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Campus de Ilha Solteira
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
“Levantamento Florístico e Colonização Micorrízica em dois
Remanescentes de Cerrado Típico e em Plantas Ruderais no
Município de Três Lagoas-MS
MARIA JOSÉ NETO
Orientador: Profa. Dra. Ana Maria Rodrigues Cassiolato
Tese apresentada à Faculdade de Engenharia -
UNESP Campus de Ilha Solteira, para
obtenção do título de Doutor em Agronomia.
Especialidade: Sistemas de Produção
Ilha Solteira – SP
agosto/2010
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FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da UNESP - Ilha Solteira.
Neto, Maria José.
N469L Levantamento florístico e colonização micorrízica em dois remanescentes
de cerrado típico e em plantas ruderais no município de Três Lagoas-MS /
Maria José Neto. -- Ilha Solteira : [s.n.], 2010
145 f. : il.
Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista. Faculdade de
Engenharia de Ilha Solteira. Especialidade: Sistemas de Produção, 2010
Orientador: Ana Maria Rodrigues Cassiolato
1. Vegetação urbana. 2. Origem geográfica. 3. Plantas invasoras.
4. Flora dos cerrados. 5. Micorriza.
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A Dra. Ana Maria Rodrigues Cassiolato,
DEDICO.
Ao meu irmão Dr. Aparecido José Neto, que era um homem da lei, mas que amava a terra,
OFEREÇO.
“in memorian”
“A terra é a mãe de todos nós plantas, animais e homens. O
fósforo e o cálcio da terra constroem nossos esqueletos e sistema
nervoso. Tudo o que os nossos corpos necessitam, exceto ar e sol,
vem da terra”.
(Henry Wallace, 1938)
Agradecimentos
Agradeço à minha Instituição, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul pela liberação,
e, principalmente, à Pró-Reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação e o Departamento de
Enfermagem e Biotecnologia pelo apoio técnico-administrativo durante o período em que
permaneci afastada.
Agradeço à Universidade Estadual Paulista Campus de Ilha Solteira, que me aceitou como
discente e possibilitou a aspiração do título de doutor e, principalmente, a Doutora Ana
Maria Rodrigues Cassiolato que encarou a árdua tarefa de me orientar.
Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES, pelo
auxílio concedido.
Agradeço ao Exército Brasileiro, principalmente a Companhia de Infantaria do Exército
de Três Lagoas MS, por permitir minha entrada em sua reserva estratégica e realizar uma
parte de minha pesquisa.
Agradeço às “irmãs” de Ciência, Márcia Helena Scabora e Adriana Avelino Santos, pela
ajuda no laboratório de Microbiologia.
Agradeço aos funcionários da UFMS, Adalto Wagner Stherrutes Martins e Rony Carlos
Barcelos Blini, pela ajuda durante as pesquisas, principalmente quando as observações eram
no Parque das Capivaras, e a Natália Tano Portela e Tatiane Cristina de Oliveira Lopes
pelas dicas valiosas.
Agradeço ao técnico em informática Juliano Ferreira, pela colaboração.
Agradeço à minha amiga Helena de Cássia Brassaloti Otsubo, pelo apoio logístico e moral.
Enfim, agradeço a todos que contribuíram de alguma forma para que esse trabalho fosse
concluído.
Levantamento florístico e colonização micorrízica em dois remanescentes de Cerrado
típico e em plantas ruderais no Município de Três Lagoas-MS.
RESUMO GERAL: Este trabalho foi realizado em dois remanescentes de Cerrado sentido
restrito conhecidos por Reserva do Exército e Parque Municipal Capivaras; e numa área
urbanizada denominada Vila Piloto, localizados no Município de Três Lagoas - MS. Nesta
última foi realizado o levantamento de plantas ruderais. Nas três áreas fez-se o levantamento
da diversidade florística e coletou-se amostras de plantas em fase jovem para verificação de
colonização micorrízica arbuscular. Amostras compostas de solo também foram coletadas
para contagem de esporos e análise das características químicas do solo. A área de Reserva do
Exército mostrou um total de 397 espécies, distribuídas em 241 gêneros e 70 famílias. Das 44
espécies submetidas à análise de colonização micorrízica, 17 tiveram muito alta, 18 alta, oito
baixa e uma ausente. O Parque Capivaras exibiu 449 espécies, distribuídas em 277 gêneros e
96 famílias. Das 44 espécies submetidas à análise de colonização micorrízica, 22 tiveram
muito alta, 15 alta, uma baixa e seis ausente. Para a Vila Piloto foram identificadas 344
espécies distribuídas em 201 gêneros e 61 famílias, três espécimes determinados apenas em
nível de gênero, das 344 espécies 281 são nativas do Brasil e 76 são picas de cerrado ou
cerradão. Das 50 espécies de plantas ruderais escolhidas para verificação da colonização
micorrízica, 27 exibiram colonização muito alta, três alta, duas média, onze baixa e sete
espécies não apresentaram colonização micorrízica. Os solos das áreas estudadas se
apresentam com teores médios para alumínio e matéria orgânica. A média de esporos por
100g de solos foi de 53 para o Exército e 48 para o Parque Capivaras, permitindo sugerir que
as áreas estão em equilíbrio. Para a Vila Piloto os resultados da amostragem do solo para os
dois pontos coletados revelaram uma fertilidade que pode ser considerada mais alta que os de
Cerrado típico e que a média do número de esporos de FMA foi 152 por 100 g de solo
-1
seco,
não podendo o mesmo ser considerado degradado.
Palavras-chaves: Diversidade florística. Vegetação urbana. Origem geográfica. Plantas
invasoras. Cerrado. Micorrizas arbusculares.
Floristic survey and Mychorhizal colonization in two typical Cerrado remnants and in
ruderal plants in Três Lagoas-MS County
GENERAL SUMMARY: This research was accomplished in two restricted sense cerrado
remnants, one of them known as the Military Reserve and the other the Municipal Park of
Capivaras. The other area was in an urbanized region named Vila Piloto, located in Três
Lagoas - MS County, where a floristic survey of ruderal plants was made. In all three areas, a
survey of floristic biodiversity was done and samples of young plants were collected to verify
arbuscular mychorhizal colonization. Soil samples were also taken for counting spores and for
analyzing its chemical characteristics. The Military Reserve displayed a total of 397 species,
distributed in 241 genera and 70 families. Of the 44 species submitted to mychorrhizal
colonization analyses, 17 were very high, 18 high, eight low and one absent. The Capivaras
Park displayed 449 species, distributed in 277 genera and 96 families. Of the 44 species
submitted to the mychorhizal colonization analysis, 22 had very high, 15 high, one had low
and six had no colonization. For Vila Piloto, 344 species were identified and distributed in
201 genera and 61 families, and three specimens determined only in the genus level. Of the
344 species, 281 are natives to Brazil and 76 are typical of Cerrado or Cerradão. Fifty species
from ruderal plants were chosen for verification of the mychorhizal colonization, of which 27
species displayed very high colonization, three high, two medium, eleven low and seven
species did not present mychorhizal colonization. The soil of the studied area has medium
content for aluminum and organic material. The average number of spores per 100g of soil
was 53 for the Reserve and 48 for the Park, suggesting that the areas were in equilibrium. The
results from Vila Piloto soil samples collected from two points revealed a fertility that can be
considered higher than the typical Cerrado and an average number of FMA spores of 152 per
100g of dry soil, which indicates that the soil cannot be considered degraded.
Key words: Floristic diversity. Urban vegetation. Geographic origin. Invasive plants.
Cerrado. Arbuscular micorrizas.
ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS
CAPÍTULO 1 ................................................................................................................. página
Tabela 1. Listagem das famílias e espécies das plantas reconhecidas, hábito e potencial
agronômico das mesmas, da área do Exército .......................................................................041
Tabela 2. Listagem das famílias e espécies das plantas reconhecidas, fitofisionomia em que
são encontradas, hábito e potencial agronômico das mesmas, da área do Parque Capivaras 054
Tabela 3. Espécies coletadas na área do Exército, para verificação de colonização micorrízica.
Famílias e espécies, nomes populares, porcentagem e índice de colonização observadas ...069
Tabela 4. Espécies coletadas no Parque capivaras, para verificação de colonização
micorrízica. Famílias e espécies, nomes populares, porcentagem e índice de colonização
observadas .............................................................................................................................071
Tabela 5. Características químicas e número de esporos de FMA do solo do Exército e do
Parque capivaras ....................................................................................................................075
Figura 1. Mapa de localização e imagem de satélite das três área sob estudo ......................073
Figura 2. Fotografia representativa da área da Reserva do Exército, Cerrado Sentido Restrito-
Cerrado Típico .......................................................................................................................074
Figura 3. Fotografias representativas da área do Parque Capivaras, Cerrado Sentido Restrito-
Cerrado Denso e Veredas ......................................................................................................074
CAPÍTULO 2 ................................................................................................................. Página
Tabela 1. Listagem das famílias e espécies de plantas identificadas, nomes populares e origem
geográfica ..............................................................................................................................114
Tabela 2. Distribuição do número de espécies e porcentagem quanto a origem geográfica .125
Tabela 3. Espécies coletadas para verificação de colonização micorrízica. Famílias e espécies,
porcentagem e índice da colonização observadas .................................................................126
Figuras 1-5. Fotomicrografias de colonização micorrízicas em espécies ruderais .........128-132
Tabela 4. Resultados para caracteística química do solo e número de esporos de FMA para
Vila Piloto e seus arredores ...................................................................................................133
Figura 6. Fotos ruderais .........................................................................................................134
SUMÁRIO
Página
INTRODUÇÃO GERAL ......................................................................................................013
REFERÊNCIA ......................................................................................................................014
CAPÍTULO 1
LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E COLONIZAÇÃO MICORRÍZICA, EM DOIS
REMANESCENTES DE CERRADO, NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS-MS.
RESUMO ..............................................................................................................................015
SUMMARY ..........................................................................................................................016
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................017
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. O Cerrado .......................................................................................................................019
2.2. O Cerrado, os problemas da fragmentação e a importância da conservação .................022
2.3. O Cerrado e as Micorrizas Arbusculares ........................................................................024
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. A área de Reserva do Exército .......................................................................................030
3.2. O Parque Natural Municipal Capivaras ..........................................................................031
3.3.1. Levantamento florístico ...............................................................................................031
3.3.2. Colonização micorrízica ..............................................................................................032
3.3.3. Características químicas e número de esporos de FMA do solo .................................032
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................034
5. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................039
6. ANEXOS DO CAPÍTULO 1 .............................................................................................040
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................076
CAPÍTULO 2
A FLORA RUDERAL DA VILA PILOTO EM TRÊS LAGOAS - MS, BRASIL E SEU
POTENCIAL PARA COLONIZAÇÃO MICORRÍZICA.
RESUMO ..............................................................................................................................093
SUMMARY ..........................................................................................................................094
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................095
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Plantas ruderais ...............................................................................................................097
2.2. Plantas ruderais e micorrização ......................................................................................099
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Caracterização do Município de Três Lagoas – MS ......................................................102
3.2. Levantamento florístico ..................................................................................................103
3.3. Presença de colonização micorrízica em amostras de plantas ruderais ..........................104
3.3.1. A coleta de plantas ruderais ........................................................................................104
3.3.2. Quantificação da colonização micorrízica ...................................................................104
3.3.3. Característica química do solo e número de esporos de FMA ....................................105
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................107
5. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................112
6. ANEXOS DO CAPÍTULO 2 ...........................................................................................113
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................135
13
INTRODUÇÃO GERAL
O Cerrado é um dos tipos de vegetação florística com maior diversidade no mundo,
estima-se que existam mais de 10.000 espécies de plantas, das quais metade são endêmicas,
destas, pelo menos 200 apresentam algum valor econômico, seja forrageiro, madeireiro,
medicinal e ornamental. Esta vegetação suporte à ocorrência de uma imensa fauna,
também endêmica, principalmente de invertebrados, vertebrados e fungos com especialidade
de hospedeiro, os quais devem ter co-evoluído ao longo de dezenas de milhões de anos. Como
é de amplo conhecimento, a vegetação nativa do cerrado tem sofrido enorme destruição ao
longo dos últimos anos, principalmente devido à expansão da agricultura.
Como um “hotspot” para a conservação em escala global, antes de começar a ser
destruído, o Cerrado brasileiro tinha 204 milhões de hectares, hoje, 57% não existe mais
(MYERS et al., 2000). O problema é ainda maior porque a taxa de devastação da cobertura
vegetal deste bioma continua muito alta. Estima-se que até 2030, o pouco que resta desse
domínio de vegetação pode desaparecer sem ao menos ter sido estudada. Além do que, a
regeneração natural é comprometida pela presença de gramíneas africanas e fogo. Em áreas
fragmentadas e ou antropizadas, a vegetação retirada lugar a um outro tipo de vegetação, a
ruderal. Estas plantas, durante o processo evolutivo adaptaram-se aos ambientes humanos,
ocupando beiras de calçadas, terrenos baldios e outros tipos de ambientes urbanos, que são
áreas com grande concentração de nitrogênio; algumas são invasoras, a maioria é empregada
na medicina caseira, outras são tóxicas ou têm propriedades inseticidas, muitas vezes, são
tratadas como invasoras de culturas, mas em muitos casos, a cultura principal é inexistente.
