais
Receita média estimada por dia de permanência (R$ 275.462,92 /
829)
332,28
Receita média estimada por paciente (R$ 275.462,92 / 829)
332,28
Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
Quadro 31 - Receitas estimadas das Internações, receita média por dia de permanência
e receita média dos PPAHD, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
5.12 COMPARATIVO DAS RECEITAS DA INTERNAÇÃO CONVENCIONAL DOS PACIENTES
CLASSIFICADOS VERSUS AS RECEITAS ESTIMADAS DA INTERNAÇÃO EM HOSPITAL DIA.
A diferença entre a receita real das internações, em regime convencional,
para a receita estimada das internações, em regime de Hospital Dia, foi de R$
1.136.364,54 a maior para o Cenário I, de R$ 814.704,20 a maior para o Cenário II e
de R$ 196.434,12 a menor para o Cenário III. (Tabela 11)
Tabela 11: Comparativo entre a receita real em regime convencional e a receita
estimada em regime de Hospital Dia, Hospital Universitário,
Londrina, PR, 2007.
Receita Real
ocorrida no Regime
Convencional
Receita estimada para o Regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
829 pacientes
4.840 pacientes
3.872 pacientes
829 pacientes
R$ 471.897,04 (*)
R$ 1.608.261,58 (*)
R$ 1.286.601,26 (*)
R$ 275.462,92 (*)
Diferença em Reais
R$ 1.136.364,54
R$ 814.704,20
(R$ 196.434,12)
Diferença em %
340,8%
272,6%
(58,4%)
(*) Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
94
0,00
200.000,00
400.000,00
600.000,00
800.000,00
1.000.000,00
1.200.000,00
1.400.000,00
1.600.000,00
1.800.000,00
Valores em Reais
Receita Real
ocorrida no regime
convencional (829
pacientes)
Receita estimada
Cenário I (4.840
pacientes)
Receita estimada
Cenário II (3.872
pacientes)
Receita estimada
Cenário III (829
pacientes)
Gráfico 11: Comparativo da receita real ocorrida no regime convencional versus a
estimada para o regime de Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina,
PR, 2007.
A diferença entre a receita média estimada por dia de permanência ocorrido
no regime convencional, para a receita média estimada por dia de internação em
regime de Hospital Dia foi de R$ 243,18 a mais para os Cenários I, II e III. (Tabela
12)
Tabela 12: Comparativo da receita média estimada por dia de permanência
ocorrido no regime convencional e a estimada em regime de
Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Receita média Real
ocorrida no Regime
Convencional
Receita média estimada para o Regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
5.296 dias de
permanência
4.840 dias de
permanência
3.872 dias de
permanência
829 dias de
permanência
R$ 89,10 (*)
R$ 332,28 (*)
R$ 332,28 (*)
R$ 332,28 (*)
Diferença em Reais
R$ 243,18
R$ 243,18
R$ 243,18
Redução em %
372,9%
372,9%
372,9%
(*) Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
A diferença entre a receita média estimada por paciente ocorrido no regime
convencional, para a receita média estimada por paciente em regime de Hospital Dia
foi de R$ 236,96 a menor para os Cenários I, II e III. (Tabela 13)
95
Tabela 13: Comparativo da receita média estimada por paciente ocorrido no regime
convencional e a estimada em regime de Hospital Dia, Hospital
Universitário, Londrina, PR, 2007.
Receita média Real
ocorrida no Regime
Convencional
Receita média estimada para o Regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
829 pacientes
4.840 pacientes
3.872 pacientes
829 pacientes
R$ 569,24 (*)
R$ 332,28 (*)
R$ 332,28 (*)
R$ 332,28 (*)
Diferença em Reais
(R$ 236,96)
(R$ 236,96)
(R$ 236,96)
Redução em %
(58,4%)
(58,4%)
(58,4%)
(*) Valores atualizados para agosto/2009 com base no IGP-DI (FGV).
5.13 COMPARATIVO GERAL DOS CUSTOS E DAS RECEITAS (REGIME CONVENCIONAL VERSUS
REGIME DE HOSPITAL DIA)
Os custos e as receitas reais da internação em regime convencional são
proporcionais aos 829 pacientes atendidos pelo HU no período de 11 meses. Os
custos e as receitas estimadas para internação em regime de HD são proporcionais
aos casos estimados para o período de 11 meses, para os cenários I, II e III.
Os custos estimados para o regime de Hospital Dia apresentaram uma
redução importante, representando um decréscimo de 84,5% para o cenário I, 85,8%
para o cenário II e 89,8% para o cenário III, em relação aos custos do regime
convencional.
As receitas estimadas para o regime de Hospital Dia apresentaram um
acréscimo de 340,8% para o cenário I e 272,6% para o cenário II e um decréscimo
de 58,4% para o cenário III, em relação às receitas do regime convencional. (Tabela
14)
96
Tabela 14: Comparativo de custos e receitas entre o regime convencional e o
regime de Hospital Dia, Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
Item
Ocorridos no
regime
convencional
Estimados para o regime de Hospital Dia
Cenário I
Cenário II
Cenário III
829 casos
4.840 casos
3.872 casos
829 casos
Total dos Custos no
período de 11 meses
R$
3.494.437,26
(*)
R$
542.032,17
(**)
R$
497.308,43
(**)
R$
356.719,36
(**)
Total das Receitas no
período de 11 meses
R$
471.897,04
(*)
R$
1.608.261,58
(*)
R$
1.286.601,26
(*)
R$
275.462,92
(*)
Diferença em Reais
R$
(3.022.540,22)
R$
1.066.229,41
R$
789.292,83
R$
(81.256,44)
(*) Valores referentes a 2007, atualizados para agosto/2009 pelo IGP-DI(FGV).
(**) Valores referentes a agosto/2009.
0,00
500.000,00
1.000.000,00
1.500.000,00
2.000.000,00
2.500.000,00
3.000.000,00
3.500.000,00
Valores em Reais
Custo Real
ocorrido no
regime
convencional (829
pacientes)
Receita Real
ocorrida no
regime
convencional (829
pacientes)
Custo estimado
Cenário I (4.840
pacientes)
Receita estimada
Cenário I (4.840
pacientes)
Custo estimado
Cenário II (3.872
pacientes)
Receita estimada
Cenário II (3.872
pacientes)
Custo estimado
Cenário III (829
pacientes)
Receita estimada
Cenário III (829
pacientes)
Gráfico 12: Comparativo dos custos e receitas ocorridas no regime convencional
versus os custos e as receitas estimadas para o regime de Hospital Dia,
Hospital Universitário, Londrina, PR, 2007.
97
6 DISCUSSÃO
A presente pesquisa demonstrou que dos 9.425 procedimentos realizados
pelo HU no período de janeiro a novembro de 2007, em regime convencional, 829
eram passíveis de atendimento em regime de Hospital Dia, representando 8,8% dos
casos. Estes dados respondem afirmativamente a 1ª. Hipótese de que existe um
significativo percentual de agravos de saúde que podem ser tratados em um serviço
de Hospital Dia.
Fazendo uma leitura dos procedimentos realizados pelo Hospital
Universitário no período de 2000 a 2006, observa-se que houve uma redução
gradativa de 13.000 para 10.767 casos, representando uma queda de 17,2% no
período. Também nesse período houve uma redução nos casos de procedimentos
passíveis de atendimento em Hospital Dia, mas a proporção de casos passíveis de
atendimento em Hospital Dia versus os casos totais se manteve estável, passando
de 7,4% em 2000 para 7,5% em 2006. (Gráfico 2)
Apesar do percentual de 8,8%, de pacientes passíveis de atendimento em
regime de Hospital Dia, encontrado no HU em 2007 (Gráfico 3) ser quase a metade
daquele encontrado para o Município de Londrina (18,96%) (Tabela 2), vale lembrar
que os dados para Londrina levam em conta os procedimentos faturados em todos
os Hospitais do município, com diferentes características (secundário e terciário) e
complexidades (média e alta). O Hospital Universitário, por sua vez, é um hospital
terciário e de alta complexidade, sendo inclusive referência para o Ministério da
Saúde em inúmeros procedimentos com essas características. Portanto, neste
cenário, o percentual de 8,8% encontrado no HU passa a ser importante e
pressupõe-se que seja ainda maior para os Hospitais secundários e de média
complexidade.
Nos Estados Unidos, onde o setor da saúde enfrenta uma longa crise
justamente por conta dos altos custos dos procedimentos, as cirurgias feitas em
hospitais dia representam quase 80% do total. No Brasil, o percentual, ainda que
significativo, está próximo de 35%. Mas a tendência apontada por profissionais da
área é de alcançar a realidade americana, em alguns anos. (CAETANO, 2010)
Vale lembrar que na pesquisa nacional desenvolvida por Forgia e Couttolenc
(2009) ficou demonstrado que quase 30% das internações hospitalares no Brasil
98
ocorrem por condições que poderiam ser tratadas em ambulatório, o que uma
idéia da potencial demanda de serviços de Hospital Dia. Ainda segundo os autores,
“embora cirurgias ambulatoriais e outras iniciativas para a redução de custos
venham ganhando mais espaço, a ineficiência e os custos resultantes da
dependência excessiva do hospital permanecem altos”. (2009, p.101)
No final de 2009, em razão do aumento na demanda de pacientes passíveis
de atendimento em Hospital Dia, o Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina
da USP Universidade de São Paulo ampliou em 30% a oferta de leitos nesse tipo
de regime, passando de 18 para 25 leitos. (HOSPITAL..., 2010a)
O montante de leitos ocupados por pacientes passíveis de atendimento em
Hospital Dia observado no presente estudo nos permite visualizar vantagens
adicionais no que diz respeito a ampliação de leitos. Caso o Hospital Universitário
dispusesse de um serviço de Hospital Dia, exceto alguns poucos casos que
evoluíram para uma internação de maior complexidade, a maioria absoluta dos leitos
convencionais que foram ocupados por estes pacientes, passíveis de atendimento
em regime de Hospital Dia, poderiam ter sido disponibilizados para outros pacientes
que de fato teriam requerido um atendimento de média e alta complexidade.
