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IN ST IT UT O
DE P ES QU ISA S HI DR ÁU LI CA S
IN ST IT UT O
DE P ES QU ISA S HI DR ÁU LI CA S
RESPOSTA DA CULTURA DE MELÃO A DIFERENTES INTENSIDADES E
FREQUÊNCIAS DE IRRIGAÇÃO EM PORTO NACIONAL-TO.
Clerson Reis
Aluno
Dra. Nilza Maria dos Reis Castro
Orientadora
Dr. José Antônio Louzada
Co-orientador
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRGS
Instituto de Pesquisas Hidráulicas – IPH
Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental
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ii
Dedico aos meus pais, minha esposa e filhas.
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iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à minha esposa Juliana pelo apoio nos momentos
mais difíceis e as minhas filhas pela compreensão nos momentos de ausência. A minha mãe
pelo apoio fundamental nesses momentos finais.
À minha orientadora Nilza Castro e ao meu co-orientador Louzada pela
orientação técnica e apoio. Também aos meus inúmeros orientadores informais, dos quais
citarei apenas cinco para que a lista não fique muito longa: André Silveira, David Marques,
Fernando Meireles, Fernando Prusk e José Luiz Cabral.
À Ecoplan Engenharia Ltda. que, na busca por qualificação de seu quadro
técnico, me apoiou em todos os momentos dessa jornada, em especial aos diretores Percival
Ignácio, Júlio Fortini e Carlos Mees.
Aos funcionários da Ecoplan que trabalham no projeto São João e que em
diversos momentos prestaram auxílio. Em especial aos agrônomos Huguimário e Weslei, e
aos técnicos Hemetério, Antônio Carlos e Amauri.
À Empresa Industrial Técnica–EIT por ter cedido área para pesquisa, em
especial ao engenheiro agrônomo Diego Fernandes, de quem recebi apoio técnico e estrutural.
Aos colegas que “puxam” o grupo de mestrandos. Colegas que nos
momentos certos aparecem com palavras de motivação, que organizam grupos de estudo, que
organizam viagens... Colegas que conheci, aprendi a respeitar e que hoje são amigos que
tenho e guardo no coração.
iv
Aos professores do IPH, aos órgãos que financiaram esse curso, aos
funcionários que viabilizaram esse curso, enfim a todos que direta ou indiretamente
proporcionaram a oportunidade desse mestrado.
Não poderia concluir sem agradecer a Deus... Sempre fundamental.
v
RESUMO
O Estado do Tocantins vem a cada dia recebendo mais investimentos
públicos e privados para desenvolvimento da agricultura irrigada. Esse crescimento não está
sendo acompanhado com o desenvolvimento suficiente de pesquisas e difusão de técnicas
aplicáveis para irrigação nessa região. Esse trabalho é um experimento no município de Porto
Nacional, região central do Estado do Tocantins, com o cultivo de meloeiros irrigados sob
diferentes intensidades e freqüências. Foram aplicadas três minas diárias: uma calculada
cientificamente, outra aplicando métodos usuais praticados na região e outra com métodos
usuais menos 10%. Todas as doses foram aplicadas de duas maneiras: aplicação diária única
da dose e aplicação dessa mesma dose fracionada em duas aplicações ao dia. O experimento
demonstrou que a quantidade de água aplicada tradicionalmente pelos irrigantes da região é
aproximadamente 75 % e 95% maior do que a calculada pelo método de Penman-Monteith.
Esta aplicação tradicional, em comparação com a dose determinada a partir do cálculo da
evapotranspiração, não melhora os resultados obtidos nas lavouras quanto a: produtividade,
brix, comprimento dos frutos, perímetro dos frutos, peso dos frutos, espessura da polpa e
número de frutos descartados e que o fracionamento da dose diária em duas aplicações, uma
pela manhã e outra à tarde, melhora a produtividade e aumenta a espessura da polpa, ambas
características de interesse geral de produtores.
Palavras-chave: Cucumis melo L.. Melão. Irrigação. Irrigação localizada,
Função de produção. Umidade do solo. Manejo de irrigação.
vi
ABSTRACT
The state of Tocantins is every day getting more public and private
investments for development of irrigated agriculture. This growth is not accompanied with
sufficient development of researching and dissemination of technical requirements for
irrigation in this region. This work is an experiment in Porto Nacional, the central region of
Tocantins State, with the irrigated cultivation of melon under different intensities and
frequencies. We applied three doses daily: a scientifically calculated, another applying the
usual methods applied in the region and the other with the usual methods 10%. All doses were
applied in two ways: application of a single daily dose and application of the same dose split
in two applications a day. The experiment showed that the amount of water applied
traditionally by irrigators in the region is approximately 75% and 95% higher than that
calculated by the Penman-Monteith. This traditional application, compared with the dose
determined from the calculation of evapotranspiration, does not improve the results in crops
as the yield, brix, fruit length, fruit girth, fruit weight, flesh thickness and fruit number
discarded and the fractioning of the daily dose into two applications, one in the morning and
afternoon, improves productivity and increases the thickness of the pulp, both features of
interest of farmers.
Keywords: Cucumis melo L.. Melon. Irrigation. Drip irrigation. Production
function. Soil water content, Irrigation scheduling.
vii
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................... 3
RESUMO ................................................................................................................................... 5
ABSTRACT ............................................................................................................................... 6
SUMÁRIO .................................................................................................................................. 7
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 9
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. 11
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 2
2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3
3. OBJETIVO ............................................................................................................................. 6
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 7
4.1. As perdas de água ................................................................................................................ 8
4. 2. O Meloeiro ........................................................................................................................ 15
4.3. Manejo ............................................................................................................................... 16
4.4. Solo .................................................................................................................................... 19
4.5. Retenção de água no solo .................................................................................................. 21
4.6. Evapotranspiração de referência (ETo) ............................................................................. 23
4.7. Coeficiente da cultura (Kc) ............................................................................................... 24
5. METODOLOGIA ................................................................................................................. 25
5.1. Descrição da região do experimento ................................................................................. 25
5.2. Características de relevo, clima e vegetação ..................................................................... 26
5.3. Caracterização do Solo ...................................................................................................... 27
5.4. Espécie escolhida para a realização do experimento ......................................................... 39
5.5. Descrição do experimento ................................................................................................. 40
5.6. Manejo de aplicação da irrigação ...................................................................................... 44
5.7. Aferição da vazão .............................................................................................................. 47
viii
5.8. Determinação da quantidade de água aplicada .................................................................. 47
5.9. Manejo da cultura .............................................................................................................. 52
5.10. Manejo de colheita e classificação .................................................................................. 52
5.11. Determinação do tempo de irrigação ............................................................................... 53
5.12. Dados coletados para análise ........................................................................................... 59
5.13 Seleção e classificação...................................................................................................... 61
6. RESULTADOS .................................................................................................................... 64
6.1. Dose aplicada nas plantas monitoradas em litros .............................................................. 64
6.2 – Análise estatística dos parâmetros analisados ................................................................. 65
6.2.1 Produtividade ................................................................................................................... 74
6.2.2 BRIX ................................................................................................................................ 75
6.2.3 Comprimento médio dos frutos ....................................................................................... 75
6.2.4 Perímetro médio dos frutos.............................................................................................. 76
6.2.5 Peso dos frutos ................................................................................................................. 76
6.2.6 Espessura média da polpa ................................................................................................ 77
6.2.7 Número de frutos descartados ......................................................................................... 77
6.3 Análise dos resultados dos tensiômetros ............................................................................ 78
7. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 92
8. RECOMENDAÇÕES ........................................................................................................... 94
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 96
APÊNDICES .......................................................................................................................... 102
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Balanço hídrico do solo com uma cultura 11
Figura 2 – Localização da área do Projeto São João 25
Figura 3 Curva granulométrica de amostra coletada em profundidade de 0
15 cm 29
Figura 4 Curva granulométrica de amostra coletada em profundidade de 15
– 30 cm 29
Figura 5 Curva de retenção na profundidade de 0 - 20 cm, obtida com a
média dos resultados de seis amostras 36
Figura 6 Curva de retenção na profundidade de 20 - 40 cm, obtida com a
média dos resultados de seis amostras 36
Figura 7 Curva de retenção na profundidade de 40 - 60 cm, obtida com a
média dos resultados de cinco amostras 37
Figura 8 – Ilustração da variedade de melão cultivada 40
Figura 9 – Profundidade das raízes verificada em campo 40
Figura 10 – Esquema geral da área de plantio 41
Figura 11 – Detalhes dos espaçamentos entre linhas e gotejadores 41
Figura 12 – Área pronta para receber as mudas 42
Figura 13 – Detalhe das mudas em desenvolvimento 43
Figura 14 – Mudas em tratamento no viveiro 43
Figura 15 – Utilização de marcador de covas para plantio 44
Figura 16 – Situação ideal, cada planta com um gotejador ao pé 46
Figura 17 – Situação crítica, planta posicionada longe dos gotejadores. 46
Figura 18 – Estação Palmas – INMET. 48
Figura 19 – Ilustração da separação dos frutos no momento da colheita. 62
x
Figura 20 – Equipe fazendo análise dos frutos. 62
Figura 21 – Preparação do refratômetro digital 63
Figura 22 – Pesagem dos frutos para doação ao programa Mesa Brasil. 63
Figura 23 – Quantidade de água utilizada nos diferentes tratamentos. 65
Figura 24 – Produtividade nos diferentes tratamentos 74
Figura 25 – Número de frutos descartados. 77
Figura 26 – Umidade volumétrica (%) no turno da manhã para todas as linhas. 85
Figura 27 – Umidade volumétrica nos horários e intervalo de confiança. 85
Figura 28 – Umidade volumétrica nas profundidades e intervalo de confiança. 86
Figura 29 – Umidade volumétrica nas linhas 1 e 2 e intervalo de confiança. 87
Figura 30 Umidade volumétrica registrada na profundidade de 20 cm
(manhã) 88
Figura 31 Umidade volumétrica registrada na profundidade de 40 cm
(manhã) 89
Figura 32 Umidade volumétrica registrada na profundidade de 60 cm
(manhã) 89
Figura 33 – Umidade volumétrica registrada na profundidade de 20 cm (tarde) 90
Figura 34 – Umidade volumétrica registrada na profundidade de 40 cm (tarde) 90
Figura 35 – Umidade volumétrica registrada na profundidade de 60 cm (tarde) 91
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Análise granulométrica por peneiramento e sedimentação em
profundidade de 0 – 15 cm. 27
Tabela 2 Análise granulométrica por peneiramento e sedimentação em
profundidade de 0 – 15 cm 28
Tabela 3 Densidade e umidade gravimétrica das amostras no momento do
ensaio de infiltração 30
Tabela 4 Resultados de ensaio de campo (anéis concêntricos) para
determinação da curva de infiltração 33
Tabela 5 Apresenta os resultados dos ensaios de retenção de água pelo solo.
Método das panelas de pressão 34
Tabela 6 Resultados do ensaio para determinação da retenção de água no solo,
profundidade 0 – 20 cm 35
Tabela 7 Resultados do ensaio para determinação da retenção de água no solo,
profundidade 20 – 40 cm 35
Tabela 8 Resultados do ensaio para determinação da retenção de água no solo,
profundidade 40 – 60 cm 35
Tabela 9 – Análise química de amostras de solo 38
Tabela 10 Cálculo da EVT método de Penman-Monteith FAO; utilizado fi
= -0,18 e latitude = -10,48. 50
Tabela 11 – Cálculo da dose de irrigação a partir da EVT 57
xii
Tabela 12 – Resultados das médias de todos os parâmetros analisados. 66
Tabela 13 – Resultados da análise estatística de todos os parâmetros analisados 71
Tabela 14 Distribuição espacial e temporal, e em profundidade no solo da
umidade volumétrica na área experimental 81
Tabela 15 – Resultados da análise estatística da umidade volumétrica 84
2
1. APRESENTAÇÃO
No presente texto é apresentada a Dissertação do Mestrado Interinstitucional
(MINTER) em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental desenvolvido em parceria entre o
Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (entidade
promotora), a Universidade Federal de Tocantins (entidade receptora) e o Governo do Estado
do Tocantins, como entidade associada.
A pesquisa refere-se a um experimento em campo, desenvolvido no Projeto
de Irrigação São João, no município de Porto Nacional - TO, onde foi avaliada a
produtividade do meloeiro sob diferentes condições de manejo de irrigação por gotejo,
visando a otimização da aplicação de irrigação possibilitando um aumento da eficiência do
sistema sem perder produtividade, pré-requisito básico para a viabilidade econômica da
irrigação.
Esta dissertação foi desenvolvida sob orientação da Prof. Nilza Maria dos
Reis Castro com co-orientação do Prof. José Antônio Louzada.
3
2. INTRODUÇÃO
Na última década percebemos uma demanda por alimentos cada vez maior,
especialmente na Ásia, que tem aumentado significativamente o seu padrão de consumo.
Também percebemos, o aumento da área agricultável empregada para produção de bio-
combustíveis. Esses fatores, somados às condições climáticas desfavoráveis, causam uma
significativa diminuição dos estoques de alimentos. Apesar de que em 2009 as reservas
mundiais de alimentos superaram a crise do período anterior, essa questão da necessidade do
aumento de produção para suprir as crescentes demandas ainda está presente e pode eclodir a
qualquer momento (FAO, 2009).
Essa análise leva os países produtores a pensarem em soluções que
aumentem a produtividade. Por sua vez essa busca nos conduz ao desenvolvimento de
pesquisas genéticas e diversas outras possibilidades de aumento de produtividade, mas sem
dúvida o aumento da área irrigada tem papel fundamental nesse cenário. Países como o Brasil
ainda têm grande possibilidade de ampliação da sua área irrigada, o que apresenta, com
bastante intensidade, outra questão: a sustentabilidade ambiental a partir da proteção e uso
racional dos Recursos Hídricos.
Essa questão passa diretamente, dentre outras coisas, pela otimização do uso
da água, evitando desperdícios e utilizando métodos cada vez mais eficientes de irrigação.
É importante levarmos em consideração também, que muitas vezes a prática
usual se encontra bastante ultrapassada em relação ao nível de tecnologia que hoje temos
capacidade de implantar. Percebe-se que algumas práticas, hoje usuais, estão bem distantes da
tecnologia que dominamos e que pode ser implementada com poucos investimentos.
Este trabalho dialoga com questões relativas à sustentabilidade da
agricultura irrigada e da produção de alimentos com um consumo menor de água em
4
perímetros irrigados sem prejudicar a produtividade e economicidade, fundamental para a
continuidade da atividade agrícola.
O Estado do Tocantins está a cada dia explorando mais intensamente o
potencial hídrico para a agricultura. É o estado que domina territorialmente a maior área da
bacia do Tocantins-Araguaia (34,2%) que, segundo dados apresentados no Plano Nacional de
Recursos Hídricos, é a bacia que apresenta um dos maiores potenciais para incremento de
áreas irrigadas (FGV, 1998).
Segundo informações obtidas em contato direto com técnicos da Secretaria
de Recursos dricos e Meio Ambiente do Estado do Tocantins (SRHMA), estão em fase de
implantação no Estado do Tocantins quatro projetos públicos que irão, juntamente com a
revitalização do Projeto Formoso, incrementar mais de 20.000 ha irrigados no Estado em
projetos públicos. Além destes, atualmente encontra-se em fase de estudo e desenvolvimento
de projetos mais 10 perímetros que totalizam uma área superior a 150.000 ha irrigados.
O perímetro irrigado São João, local deste experimento, é um dos pioneiros
dentre os perímetros públicos de fruticultura irrigada no Estado do Tocantins e pode ser
representativo o suficiente para servir de parâmetro técnico para outros projetos que estão
sendo desenvolvidos no Estado. A carência de pesquisas científicas sobre o tema “irrigação de
fruteiras” nessa região do cerrado é sensível e torna-se grave se considerarmos o potencial de
desenvolvimento e incremento da área irrigada para os próximos anos.
A cultura do meloeiro irrigado pelo sistema de gotejo, segundo o Eng.
Agrônomo Antônio Huguimário Rodrigues - responsável pela Gestão inicial do projeto - é
uma atividade bastante interessante, do ponto de vista dos benefícios econômicos, para os
pequenos produtores. Segundo ele, isso se deve ao fato de ter-se obtido excelentes
desempenhos em experimentos desenvolvidos na área experimental do projeto e por ser uma
cultura com retorno financeiro bastante rápido, que será fundamental para viabilizar a
atividade produtiva das famílias ali instaladas.
5
Além da possibilidade concreta de aumento da área irrigada em um curto
período e também do baixo número de pesquisas desenvolvidas para fruticultura na região,
existe ainda a possibilidade latente dos irrigantes cometerem possíveis erros na tomada de
decisão com relação a quanto e quando irrigar.
Em experimento realizado com o objetivo de avaliar a uniformidade e a
eficiência de projetos de irrigação por gotejamento no terço inferior da bacia do Rio
Itapemirim, percebeu-se que os valores obtidos nas avaliações dos projetos indicam que, além
de falhas na decisão sobre quando irrigar, havia também a adoção de tempo de irrigação
maior que o necessário, levando a lâminas percoladas muito elevadas (Reis et al., 2005), além
do aumento dos custos e do prejuízo ambiental.
Como a característica climática dessa região é de uma distribuição de
chuvas de forma irregular, havendo mais de quatro meses consecutivos de período seco, surge
a necessidade de suplementação de água para viabilizar a produção comercial de frutas.
Considerando-se a escassez de água e a necessidade de aperfeiçoamento da
sua utilização na agricultura, que é a atividade maior consumidora de água doce (em torno de
70%), destacamos a importância deste estudo, que pode apontar para uma economia
significativa de água pelos irrigantes deste e de outros projetos com características similares.
(
MALAVOLTA, 2007).
Face ao exposto, justifica-se este trabalho, principalmente, por sua
contribuição para a proposição de uma metodologia de manejo da água, com vistas ao
aumento de sua eficiência e produtividade. Particularmente, espera-se que proporcione
embasamento, aos produtores da região do cerrado do Tocantins, para a tomada de decisão
sobre quando e o quanto irrigar a cultura do melão pelo método do gotejo.
6
3. OBJETIVO
O objetivo desta pesquisa é encontrar um regime de aplicação de água capaz
de garantir a alta produtividade e a qualidade dos frutos do meloeiro irrigado com gotejadores
visando economia de água.
Para isso foram testadas a aplicação de três doses: a primeira, de base
científica calculada pelo método de Penman-Monteith proposto pela FAO, a segunda de
acordo com as práticas usuais da região e a terceira de acordo com as práticas usuais da região
menos 10%. As doses aplicadas foram testadas aplicando-se uma vez ao dia (turno da manhã)
ou dividindo-as em duas aplicações diárias (turno da manhã e turno da tarde).
Dessa forma, espera-se que o experimento propicie parâmetros técnicos
mais seguros para a tomada de decisão dos produtores sobre o volume de água a ser aplicado
na cultura do meloeiro, em projetos de irrigação com características edafoclimáticas similares.
7
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Sempre houve grande dependência dos recursos hídricos para o
desenvolvimento econômico. A água funciona como fator de desenvolvimento, pois ela é
utilizada para inúmeros usos diretamente relacionados com a economia. Os usos mais comuns
e freqüentes dos recursos dricos são: abastecimento público, irrigação, dessedentação
animal, uso industrial, hidroeletricidade e diluição de esgotos domésticos, mas é importante
considerar que, no Brasil, mais da metade da água consumida ocorre na agricultura irrigada
(CARDOSO et al., 1998), o que torna a questão da economia desse recurso algo de
fundamental importância para a manutenção da qualidade de vida dos habitantes do planeta.
Com a distribuição irregular de chuvas na região central do Estado do
Tocantins, torna-se necessário, na atividade agrícola para garantir a produtividade, a
suplementação de água através da irrigação.
A irrigação é uma prática agrícola cujo propósito é manter adequado o
estado hídrico das plantas para assegurar desenvolvimento, produtividade e rentabilidade
econômica (PIRES et al., 2001). A aplicação da água para a cultura do melão, no projeto São
João, é feita através do sistema de gotejo e obedece às necessidades culturais definidas pela
FAO (TOCANTINS, 2004).
Lembramos que não existe uma quantidade de água fixa para o cultivo de
determinada cultura. Cada região apresenta características particulares que influem na
necessidade hídrica do sistema solo-planta, bem como cada espécie, segundo suas
características, apresenta um sistema de obtenção de água diferente devido ao seu sistema
radicular e às suas necessidades orgânicas específicas (WINTER, 1988).