Os microrganismos participam da ciclagem de nutrientes e podem ser utilizados como
bioindicadores para aferição da sustentabilidade dos ecossistemas. Dentre as inúmeras
relações biológicas encontradas no solo destacam-se as simbioses mutualistas entre fungos e
raízes, como os fungos micorrízicos arbusculares denominadas micorrizas, que trazem
benefícios à nutrição das plantas e abrangem cerca de 90% das plantas vasculares.
Este trabalho teve como objetivo conhecer a composição florística de dois
remanescentes de Cerrado e verificar a presença de colonização micorrízica por fungos
micorrízicos arbusculares em plântulas de 44 espécies para cada remascente; quanto à flora
ruderal, caracterizar a composição florística e sua origem e verificar a colonização micorrízica
em 50 espécies de uma área urbana (Vila Piloto e seus arredores) no município de Três
14
Lagoas-MS; além de estabelecer relações com condições ambientais e sua degradação, com
vistas a ampliar e divulgar o conhecimento sobre a vegetação nativa e introduzida.
REFERÊNCIA
MYERS, N.; MITTERMEIER, R.A.; MITTERMEIER, C.G.; FONSECA, G.A.B.; KENT, J.
Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, London, v.403, n.6772, p.853-858,
2000.
15
CAPÍTULO 1:
LEVANTAMENTO FLORÍSTICO E COLONIZAÇÃO
MICORRÍZICA, EM DOIS REMANESCENTES DE CERRADO, NO MUNICÍPIO DE
TRÊS LAGOAS-MS.
RESUMO: Este trabalho foi realizado em dois remanescentes de Cerrado sentido restrito,
conhecidos como Reserva do Exército e Parque Municipal Capivaras, localizados no
Município de Três Lagoas-MS. Para as duas áreas o objetivo foi realizar o levantamento da
diversidade florística, com amostragem de espécies em fase jovem para verificação da
ocorrência de colonização micorrízica arbuscular. A Reserva do Exército exibiu um total de
397 espécies, distribuídas em 239 gêneros e 70 famílias. As famílias com dez ou mais
espécies foram Fabaceae, Asteraceae, Poaceae, Euphorbiaceae, Myrtaceae, Bignoniaceae,
Caesalpiniaceae, Mimosaceae, Malpighiaceae, Rubiaceae, Apocynaceae, Malvaceae e
Annonaceae. Das 397 espécies pelo menos 78% somam ervas e arbustos, aproximadamente
22% são árvores ou arvoretas e mais de 75% apresentam alguma possibilidade de uso
econômico. Das 44 espécies submetidas à análise micorrízica, 17 apresentaram muito alta
colonização, 18 alta, oito baixa e uma ausente. No Parque Municipal Capivaras foram
encontradas 449 espécies, distribuídas em 275 neros e 96 famílias, onde aproximadamente
20% são árvores ou arvoretas e 80% somam ervas ou arbustos. Destas, 26,5% se encontram
na parte úmida e 73,5% no restante da área estudada. As famílias com dez ou mais espécies
foram Fabaceae, Cyperaceae, Poaceae, Asteraceae, Euphorbiaceae, Caesalpiniaceae
Melastomataceae, Mimosaceae, Bignoniaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae, Apocynaceae e
Malvaceae. Das 44 espécies submetidas à análise micorrízica, 22 apresentaram muito alta
colonização, 15 alta, uma baixa e seis ausente. Os solos das áreas em estudo apresentam
teores médios de alumínio e de matéria orgânica. A média de esporos de fungos micorrízicos
arbusculares por 100 g de solos seco foi de 53 para a área da Reserva do Exército e de 48 para
o Parque Municipal Capivaras, permitindo sugerir que as áreas estão em equilíbrio.
Palavras-chave: Diversidade florística. Cerrado. Micorrizas arbusculares.
16
CHAPTER 1:
FLORISTIC SURVEY AND MYCHORHIZAL COLONIZATION IN
TWO CERRADO REMNANTS IN TRÊS LAGOAS-MS COUNTY
SUMMARY: This research was accomplished in two restricted sense cerrado remnants
known as Military Reserve and Municipal Capivara Park, located in Três Lagoas-MS County.
In these two areas, the aim was to make floristic diversity survey to verify the occurrence of
arbuscular mychorhizal in samples of young plants species. The Military Reserve displayed a
total of 397 species, distributed in 239 genera and 70 families. The families with ten or more
species were Fabaceae, Asteraceae, Poaceae, Euphorbiaceae, Myrtaceae, Bignoniaceae,
Caesalpiniaceae, Mimosaceae, Malpighiaceae, Rubiaceae, Apocynaceae, Malvaceae and
Annonaceae. Of the 397 species, at least 78% were weeds and shrubs, approximately 22%
were trees or sapling and more than 75% showed some possibility of economic use. Of the 44
species submitted to the mychorhizal analysis, 17 presented a very high colonization, 18 high,
eight low and one absent. The Capivaras Park displayed 449 species, distributed in 275 genera
and 96 families, where around 20% are trees or sapling and 80% sum weeds or shrubs. The
26,5% of these occupies the humid part and 73,5% the rest of the studied area. The families
with ten or more species were Fabaceae, Cyperaceae, Poaceae, Asteraceae, Euphorbiaceae,
Caesalpiniaceae Melastomataceae, Mimosaceae, Bignoniaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae,
Apocynaceae and Malvaceae. Of the 44 species submitted to the mychorhizal colonization
analysis, 22 were very high, 15 high, one was low and 6 were absent. The soil of the studied
area has medium content for aluminum and organic material. The average number of spores
per 100g of soil was 53 for the Reserve and 48 for the Park, suggesting that the areas were in
equilibrium.
Key words: Floristic diversity. Cerrado. Arbuscular micorrizas.
17
1. INTRODUÇÃO
A vegetação do Cerrado, com cerca de 2 milhões de km
2
no Brasil, corresponde a 23%
da superfície do país e é excedida apenas pela Floresta Amazônica, que cobre cerca de 3,5
milhões de km
2
do território brasileiro. Todavia, diferentemente da Floresta Amazônica, o
Cerrado é um tipo de vegetação confinado ao Brasil, com apenas poucas extensões que
alcançam os vizinhos Paraguai e Bolívia. Trata-se de uma vegetação savânica muito antiga,
que provavelmente existia em uma forma prototípica cerca de 70 ou 80 milhões de anos
antes da separação dos continentes.
No Cerrado, um dos tipos de vegetação florística com maior diversidade no mundo,
estima-se que existam mais de 10.000 espécies de plantas, das quais metade são endêmicas.
Esta riqueza, que é superada pela Amazônia, apresenta pelo menos 200 espécies com
algum valor econômico (forrageiro, madeireiro, medicinal e ornamental), suporte à
ocorrência de uma imensa fauna, também endêmica, principalmente de invertebrados,
vertebrados e fungos com especificidade de hospedeiro, os quais devem ter co-evoluído ao
longo de dezenas de milhões de anos. Em síntese, o Cerrado consiste em um rico bioma
arquetípico, endêmico do Brasil.
Como é de amplo conhecimento, a vegetação nativa do cerrado tem sofrido enorme
destruição ao longo dos últimos anos, principalmente devido à expansão da agricultura
brasileira. As áreas convertidas para uso agrícola têm sido pelo menos duas, ou talvez três,
vezes maiores do que as áreas exploradas da Floresta Amazônica, mas até recentemente o
interesse mundial tem focalizado exclusivamente a conservação deste último bioma e pouca
atenção tem sido dada à dramática situação do bioma vizinho, o Cerrado.
Com o desenvolvimento agrícola acelerado, aspectos técnicos de sustentabilidade de
ecossistemas são muitas vezes ignorados e ocasionam desequilíbrios ecológicos como erosão
do solo, poluição ambiental, redução de mananciais e fragmentação, principalmente a do tipo
antrópica. Áreas contínuas estão cada vez mais restritas, são fragmentadas em partes menores
denominadas remanescentes, os quais geralmente perdem a conectividade entre si e, como
consequência, pode comprometer a integridade biológica, por vezes em velocidade tão
elevada que dificulta estudos em longo prazo.
18
Campanhas de conscientização conservacionista têm sido eficazes em motivar pessoas
a proteger as florestas, principalmente árvores, mas pouco se fala em proteção de ervas e
arbustos, que muitas vezes são vistos com menor importância e se forem eliminados as
consequências serão menores. Engano, pois para cada espécie de planta arbórea ou arbustiva,
existem três ou mais espécies herbáceo-arbustivas. Muitas frutíferas do Cerrado são
arbustivas e o estrato herbáceo tem fundamental importância na contenção da erosão do solo.
Ademais, o Cerrado pode deter parentes silvestres de plantas cultivadas, daí a importância de
conservar fragmentos deste bioma.
Recuperar um ecossistema é uma denominação que se tem atribuído ao árduo desafio
de, por meio de interferências planejadas, reconstruir a estrutura e criar condições para que
processos ecológicos naturais se estabeleçam. Neste processo, uma relação que se destaca é a
simbiose micorrízica, que ocorre entre fungos simbiotróficos obrigatórios e raízes da maioria
das espécies de plantas terrestres. Esta simbiose proporciona aumento de nutrientes do solo
para as plantas, principalmente de fósforo. Trabalhos vêm focando a importância das
micorrizas para a recuperação de áreas degradadas, mas poucos estudaram a colonização
micorrízica das espécies no seu habitat natural, como os Cerrados.
Pelo exposto, os objetivos do presente trabalho foram: conhecer a diversidade
florística de dois fragmentos preservados de Cerrado, com amostragem de espécies em fase
jovem para verificação da ocorrência de colonização micorrízica arbuscular.
19
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. O Cerrado
Em se tratando de divisões fitogeográficas do território brasileiro, elas têm uma longa
história que vem desde Martius (1943) até Rizzini (1997), passando pelos mais renomados
autores. Todas guardam alguma semelhança com a primeira, modificando-se apenas em
alguns detalhes (RIBEIRO; WALTER, 2008). Pelo mapa do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística- IBGE (2004), seis biomas podem ser verificados: Campos Sulinos, Florestas
Atlântica e de Araucária, Caatinga, Floresta Amazônica, Pantanal e Cerrado. Fatores
climáticos, principalmente, e substrato em menor grau, condicionam a existência de cada um
dos biomas supracitados, também chamados de “províncias vegetacionais” (EITEN, 1993).
Na compreensão de Ab’ Saber (1977), estes espaços geográficos são conhecidos como
Domínios Morfoclimáticos e Fitogeográficos. No espaço do Domínio do Cerrado, nem tudo
que ali se encontra é Bioma de Cerrado; Veredas, Matas Galeria, Matas Mesófilas de
Interflúvio, são alguns exemplos de representantes de outros tipos de Bioma, distintos do de
Cerrado, que ocorrem em meio àquele mesmo espaço (COUTINHO, 2002). Ainda, segundo
Coutinho (2006), escrito na forma Cerrado, significa “cerrado sensu lato”.
O Cerrado, objeto de estudo deste trabalho, caracteriza-se por altitude variando entre
300, 900 até 1600 m e duas estações bem definidas: inverno seco e verão chuvoso, com
temperatura média do mês mais frio, acima de 18 °C (NIMER, 1989); pela média anual
pluviométrica em torno de 1.500 mm (ADÁMOLI et al., 1987), e só ocorre onde o fenômeno
das geadas não se faz presente, ou são leves e de curta duração (EITEN, 1972).
O efeito do clima sobre o cerrado é indireto, por meio de sua ação sobre o solo, pois o
mesmo clima no Brasil Central sustenta a floresta mesofítica de interflúvio, em solos
profundos bem drenados, com pouco alumínio, como sustenta várias densidades de cerrado,
onde o solo é mais pobre, arenosos ou argilosos e com quantidades consideráveis de alumínio
(EITEN, 1993).
Localiza-se essencialmente no Planalto Central do Brasil, ocupando mais de 2.000.000
km
2
de extensão, onde predominam os Latossolos (Ab’ SABER, 1983). Abrange os estados
de Goiás, Tocantins, parte dos estados da Bahia, Maranhão, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato
20
Grosso, Minas Gerais, Rondônia, Piauí e São Paulo, em áreas contínuas. Em manchas,
encontra-se nos Estados de Amapá, Roraima, Amazonas, Pará e em pequenas ilhas no Estado
do Paraná, nestes casos, entremeando-se à Mata Atlântica, Caatinga e Floresta Amazônica.
