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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
CENTRO DE CIÊNCIAS ÁGRARIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA-
NÍVEL MESTRADO E DOUTORADO
MARTA MARIVANIA SORANÇO GRABOWSKI
DESEMPENHO PRODUTIVO DO TOMATEIRO CULTIVADO EM AMBIENTE
PROTEGIDO IRRIGADO COM ÁGUA ENRIQUECIDA COM CO
2
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
2010
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - UNIOESTE
CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA-
NÍVEL MESTRADO e DOUTORADO
MARTA MARIVANIA SORANÇO GRABOWSKI
DESEMPENHO PRODUTIVO DO TOMATEIRO CULTIVADO EM AMBIENTE
PROTEGIDO IRRIGADO COM ÁGUA ENRIQUECIDA COM CO
2
Dissertação apresentada à Universidade Estadual
do Oeste do Paraná Unioeste, Campus de
Marechal Cândido Rondon, para obtenção do título
de Mestre em Agronomia Área de concentração
em Produção Vegetal.
Orientador: Prof. Dr. Vandeir Francisco Guimarães.
Co-Orientador: Prof. Dra. Márcia de Moraes Echer.
MARECHAL CÂNDIDO RONDON
2010
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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
(Biblioteca da UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon – PR., Brasil)
Grabowski, Marta Marivania Soranço
G728d Desempenho produtivo do tomateiro cultivado em ambiente
protegido irrigado com água enriquecida com CO
2
. / Marta
Marivania Soranço Grabowski. – Marechal Cândido Rondon,
2010.
75 p.
Orientador: Prof. Dr. Vandeir Francisco Guimarães
Co-Orientador: Profª Drª Márcia de Moraes Echer
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual do Oeste
do Paraná, Campus de Marechal Cândido Rondon, 2010.
1. Tomateiro – Irrigação por gotejamento de CO
2
. 2.
Tomate – Produção – Ambiente protegido. 3. Tomate. I.
Universidade Estadual do Oeste do Paraná. II. Título.
CDD 21.ed. 635.642
CIP-NBR 12899
Ficha catalográfica elaborada por Marcia Elisa Sbaraini Leitzke CRB-9/539
DEDICO
À minha filha Ana Elisa (in memorium),
que se foi cedo demais, deixando um
vazio imenso, minhas saudadades e
meu amor eterno.
A Deus, simplesmente por tudo,
OFEREÇO.
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida e pela oportunidade de ter chegado até aqui. Agradeço a Ele a
recompensa alcançada;
À Universidade Estadual do Oeste do Paraná- Unioeste, especialmente ao Campus
de Marechal Cândido Rondon;
Ao programa de pós-graduação em Produção Vegetal da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná/Unioeste Marechal Cândido Rondon pela oportunidade de
realização deste trabalho;
Ao Conselho de Pesquisa e Ensino Superior (CAPES), pela concessão da bolsa de
estudo;
Ao professor Dr. Vandeir Francisco Guimarães, pela orientação, pela amizade, pela
paciência, pelo apoio e pelos ensinamentos recebidos;
À professora e co-orientadora Dra. Márcia de Moraes Echer, pelo ensinamento, pela
amizade e pelas sugestões;
Ao Núcleo de Estações Experimentais, especialmente ao prof. Dr. Paulo Sérgio
Rabelo de Oliveira;
Aos funcionários da Estação Experimental de Horticultura e Controle Biológico,
Juarez Luiz Siedleski, Alfeo Seibert Filho e Marcelo Júnior Lang;
Aos laboratoristas da Unioeste Neusa Francisca Michelon Herzog e Gilmar Divino
Gomes, pelo auxilio nas análises;
Ao Jorge Tomoyoshi Tamagi que disponibilizou equipamentos e dióxido de carbono
necessários para realização do experimento;
As amigas incansáveis Juliana de Jesus Silva Davi e Ana Carolina de Cristo Leite
pela ajuda e amizade;
Aos colegas de mestrado;
Ao meu marido, Ederson Luiz Grabowski, pelo amor, pelo carinho e principalmente
pela compreensão durante as horas mais difíceis desta caminhada;
Aos meus pais, minhas irmãs, aos meus sobrinhos, pelo carinho e pelo amor;
A todos que contribuíram, direta e indiretamente para a realização e conclusão deste
trabalho.
Resumo
Produtividade do tomateiro cultivado em ambiente protegido irrigado com
água enriquecida com CO
2
.
O experimento foi conduzido na Unioeste, Campus de Marechal Cândido Rondon-
PR, na Estação Experimental de Horticultura e Controle Biológico, Prof. Mário César
Lopes. O presente trabalho teve como objetivo de avaliar as características
produtivas do tomateiro em ambiente protegido, submetido a quatro doses de CO
2
aplicado via irrigação, por gotejamento. Foram realizados dois experimentos, o
primeiro experimento foi conduzido na primavera/verão 2008/2009 e o segundo
inverno/primavera 2009. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em
esquema fatorial quatro x quatro, com três repetições. Foram utilizadas quatro doses
de CO
2
(0; 4; 7 e 10 L min
-1
) e quatro híbridos de tomateiro (Alambra, Jennifer, Lumi
e Sheila). Aplicou-se diariamente CO
2
via água de irrigação dos 15 dias após o
transplante até o fim do ciclo da cultura. Utilizou-se o sistema de irrigação por
gotejamento a aplicação do CO
2
realizada as 10 h e as 15 h, com duração de 30 min
por dia. Foram selecionadas seis plantas por parcela para realização das avaliações
no primeiro experimento e três no segundo. As colheitas foram realizadas dos 62
DAT até 123 DAT no primeiro experimento, e 85 DAT até 137 DAT no segundo. Os
frutos foram colhidos, e avaliados o diâmetro transversal e longitudinal dos frutos,
produção e produtividade comercial de frutos, produção e produtividade não
comercial de frutos, produção e produtividade total de frutos, número de frutos
comerciais, número de frutos não comerciais, número de fruto total, número de frutos
com podridão apical, acidez titulável, sólidos solúveis e pH. No primeiro experimento,
a aplicação de dióxido de carbono via água de irrigação: reduziram a produção e a
produtividade comercial e total para os híbridos Alambra e Jennifer; aumentaram o
teor de sólidos solúveis e acidez titulável para os híbridos Lumi e Sheila. O híbrido
Alambra destacou-se dos outros bridos por apresentar maior produção de frutos
comercializáveis e o híbrido Jennifer destacou-se por apresentar maior diâmetro
transversal de frutos e massa média de fruto comercial. No segundo experimento, a
aplicão de dióxido de carbono via água de irrigação reduziu a produção e a
produtividade comercial e total de frutos, número de frutos total e comercial, massa
média de fruto de fruto comercial e diâmetro transversal dos frutos de todos híbridos.
A utilizão de dióxido de carbono via água de irrigação via água de irrigação
aumentou acidez titulável dos frutos, produção e produtividade de fruto não
comercial e mero de fruto não comercial. Não houve diferença dos bridos para
produção e produtividade comercial e total entre os híbridos. Porém, o híbrido
Jennifer obteve maior massa de fruto e maior diâmetro transversal de fruto, assim
pode obter melhor classificação.
Palavra-chave: Solanum lycopersicum L., dióxido de carbono, produção de tomate.
Abstract
Yield of tomato plants in a greenhouse irrigated with water enriched with CO
2
.
The experiment was conducted at Unioeste Campus Rondon-PR, at the
Experimental Station of Horticulture and Biological Control, Professor Mario Cesar
Lopez. This study aimed to evaluate the characteristics of tomato production in
greenhouse under four doses of carbon dioxide applied by irrigation, drip. Two
experiments were conducted, the first experiment was conducted in spring / summer
2008/2009 and the second winter / spring 2009. We used a randomized design in
factorial four x four, with three replications. We used four levels of CO
2
(0, 4, 7 and
10 L min-1) and four hybrids of tomato (Alhambra, Jennifer, Sheila and Lumi). CO
2
was applied daily through irrigation water for 15 days after transplantation until the
end of the cycle. The irrigation were executed daily at 10 o’clock during 15 minutes
and 15 o’clock during 15 minutes, 15 days after the plants transplantation. We
selected six plants per plot for conducting evaluations in the first experiment and
three in the second. The fruits were collected, and evaluated the transverse and
longitudinal diameter of fruit, commercial production of fruits, commercial fruits yield,
commercial no production of fruits and commercial no fruit yield. Commercial
productivity of fruit production and total yield, fruit number of commercial fruits,
number of unmarketable fruits, number of fruit total number of fruits with blossom-end
rot, acidity, soluble solids and pH. In the first experiment, the application of carbon
dioxide through irrigation water, reduced yield and marketable yield and total for
hybrids Alhambra and Jennifer; increased the soluble solids and acidity for hybrids
and Sheila Lumi. The hybrid Alambra outranked the other hybrids showed the
highest production of marketable fruit and the hybrid-emphasized Jennifer showed
the highest diameter of fruit and average fruit trade. In the second experiment, the
application of carbon dioxide through irrigation water reduced the production and
marketable yield and total fruit, fruit number and total trade, average fruit commercial
fruit and transverse diameter of the fruits of all hybrids. The use of CO
2
through water
irrigation increased acidity of fruits. There was no difference of hybrids for
commercial production and productivity and total between hybrids. However, the
hybrid Jennifer got greater and greater fruit weight diameter of fruit, so you can get
better ratings.
Keyword: Solanum lycopersicum L., carbon dioxide, production of tomato.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Temperaturas médias, mínimas e máximas do ar (°C) no interior do
ambiente protegido, durante o período experimental. UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2008/2009. ............................................38
Figura 2. Temperaturas médias, mínimas e máximas do ar (°C) no interior do
ambiente protegido, durante o período experimental. UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2009. .....................................................38
Figura 3. Umidade relativa do ar máxima, mínima e média (UR%) no interior do
ambiente protegido, durante o período experimental. UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009. ............................................39
Figura 4. Umidade relativa do ar máxima, mínima e média (UR%) no interior do
ambiente protegido, durante o período experimental. UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2009. .....................................................40
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Resultado da análise de solo do primeiro experimento. Unioeste. Marechal
Cândido Rondon–PR, 2008-2009............................................................29
Tabela 2. Resultado da análise de solo do segundo experimento. Unioeste. Marechal
Cândido Rondon–PR, 2009.....................................................................30
Tabela 3. Quadrados médios resultantes da análise de variância para produtividade
comercial de fruto por ha (PCF), produtividade não comercial de fruto por
ha (PNF), produtividade total de fruto por ha (PTF), produção comercial
de fruto por planta (PCFP), produção não comercial de fruto por planta
(PFNP) e produção total de fruto por planta (PTFP). UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009 .............................................41
Tabela 4. Quadrados médios resultantes da análise de variância para número de
frutos comerciais por planta (NFC), mero de fruto não comercial por
planta (NFR), número de fruto totalpor planta (NFT), massa média de
fruto comercial (MM), massa média de fruto não comercial (MR) e
diâmetro transversal de fruto (DT). UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2008-2009 ...........................................................................42
Tabela 5. Quadrados médios resultantes da análise de variância para potencial
hidrigeniônico (pH), teor de sólidos solúveis (SS), acidez total titulável
(AT), razão entre o teor de sólidos solúveis e acidez total titulável (SS/AT),
massa fruto com podridão apical (MFPA), mero de fruto com podridão
apical (NFPA). UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009.42
Tabela 6. Médias do número de fruto comercial por planta (NFC), número de frutos
não comercial por planta (NFR), mero de fruto total por planta (NFT),
massa média de fruto comercial (MM) e massa média de fruto não
comercial em função das doses CO
2
. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2008-2009 ...........................................................................43
Tabela 7. Médias do número de fruto comercial por planta (NFC), número de frutos
não comercial (NFR), número de fruto total por planta (NFT), massa
dia de fruto comercial (MM) e massa média de fruto não comercial em
função dos híbridos. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-
2009.........................................................................................................44
Tabela 8. Médias do potencial hidrogennico (pH), teor de sólidos solúveis (SS),
acidez total titulável (AT), razão do teor de sólidos solúveis e acidez total
titulável em função das doses de CO
2
. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2008-2009 ...........................................................................46
Tabela 9. Médias do potencial hidrogennico (pH), teor de sólidos solúveis (SS),
acidez total titulável (AT), razão do teor de sólidos solúveis e acidez total
titulável (SS/AT) em função dos híbridos. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2008-2009 ...........................................................................46
Tabela 10. Média da massa fruto com podridão apical por planta (MFPA), número de
fruto com podridão apical por planta (NFPA), produtividade não comercial
de fruto por planta (PNF) e produção não comercial de fruto por ha (PNFP)
em função das doses de CO
2
. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR,
2008-2009................................................................................................48
Tabela 11. Médias da massa fruto com podridão apical por planta (MFPA), número
de fruto com podridão apical por planta (NFPA), produção não comercial
de fruto por planta (PNFP) e produtividade não comercial de fruto por ha
9
(PNFP) em função dos híbridos. UNIOESTE. Marechal ndido Rondon-
PR, 2008-2009.........................................................................................49
Tabela 12. Médias da produção comercial de frutos por planta (PCFP), produção
total de frutos por planta (PTFP), produtividade comercial de frutos por ha
(PCF), produtividade total de frutos por ha (PTF) e diâmetro transversal
de fruto, por híbridos ou grupo de bridos, nas doses 0, 4, 7 e 10 L min
-1
de CO
2
, e significância dos contrastes. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2008-2009 ...........................................................................50
Tabela 13. Médias da produção comercial por planta (PCFP), produção total de
frutos por planta (PTFP), produtividade comercial de frutos por ha (PCF),
produtividade total de frutos por ha (PTF) e diâmetro transversal (DT) em
função dos híbridos dentro de cada dose de CO
2
aplicada. UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009 .............................................51
Tabela 14. Quadrados médios resultantes da análise de variância para produção
comercial por planta (PCFP), produção não comercial de fruto por planta
(PFNP), produção total de fruto por planta (PTFP), produtividade
comercial de fruto (PCF), produtividade não comercial de fruto (PNF) e
produtividade total de fruto (PTF). UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2009 ....................................................................................56
Tabela 15. Quadrados médios resultantes da análise de variância para número de
frutos comerciais por planta (NFC), mero de fruto não comercial por
planta (NFR), número de fruto total por planta (NTF), massa média de
fruto comercial (MM), massa média de fruto não comercial (MR) e
diâmetro transversal de fruto (DT). UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2009 ....................................................................................57
Tabela 16. Quadrados médios resultantes da análise de variância para potencial
hidrigeniônico (pH), teor de sólidos solúveis (SS), acidez total titulável
(AT), razão entre o teor de sólidos solúveis e acidez total titulável (SS/AT),
massa fruto com podridão apical (MFPA), número de fruto com podridão
apical. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2009.......................57
Tabela 17. Média do número de fruto comercial por planta (NFC), número de fruto
não comercial por planta (NFR), mero de fruto total por planta (NFT),
massa média de fruto comercial (MM), massa média de fruto não
comercial (MR) e diâmetro transversal de fruto (DT) em função das doses
de CO
2
aplicadas via água de irrigação. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2009 ....................................................................................58
Tabela 18. Médias do número de fruto comercial por planta (NFC), número de frutos
não comerciais por planta (NFR), número de frutos total por planta (NFT),
massa média de fruto comercial (MM), massa média de frutos não
comercial (MR) e diâmetro transversal de fruto (DT) em fuão dos
híbridos. Unioeste. Marechal Cândido Rondon-PR, 2009........................59
Tabela 19. Médias da produção comercial de fruto por planta (PCFP), prodão não
comercial de frutos por planta (PNFP), produção total fruto por planta
(PTFP), produtividade comercial de frutos por ha (PCF), produtividade
não comercial de frutos (PNF) e produtividade total de frutos por ha (PTF)
em função das doses de CO2 aplicadas via água de irrigação.
UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon–PR, 2009 .................................61
Tabela 20. Médias da produção comercial de frutos por planta (PCFP), produção não
comercial de frutos por planta (PNFP), produção total de frutos por planta
(PTFP), produtividade comercial de frutos (PCF), produtividade não
10
comercial de frutos (PNF), produtividade total de frutos (PTFHa) em
função dos híbridos. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2009.62
Tabela 21. Médias do potencial hidrogeniônico (pH), teor de sólidos solúveis (SS) e
acidez total titulável (AT), razão entre teor de sólidos solúveis e acidez
total titulável (SS/AT), massa de fruto com podridão apical (MFPA) e
número de frutos com podridão apica em função das doses de CO
2
aplicadas via água de irrigação. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-
PR, 2009..................................................................................................65
Tabela 22. Médias do potencial hidrigeniônico (pH), teor de sólidos solúveis (SS) e
acidez total titulável (AT), razão entre teor de sólidos solúveis e acidez
total titulável (SS/AT), massa de fruto com podridão apical (MFPA) e
número de frutos com podridão apical em função dos híbridos.
UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2009..................................65
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................14
2.1 Aspectos gerais da cultura do tomateiro ..................................................................14
2.2 Dióxido de carbono...................................................................................................16
2.2 Enriquecimento da atmosfera e da água de irrigação com CO
2
...............................18
3 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................26
3.1 Local de condução dos experimentos......................................................................26
3.2 Delineamento experimental......................................................................................26
3.3 Genótipos utilizados.................................................................................................27
3.4 Aplicação de dióxido de carbono..............................................................................28
3.5 Produção das mudas................................................................................................28
3.6 Transplante das mudas............................................................................................28
3.7 Solo e adubação ......................................................................................................29
3.7.1 Primeiro experimento ............................................................................................29
3.7.2 Segundo experimento ...........................................................................................30
3.8 Estrutura do ambiente de cultivo..............................................................................31
3.9 Clima........................................................................................................................31
3.10 Sistema de irrigação...............................................................................................31
3.11 Adubação de cobertura e condução do experimento.............................................32
3.12 Tratamento fitossanitários......................................................................................33
3.13 Colheita..................................................................................................................33
3.14 Avaliações dos frutos .............................................................................................34
3.14.1 Componentes de produção.................................................................................34
3.14.2 Componentes da qualidade do fruto....................................................................35
3.15 Análise de dados....................................................................................................36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................37
4.1 Temperatura e umidade relativa do ar......................................................................37
4.4 Primeiro experimento ...............................................................................................41
4.4.1 Características produtivas e qualitativas dos frutos ..............................................41
4.5 Segundo experimento ..............................................................................................56
4.5.1 Variáveis qualitativas e quantitativas.....................................................................56
5 CONSIDERAÇOES FINAIS ........................................................................................67
6 CONCLUSÃO..............................................................................................................68
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................69
1 INTRODUÇÃO
O tomate, junto com a batata e a cebola, é considerado uma das mais
importantes hortaliças produzidas no Brasil, sendo utilizada na dieta alimentar como
fonte de vitaminas e minerais. A produção nacional em 2008 foi de 3,87 milhões de
toneladas em área de 42.038 ha, sendo que cerca de 65% são cultivados para o
consumo in natura e 35% produzidos para o processamento industrial. No Brasil, a
maior concentração de área plantada de tomate para consumo in natura esna
região Sudeste, com 57%. Os estados do Sul participam com 19% do total da área
plantada no país, sendo que o estado do Paraná contribui com 9% desta área (IBGE,
2008).