Portanto o número de atendimentos do HU em 2007 poderia ter sido de 10.254
casos, sendo: 9.425 casos efetivamente ocorridos, mais 829 pacientes passíveis de
atendimento em regime de Hospital Dia que ocuparam os leitos convencionais,
quando poderiam estar no regime de HD, o que representaria um aumento de 8,8%
dos atendimentos no regime convencional. Tais dados permitem afirmar que a
inserção do serviço de Hospital Dia possibilita um aumento na oferta do número de
leitos, tanto para o regime convencional quanto para o de HD.
Além disso, é possível avaliar que, na hipótese da existência de um serviço
de Hospital Dia no HU, poderia ter ocorrido um maior número de atendimentos total
no período, somados o atendimento ocorrido no regime convencional mais a
estimativa de atendimento no regime de HD, sendo: 4.840 a mais no cenário I; 3.872
a mais no cenário II e 829 a mais no cenário III. Ainda que a demanda total não
atingisse as estimativas dos cenários I e II, qualquer outro número de atendimento
em regime de Hospital Dia, que provavelmente seria maior do que os 829 casos
ocorridos, propiciariam um impacto positivo no sistema de saúde pela abertura de
“novas vagas” de internação, e ao mesmo tempo uma maior receita financeira ao
Hospital pela captação de recursos provenientes deste serviço.
99
Quanto à demanda reprimida (fila de espera) até junho de 2010, segundo
dados do SAME/HU, havia mais de 2.300 laudos de AIHs cirúrgicas que estavam no
aguardo da liberação da Diretoria de Auditoria, Controle e Avaliação DACA, ligada
à Secretaria de Saúde do Município de Londrina (gestão plena), responsável pela
autorização das AIHs solicitadas pelos Hospitais de Londrina, muitas das quais
seriam passíveis de atendimento em regime de Hospital Dia.
Quanto às características sociodemográficas dos pacientes classificados
como passíveis de atendimento em Hospital Dia, destaca-se no perfil da idade que o
maior percentual dos casos se enquadra no perfil de adulto/jovem, sugerindo uma
maior compatibilidade com as características de um serviço de Hospital Dia, que
dispõe de uma estrutura operacional menos complexa que o regime convencional,
portanto mais adequada a esta faixa de idade.
Relativo a procedência dos pacientes, ficou evidente que a maioria dos
pacientes atendidos pelo HU em 2007, passíveis de atendimento em HD, tinha
residência no município de Londrina, com 68,4% dos casos, que somados àqueles
residentes em outros municípios da região metropolitana de Londrina (15,7%),
totalizaram mais de 84% dos pacientes. Considerando-se as características de um
serviço de Hospital Dia como sendo a assistência intermediária entre a internação e
o atendimento ambulatorial, que requer uma permanência do paciente na unidade
por um período máximo de 12 horas, conforme preconiza a Portaria 44/2001/MS
(BRASIL, 2001), este fator é de grande importância, pois havendo a necessidade do
paciente se deslocar do Hospital até a sua residência e vice-versa, quanto maior a
proximidade entre ambos, maior será o conforto e a facilidade de acesso dos
pacientes, bem como da eficiência no tratamento dos mesmos, pois a freqüência aos
serviços, nesse caso, é de fundamental importância para o seu êxito.
Os pacientes com o tempo de internação entre um e três dias, totalizaram
49,7% dos casos. E mesmo que se considere o intervalo entre um e seis dias, o total
será de 70,6% dos casos. Esse intervalo de tempo é compatível com as
características de um serviço de Hospital Dia, que prevê uma permanência de curta
duração do paciente na unidade de serviço. Apesar do Hospital Universitário ser
terciário e de alta complexidade, a maioria absoluta dos 829 pacientes atendidos no
hospital em 2007 tiveram um curto tempo de internação.
Outro aspecto importante a ser observado neste quesito é que, no regime de
Hospital Dia, o risco do paciente contrair infecções hospitalares é reduzido a níveis
100
mínimos, com ganhos para o paciente, por sua recuperação mais rápida, e para o
Hospital, pela redução de custos com materiais médico-hospitalares e
medicamentos. Forgia e Couttolenc (2009, p.85) afirmam que “Permanências mais
longas do que o necessário desperdiçam recursos hospitalares e pode dificultar o
acesso a leitos por pacientes com condições mais graves, ou até mesmo correndo
risco de morte”. Internações mais longas, quando desnecessárias, podem inflacionar
a taxa de ocupação de leitos, além disso não existem evidências de que o tempo
médio de permanência mais longo resultem em uma maior qualidade de atenção ou
que venham a melhorar os resultados para o paciente.
O grau de dependência de cuidados de enfermagem também é um
importante fator de avaliação deste estudo. Considerando que o regime de Hospital
Dia, por suas características, requer um menor grau de dependência de cuidados de
enfermagem, o resultados também corroboram estas características, visto que os
casos classificados em grau I e II representam 45,2% do total. Caso os 829
pacientes fossem atendidos em um serviço específico de Hospital Dia, muito
provavelmente a média do grau de dependência de cuidados de enfermagem ficaria
mais próxima do grau I do que do grau II.
Somente com base nos dados levantados por este estudo não é possível
afirmar objetivamente que o Hospital Dia possibilite um atendimento mais
humanizado aos usuários. Para tanto é recomendável a realização de um estudo
mais específico e aprofundado para tratar deste tema e assim poder confirmar, ou
não, tal hipótese. No entanto é possível inferir essa possibilidade, visto que havendo
um menor tempo de internação dos pacientes (quase metade dos casos com tempo
entre um a três dias); um menor grau de dependência de cuidados de enfermagem
(mais de 41% dos casos classificados entre grau I e II); a possibilidade de ser
mantido o convívio familiar do paciente (retorno à residência e cuidados
complementares pela família); o atendimento em um ambiente diferenciado e
especialmente projetado para este fim e, uma menor possibilidade de infecção
hospitalar em razão da menor interação com outros ambientes hospitalares que
oferecem maior risco de contágio, com certeza os conceitos de humanização
estarão mais presentes na vida não só dos pacientes, mas também de toda a equipe
de trabalho envolvida.
Como lembra Salzano e Cordas (2003, p. 92) o tratamento em Hospital Dia
mantém a autonomia do paciente que não o tratamento como algo punitivo,
101
havendo redução do nível de dependência das equipes profissionais e mantendo
intacto o relacionamento familiar destes, o que vem ao encontro das políticas de
humanização do Ministério da Saúde, que destaca a existência de mecanismos de
desospitalização, visando alternativas às práticas hospitalares como as de cuidados
domiciliares.
De um total de 150 procedimentos diferentes ocorridos com o atendimento
dos 829 pacientes em 2007 no HU, 51,5% dos casos se concentraram em 13
procedimentos principais. Esta característica epidemiológica dos pacientes
atendidos pelo HU em 2007 poderá, ou não, ser igual em outros períodos ou
Hospitais Universitários de outras regiões. Considerando que todos os 150
procedimentos ocorridos estão previstos nas Portarias n
o
. 44/2001/MS (BRASIL,
2001) e n
o
. 893/SAS/MS (BRASIL, 2002), os dados são significativos do ponto de
vista do planejamento dos serviços, que deve levar em conta os procedimentos mais
relevantes e recorrentes para o aporte de recursos físicos, materiais e humanos,
visando o atendimento dos potenciais pacientes passíveis de atendimento em
regime de Hospital Dia.
A demanda por novos serviços, a necessidade da incorporação de novas
tecnologias e a disponibilidade de insumos de última geração, por exemplo, tem
forçado uma elevação constante dos custos hospitalares. Por outro lado as fontes de
receitas, principalmente dos hospitais públicos ou integrantes do Sistema Único de
Saúde, na maioria das vezes, estão fora da governabilidade destas organizações. O
desafio de equilibrar custos crescentes, impostos pelo mercado fornecedor, com
receitas instáveis ou imprevisíveis, tem exigido dos Hospitais, cada vez mais
criatividade e competência para a gestão dos seus negócios.
Segundo Carvalho (2007, p. 889) “Sem dúvida o caminho para a
sustentabilidade da assistência médico-hospitalar pública passa pela busca e
adoção de diretrizes, metodologias e instrumentos voltados ao aumento da receita e
à redução dos custos”.
Os custos estimados para o regime de Hospital Dia se mostraram favoráveis
nos cenários I (4.840 pacientes), II (3.872 pacientes) e III (829 pacientes), sendo,
respectivamente, 84,5%, 85,8% e 89,8% menores do que os custos reais das
internações dos 829 pacientes passíveis de atendimento em regime de Hospital Dia,
atendidos no regime convencional.
102
Em relação ao custo médio por dia de permanência, haveria uma redução de
83% do regime de Hospital Dia para o cenário I, de 80,5% para o cenário II e de
34,8% para o cenário III, quando comparado com o regime convencional. Também o
custo médio estimado por paciente no regime de Hospital Dia teria uma redução de
97,3% no cenário I, de 97,0% no cenário II e de 89,8% no cenário II, em relação ao
custo médio por paciente no regime convencional.
O conjunto destes cálculos, que tiveram por base os dados fornecidos pelo
Hospital Universitário, respondem positivamente a segunda hipótese levantada
neste estudo de que “O custo de internação no regime de Hospital Dia é menor que
o da internação em regime convencional”.
Outros cenários também confirmaram esta hipótese. Segundo o Centro
Médico Rio Branco de Juiz de Fora, MG, o Hospital Dia tem um custo médio de
serviços até 30% inferior a dos hospitais convencionais, na maioria dos casos.
(JURGENFELD, 2010)
Nas experiências obtidas pelo Sanare Day Hospital de São Paulo/SP
(SANARE..., 2009) e Fleury Hospital Dia (HOSPITAL..., 2009), como também em
pesquisas/estudos de vários autores como Behle: (1997), Silveira (2001), Capomolla
(2002), Tousignant (2003) e Finajelsztejn (2007), ficou demonstrado uma redução
significativa nos custos do tratamento de pacientes em regime de Hospital Dia,
quando comparados com o regime convencional.