Os principais tipos fisionômicos encontrados no Cerrado são: as formações florestais
como a Mata Ciliar, a Mata de Galeria, a Mata Seca e o Cerradão onde predominam as
espécies arbóreas com formação de dossel contínuo; as formações savânicas como o Cerrado
sentido restrito, o Parque de Cerrado e o Palmeiral caracterizados pela presença de estratos
arbóreos e arbustivo-herbáceos definidos, onde as árvores o distribuídas aleatoriamente; as
Veredas e, finalmente as formações campestres de Campos Sujo, Limpo e Rupestre
(RIBEIRO; WALTER, 2008; RIBEIRO et al., 1993).
O Cerrado sentido restrito é o tipo de vegetação que se caracteriza pela presença de
árvores baixas, tortuosas, com ramificações irregulares e retorcidas. Os troncos destas plantas,
de modo geral, possuem cascas com cortiça grossa e as gemas apicais de muitas espécies são
protegidas por densa pilosidade. As folhas, em geral, são coriáceas e rígidas. Arbustos e
subarbustos se encontram espalhados, algumas espécies apresentando órgãos subterrâneos
perenes denominados xilopódios, que por ocasião de corte ou queimada, permite a rebrota
(SILVA; NOGUEIRA, 1999). Essas características sugerem adaptação às condições de seca
(RIBEIRO; WALTER, 2008), mas as plantas arbóreas não sofrem restrições hídricas durante
a mesma, pelo menos para os indivíduos de espécies que possuem raízes profundas (FERRI,
1955; GOODLAND; FERRI; 1979). No entanto plantas arbóreas quando jovens têm que
superar o estresse hídrico, semelhante às herbáceas (CARREIRA; ZAIDAN, 2002).
Grande parte deste tipo de vegetação ocorre sobre solos das classes Latossolo
Vermelho e Latossolo Vermelho-Amarelo, os quais geralmente são ácidos, carentes de
fósforo e nitrogênio, com altas taxa de alumínio e baixo teor de matéria orgânica susceptível à
erosão quando a vegetação é retirada (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-
EMBRAPA, 1999).
Fatores condicionantes complexos podem dar origem às subdivisões fisionômicas para
o Cerrado sentido restrito, ou seja: o Cerrado Denso com predominância da vegetação arbórea
em 50 a 70 %; o Cerrado pico com predominância do estrato arbóreo-arbustivo, onde a
cobertura arbórea fica entre 20 a 50 %; o Cerrado Ralo, onde a cobertura arbórea fica entre 5 e
20% e o Cerrado Rupestre que ocorre em ambientes rochosos, com 5 a 20% de cobertura
arbórea e apresenta alguns elementos florísticos presentes no campo rupestre (RIBEIRO;
WALTER, 1998).
21
A flora do Cerrado é diferenciada dos demais biomas, mas muitas espécies são
compartilhadas (HERINGER et al., 1977: 1977; OLIVEIRA FILHO; FONTES, 2000) e a
riqueza florística é relativamente bem conhecida. Uma listagem pioneira foi elaborada em
1892 por Warming a partir de um estudo na região de Lagoa Santa, Minas Gerais,
posteriormente, outros autores reuniram dados sobre a flora do Cerrado, destacando-se as
tentativas de Rizzini (1963), que apresentou 537 espécies entre árvores e arbustos; Heringer et
al. (1977), com 774 espécies arbustivas e arbóreas; Filgueiras; Pereira (1994), que listaram
2264 espécies vasculares nativas para o Distrito Federal; Castro (1994) compilou 1753
espécies vasculares para o Cerrado lato sensu, excluindo lianas e herbáceas, enquanto Ratter
et al. (1973) produziram listagens para o norte do Mato Grosso. Listagens isoladas, revisões,
catálogos são muitos, mas o maior número de espécies foram compiladas por Mendonça et al.
(2008) que reuniram um total de 12.356 espécies de ocorrência espontânea.
Originalmente o Mato Grosso do Sul possuia vastas extensões de Cerrado que
ocuparam mais da metade de seu território, mas é o Estado com menor índice de coleta por
quilômetro quadrado, ou seja, quando o ideal de coleta deveria estar em torno de uma exsicata
por km
2
, a realidade é de 0,25 espécimes (PEIXOTO, 2003). Este panorama dificulta o
conhecimento da composição florística. O bioma Cerrado, neste Estado, tem sido alvo de
intensa ação antrópica, o que pode ter resultado em grandes perdas de diversidade biológica,
além de ter fragmentado a paisagem natural. O reduzido número de áreas protegidas do
Cerrado não é suficiente para garantir a conservação adequada de tão importante bioma que,
além de recobrir 23% do território nacional (RIBEIRO; WALTER, 1998), recobre 65% de
Mato Grosso do Sul. Recentemente, Pott et al. (2006) elaboraram uma lista de 1.579 espécies
no Complexo Aporé-Sucuriú e Dourado (2008), em uma etapa preliminar, listou 292 espécies
para o Parque Municipal Capivaras.
Quanto à vegetação arbustivo-arbórea, Ratter et al. (2003) listaram e analisaram 376
áreas e registraram 951 espécies. Levando-se em conta árvores e arbustos grandes, apenas 38
destas foram registradas como ocorrentes em 50% das áreas: Acosmium dasycarpum, Annona
coriacea, Aspidosperma tomentosum, Astronium fraxinifolium, Brosimum gaudichaudii,
Bowdichia virgilioides, Byrsonima coccolobifolia, B. crassa, B. verbascifolia, Caryocar
brasiliense, Casearia sylvestris, Connarus suberosus, Curatella americana, Davilla elliptica,
Diospyrus spida, Eriotheca gracilipes, Erythroxylum suberosum, Hancornia speciosa,
Himatanthus obovatus, Hymenaea stigonocarpa, Kielmeyera coriacea, Lafoensia pacari,
Machaerium acutifolium, Ouratea hexasperma, Pouteria ramiflora, Plathymenia reticulata,
Qualea grandiflora, Q. multiflora, Q. parviflora, Roupala montana, Salvertia
22
convallariaeodora, Sclerolobium aureum, Tabebuia aurea, T. ochracea, Tocoyena formosa,
Vataira macrocarpa e Xylopia aromática. Outras espécies também foram citadas com
frequência, na mesma referência.
2.2. O Cerrado, os problemas da fragmentação e a importância da conservação.
Um processo que promova a divisão de uma área relativamente grande em partes
menores denomina-se de fragmentação de habitat. O fragmento resultante é denominado
remanescente (WILCOVE et al., 1986) e a fragmentação pode ter causas antrópicas ou
naturais (AQUINO; MIRANDA, 2008). Levando-se em conta a expansão humana, o tipo de
fragmentação mais frequente e relevante é o de origem antrópica. Quando a fragmentação é
tanta a ponto da conectividade da vegetação ser perdida, a integridade biológica pode ficar
comprometida (NOSS; CSUTI, 1997).
Em se tratando de Cerrado, não se conhece bem o que e quanto pode ser perdido com
a fragmentação antrópica. Em apenas quatro décadas, mais da metade da paisagem natural do
Cerrado foi modificada (SANO et al., 2001). A taxa da expansão agropecuária nas áreas
nativas de Cerrado é de 3% ao ano (HENRIQUES, 2003). Na previsão de Machado et al.
(2004), em 2030 as áreas nativas de Cerrado podem estar restrita às áreas protegidas. Embora
as áreas objetivo deste trabalho sejam fragmentos antrópicos, é interessante citar que os
fragmentos naturais têm maior possibilidade de apresentar espécies endêmicas, uma vez que o
tempo de isolamento pode ser muito maior (AQUINO; MIRANDA, 2008). As conseqüências
da fragmentação antrópica estão relacionadas com o tamanho do fragmento: fragmentos
grandes podem ter mais espécies arbóreas que os de pequeno ou médio porte; fragmentos
pequenos ainda sofrem influência de fogo, invasão de espécies alóctones, etc. (TURNER,
1996; SCARIOT et al., 2005).
Quando se trata de espécies vegetais raras, que apresentam distribuição restrita, a
eliminação ou diminuição do habitat podem afetar bastante suas chances de sobrevivência,
por exemplo, plantas de ocorrência restritas ao Cerrado; espécies de distribuição mais ampla
podem ter maiores chances (AQUINO; MIRANDA, 2008). Espécies mais comuns e de
distribuição mais ampla, também podem se tornar raras com a diminuição e eliminação de
habitats. O movimento de polinizadores pode ser modificado pelas barreiras e isolamentos
(HOBBIE et al., 1993). Desta forma, o fluxo de pólen e de diásporos pode ser reduzido entre
populações fragmentadas, reduzindo o fluxo gênico, aumentando as chances de deriva
genética e de endogamia (KAGEYAMA et al., 1998).
23
Quanto mais fragmentada a área, mais facilitada fica a introdução de espécies
alóctones (SAUNDERS et al., 1991). No Cerrado, a presença de gramíneas exóticas pode
representar riscos à biodiversidade local. A presença de Melinis minutiflora pode reduzir a
regeneração arbórea e facilitar as queimadas devido ao acúmulo de combustível
(HOFFMANN et al., 2004). A espécie Brachiaria decumbens também invade o Cerrado,
geralmente pelas bordas e se espalham por grandes extensões (PIVELLO et al., 1999a, b).
A borda é uma área de transição entre unidades de paisagem (METZGER, 2001), pode
ser natural, como limites entre diferentes formações vegetais e pode surgir decorrente de ação
antrópica. A área nuclear do fragmento permanecerá sadia ou representativa, dependendo do
grau do efeito dessa borda (LAURANCE; YESEN, 1991). Segundo diversos autores, a
vegetação responde ao ambiente de borda modulada por mudanças climáticas (LAURANCE
et al., 1998a); com maior número de espécies (GEHLHAUSEN et al., 2000), rápido
recrutamento de plantas adaptadas aos distúrbios (LAURANCE et al., 1998b), invasão de
plantas adaptadas aos distúrbios (BIERREGAARD et al., 1992) e aumento do número de
espécies exóticas (LAURANCE, 1991; BROTHERS; SPINGARN, 1992; FRAVER, 1994).
Vale destacar que os trabalhos sobre efeitos de borda foram realizados em florestas
densas, para o Cerrado pouco se sabe sobre efeitos de borda sobre os organismos (AQUINO;
MIRANDA, 2008). Paralelamente, espécies exóticas de gramíneas, principalmente as de
origem africana, como o capim-gordura, o capim-jaraguá, a braquiária, estão invadindo estas
unidades de conservação e substituindo rapidamente as espécies nativas do seu riquíssimo
estrato herbáceo/subarbustivo. Dentro de alguns anos, ou décadas que seja, estas unidades
transformar-se-ão em verdadeiros pastos de gordura, jaraguá ou braquiária e terão perdido,
assim, toda a sua enorme riqueza de espécies de outrora (PIVELLO et al., 1999a, b).
As plantas de Cerrado dificilmente podem ser conservadas fora de seu habitat natural,
assim como é difícil restaurar essa vegetação onde tenha sido completamente destruída. Por
essa razão, preservar amostras do que existe talvez seja o único caminho para assegurar a
sobrevivência de remanescentes com sua diversidade e fisionomias (DURIGAN et al., 2004).
A substituição de uma vegetação rica em espécies como a do Cerrado, por uma
vegetação graminosa, mais pobre, ou na forma de monocultura, trará grandes alterações
ecológicas, principalmente no funcionamento do sistema. As gramíneas, por apresentarem
sistema radicular pouco profundo, extraem água das camadas mais superficiais do solo, e
tornam-se inativas durante a estação seca e grande parte da biomassa aérea morre e seca. Já as
espécies arbóreas e arbustivas extraem água de grandes profundidades, o que ajuda a manter o
24
processo de evapotranspiração, mesmo durante os meses de seca. Evidencia-se, desta forma,
alterações substanciais no sistema quando da substituição de uma vegetação pela outra
(GONZALES et al., 2010).
A manutenção de raízes profundas também permite que o Cerrado acumule biomassa e
matéria orgânica no solo. O total de 24 t
-1
ha de raízes, determinado para a vegetação do
Cerrado, é superior ao de muitas florestas tropicais (CASTRO; KAUFFMAN, 1998). A
remoção da vegetação nativa de áreas tropicais resulta em uma diminuição da entrada de
carbono nos solos profundos, via reposição de raízes. Para a Amazônia, estima-se que após a
transformação da floresta em pastagem plantada, cerca de 15% do carbono armazenado no
sistema subterrâneo da floresta esteja sendo gradualmente liberado para a atmosfera na forma
de CO
2
(NEPSTAD et al., 1994).