A cadeia produtiva de tomate tem forte relevância econômica no agronegócio
brasileiro, pois movimenta uma sifra anual superior a dois bilhões de reais e é um
dos mais importantes geradores de empregos na atividade rural.
O cultivo do tomateiro em ambiente protegido tem expandido nos últimos
anos, principalmente na região Sul e Sudeste. O cultivo protegido possibilita alterar o
ambiente de crescimento e reprodução das plantas, com controle parcial dos efeitos
adversos do clima, e otimização da área.
Com o crescimento do cultivo protegido, novas tecnologias m sido utilizadas
para melhorar a produtividade, a qualidade dos frutos e a rentabilidade, em várias
hortaliças. No Brasil, pesquisas com a utilizão de dióxido de carbono (CO
2
)
aplicado via água de irrigação iniciaram-se na década de 90. Na Europa, o
enriquecimento atmosférico com dióxido de carbono é uma prática usada há mais
tempo pelos agricultores. No decorrer do tempo esta prática foi sendo aprimorada e
foram desenvolvidos equipamentos e cnicas adequadas para a aplicação em
diversas condições de clima e sistemas de produção. O avanço em tecnologias,
como irrigação localizada por gotejamento, permitiram o fornecimento eficiente de
água carbonatada as plantas.
Segundo Machado et al. (1999) a aplicação de CO
2
na água ou no ar baseia-
se no fato de que alguns processos fisiológicos ou bioquímicos das plantas são
beneficiados por este gás, causando respostas na produtividade de várias culturas
agrícolas. Rezende et al. (2002) verificaram que nos ambientes enriquecidos com
CO
2
a área foliar foi menor e o crescimento vegetativo na fase inicial foi mais
uniforme, na cultura do pimentão.
13
O fornecimento de dióxido de carbono para as raízes, via água de irrigação,
aumenta a quantidade de CO
2
no solo, provocando a redução do pH do solo,
aumenta disponibilidade de fósforo e cálcio na solução do solo e favorece a
absorção de zinco e manganês. Existem ainda muitos aspectos a esclarecer em
termos de efeitos do CO
2
aplicado via água de irrigação sobre as plantas, como
influência na produtividade e na melhoria da qualidade de frutos, doses a serem
usadas e períodos de aplicação mais adequados para os diferentes tipos de cultivos,
para alcançar uma relação benefício-custo máxima (PINTO et al., 2000).
Carneiro Junior (2004) conduziu experimento com objetivo de avaliar os
efeitos da aplicação de doses de CO
2
, via água de irrigação, na produtividade e no
teor de nutrientes do tomateiro. O enriquecimento da água com CO
2
produziu um
efeito quadrático na produção total, produção comercial e no número de frutos
comerciais, sendo que a melhor dose, estimada por regressão polinomial, foi de
aproximadamente 7,3 L min
-1
.
Dada a importância da cultura do tomate, a aplicação de água carbonatada
no seu cultivo em ambiente protegido, pode produzir frutos de melhor qualidade,
agregando valor à produção e conseqüentemente, garantindo maior remuneração
aos produtores.
Tendo como hipótese as vantagens da utilizão do CO
2
via água de irrigação,
proporcionados a cultura do tomateiro, este trabalho objetivou avaliar as
características produtivas de híbridos de tomateiro, em ambiente protegido,
submetido a quatro doses de CO
2
aplicadas via irrigação, por gotejamento.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Aspectos gerais da cultura do tomateiro
O tomateiro Solanum lycopersicon L. (BRICKELL et al., 2004), segundo
Alvarenga (2004), tem como centro de origem a região dos Andes, desde o Equador,
Colômbia, Peru, Bolívia, até o norte do Chile. Diversas escies do gênero
Lycopersicon cresceram livremente nessas áreas. sua domesticação ocorreu no
México. Há relatos de que o tomate já estava integrado à cultura asteca na época da
chegado dos espanhóis a América (GIORDANO; RIBEIRO, 2000). Foi introduzido na
Europa, através da Espanha, entre 1523 e 1554. Inicialmente, foi considerado planta
ornamental, sendo o uso culinário retardado, por temor de toxidade (FILGUEIRA,
2003). Da Europa o tomate se difundiu para outros países, tendo sido reintroduzido
nos Estados unidos provavelmente 1781 pelos colonizadores (SASAKI; SENO,
1994). No Brasil, seu bito de consumo foi introduzido por imigrantes europeus no
final do século XIX (ALVARENGA, 2004).
O tomateiro é uma solanácea herbácea, caule flevel e incapaz de suportar
o peso da planta e dos frutos em posição vertical. As diferentes características da
planta e do fruto condicionam o tipo de cultura, se de indústria ou consumo In
Natura. O porte indeterminado é o da maioria das cultivares destinada a produção
de frutos para mesa, são podadas e tutoradas, com caule atingindo mais de 2,5 m
de altura. O caule ou ramo principal cresce mais que as ramificações laterais,
apresentando dominância apical. O crescimento vegetativo da planta é vigoroso e
contínuo, juntamente com a produção de flores e frutos (FILGUEIRA, 2003).
As cultivares de hábito de crescimento indeterminado são plantas muito
complexas, pois ocorre simultaneamente o crescimento vegetativo e o
desenvolvimento reprodutivo em grande parte do período de desenvolvimento. No
período imediatamente anterior a maturação dos frutos do primeiro e segundo
cacho, ocorre grande demanda de nutrientes e carboidratos para o crescimento dos
frutos e a parte vegetativa paralisa o crescimento momentaneamente, nesta fase
haverá maior exigência de água, nutrientes e condições adequadas de temperatura
e luminosidade (TAKAHASHI, 1993).
15
Nas plantas de crescimento determinado, a ausência de dominância apical,
cada haste ou ramificação apresenta um ramo floral apical, o qual limita o seu
desenvolvimento vegetativo (ALVARENGA, 2004).
A emissão de um ramo floral ocorre a cada três folhas lançadas, constituindo
as unidades de fonte e dreno. As três folhas acima de cada ramo floral dirigem a
maior parte dos fotoassimilados para os frutos abaixo; as folhas abaixo do
primeiro ramo floral dirigem seus fotoassimilados para as raízes. As flores são
hermafroditas e agrupadas em cachos, com aspecto de tamanho variado,
dependendo da cultivar. A planta é normalmente autopolinizada, apresentando baixa
incidência de frutos originários de cruzamento (FILGUEIRA, 2003).
Os frutos do tomateiro são bagas carnosas, suculentas, com aspecto,
tamanho e pesos variados, conforme a cultivar. É composto pela película (casca),
polpa, placenta e sementes. Internamente, os frutos apresentam septos que
delimitam os lóculos nos quais as sementes se encontram imersas na mucilagem
placentária. Dependendo da cultivar, os frutos podem ser bi, tri, tetra ou
pluriloculares. A coloração dos frutos é geralmente vermelha, quando maduro, mas
as cultivares japonesas do grupo “salada”, são rosadas. A cor vermelha deve-se ao
carotenóide licopeno. O peso dos frutos varia de 25 g até mais de 400 g
(FILGUEIRA, 2003).
Com o passar do tempo, o tomateiro recebeu melhoramento genético
intensivo sendo, atualmente, de cultivo cosmopolita. Entretanto, condição de clima
ameno e seco com boa luminosidade é ideal para o desenvolvimento da cultura.
Quanto ao fotoperíodo, o tomateiro não responde significativamente,
desenvolvendo-se bem tanto em condições de dias curtos quanto de dias longos. O
fotoperíodo exerce pouca influencia no florescimento, entretanto, pouca
luminosidade provoca aumento da fase vegetativa, retardando o início do
florescimento (GIORDANO; SILVA, 2000).
A temperatura média no período de cultivo do tomateiro deve ser de 21°C,
mas a planta pode tolerar uma amplitude de 10°C a 34°C. A planta de tomateiro tem
seu crescimento reduzido, quando submetidas a temperaturas inferiores a 12°C,
sendo sensíveis a geadas (GIORDANO; SILVA, 2000).
Todavia, em temperaturas médias superiores a 28°C, formam-se frutos com
coloração amarelada em razão da redução da síntese de licopeno, responsável pela
16
coloração vermelha dos frutos de tomate e aumento da concentração de caroteno,
pigmento que confere a coloração amarela ao fruto (SILVA; GIORDANO, 2000).
A produção de tomate é dividida em dois segmentos, tomate para
processamento industrial e tomate de mesa utilizado in natura. A produção de
tomate tem elevada importância econômica. Além de propriedades alimentícias
benéficas para a saúde humana, a cultura é conhecida como poderosa fonte
geradora de emprego e renda em todos os segmentos de sua cadeia produtiva
(FILGUEIRA, 2003).
As cultivares de tomate de mesa são classificadas de acordo com o formato
do fruto em dois grupos: oblongo, quando o diâmetro longitudinal é maior que o
transversal, e redondo, quando o diâmetro longitudinal é menor ou igual ao
transversal (BRASIL, 2002). A forma do tomate esrelacionada ao grupo a que
cultivar pertence. Os frutos das cultivares do grupo Santa Cruz apresentam formato
oblongos ou alongados e predominantemente biloculares, tolerando-se, todavia a
presença de três lóculos; os do grupo salada ou caqui possuem formato
arredondado, globoso ou achatado e são tipicamente pluriloculares (FERREIRA et
al., 2004).
2.2 Dióxido de carbono
O dióxido de carbono foi descoberto em 1754 pelo escocês Joseph Black,
quando este estudava a possibilidade do bicarbonato de magnésio neutralizar a
acidez estomacal. O dióxido de carbono, ou anidrido carbônico, ou gás carbônico é
um composto químico constituído por dois átomos de oxigênio e um átomo de
carbono. O dióxido de carbono (CO
2
) é um s incolor, produto da oxidação
completa do carbono. Seu peso é 1,5 vez maior que o ar atmosférico e, portanto, se
separa do oxigênio.
A matéria seca dos vegetais é constituída de aproximadamente 45% de
carbono, sendo a principal fonte o CO
2
atmosférico. A atual concentração na
atmosfera é de 360 a 370 µmol mol
-1
(ZISCA et al., 2001). A concentração
atmosférica poderá chegar a 600 µmol mol
-1
em 2050, (SHAFFER et al., 1999), e
poderá afetar a agricultura, uma vez que o enriquecimento do ambiente com CO
2
17
aumenta a prodão de biomassa em plantas C
3
. A concentração ótima de CO
2
para
o desenvolvimento das plantas deve estar entre 600 a 900 µmol mol
-1
. No entanto,
valores maiores que 1000 µmol mol
-1
podem causar redução no crescimento das
plantas (MORTENSEN, 1987; D’ALBUQUERQUE JUNIOR, 2003).
A concentração normal de O
2
na atmosfera é 21%, inibindo a absorção de
CO
2
pelas plantas e aumentando a taxa de fotorrespiração. Esta relação CO
2
/O
2
atmosférica, desde que não ocorram outros fatores limitantes á fotossíntese, reduz
até 30% o potencial fotossintético da maior parte das plantas (BOWES, 1993). A
principal razão é a competição entre CO
2
e O
2
atmosférico para serem fixados pela
enzima RUBISCO (enzima ribulose 1,5 bifosfato carboxilase-oxigenase). O CO
2
e o
O
2
competem pela reação com a RUBISCO, pois a carboxilação e a oxigenação
ocorrem dentro do mesmo sítio ativo da enzima e essa competição faz que a
eficiência da fotossíntese se reduz (TAIZ; ZEIGER, 2004). O balanço entre a
carboxilação e a oxigenação é determinada pelas propriedades cinéticas da
RUBISCO, pelas concentrações dos substratos CO
2
e O
2
e pela temperatura (TAIZ;
ZEIGER, 2004). Segundo Morison e Gifford (1984) com o aumento do CO
2
, essa
inibição do O
2
da fotossíntese é quase eliminado pela razão CO
2
/O
2
. O incremento
depende da temperatura. Quanto menor a temperatura, menor o efeito.
Em baixas temperaturas, a fixação e a redução de CO
2
ocorrem lentamente,
aumentando rapidamente com o aumento da temperatura, até um valor ótimo. Em
temperaturas supra-ótimas, a relação CO
2
/O
2
é modificada a favor do oxigênio e,
sendo assim, uma redução na atividade da RUBISCO. Em temperaturas
elevadas, ocorre uma total desorganização entre as muitas reações do metabolismo
do carbono e o transporte de fotoassimilados. A temperatura ótima para fotossíntese
varia com o esdio de desenvolvimento das plantas, estando na faixa de 20 a 30°C
para a maioria das plantas tanto C
3
, como C
4
e CAM, sendo menor na fase de
maturação (ACOCK et al., 1990).
O enriquecimento do ambiente com CO
2
minimiza os efeitos adversos da
fotorrespiração, aumentando a fotossíntese líquida, a temperatura ótima para o
crescimento e a absorção de nutrientes (DURÃO; GALVÃO, 1995). Ghannoum et al.
(1997), trabalhando com variação da concentração de CO
2
e intensidade luminosa,
obtiveram variação de 71% na massa seca de plantas C
3
(Panicum laxum) e 28%
(Panicum antidotade). O aumento da velocidade de assimilação pode atingir 80% ao
18
ativar a RUBISCO, reduzindo a fotorrespiração, melhora o metabolismo, o
crescimento e a produção.
O aumento da concentração de CO
2
reduz a transpiração e aumenta a
fotossíntese, devido à redução da condutância estomática. Ocorre, por sua vez, um
aumento na absorção de nitrogênio, para satisfazer a demanda extra desse
elemento, a qual se deve ao crescimento mais pido, provocado pelo estimulo da
fotossíntese (ANDRIOLO, 1999). No entanto, segundo Morrison e Gifford (1984),
não consenso sobre os efeitos quantitativos do aumento do dióxido de carbono
no crescimento das plantas, devido à diferença entre as espécies e ao efeito de
fatores ambientais que limitam a respostas da planta ao CO
2
.
2.2 Enriquecimento da atmosfera e da água de irrigação com CO
2
O enriquecimento do ambiente com CO
2
teve início do século XX, para
compensar a redução da concentração desse gás no interior das estufas. As
primeiras fontes utilizadas para obtenção de dióxido de carbono foram o propano e a
querosene, cuja combustão no interior das estufas gerava subprodutos tóxicos aos
vegetais, como propileno, o etileno, o monóxido de carbono e óxido de enxofre.
Na atualidade, a produção industrial de CO
2
é ainda obtida pelo processo de
combustão, mas o desenvolvimento de equipamentos e de técnicas adequadas, tem
proporcionado a sua aplicação sob uma diversidade de condições climáticas e de
plantio. Nos países tropicais, onde o cultivo em estufa é pouco utilizado, o gás
carbônico é dissolvido na água e levado às plantas por irrigação.
A aplicação de CO
2
nas culturas melhora o metabolismo e o equilíbrio
hormonal nas plantas e absorção de nutrientes, resultando em plantas mais
produtivas, mais resistentes a doenças e ao ataque de pragas, gerando produtos de
melhor qualidade (MORTESEN, 1984; KIMBALL
1
et al., 1994 apud TAMAGI et al.,
2007). Quando a concentração de CO
2
é elevada para valores entre
aproximadamente 700 e 1000 µmol mol
-1
, obtém-se um aumento na fotossíntese da
1
KIMBALL, B.A. et al. Effects of free air CO
2
enrichment on energy balance and evapotraspiration of
cotton. Agricultural Forest and Meteorology. Amsterdan, 1994. v. 70, n. ¼, p. 259-78.
19
ordem de 20 a 25%, aumentando a eficiência das reações enzimáticas e ao mesmo
tempo diminui a fotorrespiração da planta (ANDRIOLO, 1999).
O enriquecimento com CO
2
aumentou a fotossíntese líquida das plantas,
verificando aumento em peso seco, altura das plantas, número de folhas e brotações
laterais, segundo Mortensen (1987). Este autor também relatou que o
enriquecimento com CO
2
aumentou em torno de 30% a eficiência do uso de água.
indícios de que nos ambiente enriquecidos com dióxido de carbono a resposta
das plantas quando a água é fator limitante é maior do que quando não restrição
de água (REZENDE et al., 2002).
A absorção de CO
2
se nos estômatos da planta por difusão. Os fatores
ambientais e nutricionais que influenciam a abertura e fechamento dos estômatos,
conseqüentemente influenciam na quantidade absorvida de CO
2
, bem como a sua
concentração na atmosfera.
O enriquecimento da atmosfera com CO
2
aumenta a absorção de nutrientes
e a massa foliar, e conseqüentemente a produtividade, a produtividade e qualidade
de frutos, de culturas sob ambiente protegido e com controle das condições
ambientais (NIELSEN, 1983) situação que não acontece na agricultura brasileira,
onde as estruturas apresentam apenas efeito guarda-chuva.
A cultura do tomateiro quando irrigado com CO
2
dissolvido na água,
demonstrou que houve incremento na absorção de nutrientes e também aumento
em massa fresca de frutos, principalmente quando o solo foi coberto commulching”,
o que aperfeiçoou o efeito do gás no solo (NOVERO et al., 1991).
Trabalhando com enriquecimento carbônico da rizosfera da cultura da
berinjela, Gao e Lips (1997), com 0,03%, levou ao aumento de massa seca de
frutos, devido à absorção do CO
2
pela raiz, ficando provado que a planta recuperou
na parte aérea em torno de 37% do
14
C aplicado na rizosfera com a água de
irrigação.
Nos cultivos protegidos, o enriquecimento do ambiente com CO
2
teve seu
uso largamente difundido, principalmente pela melhora na produtividade, na
qualidade, na maturão acelerada das plantas.
O CO
2
é sovel em água, 99% como gás dissolvido e 1% como ácido
carbônico. Os componentes do carbono inorgânico são CO
2
, H
2
CO
3
-
e CO
3
-2
.
Segundo Enoch e Olsen (1993), a produção de íons de hidrogênio através da reação
do dióxido de carbono com água (CO
2
+ H
2
O << H
2
CO
3
<< H
+
+ HCO
3
-
<< 2H
+
+
20
CO
3
2-
) contribui para a solubilizão de alguns minerais do solo, e aumenta a
disponibilidade destes para as plantas.
Enoch e Olesen (1993) avaliaram os resultados de mais de uma centena de
trabalhos de enriquecimento com CO
2
via água de irrigação realizados nos últimos
80 anos. Foram encontradas evidências de cinco mecanismos. O dióxido de carbono
no solo influencia: primeiro, a taxa de nitrificação e, portanto, de disponibilidade de
nitrogênio; segundo, a taxa de solubilização de alguns minerais e pH, disponibilidade
de outros nutrientes; terceiro, a absorção de CO
2
por fluxo de massa, contribuindo
para a fotossíntese nas folhas; quarto, os veis hormonais na planta; e quinto, a
taxa de decomposição de pesticidas no solo.
Na rizosfera, maior concentração de dióxido de carbono provoca aumento na
concentração de bicarbonato na solução do solo, modificando as atividades
microbiológicas e a redução do pH, influindo na absorção de fósforo, potássio,
magnésio, zinco, ferro, manganês, cobre e boro pelas raízes das plantas; efeito este
citado como provável causa do aumento em produtividade verificado para a cultura
do tomate em função do fornecimento de dióxido de carbono (MAUNEY; HENDRIX,
1988; MOORE, 1990; NOVERO, et al., 1991).