8
A irrigação é uma técnica que favorece a redução do ciclo vegetativo, ou
seja, plantar e colher em menos tempo. Porém o conhecimento da evapotranspiração e do
coeficiente de cultivo (Kc) são de grande importância para seu dimensionamento e manejo,
aumentando a produtividade e otimizando a utilização dos recursos hídricos e de energia
elétrica (SILVA et al., 2004).
4.1. As perdas de água
As perdas de água em um sistema de irrigação geralmente são bastante
significativas e ocorrem em todas as partes do sistema após a captação. Há sempre em
sistemas grandes, significativas perdas no processo de condução da água desde a sua captação
até a sua devida aplicação. Em sistemas que conduzem a água por tubulações fechadas essas
perdas geralmente são menores do que em sistemas de condução por canais, mesmo que estes
sejam devidamente revestidos, sempre existe alguns lugares de fuga por vazamentos e, além
disso, existem perdas significativas por evaporação.
Neste trabalho não estaremos levando em consideração estas perdas
mencionadas. O trabalho se ateve a relacionar o consumo de água realmente aplicado nas
plantas com a produtividade obtida. Nesse enfoque está implícita toda a questão das perdas
por evaporação no solo, escoamento superficial, bem como as perdas por percolação, que
conduzem a água para pontos onde as raízes não conseguem recuperar.
Apesar da planta consumir um enorme volume de água e grande parte desse
volume apenas “passar” pela planta e posteriormente perder-se na atmosfera, esse volume é
necessário para o desenvolvimento vegetal. Essa água deve ser reservada e disponibilizada
pelo solo, que a fornece à planta conforme suas necessidades (VIEIRA,1989).
9
Avaliando curvas características de umidade do solo, Buckman & Brady
(1989) verificaram que elas variam especificamente com a granulometria. As maiores
retenções de água ao longo de toda a faixa de energia estão associadas aos solos com frações
granulométricas mais finas, os quais apresentam maior percentagem de material coloidal,
maior espaço poroso e superfície específica para adsorção bem maior, quando comparados
aos solos de granulometria mais grosseira.
Em se tratando da relação solo-água, Buckman & Brady (1989) ressaltam
duas justificativas que evidenciam sua importância. Primeiro, necessidade de grande
quantidade de água para atender à evapotranspiração do sistema solo-planta. Depois, a água,
por ser solvente universal, junto com os nutrientes dissolvidos, compõe a solução do solo,
fundamental para o desenvolvimento de qualquer planta.
Considerando-se a questão apresentada por Klaus Reichardt em 1985,
quando as chuvas são excessivas e a capacidade de armazenamento de água no solo é
superada, grandes perdas podem ocorrer. Essas perdas podem ser por escoamento superficial,
provocando ainda erosão do solo, ou por percolação profunda, atingindo o lençol freático.
Esta água percolada é perdida do ponto de vista da planta (REICHARDT, 1985).
Quando é cessado o fornecimento de água através da superfície deixa de
haver infiltração, a umidade no interior do solo se redistribui, evoluindo para um perfil de
umidade inverso, com menores teores de umidade próximo à superfície e maiores nas
camadas mais profundas (SILVEIRA et al., 1997)
Pode-se, analogamente, deduzir que em sistemas de rega artificial também o
excesso de água pode causar perdas, principalmente por percolação profunda.
Este movimento que conduz a água para fora (ou para dentro) de um volume
definido de solo vai diminuindo a partir do instante em que não mais é fornecida água na
superfície desse solo. Para solos com alto teor de areia a capacidade de campo é rapidamente
atingida, como é o caso específico desse trabalho. O movimento de água no solo torna-se
10
pouco significativo, nesse ponto, enquanto este ainda apresenta um grau de umidade
significativo e de fácil aproveitamento pela planta.
Avançando um pouco mais nessa linha de raciocínio, percebe-se que a
melhor dose de irrigação a ser aplicada é aquela que em nenhum momento ultrapassasse a
capacidade de campo em uma parcela de volume de solo presente na parte mais profunda das
raízes da planta. Dessa forma não há perdas por percolação profunda e, teoricamente, somente
haveria alguma perda de água caso o desenvolvimento lateral das raízes fosse insuficiente
para “alcançar” a distância percolada lateralmente pela água.
Chega-se com facilidade a esta conclusão, porém não existe a mesma
facilidade para aplicar na prática essa teoria por motivos de limitações tecnológicas e/ou altos
custos de equipamentos para um controle mais preciso.
O uso de tensiômetros seria uma possibilidade mais acessível para uma
solução nessa direção. Porém, para grandes lavouras, este apresenta algumas dificuldades
práticas: primeiro existiria a necessidade de um número grande de tensiômetros devido à não
homogeneidade do solo, em segundo lugar surge a necessidade de variar a profundidade de
sua instalação conforme o desenvolvimento das raízes e, em terceiro lugar, existe a questão de
que um tensiômetro não responde instantaneamente a uma mudança no teor de umidade do
solo. Ele precisa de um tempo razoável de algumas horas para estabelecer o equilíbrio entre a
pressão de água em seu interior e a pressão de água no solo. Esta última questão descarta por
completo a possibilidade do uso de tensiômetros em grandes áreas com intuito de determinar
exatamente o ponto onde devemos suspender a rega.
Essa discussão será retomada mais para frente, mas faz-se necessário
apresentar algumas questões teóricas referentes ao balanço hídrico no solo quando este está
coberto por uma determinada cultura. Apesar de, em nosso caso específico, não termos todos
os componentes abaixo apresentados com volumes significativos, como é o caso do deflúvio
superficial, apresentamos todos os componentes que apresentam potenciais de influência.
11
O volume de solo a ser considerado deve compreender desde a sua
superfície até o limite inferior das raízes da cultura. A partir da análise da figura 1 abaixo,
podemos apresentar aqui os ensinamentos de Libardi (2005 b).
Figura 1 – Balanço hídrico do solo com uma cultura
Expressando a quantidade de água que entra (Qe) nesse volume de solo em
um período t2 t1 e a quantidade de água que dele sai (Qs), durante o mesmo período, em
altura de água, o saldo de água no solo no referido volume, durante o período considerado,
representa a variação da armazenagem de água (h) no perfil. Assim, convencionando Qe
como um número positivo e Qs como um número negativo, então,
h = Qe + Qs, Equação 1
onde: h = h2 – h1,
sendo h1 e h2 armazenagens nos instantes t1 e t2,
Qe – volume de água que “entra” no volume de solo estudado,
Qs – volume que “sai” do solo estudado.
12
Assim, se lQel > lQsl, h2 > h1 e h > 0; se lQel < lQsl, h2 < h1 e h < 0; se
lQel = lQsl, a armazenagem não varia, isto é, h2 = h1 e h = 0.
A quantidade de água que entra pode consistir da precipitação (P), da
irrigação (I), do deflúvio superficial de entrada (Re), do deflúvio sub-superficial de entrada
(R’e) e da ascensão capilar (AC). Portanto:
Qe = P + I + Re + R’e + AC. Equação 2
Onde: P – precipitação,
I – irrigação,
Re – deflúvio superficial de entrada,
R’e – deflúvio sub-superficial de entrada,
AC – ascensão capilar.
A quantidade de água que sai pode consistir da drenagem interna (D), da
evapotranspiração (EVT), do deflúvio superficial de saída (Rs) e do deflúvio subsuperficial de
saída (R’s). Portanto:
Qs = D + EVT + Rs + R’s. Equação 3
Onde: D – drenagem interna,
EVT – evapotranspiração,
Rs – deflúvio superficial de saída,
R’s – deflúvio subsuperficial de saída.
Trabalhando-se estas equações temos:
h = P + I + Re + R’e + AC + D + EVT + Rs + R’s Equação 4
13
A drenagem interna, portanto, representa a perda de água para fora da zona
radicular através do limite inferior do volume de solo considerado. Porém, dependendo das
condições, a água que normalmente transpassa o alcance das raízes e, portanto, sai do volume
de solo considerado, pode também retornar para o limite de solo considerado. A essa entrada
de água pelo limite inferior dá-se o nome de ascensão capilar (AC). Os deflúvios superficial e
sub-superficial podem também, dependendo das condições de relevo e físicas do perfil, servir
de incrementos positivos ou negativos de água, entrando e saindo lateralmente, por sobre e
abaixo da superfície do solo (Figura 1). A representação matemática do balanço drico no
solo com uma cultura, tendo seus parâmetros expressos em altura de água, é uma equação
integral. Sua forma diferenciada é apresentada na equação 5:
Equação 5
Onde: t1 e t2 – tempo inicial final,
p – precipitação,
i – irrigação,
re – deflúvio superficial que entra no volume de solo,
r’e – deflúvio subsuperficial que entre no volume de solo,
a – ascensão capilar,
q – drenagem interna,
e – evapotranspiração,
14
rs – deflúvio supeficial que sai e,
r’s – deflúvio subsuperficial que sai.
Isso esclarece os motivos que levaram Svehlik & Ghali, (1985) à conclusão
(depois de realizarem experimentos com o melão) de que o aumento dos intervalos de
irrigação na cultura do melão reduziram sensivelmente a eficiência do uso da água. Fica claro,
retornando a questão anteriormente iniciada, que aplicações de água menos freqüentes
aumentam as perdas por percolação e a dispersão da água na zona radicular da cultura, pois
uma fração de solo desde a superfície até imediatamente abaixo da zona radicular sofre perdas
por ultrapassar a capacidade de retenção de água do solo.
Na mesma linha de raciocínio, uma planta necessita de água
constantemente. Como ainda não estão disponíveis ferramentas comerciais com a capacidade
de determinar e fornecer essa água, o que se faz é dosar com determinada freqüência,
geralmente superior a um dia, a necessidade hídrica da planta.
Quando esses intervalos de aplicação ficam grandes demais, o consumo
acumulado ultrapassa a capacidade de retenção do solo, implicando em perdas por percolação,
que, caso não seja reaplicada, refletirão no déficit hídrico da cultura. Teoricamente, se
houvesse a possibilidade de ir fornecendo água à medida que ocorre a evapotranspiração,
teríamos uma maior eficiência do sistema de irrigação, pois ficariam ausentes as perdas por
percolação lateral e profunda. Na ausência dessa possibilidade, o que foi testado nessa
pesquisa foi a aplicação de água com freqüência inferior a um dia, no intuito de diminuir as
perdas acima comentadas.
Outra questão que necessita ser apresentada, mesmo que superficialmente, é
relativa à viabilidade financeira de um perímetro irrigado. Esta viabilidade pode ficar
comprometida quando utilizam-se volumes de água aplicados na cultura de forma
desnecessária.
15
Os custos com o desperdício de água muitas vezes são aumentados
desnecessariamente por fatores ligados à percolação e que, geralmente, não são levados em
consideração pelos técnicos, que muitas vezes orientam os produtores de forma inadequada no
cálculo de dose e freqüência de irrigação, com o objetivo de simplificar o modo de cálculo.
Cabe ainda afirmar que o rendimento financeiro ótimo de uma determinada
cultura pode ser alcançado ainda que esta não esteja no seu ponto ótimo de produtividade. Se
considerarmos a água como fator limitante para o desenvolvimento e também, em nosso caso
(projeto São João, coletivo com rede de distribuição pressurizada), o mais importante fator na
composição de custos, pode-se chegar à conclusão que o melhor resultado econômico para o
produtor seja alcançado em condições de irrigação com déficit hídrico (ANDRADE JR. et al.
2001).
Fatores econômicos ficam prejudicados com a aplicação inadequada de rega
utilizada em culturas irrigadas, tanto para mais como para menos. Vários irrigantes, por não
adotarem um método de controle de irrigação, ou por não disporem de dados específicos da
necessidade de água de uma determinada cultura, usualmente irrigam em excesso, temendo
que a cultura sofra estresse hídrico, que poderia comprometer a produção. Este excesso tem
como conseqüência o desperdício de energia com bombeamento desnecessário de água. Para
exemplificar: um milímetro de lâmina excedente em uma área irrigada por um pivô central de
100 ha, representa a condução desnecessária de um milhão de litros de água, que consome,
em média, 400 kWh de energia elétrica. (FARIA et al., 2008)
4. 2. O Meloeiro
O meloeiro (cocumis melo L.) é uma olerícola originária da região central
da Ásia e também da África, de onde teria sido levado para a Europa. No Brasil, o melão
consumido até a década de sessenta era proveniente da Espanha. A partir da década de
16
sessenta o melão foi introduzido no Rio Grande do Sul. Ainda, nessa década seu plantio
tomou grande impulso com a introdução da cultura de melão em São Paulo e, posteriormente,
no nordeste, onde teve seu apogeu em termos de área plantada a partir da década de oitenta.
Hoje o meloeiro tem se mostrado uma cultura de grande desempenho no nordeste brasileiro,
contribuindo com mais de 90% da produção nacional. Dentre os estados produtores destacam-
se RN, CE, BA e PE (AGRIANUAL, 2000). Em 2003, o Brasil exportou para diversos países,
especialmente para a Europa, 149,7 mil toneladas de melão, correspondendo a US$ 58,3
milhões (AGRIANUAL, 2005). No comparativo 2007/2008 a cultura do meloeiro teve um
incremento, em volume de produção, de 5,10% (IBRAF, 2008).
No nordeste, onde estão localizadas as principais regiões produtoras de
melão, as plantas produzem em média de 60 a 70 dias. Adotando-se um manejo adequado,
potencial para superar 25 t/ha (DIAS et al., 2006).
4.3. Manejo
O método de irrigação localizada, por gotejo, tem sido considerado o mais
adequado à cultura do meloeiro pelas condições hídricas, propícias ao desenvolvimento e
produção da cultura, que proporcionam ao solo (OLITTA et al., 1989).
Souza et al. (1993) realizou experimento na região nordeste quanto à
freqüência de irrigação. Testando intervalos de 1 a 4 dias, demonstrou que intervalos
menores, de 1 ou 2 dias, proporcionaram resultados melhores para o meloeiro. Já Coelho et al.
(1999), ao realizar experimento na mesma região, também para a cultura do melão, concluiu
que não houve diferença significativa entre intervalos de irrigação para as produtividades
médias, total e comercial. Porém, a sua análise apresenta resultados médios do experimento
17
que foi realizado, com 50% das linhas laterais de gotejadores entre linhas e apenas 50% com
as linhas de irrigação junto às fileiras de plantas.
Em melão cultivado por gotejamento, aplicando intervalo de irrigação de
cinco, três e um dias, percebeu-se maior produtividade nos intervalos menores, além de ser
detectado, também, que houve precocidade de até duas semanas no melão irrigado por
gotejamento, relativamente a outros métodos (GOLDBERG et al., 1976)
Retomando a análise de Coelho et al. (1999) percebe-se que a produtividade
obtida com linhas laterais entre fileiras de plantas foi mais homogênea com intervalos
maiores. Os resultados dão suporte à hipótese de que o aumento do intervalo de irrigação
pode compensar o aumento do espaçamento entre linhas laterais, porque a lâmina aplicada é
maior para intervalos maiores; em conseqüência, o movimento lateral da água torna-se mais
acentuado. Também pode-se perceber que a produtividade média para o intervalo de um dia
foi menor do que em intervalos maiores. Isto se deve ao fato de estarem sendo analisados em
conjunto dados com gotejadores entre fileiras de plantas que, por estarem distantes da planta,
irrigam menos as raízes quando a dose é reduzida.
Dentre os fatores de produção do meloeiro, a água e o nitrogênio merecem
especial atenção, não pelo custo de produção que representam, mas, sobretudo, devido à
necessidade de sua utilização de modo eficiente, permitindo, assim, a sustentabilidade drica
e edáfica da região, a obtenção de hortaliças e de frutos de boa qualidade, que atendam às
exigências dos mercados consumidores (Pinto et al., apud MONTEIRO, 2007).
Monteiro et al.(2006) em experimento com diferentes doses de água e
nitrogênio, observando os dois separadamente, afirma que o rendimento foi mais
intensamente influenciado pelo efeito da água.
18
Deve-se ter atenção com o excesso de água para as culturas. No caso do
meloeiro, em experimento realizado em Mossoró-RN, a produção de frutos tipo exportação
foi prejudicada nas regiões com maiores vazões (MIRANDA et al., 2004).
A quantidade de água em uma determinada cultura é determinada
principalmente pelo volume de água necessário para reconstituir a umidade na região das
raízes desta, pela taxa de infiltração de água no solo e pelo método de irrigação. Para se
calcular a vazão e o tempo de aplicação de água, deve-se ter presente a taxa de infiltração da
água a ser aplicada.(
DOORENBOS, 1990
).
Em uma planta, podemos verificar que a demanda por evaporação é
praticamente constante, enquanto que a aplicação de água disponível no solo para a mesma
planta é ocasional. Com isso, percebemos que a aplicação de água com intervalos diferentes
pode influenciar sobremaneira no desenvolvimento da planta. Em casos onde o intervalo
alonga-se demasiadamente, em 3 ou 4 dias, ocorrem perdas significativas de rendimento e
produtividade (SOUZA et al., 2000), o que torna desnecessário a experimentação dessa
prática nesse trabalho. Ainda no mesmo trabalho foi observado com propriedade que a
eficiência do uso da água do meloeiro cultivado em solos arenosos é maior quando as
irrigações são feitas com maior freqüência.
Assim como longos períodos sem irrigação ocasionam perdas, intervalos
menores com quantidades de água inferiores às exigidas pela planta, causam prejuízos,
impossibilitando o desempenho adequado da cultura. Além disso, a aplicação de uma lâmina
inferior à exigida pela cultura pode influenciar também a qualidade dos frutos (MEDEIROS et
al., 2000)
19
4.4. Solo
O solo se constitui em um sistema trifásico, que é formado por uma parte
sólida (minerais, matéria orgânica, etc), uma parte líquida (solução do solo) e uma parte
gasosa (ar do solo). Os atributos físicos do solo são muito importantes para a determinação do
melhor sistema de irrigação. Destacamos a granulometria, densidade do solo, porosidade
(total, macro e micro), retenção de água, estrutura e consistência (MOTA et al., 2008).
As partes quida e gasosa ocupam os espaços livres do solo que são os
poros, que variam em tamanho dividindo-se em macroporos e microporos.
Os macroporos tem um diâmetro maior (superior a 0,1 mm) e por isso
perdem água mais facilmente pela ação da gravidade. os microporos estão dispostos em
forma de capilares contínuos de pequeno comprimento que se dirigem em muitas direções
diferentes, e por terem um diâmetro bem menor (menor que 0,05 mm) em relação aos
macroporos, tem maior capacidade de resistir à perda de água.
A faixa de diâmetro de poros que é responsável pela retenção e
disponibilização de água para as plantas é de 0,05 a 0,0002 mm, sendo que, dos poros
menores que 0,0002 mm as plantas não conseguem retirar água. Esses espaços livres,
conferidos pelos poros do solo, permitem que a água (da chuva ou irrigação) seja armazenada
em uma certa proporção, que varia de acordo com a proporção entre macroporos e
microporos, isto é, quanto maior for a quantidade de microporos maior vai ser a capacidade
deste solo em armazenar água sem que haja perdas por gravidade e vice-versa.
Desta capacidade total de armazenamento de água no solo, a parte que as
plantas conseguem absorver é conhecida como CAD (capacidade de água disponível), e é
uma importante informação quando se fala em manejar a irrigação via solo.
20
A CAD de um solo é definida por dois limites de umidade. O limite
superior, que é chamado de capacidade de campo (CC), é o máximo que um solo armazena de
água sem que haja perdas por percolação. Isso ocorre porque neste momento, a força da
gravidade exercida para baixo através do peso, entra em equilíbrio com as forças de
capilaridade dos poros, cessando assim a percolação de água.
No limite inferior da CAD, que é chamado de ponto de murcha permanente
(PMP), o armazenamento é tão pequeno que a planta mesmo gastando muita energia, o
consegue retirar a água dos poros, porque neste momento a tensão de água no solo é muito
alta (15atm). Quando o solo está com todos os seus poros preenchidos com água, diz-se que
ele está saturado ou na umidade de saturação.
A CAD pode variar muito de solo para solo e até mesmo dentro do mesmo
tipo de solo (variabilidade espacial), porque existem várias propriedades físicas que estão
diretamente ligadas com a proporção e a distribuição de macroporos e microporos. Essas
propriedades físicas são: textura do solo, tipo de argila, densidade global, estrutura do solo e
teor de matéria orgânica.
A partir da definição de capacidade de campo (quantidade máxima de água
retida no solo a partir da qual ocorrerá drenagem) e ponto de murcha permanente (umidade
baixa o suficiente na qual a planta não consegue retirar água), segue-se que a diferença entre
esses dois parâmetros representa a água que a planta pode extrair do solo. Como o próprio
solo é variável em sua composição e as plantas individuais que compreendem a cultura são
variáveis entre si, a distribuição de água pelo equipamento de irrigação está longe de ser
uniforme. Assim, para a agricultura e a horticultura práticas, tentativas com extrema precisão
em avaliar a capacidade de campo, o ponto de murcha permanente e capacidade de água
disponível, são desnecessárias (WINTER, 1988).