As culturas agrícolas das diversas regiões do mundo são, em verdade, plantas
domesticadas a partir de espécies silvestres. Muitas das espécies a partir das quais foram
selecionadas as plantas cultivadas atualmente, bem como suas espécies silvestres afins,
continuam sobrevivendo em condições naturais. Esse agrupamento de espécies silvestres
constitui o que se denomina “parentes silvestre” das plantas cultivadas. O Cerrado detém
plantas conhecidas como parentes silvestres de plantas cultivadas, como Arachis, Manihot e
Passiflora, entre outras (Ministério do Meio Ambiente-MMA, 2006).
2.3. O Cerrado e as micorrizas arbusculares
Em termos de perdas, depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o ecossistema brasileiro
que mais foi destruído com a ocupação humana (EMBRAPA, 1999), principalmente devido à
expansão da agricultura brasileira. Contemplando este tipo de vegetação, Durigan et al. (2004)
e Myers et al. (2000) já alertaram o mundo para perdas da biodiversidade. Não bastasse a
destruição, a invasão de gramíneas africanas proporciona uma cobertura que impede o
crescimento e a auto-recuperação das plantas típicas de cerrado, além de, por ocasião da
estiagem, facilitar a propagação do fogo (COUTINHO, 1990). Dentre as espécies de Cerrado
pelo menos 200 espécies têm algum valor econômico, seja forrageiro, madeireiro, medicinal
(RODRIGUES; RODRIGUES, 2001), ornamental (HARLEY; GIULIETTI, 2004) ou
alimentício (SILVA et al., 2001). Fragmentos destas florestas são muito importantes como
reserva de germoplasma das espécies nativas e, onde a sucessão natural não pode ser
estabelecida devido à distância das fontes de propágulos, o plantio sustentável de árvores
25
nativas pode ser uma alternativa promissora (ZANGARO, 1997), como os obtidos por
Scabora (2007).
As mudanças na vegetação trazem consequências ecológicas e ambientais, as quais
geram ações em diversos setores da sociedade, em busca de alternativas e tecnologias que
promovam a revegetação (CARNEIRO et al., 1996), cujo sucesso vai depender da capacidade
da plântula em capturar os recursos necessários no início de seu desenvolvimento, obter fonte
contínua de nutrientes e possuir vigor necessário para resistir a estresses climáticos (PERRY
et al., 1987). O rápido declínio da fertilidade do solo, com deterioração das propriedades
físicas, químicas e biológicas, tem sido um grande obstáculo para a regeneração natural da
floresta e para os programas de revegetação (BROW; LUGO, 1994). É preciso selecionar
espécies aptas às novas condições edáficas, que sejam capazes de acelerar a estruturação e a
formação dos horizontes mais superficiais do solo (CARPANEZZI et al., 1990), pois além de
servir como suporte físico, o solo garante, por meio do ciclo hidrológico, os processos
biológicos e bioquímicos, o fluxo de água, nutrientes e energia e o estabelecimento de
relações ecológicas diversas, importantes para a biodiversidade da vida macro e microscópica
do ecossistema (SIQUEIRA et al., 1994).
Os organismos do solo interferem em diferentes níveis na formação de agregados do
mesmo, que influenciam por sua vez nas propriedades físicas, químicas e biológicas. Os
microrganismos são os principais agentes da estabilização de agregados do solo, por meio da
deposição de polissacarídeos extracelulares e pela formação de materiais aromáticos húmicos,
degradados, que formam complexos organo-minerais. Em alguns microssítios do solo, a
matéria orgânica pode estar suficientemente protegida da ação de microrganismos, o que pode
levar a uma estabilização dos conteúdos de carbono orgânico e contribuir para a formação e a
estabilização de agregados existentes (ASSAD, 1997).
A associação entre o desenvolvimento vegetal e a atividade microbiana é um fator
importante na recuperação dos solos degradados, pois mesmo quando profundamente
alterados, eles podem manter uma comunidade microbiana ativa (MARTINS et al., 1999). Os
fungos micorrízicos arbusculares (FMA) são predominantes em solos tropicais, podem estar
associados a uma grande variedade de plantas, e contribuem para agregação do solo,
principalmente onde há limitação nutricional (RODGE, 2004).
Os fungos que formam as micorrizas arbusculares integram o filo Glomeromycota
(SCHÜBLER et al., 2001), distribuídos na classe dos Glomeromycetes (REDECKER, 2005).
Todas as espécies de FMA estão compreendidas em três famílias, Acaulosporaceae,
26
Glomeraceae e Gigasporaceae, todas reunidas em uma única ordem, a Glomerales
(MORTON; BENNY, 1990). Os fungos são membros importantes do sistema solo-planta,
uma vez que a própria diversidade destes es intimamente ligada à diversidade e à
produtividade de comunidades vegetais.
As micorrizas são consideradas fenômenos de ocorrência generalizada, resultantes da
união orgânica entre raízes e o fungo, com dependência fisiológica íntima e recíproca, seguida
pelo crescimento dos simbiontes (SIQUEIRA; FRANCO, 1988). Para compensar a
transferência de nutrientes minerais à planta, os fungos simbiontes recebem carbono da planta
hospedeira para o seu crescimento celular do córtex, região onde ocorre a formação dos
arbúsculos, principal sítio de transferência (GIANINAZZI-PEARSON; GIANINAZZI, 1983).
O carbono passa através da interface fungo-planta, onde os carboidratos, predominantemente
a sacarose, são liberados pelas células do hospedeiro, hidrolisados na interface apoplástica por
invertases, a hexoses, e absorvidas ativamente pelos fungos (SIQUEIRA; FRANCO, 1988). O
conteúdo de fosfolipídios das células das raízes regula a simbiose, via fuga de carbono pela
membrana, para manter a atividade do fungo (GRAHAM; EISSENSTANT, 1994).
Nesta simbiose (SMITH; READ, 1997), a planta supre o fungo com energia para
crescimento e reprodução via fotossintatos, e o fungo provê a planta e o solo com uma gama
de serviços. O principal desses, ou pelo menos o mais evidente até o momento, é realizado
pelo micélio extra-radicular do fungo e consiste na absorção de nutrientes obtidos de áreas
localizadas além da zona de depleção da raiz, em especial fósforo, e translocação e
disponibilização desses nutrientes para células do córtex de raízes de plantas micotróficas
(SOUZA et al., 2008).
Estudos em raízes fossilizadas indicam presença das micorrizas cerca de 400
milhões de anos, período que coincide com o aparecimento das plantas terrestres. No entanto,
os fungos, como saprofíticos, surgiram cerca de um bilhão de anos, tiveram longo período
para evoluir estratégias elaboradas para colonizar os tecidos vegetais e estabelecer simbiose
com as plantas (MOREIRA; SIQUEIRA, 2006). As micorrizas estocam carbono no solo,
favorecendo desta forma o sequestro de carbono da atmosfera (RILLIG et al., 2001;
OLSSON; WILLELMSSON, 2000).
As simbioses com os FMA trazem benefícios à comunidade vegetal e ao ambiente,
fornecendo nutrientes e água às plantas, assim como, favorecendo a retenção de umidade, a
agregação e estabilidade dos solos (SYLVIA, 1992; AUGÉ et al., 2001). A importância dos
FMA para recuperação de áreas degradadas e para agricultura sustentável é consenso entre a
comunidade científica, apontada em diversos trabalhos (JASPER, 1994; SOUZA; SILVA,
27
1996; JEFFRIES, 1997; JEFRIES et al., 2003). O sucesso das interações entre micro e macro
simbiontes, depende da disponibilidade de fósforo, da oferta de carbono e das características
ambientais (BEVER, 2002, 2003; MOREIRA; SIQUEIRA, 2006; BERBARA et al., 2006).
Os agregados de solo têm sua formação favorecida pela presença das micorrizas,
devido a uma substância pegajosa, a glomalina (WRIGHT et al., 1996). Estima-se que
toneladas de fósforo poderiam ser economizadas, na cultura de soja, por exemplo, se
aumentassem em 15% a eficiência de absorção por meio de micorriza arbuscular (LOPES;
SIQUEIRA, 1991). No entanto, existem um número menor de trabalhos abordando a ecologia
e a diversidade das espécies vegetais e fúngicos (HART; KLIRONOMOS, 2002).
Para que ocorra a colonização micorrízica são necessárias três fases: a de crescimento
lento que engloba a germinação dos esporos, o crescimento do tubo germinativo e a
penetração das hifas no córtex da raiz; a de crescimento intensivo, caracterizada pelo amplo
desenvolvimento do micélio externo e intenso dentro da raiz, envolve a epiderme, o córtex e
pode ser intra e extra-celular, nesta fase formam-se hifas internas, vesículas e arbúsculos; e,
finalmente a fase estável, quando a proporção de raízes colonizadas e não colonizadas
permanece constante (MIRANDA, 2008).
Os arbúsculos consistem em hifas muito ramificadas, se desenvolvem entre parede e
membrana celular vegetal, em cujo tio ocorre troca de nutrientes entre os simbiontes; as
vesículas funcionam como órgão de estocagem para o fungo, contém principalmente lipídeos
e glicogênio (STÜRMER; SIQUEIRA, 2008). A sobrevivência e a dispersão dos fungos
micorrízicos dependem dos esporos assexuados. A sua estrutura, principalmente de paredes, é
básica para a taxonomia do grupo, quando se baseia em morfologia (MORTON; BENNY,
1990).
O número de espécies identificadas para os ecossistemas brasileiros somam 99
espécies, o que representa 51% do total de espécies formalmente descritas na literatura de
acordo com Stürmer; Siqueira (2008), que fazendo um levantamento das áreas mais
estudadas, destacam que as regiões Norte e Centro-Oeste necessitam de estudos urgentes.
Stürmer et al. (2006), fazendo um levantamento em solo destas áreas, relataram 79 espécies
de FMA, destas, pelo menos 67% foram registradas para solos de Cerrado.
Quanto ao potencial micorrízico de algumas espécies, a maior parte das áreas
destinadas à revegetação é constituída de solos com baixa fertilidade e baixo potencial de
inóculo de microrganismos benéficos para as plantas, como as micorrizas arbusculares
(JANOS, 1996). Essas aumentam o crescimento e as chances de sobrevivência das plântulas
28
em campo, por meio do aumento na absorção de nutrientes minerais e água, além de
promover proteção às plantas de possíveis patógenos (ABBOTT; ROBSON, 1991).
A inoculação de fungos micorrízicos em mudas utilizadas para revegetação de solos
degradados é importante, pois pode auxiliar e acelerar os processos de recuperação.
Associações micorrízicas podem ajudar no estabelecimento das mudas no campo,
contribuindo para a absorção de nutrientes e água, além de atuar na proteção contra os
patógenos radiculares (NEWAHAM et al., 1995). No entanto, a inoculação com FMA atua na
sucessão vegetal ao favorecer o estabelecimento de espécies de plantas próprias de etapas
sucessionais intermediárias e avançadas, acelerando a recuperação para uma cobertura vegetal
clímax (GUERRERO et al., 1996). As espécies arbóreas com crescimento rápido, de acordo
com Zangaro et al. (2003; 2007), são mais susceptíveis aos FMA que as espécies de
crescimento lento, devido às características morfológicas da raiz, mais apropriadas para
interceptar os propágulos dos simbiontes, e também por causa do alto metabolismo desta
espécies, com demanda alta para sustentar altas taxas de crescimento.
A micorrização é inibida, geralmente, em condições de elevada fertilidade, sendo que
dentre os macronutrientes o nitrogênio e o fósforo exercem maior influência; tais elementos
agem indiretamente via metabolismo da planta hospedeira, estabelecendo mecanismo de auto-
regulação. Devido ao fato das raízes se desenvolverem de modo muito emaranhado, sugeriu-
se que a colonização destas por hifas seria, nesse caso, mais eficiente para a garantia do fluxo
de nutrientes (FRANCIS et al., 1986).
Além dos efeitos no crescimento inicial e na qualidade das mudas (SCHULTZ et al.,
1981; JANOS, 1980), evidências indicam que a colonização micorrízica afeta as futuras fases
sucessionais das espécies (HERRERA et al., 1991) e a estruturação das comunidades vegetais
(MILLER; JASTROW, 1992; JANOS, 1983). Desse modo, as micorrizas são importantes
para o desenvolvimento vegetal (PERRY et al., 1987), especialmente em solos de baixa
fertilidade, onde elas poderão reduzir os requerimentos externos de nutrientes das espécies, os
custos de implantação e garantir sucessão vegetal no ecossistema em restauração (JANOS,
1983; JASPER, 1994; SIQUEIRA, 1994).
