quando realizada em regiões de grande estresse mastigatório ou para substituição
de elemento dental perdido em próteses parciais fixas, devido a friabilidade e baixa
resistência à tração e à flexão apresentada por este material avaliados por Strub &
Beschnidt (1998). Visando promover maior resistência aos materiais cerâmicos livres
de metal, foram desenvolvidos meios de reforço que propiciaram a criação de
sistemas cerâmicos com propriedades físico-mecânicas aprimoradas, possibilitando
a sua utilização na confecção de subestruturas de próteses parciais fixas em
substituição às ligas metálicas segundo Lacy (2000).
As cerâmicas odontológicas são compostas por elementos metálicos
(alumínio, cálcio, lítio, magnésio, potássio, sódio, lantânio, estanho, titânio e zircônio)
e não-metálicos (silício, boro, flúor e oxigênio) e caracterizadas por duas fases: uma
fase cristalina circundada por uma fase vítrea. A matriz vítrea é composta por uma
cadeia de óxido de silício (SiO
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), sendo que a proporção Si:O está relacionada com a
viscosidade e expansão térmica da cerâmica. Já a quantidade e natureza da fase
cristalina ditam as propriedades mecânicas e ópticas (Lacy, 2000). Além disso, a
formulação da cerâmica deve ser feita de modo a apresentar propriedades como
fundibilidade, moldabilidade, injetabilidade, usinabilidade, cor, opacidade,
translucidez, resistência à abrasão, resistência e tenacidade à fratura (Gomes et al.,
2008).
Considerando os sistemas cerâmicos livres de metal, uma das classificações
utilizadas é a que as define de acordo com a partícula de reforço, em: leucita,
alumina infiltrada por vidro, alumina densamente sinterizada, zircônia estabilizada
por ítrio e dissilicato de Lítio.
Quanto ao modo de confecção, alguns sistemas cerâmicos como o de
dissilicato de lítio utiliza técnica semelhante a da cera perdida preconizada por
Taggart (1907), a qual associa o uso do maçarico como fonte de calor, ocorrendo a