Em se tratando da relação solo-água, Bruckman & Brady apud MOTA et al.
(2008), ressaltam duas justificativas que evidenciam a importância da macroporosidade.
Primeiro, necessidade de grande quantidade de água para atender à evapotranspiração do
21
sistema solo-planta. Depois, a água, por ser solvente universal, junto com os nutrientes
dissolvidos, compõe a solução do solo.
Resumindo, o movimento de água no solo, simplificando em excesso,
citamos Winter (1988). A principal fonte de água para o solo é a precipitação. A chuva,
caindo sobre o solo, nele penetra a uma taxa que depende das suas propriedades físicas. Se a
taxa de precipitação excede a taxa de infiltração, então ocorre escoamento superficial. A água
que penetra enche o reservatório do solo e, quando este atingir a saturação, o excesso será
drenado para os aqüíferos. A água retida no reservatório do solo é absorvida pelas raízes das
plantas e levada através de seus caules às folhas, onde evaporam, retornando assim para a
atmosfera, onde se reúne à água evaporada do mar, lagos e rios e da superfície de solos
úmidos. Isso, assim chamado de ciclo hidrológico, depende, para a sua continuação, da
energia derivada da radiação solar e sua taxa é altamente governada por fatores
meteorológicos.
A variabilidade espacial de características do solo relacionadas à irrigação e
dos equipamentos de irrigação tem grande influência na produtividade das culturas. A
variação na produtividade é atribuída à variabilidade do solo e às distribuições não uniformes
de água e fertilizantes (BERGEZ et al., 2003)
4.5. Retenção de água no solo
A retenção de água no solo pode ser explicada basicamente por dois
processos: o primeiro deles, nos microporos através da capilaridade; o segundo ocorre na
superfície das partículas através da adsorção.
O fenômeno da capilaridade sempre está associado a uma interface curva
água-ar. Porém em solos os capilares não são, obviamente, regulares e sim são formados pelos
22
espaços tridimensionais formados pela estrutura das partículas de sólidos que vão formando
vazios, que podem ser preenchidos com ar ou com água. Quando estes espaços ficam
preenchidos totalmente com água, o solo encontra-se saturado, e quando temos apenas ar, o
solo encontra-se seco.
O segundo fenômeno, a adsorção, é caracterizado pela formação de uma
espécie de filme que envolve a superfície que pode ser explicado por três fenômenos
principais (LIBARDI, 2005 a):
1. A superfície dos minerais de argila é coberta com átomos de oxigênio e
grupos oxidrilas negativamente carregados devido à substituição isomorfa
de cátions. Desse modo, cria-se ao redor das partículas desses minerais um
campo elétrico cuja intensidade decresce com a distância da superfície da
partícula. Devido à natureza dipolar da moléculas de água, elas se orientam
neste campo elétrico e experimentam uma força na direção da partícula, a
qual decresce gradualmente com a distância desta superfície, até se tornar
nula num ponto em que não há mais influência do campo.
2. Os pares de elétrons não compartilhados do átomo de oxigênio das
moléculas de água podem ser eletricamente atraídos a cátions trocáveis que
podem estar adsorvidos sobre a superfície da argila, ou seja, os cátions que
são retidos à superfície negativamente carregada de argila (a concentração
iônica é crescente na direção da superfície sólida) ocasionam também a
adsorção das moléculas de água.
3. Ainda as moléculas de água podem ser atraídas às superfícies sólidas pelas
forças de London-van der Waals que são forças de curto alcance e
decrescem rapidamente com a distância da superfície.
23
Esta película de água adsorvida possui uma energia potencial extra, uma vez
que se afastarmos uma porção dessa película a uma distância dentro do raio de ação dessas
forças, a parcela voltará a se fixar nessa superfície.
Na faixa de desenvolvimento das plantas, essas forças (capilar e de
adsorção) não são tratadas de maneira isolada e vão compondo coletivamente as pressões de
retenção de água no solo. O que se faz importante dizer aqui é que quando o solo está mais
seco, com baixa umidade, as forças de adsorção o mais importantes e que, à medida em que
o solo vai ficando mais próximo da saturação, podemos dizer que vai diminuindo a
importância da adsorção e aumentando a importância da capilaridade.
4.6. Evapotranspiração de referência (ETo)
Refere-se à evapotranspiração de uma área com vegetação rasteira, na qual
são feitas as medições meteorológicas, para obtenção de um conjunto consistente de dados de
coeficientes de cultura, para serem utilizados na determinação da evapotranspiração de outras
culturas agrícolas (SEDIYAMA 1996). Cabe também frisar a definição de ETo feita por
Doorenbos e Pruitt (1975), a qual foi definida como taxa de evapotranspiração para uma
extensa superfície, com cobertura gramada de altura uniforme, entre 8 e 15 cm, em
crescimento ativo, com o solo completamente sombreado e sem déficit de água. Como cada
cultura tem suas características orgânicas diferentes da grama, surge a necessidade de
relativizarmos esse parâmetro para que fique adequado à cultura em estudo. A este parâmetro
chamamos de coeficiente da cultura.
24
4.7. Coeficiente da cultura (Kc)
O conceito do coeficiente Kc surgiu da necessidade de se converter a
evapotranspiração de referência (ETo) em evapotranspiração da cultura (ETc). As estimativas
da ETo, normalmente, são desenvolvidas tomando-se como padrão uma superfície vegetada
por uma planta de pequeno porte, geralmente grama, que cobre completamente a superfície do
solo. Logo, tais métodos representam apenas as condições atmosféricas. Essas condições
raramente representam as condições da cultura, onde o plantio é feito em linhas ou em covas,
quando o terreno fica parcialmente coberto na maior parte do tempo de cultivo (RADIN, 1998
apud OLIVEIRA, 2006).
O coeficiente de cultivo, além de ser individual para cada cultura, tem seu
valor alterado nos diferentes estágios de desenvolvimento.
O Kc utilizado pode ser calculado de diversas maneiras e na literatura
podemos encontrar diversos valores para este coeficiente. Dentre tantas possibilidades de
escolha, adotamos, para esta pesquisa, os índices determinados por Miranda e Bleicher (2001)
pelo fato deste experimento ter sido realizado utilizando-se o lisímetro de pesagem com a
cultura de melão irrigada pelo sistema de gotejo.
25
5. METODOLOGIA
5.1. Descrição da região do experimento
A pesquisa será desenvolvida no Projeto de Irrigação São João, mais
precisamente na área denominada Área Experimental. O Projeto situa-se à margem direita do
rio Tocantins, no segmento do rio denominado de Médio Tocantins, entre as coordenadas:
latitude 10º25’00” e 10º27’30”S
e longitude 48º20’00” e
48º22’30”W (figura 2). Limita-
se a sul pelo córrego Chupé, a
oeste pela cota 212 (linha
d’água do lago do UHE Luís
Eduardo Magalhães), ao norte
ainda pela cota 212 m, córrego
São João e terras particulares, e
a leste pela rodovia estadual
TO-50 (Palmas / Porto
Nacional).
A Área
Experimental se localiza ao sul
do projeto, junto ao km 37 da
rodovia TO-050 e compreende
uma área de 20 ha cultivados
com diversas espécies de
frutíferas.
Figura 2 – Localização da área do Projeto São João
26
5.2. Características de relevo, clima e vegetação
Os dados aqui apresentados foram extraídos do projeto elaborado para
implantação do perímetro e foram disponibilizados pela Secretaria de Recursos Hídricos e
Meio Ambiente do Estado do Tocantins (TOCANTINS, 2004).
A área de pesquisa se encontra na cota 246 m, com topografia em relevo
plano.
A vegetação predominante, antes da implantação, era composta por árvores
baixas, cerrado baixo, com uma vegetação primária formado por gramíneas com pouca
proteção de superfície dos terrenos.
A evaporação média anual varia de 1.100 a 1.750 mm.
O regime de ventos caracteriza-se pela predominância de período de
calmaria e ausência de ventos, em que quase dois terços do tempo as velocidades situam-se
abaixo de 3,6 km/h (1 m/s).
A umidade relativa do ar ao longo do ano varia em torno de 75%, sendo
agosto o mês mais seco e fevereiro e março os meses mais úmidos. Durante o período de
chuvas, de janeiro a março, a umidade relativa do ar atinge valor médio da ordem de 84%, e
no período de estiagem, entre junho e setembro, esses valores ficam abaixo de 50%. No
período do experimento, a umidade média ficou em 54%.
A insolação na região do Projeto é elevada, com valores anuais que oscilam
entre 2.400 a 2.600 horas, com média diária de 6,6 horas de brilho solar.
27
5.3. Caracterização do Solo
Foi realizada a caracterização do solo para determinar as seguintes
características no local onde foi realizado o experimento: granulometria, densidade do solo,
taxa de infiltração e a curva de retenção de água no solo. Também foram realizadas análises
químicas do solo.
A análise granulométrica realizada em duas profundidades, por
peneiramento e sedimentação, tem seus resultados apresentados nas tabelas 1 e 2.
Tabela 1 – Análise granulométrica por peneiramento e sedimentação em profundidade de 0 – 15 cm.
Diâmetro
(mm)
Peso
(g)
Somatório
do peso (g)
Porcentagem
por fração (%)
Porcentagem
acumulada (%)
2,8300 0,1000 0,1000 0,1247 0,1247
2,0000 0,0200 0,1200 0,0249 0,1496
1,4100 0,1100 0,2300 0,1372 0,2868
1,0000 0,4700 0,7000 0,5861 0,8729
0,7100 0,5300 1,2300 0,6609 1,5339
0,5000 4,8700 6,1000 6,0731 7,6069
0,3500 7,9400 14,0400 9,9015 17,5084
0,2500 14,7100 28,7500 18,3439 35,8524
0,1770 17,4600 46,2100 21,7733 57,6256
0,1250 12,0400 58,2500 15,0143 72,6400
0,0900 10,3900 68,6400 12,9567 85,5967
0,0630 5,5300 74,1700 6,8961 92,4928
0,0442 0,8300 75,0000 1,0350 93,5279
0,0312 1,3500 76,3500 1,6835 95,2114
0,0221 0,7750 77,1250 0,9665 96,1778
28
0,0156 0,8050 77,9300 1,0039 97,1817
0,0078 0,1700 78,1000 0,2120 97,3937
0,0039 0,0750 78,1750 0,0935 97,4872
0,0020 2,0150 80,1900 2,5128 100,0000
Tabela 2 – Análise granulométrica por peneiramento e sedimentação em profundidade de 15 – 30 cm.
Diâmetro
(mm)
Peso
(g)
Somatório
do peso (g)
Porcentagem por
fração (%)
Porcentagem
acumulada (%)
2,0000 0,1600 0,1600 0,2059 0,2059
1,4100 0,1500 0,3100 0,1930 0,3989
1,0000 0,6600 0,9700 0,8493 1,2482
0,7100 0,6600 1,6300 0,8493 2,0974
0,5000 4,8000 6,4300 6,1764 8,2738
0,3500 7,3400 13,7700 9,4448 17,7186
0,2500 13,1000 26,8700 16,8565 34,5750
0,1770 16,6100 43,4800 21,3730 55,9480
0,1250 12,5100 55,9900 16,0973 72,0453
0,0900 11,2200 67,2100 14,4374 86,4827
0,0630 4,8750 72,0850 6,2729 92,7556
0,0442 0,7350 72,8200 0,9458 93,7013
0,0312 0,6050 73,4250 0,7785 94,4798
0,0221 0,3600 73,7850 0,4632 94,9431
0,0156 0,1300 73,9150 0,1673 95,1103
0,0078 0,1650 74,0800 0,2123 95,3227
0,0039 0,1000 74,1800 0,1287 95,4513
0,0020 3,5350 77,7150 4,5487 100,0000
29
As curvas granulométricas representando as análises das amostras coletadas
estão apresentadas nas figuras 3 e 4.
Curva Granulométrica
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
Diâmetro (mm)
Porcentagem Acumulada
(%)
Figura 3 – Curva granulométrica de amostra coletada em profundidade de 0 – 15 cm.
Curva Granulométrica
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,001 0,010 0,100 1,000 10,000 100,000
Diâmetro (mm)
Porcentagem Acumulada
(%)
Figura 4 – Curva granulométrica de amostra coletada em profundidade de 15 – 30 cm.
Existem diversas tabelas utilizadas pelo mundo que classificam o tamanho
do grão em função do seu diâmetro, o que gera uma série de variações na nomenclatura das
30
partículas. Neste trabalho utilizou-se a classificação denominada Escala de Wentworth
(Vargas-1968), que apresenta os seguintes limites:
a argila (< 4 µm) -
o silte (> 4 µm < 64 µm) -
a areia (>64 µm <2mm) -
o grânulo (>2mm - <4mm) -
o seixo (>4mm - <64mm) -
o bloco ou calhau (>64mm - <256mm) -
e o matacão (>256mm).
Segundo essa classificação, e utilizando-se o diagrama triangular de
FERET, muito utilizado para fins agrícolas, o solo foi classificado como arenoso em ambas as
profundidades coletadas. A densidade das partículas e a umidade gravimétrica tem resultados
apresentados na tabela 3.
Tabela 3 – Densidade e umidade gravimétrica das amostras no momento do ensaio de infiltração.
Profundidade da
amostra (cm)
Densidade de partículas (g.cm
3
) Umidade Gravimétrica (%)
0-15 2,62 5,12
15-30 2,58 6,16
A taxa de infiltração foi determinada pelo método dos cilindros
concêntricos, amplamente difundido (CAUDURO, 198?), cujos dados de campo são
transcritos na tabela 4.
31
Com os dados da tabela 4, foi determinada a lâmina de água infiltrada, cuja
equação apropriada para estudo da infiltração acumulada da água no solo em função do tempo
é a equação de Kostiakov (CAUDURO, 198?. B)
m
tCD .=
Equação 6
Onde:
D = lâmina de água infiltrada acumulada no tempo t;
C = lâmina de água infiltrada no primeiro minuto;
t = tempo;
m = expoente (0 < m < 1)
Utilizando os resultados do ensaio de campo, chegou-se a seguinte equação:
65,0
.1,18 tD =
(mm/min) Equação 7
Onde:
D = lâmina de água infiltrada acumulada no tempo t;
t = tempo;
Para determinação da taxa de infiltração instantânea, seguindo orientação do
mesmo autor, chegamos a seguinte equação:
n
tKI .=
Equação 8
Onde:
I = taxa de infiltração instantânea em qualquer momento;
32
K = taxa de infiltração instantânea ao final do primeiro minuto;
t = tempo em minutos;
n = expoente da equação (-1 < n < 0), calculado a partir da equação
1
=
mn
;
Dessa forma chegou-se a equação que determina a taxa de infiltração
instantânea:
35,0
.765,11
= tI
33
Tabela 4 – Resultados de ensaio de campo (anéis concêntricos) para determinação da curva de infiltração.
1 2 3 4 5 6 7 8
TEMPO DE
INFILTRAÇÃO
(minutos)
TEMPO
INTERMEDIÁRIO
(minutos)
NÍVEL D’ ÁGUA
ÁGUA
INFILTRADA
INTERVALO
DE TEMPO
TAXA DE
INFILTRAÇÃO
LÂMINA
ACUMULADA
LEITURA
h
(cm)
LEITURA
h'
(cm)
h = hi - h(i-1)
(cm)
t = ti - t(i-1)
(min)
h/ t x 60
(cm/h)
∑ h
(cm)
To
= 0
- 160
T1
= 1
t 0-1
=
0,5
162
161,1
2
1
120
2
T2
= 2
t 1-2
=
1,5
163
162,8
1
1
60
3
T3
= 3
t 2-3
=
2,5
163,4
163,2
0,4
1
24
3,4
T4
= 4
t 3-4
=
3,5
159
163,7
0,3
1
18
3,7
T5
= 5
t 4-5
=
4,5
159,9
159,2
0,9
1
54
4,6
T6
= 10
t 5-6
=
7,5
161,8
160,8
4,9
5
58,8
9,5
T7
= 20
t6-7
=
15
162,2
160,6
3,7
10
22,2
13,2
T8
= 30
t 7-8
=
25
162,3
160,2
3,7
10
22,2
16,9
T9
= 45
t 8-9
=
37,5
163,1
162,5
4,4
15
17,6
21,3
T10
= 60
t 9-10
=
52,5
163,6
161,8
6,1
15
24,4
27,4
T11
= 90
t 10-11
=
75
161,5
161,5
5,7
30
11,4
33,1
T12
= 120
t 11-12
=
105
161,9
164,5
6,9
30
13,8
40
T13
= 180
t 12-13
=
150
163,5
161,6
8,3
60
8,3
48,3
T14
= 240
t 13-14
=
210
161,9
162,3
17,9
60
17,9
66,2
34
A capacidade de retenção de água pelo solo foi determinada pelo método
das panelas de pressão (CAUDURO, 198? A), apresentado os resultados expostos na tabela 5.
Tabela 5 – Curva de Retenção da água no solo para as diferentes amostras coletadas nas profundidades de 0 a 20
cm, de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm; (Umidade volumétrica % x Pressões atm) obtida no laboratório de
sedimentos do IPH pelo método das panelas de pressão.
prof
pressões (atm)
0 0,06 0,1 0,33 0,5 0,6 1 2 3
1 0-20 40,299 31,459 28,012 23,022 20,580 19,580 17,649 15,807 15,105
2 20-40 38,219 30,274 26,779 22,790 20,081 18,869 16,935 16,543 14,492
3 40-60 46,756 28,776 25,155 21,962 19,913 19,281 16,780 15,414 14,387
4 0-20 43,658 31,574 28,453 24,002 21,276 20,052 17,964 16,410 15,278
5 20-40 40,565 28,816 25,433 22,243 19,964 18,722 16,816 15,558 14,242
6 40-60 50,823 26,246 23,090 19,825 17,554 16,516 14,300 15,366 11,677
7 0-20 42,990 32,812 29,752 25,382 22,465 21,090 18,903 18,170 16,216
8 20-40 39,863 29,553 26,609 23,448 21,355 20,177 17,127 17,004 15,124
9 40-60 39,921 32,281 27,517 24,719 22,560 21,449 18,139 16,479 15,296
10 0-20 46,973 26,088 22,598 19,373 17,432 16,260 14,450 13,484 12,237
11 20-40 40,855 28,428 24,891 21,007 18,742 17,709 15,875 14,702 13,933
12 40-60 43,262 29,403 25,483 21,401 19,103 18,112 16,312 15,733 14,452
13 0-20 50,421 28,143 24,370 20,993 18,648 17,388 15,260 15,103 13,506
14 20-40 42,545 30,136 26,219 21,948 19,527 19,156 17,038 14,098 14,709
16 0-20 43,673 30,966 26,963 23,490 21,343 20,699 17,789 17,085 15,708
17 20-40 47,093 25,577 22,009 18,361 16,329 16,205 13,922 12,914 11,869
18 40-60 61,823 52,206 49,005 44,933 43,059 41,226 39,116 36,743 36,355
OBS.: a linha 15 teve problemas nos ensaios e acabou sendo descartada.
Após a seleção dos resultados, foram agrupados os resultados das amostras
de mesma profundidade para determinação das médias que, por sua vez, foram utilizadas para
produção das curvas de retenção
As tabelas 6, 7 e 8 apresentam os resultados dos ensaios, agrupados por
profundidades, e as médias utilizadas para determinação das curvas de retenção.