Estudos sobre inoculação de micorrizas para recuperação de áreas degradadas têm sido
promissores, mas não são abundantes os que mostram resultados da micorrização em
formações naturais. No início da década de 70, no século passado, Thomazini (1974) estudou
processos micorrízicos em plantas de Cerrado, enquanto St John (1980) listou 131 espécies
naturalmente infectadas com FMA para Amazônia e costa da Bahia. Carneiro et al. (1998)
relataram a ocorrência de micorriza arbuscular (MA) em 101 espécies arbóreas e arbustivas
29
nativas do sudeste brasileiro em condições de casa de vegetação, viveiro, campo em
condições de Cerrado (Brasilândia-MG) e na Mata Semidecídua, localizada no campus da
UFLA. Os autores concluíram que em amostras de raízes de Mata foi elevada a colonização
em 90% das espécies, sendo verificado o contrário nas plantas de Cerrado e nas amostras
coletadas no viveiro, evidenciando a ocorrência generalizada das micorrízicas arbusculares
nas espécies arbóreas tropicais. Zangaro et al. (2002), avaliando a colonização micorrízica em
espécies arbóreas ocorrendo em um parque preservado, em Maringá, relataram a ocorrência
de índices de colonização altos e médios para espécies pioneiras e secundárias iniciais e muito
baixa para as consideradas secundárias tardias e clímaces.
30
3. MATERIAL E MÉTODOS
As áreas sob estudo, localizadas no Município de Três Lagoas-MS, são conhecidas por
“Reserva do Exército” e Parque Natural Municipal Capivaras e estão sob as coordenadas
geográficas 20°47’34” S e 51°41’27” O, e 20°44’24” S e 51°39’38” O, respectivamente.
Figura 1, página 73. A primeira situa-se na área urbana do referido município, na Avenida
Olinto Mancini 1317, com 30 hectares e a segunda à margem direita da represa da CESP,
onde o Rio Sucuriú encontra o Rio Paraná, com 841 hectares, nesta coletou-se em 70% da
área.
3.1. Área de “Reserva do Exército”
A história da Companhia de Infantaria está intimamente ligada aos fatos históricos
da Guarnição Militar de Três Lagoas-MS. A chegada de tropas para mobiliar a Guarnição de
Três Lagoas-MS iniciou-se com a Revolução de 1924. As tropas que chegaram ao município
de Três Lagoas-MS tinham por missão garantir a passagem sobre o Rio Paraná na região de
Jupiá, permitindo o livre acesso entre os Estados do Mato Grosso e São Paulo, assegurando a
movimentação de tropas da Circunscrição Militar do então Estado de Mato Grosso até o
Estado Bandeirante (São Paulo), caso isso fosse necessário. Após mudanças administrativas, a
Companhia continuou com as principais missões de defender o complexo de Urubupungá,
manter a ligação rodoferroviária da divisa MS/SP, através das rodovias BR-262, SP 300
(Marechal Rondon) e ferrovia Novoeste. Em 20 de maio de 2003, a Portaria Nr 006-Res.
criou a Companhia de Infantaria sediada em Três Lagoas-MS, por transformação da
Companhia de Infantaria do 47º Batalhão de Infantaria, subordinando-a diretamente ao
Comando Militar do Oeste. A atividade-fim do Exército desenvolve-se normalmente no
campo, onde são preparadas e adestradas as tropas.
A vegetação e os recursos locais são muito importantes para as operações. Assim, o
militar, desde os primeiros dias na caserna, aprende a respeitar e preservar a natureza, como
uma aliada do combatente e do ser humano. Cooperando com os órgãos que cuidam da
preservação ambiental, o Exército tem feito acordos e convênios com o IBAMA, com polícias
especializadas e outros diversos órgãos, para o fornecimento de apoio logístico, nas atividades
31
de fiscalização ambiental. Merece destaque a preservação da área de Cerrado existente em
pleno centro urbano, em Três Lagoas. Informações podem ser encontradas em:
www.exército.gov.br/060MS/2ciainf/.
3.2. O Parque Natural Municipal Capivaras.
O Parque das Capivaras, no Município de Três Lagoas-MS, distribui-se por 841
hectares na margem direita do Rio Paraná. A unidade de conservação foi criada pela CESP
(Companhia Energética de São Paulo) e durante os muitos anos sob administração da
concessionária, o acesso à área era controlado e ocorria apenas com permissão prévia. na
fase de privatização daquela empresa em 2001, a área foi repassada para a Prefeitura
Municipal de Três Lagoas-MS. A área destinada à futura Unidade de Conservação Capivaras
é imediata à calha do Rio Paraná, drenagem que constitui o eixo deposicional (depocentro) da
Bacia Sedimentar do Paraná, sinéclise que se inclui entre os mais importantes depósitos
sedimentares brasileiros. Tal atributo decorre da magnitude da unidade geológica, mas
principalmente por ser a referida unidade, a bacia-sede da maior reserva de água doce
subsuperficial do planeta (Aquíferos Guarani e Bauru).
Desde a década de 1960, cumpre o papel de planície de inundação, situação decorrente
da edificação da Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá), cujo lago-reservatório fez
submergir as áreas montantes-proximais à original foz do Rio Sucuriú. A cobertura vegetal da
área pode ser dividida em Cerrado sentido restrito e uma porção úmida denominada vereda.
As fitofisionomias locais, Cerrados e Várzeas, transicionam para Matas Ciliares ou para
coberturas de áreas abertas (LORENZ-SILVA; NETO, 2008).
3.3.1. Levantamento florístico
Para o levantamento florístico foi realizada pelo menos uma excursão a cada semestre,
em cada área, durante o período de 2007 a 2009. Para a descrição da fitofisionomia das duas
áreas, utilizou-se o método de observação direta e registros fotográficos. Informações básicas
sobre a estrutura das áreas foram anotadas em cadernetas escolhidas para esta finalidade, e a
terminologia usada baseou-se em Ribeiro; Walter (2008). Durante as excursões, procedeu-se
observação dos espécimes em fase de reprodução; material estéril também foi fotografado
para posteriores observações, quando a identificação no campo não era possível. Durante as
coletas foram verificadas e anotadas informações sobre o hábito das plantas, como árvore,
arbusto, erva, subarbusto, liana e arvoreta. Utilizou-se o método de caminhamento
(FILGUEIRAS et al., 1994) para fotografar e coletar as espécies. Os espécimes coletados
32
foram herborizados de acordo com procedimento convencional e serão depositados no
herbário CEUL da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Espécies facilmente
reconhecidas por serem comuns em Cerrado, foram apenas fotografadas, alternativa sugerida
por Judd et al. (2009). Nas duas áreas foram observadas espécies nativas e ruderais, pois estas
últimas podem ter influência na dinâmica da vegetação.
As plantas foram identificadas por meio de chaves de identificação, bibliografias
especializadas e comparação com materiais do herbário-CEUL. As espécies de
Magnoliophyta (Angiopermae) foram classificadas de acordo com Cronquist (1981), mas
constam entre parênteses na coluna correspondente às famílias botânicas, as classificações
feitas com base na proposta do Angiosperm Phylogeny Group II (2003), e Pteridophyta
segundo Tryon; Tryon (1982). Os dados obtidos foram organizados em planilhas, a partir das
quais foram obtidas tabelas contendo famílias, espécies, porte das plantas, e outros atributos
como: distribuição em diferentes fitofisionomias para a área do Parque Capivaras e qualidades
agronômicas para as duas áreas.
3.3.2. Colonização micorrízica
Para verificação de ocorrência de colonização micorrízica foram coletados indivíduos
de 44 espécies para cada área. A decisão sobre que espécies coletar baseou-se na plena
disponibilidade de plantas jovens. Algumas espécies são as mesmas para as duas áreas, mas é
coincidência, pois o objetivo foi o de verificar a presença do processo de micorrização e não o
de estabelecer parâmetros comparativos. Plantas muito jovem foram evitadas, pois a
quantidade de raízes era insuficiente.
Para estimativa de colonização por FMA, um grama de raiz de cada espécie foi
clarificada em KOH 10% e H
2
O
2
5%, acidificado com HCl 1% e coradas com azul de tripano
(KORMANIK; McGRAW, 1982). O método de interseção de quadrantes foi utilizado para
cálculo da porcentagem de colonização de FMA (GIOVANNETTI; MOSSE, 1980). Para a
categorização quanto à colonização, as espécies foram classificadas em muito alta, alta,
média, baixa e ausente, quando apresentavam grau de colonização > 80 %, 79-50 %, 49-20 %,
19-1 % e 0 %, respectivamente, segundo Carneiro et al. (1998).
3.3.3. Características químicas e número de esporos de FMA do solo
Para análise das características químicas do solo e número de esporos de FMA, foram
coletadas quatro amostras compostas, de 10 amostras simples cada, de solo, na profundidade
de 0-0,15 m. Os pontos foram georeferenciados e a localização e coordenadas da área da
33
Reserva do Exército foram: E1 (20°47’29,2” S e 51°41’33,8 O) e E2 (20°47’29,5” S e
51°41’39,2 O), em área plana com vegetação típica; E3 (20° 47’26,5” S e 51°41’33,5” O), em
áreas com seixos e E4 (20°47’38,5 S e 51°41’14,1” O), onde foi retirada a vegetação original.
No Parque Capivaras os pontos coletados representam dois pontos na área de Cerrado Denso
(20°44’85” S e 51°39’51,7” O; 20°44’34,2S e 51°39’51,7” O) denominados C1 e C2, um
ponto próximo à Vereda denominado C4, nas coordenadas 20°44’28” S e 51°39’50,3” O, e
um ponto na área de manutensão de rede elétrica C3, em 20°44’32S e 51°39’48,5 O. Todos
os pontos citados foram compostos por dez amostras simples.
As amostras coletadas foram secas ao ar, peneiradas e parte delas enviada para o
Laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e
Solos da UNESP, Campus de Ilha Solteira, onde foram analisadas. Para tanto, o pH foi
determinado em CaCl
2
, P, K, Ca
+2
e Mg
+2
foram extraído com resina trocadora de íons, na
relação solo: água: resina de 1:10:1; e o Al
+3
extraído com KCl 1N. O P foi determinado por
colorimetria; o K por fotometria de chama e Ca
+2
e Mg
+2
por espectrometria de absorção
atômica; H+Al
+3
empregando o ph SMP; o Al
+3
por titulação com NaOH 0,025 N e a matéria
orgânica por colorimetria, de acordo com Raij; Quaggio (1983).
A outra parte das amostras foi utilizada para o procedimento de contagem de esporos
de FMA autóctones. Para a referida análise, 100 g de cada amostra composta foi
homogeneizada e processada segundo uma associação dos métodos de decantação e
peneiramento úmido (GERDEMANN; NICOLSON, 1963) e de centrifugação e flutuação em
sacarose (JENKINS, 1964). A quantificação foi realizada em placas de acrílico com anéis
concêntricos, sob microscópio estereoscópio (40x).
34
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente trabalho representou esforços, no sentido de publicar uma listagem de
espécies, dar idéia dos tipos fitofisionômicos, da composição da biodiversidade vegetal e de
hábitos de crescimento da flórula das áreas estudadas. Buscou-se contemplar tanto as espécies
nativas como aquelas consideradas ruderais, como também algumas introduzidas pelo
homem. A inclusão destas últimas teve por objetivo dar uma idéia dos recursos vegetais
efetivamente existentes nas áreas, para que possam servir de subsídios para solução de
problemas evidentes, como a invasão de comunidades de vegetação nativas por espécies
exóticas.
As áreas estudadas formam grupos distintos de fitofisionomias: a Reserva do Exército
apresenta terreno bem drenado, sem presença direta de corpos d’água, a vegetação pode ser
denominada de vegetação de interflúvio, e o Parque Capivaras está associado a terrenos
úmidos, situada em áreas de influência de drenagem, aqui chamada de vegetação associada
aos cursos de água. Historicamente, as duas áreas estão, pelo menos dez anos, sem sofrer
incêndios.
Na Reserva do Exército, o estrato arbóreo é formado por espécies típicas de Cerrado,
tendo a maioria dos indivíduos porte intermediário (com altura média na faixa de 4 - 5
metros) e conformação mais tortuosa. Devido à menor densidade da cobertura arbórea, os
seus estratos inferiores mostram-se densos e, geralmente, ricos em espécies arbustivas e
herbáceas. Pode ser classificado como Cerrado Sentido Restrito - Cerrado típico. Figura 2,
página 74.
As espécies identificadas para a referida área, com seus respectivos bitos e sempre
que possível suas qualidades agronômicas estão apresentadas na Tabela 1, página 41. Nestas
são citadas 397 espécies, distribuídas em 241 neros e 70 famílias. As famílias mais
representadas, com 10 ou mais espécies, foram Fabaceae (44 spp.), Asteraceae, Poaceae e
Euphorbiaceae (24 spp.), Myrtaceae (20 spp.), Bignoniaceae (18 spp.), Caesalpiniaceae (17
spp.), Mimosaceae ( 16 spp.), Malpighiaceae (15 spp.), Rubiaceae (14 spp.), Apocynaceae (13
spp.), Malvaceae (11 spp.) e Annonaceae (10 spp.). Essas 13 famílias contribuíram com 250
espécies, representando, aproximadamente, 63 % do total; 21 famílias contribuíram com uma
35
única espécie e 11 com apenas umnero. Mais de 200 espécies possuem algum valor
econômico (RODRIGUES; RODRIGUES, 2001; HARLEY; GIULIETTI, 2004; SILVA et
al., 2001). Quatro espécimes foram idetificados até o nível de gênero.