Não existe um padrão de resposta das plantas, em relação à absorção, à
distribuição e ao acúmulo de nutrientes, quando irrigadas com água enriquecida com
CO
2
. A resposta da planta está relacionada ao tipo do solo, ao substrato de cultivo,
ás doses, à espécie, à temperatura e à acidez do solo (MACHADO et al., 1999).
Em cultivo hidropônico ou via água de irrigação, o fornecimento de CO
2
para
as raízes, aumentou a incorporação de carbono inorgânico pelas raízes em adez
vezes em plântulas de tomate e também influencia positivamente na absorção de
NO
3
-
(CRAMER; LIPS, 1995). No entanto, Hartz e Holt (1991) consideram que a
quantidade de CO
2
absorvida pelas raízes não seria mais que 0,1 a 1% do total
fixado pela planta, não justificando o incremento produtivo dos cultivos quando
fornecido no sistema radicular.
A irrigação com água carbonatada aumenta a concentração de CO
2
no solo
e no ar. Segundo Baker (1988), isso pode aumentar o crescimento da raiz, porque
se reduz a inibição do etileno e pode estimular a atividade de alguns microrganismos
benéficos.
Em experimento com pimentão submetido a diferentes volumes de água
aplicada e enriquecimento da atmosfera com CO
2
, Rezende et al. (2003)
21
observaram que nos tratamentos com restrição de água a maior massa fresca de
frutos foi obtida nos ambientes com maior concentração de CO
2
, entretanto nos
tratamentos que receberam volume igual ou maior que o volume evapotranspirado, a
maior massa fresca de fruto foi verificada no ambiente com 600 µmol mol
-1
. O CO
2
promoveu o aumento da massa fresca e não do mero frutos. A eficiência de uso
da água aumentou em relação ao volume de água aplicado, sendo maior no
ambiente com concentração de 600 mmol mol
-1
.
Rezende et al. (2002a) realizaram experimento com objetivo de estudar o
efeito do aumento da concentração de CO
2
na atmosfera e do volume de água
aplicadas em plantas de pimentão no crescimento vegetativo. Verificaram-se nos
ambientes enriquecido com CO
2
a área foliar foi menor e o crescimento vegetativo
na fase inicial foi mais uniforme. Em experimento Rezende et al. (2002b) analisaram
as características dos frutos de pimentão cultivadas em ambiente enriquecido com
CO
2
e o volume de água aplicada em plantas de pimentão. Para todos tratamentos
de água a espessura da polpa foi maior nos ambientes enriquecidos com CO
2
. Nos
ambientes com 800 e 1000 µmol mol
-1
de CO
2
, o diâmetro foi maior nas plantas
irrigadas com os menores volumes. Plantas irrigadas com volume de 61,86 L, no
ambiente com 800 µmol mol
-1
de CO
2
, apresentaram maior comprimento de frutos.
Em experimento com alface, Gomes et al. (2005), estudaram a influência de
doses crescentes de CO
2
via água de irrigação por gotejamento sobre o
crescimento, o desenvolvimento, a fotossíntese e a produtividade da alface Elisa
conduzida sob túneis psticos. O número de folhas e a matéria seca da parte aérea
da planta foram influenciados pela aplicação de CO
2
via água de irrigação, não
ocorrendo o mesmo para matéria fresca e índice de área foliar. Os resultados
indicaram a dose mensal de 153 kg ha
-1
de CO
2
como a mais adequada para ser
empregada na cultura da alface via água de irrigação, com um aumento de
aproximadamente 25,5%, quando comparado à testemunha.
Tamagi et al. (2007), trabalharam com diferentes doses de CO
2
(490,2,
1470,6 e 2941,2 Kg ha de CO
2
) via água irrigação diária na cultura da alface,
obtendo aumento na produtividade, respectivamente, de 26,52%,14,47% e 10,78%,
em comparação ao tratamento sem a aplicação de CO
2
. A análise econômica
mostrou viabilidade da aplicação de CO
2
via água de irrigação. Modolo et al. (2005)
observaram que, com aplicação de CO
2
na cultura da alface, a relação
22
custo/benefício foi maior do que nos tratamentos que não receberam a aplicação,
havendo ganhos na produtividade.
A aplicação de CO
2
via água de irrigação proporcionou aumentos de 27% na
área foliar e do peso da matéria seca da parte aérea, aos 30 dias após o transplante
na cultura da alface. O diâmetro da cabeça de alface, número de folhas e o
rendimento de cabeças aumentaram em média 15,9%, 5,5% e 28,8%,
respectivamente, em comparação aos dados obtidos no tratamento sem aplicação
de CO
2
(FURLAN et al., 2001).
Na cultura do pepino irrigada com água enriquecida com CO
2
, a razão de
área foliar diminuiu ligeiramente nos dois híbridos com o desenvolvimento do cultivo.
Na fase inicial observaram-se diferenças entre irrigação com água comum e
enriquecida com CO
2
, porém 20 dias após o transplante não se verificou mais essa
diferença. Quanto à troca gasosa, a taxa assimilatória líquida de CO
2
e de
transpiração, condutância estomática e eficiência no uso da água foram
semelhantes entre plantas irrigadas com água comum e enriquecida com CO
2
durante o primeiro semestre. Já no segundo semestre foram registrados maiores
valores pelas plantas irrigadas com água enriquecida (CAÑIZARES et al., 2004).
D’Albuquerque Junior. et al. (2007) estudaram o efeito da aplicação de CO
2
na água de irrigação em diferentes fases fenológicas da cultura do meloeiro
rendilhado cultivado em ambiente protegido. Observou que a aplicação de CO
2
via
água de irrigação nos estádios de frutificação e florescimento proporcionou aumento
na produtividade de 17% e 18% em relação ao tratamento testemunha, sem CO
2
. Os
resultados mostram que a aplicão de CO
2
não alterou a qualidade dos frutos (Brix
e pH), porém no tratamento que recebeu aplicação de CO
2
via água de irrigação no
estádio de frutificação se observou uma menor acidez.
Pinto et al. (2001) avaliaram a aplicação de CO
2
via água de irrigação,
diariamente, três vezes por semana e sem aplicação de CO
2
em três sistemas de
condução (com proteção lateral, com mulching” e solo descoberto) na cultura do
meloeiro. As maiores produtividades de melão foram obtidas nos tratamentos com
aplicão de dióxido de carbono via água de irrigação. A aplicação de CO
2
através
da irrigação não alterou a qualidade do fruto de melão e nem os teores de macro e
micronutrientes. Frizzone et al. (2005a), estudaram os efeitos da aplicação de quatro
doses de CO
2
via irrigação e quatro doses de K
2
O, na cultura do melão. Observaram
que o número de frutos comerciais, produtividade total e comercial do melão
23
aumentou significativamente com o aumento das doses de CO
2
e K
2
O, segundo uma
relação quadrática. Tamm houve efeito significativo do CO
2
sobre a acidez total, o
teor de sólido solúveis e o pH da polpa dos frutos.
Em experimento Frizzone et al. (2005b) aplicando CO
2
via água de irrigação
na cultura do melão, relataram aumento significativo na produtividade de frutos com
aplicão de CO
2
via água de irrigação. Cardoso (2002) relatou efeito do CO
2
aplicado na água de irrigação na cultura do melão rendilhado em ambiente
protegido. O CO
2
proporcionou maior absorção e redistribuição de nutrientes na
planta, aumento no número de frutos comerciais, na produtividade e na qualidade
dos frutos.
A aplicação de CO
2
na água de irrigação proporcionou aumento na produção
total de frutos, na produção comercial e no número de frutos comerciais de melão
rendilhado (KANO et al., 2002).
Em experimento Furlan et al. (2002) avaliaram o efeito da aplicação de
diferentes lâminas de irrigação e do enriquecimento da atmosfera com CO
2
na
cultura do pimentão, em ambiente protegido. Com aplicação de CO
2
houve efeito da
aplicão das lâminas de irrigação de 100 e 120% da evaporação do tanque Classe
A reduzido, enquanto que sem aplicação de CO
2
, não houve efeito. Foram
encontradas diferenças significativas com aplicação para comprimento, espessura
de polpa, número de frutos por planta e rendimento, da ordem de 7,0%; 4,5%; 35,0%
e 38,4%, respectivamente, superiores para minas de irrigação de 100% da
evaporação do tanque reduzido comparado com os dados obtidos para as menores
lâminas de aplicação de água. A aplicação de CO
2
no ambiente protegido
possibilitou obtenção de maiores comprimento, diâmetro e número de frutos por
planta, além da massa e rendimento, na ordem de 12,4%; 11,9%; 21,4%; 20,0%; e
51,3%, respectivamente, em relação ao ambiente protegido, sem aplicação de CO
2
.
Araújo (2002), estudou o efeito da aplicação de quatro doses de CO
2
dissolvido na água de irrigação, com e sem cobertura plástica sobre o solo na cultura
da abobrinha. Em temperaturas mais baixas e com cobertura plástica sobre solo,
ocorreu uma redução da área foliar, da massa seca da parte aérea e das raízes,
com maior número de frutos e maior rendimento, com a dose 58,4 kg CO
2
ha
-1
. Em
temperatura do ar mais elevada, sem a cobertura plástica, o maior rendimento foi
obtido na dose de 100 kg ha
-1
de CO
2
. Plantas cultivadas sob irrigação com água
carbonatada extraíram mais nutrientes do solo.
24
Paula (2008) avaliou os efeitos de diferentes doses de CO
2
, aplicadas via
água de irrigação por gotejamento na prodão da pimenta Tabasco. A aplicação de
207 Kg de CO
2
ha
-1
antes da poda proporcionou aumento de 21% na produção de
frutos da pimenta Tabasco. A aplicação de 452 kg de CO
2
ha
-1
, durante os dois
ciclos de cultivo, proporcionou aumento de 16%, em relação ao tratamento sem CO
2
.
Durante os dois ciclos o número de frutos aumentou em função da dose de CO
2
aplicada via água de irrigação, aa dose 409 kg de CO
2
ha
-1
, decrescendo a partir
dessa dose.
Em experimento, Lima et al. (2003), avaliaram a resposta estomática ao
aumento da concentração do CO
2
atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de
Eucalyptus. O efeito do estresse hídrico reduziu no fechamento dos estômatos foi
similar em ambas à concentração de CO
2
, embora os efeitos positivos do aumento
da concentração do CO
2
sobre a fotossíntese e a eficiência do uso da água de
mantiveram por um período comparativamente mais longo.
Aplicando CO
2
via irrigação na cultura da batata com diferentes doses,
Robles (2003) obteve aumento nos teores de açúcar na cv. Jatte-Bintje e de amido
na cv. Atlantic, não percebendo decréscimo temporário do pH durante a aplicação.
nseca (2001) avaliou a aplicação de CO
2
na água de irrigação na
produção de mudas de tomateiro, beterraba e repolho. Somente as mudas de
tomateiro mostraram resultados favoráveis com a aplicação de CO
2
.
Caliman et al. (2009) trabalhando com enriquecimento intermitente de CO
2
,
observaram alterações apenas na alocação de massa seca de caule na cultivar
Alambra, não havendo efeito na partição de massa seca de folha, de fruto e total dos
híbridos estudados.
Cramer et al. (2001) estudaram o efeito da elevação da concentração de
carbono inorgânico, dissolvido via água de irrigação, na rizosfera de plantas de
tomateiro, no rendimento e qualidade do tomate. Com a concentração de 5000 mmol
mol
-1
de CO
2
conseguiram aumento de 7% em média do peso de frutos comerciais,
mas não houve efeito significativo no rendimento e qualidade com relação ao
controle.
Carneiro Junior (2004) observou que o aumento da concentração de CO
2
na
água proporcionou aumento na produção total, produção comercial e número de
frutos comerciais de tomate, sendo a melhor dose calculada foi de 7,30 L min
-1
. Os
teores nutricionais dos híbridos testados foram alterados devido aplicação de água
25
carbonatada, principalmente a absorção do íon potássio. Estas alterações devem-se,
provavelmente, ás alterações no pH do solo, entre outros fatores.
Estudando o efeito da aplicação de dióxido de carbono via água de irrigação
no tomateiro (híbrido Débora Plus), sob cultivo protegido, Cararo e Duarte (2002),
concluíram que este tratamento proporcionou aumentos de 8,2%; 13%; e 8,5%;
respectivamente na produtividade, peso de fruto de tamanho pequeno e conteúdo de
matéria seca de frutos. Entretanto não foram verificados efeitos significativos sobre o
número de frutos e o peso de frutos de tamanho médio.
O enriquecimento do ambiente com CO
2
proporcionou aumento de massa
nos frutos de tomate, evidenciando que o aumento nas taxas fotossintéticas, devido
ao CO
2
, possibilitou maior acúmulo de carboidratos nos frutos (D'ADRIA et al., 1990).
A aplicação de dióxido de carbono via irrigação, no Brasil é de uso recente,
sendo necessário esclarecer aspectos importantes da aplicação de CO
2
na
produtividade. Foram realizados trabalhos com as culturas da alface, da abobrinha,
do pimentão, do tomate, da batata, do pepino, do melão e da pimenta com
enriquecimento de CO
2
via água de irrigação (FURLAN et al., 2001; PINTO et al.
2001; FÔNSECA, 2001; ARAÚJO, 2002; CARDOSO, 2002; CARARO; DUARTE,
2002; KANO et al., 2002; REZENDE et al., 2003; ROBLES, 2003; CARNEIRO
JUNIOR, 2004; CAÑIZARES et al., 2004; MODOLO et al., 2005; FRIZZONE, et al.
2005; GOMES et al., 2005; FRIZZONE et al., 2005a; D’ALBUQUERQUE JUNIOR. et
al., 2007; BRANCO et al., 2007; TAMAGI et al., 2007; PAULA, 2008; CALIMAN et
al., 2009).
3 MATERIAL E MÉTODOS
Foram conduzidos dois experimentos em épocas diferentes: O primeiro
primavera/verão do ano 2008/2009 e o segundo inverno/primavera de 2009.
3.1 Local de condução dos experimentos
Foram conduzidos dois experimentos em épocas diferentes, ambos em
cultivo protegido no município de Marechal Cândido Rondon, na Estação
Experimental de Horticultura e Controle Biológico, Professor Mário Cesar Lopes”,
pertencente à Universidade Estadual do Oeste do Paraná. O município de Marechal
Cândido Rondon está localizado em altitude dia de 420 m e as coordenadas
cartográficas são de 24°33’31’’S e 54°02’43’’W Gr. O clima da região é do tipo
subtropical úmido, mesotérmico, enquadrando-se conforme a classificação de
Köppen Cfa, com verões quentes, geadas pouco freqüentes, tendências a
concentrações de chuvas nos meses de verão e sem estação seca definida.
3.2 Delineamento experimental
O delineamento experimental inteiramente casualizados, com três repetições,
em esquema fatorial 4x4. O primeiro fator foi composto pelas doses de CO
2
(0, 4, 7 e
10 L min
-1
), e o segundo por quatro híbridos de tomate (Alambra, Sheila, Lumi e
Jennifer) com três repetições.
No primeiro experimento (cultivado solo cultivo protegido), cada parcela foi
constituída de 8 plantas (3,2 m
2
) e para avaliação foram desconsideradas uma
planta em cada extremidade da parcela.
No segundo experimento, cada parcela foi constituída de 5 vasos (18 L), e
para avaliação foram desconsideradas uma planta em cada extremidade da parcela.
27
3.3 Genótipos utilizados
Foram utilizados quatro híbridos Alambra (Clause Vegetable Seeds), Jeniffer,
Lumi e Sheila (Sakata Seed Sudamericana Ltda). Todos os híbridos produzem frutos
do grupo redondo, ou seja, quando o diâmetro longitudinal é maior que o transversal.
A híbrido Alambra é precoce com alto potencial de produção, possuí plantas
vigorosas e ciclo indeterminado. Os frutos são uniformes, longa vida, com excelente
sabor e coloração. Cada racemo produz de 6 a 7 frutos não exigindo o raleio.
Resistente a murcha de verticilio raça 1 (Verticillium dahliae), murcha de fusário
raças 1 e 2 (Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici) e vírus do mosaico do tomateiro –
estirpe 1 (ToMV) (CLAUSE VEGETABLE SEESS, s.d.).
A híbrido Sheila é um híbrido F1, do tipo salada de ciclo indeterminado vida
longa. As plantas são uniformes com internódios curtos. Os frutos pesam em média
200-240g, com excelente qualidade e pequena cicatriz peduncular. Resistente a
murcha de verticilio raça 1 (Verticillium dahliae), murcha de fusário raças 1 e 2
(Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici) e vírus do mosaico do tomateiro estirpe 1
(ToMV) (SAKATA SEED SUDAMERICA LTDA, s.d.).
A híbrido Jennifer é do tipo salada de ciclo indeterminado com alta
produtividade. Frutos são do tipo longa vida de excelente qualidade pesando de 200-
250g. Alto nível de resistência a murcha de verticilio raça 1 (Verticillium dahliae),
murcha de fusário raças 1 e 2 (Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici), vírus do
mosaico do tomateiro estirpe 1 (ToMV), Meloidogyne javanica e Meloidigyne
incógnita raças 1,2,3 e 4 (SAKATA SEED SUDAMERICA LTDA, s.d.).
O híbrido Lumi é um brido do segmento salada com crescimento
indeterminado, possexcelente coloração de frutos e precocidade de produção em
torno 7 dias. Frutos com peso entre 180 e 200 g. Possui alto nível de resistência a
Verticillium dahliae raça 1 (Vd1), Fusarium oxysporum f. sp. Lycopersici raça 1 e 2
(Fol1 e Fol2), Tomato mosaic vírus (ToMV) estirpe Tm1, Meloidogyne incognita
raças 1,2,3 e 4 e Meloidogyne javanica (SAKATA SEED SUDAMERICA LTDA, s.d.).
28
3.4 Aplicação de dióxido de carbono
A aplicação de CO
2
foi realizada por meio da água de irrigação, utilizando
um sistema composto por cilindro de CO
2
líquido sob alta pressão, lvula
reguladora com manômetro e fluxômetro específico para aplicação de gás em água.
A quantidade de CO
2
aplicada foi ministrada pelos flumetro, nas dosagens de 4, 7
e 10 L min
-1
, sendo as aplicações realizadas duas vezes por dia durante 15 min, às
10 e 15 h.
No primeiro experimento a aplicação do gás iniciou-se aos 17 DAT até o
término da colheita, que ocorreu aos 123 DAT. No segundo experimento a aplicação
se iniciou aos 15 DAT até 132 DAT.
3.5 Produção das mudas
As datas da semeadura foram: 01/09/2008 para o primeiro experimento e
06/06/2009 para o segundo experimento. As mudas foram produzidas em bandejas
de poliestireno expandido de 128 células e utilizando substrato comercial. A irrigação
foi realizada de forma manual com regador. Realizou-se adubação das mudas
realizadas em três vezes 15, 20 e 25 dias após a semeadura, no primeiro
experimento. No segundo experimento realizou-se a adubação das mudas aos 20,
25 e 30 DAS. Adubou-se com fertilizante Ouro Verde (15-30-15: N, P e K) na
dosagem 3g L
-1
.