35
Tabela 6 – Curva de retenção de água no solo, profundidade 0 – 20 cm.
prof
pressões (atm)
0 0,06 0,1 0,33 0,5 0,6 1 2 3
1 0-20 40,299 31,4586 28,0122 23,0215 20,5801 19,5798 17,6495 15,8067 15,1049
4 0-20 43,6579 31,5743 28,4529 24,0015 21,2756 20,0518 17,9636 16,41 15,2784
7 0-20 42,9905 32,8122 29,7518 25,3816 22,4651 21,0896 18,903 18,1699 16,2162
10 0-20 46,973 26,0881 22,5979 19,3734 17,4322 16,2599 14,45 13,484 12,2368
13 0-20 50,421 28,1435 24,3704 20,9927 18,6482 17,3884 15,2596 15,1033 13,5059
16 0-20 43,6735 30,9663 26,9634 23,4904 21,3428 20,6989 17,7886 17,0852 15,7082
Média 44,6691 30,1738 26,6914 22,7102 20,2907 19,1781 17,0024 16,0099 14,6751
Tabela 7 – Curva de retenção de água no solo, profundidade 20 – 40 cm.
prof
pressões (atm)
0 0,06 0,1 0,33 0,5 0,6 1 2 3
2 20-40 38,2186 30,2738 26,779 22,7902 20,0815 18,8686 16,9352 16,5428 14,4922
5 20-40 40,5647 28,8156 25,4332 22,2431 19,9643 18,7217 16,8164 15,5582 14,2421
8 20-40 39,8629 29,5533 26,6086 23,4482 21,3553 20,1768 17,1274 17,0039 15,1236
11 20-40 40,8554 28,4279 24,8909 21,0068 18,742 17,7088 15,8754 14,7016 13,9326
14 20-40 42,545 30,1363 26,2194 21,9477 19,5266 19,1562 17,0383 14,0983 14,7094
17 20-40 47,0933 25,577 22,0087 18,3606 16,3287 16,2052 13,9217 12,9135 11,8695
Média 41,5233 28,7973 25,3233 21,6328 19,3331 18,4729 16,2857 15,1364 14,0616
Tabela 8 – Curva de retenção de água no solo, profundidade 40 – 60 cm.
prof
pressões (atm)
0 0,06 0,1 0,33 0,5 0,6 1 2 3
3 40-60 46,7557 28,7765 25,155 21,9618 19,9127 19,2812 16,7804 15,4144 14,3875
6 40-60 50,8227 26,246 23,0903 19,8252 17,5541 16,5163 14,2999 15,3659 11,6772
9 40-60 39,9207 32,2807 27,5167 24,7189 22,5604 21,4491 18,1387 16,4788 15,2956
12 40-60 43,2624 29,4033 25,4832 21,4007 19,103 18,1121 16,3115 15,7332 14,4515
18 40-60 61,823 52,206 49,005 44,933 43,059 41,226 39,116 36,743 36,355
Média 45,1904 29,1766 25,3113 21,9766 19,7826 18,8397 16,3826 15,7481 13,9529
Estas curvas de retenção correspondentes ao solo utilizado para o
experimento em suas diferentes profundidades são apresentadas nas figuras 5, 6 e 7.
36
Figura 5 Curva de retenção na profundidade de 0 - 20 cm, obtida com a média dos
resultados de seis amostras. Tensão de 0 – 3 atm.
Figura 6 Curva de retenção na profundidade de 20 - 40 cm, obtida com a média dos
resultados de seis amostras. Tensão de 0 – 3 atm.
Tensão (atm)
Umidade Volumétrica(%)
Tensão (atm)
Umidade Volumétrica(%)
37
Figura 7 Curva de retenção na profundidade de 40 - 60 cm, obtida com a média dos
resultados de cinco amostras. Tensão de 0 – 3 atm.
A partir destas curvas foram obtidos os valores da umidade volumétrica do
solo no ponto amostrado correspondente a respectiva tensão da água no solo. Dessa forma, foi
obtida a umidade volumétrica do solo correspondente aos limites extremos característicos da
planta, o limite hídrico inferior da cultura (LHIC), e do solo, a capacidade de campo (CC).
O Limite hídrico inferior do melão situa-se entre a tensão de 0,3 e 0,8 atm
(DOREMBOS -1975), e a capacidade de campo para qualquer tipo de solo é situada na tensão
de 0,06 atm. Para o solo deste experimento, obteve-se os seguintes valores de limite drico
inferior da cultura e de capacidade de campo, para as cinco ou seis profundidades amostradas
em cada camada:
- profundidade de 0 a 20 cm: Umidade volumétrica correspondente ao
Limite hídrico inferior do melão entre 22,70 e 18,09 % sendo um valor médio de 20,1 %; e
umidade volumétrica correspondente à capacidade de campo de 30,17%.
- profundidade de 20 a 40 cm: Umidade volumétrica correspondente ao
Limite hídrico inferior do melão entre 21,60 e 17,00 % sendo um valor médio de 19,5%; e
umidade volumétrica correspondente à capacidade de campo de 28,79%.
Tensão (atm)
Umidade Volumétrica(%)
38
- profundidade de 40 a 60 cm: Umidade volumétrica correspondente ao
Limite drico inferior do melão entre 22,00 e 17,61 % sendo um valor médio de 19,81%; e
umidade volumétrica correspondente à capacidade de campo de 30,17%.
A análise química do solo, apresentada na tabela 9, demonstrou que o solo
apresenta características suficientes ao desenvolvimento da planta, desde que complementado
com insumos necessários. Esta área, desde que foi desmatada em 2002, tem sido utilizada
sempre como uma parcela única, em todo esse período essa parcela nunca foi trabalhada com
diferentes níveis de adubação, calagem ou qualquer outro trato cultural, o que nos leva a supor
sua homogeneidade.
Tabela 9 – Análise química de amostras do solo.
39
Da mesma forma, podemos afirmar, pelas análises físicas de solo, que a
parcela também apresenta homogeneidade nas características físicas. O ensaios estão
apresentados no ítem 5. 3. Caracterização do solo.
Como existe uma homogeneidade química, física e de aplicação de insumos
(exceto água) todas as plantas possuíam as mesmas condições gerais de desenvolvimento e o
único fator de diferenciação foi, de fato, a aplicação de água na cultura.
5.4. Espécie escolhida para a realização do experimento
A variedade escolhida para a realização do experimento foi definida pelo
fato de ser hoje uma das variedades mais comumente cultivadas nessa região. Também,
quando consultados os agrônomos atuantes no projeto São João, ambos afirmaram que esta
variedade alcançou bons resultados nos experimentos ali conduzidos. Dessa forma, foi
escolhida a seguinte variedade:
Cucumis melo var. 10/00
Nome Popular: meloeiro;
Nome científico: cucumis melo L.
Variedade: 10/00.
Esta variedade produz melões amarelos (figura 8), de formato mais
arredondado e possui raízes concentradas em até 50 cm de profundidade (figura 9). Esta
profundidade pode variar dependendo das características do solo e do regime de irrigação. É
um melão muito conhecido dos produtores e consumidores brasileiros.
40
Figura 8 – Ilustração da variedade de melão cultivada.
Figura 9 – Profundidade das raízes verificada em campo.
5.5. Descrição do experimento
Na área onde foi realizado o experimento, denominada Área Experimental
do Projeto São João, as culturas são cultivadas em parcelas de diversos tamanhos. Foi
selecionada para o cultivo de meloeiro uma parcela de 0,372 ha (62m x 60m). Esta parcela foi
41
dividida em três talhões de 14m x 62m para representarem três repetições do experimento. Os
talhões foram separados entre si por uma estrada de 6m de largura, e cultivados com oito
linhas de plantio espaçadas em 2m. A área ficou organizada conforme croqui apresentado na
figura 10 e detalhado na figura 11.
Figura 10 – esquema geral da área de plantio.
Figura 11 – Detalhes dos espaçamentos entre linhas e gotejadores.
42
A área foi preparada para receber a cultura com espaçamentos entre linhas
de 2,0m e espaçamento entre plantas de 0,3m (figura 11). Estes espaçamentos entre linha e de
plantio foram escolhidos devido à prática usual da região, que, nesse caso, está de acordo com
o especificado pela literatura (
DIAS
et al., 2000). O comprimento de cada linha ficou
limitado a aproximadamente 62 metros, devido ao fato de ter-se disponíveis para plantio um
total de 5000 sementes.
O preparo do solo foi executado com aragem, gradagem para
destorroamento, incorporação da vegetação que estava em fase inicial e construção de leirões
na faixa de solo destinada ao plantio (figura 12).
Figura 12 – Área pronta para receber as mudas.
As sementes foram semeadas em bandejas de polietileno expandido de 200
células de cor preta, contendo substrato de fibras de côco. A semeadura nas bandejas foi
realizada no dia 06 de agosto de 2009. (figuras 13 e 14)
43
Figura 13 – Detalhe das mudas em desenvolvimento.
Figura 14 – Mudas em tratamento no viveiro.
O transplantio foi realizado 12 dias após semeadura (DAS). O espaçamento
utilizado entre plantas foi de 30 cm, utilizando marcador de covas (figura 15). Esse
afastamento corresponde a um gotejador por planta.
44
Figura 15 – Utilização de marcador de covas para plantio.
Todos os detalhes quanto aos tratos culturais e aplicações de fertilizantes
foram iguais para todas as plantas e estão detalhados no apêndice 1.
5.6. Manejo de aplicação da irrigação
O experimento foi desenvolvido, como apresentado anteriormente, em três
talhões com 8 linhas de plantas, cada uma das linhas com sua respectiva linha de gotejadores.
As linhas foram numeradas em ordem crescente de 1 até 8, sendo que as
duas linhas das bordas foram desconsideradas, por haver a possibilidade de questionamentos
sobre a diferença de insolação nos estágios mais avançados de desenvolvimento das planta.
Como cada linha possui um registro (torneira) para controle de água, todas foram trabalhadas
de maneira independente.
As linhas de número 2 até 7 foram devidamente monitoradas tanto a
aplicação de água como a sua respectiva produtividade. A irrigação aplicada foi realizada da
seguinte maneira:
45
Linha 2 lâmina calculada conforme Penman-Monteith, proposto pela FAO
fracionada em duas aplicações diárias, sendo uma pela manhã e outra à tarde;
Linha 3 – mesma dose da linha 2, porém apenas uma dose diária aplicada na
parte da tarde;
Linha 4 baseada em doses usualmente aplicadas pelos irrigantes do
perímetro fracionada em duas aplicações diárias, sendo uma pela manhã e outra à tarde;
Linha 5 – mesma dose da linha 2, porém apenas uma dose diária aplicada na
parte da tarde;
Linha 6 dose igual a da linha 4, com redução de aproximadamente 10%
fracionada em duas aplicações diárias, sendo uma pela manhã e outra à tarde;
Linha 7 – mesma dose da linha 6, porém apenas uma dose diária aplicada na
parte da tarde;
As doses aplicadas nas linhas 2 e 3 foram devidamente calculadas, porém
adaptadas à realidade de campo e à sua aplicabilidade. Um dos pontos que geram a
necessidade de esclarecimento complementar relaciona-se aos primeiros dias de
desenvolvimento das plantas após o plantio.
Para o plantio, apesar de ser utilizado marcador de covas, as distâncias
variaram em até 2 cm para mais ou para menos. Isso implica que as mudas acumulem essa
diferença de espaçamento e por muitas vezes se encontram bem no meio da distância entre os
gotejadores, o que resulta em até 15 cm de distância de uma planta até o gotejador mais
próximo.
Como a evapotranspiração nos primeiros dias de plantio da cultura é muito
pequena, devido ao estágio de desenvolvimento da planta, o tempo de irrigação, que seria
inferior a 4 minutos, teve que ser ajustado para mais, para que tivéssemos um raio de ação do
46
gotejador maior. Em cinco minutos, o raio de superfície molhada, muitas vezes, o chega a
cobrir os 15 cm de afastamento das raízes da planta até o gotejador.
Isso explica o motivo pelo qual o tempo de aplicação em campo foi, nesse
estágio inicial, superior ao tempo previsto de maneira teórica. As figuras 16 e 17 ilustram os
casos descritos:
Figura 16 – Situação ideal, cada planta com um gotejador ao pé.
Figura 17 – Situação crítica: planta posicionada longe dos gotejadores.
47
Outro fator que levou a diferenças entre o tempo teórico e o tempo de
efetiva aplicação em campo, se refere ao fato da necessidade de fertirrigação. A dose de
fertirrigação, aplicada no período da tarde, variou, dependendo do volume da calda, de 20 até
40 minutos, o que resultou na diferença perceptível entre o volume aplicado em linhas, que
tinham o seu tempo de aplicação teórico iguais (2 e 3, 4 e 5, 6 e 7). Ou seja: em um par de
linhas que teria tempo de aplicação de 20 minutos, a linha que recebe irrigação dividida em
duas doses, fatalmente recebe mais água que a outra, pois, no período da tarde, todas deverão
receber a fertirrigação integral, que seria suficiente para suprir a necessidade hídrica da
planta.
Como o experimento tem, além de seu conteúdo teórico extenso, um
interesse de aplicação prática, todos os tempos foram ajustados para que efetivamente possam
ser utilizados por qualquer irrigante.
5.7. Aferição da vazão
A cada sete dias e no momento de troca de dose, devido à mudança no
estágio de desenvolvimento da planta, a vazão dos equipamentos foi aferida, não percebendo-
se nenhuma alteração considerável.
5.8. Determinação da quantidade de água aplicada
A quantidade de água necessária para irrigação foi estimada segundo a
evapotranspiração da cultura (ETc), onde é necessária a estimativa da evapotranspiração de
48
referência (ETo), a precipitação efetiva e o coeficiente de cultivo (Kc) do meloeiro para cada
um de seus estágios de desenvolvimento.
A evapotranspiração de referência foi determinada pelo método de Penman-
Monteith, proposto pela FAO (ALLEN et al., 1998).
Amorim Neto et al., (1985) realizaram pesquisa sobre ostodos mais
utilizados na determinação da evapotranspiração de referência para regiões semi-áridas.
Concluíram que os mais adequados para serem utilizados em períodos mínimos de dez dias,
por ordem de importância são os de Benavides e Lopes, Linacre, Tanque Classe A e Penman-
Monteith.
Para o cálculo da Evapotranspiração de Referência foram utilizados dados
da Estação Palmas INMET, distante cerca de 18 km do projeto. Nos primeiro dias do
experimento, percebeu-se um defeito no anemômetro desta estação e fez-se necessária a
substituição da leitura desse dado pelo da Estação Automática PALMAS-A009, localizada no
município de PALMAS (TO), no mesmo local da anterior. Os dados desta estação foram
coletados através do site http://www.inmet.gov.br, que publica praticamente em tempo real os
dados coletados. A figura 18 apresenta foto da Estação Palmas.
Figura 18 – Estação Palmas – INMET.
49
Para determinação da evapotranspiração diária, foi utilizado o método de
Penman-Monteith – FAO. O Boletim nº 56 de Allen et al. (1998) da FAO, apresenta o cálculo
da evapotranspiração de referência (ETo) conforme abaixo:
ETo =
)2
2
.34,01.(
).(.
)273(
900
.).(.408,0
U
eeU
Tmed
GRn
as
++
+
+
γ
γ
Equação 9
Onde:
ETo = evapotranspiração de referência (mm/dia);
= declividade da curva de pressão de vapor na saturação (kPa ºC
–1
);
Rn radiação líquida ou saldo de radiação (MJ m
–2
dia
-1
); foi calculado
através do saldo de radiação de ondas curtas e longas;
G = fluxo de calor no solo (MJ m
–2
dia
-1
) foi simplificado para zero;
U2
= velocidade do vento a 2 m de altura;
T = temperatura média;
e
s
= pressão de vapor na saturação (kPa) e;
e
a
= pressão de vapor atual (kPa).
É muito importante que sejam tomados cuidados para inserção de dados em
unidades adequadas.
O resumo do cálculo da evapotranspiração pelo método de Penman-
Monteith está apresentado na tabela 10.
50
Tabela 10 – Cálculo da EVT – método de Penman-Monteith – FAO; utilizado fi = -0,18 e latitude = -10,48°.
Data d H Ra N TEMP
Tmax K
Tmin
K
UR
(%)
P (mbar)
Vmed
(m/s)
G
n
(horas)
Rn
MJ/m².dia
(Kpa/°C
γ
es
(Kpa)
ea(Kpa)
Eto PMF
(mm)
19/08/2009
0,22 1,530
33,84 11,69
28,1
309,85
294,35
52
977,3
0,4 0,0 9,8
12,52 0,22
0,06
3,80
1,98
4,31
20/08/2009
0,21 1,531
33,94 11,70
29,4
310,85
295,85
51
977,9
1,3 0,0 9,6
12,55 0,24
0,07
4,10
2,09
5,20
21/08/2009
0,20 1,533
34,05 11,71
30,1
311,35
294,95
47
977,2
1,5 0,0 9,7
12,53 0,24
0,06
4,27
2,01
5,56
22/08/2009
0,20 1,534
34,16 11,72
29,8
311,05
295,65
46
976,4
2,5 0,0 6,8
10,52 0,24
0,06
4,19
1,93
5,87
23/08/2009
0,19 1,535
34,27 11,73
29,4
309,55
298,45
53
978,1
2,6 0,0 6,8
10,84 0,24
0,07
4,10
2,17
5,61
24/08/2009
0,18 1,536
34,38 11,74
29,7
309,25
297,45
51
979,1
2,5 0,0 8,2
11,83 0,24
0,07
4,17
2,13
5,98
25/08/2009
0,18 1,537
34,48 11,74
29,6
309,85
297,85
47
978,9
2,2 0,0 8,6
11,86 0,24
0,07
4,15
1,95
5,96
26/08/2009
0,17 1,539
34,59 11,75
29,6
311,15
297,15
47
978,5
2,5 0,0 9,3
12,36 0,24
0,07
4,15
1,95
6,31
27/08/2009
0,17 1,540
34,70 11,76
29,7
309,45
295,95
47
980,6
1,5 0,0 7,8
11,48 0,24
0,07
4,17
1,96
5,19
28/08/2009
0,16 1,541
34,80 11,77
29,4
310,35
296,75
47
980,2
1,7 0,0 7,8
11,43 0,24
0,07
4,10
1,93
5,36
29/08/2009
0,15 1,542
34,91 11,78
30,2
310,55
296,55
45
979,7
2,6 0,0 7
10,94 0,25
0,07
4,29
1,93
6,22
30/08/2009
0,15 1,544
35,01 11,79
30,1
310,25
297,75
48
979,0
2,6 0,0 7,8
11,67 0,24
0,07
4,27
2,05
6,23
31/08/2009
0,14 1,545
35,12 11,80
29,9
310,05
299,65
46
979,2
2,4 0,0 7,4
11,24 0,24
0,07
4,22
1,94
6,02
01/09/2009
0,13 1,546
35,22 11,81
30
310,75
297,55
47
980,9
2,6 0,0 9,7
12,99 0,24
0,07
4,24
1,99
6,59
02/09/2009
0,13 1,547
35,32 11,82
30,4
312,15
295,45
41
979,3
2,4 0,0 10,4
13,15 0,25
0,07
4,34
1,78
6,87
03/09/2009
0,12 1,549
35,42 11,83
31,6
311,95
297,55
37
979,8
1,6 0,0 9,9
12,69 0,26
0,07
4,65
1,72
6,26
04/09/2009
0,11 1,550
35,52 11,84
30,5
311,05
297,35
48
979,5
1,5 0,0 8,9
12,72 0,25
0,07
4,37
2,10
5,59
05/09/2009
0,11 1,551
35,62 11,85
30,6
311,35
295,65
48
979,3
1,9 0,0 8,4
12,45 0,25
0,07
4,39
2,11
5,90
06/09/2009
0,10 1,552
35,72 11,86
29,3
308,95
297,45
62
979,7
1,7 0,0 6,9
11,90 0,23
0,07
4,08
2,53
4,87
07/09/2009
0,09 1,554
35,82 11,87
26,9
303,25
296,85
74
978,7
1,7 0,0 1,8
7,96 0,21
0,07
3,54
2,62
3,15
08/09/2009
0,09 1,555
35,91 11,88
26,9
305,75
296,15
78
978,2
1,0 0,0 1,9
8,11 0,21
0,07
3,54
2,76
2,85
09/09/2009
0,08 1,556
36,00 11,89
28,9
309,75
296,55
66
979,6
1,9 0,0 4,3
10,00 0,23
0,07
3,98
2,63
4,25
10/09/2009
0,07 1,557
36,10 11,90
29,6
310,45
298,05
50
981,2
2,1 0,0 5,2
10,22 0,24
0,07
4,15
2,07
5,23
11/09/2009
0,06 1,559
36,19 11,91
30,3
310,45
299,95
42
981,4
2,3 0,0 9,8
13,12 0,25
0,07
4,32
1,81
6,68
12/09/2009
0,06 1,560
36,28 11,92
30,1
311,05
296,85
40
980,2
1,8 0,0 10,3
13,38 0,24
0,07
4,27
1,71
6,34
13/09/2009
0,05 1,561
36,37 11,93
29,9
311,65
295,15
38
980,3
2,8 0,0 10
13,05 0,24
0,07
4,22
1,60
7,30
14/09/2009
0,04 1,563
36,45 11,94
30,3
312,15
295,85
40
980,2
2,2 0,0 8,4
12,18 0,25
0,07
4,32
1,73
6,48
15/09/2009
0,04 1,564
36,54 11,95
30,8
310,95
298,35
48
980,1
2,8 0,0 6,7
11,53 0,25
0,07
4,44
2,13
6,39
16/09/2009
0,03 1,565
36,62 11,96
30
306,85
296,85
48
978,4
1,6 0,0 9,6
13,76 0,24
0,07
4,24
2,04
5,93
51
Data d H Ra N TEMP
Tmax K
Tmin
K
UR
(%)
P (mbar)
Vmed
(m/s)
G
n
(horas)
Rn
MJ/m².dia
(Kpa/°C
γ
es
(Kpa)
ea(Kpa)
Eto PMF
(mm)
17/09/2009
0,02 1,567
36,70 11,97
27,6
306,25
296,55
72
978,3
1,5 0,0 4,6
10,53 0,22
0,07
3,69
2,66
3,91
18/09/2009
0,02 1,568
36,78 11,98
27,3
310,05
295,25
69
978,2
1,5 0,0 6
11,54 0,21
0,07
3,63
2,50
4,29
19/09/2009
0,01 1,569
36,86 11,99
28,1
306,85
295,35
64
979,4
1,7 0,0 7,2
12,54 0,22
0,07
3,80
2,43
4,91
20/09/2009
0,00 1,570
36,94 12,00
27,5
308,55
295,85
72
979,8
2,3 0,0 5
10,90 0,21
0,07
3,67
2,64
4,27
21/09/2009
-0,01 1,572
37,02 12,01
26,6
301,15
295,35
75
978,1
1,5 0,0 6,5
12,31 0,20
0,07
3,48
2,61
4,24
22/09/2009
-0,01 1,573
37,09 12,02
23,8
308,15
293,75
88
978,4
1,5 0,0 6,9
12,55 0,18
0,07
2,95
2,59
3,68
23/09/2009
-0,02 1,574
37,16 12,03
22,2
308,65
293,95
72
979,2
1,8 0,0 6,3
11,35 0,16
0,07
2,68
1,93
3,82
24/09/2009
-0,03 1,576
37,23 12,04
27,9
308,65
297,45
68
978,6
2,7 0,0 6,8
12,40 0,22
0,07
3,76
2,56
5,06
25/09/2009
-0,03 1,577
37,30 12,05
29,6
310,05
296,05
58
977,4
2,3 0,0 7,1
12,50 0,24
0,06
4,15
2,41
5,60
26/09/2009
-0,04 1,578
37,36 12,06
28,9
308,65
297,45
62
978,1
2,8 0,0 8,2
13,51 0,23
0,07
3,98
2,47
5,84
27/09/2009
-0,05 1,580
37,43 12,07
29,5
309,45
296,85
56
978,9
1,0 0,0 9,5
14,37 0,24
0,07
4,12
2,31
5,39
28/09/2009
-0,05 1,581
37,49 12,08
30
311,35
295,75
57
979,6
1,7 0,0 8,7
13,87 0,24
0,07
4,24
2,42
5,69
29/09/2009
-0,06 1,582
37,55 12,09
30
311,95
295,25
46
979,3
1,9 0,0 8,2
12,84 0,24
0,07
4,24
1,95
6,04
30/09/2009
-0,07 1,583
37,61 12,10
30,9
311,55
297,95
52
978,0
2,1 0,0 6
11,56 0,25
0,07
4,47
2,32
5,63
01/10/2009
-0,08 1,585
37,67 12,11
27,9
306,85
297,05
69
980,1
2,3 0,0 4,8
10,92 0,22
0,07
3,76
2,59
4,47
02/10/2009
-0,08 1,586
37,72 12,12
29,4
309,85
295,25
58
978,9
1,4 0,0 8
13,37 0,24
0,07
4,10
2,38
5,28
03/10/2009
-0,09 1,587
37,77 12,13
27,4
307,05
296,15
72
979,5
1,6 0,0 6,4
12,37 0,21
0,07
3,65
2,63
4,46
04/10/2009
-0,10 1,589
37,82 12,14
27,3
307,45
296,85
82
978,0
0,5 0,0 4,6
11,07 0,21
0,07
3,63
2,98
3,55
52
5.9. Manejo da cultura
Os tratos culturais foram aplicados segundo prática amplamente difundida
na região para cultura irrigada do meloeiro, realizando dentre outras atividades a eliminação
de frutos defeituosos, mal formados, manchados, brocados, bem como virar a planta, protegê-
la do excesso de sol, enfim, todos os tratos de valoração comercial tradicionalmente utilizados
foram aplicados.