Das 397 espécies identificadas, pelo menos 78% somam ervas e arbustos,
aproximadamente 22% são árvores ou arvoretas e mais de 75% apresentam alguma
possibilidade de uso econômico, além de representantes consideradas parentes silvestres de
plantas cultivadas, dos gêneros Arachis, Passiflora e Manihot. A totalidade das espécies está
distribuída em uma única formação, Cerrado sentido restrito (Tabela 1).
As 44 espécies coletadas para verificação de colonizações micorrízica (Tabela 3,
página 69), distribuem-se em 24 famílias e 42 gêneros. Destas, 17 tiveram colonização muito
alta, 18 alta, 08 baixa e uma espécie (Diptychandra aurantiaca) não apresentou colonização.
De acordo com Moreira; Siqueira (2006), mesmo naquelas famílias onde é comum o processo
de micorrização, pode haver diferenças dentre gêneros e espécies, o que foi constatado em
Caesalpiniaceae, com uma espécie com índice zero e as demais com alto e muito alto. Nesta
área nenhuma família com mais de uma espécie analisada apresentou homogeneidade quanto
ao índice de colonização. Das famílias tidas como não micorrizadoras, a Amaranthaceae
apresentou micorrização confirmando os dados de Moreira; Siqueira (2006) que afirmam que
as espécies ou gêneros não se comportam de modo idêntico dentro das famílias.
Na contagem de esporos de FMA foram encontrados 39, 38, 66 por 100 g de solo
-1
seco, respectivamente, para áreas mais preservadas e 70 por 100g de solo
-1
na área que teve a
vagetação original removida. No presente trabalho, os resultados sugerem que a relação
número de esporos com o grau de preservação é inversa, e os resultados podem ser vistos na
Tabela 5, página 75.
O Parque Capivaras, na sua formação florestal, apresenta um estrato arbóreo formado
por associações de espécies típicas de Cerrado com elementos próprios de formações
florestais. Como muito tempo não sofre incêndios, o estrato arbóreo dessa comunidade
mostra-se denso e mais rico em espécies de florestas, como jatobá-do-mato e copaíba,
indicando que, quando protegidos, os Cerrados densos tendem a transformar-se em floresta do
tipo Cerradão. Nesta porção da área, o estrato graminoso é praticamente inexistente. Esta
porção pode ser classificada em Cerrado sentido restrito-Cerrado denso. Figura 3, página 74.
A porção úmida, alagável, de acordo com Ferreira (1996), é recoberta de vegetação
onde predominam espécies de Poaceae e Melastomataceae. Pelas espécies ocorrentes
(MEIRELLES et al., 2004), esta porção do parque pode ser classificada como Vereda que,
ainda de acordo com Eiten (1993), seria um “brejo graminoso permanente com buritis”. Na
36
compreensão de Araújo et al. (2002), poderia ser incluída parcialmente na formação
campestre: bordas e meios com buritis ao fundo (Figura 3), página 74.
Entre as áreas, úmida e a de Cerrado preservada, fica um a faixa de manutenção de
rede elétrica, composta apenas de ervas e arbustos, que neste trabalho foi denominada de
borda.
Na porção oeste da referida área, denominada de entorno no presente trabalho, é onde
se vê plantas típicas de cerrado misturadas aos eucaliptos. A lista de todas as espécies
registradas para a referida área, com seus respectivos hábitos, fitofisionimias e possível uso
agronômico, estão apresentadas na Tabela 2, página 54. Nesta são citadas 449 espécies,
distribuídas em 277 gêneros e 96 famílias. As famílias com dez ou mais espécies foram
Fabaceae (39 spp.), Cyperaceae (32 spp.), Poaceae (28 spp.), Asteraceae (26 spp.),
Euphorbiaceae (20 spp.), Caesalpiniaceae e Melastomataceae (18 spp.), Mimosaceae (17
spp.), Bignoniaceae (15 spp.), Rubiaceae (14 spp.), e Malpighiaceae, Apocynaceae e
Malvaceae (10 spp.). Essas 13 famílias contribuíram com 57,24% do total de espécies, 39
contribuíram com uma única espécie e 11 com apenas um gênero.
Das 449 espécies, aproximadamente 20% são árvores ou arvoretas e 80% somam
ervas ou arbustos, 26,5% ocupam a parte úmida e 73,5% o restante da vegetação. Nos gêneros
Arachis, Passiflora e Manihot estão representantes dos parentes silvestres de plantas
cultivadas (Tabela 2), também nesta área, encontram-se mais de 200 espécies com algum
valor econômico (RODRIGUES; RODRIGUES, 2001; HARLEY; GIULIETTI, 2004; SILVA
et al., 2001). Um espécime da família Poaceae foi identificado até o nível de gênero.
As 44 espécies coletadas para verificação da colonização micorrízica (Tabela 4, página
71) podem ser distribuídas em 24 famílias e 40 gêneros. Dentre estas, 22 tiveram colonização
muito alta, 15 alta, uma baixa e seis espécies não apresentaram colonização, 84% das plantas
analisadas tiveram alta e muito alta colonização micorrízica. As espécies que não
apresentaram colonização micorrízica são das famílias Apocynaceae, Bromeliaceae,
Fabaceae, Moraceae e Proteaceae. Destas, a única citada por Moreira; Siqueira (2006) como
não micorrízica foi a família Proteaceae. Das espécies analisadas por Thomazini (1974),
resultados semelhantes foram encontrados para Annona coriacea e Jacaranda decurrens.
Ainda de acordo com Moreira; Siqueira (2006), mesmo naquelas famílias onde é
comum o processo de micorrização pode haver diferenças dentre gêneros e espécies, o que
pode ser constatado em todas as famílias com mais de uma espécie analisadas, com índices de
zero a muito altos, para as duas áreas analisadas. Zangaro et al. (2002) encontraram baixos
índices de colonização para Anadenanthera, médios para Astronium, elevados para Tabebuia
37
e Casearia, muito baixos para Copaifera e ausentes para Aspidosperma e Hymenaea. No
presente trabalho, observaram-se índices muito altos para Anadenanthera, Hymenaea e
Copaifera, altos a muito altos para Astronium e Tabebuia, baixos para Casearia e baixo a
ausente para Aspidosperma, valendo destacar que as plantas de Cerrado não estão divididas
em categorias ecológicas que vão de pioneiras até espécies clímaces.
Nas duas áreas, mais de 50% das espécies tiveram índices altos ou muito altos de
micorrização, o que pode ser um indicador de disponibilidade de inóculo de FMA no campo,
embora a concentração de esporos encontrada tenha sido relativamente baixa. Para Gange et
al. (1993) este pode ser um índice confiável para prognóstico de colonização destas espécies
em campo e o possível uso das mesmas para recuperação de áreas degradadas. Ademais, de
acordo com Janos (1996), plantas colonizadas com FMA têm maiores chances de instalação e
crescimento em solos poucos férteis e são de muita importância para programas de
reabilitação de solos degradados.
A contagem de esporos de FMA por 100 g de solo foi 58 e 31 esporos para área de
Cerrado típico, 69 esporos para parte manejada e 36 esporos na porção úmida (Tabela 5).
Índices considerados baixos, o que se relaciona com áreas em equilíbrio. O grau de micotrofia
das plantas e o conhecimento da quantidade de esporos no solo são de suma importância para
o sucesso de áreas revegetadas (PFLEGER et al., 1994).
Os resultados da caracterização química dos solos das duas áreas (Tabela 5), indicam
carência de fósforo e nitrogênio, taxas médias de alumínio, baixo pH e médio teor de matéria
orgânica (Embrapa, 1999). Essas características do substrato estão relacionadas com o
raleamento ou a densidade da vegetação, como os baixos teores dos elementos químicos
requeridos pelas plantas e os altos teores de alumínio, a profundidade e o encharcamento
(EITEN, 1972, 1993). De acordo com Spera et al. (1999), características químicas, físicas de
solo e hídricas, o podem ser associadas isoladamente com o tipo de vegetação, haja visto,
que em Latossolos Vermelho-Amarelos podem ser encontrados desde formações campestres
como Campo Sujo até formações florestais como Cerradão.
As duas áreas sob estudo podem ser consideradas remanescentes (WILCOVE et al.,
1986) e a fragmentação é do tipo antrópica (AQUINO; MIRANDA, 2008). O número de
espécies de plantas observadas na área total da Reserva do Exército e na área arborizada do
Parque Capivaras, deve-se ao fato de que pelo menos um fator determinante para
características de cerrado, o fogo, tem sido controlado, o que de acordo com Miranda et al.
(1996), tornaria a vegetação mais densa ao longo prazo.
38
A flora do Cerrado é diferenciada dos demais biomas (HERINGER et al., 1997); das
38 espécies citadas por Ratter et al. (2003), como comuns às várias áreas de Cerrado, 35 spp.
ocorrem na Reserva do Exército e 34 spp. no Parque Capivaras. Das espécies consideradas na
literatura como em risco de extinção, foram encontradas nas duas áreas estudadas, Duguetia
furfuracea, Annona dioica, Bauhinia rufa e Cochlospermum regium e na Reserva do Exército
a Gomphrena macrocepala. Estes dados reforçam a importância de preservar remanescentes,
pois as plantas de cerrado são de difícil conservação fora de seu habitat natural (DURIGAN et
al., 2004). O Cerrado detém parentes silvestres de plantas cultivadas (MMA, 2006), nas duas
áreas estudadas foram encontrados os gêneros Arachis, Manihot e Passiflora. De acordo com
Ribeiro et al. (1983), a abundância da composição florística parece estar relacionada com a
latitude, uma vez que varia de local para local, não havendo homogeneidade plena para a flora
de Cerrado, e sim interações de parâmetros bióticos e abióticos que modulam a riqueza
florística de cada local. Plantas de outros biomas também são encontradas como Cyperus
laxus, Diospyrus brasiliensis, Jacaranda caroba, entre outras.
Nos dois remanescentes sob estudo, a presença de Brachiaria decumbens poderá se
tornar um problema de grandes proporções, semelhante aos causados por Melinis minutiflora
em outras áreas (PIVELLO et al., 1999 a, b). O efeito de borda pode atuar de diferentes
formas nos remanescentes estudados: na área do Exército a borda é delimitada pelo núcleo
urbano, enquanto no Parque Capivaras é natural e decorrente de ação antrópica. Qualquer que
seja a causa do efeito de borda a consequência não difere, pois nas duas áreas há plantas
exóticas (LAURANCE, 1991; BROTHERS; SPINGARN, 1992; FRAVER, 1994) como:
eucalipto e coco-da-baía em menor escala, na Reserva do Exército e pinheiro no Parque
Capivaras. Plantas ruderais ou adaptadas aos distúrbios (BIERREGAARD et al., 1992) como
Emilia fosbergii, Eupatorium maximilianii, Pyrostegia venusta, Merremia cissoides,
Phyllanthus orbiculatus Richardia grandiflora, Solanum lycocarpum, Waltheria indica entre
outras, também ocorrem em ambos locais.
Somente futuros estudos poderão trazer a verdadeira dimensão do comprometimento
das plantas típicas de Cerrado destes remanescentes, no que tange a presença de espécies de
outras formações, ruderais, exóticas ou mesmo cultivadas, uma vez que as populações podem
intercruzar-se.
39
5. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS
-A flora da Reserva do Exército está representada por 397 espécies, 241 gêneros e 70 famílias,
enquanto a do Parque Municipal Capivaras por 449 espécies, 277 gêneros e 96 famílias;
-Para a área do Parque Capivaras nem todo material foi identificado, tornando possível que
novidades venham a ser descobertas à medida que mais materiais sejam examinados;
-Há necessidade de mais coletas sistemáticas, pois certos ambientes de difícil acesso como a
Vereda, parte do Parque Municipal Capivaras, podem conter espécies ainda não descritas pela
ciência;
-Nas duas áreas foram encontradas plantas ruderais, cultivadas e exóticas, tolerantes ao uso
humano e que podem comprometer as plantas típicas de Cerrado, uma vez que as populações
podem intercruzar-se;
-Mais de 50% das espécies apresentam índices altos ou muito altos de micorrização, com
maiores chances de instalação e crescimento em solos poucos férteis, de muita importância na
indicação de programas para reabilitação de solos degradados;
-Não relação direta entre as categorias taxonômicas superiores e as espécies colonizadas
por FMA.