3.6 Transplante das mudas
No primeiro experimento, as mudas foram transplantadas trinta e dois dias
após a semeadura (DAS), quando estas estavam com quatro folhas definitivas.
Realizou-se o transplante em covas com dimensões 0,1 x 0,1 m, diretamente no solo.
29
Cada parcela contou com oito plantas espaçadas 1 m entre linhas e 0,4 m entre
plantas.
No segundo experimento as mudas foram transplantadas quarenta dias após
a semeadura (DAS), quando as mudas estavam com quatro folhas definitivas. O
transplante em covas com dimensões 0,1 x 0,1 m, no centro dos vasos. Este
experimento foi conduzido em vaso de polietileno com volume aproximado de
dezoito litros, devido a problemas fitossanitários ocorridos no ambiente protegido.
Cada parcela contou com cinco vasos, ou seja, uma planta por vaso, espaçadas 1 m
entre linhas e 0,4 m entre plantas.
3.7 Solo e adubação
3.7.1 Primeiro experimento
O solo é classificado como Latossolo Vermelho Eutroférrico, de textura
argilosa, profundo, boa capacidade de retenção de água. A correção do solo,
adubação de plantio e a adubação de cobertura foi realizada com base na análise do
solo (Tabela 1), seguindo a recomendação Gomes et al. (1999).
Tabela 1. Resultado da análise de solo do primeiro experimento. Unioeste. Marechal
Cândido Rondon–PR, 2008-2009
Análise química*
Macronutrientes
Ca Mg K Al H+Al SB CTC Amostra
P
melich
mg dm-3
MO
mgdm-3
pH
CaCl2
0,01 mol L
-1
---------------------------------------Cmol
c
dm
-3
-----------------------------------
V
%
0-20 cm
180 27 6 7,3 2,1 1,2 0 3,2 10,5 13,7 77
20-40 cm
46 16 5,7 4,8 1,2 0,8 0 3,4 6,9 10,3 67
Micronutrientes Amostra
Fe Mn Cu Zn
--------------------------------------------------------------mg dm
-3
-------------------------------------------------------------
0-20 cm
27,7 52,0 8,2 13,6
20-40 cm
31,5 26,4 2,9 2,9
*Análise realizada pelo Laboratório de Química Ambiental e Instrumental, Centro de Ciências Agrárias,
Campus de Marechal Cândido Rondon-PR.
30
Não houve necessidade de calagem, pois a saturação ficou próxima de 80%,
que é indicado para a cultura. Para adubação de base foram necessários 300 kg de
P
2
O
5
ha
-1
e 80 kg de K
2
O ha
-1
, que foram incorporados ao solo. As fontes utilizadas
foram o superfosfato simples e cloreto de potássio.
3.7.2 Segundo experimento
Este experimento foi conduzido em vaso, devido a ocorrência de murcha
bacteriana, que levou a morte algumas plantas. Para preenchimento dos vasos foi
utilizado “solo de barranco” do perfil de um solo tipo Latossolo Vermelho Eutroférrico.
A correção do solo, adubação de plantio e a adubação de cobertura foi realizada
com base na análise do solo (Tabela 2), seguindo a recomendação Gomes et al.
(1999).
Tabela 2. Resultado da análise de solo do segundo experimento. Unioeste. Marechal
Cândido Rondon–PR, 2009
Análise química*
Macronutrientes
Ca Mg K Al H+Al SB CTC P melisch
mgdm
-3
MO mg
dm
-3
pH CaCl
2
0,01 mol L
-1
----------------------------------------Cmol
c
dm
-3
--------------------------------------
V
%
1,8 19 5,0 3,7 1,2 0,8 0,1 3,7 5,8 9,5 61
Micronutrientes
Fe Mn Cu Zn
------------------------------------------------------------------------------mg dm
-3
---------------------------------------------------------------------------
2,9 81,0 1,6 1,2
*Análise realizada pelo Laboratório de Química Ambiental e Instrumental, Centro de Ciências Agrárias,
Campus de Marechal Cândido Rondon-Pr.
Para a calagem foram utilizadas 2 t ha
-1
de calcário dolomítico. Para
adubação de base foram necessários 900 kg de P
2
O
5
ha
-1
e 80 kg de K
2
O ha
-1
, que
foram incorporados ao solo junto com o calcário. As fontes utilizadas foram o
superfosfato simples e cloreto de potássio.
Após a correção e adubação do solo, estes foram misturados com substrato
comercial Plantimax® numa proporção de 3:1 (três partes de solo e uma de
substrato). Vasos plásticos de 18 L foram preenchidos com solo + substrato e
levados para casa de vegetação.
31
A superfície da casa de vegetação foi coberta com lona plástica preta e os
vasos foram distribuídos em linhas de cultivo, sendo que à distância entre o centro
de um vaso para outro foi de 40 cm (Figura 2).
3.8 Estrutura do ambiente de cultivo
Os experimentos foram instalados em ambiente protegido com estrutura tipo
arco com 30 m de comprimento e 7 m de largura, direito de 3,5 m de altura,
coberta com agrofilme de 150 µm de espessura e as fachadas laterais com tela de
sombreamento de 40%.
A casa de vegetação foi dividida em quatro partes com plástico até mais ou
menos 1,5 metros de altura, desta forma, o ambiente protegido ficou dividido em
quatro partes iguais de 3,5 x 15m.
3.9 Clima
As temperaturas e umidades relativas do ar, máximas, dias e mínimas,
foram obtidas pelo sistema de aquisão automática. Os dados foram coletados e
armazenados de hora em hora, por Datta logger digital marca Akso, colocado no
interior da casa de vegetação a 1,2 m de altura.
3.10 Sistema de irrigação
A irrigação da cultura, no primeiro experimento, foi localizada, com
gotejadores a cada 0,4 m. No segundo experimento, foi feita vaso a vaso por
gotejadores. Nos dois experimentos, a irrigação foi feita duas vezes por dia, sendo
que a primeira às 10 horas, e a segunda às 15 horas. O tempo de cada irrigação foi
32
de 30 minutos por dia, aumentando de acordo com os estádios fenológicos. A vazão
foi de 2 L h planta
-1
, aproximadamente.
3.11 Adubação de cobertura e condução do experimento
A adubação de cobertura foi feita semanalmente, nos dois experimentos,
iniciando-se aos 15 dias as o transplante (DAT). As quantidades de adubação
foram calculadas com base no desenvolvimento do tomateiro (GOMES et al., 1999),
dividida em três fases. A primeira fase, a semana, a segunda fase da a 11ª
semana a por último, a terceira fase da 12ª a 1 semana. Para determinar a
quantidade de adubo a ser aplicada em cada fertirrigação, foi divida o total de adubo
indicada em cada fase, pelo número de semanas para referida fase. O principal
fertilizante utilizado foi o complexo cristalino solúvel para uso na horticultura, sua
fórmula contém: 15% de N, 15% de P
2
O
5
; 30% de K
2
0, 3% MgO, 0,025 de B, 0,01%
de Cu, 0,07% de Fe, 0,04 de Mo, 0,04% de Mn e 0,025% de Zn. Para complementar
a adubação foram utilizados as seguintes fontes: uréia, cloreto de potássio e MAP.
A desbrota foi realizada pelo menos duas vezes por semana, durante todo o
ciclo da cultura, quando os brotos estavam pequenos (3 a 5 cm de comprimento). A
operação consistiu na retirada de toda a brotação lateral da planta. A poda apical foi
realizada acima das três folhas localizadas após o sétimo racemo, no primeiro
experimento e após o sexto racemo, no segundo experimento.
Nos dois experimentos, o tomateiro foi conduzido em haste única, sendo
tutorados por fitilho plástico e sendo sustentado por fios de arame. Para o
tutoramento, foram instalados postes de concreto de 2,2 m (dois em cada linha).
Passou-se um arame, na horizontal, sobre as fileiras de plantas, a uma altura de 2 m
que foi fixado aos dois mourões fincados nas cabeceiras das linhas de plantio. Para
sustentação o arame, permitindo que o mesmo permanecesse esticado, foi colocado
estacas de bambu, a cada 4 m.
33
3.12 Tratamento fitossanitários
Foram realizadas pulverizações para mosca branca (Bemisia argentifolii) e
ácaro (Aculops lycopersici) com inseticidas e acaricidas registrados para a cultura do
tomate, nos dois experimentos, sendo que no primeiro a ocorrência de pragas foi
mais severa. Para controle da pinta preta (Alternaria solani) realizaram-se várias
pulverizações preventivas e curativas, com fungicidas registrados para a cultura do
tomate, principalmente no segundo experimento.
3.13 Colheita
No primeiro experimento, os frutos foram colhidos quando atingiram a
coloração rosada (30 a 60% do fruto atingir a coloração vermelha) de acordo com a
Portaria SARC n. 085 de 06 março de 2002. As colheitas foram realizadas em seis
plantas selecionadas de cada tratamento, e separando os frutos por cacho. A
primeira colheita ocorreu no dia 04 de dezembro de 2008, e as seguintes em
07/12/2008, 09/12/2008, 12/12/2008, 15/12/2008, 17/12/2008, 19/12/2008,
22/12/2008, 24/12/2008, 27/12/2008, 29/12/2008, 31/12/2009, 02/01/2009,
06/01/2009, 09/01/2009, 13/01/2009, 16/01/2009, 19/01/2009, 21/01/2009,
23/01/2009, 26/01/2009, 28/01/2009, 30/01/2009 e 03/02/2009, totalizando 24
colheitas. O período de colheita foi de 61 dias.
No segundo experimento, os frutos foram colhidos quando atingiram a
coloração vermelha (quando o fruto apresenta entre 60% e 90% da superfície
vermelha), de acordo com a Portaria SARC n. 085 de 06 março de 2002. As
colheitas foram realizadas em quatro plantas selecionadas de cada tratamento, e
separando os frutos por cacho. A primeira colheita ocorreu no dia 9 de outubro de
2009, e as seguintes em 09/10/2009, 13/10/2009, 15/10/2009, 19/10/2009,
23/10/2009, 26/10/2009, 29/10/2009, 03/11/2009, 06/11/2009, 10/11/2009,
13/11/2009, 17/11/2009, 20/11/2009 e 25/11/2009, totalizando 14 colheitas durante o
ciclo de condução do experimento. O período de colheita foi de 48 dias.
34
Os frutos colhidos de cada repetição foram identificados e recolhidos para o
laboratório. Após a colheita os frutos foram contados e determinado a massa fresca.
Amostra de frutos de cada repetição foram acondicionados em sacos plásticos
devidamente identificados e armazenados em freezer, a aproximadamente -18°C.
3.14 Avaliações dos frutos
As avaliações foram realizadas com base nos frutos colhidos em cada
repetição. Foram avaliadas as seguintes característica:
3.14.1 Componentes de produção
Para avaliação dos componentes de produção, foram utilizados os frutos de
colhidos de cada repetição, avaliando as seguintes características:
a) Número total de frutos por planta (NTF): obtido pela contagem dos frutos
de cada parcela dividindo-se pela quantidade de plantas, com resultado
expresso por plantas;
b) Número de frutos comercial por planta (NFC): obtido pela contagem dos
frutos comercial (diâmetro maior que 50 mm e sem sintomas de doenças,
pragas, distúrbios fisiológicos e/ou danos físicos) de cada parcela dividindo-se
pela quantidade de plantas, com resultado expresso por planta;
c) Número de frutos não comercial por planta(NFR): obtida pela contagem
dos frutos não comercial (diâmetro menor que 50 mm e com sintomas de
doenças, pragas, distúrbios fisiológicos e/ou danos físicos) de cada parcela
dividindo-se pela quantidade de plantas, com resultado expresso por planta;
d) Produtividade de frutos total por ha (PTF): obtida pela massa total dos
frutos de cada parcela, com resultado expresso em toneladas por ha;
e) Produtividade comercial de frutos por ha (PCF): obtida pela massa total de
frutos com diâmetro transversal maior que 50 mm e sem defeitos (sintomas
35
de doenças, pragas, distúrbios fisiológicos e/ou danos sicos) com resultado
expresso em toneladas por ha;
f) Produtividade não comercial de frutos por ha (PNF): obtida pela massa
total de frutos com diâmetro transversal menor que 50 mm e com defeitos
com resultado expresso em toneladas por ha;
g) Produção total de frutos por planta (PTFP): obtida pela massa total dos
frutos de cada parcela, dividido pelo número de plantas, com resultado
expresso em kg por planta;
h) Produção comercial de frutos por planta (PCFP): obtida pela massa total
de frutos de cada parcela, com diâmetro transversal maior que 50 mm e sem
defeitos (sintomas de doenças, pragas, distúrbios fisiológicos e/ou danos
físicos) com resultado expresso em kg por planta;
i) Produção não comercial de frutos por planta (PNFP): obtida pela massa
total de frutos de cada parcela, com diâmetro transversal menor que 50 mm e
com defeitos com resultado expresso em kg por planta;
j) Massa média de fruto comercial (MM): relação entre a produção comercial
de frutos e o número de frutos comerciais, em termos médios, com resultado
expresso em gramas por fruto;
k) Massa média de fruto não comercial (MR): relação entre a produção de
frutos o-comercializáveis e o número de frutos o-comercializáveis, em
termos médios, com resultado expresso em gramas por fruto;
l) Diâmetro transversal (DT): avaliação realizada com o uso de paquímetro
digital, os números foram expressos em milímetros (mm).
3.14.2 Componentes da qualidade do fruto
As análises das características qualitativas foram realizadas no Laboratório
de Tecnologia Processamento de Alimentos (TPA) da Unioeste, Marechal Cândido
Rondon, PR.
Para avaliação foram colhidos 14 frutos por parcela, sendo 2 frutos de cada
cacho. Os frutos foram identificados e armazenados em freezer (-18°C) e avaliados
36
após o fim do experimento. As amostras foram descongeladas, e os frutos
homogeneizados e suco coletado para determinação:
a) Acidez total (AT): mede a quantidade de ácidos orgânicos. Esse pametro é
avaliado por meio de titulação com NaOH (0,1 N), sendo os resultados
expressos em concentração de ácido cítrico; segundo metodologia do Instituto
Adolfo Lutz, 2008;
b) pH: aferido pela leitura direta em peagâmetro digital marca Tecnical;
c) Teor de sólidos solúveis (SS): determinada pela leitura direta em
refratômetro digital. A polpa dos frutos foram descongeladas e trituradas, e o
suco coletado para análise, os resultados foram expressos em °Brix.;
d) SS/AT = sabor: relação obtida entre teor de sólidos solúveis e acidez tituvel.
Os valores dos componentes da produção bem como das características
qualitativas dos frutos foram submetidas a análise de variância. As médias foram
comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Obtiveram as percentagens dos coeficientes
de variação (CV) para todas as características.
3.15 Análise de dados
Depois de tabulados, os dados foram submetidos à análise de variância, as
médias dos híbridos comparadas pelo texto Tukey a 5% de probabilidade e as
médias das doses foram comparadas por contrastes a 5% de probabilidade,
utilizando-se o programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2000). O número de frutos
comerciais, número de frutos não comerciais, mero fruto totais, número de fruto
com podridão apical, massa de fruto com podridão apical, produção não comercial
de fruto por planta e produtividade comercial por há, tiveram os valores
transformados utilizando-se a equação (x+1)
1/2
.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Temperatura e umidade relativa do ar
Na figura 3 e 4 são apresentadas as leituras de temperatura mínima, média
e máxima no interior do ambiente protegido durante o período de condução dos dois
experimentos. No primeiro experimento, os valores médios das temperaturas mínima,
média e máxima do período de cultivo do tomateiro foram 19,30°C, 25,90°C e
35,17°C respectivamente (Figura 3). No segundo experimento os valores médios
das temperaturas mínima, média e máxima do período de cultivo foram 15,70°C,
21,70°C e 30,70°C respectivamente (Figura 4). Verifica-se que a temperatura do ar
no interior do ambiente protegido, durante a condução do segundo experimento foi
mais adequada para o desenvolvimento da cultura do tomate. Giordano e Silva
(2000) relataram que a temperatura média no período de cultivo para a cultura do
tomateiro deve ser de 21°C, mas pode tolerar uma amplitude de 10°C a 34°C.
Segundo Filgueira (2003), no Brasil, sob alta luminosidade, as temperatura ótimas
o de 21-28°C, durante o dia, e 15-20°C, durante a noite.
Segundo Cuartero et al. (1995) a temperatura tem influência em todos os
processos de crescimento e desenvolvimento do tomateiro, apresentando
necessidades que variam conforme cada fase do ciclo, assim como tem grande
influência na translocação dos fotoassimilados. Em condições de temperatura abaixo
de 10°C por longo período ocorre redução na taxa de crescimento, amarelecimento
das folhas e endurecimento das hastes que se tornam quebradiças. Nessas
condições a polinização é deficiente, ocorre abortamento de flores e queda dos
frutos e paralisação da absorção de água e nutrientes (ALVARENGA, 2004). O
mesmo autor ainda relata que temperaturas muito elevadas, acima de 35°C,
provocam abortamento de flores, redução na taxa fotossintética, redução da fixação
de frutos e distúrbios fisiológicos como rachaduras, maturação irregular, lóculo
aberto e podridão apical dos frutos.
38
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
16/10/2008
23/10/2008
30/10/2008
06/11/2008
13/11/2008
20/11/2008
27/11/2008
04/12/2008
11/12/2008
18/12/2008
25/12/2008
01/01/2009
08/01/2009
15/01/2009
22/01/2009
29/01/2009
Data
Temperatura do ar
o
C
Temp. média Temp. Mín. Temp. Máx.
Figura 1. Temperaturas médias, mínimas e máximas do ar (°C) no interior do
ambiente protegido, durante o período experimental. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2008/2009.
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
16/07/2009
23/07/2009
30/07/2009
06/08/2009
13/08/2009
20/08/2009
27/08/2009
03/09/2009
10/09/2009
17/09/2009
24/09/2009
01/10/2009
08/10/2009
15/10/2009
22/10/2009
29/10/2009
05/11/2009
12/11/2009
19/11/2009
Temperatura do ar C
Temp. Média Temp. Mín. Temp. Máx.
Figura 2. Temperaturas médias, mínimas e máximas do ar (°C) no interior do
ambiente protegido, durante o período experimental. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2009.
No primeiro experimento, em 71% dos dias, foram registradas temperaturas
máximas que ultrapassaram o valor de 35°C (Figura 3). A temperatura mínima do ar
39
não foi menor que 10°C em nenhum dia deste experimento, sendo a mínima
registrada de 12,2°C. Para o segundo experimento, em somente 22% dos dias, as
temperaturas máximas ultrapassaram o valor de 35°C (Figura 3), 12,7% dos dias
a temperatura mínima do ar foi inferior a 10,0°C, sendo a mínima registrada de -
1,1°C. Não foram observados danos causados por baixa temperatura.