As adubações de plantio e cobertura foram realizadas conforme orientação
de engenheiro agrônomo com experiência em melão, após análise de solo e acompanhamento
periódico do desenvolvimento da cultura. Todos os produtos aplicados, bem como suas
respectivas doses, datas e horários de aplicação estão relacionados no apêndice 1.
5.10. Manejo de colheita e classificação
A área plantada, em três talhões, foi definida pensando em uma solução
para colheita e classificação. Podemos considerar cada talhão como uma repetição do
experimento, dessa forma temos três repetições.
Como a colheita e a classificação dos melões na totalidade da área seria um
grande desafio, devido ao tamanho do experimento e ao número de frutos que foram
produzidos, optou-se por escolher de maneira aleatória 5 blocos ao longo das linhas de
plantio. Cada um desses blocos foi demarcado com comprimento de 2m.
Todos os frutos colhidos nesses blocos foram embalados e suas respectivas
caixas receberam etiquetas de identificação ainda no campo, antes de serem transportadas
53
para o depósito da área experimental, onde todos os frutos foram cadastrados, pesados, e
tiveram registrados o seu comprimento e perímetro. De cada bloco, foi escolhido de maneira
visual o fruto mais representativo para que esse fosse cortado e tivesse registrada a espessura
da polpa e a intensidade do brix, através de um refratômetro digital.
5.11. Determinação do tempo de irrigação
A definição do tempo de irrigação passa pelo cálculo, exposto
anteriormente, da ETo do local e, evidentemente, pelo Kc da cultura específica a ser
cultivada.
Todo esse assunto e suas bases teóricas foram apresentados nos ítens 4.6.
e 5.8. O que aqui é apresentado é o método utilizado para a definição do tempo de irrigação
necessário para que fosse aplicada apenas a água requerida para o desenvolvimento adequado
da cultura. Evidentemente esses métodos serviram apenas para definir o tempo de aplicação
nas linhas onde a irrigação foi definida por método racional (linhas 1 e 2). Nas demais linhas,
para cumprir o objetivo do trabalho, o tempo de irrigação foi definido conforme a prática
usual da região.
O gotejador utilizado para o experimento foi o Tubo Gotejador Plastro
Hydrogol de 16 mm com espaçamento entre gotejadores de 0,3 m. Esse gotejador para a faixa
de pressão aplicada (aproximadamente 14 mca) possui uma vazão nominal de 1 l/h, que se
confirmou com variação menor do que 9% em leituras no campo.
Para determinação da lâmina líquida (LL), foi utilizada a seguinte fórmula:
KcEToLL .
=
Equação 11
Onde:
54
LL – lâmina líquida;
ETo – evapotranspiração potencial;
Kc – coeficiente da cultura.
Para definição da lâmina bruta (LB), foi estimada a eficiência (e) em 90%.
Com esses dados utilizou-se a seguinte fórmula:
eLLLB /
=
Equação 12
Onde:
LB – lâmina bruta;
LL – lâmina líquida;
e – eficiência;
O espaçamento entre os gotejadores foi escolhido em 0,3 m, assim como o
espaçamento entre plantas, o que moldou o sistema de forma a apresentar um gotejador por
planta. Já foi comentado anteriormente sobre a impossibilidade do plantio apresentar tamanha
perfeição de afastamento que tornasse possível, em áreas de plantio comercial, a presença de
um gotejador sempre ao pé de uma planta.
O espaçamento entre plantas (Ep), foi definido como 0,3 m e o espaçamento
lateral entre plantas em 2,0 m. Como não é necessário aplicar essa lâmina na totalidade da
área, foi escolhido como espaçamento lateral (El) o valor de 0,4 m na superfície, o que,
devido ao formato do bulbo de umidade, aumenta significativamente abaixo da superfície, e
também devido ao fato das plantas estarem em leiras que não ultrapassam 60 cm de largura
em sua base.
O próximo passo é a determinação da vazão por metro linear (ql), dada pela
seguinte fórmula:
55
Egqgql .
=
Equação 13
Onde:
qg – vazão nominal do gotejador (1 l/h);
Eg – espaçamento entre gotejadores (0,3 m).
Nesse momento pode-se calcular a lâmina aplicada por hora (Lh) em
mm/hora, que foi definida a partir da seguinte equação:
( )
EgEl
qg
Lh
.
= , Equação 14
Onde:
Lh – lâmina aplicada em uma hora;
qg – vazão nominal do gotejador (1 l/h);
El – espaçamento lateral;
Eg – espaçamento entre gotejadores (0,3 m).
Tendo a lâmina aplicada por hora (Lh) definida e sabendo-se também a
lâmina bruta (LB) a ser aplicada, chegou-se ao tempo de irrigação (TI) em horas a partir da
seguinte equação:
LhLBTI /
=
Equação 15
Onde:
TI – tempo de irrigação (h);
Lb – lâmina bruta;
56
Lh – lâmina aplicada em uma hora;
Dessa forma, trabalhando as unidades foi determinado o tempo de irrigação
necessário para garantir a reposição da água consumida pela ETo no dia anterior. A tabela 11
apresenta os cálculos.
57
Tabela 11 – Cálculo da dose de irrigação a partir da EVT.
MÊS DIA EVTo PMF LL L B Chuva LB
TI
(min)
DOSE DIÁRIA APLICADA
1 2 3 4 5 6 7 8
Agosto 8 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 9 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 10 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 11 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 12 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 13 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 14 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 15 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 16 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 17 Não aplicável tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete tubete
Agosto 18 Não aplicável plantio plantio plantio plantio plantio plantio plantio plantio plantio plantio plantio plantio plantio
Agosto 19 4,31 1,01 1,12 0,00 1,12 8,05 70 10 5 45 45 40 40 70
Agosto 20 5,20 1,21 1,35 0,00 1,35 9,70 70 10 5 45 45 40 40 70
Agosto 21 5,56 1,30 1,44 0,00 1,44 10,38 70 10 5 45 45 40 40 70
Agosto 22 5,87 1,37 1,52 0,00 1,52 10,95 70 10 5 45 45 40 40 70
Agosto 23 5,61 1,31 1,46 0,00 1,46 10,48 70 20 10 45 45 40 40 70
Agosto 24 5,98 1,40 1,55 0,00 1,55 11,17 70 20 10 45 45 40 40 70
Agosto 25 5,96 1,39 1,54 0,00 1,54 11,12 70 30 30 45 45 40 40 70
Agosto 26 6,31 1,47 1,64 0,00 1,64 11,78 70 15 12 45 45 40 40 70
Agosto 27 5,19 1,21 1,35 0,00 1,35 9,70 65 19 13 45 45 40 40 65
Agosto 28 5,36 1,25 1,39 0,00 1,39 10,01 65 19 13 45 45 40 40 65
Agosto 29 6,22 1,45 1,61 0,00 1,61 11,62 65 19 13 45 45 40 40 65
Agosto 30 6,23 1,45 1,62 0,00 1,62 11,63 65 19 13 45 45 40 40 65
Agosto 31 6,02 1,79 1,99 0,00 1,99 14,35 65 19 13 45 45 40 40 65
Setembro 1 6,59 2,39 2,66 0,00 2,66 19,13 65 19 13 45 45 40 40 65
Setembro 2 6,87 2,94 3,26 0,00 3,26 23,50 40 40 40 40 40 40 40 40
Setembro 3 6,26 3,08 3,42 0,00 3,42 24,64 65 19 13 45 45 40 40 65
Setembro 4 5,59 3,11 3,46 0,00 3,46 24,89 90 40 30 90 90 80 80 90
Setembro 5 5,90 3,67 4,07 0,00 4,07 29,34 90 30 30 90 90 80 80 90
Setembro 6 4,87 3,34 3,72 0,00 3,72 26,76 90 30 30 90 90 80 80 90
Setembro 7 3,15 2,36 2,63 0,00 2,63 18,91 90 30 30 90 90 80 80 90
Setembro 8 2,85 2,32 2,58 8,00 -5,42 18,58 25 25 25 25 25 25 25 25
Setembro 9 4,25 3,74 4,16 0,00 4,16 29,93 0 25 25 30 30 30 30 30
Setembro 10 5,23 4,94 5,49 0,00 5,49 39,51 90 25 30 90 45 80 40 90
58
MÊS DIA EVTo PMF LL L B Chuva LB
TI
(min)
DOSE DIÁRIA APLICADA
1 2 3 4 5 6 7 8
Setembro 11 6,68 6,75 7,49 0,00 7,49 53,96 90 40 30 90 90 80 80 90
Setembro 12 6,34 6,81 7,57 0,00 7,57 54,50 90 45 30 90 90 80 80 90
Setembro 13 7,30 8,32 9,24 0,00 9,24 66,56 90 45 30 90 90 80 80 90
Setembro 14 6,48 7,81 8,67 0,00 8,67 62,46 90 45 30 90 90 80 80 90
Setembro 15 6,39 8,11 9,01 0,00 9,01 64,84 90 80 40 90 90 80 80 90
Setembro 16 5,93 7,91 8,79 0,00 8,79 63,29 90 90 70 90 90 80 80 90
Setembro 17 3,91 5,22 5,80 6,50 -0,70 41,75 70 70 70 90 90 80 80 90
Setembro 18 4,29 5,72 6,36 0,00 6,36 45,78 70 50 50 90 90 80 80 70
Setembro 19 4,91 6,54 7,27 0,00 7,27 52,34 110 50 50 110 50 100 50 110
Setembro 20 4,27 5,69 6,32 0,00 6,32 45,54 120 65 65 120 120 100 100 120
Setembro 21 4,24 5,66 6,29 5,00 1,29 45,27 120 70 70 120 120 100 100 120
Setembro 22 3,68 4,90 5,45 27,00 -21,55 39,21 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro 23 3,82 5,10 5,66 0,00 5,66 40,78 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro 24 5,06 6,75 7,50 17,00 -9,50 53,98 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro 25 5,60 7,47 8,30 0,00 8,30 59,74 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro 26 5,84 7,79 8,65 0,00 8,65 62,29 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro 27 5,39 7,19 7,99 0,00 7,99 57,49 120 80 60 120 60 100 100 120
Setembro 28 5,69 7,59 8,43 0,00 8,43 60,73 120 60 60 120 60 100 100 120
Setembro 29 6,04 8,05 8,94 0,00 8,94 64,40 120 60 60 120 120 100 100 120
Setembro 30 5,63 7,50 8,33 0,00 8,33 60,00 120 60 60 120 120 100 100 120
Outubro 1 4,47 5,96 6,62 0,00 6,62 47,67 120 60 60 120 120 100 100 120
Outubro 2 5,28 7,05 7,83 0,00 7,83 56,37 120 80 80 120 120 100 100 120
Outubro 3 4,46 5,94 6,60 0,00 6,60 47,52 120 80 80 120 120 100 100 120
Outubro 4 3,55 4,73 5,26 10,00 -4,74 37,87 120 80 80 120 120 100 100 120
Outubro 5 5,70 0,00 0,00 8,00 -8,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 6 5,70 0,00 0,00 25,00 -25,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 7 5,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 8 5,70 0,00 0,00 7,50 -7,50 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 9 5,70 0,00 0,00 10,00 -10,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 10 5,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 11 5,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 12 5,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 13 5,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 14 5,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 15 5,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 16 5,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0 0 0 0 0 0 0
59
5.12. Dados coletados para análise
Para análise dos resultados foram observados e apontados diversos
parâmetros, que são suficientes para caracterizar a produção, tanto do ponto de vista
quantitativo, quanto do ponto de vista qualitativo. São eles:
5.12.1 PRODUTIVIDADE
A produtividade é um fator fundamental para o sucesso de uma lavoura.
Inúmeros perímetros irrigados fracassam por não alcançarem índices de produtividade
satisfatórios, seja pela escolha inadequada de uma cultura, ou seja pela utilização de tratos
inadequados para a cultura escolhida. Dessa forma, a utilização adequada da água é de
fundamental importância, pois representa um dos principais custos das lavouras irrigadas.
5.12.2 BRIX
O BRIX, serve para determinar a porcentagem de sólidos solúveis contidos
em uma solução ucarada. Na linguagem popular, indica o índice de doçura, e está
estreitamente correlacionado ao teor de sacarose da polpa, uma vez que, quanto maior o
índice, maior o teor de açúcar.
Como para a determinação desse índice é necessário que os frutos sejam
abertos e, por conseqüência, inutilizados, foi determinado apenas para um fruto representativo
de cada caixa (cada bloco teve uma caixa por dia de colheita). A escolha do fruto a ser
escolhido para medição desse índice, bem como da espessura da polpa, foi por análise visual
do fruto mais representativo da caixa.
60
5.12.3 COMPRIMENTO MÉDIO DOS FRUTOS
O comprimento médio dos frutos serve para nos apresentar a possibilidade
de relacionarmos a forma dos frutos com a quantidade de água fornecida. Isso se torna muito
importante no momento da comercialização, pois determinados mercados preferem frutos
mais arredondados, enquanto outros preferem frutos mais alongados, evidentemente pagando
mais por frutos dentro da expectativa requerida.
5.12.4 PERÍMETRO MÉDIO DOS FRUTOS
O perímetro médio dos frutos, da mesma forma que o comprimento médio,
serve para nos apresentar a possibilidade de relacionarmos a forma dos frutos com a
quantidade de água fornecida. Isso se torna muito importante no momento da
comercialização, pois determinados mercados preferem frutos mais arredondados, enquanto
outros preferem frutos mais alongados, evidentemente pagando mais por frutos dentro da
expectativa requerida.
5.12.5 PESO DOS FRUTOS
O peso dos frutos, de maneira individualizada, é de fundamental
importância para o mercado. O mercado possui características peculiares, e alguns mercados
consumidores preferem frutos menores, enquanto outros intensificam a busca por frutos
maiores.
5.12.6 ESPESSURA MÉDIA DA POLPA
A espessura da polpa é um fator importante, pois ela é que garante que
frutos maiores apresentam uma quantidade maior de polpa. Analisando-se os resultados da
espessura de polpa, distribuído em função dos tratamentos lâmina d’água, fracionamento
destas lâminas, e das interações destes, obtidos em campo.
61
5.12.7 NÚMERO DE FRUTOS DESCARTADOS
Este parâmetro é de grande importância devido ao fato da incidência de
várias doenças estar associado à quantidade de água aplicada. Em períodos de grandes
precipitações a cultura fica inviabilizada tamanho é o número de frutos atacados e que se
tornam impróprios para o consumo.
5.12.17 ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS TENSMETROS
O tensiômetro é um aparelho que, como o próprio nome diz, mede a
tensão da água no solo ou o potencial matricial da água no solo, que pode ser convertido para
umidade do solo utilizando-se a curva de retenção do solo. Dessa forma, com o auxílio deste
aparelho, foi determinada a umidade atual e conseqüentemente o armazenamento de água no
solo.
5.13 Seleção e classificação
Ainda no campo, os frutos foram separados em caixas devidamente
identificadas (Figura 19), com etiqueta contendo o talhão, o bloco e o nicho ao qual pertencia.
A partir dessa identificação, os frutos foram transportados para local fechado para as devidas
observações e medições.
62
Figura 19 Ilustração da separação dos frutos no momento da colheita. No detalhe à
esquerda verifica-se a marcação dos blocos com fita sinalizadora e placa de identificação.
As figuras 20 e 21 mostram a equipe fazendo análise dos frutos.
Figura 20 – Equipe fazendo análise dos frutos.
63
Figura 21 – Preparação do refratômetro digital.
Ao Término do experimento os frutos foram doados para o programa Mesa
Brasil. Os frutos “abertos” para leitura de BRIX e espessura da polpa foram transportados
para a escola que se localiza no perímetro e foram doados aos alunos.
Figura 22 – Pesagem dos frutos para doação ao programa Mesa Brasil.
A análise dos resultados foi feita a partir de delineamento inteiramente
casualizado com experimentação fatorial, para isto foram feitas análises de variância dos
tratamentos, utilizando o teste de R. A. Fisher aos níveis de 5% e 1% de probabilidade, e para
comparação das médias foi aplicado o teste de Tukey, também a 5% e 1% de probabilidade
(GOMES, 1990).