40
ANEXOS DO CAPÍTULO 1
41
Tabela 1 – Listagem das famílias e espécies das plantas identificadas, porte e potencial
agronômico das mesmas, da área da Reserva do Exército, entre os anos 2007 a 2009.
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Acanthaceae
Ruellia geminiflora Kunth erva ornamental
Ruellia tweediana Grisebach erva ornamental
Amaranthaceae
Froelichia procera (Seub.) T.M. Pedersen erva ornamental
Gomphrena celosioides Mart. erva ornamental
Gomphrena macrocephala A.St.-Hil. subarbustiva ornamental
Anacardiaceae
Anacardium humile A.St.-Hil. arbustiva medicinal
Anacardium occidentale L. arbustiva frutífera
Astronium fraxinifolium Schott árvore florestal
Myracrodruon urundeuva (Engl.) Fr.All. árvore florestal
Annonaceae
Annona coriacea Mart. árvore frutífera
Annona crassiflora Mart. árvore florestal, med. e alim.
Annona dioica A.St.-Hil. subarbusto medicinal
Annona nutans R.E.Fr. subarbusto
Annona tomentosa R.E.Fr. subarbusto
Annona warmingiana Mello-Silva & Pirani subarbusto
Duguetia furfuracea (A.St.-Hil.) Benth. & Hook. arbusto frutífera e medicinal
Duguetia lanceolata A.St.-Hil. arbusto frutífera
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. árvore medicinal
Xylopia sericea A.St.-Hil. árvore
Apocynaceae
Aspidosperma macrocarpon Mart. árvore florestal
Aspidosperma tomentosum Mart. árvore florestal
Forsteronia pubescens D.C.
Hancornia speciosa Gomes árvore frutífera
Himatantus obovatus (Müll.Arg.) Woodson arvoreta ornamental
Macrosiphonia longiflora (Desf.) (Müll.Arg. erva/xilopódio orn. e medicinal
Mandevilla coccinea (Hook & Arn.) Woodson erva/xilopódio ornamental
Mandevilla illustris (Vell.) Woodson erva/xilopódio ornamental
Odontadenia lutea (Vell.) Marckgr. trepadeira ornamental
Odontadenia nitida (Vell.) Müll.Arg. trepadeira ornamental
Prestonia tomentosa R.Br. trepadeira ornamental
Rhodocalyx rotundifolius Müll.Arg. subarbusto/xilopódio ornamental
Continua
42
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Secondatia densiflora D.C. trepadeira ornamental
Arecaceae
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. palmeira alimentícia
Allagoptera campestris (Mart.) Kuntze palm/folhas basais ornamental
Cocos nucifera L. palmeira alimentícia
Aristolochiaceae
Aristolochia esperanzae Kze. trepadeira medicinal
Aristolochia sp. trepadeira ornamental
Asclepiadaceae (Apocynaceae)
Blepharodon bicuspidatum E. Fourn. trepadeira
Blepharodum nitidum J.F.Macbr trepadeira
Oxipetalum sp. trepadeira
Asteraceae
Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze erva medicinal
Aspilia foliacea (Spreng.) Baker erva ornamental
Bidens gardneri Baker erva orn. e medicinal
Bidens subalternans DC. erva medicinal
Blainvillea biaristata DC. subarbusto
Eclipta alba (L.) Hassk. erva
Elephantopus mollis Kunth herbácea medicinal
Emilia fosbergii Nicolson erva medicinal
Erechtites hieraciifolius (L.) Raf. erva
Eupatorium maximilianii Schrad. arbusto medicinal
Eupatorium pauciflorum Kunth erva
Eupatorium squalidum DC. subarbusto
Gochnatia barrosii Cabrera arbusto grande medicinal
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera arvoreta
Gochnatia pulchra (Spreng.) Cabrera arbusto
Parthenium hysterophorus L. erva
Piptocarpha rotundifolia Baker arbusto
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. erva medicinal
Pterocaulon virgatum (L.) DC. erva ornamental
Synedrellopsis grisebachii Hieron. erva
Trichogonia sp. arbusto ornamental
Tridax procumbens L. erva
Vernonia scabra Pers. arbusto medicinal
Vernonia chamaedrys Less. subarbusto ornamental
Continua
43
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Bignoniaceae
Amphilophium paniculatum (L.) Humb., Bonpl. & Kunthtrepadeira ornamental
Anemopaegma arvense (Vell.) Stellfeld ex de Souza. subarbusto medicinal
Anemopaegma glaucum Mart. Ex DC. subarbusto medicinal
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau arbusto ornamental
Cybistax antisyphilitica Mart. árvore florestal
Distictella elongata (Vell.) Ueb. trepadeira ornamental
Fridericia florida (DC.) L. G. Lohmann trepadeira ornamental
Jacaranda caroba (Vell.) A.DC. arbusto medicinal
Jacaranda cuspidifolia Mart. árvore ornamental
Jacaranda decurrens Cham. subarbusto orn. e medicinal
Jacaranda oxiphilla Cham. arbusto ornamental
Jacaranda rufa Silva Manso subarbusto ornamental
Melloa quadrivalvis (Jacq.) Gentry. trepadeira ornamental
Paragonia pyramidata (Rich.) Bur. trepadeira
Pyrostegia venusta Miers trepadeira orn. e medicinal
Tabebuia aurea (Silva Manso). B. & H. F. ex S. Moore. árvore medicinal e florestal
Tabebuia ochracea (Cham.) Stdl. árvore medicinal e florestal
Zeyera montana Mart. arbusto ornamental
Bombacaceae (Malvaceae)
Eriotheca gracilipes (K.Schum.) A.Robyns árvore florestal
Boraginaceae
Heliotropium procumbens Mill. erva
Bromeliaceae
Ananas ananassoides (Baker) L.B.Sm. erva rosulada ornamental
Bromelia balansae Mez erva rosulada ornamental
Dyckia tuberosa* (Vell.) Beer erva rosulada ornamental
Tillandsia duratii Vis. epífita ornamental
Tillandsia usneoides (L.) L. epífita ornamental
Burseraceae
Protium ovatum Engl. arbusto medicinal
Cactaceae
Cereus hildmanianus K. Schum ereta orn. e alimentícia
Praecereus euchlorus (F.A.C.Weber) N.P.Taylor ereta orn. e alimentícia
Caesalpiniaceae (Fabaceae)
Bauhinia pentandra (Bong.) Vog. arbusto medicinal
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. arbusto medicinal
Continua
44
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Chamaecrista campestris (Benth.) H.S.Irwin & Barneby erva ornamental
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip subarbusto forrageira
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene subarbusto forrageira
Chamaecrista nictitans Collad. erva forrageira
Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene erva medicinal
Chamaecrista serpens (L.) Greene erva forrageira
Copaifera langsdorffii Desf. árvore florestal e med.
Copaifera martii Hayne arvoreta medicinal
Dimorphandra mollis Benth árvore florestal e ornamental
Diptychandra aurantiaca Tul. árvore florestal
Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne árvore florestal, alim. e med.
Senna occidentalis (L.) Link arbusto medicinal
Senna rugosa (G. Don) H.S.Irwin & Barneby arbusto medicinal
Senna silvestris (Vell.) H.S.Irwin & Barneby arbusto ornamental
Senna velutina (Vogel) H.S.Irwin & Barneby arbusto ornamental
Capparidaceae (Brassicaceae)
Cleome affinis DC erva
Caryocaraceae
Caryocar brasiliense Cambess. árvore florestal, alim. e med.
Caryophyllaceae
Polycarpaea corymbosa (L.) Lam. erva ornamental
Celastraceae
Austroplenckia populnea Reissek (Plenckia) árvore medicinal
Salacia crassifolia L. arbusto
Tontelea micrantha (Raddi) Endl. arbusto
Chrysobalanaceae
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Benth. & Hook.f. árvore florestal
Licania humilis Cham. & Schltdl. árvore florestal
Parinari obtusifolia Hook. subarbusto
Clusiaceae
Kielmeyera coriacea Mart. árvore florestal, orn. e med.
Kielmeyera grandiflora (Wawra) Saddi árvore florestal, orn. e med.
Cochlospermaceae (Bixaceae)
Cochlospermum regium (Schrank) Pilg. arbusto med. e ornamental
Combretaceae
Buchenavia tomentosa Eichl. árvore florestal
Terminalia argentea Mart. árvore florestal
Continua
45
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Terminalia glabrescens Mart. árvore florestal
Commelinaceae
Commelina benghalensis L. erva
Commelina erecta L. erva med. e ornamental
Commelina nudiflora L. erva medicinal
Connaraceae
Connarus suberosus Planch. arbusto florestal
Rourea induta Planch. arbusto medicinal
Convolvulaceae
Ipomoea procumbens Mart.ex Choisy erva ornamental
Jacquemontia tamnifolia (L.) Griseb. erva ornamental
Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. erva ornamental
Cucurbitaceae
Momordica charantia L. erva
Melancium campestre Naudin erva
Cyperaceae
Bulbostylis paradoxa Nees erva
Bulbostylis capillaris (L.) C.B.Clarke erva
Cyperus difformis L. erva
Cyperus meyenianus Kunth erva
Cyperus laxus Lam. erva
Fuirena umbellata Rottb. erva
Kyllinga odorata Vahl erva
Rhynchospora corymbosa (L.) Britton erva
Rhynchospora nervosa (Vahl) Boeck. erva
Dilleniaceae
Curatella americana L. árvore florestal
Davilla elliptica A.St.-Hil. arbusto med. e ornamental
Ebenaceae
Diospyros brasiliensis Mart. arvoreta alimentícia
Diospyros hispida DC. arvoreta alimentícia
Erythroxylaceae
Erythroxylum campestre A.St.-Hil. arbusto medicinal
Erythroxylum suberosum A.St.-Hil. arbusto/arvoreta
Erythroxylum tortuosum Mart. arbusto/arvoreta medicinal
Euphorbiaceae
Chamaesyce hirta (L.) Millsp. erva
Continua
46
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Chamaesyce hyssopifolia (L.) Small erva
Chamaesyce prostrata (Aiton) Small erva
Cnidoscolus albomaculatus (Pax) I.M.Johnst. subarbusto medicinal
Cnidoscolus apendiculatus (P.et H.) P.et H. subarbusto medicinal
Cnidoscolus sp. subarbusto medicinal
Croton antisyphiliticus Mart. subarbusto medicinal
Croton bonplandianus Baill. erva
Croton campestris A.St.-Hil. arbusto
Croton glandulosus L. erva
Croton goyazensis Müell. Arg. subarbusto
Croton lobatus L. erva
Euphorbia heterophylla L. erva
Jatropha elliptica (Pohl) Müll. Arg. subarbusto medicinal
Mabea fistulifera Mart. árvore florestal
Manihot caerulescens Pohl. arbusto recurso genético
Manihot gracilis R.W.Pohl. subarbusto recurso genético
Manihot tripartida Müll.Arg. arbusto recurso genético
Maprounea guianensis Aubl. árvore florestal
Phyllanthus orbiculatus L.C. Rich. (Phyllanthaceae) erva medicinal
Ricinus communis L. arbusto
Sapium haematospermum (M. Arg.) Hub. árvore
Sebastiania corniculata (Vahl) Müll. Arg. erva
Sebastiania hispida (Mart.) Pax subarbusto
Fabaceae
Abrus precatorius L. arb trepador
Acosmium dasycarpum (Vogel) Yakovlev arvoreta florestal
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev arvoreta florestal
Aeschynomene histrix Poir. subarbusto forrageira
Aeschynomene paniculata Willd ex Vogel subarbusto forrageira
Aeschynomene rudis Benth. subarbusto forrageira
Alysicarpus vaginalis (L.) DC. erva forrageira
Andira cuyabensis Benth. árvore florestal e medicinal
Andira humilis Mart. ex Benth. subarbusto ornamental
Andira inermis H.B.K. árvore florestal
Andira vermifuga Mart. ex Benth. árvore florestal
Arachis hypogaea L. erva recurso genético
Arachis repens Handro erva recurso genético
Continua
47
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Bowdichia virgilioides Kunth árvore florestal e medicinal
Centrosema angustifolium (Kunth) Benth. erva forrageira e ornamental
Centrosema pubescens Benth. erva forrageira e ornamental
Copaifera langsdorffii Desf. árvore florestal e medicinal
Copaifera martii Hayne arbusto ornamental
Crotalaria incana L. subarbusto forrageira
Crotalaria longifolia Lam. subarbusto forrageira
Crotalaria micans Link subarbusto forrageira
Crotalaria pallida Aiton subarbusto forrageira
Crotalaria stipularia Desv. erva forrageira
Desmodium adscendens (Sw.) DC. subarbusto medicinal
Desmodium incanum DC. erva medicinal
Desmodium tortuosum (Sw.) DC. subarbusto medicinal
Eriosema crinitum (Kunth) G.Don erva forrageira
Eriosema hirtum Benth. subarbusto ornamental
Galactia eriosematoides Harms. subarbusto medicinal
Indigofera hirsuta L. subarbusto forrageira
Indigofera suffruticosa Mill. subarbusto forrageira e medicinal
Machaerium acutifolium Vogel árvore florestal
Macroptilium atropurpureum Urb. erva forrageira
Stylosanthes acuminata M.B.Ferreira & Sousa Costa subarbusto forrageira
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. subarbusto forrageira
Stylosanthes leiocarpa Vogel erva forrageira
Stylosanthes viscosa (L.) Sw. subarbusto forrageira
Teramnus volubilis Sw. erva forrageira
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke árvore florestal
Vigna peduncularis (Kunth) Fawc. & Rendle erva forrageira
Zornia crinita (Mohlenbr.) Vanni erva forrageira
Zornia glochidiata Reichb. ex DC. erva
Zornia latifolia Sm. erva forrageira
Zornia reticulata Sm. erva forrageira
Flacortiaceae (Salicaceae)
Casearia sylvestris Sw. arbusto medicinal
Hippocrateaceae (Celastraceae)
Peritassa campestris (Cambess.) A.C.Sm. arbusto
Iridaceae
Cipura paludosa Aubl. erva ornamental
Continua
48
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Lamiaceae
Amasonia campestris (Aubl.) Moldenke subarbusto ornamental
Hyptis mutabilis (Rich.) Briq. subarbusto medicinal
Hyptis suaveolens (L.) Poit. subarbusto medicinal
Hyptis villosa Pohl ex Benth. subarbusto medicinal
Peltodon tomentosus Pohl subarbusto medicinal
Lecythidaceae
Eschweilera nana (Berg) Miers arb até árvore florestal, alim. e orn.