As temperaturas observadas no primeiro experimento foram superiores as do
segundo. Segundo Giordano e Silva (2000), temperaturas superiores a 26°C causam
redução do ciclo da cultura do tomateiro. Observou-se redução de 15 dias no ciclo
da cultura, entre o segundo (171 dias) e o primeiro experimento (156 dias).
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
16/10/2008
23/10/2008
30/10/2008
06/11/2008
13/11/2008
20/11/2008
27/11/2008
04/12/2008
11/12/2008
18/12/2008
25/12/2008
01/01/2009
08/01/2009
15/01/2009
22/01/2009
29/01/2009
Data
Umidade relativa (%)
UR Média UR Mín. UR Máx.
Figura 3. Umidade relativa do ar máxima, mínima e média (UR%) no interior do
ambiente protegido, durante o período experimental. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2008-2009.
Os valores médios da umidade relativa do ar mínima, média e máxima do
período de cultivo do primeiro experimento foram de 46,0%, 75,4% e 96,0%,
respectivamente (Figura 5). Para o segundo experimento a umidade relativa do ar
mínima, média e máxima, foram de 54,1%, 82,3% e 98,6%, respectivamente (Figura
6).
Nas figuras 5 e 6 são apresentadas as variações da umidade relativa (UR)
do ar (mínima, média e máxima), registrada no ambiente interno do cultivo protegido.
Observa-se que UR máxima, no segundo experimento (98,6%) foi superior ao
40
primeiro experimento (96%). Com relão aos valores mínimos e médios observou-
se uma mesma tendência, ou seja, o valor da umidade relativa do ar mínima e média
no segundo experimento foi sempre superior àqueles médios no primeiro
experimento. Tais resultados eram esperados, uma vez que no segundo
experimento foi realizado no inverno/primavera, enquanto o primeiro foi realizado na
primavera/verão.
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
105,0
16/07/09
23/07/09
30/07/09
06/08/09
13/08/09
20/08/09
27/08/09
03/09/09
10/09/09
17/09/09
24/09/09
01/10/09
08/10/09
15/10/09
22/10/09
29/10/09
05/11/09
12/11/09
19/11/09
Data
Umidade relativa (%)
UR Média
UR Mín
UR Máx.
Figura 4. Umidade relativa do ar máxima, mínima e média (UR%) no interior do
ambiente protegido, durante o período experimental. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2009.
Em ambiente protegido, a umidade relativa do ar é um fator de grande
influência no desenvolvimento vegetativo do tomateiro, onde a umidade relativa
ótima está entre 50% e 60% (SGANZERLA, 1997). Com alta umidade relativa ocorre
a formação de orvalho e as folhas se mantêm úmidas por longo período do dia,
principalmente aquelas localizadas na parte inferior das plantas. Isso favorece o
desenvolvimento de doenças, principalmente causadas por fungos e bactérias
(GIORDANO; SILVA, 2000). No terço final do segundo experimento foi observado
maior incidência de Pinta Preta (Alternaria solani) que é constatada em condições de
lata umidade e temperatura entre 25 e 30°C (KIMATI et al., 2004). As condições
ambientais favoreceram o desenvolvimento de Pinta Preta, este fato pode ser
verificado pela tabela de controle de doenças (Tabela 3 e 4).
41
4.4 Primeiro experimento
4.4.1 Características produtivas e qualitativas dos frutos
Os resumos da análise da variância são apresentados nas tabelas 5, 6 e 7.
De acordo com o teste F da análise de variância houve interação entre as híbridos e
doses de CO
2
para produção comercial de frutos por planta, produção total de fruto
por planta, produtividade comercial de frutos por ha, produtividade total de fruto por
ha e diâmetro transversal de fruto.
Analisando os bridos, verifica-se que houve diferenças significativas para
produção comercial de frutos por planta, produção não comercial de frutos por planta,
produtividade comercial de frutos por ha, produtividade não comercial de fruto por ha,
número de fruto comercial por planta, número de fruto não comercial por planta,
número de fruto total por planta, massa média de fruto comercial, massa média de
fruto não comercial, diâmetro transversal dos frutos, potencial hidrogeniônico, razão
entre o teor de sólidos soveis e acidez total titulável, massa fruto com podridão
apical e número de fruto com podridão apical (Tabela 3, 4 e 5).
Tabela 3. Quadrados médios resultantes da análise de variância para produtividade
comercial de fruto por ha (PCF), produtividade não comercial de fruto por ha (PNF),
produtividade total de fruto por ha (PTF), produção comercial de fruto por planta
(PCFP), produção não comercial de fruto por planta (PFNP) e produção total de fruto
por planta (PTFP). UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
Quadrados médios Fonte variação
GL
PCF PNF PTF PCFP PNFP PTFP
Híbridos (H) 3 1272,3** 8,400** 377,7
ns
2,035** 0,144** 0,540
ns
Doses CO
2
(D) 3 1296,7** 0,433
ns
1296,8** 2,075** 0,006
ns
2,075**
HxD 9 583,5** 0,450
ns
743,2* 0,933** 0,007
ns
1,189
*
Resíduo 32 179,3 0,615 256,1 0,287 0,011 0,409
CV (%) 14,15 18,41 14,18 14,15 8,19 14,18
**Significativo pelo teste F (p 0,01); *Significativo pelo teste F (p 0,05);
ns
o significativo pelo
teste F.
Nas tabelas 3, 4 e 5, verifica-se que as doses de CO
2
aplicadas via água de
irrigação resultaram em efeitos significativos para as variáveis produção comercial
de frutos, produção total de frutos, produtividade comercial de frutos, produtividade
42
total de frutos, número de frutos comerciais, número de frutos totais e teor de sólidos
soveis.
Os coeficientes de variação (CV) para todos os parâmetros variaram de 0,90
a 25,24, indicando boa precisão do experimento para todos os caracteres avaliados
(Tabela 3, 4 e 5). De maneira geral, o CV de cada variável avaliada foi baixo, exceto
para número frutos com podridão apical.
Tabela 4. Quadrados médios resultantes da análise de variância para número de
frutos comerciais por planta (NFC), número de fruto não comercial por planta (NFR),
número de fruto totalpor planta (NFT), massa média de fruto comercial (MM), massa
média de fruto não comercial (MR) e diâmetro transversal de fruto (DT). UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
Quadrados médios Fonte variação
GL
NFC NFR NFT MM MR DT
Híbridos (H) 3 1,973** 2,811** 1,189** 1351,2** 11,62** 37,38**
Doses CO
2
(D) 3 0,841** 0,088
ns
0,591* 89,5
ns
1,77
ns
4,19
ns
HxD 9 0,242
ns
0,231
ns
0,320
ns
172,4
ns
1,61
ns
3,76*
Resíduo 32 0,124 0,178 0,159 94,0 1,09 1,61
CV (%) 6,56 13,92 6,52 7,17 11,33 1,93
**Significativo pelo teste F (p 0,01); *Significativo pelo teste F (p 0,05);
ns
o significativo pelo
teste F.
Tabela 5. Quadrados médios resultantes da análise de variância para potencial
hidrigeniônico (pH), teor de sólidos solúveis (SS), acidez total titulável (AT), razão
entre o teor de sólidos solúveis e acidez total titulável (SS/AT), massa fruto com
podridão apical (MFPA), número de fruto com podridão apical (NFPA). UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
Quadrados médios Fonte variação
GL
pH SS AT SS/AT MFPA NFPA
Híbridos (H) 3 0,039** 0,074
ns
0,005
ns
4,877** 0,053** 2,976**
Doses CO
2
(D) 3 0,001
ns
0,114* 0,002** 0,318
ns
0,002
ns
0,02
ns
HxD 9 0,001
ns
0,037
ns
0,005
ns
0,735
ns
0,015
ns
0,428
ns
Resíduo 32 0,001 0,037 0,001 0,332 0,007 0,301
CV (%) 0,90 5,08 6,14 4,95 7,38 25,24
**Significativo pelo teste F (p 0,01); *Significativo pelo teste F (p 0,05);
ns
o significativo pelo
teste F.
Na Tabela 6, verifica-se que para o número de frutos comerciais não houve
diferença entre a média da testemunha e a média dos tratamentos que receberam
CO
2
via água de irrigação. Também o houve diferença entre a aplicação de 10 L
min
-1
de CO
2
e a média da aplicação de 4 e 7 L min
-1
de CO
2
. Porém, aplicação de 4
L min
-1
de CO
2
proporcionou maior mero de frutos comerciais por plantas que a
aplicão de 7 L min
-1
de CO
2
.
43
Estes resultados corroboram com Branco et al. (2007b), que trabalhando
com enxertia e água de irrigação carbonatada no transporte de
15
N e na produção do
tomateiro, observou que o número de frutos comerciais por planta não teve diferença
significativa entre o tratamento com aplicação de dióxido de carbono dissolvido na
água de irrigação, embora os valores tenham sido maiores no tratamento com
aplicão do gás na água. Cararo e Duarte (2002) o observaram incremento no
número de frutos para a aplicação do gás.
Tabela 6. Médias do número de fruto comercial por planta (NFC), número de frutos
não comercial por planta (NFR), número de fruto total por planta (NFT), massa
média de fruto comercial (MM) e massa média de fruto não comercial em função das
doses CO
2
. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
Variáveis
Doses CO
2
NFC
NFR
NFT
MM
- g -
MR
- g -
D
1
1
29,62 7,73 37,35 138,83 90,22
D
2
+ D
3
+ D
4
27,71 8,79 36,50 134,01 84,73
D
2
+ D
3
27,31 8,76 36,07 133,10 80,29
D
4
28,51 8,85 37,36 135,82 93,59
D
2
30,54 8,73 39,26 133,11 79,67
D
3
24,09 8,79 32,88 133,10 80,91
CV (%) 5,56 13,92 6,52 7,17 11,33
Contraste Significância
3D
1
- D
2
- D
3
- D
4
ns
ns
ns
ns
ns
D
2
+ D
3
- 2 D
4
ns
ns
ns
ns
ns
- D
2
+ D
3
**
ns
**
ns
ns
1-
D
1
= testemunha (Dose CO
2
0 Lmin
-1
), D
2
= dose CO
2
4 Lmin
-1
, D
3
= dose CO
2
7 Lmin
-1
, D
4
= dose
CO
2
10 Lmin
-1
, *= Contraste significativo pelo teste Scheffé (p 0,01), **= Contraste significativo pelo
teste Scheffé (p ≤ 0,05),
ns
= Contraste não significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,05) .
Entre osbridos, o maiormero de frutos comerciais foi obtido pelo híbrido
Alambra (34,15), sendo superior aos demais, diferindo estatisticamente dos híbridos
Sheila (28,24) e Lumi (27,00), sendo este último não diferenciou do híbrido Jennifer
(23,34) (Tabela 7).
Para o número de frutos o comerciais não houve resposta das doses para
nenhum dos contrastes testados, conforme tabela 6. No entanto, houve resposta dos
híbridos, o híbrido Sheila teve maior número de frutos não comercial, diferindo
estatisticamente pelo teste Tukey (p 0,01) dos demais híbridos (Tabela 7). O
híbrido Sheila produziu 48,90% a mais de frutos não comerciais em comparação
com a média do número de frutoso comerciais.
44
Tabela 7. Médias do número de fruto comercial por planta (NFC), número de frutos
não comercial (NFR), número de fruto total por planta (NFT), massa média de fruto
comercial (MM) e massa média de fruto não comercial em função dos híbridos.
UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
Híbridos NFC NFR NFT MM
- g -
MR
- g -
Alambra 34,15 a* 6,18 b 40,33 a 126,33 b 72,75 b
Jennifer 23,34 c 9,05 b 32,39 c 150,17 a 113,89 a
Lumi 27,00 bc 6,17 b 34,42 bc 135,07 b 83,87 b
Sheila 28,24 b 12,69 a 39,71 ab 129,34 b 73,88 b
CV(%) 14,17 13,92 6,52 7,17 11,33
Média 28,18 8,52 36,71 135,21 86,10
*Médias seguidas da letra na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey a 5% probabilidade.
Ainda na Tabela 6, observa-se que houve diferença entre aplicação da dose
4 e 7 L min
-1
de CO
2
, sendo que a 7 L min
-1
proporcionou maior número de fruto total,
porém, o houve diferença entre a média da testemunha e média parcelas que
receberam a aplicação de CO
2
via água de irrigação. A aplicação de 4 L min
-1
de
CO
2
proporcionou maior número total de frutos (39,26), embora esses valores sejam
semelhantes aos obtidos pela dose 0 L min
-1
(37,35) e pela dose 10 L min
-1
(37,36).
O híbrido Alambra foi teve maior número de fruto total, porém, não diferiu
estatisticamente do híbrido Sheila (Tabela 7). O híbrido Jennifer apresentou menor
número total de frutos e não diferiu do híbrido Lumi (Tabela 7).
Paula (2008) observou que o número de frutos de pimenta produzidos por
planta durante dois ciclos de cultivo aumentou segundo uma relação quadtica com
o aumento da dose de CO
2
aplicada via água de irrigação, decrescendo a partir da
dose de 409 kg CO
2
ha
-1
. Furlan et al. (2002) reportaram aumento de 20% no
número de frutos de pimentão por planta, com a aplicação de CO
2
no ambiente
protegido. Os resultados obtidos pos estes autores não foram observados neste
ensaio.
A massa média de fruto é um importante da produção e tamm um
relevante parâmetro relacionado com a qualidade dos frutos por ser a melhor
maneira de exprimir, indiretamente, o seu tamanho.
A massa média dos frutos comerciais sempre é maior do que a massa média
dos frutos não comercias, visto que estes frutos sofreram ataque de pragas ou
doenças e também se desenvolveram menos por causa da competição entre os
frutos por fotoassimilidos, por que neste experimento não foi realizado o raleio dos
frutos.
45
O uso de CO
2
não influenciou na massa média de fruto comercial e não
comercial, como podemos verificar na tabela 6. Já para os híbridos, houve diferença
pelo teste de médias, de acordo com tabela 7, o híbrido Jennifer superou demais
híbridos.
Branco et al. (2004) também não observaram efeito do enriquecimento da
água de irrigação com 5 L min
-1
CO
2
sobre a massa média fruto de tomate.
A adão de CO
2
via água de irrigação o influenciou no pH dos frutos do
tomateiro, conforme podemos verificar na Tabela 8. No entanto, houve diferença
significativa entre os híbridos para esta variável (Tabela 9). Os híbridos Jennifer e
Lumi foram estatisticamente superior pelo teste Tukey (p 0,01), aos híbridos
Alambra e Sheila.
Neste experimento, os valores de pH dos frutos variaram de 4,19 a 4,31,
estes valores de pH situam-se abaixo de 4,5, limite estabelecido para separar frutos
ácidos de não-ácidos (GOULD, 1974) e próximos da faixa de 4,0 e 4,5 citada como
normal para tomate (JONES, 1998). Carvalho et al. (2005) observaram valores
semelhantes, 4,11 a 4,43, para os bridos de tomate de crescimento indeterminado.
A percentagem de sólidos soveis totais está relacionada, principalmente,
ao sabor do fruto e é representada pelo Brix. Nos sólidos solúveis totais estão os
principais componentes que dão o sabor ao fruto do tomateiro e que influenciam na
escolha do consumidor e no rendimento industrial (GIORDANO et al., 2000). A maior
parte das cultivares de tomateiro produz frutos que contêm Brix variando de 5,0 a
7,00.
Conforme a Tabela 8, o teor de sólidos solúveis foi maior em função da
aplicão do CO
2
, confirmado pela superioridade da média dos tratamentos que
receberam CO
2
via água de irrigação. Verificou-se ainda que não houve diferença
entre as doses de CO
2
. O enriquecimento da água de irrigação com CO
2
proporcionou maior teor de sólidos solúveis nos frutos do tomateiro. Porém, não
houve resposta significância pelo teste Tukey 5% de probabilidade para teor de
lidos solúveis entre os híbridos (Tabela 9).
Os resultados encontrados neste trabalho corroboram com os obtidos por
Ferreira et al. (2006), que obteve valores médios de 3,75 e 3,57°Brix para frutos de
tomate. Carvalho et al. (2005) encontraram valores superiores para sólidos solúveis
para híbridos do tipo salada, Andréia (5,05°Brix), Débora Max (4,49°Brix), Carmen
(4,03°Brix) e Diana (3,93°Brix).
46
Tabela 8. Médias do potencial hidrogennico (pH), teor de sólidos solúveis (SS),
acidez total titulável (AT), razão do teor de sólidos solúveis e acidez total tituvel em
função das doses de CO
2
. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
1-
D
1
= testemunha (Dose CO
2
0 Lmin
-1
), D
2
= dose CO
2
4 Lmin
-1
, D
3
= dose CO
2
7 Lmin
-1
, D
4
= dose
CO
2
10 Lmin
-1
, *= Contraste significativo pelo teste Scheffé (p 0,01), **= Contraste significativo pelo
teste Scheffé (p ≤ 0,05),
ns
= Contraste não significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,05).
Assim como os sólidos solúveis, a acidez titulável foi superior em função da
aplicão do CO
2
, conforme Tabela 8, confirmado pela superioridade da média dos
tratamentos que receberam CO
2
via água de irrigação comparada com a testemunha,
que não recebeu CO
2
. No entanto, não houve diferença entre as doses aplicadas.
Conclui-se que a aplicação de CO
2
influenciou no aumento da percentagem de
acidez titulável, porém não houve diferença entre as doses testadas.
Tabela 9. Médias do potencial hidrogennico (pH), teor de sólidos solúveis (SS),
acidez total titulável (AT), razão do teor de sólidos solúveis e acidez total tituvel
(SS/AT) em função dos híbridos. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-
2009
Híbridos pH SS
-°Brix-
AT
-%-
SS/AT
Alambra 4,20 b 3,73 a 0,325 b 11,55 b
Jennifer 4,31 a 3,72 a 0,302 c 12,34 a
Lumi 4,27 a 3,88 a 0,328 b 11,80 ab
Sheila 4,19 b 3,82 a 0,355 a 10,81 c
CV(%) 0,92 5,08 6,14 4,95
Média 4,25 3,79 0,327 11,362
*Médias seguidas da letra na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey (p 0,05).
Frizzone et al. (2005a) avaliaram a qualidade do meloeiro em ambiente
protegido com aplicação de CO
2
e observaram efeito significativo do CO
2
sobre a
acidez total.
Variáveis
Doses CO
2
pH
SS
-°Brix-
AT
-%-
SS/AT
D
1
1
4,24 3,69 0,31 11,86
D
2
+D
3
+D
4
4,24 3,98 0,33 11,55
D
2
+D
3
4,24 4,05 0,33 11,56
D
4
4,23 3,84 0,34 11,54
D
2
4,23 3,89 0,34 11,50
D
3
4,25 4,21 0,32 11,63
CV (%) 0,90 5,08 6,14 4,95
Contraste Significância
3D
1
- D
2
- D
3
- D
4
ns
*
**
ns
+D
2
+ D
3
- 2 D
4
ns
ns
ns
ns
-D
2
+ D
3
ns
ns
ns
ns
47
Caliman et al. (s.d.) avaliaram o efeito dos ambientes e de genótipos sobre a
acidez de frutos de tomateiro, obtiveram valores 0,31 em cultivo protegido e 0,35 no
campo para acidez titulável (expressa % ácido cítrico). Já Mitchell et al. (1991)
encontraram valores ainda menores para a percentagem de ácido cítrico chegando
0,25%.