Quanto às receitas financeiras estimadas para o serviço de Hospital Dia,
haveria um aumento de 340,8% para o cenário I (4.840 pacientes), de 272,6% para
o cenário II (3.872 pacientes) e um decréscimo de 58,4% para o cenário III (829
pacientes), em relação aquelas efetivamente ocorridas no regime convencional,
considerando o pagamento pelo SUS de um procedimento por paciente e a média
de permanência de um dia por paciente. Numa projeção de atendimento de 1.563
casos por ano no regime de Hospital Dia, equivalente a uma média de 142 casos por
mês, o valor da receita estimada seria igual ao valor da receita real obtida pelo HU,
relativo aos 829 casos atendidos no regime convencional.
Vale ressaltar que os cálculos para a receita estimada levou em conta
apenas um dia de internação, enquanto a receita obtida no regime convencional
levou em conta todo o período de internação dos pacientes, que variou de um a 63
dias de permanência.
103
Complementarmente a avaliação dos custos, também é possível verificar
que as receitas estimadas para o regime de Hospital Dia nos cenários I e II, com
base nos dados do Hospital Universitário, também se mostram superiores àquelas
obtidas no regime convencional, respondendo, dessa forma, positivamente a
hipótese de que a receita decorrente da internação no regime de Hospital Dia é
maior que o da internação convencional. Nos hospitais privados este aspecto tem
ainda maior relevância, visto que eles visam o lucro. Como exemplo, em 2008 o
Hospital Dia e Maternidade Unimed-BH obteve um crescimento de 9% na sua receita
bruta, em relação a 2007, com uma taxa de ocupação média anual de 73%.
(HOSPITAL..., 2010b)
104
CONCLUSÃO
Da análise resultante de todos os itens suscitados na presente pesquisa,
estes se mostraram favoráveis, quantitativamente e qualitativamente, ao regime de
Hospital Dia, quando comparados com o regime convencional, para aqueles
pacientes passíveis de atendimento em Hospital Dia, conforme critérios
estabelecidos pelas Portarias n
o
. 44 de 10 de janeiro de 2001 (BRASIL, 2001), e n
o
.
893 SAS/MS de 07 de novembro de 2002. (BRASIL, 2002)
Feita a identificação dentre as 9.425 internações ocorridas no Hospital
Universitário compatíveis com os procedimentos indicados para o Hospital Dia,
conforme critérios fixados pelo Ministério da Saúde, no período de janeiro a
novembro de 2007, verificou-se que 829 casos eram passíveis de atendimento em
Hospital Dia, o que representa 8,8% do total, número este que é significativo
levando-se em conta que o Hospital Universitário é de alta complexidade.
A análise das características sociodemográficas dos pacientes internados,
classificados como passíveis de atendimento em Hospital Dia, demonstrou que 63%
eram do sexo masculino e apontou que a maioria dos pacientes se enquadra no
perfil de adulto/jovem (20 a 39 anos). Relativo a procedência dos pacientes, a
maioria absoluta dos casos (84%), eram residentes na região metropolitana de
Londrina.
Quanto à análise das características das internações do pacientes, do total
dos casos atendidos pelo Hospital Universitário, 49,7% tiveram um tempo de
internação entre um e três dias. Referente ao grau de dependência de cuidados de
enfermagem, 45,2% dos casos foram classificados em grau I e II. De um total de 150
procedimentos diferentes ocorridos com o atendimento dos 829 pacientes em 2007
no HU, 51,5% dos casos se concentraram em 13 procedimentos principais de baixa
e média complexidade.
A comparação entre o custo e a receita ocorrida no regime de internação
convencional versus o custo e a receita estimada no regime de Hospital Dia, resultou
de modo favorável ao segundo regime. O custo estimado para o atendimento de
potenciais pacientes passíveis de atendimento em regime de Hospital Dia foi 84,5%
menor no cenário I (4.840 pacientes), 85,8% menor no cenário II (3.872 pacientes) e
89,8% menor no cenário III (829 pacientes), quando comparado com o custo
105
ocorrido com os 829 pacientes atendidos no regime convencional, tomando-se por
base os custos fornecidos pelo Hospital Universitário para as unidades de internação
masculina e do ambulatório.
Quanto às receitas financeiras estimadas para o regime de Hospital Dia,
estas seriam 340,8% maiores no cenário I (4.840 pacientes), 272,6% maiores no
cenário II (3.872 pacientes) e 58,4% menores no cenário III, em relação aquelas
efetivamente ocorridas no regime convencional, levando-se em conta o pagamento
pelo SUS de um procedimento por paciente e a média de permanência de um dia
por paciente, em regime de Hospital Dia.
O Hospital Dia, portanto, mostra-se como uma alternativa viável para o
atendimento de pacientes que requeiram uma assistência intermediária entre a
internação e o atendimento ambulatorial para a realização de procedimentos
clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, com permanência na unidade
hospitalar por um período máximo de 12 horas, resultando em benefícios para os
três segmentos da área da saúde: Gestor, Prestador e Usuário.
O Sistema de Saúde seria beneficiado em razão da maior disponibilidade de
leitos, tanto pela oferta adicional de leitos no regime de Hospital Dia quanto pelo
aumento na disponibilidade de leitos no regime convencional, decorrente do
redirecionamento dos pacientes passíveis de atendimento em Hospital Dia e que
estão ocupando leitos convencionais.
Seria possível também proporcionar atendimentos mais ágeis e em maior
número ao sistema de saúde, visto que os serviços médico-hospitalares a serem
prestados no regime de Hospital Dia são de menor complexidade que aqueles
ocorridos no regime convencional. E ainda, como reflexo direto desses dois
benefícios, haveria uma maior eficiência da rede hospitalar disponível, pela
possibilidade de um melhor arranjo físico de suas instalações e otimização dos
recursos materiais, humanos e financeiros existentes de forma mais eficiente e
compatível com as necessidades requeridas pela sociedade.
O Hospital por sua vez seria beneficiado pelo menor custo de internação no
regime de Hospital Dia, conforme demonstra o presente estudo, quando comparado
com o regime convencional, e por uma maior receita faturada em vista da
possibilidade de ser realizado um maior número de procedimentos mensais, em
razão de suas características de atendimento de menor complexidade.
106
E quanto aos pacientes, pressupõe-se que haveria um atendimento mais
humanizado em favor destes por conta da disponibilidade de um ambiente mais
harmonioso e adequado aos procedimentos passíveis de atendimento em Hospital
Dia, pelo menor tempo de internação a que os pacientes estariam sujeitos e,
complementarmente, pelo menor risco de infecção hospitalar destes, em razão dos
procedimentos serem menos complexos e pela menor exposição e interação ao
ambiente hospitalar.
Em vista disso, o Hospital Dia pode ser entendido como um novo arranjo
organizacional nas Instituições Hospitalares tradicionais, não tanto pelo aspecto da
novidade que a idéia remonta a década de 60, mas especialmente por ser uma
proposta inovadora no sentido de induzir positivamente o desempenho hospitalar na
busca de melhorias na qualidade e eficiência dos serviços prestados em favor dos
usuários, conforme Forgia e Couttolenc. (2009, p.179)
Por fim, é possível afirmar que a introdução do serviço de Hospital Dia,
entendido como um “novo arranjo organizacional”, num Hospital Universitário ou em
Instituições Hospitalares equivalentes, seria factível e justificável por suas inúmeras
vantagens cnicas, operacionais e financeiras, merecendo por parte do Ministério
da Saúde uma reavaliação das suas políticas de investimentos, que leve em conta o
regime de Hospital Dia como uma proposta viável para o enfrentamento de parte dos
problemas do Sistema Único de Saúde em resposta às inúmeras demandas de
serviços de saúde requeridos pela sociedade.
107
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117
APÊNDICES
118
APÊNDICE A
Planilha de Custos Estimados para um serviço de Hospital Dia
Cenário I Taxa de ocupação de 100% dos leitos
440 casos estimados/mês = 4.840 casos em 11 meses
Referência: Custo médio informado pelo HU, relativo ao AMBULATÓRIO HU e UNIDADE
MASCULINA, ref. ao período de junho a agosto/2009;
Justificativa:
1. A proposta do HD seria disponibilizar 20 leitos, sendo 10 para atendimento ambulatorial
e 10 para pacientes cirúrgicos, pré e pós-cirurgicos;
2. A pesquisa mostrou que 68% das internações ocorridas com os 829 pacientes passíveis
de internação em HD em 2007 foram nas unidades masculinas e femininas,
semelhantes entre si;
3. O Hospital Universitário já apropria os custos dos serviços de apoio (ex. centro cirúrgico,
centro de material) nas unidades de atendimento/internação do Hospital;
4. Em razão disso, e por cona do disposto no Artigo 2º. Da Portaria 44/2001/MS, os
Centros de Custos da UNIDADE MASCULINA e do AMBULATÓRIO DO HU foram
referência para o cálculo dos custos de atendimento e internação no serviço de Hospital
Dia.
Número de pacientes estimados por mês para o HD em atendimento ambulatorial: 220
Considerando-se 10 leitos, a saber: 10 pacientes dia x 22 dias úteis no mês / 1 dia (média
de internação estimada) = 220 pacientes por mês x 100% taxa de ocupação = 220 pacientes
por mês
Número de pacientes estimados por mês para o HD para pacientes cirúrgicos: 220
Considerando-se 10 leitos, a saber: 10 pacientes dia x 22 dias úteis no mês / 1 dia (média
de internação estimada) = 220 pacientes por mês x 100% taxa de ocupação = 220 pacientes
por mês
Despesas estimadas de Custeio
Custo mensal estimado em Reais
Item
Componentes
Ref.
Ambulatório
Ref.
Unidade
Masculina
Total
Material Médico
Hospitalar
Materiais médico-hospialares
estimados para o atendimento
de 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgico, pré e
pós-cirúrgico) em regime de
Hospital Dia
130,15
2.740,00
2.870,15
Material de
Consumo em
Geral
Material de higiene, limpeza,
copa, cozinha, impressos,
informática, análises clínicas, de
expediente, estimados para o
suporte às instalações e
atendimento de 20 pacientes/dia
em regime de Hospital Dia.