64
6. RESULTADOS
Foram elaboradas tabelas comparando os parâmetros coletados com as
diferentes doses de irrigação aplicadas. Para ficar mais didático, abaixo estão reapresentadas
as doses aplicadas:
Linha 2 lâmina calculada conforme Penman-Monteith, proposto pela FAO
(PMF), dividida em duas aplicações diárias; PMF 2 x dia;
Linha 3 mesma dose da linha 2, porém apenas uma dose diária; PMF 1 x
dia;
Linha 4 baseada em doses usualmente aplicadas pelos irrigantes do
perímetro dividida em duas aplicações diárias; USUAL 2 x dia;
Linha 5 – mesma dose da linha 4, apenas uma dose diária; USUAL 1 x dia;
Linha 6 dose igual a da linha 4, com redução de aproximadamente 10%
dividida em duas aplicações diárias; USUAL – 10% 2 x dia;
Linha 7 mesma dose da linha 6, apenas uma dose diária; USUAL 10% 1
x dia
6.1. Dose aplicada nas plantas monitoradas em litros
A figura 23 apresenta o volume de água aplicado nos três tratamentos. A
tabela completa que apresenta a quantidades de água utilizada em cada um dos tratamentos
está apresentada nos apêndices 2 e 3.
65
Figura 23 – Quantidade de água utilizada nos diferentes tratamentos.
Pode-se perceber claramente as diferenças de doses aplicadas e o quanto as
doses tradicionalmente utilizadas, representadas pelas linhas 4, 5, 6 e 7, são maiores que as
doses cientificamente determinadas através da ETo, calculadas pelo método de Penman-
Monteith, proposto pela FAO, representadas pelas linhas 2 e 3.
6.2 – Análise estatística dos parâmetros analisados
Para a análise estatística dos parâmetros analisados, foi utilizada a técnica
da Análise de Variância (ANOVA), com nível de significância de 5%. Formulou-se a seguinte
hipótese para o teste:
Hipótese Ho: Não há diferença significativa, ao nível de 5%, entre os efeitos
produzidos pelos diferentes tratamentos testados, representados pelas médias calculadas.
Probabilidade > 0,05 - Se o risco de erro pela rejeição de Ho for grande
(maior que 0,05), então não rejeita-se Ho, admitindo-se que não haja diferença significativa
entre as médias, com nível de significância de 5%.
Probabilidade < 0,05 - Se o risco de erro pela rejeição de Ho for pequeno
(menor que 0,05), então rejeita-se Ho, admitindo-se que haja diferença significativa entre as
médias, com nível de significância de 5%.
uma aplicação duas aplicações
66
Se Ho for rejeitada, portanto, é porque há diferença significativa. Se a
comparação é somente entre dois parâmetros, analisa-se apenas qual das médias é maior. Se a
comparação é entre mais parâmetros, o teste de TUKEY –KRAMER é utilizado, neste
trabalho, para a comparação das médias, resultando na identificação das causas da rejeição e
interpretação das relações entre as médias.
Os resultados das médias de todos os parâmetros são apresentados na Tabela
12 e os resultados das análises estatísticas, também para todos os parâmetros, são
apresentados na Tabela 13.
Em seguida, nos itens 6.2.1 a 6.2.7, são comentados os resultados destas
análises.
Tabela 12. Resultados das médias de todos os parâmetros analisados.
Tratamento
Lâminas
aplicadas
Fracionamento da
Lâmina em 2 x ao dia
Fracionamento da
Lâmina em 1 x ao dia
Médias
Produtividade
(kg ha
-1
)
Penman
24,99 25,23
24,63
27,34 20,31
24,90 24,98
Usual
31,00 26,40
25,75 24,53 23,10
26,95 22,50
Usual – 10%
26,45 25,39
25,55 27,14 27,37
27,32 19,60
Médias 26,7 23,9 25,31
67
Brix
Penman
10,54 10,17
10,21 9,88 11,06
9,87 9,76
Usual
10,33 10,16
10,13 11,35 10,18
9,13 9,65
Usual – 10%
10,90 9,47
9,97 9,53 9,98
9,79 10,17
Médias 10,1 10,1 10,11
Comprimento
(cm)
Penman
16,82 16,45
16,70 17,16 15,85
17,57 16,35
Usual
17,43 16,99
16,90 16,75 15,90
17,62 16,70
Usual – 10% 17,14 16,47 17,05
68
17,51 16,43
18,20 16,56
Médias 17,4 16,4 16,88
Perímetro (cm)
Penman
44,27 43,93
44,06 44,39 42,50
45,55 43,70
Usual
45,10 45,36
44,65 45,49 43,30
45,56 43,08
Usual – 10%
45,40 43,47
45,15 46,10 43,66
46,86 45,42
Médias 45,4 43,8 44,62
Penman
1,56 1,54
1,55 1,59 1,37
1,73 1,49
Usual 1,72 1,61 1,59
69
Peso (kg)
1,61 1,38
1,73 1,48
Usual – 10%
1,70 1,51
1,67 1,79 1,52
1,85 1,63
Médias 1,7 1,5 1,60
Espessura da
polpa (cm)
Penman
4,07 3,65
3,86 3,79 3,90
3,88 3,87
Usual
4,05 3,88
3,90 3,91 3,71
4,02 3,83
Usual – 10%
4,09 3,74
3,89 3,83 3,80
3,97 3,91
Médias 4,0 3,8 3,88
Penman 14,00 11,00 12,17
70
Frutos
descartados
(unidades)
10,00 11,00
11,00 16,00
Usual
10,00 11,00
13,00 9,00 13,00
18,00 17,00
Usual – 10%
11,00 19,00
15,00 16,00 17,00
16,00 11,00
Médias 12,8 14,0 13,39
71
Tabela 13. Resultados da análise estatística de todos os parâmetros analisados.
Fontes de
variação
G.L.
Soma dos
quadrados
Quadrados
médios
F Calc.
F
críticos
Prob. (F)
Rejeita ou
Aceita Ho
Produtividade (kg ha
-1
)
Lâmina 2 4,29 2,15 0,31 3,885 0,737 Aceita Ho
Fracion. da
lâmina
1 36,81 36,81 5,36 4,747 0,039 Rejeita Ho
Interação 2 1,18 0,59 0,09 3,885 0,918 Aceita Ho
Erros 12 82,41 6,87
Total 17 124,69
Brix médio dos frutos
Lâmina 2 0,18 0,09 0,21 3,885 0,814 Aceita Ho
Fracion. da
lâmina
1 0,03 0,03 0,07 4,747 0,800 Aceita Ho
Interação 2 0,22 0,11 0,26 3,885 0,774 Aceita Ho
Erros 12 5,15 0,43
Total 17 5,58
72
Comprimento médio dos frutos
Lâmina 2 0,37 0,19 1,05 3,885 0,380 Aceita Ho
Fracion. da
lâmina
1 4,01 4,01 22,59 4,747 0,000 Rejeita Ho
Interação 2 0,12 0,06 0,33 3,885 0,726 Aceita Ho
Erros 12 2,13 0,18
Total 17 6,64
Perímetro médio dos frutos
Lâmina 2 3,60 1,80 2,45 3,885 0,129 Aceita Ho
Fracion. da
lâmina
1 11,36 11,36 15,42 4,747 0,002 Rejeita Ho
Interação 2 0,28 0,14 0,19 3,885 0,829 Aceita Ho
Erros 12 8,84 0,74
Total
17 24,09
Peso médio dos frutos
Lâmina 2 0,04 0,02 3,06 3,885 0,085 Aceita Ho
Fracion. da
lâmina
1 0,17 0,17 23,34 4,747 0,000 Rejeita Ho
Interação 2 0,00 0,00 0,23 3,885 0,798 Aceita Ho
Erros 12 0,09 0,01
73
Espessura média da polpa
Lâmina 2 0,01 0,00 0,20 3,885 0,818 Aceita Ho
Fracion. da
lâmina
1 0,10 0,10 7,59 4,747 0,017 Rejeita Ho
Interação 2 0,00 0,00 0,19 3,885 0,831 Aceita Ho
Erros 12 0,15 0,01
Total 17 0,26
Frutos descartados
Lâmina 2 25,44 12,72 1,06 3,885 0,377 Aceita Ho
Fracion. da
lâmina
1 6,72 6,72 0,56 4,747 0,469 Aceita Ho
Interação 2 0,11 0,06 0,00 3,885 0,995 Aceita Ho
Erros 12 144,00 12,00
Total 17 176,28
Probabilidade F > 0,05 Aceita-se Ho, logo o fator analisado não é importante, pois as
médias não diferem estatisticamente no nível de significância de 5%.
Probabilidade F < 0,05 Rejeita-se Ho, logo o fator analisado é importante, pois as médias
são estatisticamente diferentes ao nível de significância de 5%.
74
6.2.1 Produtividade
Pode-se verificar, na tabela 12, que a produtividade média resultante das
diferentes aplicações de lâminas testadas são 24,63, 25,75 e 25,55 kg ha
-1
e as médias da
produtividade obtidas, testando uma aplicação diária destas doses, ou estas doses divididas em
duas aplicações diárias é de 23,9 e 26,7 kg ha
-1
, respectivamente. Analisando-se a Tabela 13
conclui-se que as diferentes lâminas testadas, bem como a interação destas com o seu
fracionamento, não resultaram em diferenças significativas para a produtividade; porém, o
fracionamento das lâminas, independentemente da metodologia de determinação da lâmina a
ser aplicada, apresentou diferenças significativas ao nível de 5%. As parcelas em que as
lâminas foram aplicadas duas vezes ao dia apresentaram média de produtividade maior (26,7
kg ha
-1
)
que para
as parcelas que receberam o total das lâminas aplicadas apenas uma vez ao
dia (23,9 kg ha
-1
).
Reorganizando-se os dados de outra maneira (figura 24), e utilizando-se
apenas as médias obtidas nas repetições, pode-se ver com mais facilidade o quanto a
produtividade foi mais intensamente afetada, de maneira positiva, quando a dose diária foi
dividida em dois horários de aplicação ao invés de uma aplicação única.
Figura 24 – produtividade nos diferentes tratamentos.
duas aplicações uma aplicação
75
Este resultado está de acordo com o apresentado por SOUSA et al (1999),
que, testando o efeito de cinco freqüências de irrigação na produtividade e na eficiência do
uso da água em meloeiro cultivado sob fertirrigação por gotejamento em solo arenoso de
Tabuleiro Costeiro do Piauí, com aplicação de doses em intervalos de 0,5, 1, 2, 3 e 4 dias,
afirma que a freqüência de irrigação influenciou as produtividades comercial e total do
meloeiro, sendo que freqüências de 0,5 e 1 dia obtiveram melhores resultados.
6.2.2 BRIX
A partir dos resultados disponibilizados nas Tabelas 12 e 13, pode-se
afirmar que as lâminas aplicadas, bem como o fracionamento das mesmas e suas interações,
não apresentaram diferenças significativas ao vel de significância de 5%, pelo teste da
ANOVA. Desta forma, pode-se concluir que as diferentes lâminas aplicadas, fracionamento
da lâmina e interações não influenciaram de forma significativa no teor de açúcares (Brix) do
melão, obtendo-se como média geral um teor de Brix de 10,11.
6.2.3 Comprimento médio dos frutos
Observando-se as Tabelas 12 e 13, que apresentam os resultados obtidos do
comprimento do fruto, em cm, distribuídos em função da quantidade de água aplicada (lâmina
d’água), fracionamento destas lâminas, e das interações destes efeitos, conclui-se que as
lâminas aplicadas, bem como suas interações, não apresentaram diferenças significativas.
Porém, o fracionamento das lâminas resultou em diferenças significativas ao nivel de 5%.
Frutos que receberam as lâminas fracionadas, sendo aplicadas duas vezes ao dia,
apresentaram maior comprimento (17,4 cm), enquanto que os frutos que receberam as lâminas
de uma vez só, aplicadas uma vez ao dia, apresentaram menor comprimento médio (16,4 cm).
76
6.2.4 Perímetro médio dos frutos
Observando-se as Tabelas 12 e 13, que apresentam os resultados obtidos do
perímetro médio do melão, em cm, distribuído em função da quantidade de água aplicada
(lâmina d’água), fracionamento destas lâminas, e das interações destes efeitos, conclui-se que
as lâminas aplicadas, bem como suas interações, não apresentaram diferenças significativas.
Porém, o fracionamento das lâminas resultou em diferenças significativas ao nivel de 5%.
Frutos que receberam as lâminas fracionadas, sendo aplicadas duas vezes ao dia,
apresentaram maior perímetro (45,4 cm), enquanto que os frutos que receberam as lâminas de
uma vez só, aplicadas uma vez ao dia, apresentaram menor comprimento médio (43,8 cm).
6.2.5 Peso dos frutos
Salientamos que o que chamamos de peso aqui refere-se à massa do fruto,
em quilogramas (kg). Não adotamos o significado físico de peso, que é o produto da massa
pela aceleração da gravidade em quilogramasforça(kgf) para acompanhar a linguagem
habitual dos produtores.
Observando-se as Tabelas 12 e 13, que apresentam os resultados obtidos do
peso médio dos frutos, em kg, distribuídos em função da quantidade de água aplicada (lâmina
d’água), fracionamento destas lâminas, e das interações destes, conclui-se que as lâminas
aplicadas, bem como suas interações, não apresentaram diferenças significativas. Porém, o
fracionamento das lâminas resultou em diferenças significativas ao nivel de 5%. Frutos que
receberam as lâminas fracionadas, sendo aplicadas duas vezes ao dia, apresentaram maior
peso (1,7 kg), enquanto que os frutos que receberam as lâminas de uma vez só, aplicadas uma
vez ao dia, apresentaram menor peso médio (1,5 kg).
77
6.2.6 Espessura média da polpa
A partir dos resultados disponibilizados, apresentados nas Tabelas 12 e 13,
pode-se afirmar que as lâminas aplicadas, bem suas interações, não apresentaram diferenças
significativas na espessura da polpa do melão ao nível de significância de 5%, pelo teste da
ANOVA. Entretanto, as duas aplicações das lâminas (toda ela aplicada em uma única vez, ou
a lâmina fracionada em duas e aplicada duas vezes ao dia), resultou em diferença significativa
na espessura da polpa do melão. Os frutos que receberam as lâminas fracionadas em duas,
com aplicações duas vezes ao dia, apresentaram maior espessura média da polpa (4,0 cm),
enquanto que os frutos que receberam as lâminas totais diárias, aplicadas uma vez ao dia,
apresentaram menor espessura média da polpa (3,8 cm).
6.2.7 Número de frutos descartados
Os descartes ocorreram, algumas vezes, por motivos de malformação dos
frutos, mas a ampla maioria pelo surgimento de doenças que comprometem o consumo, pelo
apodrecimento do fruto. O número de frutos descartados é apresentado na figura 25.
Figura 25 – número de frutos descartados.
duas aplicações uma aplicação
78
A partir dos resultados disponibilizados nas Tabelas 12 e 13, pode-se
afirmar que as lâminas aplicadas, bem como suas interações e o fracionamento da lâmina não
apresentaram diferenças significativas no número de frutos descartados ao nível de
significância de 5%, pelo teste da ANOVA. O número médio de frutos descartados foi de
13,39 para todos os tratamentos.
Era de se esperar um descarte maior nas linhas que receberam mais água.
Apesar da figura 25 aparentemente apontar para essa direção, a hipótese não foi confirmada
estatisticamente. A explicação para isso é que, apesar de algumas linhas terem recebido mais
água (lâmina usual), a quantidade de água nunca foi demais, a ponto de comprometer o fruto
por excesso hídrico, pois a umidade volumétrica do solo nunca ultrapassou a capacidade de
campo do solo, como veremos no próximo item. O que aconteceu é que, no final do ciclo do
verão, nos últimos 10 dias, quando a irrigação deveria terminar, ocorreram chuvas na área, o
que causou excesso de umidade no solo, resultando prejuízo aos frutos, e conseqüente
descarte. Isso ocorreu em toda a área. Normalmente, as chuvas não ocorrem neste período e
nesta região, portanto, a situação foi excepcional.
6.3 Análise dos resultados dos tensiômetros
Conforme foi descrito antes, na metodologia, os tensiômetros foram
instalados nas linhas que receberam menos água, ou seja, nas linhas 2 e 3, que receberam
doses de irrigação cientificamente calculadas por Penman, nas profundidades de 20 cm, 40 cm
e 60 cm. As leituras dos tensiômetros foram realizadas no período de 29 de setembro a 17 de
outubro de 2009, sempre duas vezes ao dia, antes da aplicação da irrigação, pela manhã
(matutino), e após a aplicação da irrigação, no turno da tarde (vespertino).
A tabela 14 e a figura 26 apresentam os valores obtidos da umidade
volumétrica do solo, obtidos através das leituras dos tensiômetros e da curva de retenção de
água no solo.
79
Em uma análise mais geral, observa-se, na tabela 14, que os valores
mínimos observados de umidade volumétrica do solo são de 19,2 % em todas as
profundidades medidas, de 0 a 20 cm, de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm, todos correspondentes à
leitura vespertina. Para a leitura matutina, os valores mínimos de umidade volumétrica do solo
são maiores, de 21,22%, de 20,68% e de 21,35%, para as profundidades de 0 a 20 cm, de 20 a
40 cm e de 40 a 60 cm, respectivamente. Estes valores mínimos observados foram sempre
superiores ao limite hídrico inferior da cultura do melão, que é estimado entre 0,3 e 0,8 atm
(DOREMBOS, 1975), que para o solo do experimento corresponde a um valor médio de
umidade volumétrica de 20,13%, 19,5% e 19,81%, para as profundidades de 0 a 20 cm, de 20
a 40 cm e de 40 a 60 cm, respectivamente. Isto demonstra que, no experimento, nos horários
em que a leitura dos tensiômetros foi realizada, nunca houve problema de déficit hídrico para
a cultura do melão, com as doses aplicadas neste trabalho, situação considerada ideal.
Os valores máximos observados de umidade volumétrica do solo são de
39,13 %, de 33,98% e de 28,03%, para as profundidades de 0 a 20 cm, de 20 a 40 cm e de 40
a 60 cm, repectivamente, na leitura matutina. Para a leitura vespertina, os valores máximos de
umidade volumétrica do solo são menores, de 33,18%, de 26,40% e de 27,37%, para as
profundidades de 0 a 20 cm, de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm, respectivamente; demonstrando-
se que, somente na camada superficial, de 0 a 20 cm, os valores da umidade volumétrica do
solo ultrapassaram o valor da umidade volumétrica correspondente à capacidade de campo
deste solo, que é de 30,17% para esta camada. Para as camadas de 20 a 40 cm e de 40 a 60
cm, os valores da capacidade de campo são de 28,79% e de 29,17%. Isto demonstra que a
água infiltrou-se e se movimentou até a camada de 60 cm, não percolando após esta camada.
Isto é desejável, pois a profundidade das raízes do melão são concentradas até 50 cm de
profundidade. Sendo assim, pelo menos no horário em que foi feita a leitura dos tensiômetros,
podemos afirmar que não houve perda de água por percolação, indicando que as doses de
irrigação aplicadas foram ideais, mantendo-se entre o limite hídrico inferior da cultura do
melão e a capacidade de campo do solo.
Foi utilizada a análise de variâncias (ANOVA), com o objetivo de verificar
se as observações de umidade do solo apresentavam diferenças significativas nas
profundidades amostradas (20, 40 e 60 cm), nas horas de leitura dos tensiômetros (matutina e
vespertina), nas parcelas que receberam água somente uma vez por dia (Linha 3), ou duas
vezes por dia (Linha 2). Para os casos em que foi constatado que houve diferença
80
significativa, foi realizado o teste de Tukey-Kramer, para verificar qual dos parâmetros
apresentou maior ou menor umidade. A Tabela 15 apresenta os resultados da análise de
variâncias efetuada.
Analisando-se a tabela 15 observa-se que o horário da leitura dos
tensiômetros afetou significativamente a umidade volumétrica, sendo que o seu valor médio
no horário matutino, antes da irrigação, foi maior, de 27,52%, com intervalo de confiança de
0,3006, enquanto que, à tarde, para o horário vespertino, foi menor, de 24,68%, com intervalo
de confiança de 0,3098. A Figura 27 ilustra essas médias com esses intervalos de confiança.
Isso ocorreu tanto para as parcelas que foram irrigadas somente pela man(Linha 3) como
para as que foram irrigadas com a lâmina fracionada entre a manhã e a tarde (Linha 2).