Para acidez titulável (Tabela 9) não houve significância pelo teste Tukey (p
0,05) para os híbridos, os valores encontrados ficaram entre o intervalo de 0,302% a
0,355% de ácido cítrico.
Com relação à qualidade dos frutos, para Kader et al. (1978) e Mencarelli e
Salveit Jr. (1988), os frutos de tomate podem ser considerados saborosos quando
possuem relação entre os sólidos solúveis totais e acidez titulável superior a 10 e
isso foi verificado para todos os tratamentos realizados, o que caracteriza todos os
frutos produzidos como adequados para o consumo in natura. Os mesmos autores
sugerem ainda que frutos de alta qualidade devem possuir valores superiores a 0,32
% e 3 % para acidez titulável e lidos soveis totais, respectivamente.
Para a razão de teor de sólidos soveis e acidez titulável (SS/AT), não houve
resposta das doses de CO
2
para es variável (Tabela 8), mas houve resposta
significativa dos híbridos. Foram observados valores de 10,81 a 12,34 para SS/AT,
sendo que os híbridos Jennifer (12,34) e Lumi (11,80) foram superiores
estatisticamente o híbrido Alambra (11,55), porém este não diferenciou do híbrido
Lumi, e o híbrido Sheila (10,81) foi inferior aos demais híbridos (Tabela 9). Os
resultados obtidos neste experimento corroboram com os valores encontrados por
Carvalho et al. (2005). No entanto, os valores para SS/AT encontrados neste
experimento foram baixos, segundo Gil et al. (2002), a relação SS/AT ótima para o
consumo de tomate é de 14,5. Entretanto, frutos que apresentam a relão SS/AT
menor que 10, não é considerado saboroso. Os valores encontrados neste
experimento podem ser explicados pelo fato que os frutos não estavam totalmente
maduros quando colhidos para fazer a analise dos mesmos.
Frizzone et al. (2005b) estudaram os efeitos da aplicação de quatro doses
de CO
2
via irrigação e quatro doses de K
2
O, na cultura do melão. Observaram efeito
significativo do CO
2
sobre a acidez total, o teor de sólido solúveis e o pH da polpa
dos frutos.
De acordo com a Tabela 10, não houve resposta das doses de CO
2
aplicadas para massa de fruto com podridão apical e para mero de frutos com
48
podridão apical. No entanto, os híbridos apresentaram reposta significativa para esta
variável. Para o número de frutos com podridão apical o híbrido Sheila diferenciou-se
dos híbridos Alambra, Jennifer e Sheila. O parâmetro massa de frutos com podridão
apical, os bridos Jennifer e Sheila foram superior aos demais, no entanto o híbrido
Jennifer não diferenciou do híbrido Alambra. O híbrido Lumi foi o que produziu
menor massa de fruto com podridão apical, mas não diferiu do híbrido Alambra
(Tabela 11). O híbrido Sheila obteve maior massa de frutos com podridão apical
resultante do maior número de frutos afetados pela podridão apical.
Na Tabela 10, verifica-se que não houve efeito das doses de CO
2
aplicadas
sobre a produção não comercial de frutos por ha. Mas foi verificada diferença entre
os híbridos para esta varvel. Os híbridos Jennifer e Sheila foram estatisticamente
(p 0,05) superior aos híbridos Lumi e Alambra para a produção de frutos não
comercias,Tabela 11. A produção de frutoso comerciais pode ser atribuído,
provavelmente a incidência de pragas e pelo não raleio dos frutos, isso pode ter
gerado frutos com diâmetro menor que 50 mm, considerado não comercial.
Tabela 10. Média da massa fruto com podridão apical por planta (MFPA), número de
fruto com podridão apical por planta (NFPA), produtividade não comercial de fruto
por planta (PNF) e produção não comercial de fruto por ha (PNFP) em função das
doses de CO
2
. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
1-
D
1
= testemunha (Dose CO
2
0 Lmin
-1
), D
2
= dose CO
2
4 Lmin
-1
, D
3
= dose CO
2
7 Lmin
-1
, D
4
= dose
CO
2
10 Lmin
-1
, *= Contraste significativo pelo teste Scheffé (p 0,01), **= Contraste significativo pelo
teste Scheffé (p ≤ 0,05),
ns
= Contraste não significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,05).
De acordo com a Tabela 11 a média produtividade não comercial de frutos
por ha foi submetida ao teste Tukey (5%), os híbridos Jennifer e Sheila diferiram
estatisticamente dos híbridos Lumi e Alambra. Em relação à produtividade total de
Variáveis
Doses CO
2
MFPA
-g-
NFPA
PNP
-kg-
PNFP
-t ha-
D
1
1
0,326 4,31 0,684 17,11
D
2
+D
3
+D
4
0,340 4,16 0,742 18,56
D
2
+D
3
0,365 4,29 0,705 17,63
D
4
0,291 3,89 0,817 20,41
D
2
0,359 4,23 0,697 17,43
D
3
0,370 4,36 0,713 17,83
CV (%) 7,38 25,24 8,19 14,15
Contraste Significância
3D
1
- D
2
– D
3
– D
4
ns
ns
ns
ns
D
2 +
D
3
–2 D
4
ns
ns
ns
ns
-D
2 +
D
3
ns
ns
ns
ns
49
cada híbrido a percentagem de produtividade não comercial foi de 22,97%, 20,68%,
11,85% e 9,23%, respectivamente para híbrido Jennifer, Sheila, Lumi e Alambra.
Não houve influência das doses de CO
2
na produção não comercial de frutos por
planta (Tabela 10).
Tabela 11. Médias da massa fruto com podridão apical por planta (MFPA), número
de fruto com podridão apical por planta (NFPA), produção não comercial de fruto por
planta (PNFP) e produtividade não comercial de fruto por ha (PNFP) em função dos
híbridos. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
Híbridos MFPA
-kg-
NFPA PNFP
-kg-
PNF
-t ha-
Alambra 0,236 bc 3,37 b 0,444 b 11,18 b
Jennifer 0,402 ab 3,85 b 1,040 a 26,01 a
Lumi 0,178 c 1,93 b 0,513 b 12,84 b
Sheila 0,529 a 7,63 a 0,909 a 22,74 a
CV(%) 7,38 25,24 8,19 8,19
Média 0,336 4,19 0,727 18,20
*Médias seguidas da letra na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey a 5% probabilidade.
Na Tabela 12 verifica-se que, para o brido Alambra a produção comercial
de frutos por ha foi reduzido em fuão da aplicação de CO
2
, confirmado pela
superioridade da média da testemunha em função das médias dos tratamentos que
receberam CO
2
via água de irrigação. Ainda para este brido, verifica-se que a
aplicão de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produção comercial de frutos por
planta quando comparado á média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de
CO
2
aplicados via água de irrigação. A dose de 7 L min
-1
de CO
2
proporcionou a
menor prodão comercial de frutos. Ainda na mesma Tabela observa-se que a
aplicão de CO
2
não afetou significativamente a produção comercial de frutos para
os Lumi e Sheila. No entanto, para o híbrido Jennifer verificou-se que aplicação de 4
L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produção comercial de frutos do que 7 L min
-1
de
CO
2
. Não houve resposta significativa para os outros contrastes testados para este
híbrido.
Os híbridos Alambra (5,15 kg) e Jennifer (3,79 kg) apresentaram maior
produção comercial de frutos por planta para dose 0 L min
-1
(testemunha), enquanto
que os híbridos Lumi (4,49 kg) e Sheila (3,81 kg) foram mais produtivos na dose 4 L
min
-1
, evidenciando comportamentos diferentes dos híbridos em relação à água
carbonatada (Tabela 12).
50
Tabela 12. Médias da produção comercial de frutos por planta (PCFP), produção
total de frutos por planta (PTFP), produtividade comercial de frutos por ha (PCF),
produtividade total de frutos por ha (PTF) e dmetro transversal de fruto, por
híbridos ou grupo de híbridos, nas doses 0, 4, 7 e 10 L min
-1
de CO
2
, e significância
dos contrastes. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2008-2009
Variáveis
Híbridos/Doses de CO
2
PCFP
-kg-
PTFP
-kg-
PCF
-ha-
PTF
-ha-
DT
-mm-
H
1
/D
1
1
5,15
5,51
128,83
137,70
65,81
H
1
/D
2
+ H
1
/D
3
+ H
1
/D
4
4,09
4,57
102,36
114,31
65,10
H
1
/D
2
+ H
1
/D
3
3,59
4,01
89,87
100,13
64,39
H
1
/D
4
5,09
5,71
127,32
142,67
66,51
H
1
/D
2
4,26
4,75
106,63
118,85
65,22
H
1
/D
3
2,92
3,26
73,11
81,42
63,55
H
2
/D
1
3,79
4,82
94,69
120,43
68,54
H
2
/D
2
+ H
2
/D
3
+ H
2
/D
4
3,39
4,43
84,65
110,75
67,94
H
2
/D
2
+ H
2
/D
3
3,47
4,46
86,84
111,62
68,38
H
2
/D
4
3,21
4,36
80,27
109,03
67,07
H
2
/D
2
3,61
4,44
90,24
111,05
67,22
H
2
/D
3
3,34
4,49
83,43
112,19
69,54
H
3
/D
1
3,76
4,35
93,99
108,79
65,21
H
3
/D
2
+ H
3
/D
3
+ H
3
/D
4
3,83
4,32
95,73
107,93
64,91
H
3
/D
2
+ H
3
/D
3
3,74
4,17
93,60
104,37
63,97
H
3
/D
4
4,00
4,60
99,99
115,06
66,77
H
3
/D
2
4,49
5,01
112,37
125,19
63,74
H
3
/D
3
2,99
3,34
74,83
83,54
64,21
H
4
/D
1
3,57
4,33
89,28
108,32
63,50
H
4
/D
2
+ H
4
/D
3
+ H
4
/D
4
3,46
4,42
86,43
110,40
64,13
H
4
/D
2
+ H
4
/D
3
3,64
4,62
90,89
115,60
63,75
H
4
/D
4
3,10
4,00
77,51
110,01
64,89
H
4/
D
2
3,81
4,76
95,23
119,11
63,63
H
4
/D
3
3,46
4,48
86,56
112,10
63,88
CV (%) 14,15
14,18
14,15
14,18
2,32
Contrastes Significância
3H
1
/D
1
- H
1
/D
2
- H
1
/D
3
- H
1
/D
4
** * ** **
ns
H
1
/D
2
+ H
1
/D
3
-2 H
1
/D
4
** ** ** ** *
-H
1
/D
2
+ H
1
/D
3
** ** ** **
ns
3H
2
/D
1
- H
2
/D
2
- H
2
/D
3
- H
2
/D
4
ns ns
ns
ns
ns
H
2
/D
2
+ H
2
/D
3
-2 H
2
/D
4
ns
ns
ns
ns
ns
-H
2
/D
2
+ H
2
/D
3
ns
ns
ns
ns
*
3H
3
/D
1
- H
3
/D
2
- H
3
/D
3
- H
3
/D
4
ns
ns
ns
ns
ns
H
3
/D
2
+ H
3
/D
3
-2 H
3
/D
4
ns
ns
ns
ns
**
-H
3
/D
2
+ H
3
/D
3
**
** ** **
ns
3H
4
/D
1
- H
4
/D
2
- H
4
/D
3
- H
4
/D
4
ns
ns
ns
ns
ns
H
4
/D
2
+ H
4
/D
3
-2 H
4
/D
4
ns
ns
ns
ns
ns
-H
4
/D
2
+ H
4
/D
3
ns
ns
ns
ns
ns
1
-
H
1
= híbrido Alambra, H
2
= híbrido Jennifer, H
3
= híbrido Lumi, H
4
= híbrido Sheila, D
1
= testemunha
(Dose CO
2
0 Lmin
-1
), D
2
= dose CO
2
4 Lmin
-1
, D
3
= dose CO
2
7 Lmin
-1
, D
4
= dose CO
2
10 Lmin
-1
, *=
Contraste significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,01), **= Contraste significativo pelo teste Scheffé (p
0,05),
ns
= Contraste não significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,05) .
Na Tabela 13, o desdobramento dos híbridos dentro das doses, verificou-se
que houve diferença significativa dos híbridos para a dose testemunha e dose 10 L
51
min
-1
de CO
2
para produção comercial de frutos, sendo o híbrido Alambra superior
aos demais bridos. Ainda na mesma Tabela observa-se que não houve diferença
entre os híbridos quando estes receberam as doses 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água
de irrigação
Branco (2004) trabalhando com a aplicação de duas doses de CO
2
(5 e 10 L
min
-1
) em tomateiro enxertado e pé-franco verificou que o CO
2
dissolvido na água de
irrigação, não alterou a produtividade do tomateiro. Hartz e Holt (1991) estudaram o
efeito de doses de CO
2
(0; 0,5 e 1,0 g L
-1
) na água de irrigação sobre as plantas de
tomate e pepino e não constataram aumentos de produção em nenhuma delas.
Tabela 13. Médias da produção comercial por planta (PCFP), produção total de
frutos por planta (PTFP), produtividade comercial de frutos por ha (PCF),
produtividade total de frutos por ha (PTF) e diâmetro transversal (DT) em função dos
híbridos dentro de cada dose de CO
2
aplicada. UNIOESTE. Marechal Cândido
Rondon-PR, 2008-2009
PFCP PTFP PCF PTF DT Doses
CO
2
Híbridos
-kg- -kg- -t ha- -t ha- -mm-
Alambra 5,153 a* 5,508 a 128,83 a 137,70 a 65,81 ab
Jenifer 3,788 b 4,817 a 94,69 b 120,42 a 68,54 a
Lumi 3,760 b 4,351 a 93,99 b 108,79 a 65,21 b
0
L min
-1
Sheila 3,571 b 4,333 a 89,28 b 108,32 a 63,50 b
Alambra 4,265 a 4,754 a 106,63 a 118,84 a 65,22 ab
Jenifer 3,610 a 4,442 a 90,24 a 111,04 a 67,22 a
Lumi 4,494 a 5,008 a 112,37 a 125,19 a 63,74 b
4
L min
-1
Sheila 3,809 a 4,764 a 95,23 a 119,11 a 63,62 b
Alambra 2,924 a 3,257 a 73,11 a 81,42 a 63,55 b
Jenifer 3,337 a 4,488 a 83,43 a 112,19 a 69,53 a
Lumi 2,993 a 3,342 a 74,83 a 83,54 a 64,21 b
7
L min
-1
Sheila 3,462 a 4,484 a 86,56 a 112,19 a 63,87 b
Alambra 5,092 a 5,707 a 127,32 a 142,66 a 66,51 a
Jenifer 3,211 b 4,361 ab 80,27 b 109,03 ab
67,07 a
Lumi 3,999 ab 4,602 ab 99,99 ab
113,06 ab
66,77 a
10
Lmin
-1
Sheila 3,100 b 4,000 b 77,51 b 100,01 b 64,89 a
CV(%) 14,4 14,08 14,15 14,18 1,93
Média 3,786 4,514 94,64 112,84 65,58
*Médias seguidas da letra na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey a 5% probabilidade.
Por outro lado, Cramer et al. (2001) constataram aumento de 7% na
produção comercial do tomateiro com enriquecimento carbônico de 1,0 g L
-1
na
rizosfera da planta, devido á redução de 57% na incidência de podridão apical nos
frutos em relação à testemunha.
52
Na Tabela 12 observa-se que para o híbrido Alambra, a produção total de
frutos foi reduzida com a aplicação do CO
2
, confirmada pela superioridade da média
da média da testemunha em fuão das médias dos tratamentos que receberam
CO
2
via água de irrigação. Ainda para este híbrido, verificou-se que a aplicação de
10 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produção total de frutos quando comparado a
média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação, e
a dose 7 L min
-1
proporcionou a menor produção total de frutos. Ainda na mesma
tabela verifica-se que a aplicação do CO
2
via água de irrigação não afetou
significativamente a produtividade total de frutos para os Jennifer, Lumi e Sheila,
exceto o Lumi que a aplicação de 4 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produção
total em relação à dose 7 L min
-1
de CO
2
.
No desdobramento dos híbridos dentro de doses, houve diferença(p 0,05)
entre os híbridos para a dose 10 L min
-1
de CO
2
. O híbrido Alambra e Lumi foram
estatisticamente superior, porém o segundo o diferiu dos híbridos Sheila e
Jennifer (Tabela 13).
Os híbridos Alambra (5,508 kg) e Jennifer (4,817 kg) obtiveram maior
produção total por planta na dose 0 L CO
2
min
-1
, enquanto que os híbridos Lumi
(5,008 kg) e Sheila (4,764) tiveram maior produção na dose 4 L CO
2
min
-1
(Tabela
12).
Estes resultados estão de acordo com Branco et al. (2007a) não observaram
diferença entre os tratamentos de doses de CO
2
para massa fresca de fruto
comercial e massa fresca de frutos total por planta. Baiget
2
(2002) (Apud BRANCO,
2004) tamm não encontrou diferença na produção total e comercial com aplicação
de CO
2
, via água de irrigação, quando cultivado em solo natural, pois quando
cultivado em substrato houve aumento de ganho em produção, quando irrigado com
CO
2
dissolvido na solução nutritiva.
A produtividade comercial de frutos por ha, conforme Tabela 12, para o
híbrido Alambra foi reduzida em função da aplicação do CO
2
, confirmado pela
superioridade da média da testemunha em função do média dos tratamentos que
receberam CO
2
via água de irrigação. Ainda para este híbrido, verificou-se que a
aplicão de 10 L min
-1
proporcionou maior produtividade comercial de frutos
2
BAIGET, S. G. Efectes de la fertirrigación carbónica i de l’oxigenación del medi radicular en la
productivital dels cultius hortícules. Lleida, 2002. 174 p. Tese (Doutorado) Departamento de Meio
Ambiente e Ciências do Solo, Universidade de Lleide, Espanha.
53
quando comparado à média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via
água de irrigação, e a dose de 7 L min
-1
de CO
2
proporcionou a menor produtividade
comercial de frutos por ha. Na mesma tabela, verificou-se que a aplicação do CO
2
via água de irrigação não afetou significativamente a produtividade comercial de
frutos para os híbridos Jenifer, Lumi e Sheila. Exceto para aplicação de 4 e 7 de CO
2
min
-1
para o híbrido Lumi, sendo a que aplicão de 4 L min
-1
de CO
2
via água de
irrigação proporcionou maior produtividade comercial de frutos.
No desdobramento dos híbridos dentro das doses houve diferença pelo teste
Tukey (P 0,05) para testemunha, onde o híbrido Alambra foi superior aos demais
híbridos quando não foi aplicado CO
2
. Na dose 10 L min
-1
de CO
2
o híbrido Alambra
foi superior aos demais, mas, não diferiu estatisticamente do híbrido Lumi (Tabela
13). Esses resultados indicam que houve significância do contraste, pom, as doses
de CO
2
aplicadas não aumentaram a produtividade comercial de frutos por ha, pois
produtividade da testemunha foi superior a produtividade dos tratamentos que
receberam o gás.