59,06
509,80
568,86
119
Custo mensal estimado em Reais
Item
Componentes
Ref.
Ambulatório
Ref.
Unidade
Masculina
Total
Medicamentos
e Correlatos
Antibióticos, anti-infecciosos, de
uso tópico, sintomáticos, de
suporte, suplementos, sedativos,
anestésicos, analgésicos,
estimados para o atendimento
de 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgicos, pré e
pós-cirúrgicos) em regime de
Hospital Dia.
84,35
14.174,92
14.259,27
Enxoval
rouparias
Uniforme privativo, avental,
lençol, fronha, cobertor, jaleco,
toalhas, pijamas, estimados para
o suporte aos funcionários
alocados na unidade e pacientes
atendidos em regime de Hospital
Dia.
561,22
743,24
1.304,47
Refeições
Almoço, jantar, lanches, dietas,
sucos
6,90
60,09
66,99
Custos
Indiretos
Energia elétrica, gases
medicinais, água, telefonia,
manutenção.
685,76
573,47
1.259,23
Total
1.527,45
18.801,52
20.328,97
Despesas estimadas de Recursos Humanos
Qtde
(1)
Ref.
(2)
Cargo
Carga
H./s
Remuneração
Mensal
Gratificação
de Saúde
Total mensal
02
I-B
Enfermeiro
40
3.167,82
520,00
7.375,64
03
I-B
Médico
20
2.376,18
520,00
8.688,54
02
II-C
cnico
Administrativo
40
1.321,31
250,00
3.142,62
06
II-B
Técnico
Enfermagem
40
1.039,98
250,00
7.739,88
02
III-C
Zelador
40
800,00
200,00
2.000,00
Total
28.946,68
(1) considerando cobertura de férias, folgas, licenças e absenteísmo previsto
(2) considerando a Lei n. 15.050 que regulamenta o Plano de Cargos e Salários da UEL
120
APÊNDICE B
Planilha de Custos Estimados para um serviço de Hospital Dia
Cenário II Taxa de ocupação de 80% dos leitos
352 casos estimados/mês = 3.872 casos em 11 meses
Referência: Custo médio informado pelo HU, relativo ao AMBULATÓRIO HU e UNIDADE
MASCULINA, ref. ao período de junho a agosto/2009;
Justificativa:
5. A proposta do HD seria disponibilizar 20 leitos, sendo 10 para atendimento ambulatorial
e 10 para pacientes cirúrgicos, pré e pós-cirurgicos;
6. A pesquisa mostrou que 68% das internações ocorridas com os 829 pacientes passíveis
de internação em HD em 2007 foram nas unidades masculinas e femininas,
semelhantes entre si;
7. O Hospital Universitário já apropria os custos dos serviços de apoio (ex. centro cirúrgico,
centro de material) nas unidades de atendimento/internação do Hospital;
8. Em razão disso, e por cona do disposto no Artigo 2º. Da Portaria 44/2001/MS, os
Centros de Custos da UNIDADE MASCULINA e do AMBULATÓRIO DO HU foram
referência para o cálculo dos custos de atendimento e internação no serviço de Hospital
Dia.
Número de pacientes estimados por mês para o HD em atendimento ambulatorial: 176
Considerando-se 10 leitos, a saber: 10 pacientes dia x 22 dias úteis no mês / 1 dia (média
de internação estimada) = 220 pacientes por mês x 80% taxa de ocupação = 176 pacientes
por mês
Número de pacientes estimados por mês para o HD para pacientes cirúrgicos: 176
Considerando-se 10 leitos, a saber: 10 pacientes dia x 22 dias úteis no mês / 1 dia (média
de internação estimada) = 220 pacientes por mês x 80% taxa de ocupação = 176 pacientes
por mês
Despesas estimadas de Custeio
Custo mensal estimado em Reais
Item
Componentes
Ref.
Ambulatório
Ref.
Unidade
Masculina
Total
Material Médico
Hospitalar
Materiais médico-hospialares
estimados para o atendimento
de 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgico, pré e
pós-cirúrgico) em regime de
Hospital Dia
104,12
2.192,00
2.296,12
Material de
Consumo em
Geral
Material de higiene, limpeza,
copa, cozinha, impressos,
informática, análises clínicas, de
expediente, estimados para o
suporte às instalações e
atendimento de 20 pacientes/dia
em regime de Hospital Dia.
47,25
407,84
455,09
121
Custo mensal estimado em Reais
Item
Componentes
Ref.
Ambulatório
Ref.
Unidade
Masculina
Total
Medicamentos
e Correlatos
Antibióticos, anti-infecciosos, de
uso tópico, sintomáticos, de
suporte, suplementos, sedativos,
anestésicos, analgésicos,
estimados para o atendimento
de 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgicos, pré e
pós-cirúrgicos) em regime de
Hospital Dia.
67,48
11.339,94
11.407,42
Enxoval
rouparias
Uniforme privativo, avental,
lençol, fronha, cobertor, jaleco,
toalhas, pijamas, estimados para
o suporte aos funcionários
alocados na unidade e pacientes
atendidos em regime de Hospital
Dia.
448,98
594,59
1.043,57
Refeições
Almoço, jantar, lanches, dietas,
sucos
5,52
48,07
53,60
Custos
Indiretos
Energia elétrica, gases
medicinais, água, telefonia,
manutenção.
548,61
458,77
1.007,38
Total
1.221.96
15.041,22
16.263,18
Despesas estimadas de Recursos Humanos
Qtde
(1)
Ref.
(2)
Cargo
Carga
H./s
Remuneração
Mensal
Gratificação
de Saúde
Total mensal
02
I-B
Enfermeiro
40
3.167,82
520,00
7.375,64
03
I-B
Médico
20
2.376,18
520,00
8.688,54
02
II-C
Técnico
Administrativo
40
1.321,31
250,00
3.142,62
06
II-B
Técnico
Enfermagem
40
1.039,98
250,00
7.739,88
02
III-C
Zelador
40
800,00
200,00
2.000,00
Total
28.946,68
(1) considerando cobertura de férias, folgas, licenças e absenteísmo previsto
(2) considerando a Lei n. 15.050 que regulamenta o Plano de Cargos e Salários da UEL
122
APÊNDICE C
Planilha de Custos Estimados para um serviço de Hospital Dia
Cenário III Taxa de ocupação de 17,13% dos leitos
75,4 casos estimados/mês = 829 casos em 11 meses
Referência: Custo médio informado pelo HU, relativo ao AMBULATÓRIO HU e UNIDADE
MASCULINA, ref. ao período de junho a agosto/2009;
Justificativa:
9. A proposta do HD seria disponibilizar 20 leitos, sendo 10 para atendimento ambulatorial
e 10 para pacientes cirúrgicos, pré e pós-cirurgicos;
10. A pesquisa mostrou que 68% das internações ocorridas com os 829 pacientes passíveis
de internação em HD em 2007 foram nas unidades masculinas e femininas,
semelhantes entre si;
11. O Hospital Universitário já apropria os custos dos serviços de apoio (ex. centro cirúrgico,
centro de material) nas unidades de atendimento/internação do Hospital;
12. Em razão disso, e por cona do disposto no Artigo 2º. Da Portaria 44/2001/MS, os
Centros de Custos da UNIDADE MASCULINA e do AMBULATÓRIO DO HU foram
referência para o cálculo dos custos de atendimento e internação no serviço de Hospital
Dia.
Número de pacientes estimados por mês para o HD em atendimento ambulatorial: 176
Considerando-se 10 leitos, a saber: 10 pacientes dia x 22 dias úteis no mês / 1 dia (média
de internação estimada) = 220 pacientes por mês x 17,13% taxa de ocupação = 37,7
pacientes por mês
Número de pacientes estimados por mês para o HD para pacientes cirúrgicos: 176
Considerando-se 10 leitos, a saber: 10 pacientes dia x 22 dias úteis no mês / 1 dia (média
de internação estimada) = 220 pacientes por mês x 17,13% taxa de ocupação = 37,7
pacientes por mês
Despesas estimadas de Custeio
Custo mensal estimado em Reais
Item
Componentes
Ref.
Ambulatório
Ref.
Unidade
Masculina
Total
Material Médico
Hospitalar
Materiais médico-hospialares
estimados para o atendimento
de 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgico, pré e
pós-cirúrgico) em regime de
Hospital Dia
22,29
469,36
491,66
Material de
Consumo em
Geral
Material de higiene, limpeza,
copa, cozinha, impressos,
informática, análises clínicas, de
expediente, estimados para o
suporte às instalações e
atendimento de 20 pacientes/dia
em regime de Hospital Dia.
10,12
87,33
97,45
123
Custo mensal estimado em Reais
Item
Componentes
Ref.
Ambulatório
Ref.
Unidade
Masculina
Total
Medicamentos
e Correlatos
Antibióticos, anti-infecciosos, de
uso tópico, sintomáticos, de
suporte, suplementos, sedativos,
anestésicos, analgésicos,
estimados para o atendimento
de 20 pacientes/dia
(ambulatorial, cirúrgicos, pré e
pós-cirúrgicos) em regime de
Hospital Dia.
14,45
2.428,16
2.442,61
Enxoval
rouparias
Uniforme privativo, avental,
lençol, fronha, cobertor, jaleco,
toalhas, pijamas, estimados para
o suporte aos funcionários
alocados na unidade e pacientes
atendidos em regime de Hospital
Dia.
96,14
127,32
223,46
Refeições
Almoço, jantar, lanches, dietas,
sucos
1,18
10,29
11,48
Custos
Indiretos
Energia elétrica, gases
medicinais, água, telefonia,
manutenção.
117,47
98,23
215,71
Total
261,65
3.220,70
3.482,35
Despesas estimadas de Recursos Humanos
Qtde
(1)
Ref.