Para as parcelas que foram irrigadas pela manhã e pela tarde (Linha 2), a
umidade era maior de manhã, antes da irrigação, do que no final da tarde, após a irrigação. A
princípio isso parece ser incoerente, mas, como as leituras dos tensiômetros eram sempre
realizadas às 07 horas (antes da irrigação-matutina) e as 19 horas (imediatamente após a
irrigação-vespertina), no caso das leituras vespertinas, não havia tempo da água ter atingido as
profundidades em que os tensiômetros foram instalados, por isso o solo ainda estava mais
seco, pois os tensiômetros não registravam o efeito da irrigação nas profundidades
consideradas. Já depois de 12 horas, com a baixa evapotranspiração que ocorre durante a
noite, o efeito da irrigação era percebido pelos tensiômetros. A umidade maior pela manhã é
devido à menor evapotranspiração da noite. A umidade menor no final da tarde é devido à
maior evapotranspiração do dia. Ou seja, a leitura dos tensiômetros, feita imediatamente após
a irrigação, não captou o efeito desta. para as parcelas que foram irrigadas somente pela
manhã (Linha 3), o resultado nos parece incoerente. A umidade matutina, antes da irrigação,
deveria ser menor do que a umidade vespertina, 12 horas após a irrigação, que havia sido
realizada às 07 horas da manhã. O ideal seria fazer mais leituras dos tensiômetros ao longo do
dia, para podermos entender melhor as alterações da umidade do solo.
81
Tabela 14– Distribuição espacial e temporal, e em profundidade no solo da umidade volumétrica na área experimental.
Calendário de Irrigação
Turno de realização da irrigação - Matutino Turno de realização da irrigação Vespertino
Profundidade do solo (cm)
20 40 60 20 40 60
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
29/set 25,58 27,36 24,25 25,20 26,29 25,43 23,60 23,60 21,07 24,25 23,37 24,13
30/set 23,29 39,13 20,68 25,76 24,13 24,41 19,87 22,48 21,96 20,68 24,41 20,76
1/out 21,22 25,58 24,70 22,80 23,61 22,56 19,52 23,00 22,80 20,02 22,75 21,90
2/out - - - - - - 23,60 19,19 18,54 18,54 19,19 20,66
3/out 22,24 28,13 25,76 25,76 26,29 26,29 22,48 29,03 20,02 20,02 20,27 21,61
4/out 29,03 30,11 23,12 25,76 23,61 25,84 26,70 30,11 20,02 19,20 19,92 21,48
5/out 31,45 31,45 29,00 27,13 26,29 26,79 31,45 33,18 26,40 25,76 23,15 26,29
6/out 33,18 30,11 29,00 27,98 26,79 26,29 27,36 28,13 19,20 19,20 19,53 21,22
82
Calendário de Irrigação
Turno de realização da irrigação - Matutino Turno de realização da irrigação Vespertino
Profundidade do solo (cm)
20 40 60 20 40 60
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
7/out 30,11 29,03 27,13 26,40 26,79 26,79 29,03 28,13 25,20 24,25 25,43 26,79
8/out 31,45 33,18 25,76 29,00 25,84 28,03 30,11 31,45 25,76 24,70 25,84 27,37
9/out 33,18 33,18 25,76 27,98 26,29 26,79 31,45 33,18 24,25 27,98 24,13 26,79
10/out 31,45 31,45 27,13 25,76 26,79 26,79 28,13 27,36 25,20 25,76 25,43 25,43
11/out 35,55 30,11 30,25 27,98 24,13 28,03 30,11 31,45 21,96 21,96 25,43 22,56
12/out 33,18 33,18 24,25 26,40 24,13 25,43 27,36 28,13 26,40 26,40 26,79 26,29
13/out 29,03 28,13 22,80 33,98 21,35 23,37 29,03 27,36 25,76 26,40 26,29 25,84
14/out 33,18 31,45 24,70 27,13 23,15 27,37 26,70 27,36 24,25 26,40 22,06 26,29
15/out 31,45 29,03 24,70 24,25 24,72 25,43 - - - - - -
16/out - - - - - - - - - - - -
83
Calendário de Irrigação
Turno de realização da irrigação - Matutino Turno de realização da irrigação Vespertino
Profundidade do solo (cm)
20 40 60 20 40 60
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
Linha 2
Linha 3
17/out 31,45 35,55 31,84 33,98 26,79 28,03 - - - - - -
Média 29,77 30,95 25,93 27,25 25,12 26,10 26,66 27,70 23,05 23,22 23,37 24,09
Mediana 31,45 30,11 25,76 26,40 25,84 26,29 27,36 28,13 23,53 24,25 23,75 24,78
Desvio-padrão 4,22 3,27 2,86 2,94 1,64 1,56 3,81 3,96 2,70 3,19 2,54 2,53
Mínimo 21,22 25,58 20,68 22,8 21,35 22,56 19,52 19,19 18,54 18,54 19,19 20,66
Máximo 35,55 39,13 31,84 33,98 26,79 28,03 31,45 33,18 26,4 27,98 26,79 27,37
84
Tabela 15. Resultados da análise estatística da umidade volumétrica.
Origem
Soma dos
quadrados
Graus de
liberdade
Média dos
quadrados
F Prob>F
Aceita ou
Rejeita Ho
Hora: Leitura
dos
tensiômetros,
matutina x
vespertina
261.515 1 261.515 59.17 0 Rejeita-se Ho
Profundidade:
20, 40 ou 60 cm
662.136 2 331.068 74.91 <0.001 Rejeita-se Ho
Linha: Linha 2 x
Linha 3
35.981 1 35.981 8.14 0.036 Rejeita-se Ho
Prof.Linha 0.269 2 0.135 0.03 0.970 Aceita-se Ho
Resíduos 1 22.098 5 4.420 0.86
Hora 850.571 15 56.705 11.00 0.001 Rejeita-se Ho
Hora.Prof. 210.786 30 7.026 1.36 0.301 Aceita-se Ho
Hora.Linha 66.118 15 4.408 0.86 0.461 Aceita-se Ho
Hora.Prof.Linh 184.738 30 6.158 1.19 0.363 Aceita-se Ho
Resíduos 2 432.966 84 5.154
Total 2627.176 185
Fator de correção do grau de liberdade = 0.1508
Probabilidade F > 0,05 – Aceita-se Ho. O fator analisado não é importante, pois as médias não diferem
estatisticamente, no nível de significância de 5%.
Probabilidade F < 0,05 Rejeita-se Ho. O fator analisado é importante, pois as médias são
estatisticamente diferentes, ao nível de significância de 5%.
Hipótese Ho: Não diferença significativa, ao vel de 5%, nos efeitos produzidos pelos diferentes
tratamentos testados.
85
Figura 26: Umidade volumétrica (%) no turno da manhã para todas as linhas. A irrigação
corresponde à dose aplicada mais a chuva ocorrida no dia.
24 24.5 25 25.5 26 26.5 27 27.5 28
Hor=2
Hor=1
Click on the group you want to test
The population marginal means of groups Hor=2 and Hor=1 are significantly different
Figura 27. Saída do software Matlab, representando a umidade média volumétrica nos
horários de irrigação, matutino (linha vermelha) e vespertino (linha azul), e seus intervalos de confiança.
Observa-se também que a umidade volumétrica é diferente estatisticamente
nas diferentes profundidades testadas (20, 40 e 60 cm), com valores de 28,82%, 24,92% e
24,70% respectivamente, todas com intervalo de confiança de 0,3738. A Figura 28 ilustra
86
estas médias com estes intervalos de confiança. Observa-se nesta figura que a umidade
volumétrica na profundidade de 20 cm está bem longe das outras umidades (40 e 60 cm) e
totalmente fora do intervalo de confiança dessas, o que nos leva a concluir que a referida
diferença, que conduziu à rejeição de H0, foi devida à umidade a 20 cm, próxima à superfície,
que é sempre a maior umidade, e que as umidades a 40 e 60 cm, menores, estão bem próximas
uma da outra. Esse resultado é desejado, pois significa que a maior quantidade de água fica
armazenada na camada superficial do solo, e a camada de solo mais profunda, que contém
menos raízes, tem umidade menor, pelo menos nos horários em que foram realizadas as
leituras dos tensiômetros.
24 25 26 27 28 29 30
Prof=60
Prof=40
Prof=20
Click on the group you want to test
The population marginal means of groups Prof=40 and Prof=20 are significantly different
Figrua 28. Saída do softwarwe Matlab, representando a umidade média volumétrica, nas
profundidades de 20 cm (linha vermelha), 40 cm (linha azul) e 60 cm (linha preta), e seus intervalos de
confiança.
Para as parcelas que receberam a lâmina inteira uma vez ao dia (Linha 3) ou
que receberam a lâmina fracionada duas vezes ao dia (Linha 2) as umidades médias também
foram significativamente diferentes. As médias foram de 25,69% com intervalo de confiança
de 0,3052 e de 25,60%, com intervalo de confiança de 0,3052, respectivamente, para as linhas
2 e 3. A Figura 29 ilustra essas médias com esses intervalos de confiança. Observa-se, nesta
87
figura, que o intervalo de confiança de uma, embora próximo, é adjacente ao da outra,
ilustrando que, realmente, há diferença significativa das umidades médias das linhas 2 e 3.
25.4 25.6 25.8 26 26.2 26.4 26.6 26.8 27 27.2
Lin=3
Lin=2
Click on the group you want to test
The population marginal means of groups Lin=2 and Lin=3 are significantly different
Figrua 29. Saída do softwarwe Matlab, representando a umidade média volumétrica nas
linhas 2 e 3 e seus respectivos intervalos de confiança.
As figuras 27 a 29 ilustram os comportamentos da umidade volumétrica do
solo obtida ao longo do tempo para todas as situações testadas no experimento, nos turnos
matutino e vespertino, na linhas 2 (dose calculada por Penman-Monteith aplicada uma vez ao
dia) e na linha 3 (dose calculada por Penman-Monteith aplicada duas vezes ao dia), e nas
camadas de 0 a 20 cm, 20 a 40 cm, 40 a 60 cm, correspondentes à profundidade efetiva das
raízes da cultura do melão.
Observa-se, nas figuras 27 a 29, que o parâmetro umidade volumétrica
medida no turno matutino variou de 20,68% a 35,55%, sendo que a maior umidade
volumétrica observada foi no dia 11 de outubro na linha 2 e se repetiu no dia 17 de outubro na
linha 3, ambas a 20 cm de profundidade. A menor umidade volumétrica observada foi no dia
30 de setembro a 40 cm de profundidade na linha 2. As médias, como comentado
anteriormente, tiveram um comportamento adequado, diminuindo conforme aumentava a
88
profundidade. Nas camadas mais profundas ficaram aquém da capacidade de campo, evitando
perdas por percolação para camadas mais profundas, onde as raízes não são capazes de
alcançar.
Observando-se as figuras 30 a 35, que apresentam umidade a volumétrica
obtida para as parcelas irrigadas com a dose calculada por Penman-Monteith, aplicada uma
vez ao dia (linha 2), e essa mesma dose aplicada duas vezes ao dia, com leituras no período da
tarde, percebe-se que o parâmetro umidade volumétrica medida no turno matutino variou de
18,54% a 33,18%, sendo que a maior umidade volumétrica observada foi nos dias 5 e 9 de
outubro ambas na linha 3 a 20 cm de profundidade. A menor umidade volumétrica observada
foi no dia 02 de outubro a 40 cm de profundidade em ambas as linhas. As médias foram
maiores na profundidade de 20 cm. Nas camadas mais profundas ficaram aquém da
capacidade de campo, evitando perdas por percolação para camadas mais profundas, onde as
raízes não são capazes de alcançar.
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
27/set 29/set 1/out 3/out 5/out 7/out 9/out 11/out 13/out 15/out 17/out 19/out
Calendário de Irrigação
U m idade volu m étrica
Linha 2 Linha 3
Figura 30 Umidade volumétrica (%) na profundidade de 20 cm (manhã).
Linha 2: dose calculada por Penman-Monteith, aplicada uma vez ao dia. Linha 3: Mesma
dose, aplicada duas vezes ao dia.
89
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
27/set 29/set 1/out 3/out 5/out 7/out 9/out 11/out 13/out 15/out 17/out 19/out
Calendário de Irrigação
U m id a d e volum étrica
Linha 2 Linha 3
Figura 31 Umidade volumétrica (%) na profundidade de 40 cm (manhã).
Linha 2: dose calculada por Penman-Monteith, aplicada uma vez ao dia. Linha 3: Mesma
dose, aplicada duas vezes ao dia.
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
27/set 29/set 1/out 3/out 5/out 7/out 9/out 11/out 13/out 15/out 17/out 19/out
Calendário de Irrigação
U m id ad e volu m étrica
Linha 2 Linha 3
Figura 32 Umidade volumétrica (%) na prof. de 60 cm (manhã). Linha 2:
dose calculada por Penman-Monteith, aplicada uma vez ao dia. Linha 3: Mesma dose,
aplicada duas vezes ao dia.
90
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
27/set 29/set 1/out 3/out 5/out 7/out 9/out 11/out 13/out 15/out
Calendário de Irrigação
U m id a d e vo lu m étrica
Linha 2 Linha 3
Figura 33 Umidade volumétrica (%) na profundidade de 20 cm (tarde).
Linha 2: dose calculada por Penman-Monteith, aplicada uma vez ao dia. Linha 3: Mesma
dose, aplicada duas vezes ao dia
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
27/set 29/set 1/out 3/out 5/out 7/out 9/out 11/out 13/out 15/out
Calendário de Irrigação
U m id ade volu m étrica
Linha 2 Linha 3
91
Figura 34 Umidade volumétrica (%) na profundidade de 40 cm (tarde).
Linha 2: dose calculada por Penman-Monteith, aplicada uma vez ao dia. Linha 3: Mesma
dose, aplicada duas vezes ao dia.
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
27/set 29/set 1/out 3/out 5/out 7/out 9/out 11/out 13/out 15/out
Calendário de Irrigação
U m id a d e volu m étrica
Linha 2 Linha 3
Figura 35 Umidade volumétrica (%) na profundidade de 60 cm (tarde).
Linha 2: dose calculada por Penman-Monteith, aplicada uma vez ao dia. Linha 3: Mesma
dose, aplicada duas vezes ao dia.
92
7. CONCLUSÕES
Através da análise estatística realizada, podemos chegar às seguintes
conclusões:
As diferentes quantidades de água testadas (lâmina calculada por Penman,
lâmina usual, lâmina usual menos 10%), não afetaram o resultado dos parâmetros testados:
produtividade, brix, comprimento, perímetro, peso, espessura da polpa e frutos descartados.
As interações lâminas testadas com fracionamento das lâminas não afetaram
o resultado de nenhum dos parâmetros testados.
O teste do fracionamento das lâminas em duas aplicações por dia, ou as
lâminas totais aplicadas uma vez ao dia, resultou em diferenças significativas pelo teste da
ANOVA ao nível de significância de 5%. Os melhores resultados foram sempre obtidos para
os frutos que receberam as lâminas fracionadas, sendo aplicadas duas vezes ao dia, para os
seguintes parâmetros: produtividade, comprimento, perímetro, peso e espessura.
Os parâmetros Brix e Descarte de frutos não foram afetados por nenhum dos
tratamentos testados (lâmina, fracionamento de lâmina e interações).
Na área experimental testada, a produtividade da cultura do melão irrigado
por gotejo, não difere estatisticamente, ou seja, é a mesma, quando aplica-se 387,32 m
3
ha
-1
,
que é a dose de irrigação calculada por Penman, ou quando aplica-se 732,2 m
3
ha
-1
, que é a
dose que os irrigantes tradicionalmente utilizam, ou ainda quando aplicam 638,87 m
3
ha
-1
, que
é esta dose tradicional menos 10%.
Esses resultados são extremamente importantes, pois comprovam que,
atualmente, os produtores de melão que utilizam irrigação por gotejo, na região de estudo,
93
estão desperdiçando água e, consequentemente, energia. Eles poderiam obter a mesma
produtividade gastando quase metade da água. Isso reduziria seus custos, devido inclusive ao
menor gasto energético e, certamente, aumentaria seus lucros.
Além disso, se a lâmina for fracionada e aplicada duas vezes ao dia, os
resultados de produtividade são melhores ainda. Também sofreram uma melhora os resultados
de comprimento, perímetro, peso e espessura da polpa do melão, que agregam valor comercial
ao produto.
94
8. RECOMENDAÇÕES
O fato da aplicação excessiva de água nas culturas de melão nessa região do
país não implicar em uma melhora na produtividade das lavouras, torna necessário novos
estudos que verifiquem se não está ocorrendo desperdício de água também em outras culturas,
e se esse fato também não ocorre em outras regiões do país.
Percebe-se que, muitas vezes, a ciência desenvolve tecnologias capazes de
racionalizar a utilização de água, tanto do ponto de vista da engenharia (equipamentos) quanto
do ponto de vista agronômico (novas variedades), mas que essas tecnologias não são
imediatamente incorporadas no campo. Muitas vezes apenas por falta de instrução e algumas
por falta de ferramentas adequadas.
Outro fato quanto à aplicação de tecnologia adequada, além da falta de
instrução do produtor, deve-se ao fato da dificuldade do produtor de determinar a
evapotranspiração. Com essa observação, outra recomendação registrada é quanto a
possibilidade de algumas estações automáticas disponibilizarem além dos dados
climatológico, os dados de evapotranspiração do local. Esse dado pode ser calculado
automaticamente por um sistema de computador e ser disponibilizado para utilização dos
produtores e/ou seus técnicos. Sabemos que isso acontece em algumas estações, mas os dados
nem sempre são disponibilizados instantaneamente.
Com os resultados desse experimento, não podemos afirmar com certeza
que a quantidade de água ideal foi aplicada nas linhas 2 e 3. É recomendável que seja
realizado experimento com lisímetro para determinarmos os reais coeficientes culturais dessa
região.
95
Faz-se importante lembrar que nem sempre a maior produtividade é a que
trará maiores benefícios econômicos aos produtores. Vários autores vêm estudando a
lucratividade de lavouras com déficit drico, buscando a posição ótima entre produtividade
de determinada cultura, o consumo de água e a lucratividade da lavoura. Destaco Riego
deficitário controlado (1995) que apresenta essa questão e demonstra algumas vantagens da
rega deficitária em cítricos e em até 60% para a produção de amêndoas. Claro que não se
pode pensar o mesmo índice na cultura do meloeiro devido às características brutalmente
diferentes destas culturas, mas fica o registro de que podemos avançar muito nessa área de
eficiência hídrica e eficiência econômica das culturas com a utilização de irrigação deficitária.
96
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Nobel, 170 p. Il., 1988
APÊNDICES
APÊNDICE 01 - Diário de tratos culturais
MÊS DIAS Atividades
Agosto 8 sáb
Semeadura de cinco mil sementes em 25 bandejas de 200 tubetes cada. Substrato de palha de côco, em
viveiro protegido com tela fina.
Agosto 9 dom
Duas regas com regador manual.
Agosto 10 seg
Duas regas com regador manual.
Agosto 11 ter
Duas regas com regador manual.
Agosto 12 qua
Duas regas com regador manual.
Agosto 13 qui
Duas regas com regador manual.
Agosto 14 sex
Duas regas com regador manual.
Preparo do lote experimental com gradagem e enleiramento.
Agosto 15 sáb
Duas regas com regador manual.
Preparo do lote experimental com montagem do sistema de irrigação para gotejo. Gotejadores:
Marca: Plastro;
Modelo Hydrogol;
Vazão nominal: 1l/hora espaçados em 30cm;
Pressão do serviço do emissor: 8MCA;
Eficiência de aplicação 95%;
Agosto 16 dom
Duas regas com regador manual.
Agosto 17 seg
As mudas apresentam sintoma de que tenham sofrido um stress hídrico, aparentemente algumas mudas estão
em desuniformidade (cerca de 10%)e apresentam bordas foliares parcialmente queimadas. Foi realizada mais
uma rega manual para uniformidade do substrato.
MÊS DIAS Atividades
Agosto 18 ter
Plantio:
- espaçamento de covas de 30cm;
- espaçamento entre linhas de 2,00m;
- espaçamento entre talhões de 6,00m;
Agosto 19 qua
Agosto 20 qui
Agosto 21 sex
Pulverização com pulverizador costal motorizado:
SCORE (difeniconazole): 5ml; LOSBAN (clorfpirifos): 30ml; ORTHENE (acefato): 20g. Volume da calda: 20
litros.
Início da fertirrigação no final da tarde com duração de 15 minutos:
KCl: 680g
N
4
H
3
: 1,6kg
MAP (monofosfato amônico purificado): 600g.
Agosto 22 sáb
continuação da fertirrigação;
Agosto 23 dom
fertirrigação suprimida por problemas na operação do sistema;
Agosto 24 seg
Plantas com desenvolvimento vegetativo normal;
Fertirrigação com 1,6kg de uréia, 0,68kg de KCl e 0,6kg de MAP;
Agosto 25 ter
Pulverização preventiva e fartilizadora com 8g de mospilan, 10ml de karatê e 40g de plantin (fertilizante foliar)
em calda de 20 litros;
Fertirrigação com 1,6kg de uréia, 0,68kg de KCl e 0,6kg de MAP.