Os híbridos Alambra e Jennifer apresentaram maiores produtividades
comercial de frutos, 128,83 t ha
-1
e 94,69 t ha
-1
de frutos, respectivamente, quando
não foi aplicado o CO
2
na água de irrigação (controle), enquanto os outros híbridos
foram mais produtivos quando se utilizou a dose 4 L min
-1
de CO
2
na água de
irrigação. Com esta dose, o híbrido Lumi com 112,37 t ha-1, e finalmente o híbrido
Sheila com 95,23 t ha
-1
(Tabela 12).
Quando verifica os relatos na literatura, Cararo (2000), trabalhando com a
cultura do tomate (cultivar Débora-Plus), obteve incremento de 8,2% na produção
com a aplicação da dose de CO
2
de 7,73 g L
-1
. Estudos de D`Andria et al. (1990),
sobre efeitos da água carbonatada e “mulchung” em tomateiro, obtiveram
incremento de 7 t ha
-1
com a utilizão de “mulching” e aplicação de CO
2
.
Novero et
al. (1991) obtiveram aumento no ganho de produção do tomateiro na ordem de 9 %
em produtividade com irrigação com água carbonatada e uso de “mulchingcomo
cobertura do canteiro de cultivo.
Os resultados obtidos não revelaram ganhos na produção na magnitude
geralmente citada na literatura. Possivelmente, algum fator climático, ou interação
entre eles, juntamente com aspectos de manejo do ambiente, podem ter sido
responsáveis pela limitação de resposta ao incremento de CO
2
.
54
Branco et al (2007b) estudaram os efeitos da aplicação de CO
2
, via água de
irrigação, e da enxertia e na massa fresca de frutos comerciais na cultura do
tomateiro. Não teve diferença significativa para a aplicação de 110 g CO
2
por planta
(aplicado dos 34 DAT até o final do ciclo da cultura) na produção de massa fresca de
frutos comerciais.
Em diversas culturas foram relatados acréscimos de produtividade pela
aplicão de CO
2
, com relatos na literatura por rios autores. Na cultura do Melão
(10,4%), aplicando uma dose de 301,8 kg ha
-1
(CARDOSO, 2002). Na cultura do
pimentão, Guri et al. (1999), aplicando a concentração de 400 ppm de CO
2
em
solução nutritiva observaram acréscimo de 10% na produtividade. Paula (2007)
obteve incremento de 21% na produção de frutos de pimenta com a aplicação de
207 Kg CO
2
ha
-1
, antes da poda. Pinto et al. (2001) obteve maiores produtividades
de melão nos tratamentos com aplicação de CO
2
via água de irrigação.
Gualberto et al. (2007) obtiveram produção de 151,7 t ha
-1
de frutos de
tomate do híbrido Sheila. Esta produção foi superior as obtidas neste experimento.
Verifica-se na Tabela 12, que a produtividade total de frutos do híbrido
Alambra foi reduzida em função da aplicação do CO
2
, fato este, confirmada pela
superioridade da média da testemunha em relação as médias dos tratamentos que
receberam CO
2
via água de irrigação. Ainda para este híbrido, verificou-se que a
aplicão de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produtividade total de frutos por
ha quando comparado á média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação, e a dose de 7 L min
-1
de CO
2
proporcionou a menor
produtividade comercial de frutos por ha. Ainda na mesma tabela verificou-se que a
aplicão do CO
2
via água de irrigação não afetou significativamente a produtividade
comercial de frutos para os híbridos Jennifer, Lumi e Sheila.
No desdobramento dos híbridos dentro de doses, conforme na Tabela 13, o
híbrido Jennifer foi superior aos demais em todas as doses de CO
2
aplicadas, exceto
na dose 10 L min-1 de CO
2
quando não houve diferença.
O híbrido Alambra apresentou a maior média de produtividade total de frutos
(142,67 t ha
-1
) no tratamento dose 10 L min
-1
de CO
2
, o híbrido Jennifer teve maior
produtividade total de frutos (120,43 t ha
-1
) no tratamento dose 0 (sem s),
enquanto os híbridos Jennifer (119,11 t ha
-1
) e Lumi (125,19 t ha
-1
) foram mais
produtivas quando submetida a dose 4 L min
-1
de CO
2
(Tabela12).
55
Carneiro Junior (2004) observou que a máxima produção de frutos de
tomate foi atingida com a concentração de 7,3 L min
-1
de CO
2
na água de irrigação.
A partir desta concentração, houve um declínio na produção.
Para o diâmetro transversal dos frutos, o desdobramento de doses dentro de
híbridos, na Tabela 12, verifica-se que para o híbrido Alambra e Lumi, o diâmetro
transversal foi reduzido em função da aplicação do CO
2
, confirmado pela
superioridade da média da testemunha em função da média dos tratamentos que
receberam CO
2
via água de irrigação. Ainda para este híbrido o houve diferença
entre as doses de CO
2
aplicadas via de irrigação. Para o híbrido Jennifer, as médias
do diâmetro transversal do fruto quando aplicado 4 L min
-1
de CO
2
foi superior a
média dos tratamentos que receberam 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação. Não
houve do híbrido Sheila para aplicação de CO
2
via água de irrigação.
Para o desdobramento dos híbridos dentro de doses, houve diferença para a
dose 0 e 4 L min
-1
CO
2
, o híbrido Jennifer e Lumi foram foram superior aos demais
híbridos, porém este não foi estatisticamente superior ao Híbrido Lumi e Sheila. Para
a dose 7 L min
-1
CO
2,
o híbrido Jennifer superou os outros híbridos. Para a dose 10 L
min
-1
CO
2
não
houve resposta dos híbridos (tabela 13).
Para o diâmetro transversal de fruto o híbrido Jennifer (69,54 mm)
apresentou maior diâmetro na dose 7 L min
-1
de CO
2
, o híbrido Lumi (66,77mm), o
híbrido Sheila (64,89) e Alambra (66,51 mm) obtiveram maior diâmetro com
aplicão da dose 4 (10 L min
-1
) (Tabela 12).
Na cultura do pimentão, Furlan et al. (2002) observaram que a aplicação de
CO
2
no ambiente protegido possibilitou a obtenção de maior diâmetro, na ordem de
11% em relação ao ambiente protegido, sem aplicação de CO
2
.
Caliman et al. (2008) estudando o desempenho de cultivares de tomate
salada indeterminado em ambiente protegido, obtiveram produção comercial para
cultivar Sheila de 6,06 kg por planta, com diâmetro médio de 157 mm.
56
4.5 Segundo experimento
4.5.1 Características produtivas e qualitativas dos frutos
Os resumos da análise da variância para os dados de produção e qualidade
encontram-se nas Tabelas 14, 15 e 16. Verifica-se que não houve efeito da
interação entre os fatores (Híbridos x Doses) para nenhuma das caractesticas,
entretanto, foram constatados efeitos isolados de híbridos e doses para algumas
características.
Tabela 14. Quadrados médios resultantes da análise de variância para produção
comercial por planta (PCFP), produção não comercial de fruto por planta (PFNP),
produção total de fruto por planta (PTFP), produtividade comercial de fruto (PCF),
produtividade não comercial de fruto (PNF) e produtividade total de fruto (PTF).
UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2009
Quadrados médios Fonte variação GL
PCFP PNFP PTFP PCF PNF PTF
Híbridos (H) 3 0,41
ns
3,249** 138,55
ns
0,000
ns
0,039** 0,222
ns
Doses CO
2
(D) 3 1306,69** 1,382** 899,42** 2,090** 0,017** 1,439**
HxD 9 114,27
ns
0,313
ns
98,28
ns
0,182
ns
0,004
ns
0,157
ns
Resíduo 32 118,19 0,257 86,43 0,189 0,003 0,138
CV 15,09 16,44 11,37 15,09 4,92 11,37
Média 72,04 9,74 81,78 2,88 0,39 3,27
**Significativo pelo teste F (p 0,01); *Significativo pelo teste F (p 0,05);
ns
Não significativo pelo
teste F.
Os valores dos quadrados dios indicam que houve efeito significativo
para doses de CO
2
para produção comercial fruto por planta, produção não
comercial por planta, produção total de fruto por planta, produtividade comercial de
fruto por ha, produção de fruto não comercial por planta, produtividade total fruto por
ha, número frutos comerciais, número de frutos não comerciais, massa média de
fruto comercial, acidez titulável e SS/AT (Tabela 14, 15 e 16).
Os híbridos influenciaram significativamente a produção não comercial de
frutos por planta, produtividade não comercial de fruto por ha, mero de fruto
comercial, número de fruto não comercial, número de fruto total, massa média de
fruto comercial, massa média de fruto não comercial, diâmetro transversal, pH,
57
acidez titulável, razão entre o teor de sólidos solúveis e acidez titulável, massa fruto
com podridão apical e número de fruto com podridão apical (Tabela 14, 15 e 16).
Tabela 15. Quadrados dios resultantes da análise de variância para número de
frutos comerciais por planta (NFC), número de fruto não comercial por planta (NFR),
número de fruto total por planta (NTF), massa média de fruto comercial (MM), massa
média de fruto não comercial (MR) e diâmetro transversal de fruto (DT). UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2009
Quadrados médios Fonte variação
GL
NFC NFR NTF MM MR DT
Híbridos (H) 3 0,820** 1,983** 2,348** 2444,9** 1,963** 77,80**
Doses CO
2
(D) 3 0,893** 0,972* 0,289
ns
659,5** 0,578
ns
6,59
ns
HxD 9 0,129
ns
0,199
ns
0,112
ns
38,9
ns
0,130
ns
2,02
ns
Resíduo 32 0,085 0,264 0,110 105,4 0,324 2,81
CV 6,37 16,75 5,85 8,08 8,53 2,62
Média 22,84 8,81 31,66 127,22 43,90 63,85
**Significativo pelo teste F (p 0,01); *Significativo pelo teste F (p 0,05);
ns
o significativo pelo
teste F.
Tabela 16. Quadrados médios resultantes da análise de variância para potencial
hidrigeniônico (pH), teor de sólidos solúveis (SS), acidez total titulável (AT), razão
entre o teor de sólidos solúveis e acidez total titulável (SS/AT), massa fruto com
podridão apical (MFPA), número de fruto com podridão apical. UNIOESTE. Marechal
Cândido Rondon-PR, 2009
Quadrados médios Fonte variação
GL
pH SS AT SS/AT MFPA NFPA
Híbridos (H) 3 0,049** 0,250
ns
0,007** 7,062** 0,005** 6,052**
Doses CO
2
(D) 3 0,006
ns
0,361
ns
0,004** 4,822* 0,001
ns
0,625
ns
HxD 9 0,003
ns
0,833
ns
0,001
ns
1,056
ns
0,001
ns
0,821
ns
Resíduo 32 0,053 0,229 0,001 0,895 0,001 1,19
CV 0,97 9,49 5,68 6,57 3,31 24,70
Média 4,19 4,79 0,331 14,40 1,02 0,86
**Significativo pelo teste F (p 0,01); *Significativo pelo teste F (p 0,05);
ns
o significativo pelo
teste F.
Os coeficientes de variação (CV) para todos os parâmetros variaram de 0,97
a 24,70, indicando boa precisão do experimento para todos os caracteres avaliados
(Tabela 14, 15 e 16). De maneira geral, o CV de cada caractere avaliado foi baixo,
exceto para número de frutos com podridão apical.
Na Tabela 17 verifica-se que a aplicação de CO
2
via água de irrigação
reduziu o número de frutos comerciais por planta, confirmada pela superioridade da
média da testemunha em função da média dos tratamentos que receberam CO
2
via
água de irrigação. Ainda na mesma Tabela observa-se que o houve diferença
entre as médias da aplicação da dose 4 e 7 L min
-1
de CO
2
com média da dose 10 L
58
min
-1
de CO
2
via água de irrigação. Porém, comparando-se a aplicação da dose 4 L
min
-1
de CO
2
com a dose 7 L min
-1
de CO
2
, verifica-se a superioridade da média do
número de frutos comerciais quando aplicado à dose 4 L min
-1
de CO
2
via água de
irrigação (Tabela 17). O número de frutos comerciais por planta foi superior no
híbrido Alambra, conforme Tabela 18.
Branco et al. (2004) relataram que houve aumento no número de frutos
comerciais de tomate quando aplicado CO
2
via água de irrigação.
Em experimento Frizzone et al. (2005a) aplicando CO
2
via água de irrigação
na cultura do melão, relataram aumento significativo na produtividade de frutos com
aplicão de CO
2
via água de irrigação.
Tabela 17. Média do número de fruto comercial por planta (NFC), número de fruto
não comercial por planta (NFR), número de fruto total por planta (NFT), massa
média de fruto comercial (MM), massa média de fruto não comercial (MR) e diâmetro
transversal de fruto (DT) em função das doses de CO
2
aplicadas via água de
irrigação. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2009
Estimativa dos Contrates
Doses CO
2
NFC
NFR
NFT
MM
-g-
MR
-g-
DT
-mm-
D
1
1
25,94 8,11 34,06 131,78 42,53 64,36
D
2
+ D
3
+ D
4
21,81 9,05 30,86 125,56 44,36 63,68
D
2
+ D
3
21,32 10,04 31,36 120,95 43,68 63,34
D
4
22,81 7,06 29,86 134,78 45,71 64,35
D
2
23,17 8,78 31,94 118,91 40,54 63,90
D
3
19,47 11,31 30,78 122,99 46,83 62,78
CV (%) 6,37 16,75 5,85 8,08 8,53 2,62
Contraste Significância
3D
1
- D
2
- D
3
- D
4
*
ns
*
ns
ns
ns
+ D
2
+ D
3
- 2D
4
ns
**
ns
*
ns
ns
- D
2
+ D
3
*
ns
ns
ns
ns
ns
1
-D1= testemunha (Dose CO
2
0 Lmin
-1
), D
2
= dose CO
2
4 Lmin
-1
, D
3
= dose CO
2
7 Lmin
-1
, D
4
= dose
CO
2
10 Lmin
-1
, *= Contraste significativo pelo teste Scheffé (p 0,01), **= Contraste significativo pelo
teste Scheffé (p ≤ 0,05),
ns
= Contraste não significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,05) .
De acordo com a Tabela 17, não houve diferença entre a média da
testemunha com a média das parcelas que receberam CO
2
via água de irrigação
para o mero de fruto não comercial por planta. Mas a média do número de frutos
não comercial das parcelas que receberam a dose 4 e 7 L min
-1
de CO
2
foram
superiores a média das parcelas que receberam 10 L min
-1
de CO
2
via água de
irrigação. Não houve diferença entre a aplicação da dose 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via
água de irrigação para o número de frutos não comercial. Entre os bridos, o
59
Alambra e o Sheila apresentaram maior número de frutos não comercial, em
comparação com os híbridos Lumi e Sheila, sendo que este último não diferiu do
híbrido Jennifer conforme Tabela 18.
Tabela 18. Médias do número de fruto comercial por planta (NFC), número de frutos
não comerciais por planta (NFR), número de frutos total por planta (NFT), massa
média de fruto comercial (MM), massa média de frutos não comercial (MR) e
diâmetro transversal de fruto (DT) em função dos híbridos. Unioeste. Marechal
Cândido Rondon-PR, 2009
Híbridos NFC NFR NFT MM
-g-
MR
-g-
DT
-mm-
Alambra 26,53 a* 12,39 a 38,91 a 107,78 c 44,48 ab 60,86 c
Jennifer 20,36 b 7,06 b 27,41 c 141,88 a 38,30 b 67,16 a
Lumi 21,94 b 6,47 b 28,42 bc 131,50 ab 41,59 b 63,78 b
Sheila 22,56 b 9,33 ab 31,89 b 127,30 b 51,22 a 63,50 b
CV(%) 6,37 16,75 5,85 8,08 8,53 2,62
Média 22,85 8,81 31,66 127,11 43,90 63,85
*Médias seguidas da letra na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey a 5% probabilidade.
Na Tabela 17 verificou-se que o número de fruto total por planta foi reduzido
em função da aplicação do CO
2
, confirmado pela superioridade da média da
testemunha em função da média dos tratamentos que receberam CO
2
via água de
irrigação. Ainda na mesma Tabela observa-se que não houve diferença entre as
doses de CO
2
aplicadas via água de irrigação.
Na Tabela 18 observa-se a superioridade do híbrido Alambra para variável
número total de frutos por planta. O brido Sheila obteve o segundo maior número
total de frutos, enquanto os híbridos Jennifer e Lumi obtiveram menor número total
de frutos, porém o híbrido Lumi não diferiu do híbrido Sheila.
A massa média de fruto comercial foi reduzida em 4,7% em função da
aplicão do CO
2
, porém o houve diferença estatística da média da testemunha e
a média dos tratamentos que receberam CO
2
via água de irrigação (Tabela 17).
Ainda na mesma Tabela verifica-se que a aplicação de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior massa média de fruto quando comparado à média dos
tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação. Não houve
diferença entre a aplicação da dose 4 e a 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação.
Para massa média frutos comerciais houve diferença entre os híbridos, o
híbrido Jennifer teve maior massa dia, porém, não diferiu do híbrido Lumi, e este
60
não diferenciou do híbrido Sheila. O híbrido Alambra teve a menor massa média de
fruto comercial (Tabela 18).
Islan et al. (1996) observaram um aumento no peso dos frutos de tomate
cultivado em ambiente enriquecido com CO
2
, devido ao aumento da fotossíntese,
que proporcionou um maior acúmulo de carboidratos.
As doses de CO
2
o influenciaram a massa média de fruto não comercial
(Tabela 18), não houve significância (p 0,05) para nenhum dos contrastes testado
(Tabela 17). No entanto, houve respostas dos híbridos, os bridos Lumi, Jennifer e
Alambra tiveram menor massa média de fruto não comercial, porém, esultima não
diferenciou do híbrido Sheila (Tabela 18).
Na Tabela 17 observa-se que não houve efeito das doses de CO
2
aplicada
via água de irrigação no diâmetro transversal de frutos. Entre os híbridos, o híbrido
Jennifer foi o que apresentou maior diâmetro transversal de frutos (Tabela 18), ao
vel de 5% probabilidade pelo teste Tukey, com 67,16 mm de diâmetro e diferiu dos
híbridos Lumi e Sheila, o híbrido Alambra apresentou menor diâmetro.
Em experimento Furlan et al. (2002) avaliou o efeito da aplicação de
diferentes lâminas de irrigação e do enriquecimento da atmosfera com CO
2
na
cultura do pimentão, em ambiente protegido. A aplicação de CO
2
no ambiente
protegido possibilitou obtenção de maiores comprimento, diâmetro e número de
frutos por planta, além da massa e rendimento, na ordem de 12,4%; 11,9%; 21,4%;
20,0%; e 51,3%, respectivamente, em relação ao ambiente protegido, sem aplicação
de CO
2
.
Na tabela 19, observa-se que a produção comercial de frutos por planta foi
reduzida em função da aplicação do CO
2
, confirmado pela superioridade da média
da testemunha em função da média da testemunha em fuão da média dos
tratamentos que receberam CO
2
via água de irrigação. Observa-se ainda que a
aplicão de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produção comercial de frutos por
planta quando comparado à média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de
CO
2
via água de irrigação. Ainda na mesma tabela verifica-se que não houve
diferença entre a dose 4 L min
-1
e a 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação. Na
tabela 20, são apresentados as médias da produção comercial por planta, estas não
foram influenciadas pelos híbridos, ou seja, não houve diferença entre de produção
entre híbridos.