(2)
Cargo
Carga
H./s
Remuneração
Mensal
Gratificação
de Saúde
Total mensal
02
I-B
Enfermeiro
40
3.167,82
520,00
7.375,64
03
I-B
Médico
20
2.376,18
520,00
8.688,54
02
II-C
Técnico
Administrativo
40
1.321,31
250,00
3.142,62
06
II-B
Técnico
Enfermagem
40
1.039,98
250,00
7.739,88
02
III-C
Zelador
40
800,00
200,00
2.000,00
Total
28.946,68
(1) considerando cobertura de férias, folgas, licenças e absenteísmo previsto
(2) considerando a Lei n. 15.050 que regulamenta o Plano de Cargos e Salários da UEL
124
ANEXOS
125
ANEXO A
Procedimentos previstos na tabela SIH/SUS para a realização em
Hospital Dia Geral
Código
Descrição
31.001.05-0
Biopsia de próstata
31.001.08-4
Epididimo-deferente neostomia
31.001.09-2
Espermatocelectomia
31.002.04-8
Extirpacao de glandula de cowper
31.002.05-6
Incisao e drenagem de abscesso prostatico
31.002.06-4
Exploracao cirurgica da bolsa escrotal
31.002.07-2
Correcao cirurgica de hidrocele
31.002.08-0
Epididimectomia
31.002.09-9
Exerese de cisto do cordão espermatico
31.003.06-0
Incisao e drenagem de abscesso da bolsa escrotal
31.003.07-9
Tratamento cirurgico da varicocele
31.003.09-5
Exerese de tumor do cordão espermatico
31.004.06-7
Plastica da bolsa escrotal
31.004.07-5
Orquiectomia unilateral
31.004.08-3
Epididimectomia com esvasiamento ganglionar
31.005.04-7
Incisao e drenagem de abscesso periuretral
31.005.06-3
Resseccao parcial da bolsa escrotal
31.005.07-1
Orquiectomia com esvasiamento ganglionar
31.005.08-0
Exerese de cisto do epididimo
31.005.09-8
Vasectomia parcial ou completa
31.007.04-0
Resseccao de caruncula uretral
31.008.04-6
Resseccao de prolapso de mucosa da uretra
31.009.07-7
Reparacao e operacao plastica do testiculo
31.013.03-1
Correcao cirurgica de cistocele
31.014.04-6
Uretroplastia (resseccao de corda)
31.018.04-1
Meatotomia
32.001.01-0
Biopsia do miocárdio
32.002.03-3
Biopsia de conduto linfático
32.003.03-0
Exerese de ganglio linfático
32.004.03-6
Incisao e drenagem de ganglio linfatico
32.005.01-6
Marca passo temporário
32.013.01-9
Troca de gerador de marca-passo
32.013.03-5
Biopsia pre-escalenica
32.014.01-5
Implante de marca-passo cardiaco epicardico definitivo
32.015.01-1
Impl. Mp cardiaco intracav. Unica camera (gerad/ 1 eletrodo
32.023.01-4
Angioplastia coronariana
32.024.01-0
Valvuloplastia
32.030.01-0
Estudo eletrofisiologico diagnostico
32.031.01-7
Estudo eletrofisiologico diagnostico e terapeutico
32.033.01-0
Troca de gerador e/ou eletrodos do cardioversor-desfibrilado
32.035.01-2
Angiopl. Coronar.p/ impl. Duplo de protese intraluminal arte
32.042.04-3
Safenectomia externa radical (um membro)
32.043.04-0
Safenectomia externa radical (dois membros)
32.044.04-6
Safenectomia interna radical (um membro)
32.045.04-2
Safenectomia interna radical (dois membros)
32.046.04-9
Safenectomia externa e interna radical(um membro)
126
32.047.04-5
Safenectomia externa e interna radical(dois membro
32.056.04-4
Colocacao de cateter totalmente implantavel
32.057.04-0
Colocacao de cateter p/ plasmaferese
33.001.05-7
Biopsia do estomago com laparotomia
33.002.02-9
Excisao de glandura sub-lingual
33.002.07-0
Esfincteroplastia anal
33.003.02-5
Excisao de glandula sub-maxilar
33.003.07-6
Esfincterotomia interna e tratamento de fissura an
33.004.02-1
Excisao de ranula
33.004.07-2
Exerese de malformacoes anais
33.005.02-8
Excisao de tumor de glandula parotida
33.005.07-9
Fistulectomia anal
33.005.11-7
Herniorrafia crural (unilateral)
33.006.01-6
Resseccao de lesao maligna da boca
33.006.02-4
Excisao de tumor de glandula sub-lingual
33.006.03-2
Ressecção de lesão benigna da boca
33.006.07-5
Esfincterotomia anal
33.006.11-3
Herniorrafia crural (bilateral)
33.007.02-0
Excisao de glandula salivar
33.007.07-1
Fistulectomia ou fistulotomia anal
33.008.07-8
Incisao e drenagem de abscesso anal
33.009.08-2
Biopsia do figado com laparotomia
33.009.11-2
Herniorrafia epigástrica
33.010.02-1
Incisao e drenagem de abscesso da parotida
33.010.07-2
Plastica anal externa
33.010.11-0
Herniorrafia incisional
33.011.11-7
Herniorrafia inguinal (unilateral)
33.012.11-3
Herniorrafia inguinal (bilateral)
33.013.07-1
Tratamento cir.de imperfuracao membranosa do anus
33.014.02-7
Extirpacao da glandula salivar
33.014.07-8
Tratamento cirurgico de prolapso anal mucoso
33.014.11-6
Herniorrafia recidivante
33.015.08-2
Colecistectomia videolaparoscopica
33.015.11-2
Herniorrafia umbilical
33.016.07-0
Excisão de lesao anal
33.017.07-7
Criptectomia uni ou múltipla
33.018.07-3
Excisao de papila hemorroidaria
33.023.07-7
Incisao e drenagem de abscesso isquiorretal
33.023.11-5
Reparacao outras hernias (inclui herniorrafia musc
33.024.07-3
Fissurectomia com ou sem esfincterectomia
33.025.11-8
Herniorrafia inguinal videolaparoscopica
33.026.11-4
Herniorrafia umbelical videolaparoscopica
33.027.07-2
Tratamento cirurgico trombose hemorroidaria extern
33.027.11-0
Herniorrafia epigastrica videolaparoscopica
33.028.11-7
Laparotomia videolaparoscopica para drenagem e/ou biop
33.030.07-3
Hemorroidectomia
33.044.07-4
Trat. Cirurgico da atresia congenita ano retal
33.045.06-2
Enterorrafia videolaparoscopica
33.045.07-0
Trat. Cirurgico de outras anomalias congenitas ano retal
34.001.01-8
Bartolinectomia
34.003.04-5
Salpingectomia videolaparoscopica
34.004.02-5
Colpoperineocleise
127
34.004.04-1
Salpingoplastia videolaparoscopica
34.005.01-3
Marsupializacao de glândula de bartholin
34.005.02-1
Colpoperineorrafia nao obstetrica
34.005.03-0
Curetagem semiotica com ou sem dilatacao de colo
34.007.01-6
Vulvectomia simples
34.008.01-2
Correcao cirurgica de coadaptacao de ninfas
34.008.03-9
Extirpacao de polipo uterino
34.009.01-9
Alargamento da entrada vaginal
34.010.01-7
Exerese de glandula de skene
34.011.01-3
Episioperineorrafia (nao obstetrica)
34.018.02-6
Correcao de vagina septada ou atresica
34.020.02-0
Exerese de cisto vaginal
34.020.03-9
Curetagem uterina por mola hidatiforme
35.014.01-6
Curetagem pos-aborto
35.016.01-9
Reducao manual inversao uterina aguda pos/parto
35.018.01-1
Cerclagem do colo uterino
35.019.01-8
Sutura de laceracoes do trajeto pelvico
36.001.01-5
Cirurgia do pterrigio
36.001.02-3
Cauterizacao de córnea
36.001.04-0
Capsulectomia cirúrgica
36.001.05-8
Retirada de cisticerco intra-ocular
36.001.06-6
Sutura de esclera
36.001.07-4
Enucleacao de globo ocular
36.001.08-2
Ciclodialise
36.001.10-4
Retinopexia primaria
36.001.11-2
Correcao cirurgica do estrabismo
36.001.12-0
Dacriocistorrinostomia
36.002.01-1
Exerese de tumor de conjuntiva
36.002.02-0
Ceratectomia superficial
36.002.03-8
Retirada de corpo estranho camara anterior
36.002.05-4
Retirada de corpo estranho intra-vitreo
36.002.07-0
Evisceraca do globo ocular
36.002.08-9
Ciclodiatermia
36.002.09-7
Execerese de calázio
36.002.10-0
Endofotocoagulacao a laser
36.002.11-9
Exenteracao de orbita
36.002.12-7
Extripacao de glandula lacrimal
36.003.01-8
Sutura de conjuntiva
36.003.03-4
Reconstrucao de caxara anterior pos trauma
36.003.05-0
Vitrectomia posterior
36.003.06-9
Biopsia de esclera
36.003.09-3
Simblefaroplastia
36.003.11-5
Exerese de tumor maligno intra-ocular
36.003.12-3
Extirpacao do saco lacrimal
36.004.01-4
Reconstituicao de cavidade
36.004.02-2
Retirada de corpo estranho da cornea
36.004.04-9
Facectomia sem implante de lente intra ocular
36.004.05-7
Vicrectomia anterior
36.004.06-5
Correcao de deiscencia de sutura da esclera
36.004.07-3
Criotrapia de tumores intra-oculares
36.004.10-3
Crio-retinopexia
36.004.11-1
Orbitotomia
128
36.005.01-0
Biopsia de conjuntiva
36.005.02-9
Recobrimento conjutival
36.005.06-1
Transplante de esclera
36.005.08-8
Iridectomia cirúrgica
36.005.09-6
Tratamento cirurgico do entropio e ectropio
36.005.10-0
Reoperacao e retinopexia com vitreo-intervencao
36.005.12-6
Drenagem de abscesso lacrimal
36.006.01-7
Reconstituicao de fornix conjuntivo
36.006.02-5
Sutura de córnea
36.006.06-8
Introflexao escleral
36.006.11-4
Reconstituicao da parede da orbita
36.006.12-2
Canaliculotomia
36.007.02-1
Implante inter-lamelar de cornea