Agosto 26 qua
continuação da fertirrigação;
Agosto 27 qui
Aparecimento de ervas daninhas nas linhas centrais e bordas;
Continuação da fertirrigação;
MÊS DIAS Atividades
Agosto 28 sex
Realizada capina da área;
Pulverização de combate a mosca branca com Provado e Orthene;
Continuação da fertirrigação;
Agosto 29 sáb
Continuação da fertirrigação;;
Com a capina anterior fez-se necessário o ajuste da mangueiras e terminais;
Pulverização preventiva com 8g de Mospilan, 10ml de karate e 40g de plantim em calda de 20 litros;
Agosto 30 dom
Fertirrigação suspensa neste dia por defeito no equipamento;
Realizado o monitoramento de pragas;
Agosto 31 seg
Alteração da fertirrigação para 2,4kg de uréia, 1,0kg de KCL e 0,8kg de MAP;
Aferição dos gotejadores; Alteração no tempo de aplicação para 20minutos;
Irrigação de 45 minutos para todas as linhas para aferição de gotejadores;
Setembro 1 ter
Aplicação de irrigação no turno da manhã foi cancelada devido a falta de pressão no sistema. No turno da tarde
hove irrigação com problemas de uniformidade;
Pulverização: Cartap: 40g; Karatê: 10ml; Mospilan: 8g e plantim 40g em calda de 20 litros;
Setembro 2 qua
Finalizada pulverização;
Continuação da fertirrigação;
Setembro 3 qui
Fase de floração;
Continuação da fertirrigação;
Pulverização Pirate: 10ml; Actara: 8g; Evolution:10g; CAB2: 80ml para 20 litros de calda;
Setembro 4 sex
Pulverização com 10ml de Pirate, 8g de Actara, 10 de Evolution e 20 ml de Cal2 diluídos em 20l de água;
Fertirrigação com 2,4kg de uréia, 1,0kg de KCL e 0,8kg de MAP;
Setembro 5 sáb
Fertirrigação com 2,0kg de Nitrato de cálcio; 2,8kg de uréia; 2,0kg de KCL e 1,2kg de MAP;
Setembro 6 dom
Continuação da fertirrigação;
Setembro 7 seg
Continuação da fertirrigação;
Setembro 8 ter
Mesmo com ocorrência de chuvas (6mm) foi realizada a fertirrigação de 25 minutos à tarde.
Setembro 9 qua
Continuação da fertirrigação;
Pulverização com 6ml de Score, 10ml de karatê, 10ml de Provado, 20ml de Cab2 e 40g de Cartap em calda de
20 litros;
MÊS DIAS Atividades
Setembro 10 qui
Continuação da fertirrigação
Setembro 11 sex
Continuação da fertirrigação;
Pulverização com 18ml de Score, 30ml de karatê, 30ml de Provado, 60ml de Cab2 e 60g de Cartap, 9ml de
Adesil em calda de 45 litros;
Setembro 12 sáb
Continuação da fertirrigação;
Setembro 13 dom
Continuação da fertirrigação;
Setembro 14 seg
Continuação da fertirrigação;
Setembro 15 ter
Continuação da fertirrigação;
Setembro 16 qua
Continuação da fertirrigação;
Setembro 17 qui
Fertirrigação com alteração na dosagem para: 2,4kg de nitrato de cálcio, 3,3kg de KCl; 2,4 kg de uréia; 1,4kg
de MAP;
Aplicação de água à tarde foi adiantada das 16:30h para 15:30h.
Setembro 18 sex
Continuação da fertirrigação;
Pulverização: 50g Evolution; 75ml Lannate; 40g de Actara; 100ml de CAB2; 15ml de adesil e 75ml de Vertimec,
em 75 litros de calda;
Setembro 19 sáb
Continuação da fertirrigação;;
Pulverização com 225g de Kúmulus em calda de 75 litros;
Implantação dos Tensiômetros;
Observada a frutificação;
Setembro 20 dom
Continuação da fertirrigação;
Iniciada a leitura dos tensiômetros;
Setembro 21 seg
Continuação da fertirrigação;
Desenvolvimento da frutificação não muito homogêneo, apresentando muitas plantas ainda em fase de flor;
Com a ocorrência de chuvas, houve a tomada de decisão para aplicação de Pulverização com 6ml de Score,
10ml de karate, 20ml de Cab² e 40g de Cartap e Adesil em 20 litros de água;
Tensiômetros não foram lidos à tarde por ocorrência de chuva;
MÊS DIAS Atividades
Setembro 22 ter
Suspensa a fertirrigação;
Tensiômetros não foram lidos à tarde por ocorrência de chuva;
Irrigação suspensa;
Setembro 23 qua
Continuação da fertirrigação;
Setembro 24 qui
Fertirrigação foi realizada extraordinariamente pela manhã devido a manutenção no reservat´rio de água na
parte da tarde;
Pulverização com 90ml Karatê; 27g de Trigard; 45ml de Score; 180ml de CAB2 e 27ml de Adesil em 135 litros
de calda;
Setembro 25 sex
Continuação da fertirrigação;
Setembro 26 sáb
Continuação da fertirrigação;
Pulverização com 90g de Evolution; 225g de Manzate; 135ml de Lannate; 720g de Plantin e 27ml de Adesil em
calda de 135 litros;
Setembro 27 dom
Continuação da fertirrigação;
Setembro 28 seg
Percebido alguns sintomas de virose nas folhas (manchas);
Fertirrigação com dose alterada para: 2,8kg de Nitrato de Cálcio; 4kg de KCl; 0,55kg de MAP;
Setembro 29 ter
Continuação da fertirrigação;
Pulverização: 27g de Trigard; 90g de Match; 72g de Mospilan; 180g de Cartap e 180ml de CAB2 em calda de
135 litros.
Setembro 30 qua
Continuação da fertirrigação;
Outubro 1 qui
Continuação da fertirrigação;
Outubro 2 sex
Continuação da fertirrigação;
Outubro 3 sáb
Continuação da fertirrigação;
Pulverização : 405g de Dacobre; 72g Actara; 90ml Karatê; 180ml CAB2 e 27ml Adesil em calda de 135litros;
Outubro 4 dom
Última aplicação da fertirrigação;
Outubro 5 seg
Outubro 6 ter
Pulverização: 180g Cartap; 45ml Score; 27g Trigard; 180ml CAB2 e 27ml Adesil em calda de 135 litros;
MÊS DIAS Atividades
Outubro 7 qua
A cultura apresenta invasão de ervas daninhas devido a ocorrência de chuvas. Para manejo dos frutos já em
fase de amadurecimento, iniciou-se a movimentação do mesmos para homogeneizar a coloração e melhorar o
aspecto visual dos frutos e também para diminuir a propabilidade de ocorência de doenças;
Outubro 8 qui
Pulverização prevista não foi aplicada devido a chuvas;
Outubro 9 sex
Pulverização: 405g Dacobre; 225g Recop; 90ml Karatê; 180ml CAB2; 72g Actara; 27 ml de Adesil em calda de
135litros;
Outubro 10 sáb
Outubro 11 dom
Outubro 12 seg
Outubro 13 ter
Outubro 14 qua
Estágio e qualidade do desenvolvimento das plantas considerado normal e dentro do previsto com a ocorrência
de chuvas;
Nesse dia foi aplicada mais uma dose de fertirrigação no turno da manhã, devido a um estresse hídrico;
Outubro 15 qui
Programado para dia 19 o início da colheira e classificação dos frutos;
Outubro 16 sex
Outubro 17 sáb
Outubro 18 dom
Outubro 19 seg
Início da colheita seletiva, classificação e avaliação conforme descrição na análise de resultados;
Outubro 20 ter
Continuação da atividade de colheita;
Outubro 21 qua
Suspensa a colheita nesse dia para concentração de frutos para dia 22
Outubro 22 qui
Adiada para dia 23 o restante de colheita por não haver meio de transporte dos frutos para o área de pesagem
e avalhação;
Outubro 23 sex
Segunda etapa da colheita seletiva, classificação e avaliação conforme descrição na análise de resultados;
Outubro 24 sáb
MÊS DIAS Atividades
Outubro 25 dom
Outubro 26 seg
Última etapa da colheita, classificação e avaliação conforme descrição na análise de resultados;
Outubro 27 ter
Finalização da última etapa;
Retirada dos tensiômetros;
APÊNDICE 02 - APLICAÇÃO DE ÁGUA EM MINUTOS
MÊS DIA
SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO PELA MANHÃ (minutos) APLICAÇÃO PELA TARDE (minutos)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Agosto 18 ter 45 5 5 20 45 20 40 45 25 5 0 25 0 20 0 25
Agosto 19 qua 45 5 5 20 45 20 40 45 25 5 0 25 0 20 0 25
Agosto 20 qui 45 5 5 20 45 20 40 45 25 5 0 25 0 20 0 25
Agosto 21 sex 45 5 5 20 45 20 40 45 25 5 0 25 0 20 0 25
Agosto 22 sáb 45 5 5 20 45 20 40 45 25 5 0 25 0 20 0 25
Agosto 23 dom 45 10 10 20 45 20 40 45 25 10 0 25 0 20 0 25
Agosto 24 seg 45 10 10 20 45 20 40 45 25 10 0 25 0 20 0 25
Agosto 25 ter 45 15 30 20 45 20 40 45 25 15 0 25 0 20 0 25
Agosto 26 qua 45 5 12 20 45 20 40 45 25 10 0 25 0 20 0 25
Agosto 27 qui 20 6 0 20 0 20 0 20 45 13 13 25 45 20 40 45
MÊS DIA
SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO PELA MANHÃ (minutos) APLICAÇÃO PELA TARDE (minutos)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Agosto 28 sex 20 6 0 20 0 20 0 20 45 13 13 25 45 20 40 45
Agosto 29 sáb 20 6 0 20 0 20 0 20 45 13 13 25 45 20 40 45
Agosto 30 dom 20 6 0 20 0 20 0 20 45 13 13 25 45 20 40 45
Agosto 31 seg 20 6 0 20 0 20 0 20 45 13 13 25 45 20 40 45
Setembro
1 ter 20 6 0 20 0 20 0 20 45 13 13 25 45 20 40 45
Setembro
2 qua 40 40 40 40 40 40 40 40 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro
3 qui 20 6 0 20 0 20 0 20 45 13 13 25 45 20 40 45
Setembro
4 sex 45 15 0 45 0 40 0 45 45 25 30 45 90 40 80 45
Setembro
5 sáb 45 15 0 45 0 40 0 45 45 15 30 45 90 40 80 45
Setembro
6 dom 45 15 0 45 0 40 0 45 45 15 30 45 90 40 80 45
Setembro
7 seg 45 15 0 45 0 40 0 45 45 15 30 45 90 40 80 45
MÊS DIA
SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO PELA MANHÃ (minutos) APLICAÇÃO PELA TARDE (minutos)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Setembro
8 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 25 25 25 25 25 25 25 25
Setembro
9 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 25 30 30 30 30 30
Setembro
10 qui 45 0 0 45 0 40 0 45 45 25 30 45 45 40 40 45
Setembro
11 sex 45 15 0 45 0 40 0 45 45 25 30 45 90 40 80 45
Setembro
12 sáb 45 20 0 45 0 40 0 45 45 25 30 45 90 40 80 45
Setembro
13 dom 45 20 0 45 0 40 0 45 45 25 30 45 90 40 80 45
Setembro
14 seg 45 20 0 45 0 40 0 45 45 25 30 45 90 40 80 45
Setembro
15 ter 45 40 0 45 0 40 0 45 45 40 40 45 90 40 80 45
Setembro
16 qua 45 45 0 45 0 40 0 45 45 45 70 45 90 40 80 45
Setembro
17 qui 45 45 0 45 0 40 0 45 25 25 70 45 90 40 80 45
Setembro
18 sex 45 25 0 45 0 40 0 45 25 25 50 45 90 40 80 25
MÊS DIA
SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO PELA MANHÃ (minutos) APLICAÇÃO PELA TARDE (minutos)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Setembro
19 sáb 60 25 0 60 0 50 0 60 50 25 50 50 50 50 50 50
Setembro
20 dom 60 30 0 60 0 50 0 60 60 35 65 60 120 50 100 60
Setembro
21 seg 60 35 0 60 0 50 0 60 60 35 70 60 120 50 100 60
Setembro
22 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro
23 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro
24 qui 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro
25 sex 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro
26 sáb 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Setembro
27 dom 60 30 0 60 0 50 0 60 60 50 60 60 60 50 100 60
Setembro
28 seg 60 30 0 60 0 50 0 60 60 30 60 60 60 50 100 60
Setembro
29 ter 60 30 0 60 0 50 0 60 60 30 60 60 120 50 100 60
MÊS DIA
SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO PELA MANHÃ (minutos) APLICAÇÃO PELA TARDE (minutos)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Setembro
30 qua 60 30 0 60 0 50 0 60 60 30 60 60 120 50 100 60
Outubro 1 qui 60 30 0 60 0 50 0 60 60 30 60 60 120 50 100 60
Outubro 2 sex 60 40 0 60 0 50 0 60 60 40 80 60 120 50 100 60
Outubro 3 sáb 60 40 0 60 0 50 0 60 60 40 80 60 120 50 100 60
Outubro 4 dom 60 40 0 60 0 50 0 60 60 40 80 60 120 50 100 60
Outubro 5 seg 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 6 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 7 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 8 qui 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 9 sex 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 10 sáb 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
MÊS DIA
SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO PELA MANHÃ (minutos) APLICAÇÃO PELA TARDE (minutos)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Outubro 11 dom 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 12 seg 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 13 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 14 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 15 qui 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 16 sex 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 17 sáb 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 18 dom 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 19 seg 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 20 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 21 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
MÊS DIA
SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO PELA MANHÃ (minutos) APLICAÇÃO PELA TARDE (minutos)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Outubro 22 qui 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 23 sex 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 24 sáb 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outubro 25 dom 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Total no período 1830 797 127 1605 445 1430 400 1830 1760 926 1366 1690 2625 1445 2385 1810
APÊNDICE 03 - APLICAÇÃO DE ÁGUA TOTAL (minutos e litros/planta)
MÊS DIA SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO TOTAL (minutos) APLICAÇÃO TOTAL (litros/planta)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Agosto 18 ter 70 10 5 45 45 40 40 70 1,17 0,17 0,08 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 19 qua 70 10 5 45 45 40 40 70 1,17 0,17 0,08 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 20 qui 70 10 5 45 45 40 40 70 1,17 0,17 0,08 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 21 sex 70 10 5 45 45 40 40 70 1,17 0,17 0,08 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 22 sáb 70 10 5 45 45 40 40 70 1,17 0,17 0,08 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 23 dom 70 20 10 45 45 40 40 70 1,17 0,33 0,17 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 24 seg 70 20 10 45 45 40 40 70 1,17 0,33 0,17 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 25 ter 70 30 30 45 45 40 40 70 1,17 0,50 0,50 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 26 qua 70 15 12 45 45 40 40 70 1,17 0,25 0,20 0,75 0,75 0,67 0,67 1,17
Agosto 27 qui 65 19 13 45 45 40 40 65 1,08 0,32 0,22 0,75 0,75 0,67 0,67 1,08
MÊS DIA SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO TOTAL (minutos) APLICAÇÃO TOTAL (litros/planta)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Agosto 28 sex 65 19 13 45 45 40 40 65 1,08 0,32 0,22 0,75 0,75 0,67 0,67 1,08
Agosto 29 sáb 65 19 13 45 45 40 40 65 1,08 0,32 0,22 0,75 0,75 0,67 0,67 1,08
Agosto 30 dom 65 19 13 45 45 40 40 65 1,08 0,32 0,22 0,75 0,75 0,67 0,67 1,08
Agosto 31 seg 65 19 13 45 45 40 40 65 1,08 0,32 0,22 0,75 0,75 0,67 0,67 1,08
Setembro 1 ter 65 19 13 45 45 40 40 65 1,08 0,32 0,22 0,75 0,75 0,67 0,67 1,08
Setembro 2 qua 40 40 40 40 40 40 40 40 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67 0,67
Setembro 3 qui 65 19 13 45 45 40 40 65 1,08 0,32 0,22 0,75 0,75 0,67 0,67 1,08
Setembro 4 sex 90 40 30 90 90 80 80 90 1,50 0,67 0,50 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 5 sáb 90 30 30 90 90 80 80 90 1,50 0,50 0,50 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 6 dom 90 30 30 90 90 80 80 90 1,50 0,50 0,50 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 7 seg 90 30 30 90 90 80 80 90 1,50 0,50 0,50 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
MÊS DIA SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO TOTAL (minutos) APLICAÇÃO TOTAL (litros/planta)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Setembro 8 ter 25 25 25 25 25 25 25 25 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42 0,42
Setembro 9 qua 0 25 25 30 30 30 30 30 0,00 0,42 0,42 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50
Setembro 10 qui 90 25 30 90 45 80 40 90 1,50 0,42 0,50 1,50 0,75 1,33 0,67 1,50
Setembro 11 sex 90 40 30 90 90 80 80 90 1,50 0,67 0,50 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 12 sáb 90 45 30 90 90 80 80 90 1,50 0,75 0,50 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 13 dom 90 45 30 90 90 80 80 90 1,50 0,75 0,50 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 14 seg 90 45 30 90 90 80 80 90 1,50 0,75 0,50 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 15 ter 90 80 40 90 90 80 80 90 1,50 1,33 0,67 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 16 qua 90 90 70 90 90 80 80 90 1,50 1,50 1,17 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 17 qui 70 70 70 90 90 80 80 90 1,17 1,17 1,17 1,50 1,50 1,33 1,33 1,50
Setembro 18 sex 70 50 50 90 90 80 80 70 1,17 0,83 0,83 1,50 1,50 1,33 1,33 1,17
MÊS DIA SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO TOTAL (minutos) APLICAÇÃO TOTAL (litros/planta)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Setembro 19 sáb 110 50 50 110 50 100 50 110 1,83 0,83 0,83 1,83 0,83 1,67 0,83 1,83
Setembro 20 dom 120 65 65 120 120 100 100 120 2,00 1,08 1,08 2,00 2,00 1,67 1,67 2,00
Setembro 21 seg 120 70 70 120 120 100 100 120 2,00 1,17 1,17 2,00 2,00 1,67 1,67 2,00
Setembro 22 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Setembro 23 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Setembro 24 qui 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Setembro 25 sex 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Setembro 26 sáb 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Setembro 27 dom 120 80 60 120 60 100 100 120 2,00 1,33 1,00 2,00 1,00 1,67 1,67 2,00
Setembro 28 seg 120 60 60 120 60 100 100 120 2,00 1,00 1,00 2,00 1,00 1,67 1,67 2,00
Setembro 29 ter 120 60 60 120 120 100 100 120 2,00 1,00 1,00 2,00 2,00 1,67 1,67 2,00
MÊS DIA SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO TOTAL (minutos) APLICAÇÃO TOTAL (litros/planta)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Setembro 30 qua 120 60 60 120 120 100 100 120 2,00 1,00 1,00 2,00 2,00 1,67 1,67 2,00
Outubro 1 qui 120 60 60 120 120 100 100 120 2,00 1,00 1,00 2,00 2,00 1,67 1,67 2,00
Outubro 2 sex 120 80 80 120 120 100 100 120 2,00 1,33 1,33 2,00 2,00 1,67 1,67 2,00
Outubro 3 sáb 120 80 80 120 120 100 100 120 2,00 1,33 1,33 2,00 2,00 1,67 1,67 2,00
Outubro 4 dom 120 80 80 120 120 100 100 120 2,00 1,33 1,33 2,00 2,00 1,67 1,67 2,00
Outubro 5 seg 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 6 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 7 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 8 qui 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 9 sex 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 10 sáb 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
MÊS DIA SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO TOTAL (minutos) APLICAÇÃO TOTAL (litros/planta)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Outubro 11 dom 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 12 seg 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 13 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 14 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 15 qui 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 16 sex 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 17 sáb 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 18 dom 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 19 seg 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 20 ter 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 21 qua 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
MÊS DIA SEMANA
SEM CHUVA
APLICAÇÃO TOTAL (minutos) APLICAÇÃO TOTAL (litros/planta)
1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8
Outubro 22 qui 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 23 sex 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 24 sáb 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Outubro 25 dom 0 0 0 0 0 0 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total no período 3590 1723 1493 3295 3070 2875 2785 3640 59,83
28,72
24,88
54,92
51,17
47,92
46,42
60,67
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