61
Hartz e Holt (1991) estudaram o efeito das doses de CO
2
(0; 0,53 1,0 g L
-1
)
na água de irrigação na cultura de tomate e do pepino e não observaram aumentos
na produção, em função das doses de CO
2
.
Branco et al. (2005) avaliou o efeito de três doses (0; 5 e 10 L min
-1
) CO
2
na
água de irrigação, de acordo com os resultados, o houve efeito do tratamento na
produção do tomateiro. Cramer et al. (2001), não observaram resultado significativo
na produção do tomateiro irrigado com água carbonatada.
Tabela 19. Médias da produção comercial de fruto por planta (PCFP), produção não
comercial de frutos por planta (PNFP), produção total fruto por planta (PTFP),
produtividade comercial de frutos por ha (PCF), produtividade não comercial de
frutos (PNF) e produtividade total de frutos por ha (PTF) em fuão das doses de
CO2 aplicadas via água de irrigação. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon–PR,
2009
Variáveis
Doses CO
2
PCFP
-kg-
PNFP
-kg-
PTFP
-kg-
PCF
-t ha-
PNF
-t ha-
PTF
-t ha-
D
1
1
3,367 0,344 3,712 84,18 8,61 92,79
D
2
+D
3
+D
4
2,720 0,405 3,124 67,99 10,11 78,11
D
2
+D
3
2,562 0,444 3,006 64,04 11,10 75,14
D
4
3,035 0,326 3,361 75,88 8,15 84,03
D
2
2,733 0,364 3,097 68,32 9,10 77,42
D
3
2,391 0,524 2,914 59,76 13,10 72,86
CV (%) 15,09 4,92 11,37 15,09 4,92 11,37
Contraste Significância
3D
1
- D
2
- D
3
- D
4
*
ns
* *
ns
*
D
2
+ D
3
- 2 D
4
** ** ** ** ** **
- D
2
+ C
3
ns
*
ns
ns
*
ns
1
-D
1
= testemunha (Dose CO
2
0 Lmin
-1
), D
2
= dose CO
2
4 Lmin
-1
, D
3
= dose CO
2
7 Lmin
-1
, D
4
= dose CO
2
10 Lmin
-1
, *= Contraste significativo pelo teste Scheffé (p 0,01), **= Contraste significativo pelo teste
Scheffé (p ≤ 0,05),
ns
= Contraste não significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,05) .
Pode-se observar na Tabela 20, os híbridos Alambra e Sheila apresentaram
maior produção não comercial de frutos por planta, diferindo estatisticamente dos
híbridos Jennifer e Lumi.
Observa-se na Tabela 20 que não houve diferença entre a média da
testemunha e a média dos tratamentos que receberam CO
2
via água de irrigação
para produção não comercial de frutos por planta. Porém, a aplicação de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou menor produção não comercial de frutos por planta quando
comparado a média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água
62
de irrigação. A aplicação de 7 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produção não
comercial de frutos.
Tabela 20. Médias da produção comercial de frutos por planta (PCFP), produção não
comercial de frutos por planta (PNFP), produção total de frutos por planta (PTFP),
produtividade comercial de frutos (PCF), produtividade não comercial de frutos
(PNF), produtividade total de frutos (PTFHa) em função dos híbridos. UNIOESTE.
Marechal Cândido Rondon-PR, 2009
Híbridos PCFP
-kg.-
PNFP
-kg-
PTFP
-kg.-
PCF
-t ha-
PNF
-t ha-
PTF
-t ha-
Alambra 2,887 a*
0,534 a
3,421 a
72,18 a
13,36 a
85,54 a
Jennifer 2,887 a 0,270 b
3,158 a
72, 19 a
6,75 b
78,94 a
Lumi 2,879 a 0,275 b
3,155 a
71,98 a
6,89 b
78,86 a
Sheila 2,872 a 0,478 a
3,350 a
71,80 a
11,95 a
83,76 a
CV(%) 15,09 4,92 11,37 15,09 16,44 11,37
Média 2,881 0,389 3,271 72,04 9,74 81,78
*Médias seguidas da letra na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey a 5% probabilidade.
Na Tabela 19 observa-se que a produção total de frutos por planta foi
reduzida em função da aplicação do CO
2
, confirmada pela superioridade da média
da testemunha em fuão da dia dos tratamentos que receberam CO
2
via água
de irrigação. A aplicação de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produção total de
frutos por planta quando comparado à média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L
min
-1
de CO
2
via água de irrigação. A dose 7 L min
-1
de CO
2
proporcionou menor
produção total de frutos.
Observa-se na tabela 20, que não houve diferença entre os híbridos na
produção total de frutos.
A aplicação de CO
2
na água de irrigação proporcionou aumento na produção
total de frutos, na produção comercial e no número de frutos comerciais de melão
rendilhado (KANO et al., 2002).
A produtividade comercial de frutos por ha variou de 71,80 a 72,18 t ha
(Tabela 20), não havendo efeitos significativos (p ≤ 0,01) dos híbridos sobre a
produtividade comercial.
Na Tabela 19, observa-se redução da produtividade comercial de frutos por
ha em função da aplicação do CO
2
, conforme pela superioridade da média da
testemunha em função da média dos tratamentos que receberam CO
2
via água de
irrigação. A aplicação de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior produtividade
comercial de frutos quando comparado à média dos tratamentos que receberam 4 e
63
7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação. A menor produtividade comercial de fruto foi
obtida com aplicação de 7 L min
-1
CO
2
via água de irrigação.
A produtividade comercial de frutos por ha média neste experimento foi de
72,08 t ha
-1
(Tabela 20), esta produtividade é considerada baixa, e pode estar
relacionada com menor mero de racemo por planta, que neste experimento foi
seis.
Ao contrário dos resultados obtidos neste experimento, D’Adria et al. (1990)
verificaram aumento na produção total de tomate de 84 t ha
-1
para 97 t ha
-1
, com
aplicão de CO
2
via água de irrigação.
Pode-se observar na tabela 20, que os híbridos Alambra e Sheila
apresentaram maior produtividade não comercial de frutos por ha, diferindo
estatisticamente dos híbridos Jennifer e Lumi.
Para a produtividade o comercial de frutos por ha não houve diferença
entre a média da testemunha com a média dos tratamentos que receberam
aplicão de CO
2
(Tabela 19). No entanto, verificou-se que a aplicação de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou menor produtividade não comercial de frutos quando
comparado à média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água
de irrigação. Ainda na mesma tabela, a dose 7 L min
-1
de CO
2
proporcionou a maior
produtividade não comercial de frutos por ha.
Observa-se na tabela 20, que não houve diferença entre os híbridos na
produtividade total de frutos por ha, á média da produtividade foi de 81,78 t ha. Esta
produtividade foi satisfatório, considerando que as plantas foram conduzidas com 6
racemos e o experimento foi conduzido em vasos, com limitado espaço para o
desenvolvimento das raízes.
A produtividade total de frutos por ha foi reduzida com aplicação de CO
2
,
confirmada pela superioridade da média da testemunha em relação às médias dos
tratamentos que receberam CO
2
via água de irrigação, conforme Tabela 19.
Verificou-se ainda que a utilização de 10 L min-
1
de CO
2
proporcionou maior
produtividade total de frutos quando comparado à média dos tratamentos que
receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação. Não houve diferença entre as
médias da produtividade total de fruto entre a aplicação da dose 4 e 7 L min
-1
de
CO
2
.
Para esta variável houve diferença entre os contrastes, mas adição de CO
2
via água de irrigação não proporcionou aumento na produtividade. Estes resultados
64
corroboram com os obtidos por Caliman (2008) observou que o enriquecimento com
CO
2
o alterou a produtividade do tomateiro das cultivares Andreia, Débora Plus,
Rebeca e Alambra, elevando a concentração em ambiente protegido para valores
próximo a 750 µL/L durante o período que este permaneceu fechado.
Na tabela 21 verifica-se que não houve diferença do pH dos frutos em
função da aplicação de CO
2
, confirmado pela igualdade da média da testemunha
com a média dos tratamentos que receberam CO
2
via água de irrigação. Verifica-se
ainda que a aplicação de 10 L min
-1
de CO
2
proporcionou maior pH dos frutos
quando comparado á média dos tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação. Não houve diferença entre aplicação da dose 4 L min
-1
com a
dose 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação (Tabela 21). Entre os híbridos, verifica-
se na tabela 22 que o híbrido Jennifer e Lumi diferenciou (p 0,05) dos híbridos
Alambra e Sheila.
D’Albuquerque Jr. et al. (2007) estudaram o efeito da aplicação de CO
2
na
água de irrigação em diferentes fases fenológicas da cultura do meloeiro rendilhado
cultivado em ambiente protegido. Observou que a aplicação de CO
2
via água de
irrigação nos estádios frutificação e florescimento proporcionou aumento na
produtividade de 17% e 18% em relação ao tratamento testemunha, sem CO
2
. Os
resultados mostram que a aplicão de CO
2
não alterou a qualidade dos frutos (Brix
e pH), porém no tratamento que recebeu aplicação de CO
2
via água de irrigação no
estádio de frutificação se observou uma menor acidez.
Os açúcares solúveis presentes em frutos maduros são principalmente os
redutores e estes aumentam progressivamente durante o desenvolvimento e
amadurecimento do fruto (WINSOR et al., 1962).
A porcentagem de lidos solúveis, que é representada pelo °Brix inclui os
ucares e os ácidos e tem influência sobre o rendimento industrial, enquanto que a
acidez total titulavel, que é representada pelo teor de ácido cítrico, influencia o sabor
dos frutos (GIORDANO et al., 2000).
Observa-se na tabela 21 e 22 que não houve diferença (p ≤ 0,05) para doses
e bridos para teor de sólidos solúveis. O teor de lidos solúveis é o principal fator
que determina a qualidade dos frutos (KADER et al., 1978).
65
Tabela 21. Médias do potencial hidrogeniônico (pH), teor de sólidos solúveis (SS) e
acidez total titulável (AT), razão entre teor de sólidos solúveis e acidez total titulável
(SS/AT), massa de fruto com podridão apical (MFPA) e número de frutos com
podridão apica em função das doses de CO
2
aplicadas via água de irrigação.
UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR, 2009
Variáveis
Doses CO
2
pH
SS
-°Brix-
AT
-%-
SS/AT
MFPA
-kg-
NFPA
D
1
1
4,18 4,60 0,49 9,39 0,040 0,61
D
2
+ D
3
+ D
4
4,18 4,80 0,53 9,20 0,060 0,95
D
2
+ D
3
4,17 4,84 0,54 8,99 0,065 1,06
D
4
4,21 4,72 0,49 9,61 0,049 0,75
D
2
4,17 4,69 0,54 8,78 0,058 1,11
D
3
4,17 4,99 0,55 9,20 0,073 1,00
CV 0,97 9,49 5,68 6,57 3,31 24,70
Contraste Significância
3D
1
- D
2
- D
3
- D
4
ns
ns
*
ns
ns
ns
+ D
2
+ D
3
- 2 D
4
*
ns
* *
ns
ns
- D
2
+ D
3
ns
ns
ns
**
ns
ns
1
-D
1
= testemunha (Dose CO
2
0 Lmin
-1
), D
2
= dose CO
2
4 Lmin
-1
, D
3
= dose CO
2
7 Lmin
-1
, D
4
= dose CO
2
10 Lmin
-1
, *= Contraste significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,01), **= Contraste significativo pelo teste
Scheffé (p ≤ 0,05),
ns
= Contraste não significativo pelo teste Scheffé (p ≤ 0,05) .
Tabela 22. Médias do potencial hidrigeniônico (pH), teor de sólidos solúveis (SS) e
acidez total titulável (AT), razão entre teor de sólidos solúveis e acidez total titulável
(SS/AT), massa de fruto com podridão apical (MFPA) e número de frutos com
podridão apical em função dos híbridos. UNIOESTE. Marechal Cândido Rondon-PR,
2009
Híbridos pH SS
-°Brix-
AT
-%-
SS/AT MFPA
-kg-
NFPA
Alambra 4,11 b*
5,000 a
0,55 a
9,10 bc
0,074 ab
1,53 a
Jennifer 4,25 a 4,667 a
0,46 c
0,04 a 0,005 b 0,11 b
Lumi 4,22 a 4,750 a
0,51 b
9,24 b 0,034 ab
0,42 ab
Sheila 4,16 b 4,750 a
0,55 a
8,60 c 0,106 b 1,42 a
CV(%) 0,92 9,99 6,24 5,36 3,31 24,70
Média 4,19 4,76 0,52 9,25 0,055 0,87
*Médias seguidas da letra na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey a 5% probabilidade.
A acidez titulável foi maior em função da aplicação do CO
2
, confirmada pela
superioridade da média dos tratamentos que receberam CO
2
via água de irrigação
em relação à média da testemunha, Tabela 21. Observa-se tamm, que os
tratamentos que receberam as doses 4 e 7 L min
-1
de CO
2
obtiveram maior acidez
titulável dos frutos quando comparado á média dos tratamentos que receberam a 10
L min
-1
de CO
2
via água de irrigação. Não houve diferença entre as médias dos
tratamentos que receberam a dose 4 L min
-1
e a dose 7 L min
-1
de CO
2
via água de
irrigação.
66
Os híbridos influenciaram a acidez titulável, sendo que os híbridos Alambra e
Sheila foram superiores, diferiram do híbrido Lumi, e híbrido Jennifer apresentou
menor acidez titulável (Tabela 22).
A presença de concentrações adequadas de úcares solúveis e ácidos
orgânicos determina o desenvolvimento do sabor do fruto e afeta diretamente a
qualidade do produto, os híbridos de tomate comerciais de tomate têm entre 1,5 e
4,5% de açúcares na matéria fresca, isto é, cerca de 65% dos sólidos solúveis totais
(HOBSON; DAVIES, 1971).
Na Tabela 21 verifica-se que não houve diferença entre a média da
testemunha e a média dos tratamentos que receberam CO
2
para a razão entre
lidos solúveis e acidez titulável dos frutos (SS/AT). No entanto, a aplicação de 10
L min
-1
de CO
2
proporcionou maior SS/AT quando comparado à média dos
tratamentos que receberam 4 e 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação. Ainda na
mesma Tabela, observa-se que a aplicação dose 4 L min
-1
de CO
2
proporcionou
menor SS/AT que a aplicação de 7 L min
-1
de CO
2
via água de irrigação.
O híbrido Jennifer obteve maior SS/AT, diferindo-se dos híbridos Alambra e
Lumi (Tabela 22), enquanto o híbrido Sheila apresentou menor SS/At.
A média geral para SST/ATT neste experimento foi de 14,40, segundo Gil et
al. (2002), a relação SS/AT ótima para o consumo de tomate é de 14,5, indicando
que os frutos apresentaram boa qualidade.
Para massa de fruto com podridão apical houve diferença entre os bridos,
os bridos Alambra e Sheila obtiveram maior massa fruto com podridão apical,
porém não diferenciaram dos híbridos Jennifer e Lumi (Tabela 22). As doses de CO
2
não influenciaram na massa de fruto com podridão apical, conforme tabela 22.
Resultados contrários a este ensaio foram observados por Cramer et al.
(2001). Estes autores observaram a diminuição da incidência de podridão apical em
57%, no tomateiro irrigado com água cabonatada. Em experimento, Branco (2004)
verificou a incidência de podridão apical foi de 43% maior no tratamento que não
recebeu CO
2
na água de irrigação.
Para mero de fruto com podridão apical houve diferença entre os híbridos,
os híbridos Alambra, Sheila e Lumi obtiveram maior número de frutos com podridão
apical, porém não diferenciaram do híbrido Jennifer (Tabela 22).
Não houve resposta significativa (p ≤ 0,05) para nenhum dos contrastes
testados para doses de CO
2
, conforme tabela 21.
5 CONSIDERAÇOES FINAIS
Pelos resultados obtidos neste ensaio o se recomenda a aplicação de
dióxido de carbono via água de irrigação para uso em plantações comerciais. No
primeiro experimento, houve interação significativa entre os híbridos e as doses de
CO
2
, os híbridos Lumi e Sheila obtiveram maior produção e produtividade comercial
e total quando receberam a dose 4 L min-1 de CO
2
via água de irrigação. Enquanto
que a produção e produtividade total e comercial dos híbridos Alambra e Jennifer foi
menor nos tratamentos que receberam CO
2
via água de irrigação. Estes resultados
indicam que pode haver resposta diferente de cada híbrido ao incremento de CO
2
via água de irrigação.
As interações entre híbridos e doses não foram repetidas no segundo
experimento, dois motivos principais podem ser usados para justificar este fato, a
época da realização dos experimentos que foram diferentes, o primeiro foi realizado
de setembro a fevereiro, com clima muito quente, e o segundo foi realizado de junho
a novembro, em condições mais amenas. O segundo motivo foi que o segundo
experimento foi que as plantas foram cultivadas em vaso, o espaço limitado para o
crescimento das raízes pode ter limitado o desenvolvimento das plantas e os efeitos
benéficos da utilização do dxido de carbono.
No segundo experimento a aplicação de dióxido de carbono teve efeito
negativo sobre as variáveis de produção e produtividade de frutos comerciais e totais,
e também sobre o número de frutos totais e comerciais, massa média de fruto
comercial e diâmetro transversal. A aplicação proporcionou aumento na acidez
titulável, produção e produtividade não comercial de frutos, número de fruto não
comercial e massa média de fruto não comercial.
6 CONCLUSÃO
Considerando as condições em que foi conduzido o experimento, conclsse
que:
No primeiro experimento:
A utilização de dióxido de carbono via água de irrigação reduziu a produção
comercial e total para os híbridos Alambra e Jennifer;
A aplicação de dióxido de carbono via água de irrigação aumentou a
produção comercial e total, teor de sólidos solúveis e acidez titulável para os
híbridos Lumi e Sheila;
O híbrido Alambra destacou-se dos outros híbridos por apresentar maior
produção de frutos comercializáveis, conseqüentemente irá proporcionar
maior rentabilidade;
O híbrido Jennifer destacou-se por apresentar maior diâmetro transversal de
frutos e massa média de fruto comercial, proporcionando frutos com melhor
classificação no mercado.
No segundo experimento:
A aplicação de dióxido de carbono via água de irrigação reduziu a produção e
a produtividade comercial e total de frutos, número de frutos total e comercial,
massa média de fruto de fruto comercial e diâmetro transversal dos frutos de
todos híbridos;
A utilização de dióxido de carbono via água de irrigação via água de irrigação
aumentou acidez titulável dos frutos, produção e produtividade de fruto não
comercial e número de fruto não comercial;
Não houve diferença estatística dos híbridos para produção e produtividade
comercial e total entre os híbridos. Porém, o híbrido Jennifer obteve maior
massa de fruto e maior diâmetro transversal de fruto, assim pode obter melhor
classificação e melhor remuneração.
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