36.007.04-8
Explantacao e/ou subst. De lente intra-ocular
36.007.06-4
Transplante de periosteo em escleromalacia
36.007.09-9
Ptose e coloboma de palpebra
36.007.11-0
Biopsia de tumor extra-ocular
36.007.12-9
Oclusao de ponto lacrimal
36.008.06-0
Cirurgia fistulizante anti-glaucomatosa
36.008.08-7
Correcao cirurgica de hernia de iris
36.008.09-5
Cirurgia da triquiase
36.008.11-7
Injecao retrobular ou peribular
36.008.12-5
Sondagem das vias lacrimais
36.009.02-4
Biopsia de cornea
36.009.06-7
Implantacao de protese anti-glaucomatosa
36.009.08-3
Sinequiotomia cirurgica
36.009.11-3
Desnervacao quimica
36.009.12-1
Reconstituicao do canal lacrimal
36.010.02-2
Transplante de cornea
36.010.06-5
Aplicacao de placa radioativa episcleral
36.010.08-1
Biopsia de iris e corpo ciliar
36.010.09-0
Drenagem de abcesso palpebral
36.010.11-1
Correcao cir. De hipertropias
36.011.02-9
Correcao cir. Do astigmatismo secundario
36.011.06-1
Cirurgia do glaucoma congenito
36.011.09-6
Miiase palpebral
36.011.11-8
Descompressao da orbita
36.012.02-5
Correcao da deiscencia de sutura de cornea
36.012.08-4
Trabeculotomia
36.012.09-2
Epilacao de cilios
36.013.02-1
Ceratoprotese
36.013.09-9
Sutura de palpebra
36.014.08-7
Iridociclectomia
36.014.09-5
Cirurgia do xantelasma
36.015.02-4
Transplante de cornea em reoperacoes
36.015.09-1
Blefarocalase
36.016.02-0
Transplante de cornea em cirurgias combinadas
36.016.09-8
Reconstituicao parcial da palpebra
36.017.02-7
Epiceratofacia
36.017.09-4
Cirurgia de coloboma palpebral congenito
36.018.02-3
Topoplastia do transplante
36.020.05-2
Facetomia para implante de lente intraocular
129
36.701.03-3
Parecentese de camera anterior
37.001.01-9
Antrotomia de mastoide(drenagem de otite no lacten
37.001.03-5
Incisao e drenagem de abscesso periamigdaliano
37.001.05-1
Osteostomia do maxilar inferior
37.002.03-1
Adenoidectomia
37.003.02-0
Tratamento cirurgico do rinofima
37.003.03-8
Amigdalectomia com adenoidectomia
37.003.05-4
Retirada de corpo estranho na intimidade dos ossos
37.004.02-6
Correcao cirurgica da imperfuracao coanal-unilater
37.006.02-9
Cirurgia de ozena
37.007.04-1
Laringoscopia direta com retirada corpo estranho
37.009.04-4
Laringoscopia com exerese de papiloma
37.011.03-0
Amigdalectomia
37.011.05-7
Reducao cirurgica de fratura dos ossos proprios do
37.012.05-3
Reducao cirurg.de luxac.temporo-mandibul.(recidiva
37.020.02-1
Turbinectomia
37.021.02-8
Septoplastia (desvio do septo)
37.023.01-2
Timpanoplastia (tipo i - unilateral)
38.001.08-0
Alongamento de columela
38.001.10-1
Correcao cirurgica nao estetica da orelha
38.002.07-8
Tratamento cirurgico de gigantismo ao nivel da mao
38.002.08-6
Correcao cirurgica de perfuracao de septo nasal
38.002.12-4
Exerese de cisto tireoglosso
38.002.13-2
Exerese e plastica de cisto sacro-coccigeo
38.003.07-4
Tratamento cirurgico da polidactilia articulada
38.003.08-2
Rinoplastia para defeitos pos-traumaticos
38.003.09-0
Correcao cirurgica do epicanto
38.003.10-4
Reconstrucao de helix da orelha
38.004.04-6
Correcao cirurgica de hipertrofia dos pequenos lab
38.004.05-4
Excisao e reconstrucao total de labio
38.004.06-2
Cura cirurgica da retracao cicatricial do cotovelo
38.004.08-9
Rinoplastia reparadora nao estetica
38.004.09-7
Correcao cirurgica do lagoftalmo
38.004.10-0
Reconstrucao de lobulo da orelha
38.004.13-5
Plastica mamaria masculina (ginecomastia)
38.005.05-0
Reconstrucao de sulco gengivo labial
38.005.07-7
Suturas e reparacoes de perda de substancia da mao
38.005.10-7
Reconstrucao do polo superior da orelha
38.005.12-3
Retracao cicatricial-correcao em um estagio
38.006.05-7
Reconstrucao parcial de labio
38.006.07-3
Retracao cicatricial dos dedos s/ comprom.tendinos
38.006.10-3
Reconstrucao total da orelha (multiplos estagios)
38.006.11-1
Tratamento cirurgico da sindactilia (dois intra-di
38.007.01-0
Excisao e sutura com plastica em z
38.007.07-0
Tratamento cirurgico da sindactilia (dois digitos)
38.008.11-4
Retrac.cicatricial dos dedos s/comprom.cicatricial
38.010.09-7
Reconstrucao total de palpebra
38.015.01-3
Exerese de cisto dermoide
38.023.01-6
Extirpacao e supress.de lesao da pele e do tecido
38.703.05-0
Excisao em cunha de labio e sutura
39.001.04-0
Biopsia do omoplata ou da clavícula
39.001.10-5
Amputacao ao nivel de raio da mão
130
39.001.19-9
Resseccao cisto sinovial
39.001.20-2
Retirada de corpo estranho intra-articular
39.001.21-0
Retirada de fio ou pino intra-osseo (necessit. Corticotomia
39.001.21-0
Retirada de fio ou pino intra-ossea (necessitando corticotomia óssea)
39.001.23-7
Curetagem de tumor osseo com enxertia
39.002.10-1
Revisao de coto amputado da mao
39.002.11-0
Biopsia ëssea ao nivel da pelve
39.002.16-0
Revisao de coto de amputado do tornozelo
39.002.17-9
Revisao de coto amputado do pe
39.002.18-7
Desinsercao muscular
39.002.19-5
Abertura de bainha tendinosa
39.002.20-9
Retirada de corpo estranho intramuscular / em bainha tendinosa
39.002.21-7
Retirada de fio ou pino trans-osseo
39.003.08-6
Biopsia (óssea ou osteo-periostal) do(s) osso(s) do antebraco
39.003.10-8
Amputacao de dedo (cada)
39.003.11-6
Biopsia da articulacao sacro iliaca
39.003.13-2
Biopsia de femur
39.003.20-5
Retirada de corpo estranho intra-osseo
39.003.21-3
Retirada de parafuso
39.004.02-3
Biopsia cirurgica do corpo vertebral
39.004.05-8
Biopsia da articulaãao escapulo-umeral
39.004.06-6
Biopsia do umero
39.004.09-0
Biopsia (óssea ou osteo-periostal ou sinovial) ao nível do punho
39.004.18-0
Miotomia
39.004.19-8
Biopsia de bainha tendinosa
39.004.21-0
Retirada de placa e parafuso
39.005.10-0
Artrodese inter-falangeana
39.005.12-7
Biopsia da articulação coxo femoral
39.005.14-3
Biopsia do joelho
39.005.15-1
Biopsia do (s) osso (s) da perna
39.005.15-1
Biopsia do(s) osso(s) da perna
39.005.18-6
Resseccao muscular
39.005.19-4
Biopsia de tendao
39.005.21-6
Retirada de pino de steinnan
39.005.23-2
Resseccao simples de tumor osseo
39.006.02-6
Biopsia de vertebra aberta
39.006.06-9
Revisao de coto amputado do umero
39.006.07-7
Biopsia do cotovelo
39.006.08-5
Resseccao da apofise estiloide do radio
39.006.10-7
Artrodese metacarpo-falangeana
39.006.21-2
Retirada de haste intramedular
39.006.23-9
Resseccao de exostose
39.007.02-2
Biopsia de pediculo vertebral
39.007.16-2
Biopsia do tornozelo
39.007.19-7
Exploracao cirurgica de tendao
39.008.17-7
Osteotomia de ossos do pe
39.008.19-3
Tenodese
39.009.05-0
Red. Inc. De luxação ou fratura luxação escápulo-umeral, agu
39.009.05-0
Reducao incruenta de luxação ou fratura-luxação escápulo-umeral,
aguda
39.009.14-9
Excisão de bursa pre-patelar ou anserina ou outra ao nível do joelho
39.009.19-0
Tenolise
131
39.010.07-4
Resseccao de bolsa sinovial do cotovelo (olecranio
39.010.09-0
Tratamento cirurgico da sindrome compressiva em túnel ósteo-fibroso ao
39.010.14-7
Exploração ou toalete articular com ou sem sinovectomia do joelho
39.010.18-0
Reinsercao muscular
39.010.19-8
Tenoplastia ou enxerto de tendao ao nivel da mao
39.011.09-7
Reducao incruenta da(s) fratura(s) do (s) osso(s) do punho
39.011.10-0
Capsulectomia das articulacoes da mao
39.011.18-6
Fasciotomias
39.011.19-4
Tenoplastia ou enxerto de tendao
39.012.09-3
Reducao incruenta da da luxacao ou fratura-luxação ao nível do punho
39.012.11-5
Red. Inc.de frat.,luxação, frat-luxação ou disjunção do anel
39.012.12-3
Red.incruenta de luxacao da coxo-femural (central)
39.012.17-4
Tratamento cirurgico do dedo em martelo ou em garra
39.012.18-2
Miorrafia
39.012.19-0
Tenorrafia
39.012.21-2
Retirada de fixador externo
39.013.11-1
Reducao incruenta de fratura ao nivel da pelve
39.013.19-7
Teno-miotomia única
39.013.21-9
Retirada de outros materiais usados como sintese cirurgica, espaçadores
39.014.12-6
Reducao incruenta da luxacao coxo femoral traumatica ou pós-
artroplastia)
39.014.17-7
Tratamento cirúrgico da fratura do(s) metatarsiano(s)
39.014.19-3
Transposicao de tendao ou transf. Miotendinosa única
39.015.07-6
Reducao incruenta de luxacao e fratura-luxação do cotovelo
