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domicílios, totalizando 2732 participantes. Um total de 10,7% da amostra (327
indivíduos) constituíram-se como não-respondentes (118 perdas e 209 recusas), sendo a
maior parte do sexo masculino (55,0%), cor da pele branca (68,2%) e com idades entre
20 e 39 anos (24,2%).
O controle de qualidade foi realizado com 299 indivíduos (10,9% da amostra),
para os quais se repetiu a pergunta sobre “utilização de adoçantes na última semana”. O
resultado do teste Kappa para avaliar a concordância e/ou repetibilidade da questão foi
de 0,77, considerado bom. O coeficiente de correlação intraclasse foi 0,03 produzindo
um efeito de delineamento amostral para uso de adoçantes dietéticos de 1,61.
A média de idade dos indivíduos da amostra foi de 46,1 anos (DP ± 17,0),
variando entre 20 e 96 anos. A Tabela 1 apresenta a descrição dos indivíduos avaliados
bem como a prevalência de utilização de adoçantes dietéticos de acordo com
características demográficas, socioeconômicas e de saúde. Observa-se que quase 58%
dos entrevistados eram do sexo feminino, 81,2% tinham cor da pele branca e cerca de
59% declararam-se casados ou morando com companheiro. Mais de 46% da amostra
referiu ter estudado pelo menos nove anos completos. Quanto ao nível econômico, dois
terços da amostra pertenciam ao nível C ou inferior. No que se refere à condição de
saúde, cerca de 10% dos indivíduos referiram ser diabéticos e 36,7% informaram ser
hipertensos. Em relação ao estado nutricional, 62,4% dos indivíduos apresentaram
excesso de peso (IMC ≥ 25,0kg/m
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). Quando questionados sobre o uso geral de
adoçantes na semana anterior a entrevista, 23,1% (IC95% 21,0 ; 25,2) dos indivíduos
informaram ter utilizado. Dentre estes, a utilização de adoçante na semana anterior a
entrevista variou entre 2,2% e 5,9% para o período entre 1-6 dias na semana, enquanto
que 72,7% informaram consumir adoçantes diariamente. Assim, considerando-se a
definição operacional do desfecho adotado no presente estudo, a prevalência de
utilização de adoçante dietético diminuiu para 19,0% (IC95% 17,1 ; 20,9).
Observando-se ainda a Tabela 1, identifica-se que a prevalência de utilização
de adoçante dietético foi mais frequente entre as mulheres (22,7%) e indivíduos de cor
da pele branca (19,7%). Verifica-se também uma tendência de crescimento da
prevalência de uso de adoçante dietético conforme o aumento da idade, sendo cerca de
3,7 vezes maior nos idosos em relação àqueles com idades entre 20 e 29 anos. Em
relação à situação conjugal, observou-se uma associação estatisticamente significativa,
com maior prevalência de uso entre indivíduos viúvos quando comparados àqueles