39.015.16-5
Redução incruenta da fratura, luxação ou fratura-luxação do tornozelo
39.017.11-7
Tratamento conservador de fraturas interessando os aneis pélvicos
39.017.16-8
Reducao incruenta de luxacao do tornozelo
39.017.17-6
Tratamento cirúrgico da fratura do(s) pododactilo(s),
39.017.19-2
Resseccao de bursa bursectomia
39.018.06-7
Reducao incruenta de fratura do extremo proximal do umero
39.018.10-5
Trat. Cir. De fratura das falanges, com fixação
39.018.14-8
Reducao incruenta de fratura do joelho
39.019.06-3
Reducao incruenta de fratura da diafise do umero
39.019.13-6
Reducao incruenta de fratura de diafise do fêmur
39.019.14-4
Redução incruenta de luxação ou fratura-luxação de joelho
39.019.15-2
Reducao incruenta da fratura da tibia
39.019.17-9
Trat. Cir. Da lux. Ou frat-lux. Tarso-metatársica
39.020.02-9
Tratamento conservador da fratura da coluna, com aparelho
39.020.06-1
Reducao incruenta da fratura supracondiliana do umero
39.021.02-5
Tratamento conservador da fratura da coluna, sem aparelho
39.021.10-6
Abertura de polia sinovial de bainha tendinosa
39.022.05-6
Reducao incruenta do deslocamento epifisário proximal do umero
39.022.08-0
Reducao incruenta das fraturas do cubito
39.023.08-7
Reducao incruenta da fratura do radio
39.024.08-3
Reducao incruenta da fratura dos ossos do antebraco
39.024.14-8
Excisão de cisto sinovial no espaço popliteo (cisto de baker
39.025.08-0
Reducao incruenta da fratura-luxacao de monteggia
39.025.17-9
Reducao incruenta da fratura do(s) metatarsiano(s)
39.026.10-8
Reducao incruenta da luxação ou fratura-luxação carpo-metacarpiana
39.026.17-5
Reducao incruenta de fratura do(s) osso(s) do tarso
39.027.09-0
Fasciotomia descompressiva ao nivel do punho
39.027.10-4
Reducao incruenta de fratura do(s) metacarpiano(s)
132
39.028.09-7
Tenossinovectomia ou tenolise ao nivel do punho
39.028.10-0
Reducao incruenta da luxacao e fratura-luxação inter-falangiana
39.028.17-8
Redução incruenta da luxação ou fratura-luxação tarso-metatarsica
39.029.09-3
Tenorrafia em tunel osteo-fibroso ao nivel do punho
39.029.17-4
Redução incruenta da luxação ou fratura-luxação ubtalar e intra-társica
39.030.09-1
Tratamento cirurgico de cisto sinovial ao nível do punho
39.031.09-8
Redução incruenta do descolamento epifisario distal dos ossos do
antebraco e da(s) fratura(s) metáfiso-epifisária distais do rádio e ulna
39.031.11-0
Reducao incruenta de luxacao do coccix
39.033.07-4
Redução incruenta de fratura ou deslocamento epifisário dos côndilo e
tróclea umerais ou da cabeça do rádio
39.034.10-0
Reducao incruenta da fratura da(s) falange(s)
39.040.12-7
Manipulacao do quadril sob anestesia geral
39.041.12-3
Redução incruenta de luxação espontânea ou progressiva do quadril
por dispositivos de contenção com manipulação, necessitando anestesia
39.045.14-5
Sutura primária de tendão patelar ou tendão quadricipital
39.046.10-9
Tratamento cirurgico de cisto sinovial
39.046.14-1
Redução incruenta de fratura ou deslocamento epifisário ao nível do
joelho
39.047.10-5
Artrotomia interfalangica ou metacarpo-falangeana
39.048.10-1
Tenólise flexora ou extensora ao nível da mão e dedos; por tendão
39.049.10-8
Tenotomia de flexores ou extensores
39.050.10-6
Tenorrafia em tunel osteo-fibroso por dedo
39.050.14-9
Manipulação do joelho sob anestesia geral
39.051.10-2
Tenodese de flexores ou extensores
39.052.10-9
Transposicao ou transferencia de tendao por dedo
39.053.10-5
Tenoplastia ou enxerto de tendao por dedo
39.054.10-1
Tratamento cirúrgico da rotura ou arrancamento cápsulo-tendíneo-
ligamentar na mão(com ou sem fragmento ósseo)
39.055.10-8
Reducao incruenta luxacao e fratura-luxação metacarpo-falangiana
39.057.10-0
Drenagem abscesso da mão (dorso, baínhas, espaços palmares e
comissurais)
39.058.10-7
Drenagem abscesso de dedo da mao
39.061.10-8
Biópsia óssea ao nível da mão;
39.072.17-7
Biopsia ossea ao nivel do PE
39.100.02-2
Reducao incruenta de fraturas e luxacoes ii
39.100.03-0
Reducao incruenta de fraturas e luxacoes iii
39.100.04-9
Reducao incruenta de fraturas e luxacoes iv
39.107.03-5
Tratamento cirúrgico no cotovelo iii
39.109.03-8
Tratamento cirurgico no punho - iii
39.109.04-6
Tratamento cirurgico no punho - iv
39.110.03-6
Tratamento cirurgico na mao - iii
39.110.04-4
Tratamento cirurgico na mao - iv
39.114.03-1
Tratamento cirurgico na articulacao do joelho - iii
39.114.04-0
Tratamento cirurgico na articulacao do joelho - iv
39.117.03-0
Tratamento cirurgico no pe iii
39.117.04-9
Tratamento cirurgico no pe iv
39.118.03-7
Tratamento cirurgico nos musculos - iii
39.118.04-5
Tratamento cirurgico nos musculos - iv
39.119.03-3
Tratamento cirurgico nos tendoes, baínhas e cavidades sinoviais - iii
39.119.04-1
Tratamento cirurgico nos tendoes, baínhas e cavidades sinoviais - iv
39.120.03-1
Retirada de corpo estranho - iii
39.121.03-8
Retirada de protese e materiais de síntese - iii
133
39.121.04-6
Retirada de proteses e materiais de síntese - iv
39.127.03-6
Revisao de coto amputado iii
41.002.04-0
Biopsia de tireóide
42.001.02-1
Biopsia de pleura ou pleuroscopia
42.001.03-0
Traqueoscopia e exerese de papilomas
42.001.07-2
Biopsia de mama
42.002.03-6
Traqueoscopia e retirada de corpo estranho
42.002.07-9
Extirpacao de tumor ou adenoma
42.003.07-5
Incisao de drenagem de abscesso da mama
42.004.04-7
Broncoscopia e exerese de papilomas
42.006.07-4
Extirpacao de mama supranumeraria
43.100.01-5
Biópsias cirúrgicas - i
43.100.03-1
Biopsias cirurgicas - iii
43.100.04-0
Biopsias cirurgicas - iv
44.001.05-3
Fratura de mandibula, unilateral, reducao incruent
44.006.05-5
Frat.do maxilar superior (le fort i ou frat.de gu)
45.100.02-0
Puncoes: biopsias, esvaziamento
45.100.03-9
Tratamento conservador de fraturas i
45.100.06-3
Tratamento conservador de fraturas iii
48.020.08-7
Cirurgia de varizes unilateral
48.020.09-5
Cirurgia de varizes bilateral
48.020.11-7
Debridamento de ulcera ou de tecidos desvitalizados
48.030.01-5
Retirada de corpo estranho em sistema cardiovascular por tec
48.030.02-3
Biopsia endomiocardica
48.030.06-6
Angioplastia coronariana
48.040.14-2
Tratamento da hematuria ou sangramento genital por embolizac
48.040.15-0
Tratamento de epistaxe por embolizacao, incluindo estudo ang
48.040.16-9
Tratamento de hemoptise por embolizacao percutanea, incluind
48.050.01-6
Estudo eletrofisiologico diagnóstico
48.050.02-4
Estudo eletrofisiologico terapeutico
48.050.03-2
Estudo eletrofisiologico terapeutico i : ablacao do no av
48.050.04-0
Estudo eletrofisiologico terapeutico i : ablacao de flutter
48.050.05-9
Estudo eletrofisiologico terapeutico i : ablacao de taquicar
48.050.06-7
Estudo eletrofisiologico terapeutico ii : ablacao das vias a
48.050.07-5
Estudo eletrofisiologico terapeutico ii : ablacao de vias na
48.050.08-3
Estudo eletrofisiologico terapeutico ii : ablacao de taquica
48.050.09-1
Estudo eletrofisiologico terapeutico ii : ablacao de taquica
48.050.10-5
Estudo eletrofisiologico terapeutico ii : ablacao de fibrila
48.050.11-3
Estudo eletrofisiologico terapeutico ii : ablacao de taquica
48.050.12-1
Estudo eletrofisiologico terapeutico ii : ablacao de taquica
Fonte: Portarias n
o
. 44 de 10 de janeiro de 2001 (BRASIL, 2001), e n
o
. 893 SAS/MS de 07 de
novembro de 2002. (BRASIL, 2002).
134
ANEXO B
Universidade Estadual de Londrina
Hospital Universitário
Custo total despendido com os pacientes passíveis de atendimento em Hospital Dia
em 2007
Total de pacientes atendidos
CUSTO TOTAL
829
R$ 3.174.456,78 (*)
(*) Valor referente a 2007
Fonte: Universidade Estadual de Londrina, 2009.
Valor atualizado para agosto/2009 (IGP-DI FGV) (*)
(índice de 10,07985%) (**)
R$ 3.494.437,26
(*) Fonte 1: http://www.portalbrasil.net/igp.htm. Disponível em: 15 de março de 2010.
(**) Fonte 2:
https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/corrigirPorIndice.do?method=corrigirPorIndic
e. Disponível em: 15 de março de 2010.
Distribuição dos casos e valores de custeio
Centro de Custo
Qtde.
Casos
% dos casos
Custo Total
% dos
custos
UCI
2
0,2%
26.022,84
0,8%
UTI
4
0,5%
164.647,45
5,2%
UTI NEO
1
0,1%
3.448,89
0,1%
UNIDADE
MASCULINA
395
47,6%
1.366.608,62
43,1%
UNIDADE FEMININA
169
20,4%
874.305,66
27,5%
PEDIATRIA
124
15,0%
397.713,43
12,5%
MATERNIDADE
19
2,3%
69.718,34
2,2%
MI
10
1,2%
134.279,75
4,2%
PSI
90
10,9%
96.114,85
3,0%
TISIOLOGIA
15
1,8%
41.596,93
1,3%
829
100,0%
3.174.456,78
100,0%
Valor atualizado para agosto/2009 (IGP-DI FGV)
3.494.437,26
135
ANEXO C
Planilha de Custos
Centro de Custos: C-13 - Ambulatório do Hospital Universitário
Período: junho a agosto de 2009
Universidade Estadual de Londrina Hospital Universitário
Divisão de Finanças e Orçamento Seção de Custo Hospitalar
CENTRO DE CUSTOS: C13 - AMBULATÓRIO DO HU
EVOLUÇÃO DO CUSTO MENSAL
pacientes
atendidos
1194
1258
1076
1176
DESCRÃO DOS CUSTOS
jun/09
jul/09
ago/09
MÉDIA
A PESSOAL
56.928,25
52.762,20
53.761,83
54.484,09
SALÁRIOS GRATIFICAÇÕES
52.432,84
48.685,11
49.626,30
50.248,09
1 - Classe I
CF
38.330,64
36.581,11
37.148,24
37.353,33
2 - Classe II
CF
10.594,81
8.659,25
9.125,75
9.459,94
3 - Classe III
CF
3.507,39
3.444,76
3.352,31
3.434,82
4 - Docente Atuando no HU
CF
-
-
-
-
5 - Cargo Comissionado
CF
-
-
-
-
6 Residentes
CF
-
-
-
-
PROVISÕES - 13. SALÁRIO
CF
4.369,40
4.057,09
4.135,53
4.187,34
ENCARGOS ASSISTENCIAIS
126,00
20,00
-
48,67
1 - Vale Transporte
CF
126,00
20,00
-
48,67
2 Uniformes
CF
-
-
-
-
-
-
-
-
B - SERVIÇOS DE TERCEIROS
1.100,00
1.350,00
1.130,00
1.193,33
1 - Remuneração de Serviços Pessoais
CV
-
-
-
-
2 - Exames Contratados em Geral
CV
680,00
1.350,00
1.130,00
1.053,33
3 - Acordos e Convênios
CF
-
-
-
-
4 - Manut.e Conserv. de Bens e Utens.
CF
420,00
-
-
140,00
5 - Outros Serviços e Encargos
CF
-
-
-
-
-
-
-
-
C - MATERIAIS E MEDICAMENTOS
1.752,81
1.542,86
2.630,39
1.975,35
1 - Combustíveis e Liquefeitos
CV
-
-
-
-
2 - Diversos a Classificar
CV
-
-
-
-
3 Fios
CV
-
-
-
-
4 - Gases Medicinais
CV
-
-
-
-
5 - Higiene e Uso Pessoal
CV
164,94
163,89
80,78
136,54
6 Impressos
CV
0,58
1,25
0,77
0,87
7 Informática
CV
-
-
-
-
8 - Materiais de Limpeza
CV
80,14
231,88
97,42
136,48
9 - Materiais de Análises Clínicas
CV
-
-
-
-
10 Manutenção
CV
94,97
220,88
1.112,62
476,15
136
11 Medicamentos
CV
605,98
273,22
473,49
450,89
12 - Materiais de Expediente
CV
13,42
10,39
101,65
41,82
13 - Materiais Médicos-Hospitalares
CV
749,23
597,81
740,06
695,70
14 Nutrição
CV
-
-
-
-
15 - Órteses e Próteses
CV
-
-
-
-
16 - Tecidos e Aviamentos
CV
-
-
-
-
17 - Utensílios de Copa e Cozinha
CV
43,55
43,55
23,60
36,90
-
-
-
-
D GERAIS
3.226,88
3.056,05
3.285,77
3.189,57
1 - Impostos, Taxas e Contribuições
CF
-
-
-
-
2 Aluguéis
CF
-
-
-
-
3 - Energia Elétrica
CF
2.473,91
2.315,59
2.458,53
2.416,01
4 Água
CF
611,21
626,97
679,28
639,15
5 - Telefone e Fax
CF
141,76
113,49
147,96
134,40
6 Seguros
CF
-
-
-
-
7 Assinatura de Periodícos Diversos
CF
-
-
-
-
8 - Viagem e Ajuda de Custo
CF
-
-
-
-
9 - Fretes e Carretos
CF
-
-
-
-
10 - Correios e Telégrafos
CF
-
-
-
-
11 Depreciação
CF
-
-
-
-
(+) TOTAL CUSTO FIXO
CF
60.575,12
55.818,26
57.047,60
57.813,66
(+) TOTAL CUSTO VARIÁVEL
CV
2.432,81
2.892,86
3.760,39
3.028,69
(=) E - TOTAL CUSTO DIRETO
63.007,93
58.711,12
60.807,98
60.842,34
137
ANEXO D
Planilha de Custos
Centro de Custos: C05 - Unidade Masculina do Hospital Universitário
Período: junho a agosto de 2009
Universidade Estadual de Londrina Hospital Universitário
Divisão de Finanças e Orçamento Seção de Custo Hospitalar
CENTRO DE CUSTOS: C05 UNIDADE MASCULINA DO HU
Quantidade de Servidores Lotados
Qtde.de leitos
disponíveis**
%
Ocupação
Média**
Média de Permanência
(Dias)**
72,43
62
88,70%
8,40
EVOLUÇÃO DO CUSTO MENSAL
pacientes atendidos
1639
1985
1704
1776
DESCRÃO DOS CUSTOS
jun/09
jul/09
ago/09
MÉDIA
A PESSOAL
280.411,55
278.987,82
286.805,70
282.068,36
SALÁRIOS GRATIFICAÇÕES
260.931,72
259.596,55
266.802,80
262.443,69
1 - Classe I
CF
65.793,41
67.600,95
76.143,20
69.845,85
2 - Classe II
CF
160.698,18
158.868,69
157.951,64
159.172,84
3 - Classe III
CF
7.266,43
6.225,54
5.939,97
6.477,31
4 - Docente Atuando no HU
CF
-
-
-
-
5 - Cargo Comissionado
CF
-
-
-
-
6 Residentes
CF
27.173,70
26.901,37
26.767,99
26.947,69
PROVISÕES - 13. SALÁRIO
CF
19.479,83
19.391,26
20.002,90
19.624,67
ENCARGOS ASSISTENCIAIS
-
-
-
-
1 - Vale Transporte
CF
-
-
-
-
2 Uniformes
CF
-
-
-
-
-
-
-
-
B SERVIÇOS DE TERCEIROS
178,00
-
-
59,33
1 - Remuneração Serviços Pessoais
CV
-
-
-
-
2 Exames Contratados em Geral
CV
-
-
-
-
3 Acordos e Convênios
CF
-
-
-
-
4 Manut. e Cons. de Bens e Utens.
CF
178,00
-
-
59,33
5 - Outros Serviços e Encargos
CF
-
-
-
-
-
-
-
-
C - MATERIAIS E MEDICAMENTOS
164.462,48
213.521,87
213.453,66
197.146,01
1 - Combustíveis e Liquefeitos
CV
-
-
-
-
2 Diversos a Classificar
CV
-
-
-
-
3 Fios
CV
97,02
104,34
128,48
109,95
4 - Gases Medicinais
CV
294,75
187,47
202,59
228,27
5 - Higiene e Uso Pessoal
CV
2.458,31
3.208,81
2.987,94
2.885,02
6 Impressos
CV
25,28
15,00
32,93
24,40
138
7 Informática
CV
193,27
146,62
290,37
210,09
8 - Materiais de Limpeza
CV
503,70
357,85
439,26
433,60
9 - Materiais de Análises Clínicas
CV
111,29
129,39
198,87
146,51
10 Manutenção
CV
524,13
227,71
1.097,93
616,59
11 Medicamentos
CV
86.193,85
147.952,86
109.144,06
114.430,26
12 - Materiais de Expediente
CV
315,19
316,07
286,55
305,93
13 - Materiais Médico-Hospitalares
CV
19.482,33
22.807,14
24.068,27
22.119,25
14 Nutrição
CV
53,50
76,07
83,93
71,17
15 Órteses e Próteses
CV
53.798,09
37.529,32
74.125,67
55.151,03
16 Tecidos e Aviamentos
CV
-
-
-
-
17 - Utensílios de Copa e Cozinha
CV
411,77
463,23
366,81
413,94
-
-
-
-
D GERAIS
4.040,66
3.900,55
4.145,63
4.028,94
1 - Impostos, Taxas e Contrib.
CF
-
-
-
-
2 Aluguéis
CF
178,33
253,47
165,15
198,98
3 Energia Elétrica
CF
2.976,42
2.785,95
2.957,92
2.906,76
4 Água
CF
229,36
235,28
254,90
239,85
5 - Telefone e Fax
CF
656,55
625,86
631,48
637,96
6 Seguros
CF
-
-
-
-
7 - Assinatura Periódicos
CF
-
-
-
-
8 Viagem e Ajuda de Custo
CF
-
-
136,17
45,39
9 - Fretes e Carretos
CF
-
-
-
-
10 - Correios e Telégrafos
CF
-
-
-
-
11 Depreciação
CF
-
-
-
-
(+) TOTAL CUSTO FIXO
CF
284.630,22
282.888,37
290.951,33
286.156,64
(+) TOTAL CUSTO VARIÁVEL
CV
164.462,48
213.521,87
213.453,66
197.146,01
(=) E TOTAL CUSTO DIRETO
449.092,69
496.410,24
504.404,99
483.302,64
139
ANEXO E
Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa
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