Loganiaceae
Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. arbusto medicinal
Strychnos pseudoquina A.St.-Hil. arb até árvore medicinal
Lythraceae
Cuphea carthagenensis (Jacq) J.F.Macbr. erva medicinal
Lafoensia pacari A.St.-Hil. árvore florestal e medicinal
Malpighiaceae
Banisteriopsis campestris (A.Juss.) Little arbusto ornamental
Byrsonima coccolobifolia Kunth árvore flor. e ornamental
Byrsonima coriacea (Sw.) Kunth arbusto ornamental
Byrsonima guilleminiana A.Juss. arbusto ornamental
Byrsonima intermedia A.Juss. arbusto medicinal
Byrsonima subterranea Brade & Markgr. subarbusto ornamental
Byrsonima verbascifolia (L.) DC. arvoreta medicinal
Camarea affinis A.St.-Hil. erva com xilopódio ornamental
Diplopterys pubipetala (A.Juss.) W.R.And. & C.Cav. D. arbusto ornamental
Galphimia australis Chodat erva com xilopódio ornamental
Heteropterys aphrodisiaca O.Mach. arbusto medicinal
Heteropterys byrsonimifolia A.Juss. arbusto ornamental
Peixotoa cordistipula A.Juss. arbusto
Peixotoa reticulata Griseb. liana ornamental
Tetrapterys salicifolia (A.Juss.) Nied. erva com xilopódio
Malvaceae
Abutilon bedfordianum (Hook) (St. Hil.) & Naud. subarbusto ornamental
Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke erva a subarbusto
Pavonia cancellata (L.) Cav. erva ornamental
Pavonia guerkeana R.E.Fr. subarbusto ornamental
Pavonia sidifolia Kunth erva ornamental
Sida cerradoensis Krap. erva
Continua
49
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Sida glaziovii K. Schum erva
Sida linifolia Juss. ex Cav. erva
Sidastrum paniculatum (L.) Fryxell subarbusto
Urena lobata L subarbusto medicinal
Melastomataceae
Miconia albicans (Sw.) Tr. arvoreta ornamental
Mouriri elliptica Mart. arvoreta alimentícia
Menispermaceae
Cissampelos ovalifolia DC. subarbusto medicinal
Mimosaceae (Fabaceae)
Albizia lebbeck (L.) Benth. árvore exot
Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. árvore florestal
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong árvore florestal
Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F.Macbr. árvore florestal
Inga laurina (Sw.) Willd. árvore
Mimosa adenocarpa Benth. arbusto ornamental
Mimosa debilis Humb.& Bonpl. subarbusto ornamental
Mimosa hebecarpa Benth. arvoreta ornamental e florestal
Mimosa nuda Benth. arbusto ornamental
Mimosa polycarpa Kunth arbusto ornamental
Mimosa quadrivalvis L. erva ornamental
Mimosa xanthocentra (Benth.) Barneby subarbusto ornamental
Plathymenia reticulata Benth. árvore florestal
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville árvore florestal e medicinal
Stryphnodendron obovatum Benth. árvore florestal e medicinal
Stryphnodendron polyphyllum Mart. árvore florestal e medicinal
Molluginaceae
Mollugo verticillata L erva
Moraceae
Brosimum gaudichaudii Trécul arbusto alim. e medicinal
Myrtaceae
Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg arbusto alimentícia
Campomanesia sessiliflora (Berg.) Mattos arbusto alimentícia
Eucalyptus citriodora Hook. f. árvore florestal
Eugenia aurata O.Berg. arvoreta alimentícia
Eugenia bimarginata DC. arbusto alimentícia
Eugenia calycina Camb. subarbusto alimentícia
Continua
50
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Eugenia dysenterica DC arbusto alimentícia
Eugenia egensis DC. arbusto alimentícia
Eugenia lutescens Camb. subarbusto alimentícia
Eugenia obversa O.Berg. arbusto alimentícia
Eugenia pitanga Kiaersk. arbusto alimentícia
Eugenia punicifolia (Humb.,Bonpl. & Kunth) DC. arbusto alim. e medicinal
Eugenia tapacumensis Berg. arbusto alimentícia
Myrcia bella Cambess. arvoreta alimentícia
Myrcia linearifolia* Cambess. arbusto peq. orn. e alimentícia
Myrciaria cuspidata O.Berg. arbusto alimentícia
Psidium gragiflorum Mart. Ex DC. arbusto peq. alimentícia
Psidium guajava L. árvore alimentícia
Psidium guineense Sw. arbusto alimentícia
Psidium sp. arbusto alimentícia
Nictaginaceae
Boerhavia diffusa L. erva
Guapira noxia (Netto) Lundell arvoreta florestal
Neea theifera Oerst. arvoreta florestal
Ochnaceae
Ouratea spectabilis (Mart.) Engl. árvore flor. e ornamental
Ouratea floribunda (A.St.-Hil.) Engl. arbusto ornamental
Ouratea hexasperma (St. Hil.) Baill. árvore flor. e ornamental
Opiliaceae
Agonandra brasiliensis Benth. & Hook.f. árvore florestal
Orchidaceae
Catasetum barbatum (Lindl.) Lindl.* epífita ornamental
Passifloraceae
Passiflora cincinnata Mast. trepadeira alimentícia
Passiflora foetida L. trepadeira recurso genético
Passiflora pohlii Mast. trepadeira recurso genético
Poaceae
Andropogon bicornis L. erva forrageiro
Axonopus pressus (Steud.) Parodi erva forrageiro
Cenchrus echinatus L. erva
Chloris barbata (L.) Sw. erva forrageiro
Cynodon dactylon (L.) Pers. erva forrageiro
Dactyloctenium aegyptium (L.) P. Beauv. erva forrageiro
Continua
51
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Digitaria ciliaris (Retz.) Koel. erva forrageiro
Digitaria insularis (L.) Fedde erva forrageiro
Echinolaena inflexa (Poir.) Chase. erva forrageiro
Eleusine indica (L.) Gaertn. erva forrageiro
Eragrostis pilosa (L.) P.Beauv. erva forrageiro
Eustachys distichophylla (Lag.) Nees erva forrageiro
Gymnopogon foliosus (Willd.) Nees erva forrageiro
Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf erva forrageiro
Loudetiopsis chrysothrix (Nees) Conert erva forrageiro
Melinis minutiflora P. Beauv. erva forrageiro
Panicum maximum L. erva forrageiro
Panicum sellowii Nees erva forrageiro
Paspalum notatum Flüggé erva forrageiro
Pennisetum setosum (Sw.) Rich. erva forrageiro
Rhynchelytrum repens (Willd) C.E.Hubb. erva forrageiro
Sporolobus indicus (L.) R. Br. erva forrageiro
Urochloa brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf erva forrageiro
Urochloa decumbens Stapf erva forrageiro
Polygalaceae
Bredemeyera floribunda Willd. arbusto medicinal
Monnina richardiana A.St.-hil. & Moq. subarbusto
Polygala violacea Aubl. erva medicinal
Polygonaceae
Coccoloba mollis Casar. árvore florestal
Portulacaceae
Portulaca fluvialis Legr. erva ornamental
Portulaca oleracea L. erva
Proteaceae
Roupala montana Aubl. árvore florestal
Rubiaceae
Alibertia edulis (Rich.) A.Rich. Ex DC. arbusto alimentícia
Alibertia elliptica Schum. subarbusto alimentícia
Alibertia sessilis (Vell.) K.Schum. arbusto medicinal
Borreria capitata DC. erva a subarbusto ornamental
Declieuxia fruticosa (Willd. ex R. & S.) Kuntze subarbusto ornamental
Diodella teres (Walter) Small erva
Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. arvoreta
Continua
52
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Palicourea rigida Kunth subarbusto ornamental
Richardia brasilensis Gomes erva
Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. erva
Spermacoce latifolia Aubl. erva
Staelia thymoides Cham. & Schltdl. erva
Tocoyena brasiliensis Mart. arbusto ornamental
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K.Schum. arbusto ornamental
Rutaceae
Citrus limonia Osbeck arvoreta alim. e medicinal
Sapindaceae
Allophylus edulis (A.St.-Hil.) Radlk. arvoreta florestal
Magonia pubescens A.St.-Hil. árvore florestal
Matayba elaeagnoides Radlk. arbusto
Serjania caracasana (Jacq.) Willd. trepadeira len.
Serjania erecta Radlk. arbusto
Serjania lethalis A.St.Hil. trepadeira len.
Sapotaceae
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. árvore florestal e alimentícia
Pouteria subcaerulea Pierre ex Dubard arbusto
Pouteria torta (Mart.) Radlk. árvore florestal e alimentícia
Pradosia brevipes (Pierre) T.D.Penn. arbusto alimentícia
Scrophulariaceae (Plantaginaceae)
Scoparia dulcis L. erva
Smilacaceae
Smilax brasiliensis Spreng. subarbusto medicinal
Smilax cissoides Martius ex Grisebach subarbusto medicinal
Smilax fluminensis Steud. subarbusto medicinal
Smilax goyazana DC. subarbusto medicinal
Smilax polyantha Grisebach subarbusto medicinal
Solanaceae
Solanum americanum Mill. erva medicinal
Solanum lycocarpum A.St.-Hil. arbusto medicinal
Solanum palinacanthum Dunal erva
Solanum paniculatum L. arbusto medicinal
Solanum sisymbrifolium Lam. erva
Sterculiaceae (Malvaceae)
Ayenia tomentosa L. erva
Continua
53
Continuação
Família/Espécie Porte Potencial agronômico
Melochia parvifolia H.B.K. arbusto ornamental e fibras
Melochia pilosa (Mill.) Fawe & Rendl. subarbusto ornamental
Melochia spicata (L.) Fryxell
Waltheria douradinha St. Hill. subarbusto medicinal
Waltheria indica L. subarbusto medicinal
Tiliaceae (Malvaceae)
Corchorus argutus H.B.K. erva ornamental
Turneraceae
Piriqueta rosea (Cambess.) Urb. erva ornamental
Piriqueta cistoides (L.) Gris. erva ornamental
Turnera melochioides Camb. erva ornamental
Verbenaceae
Aegiphila lhotszkyana Cham. (Lamiaceae) arvoreta
Lantana camara L. arbusto med. e ornamental
Lantana trifolia L. arbusto ornamental
Lippia balansae Briq. arbusto ornamental
Lippia lasiocalycina Cham. arbusto ornamental
Lippia lupulina Cham. suarbusto c/ xilopódio ornamental
Lippia velutina Schauer. arbusto ornamental
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl subarbusto
Vochysiaceae
Qualea grandiflora Mart. árvore florestal e ornamental
Qualea multiflora Mart. árvore florestal e ornamental
Qualea parviflora Mart. árvore florestal e ornamental
Vochysia cinnamomea Pohl árvore florestal e ornamental
Abreviaturas utilizadas: med.=medicinal, orn.=ornamental e flor.=florestal.
54
Tabela 2 Listagem das famílias e espécies de plantas identificadas, fitofisionomia, porte e
potencial agronômico das mesmas, do Parque Capivaras, entre os anos de 2007 a 2009.
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Acantaceae
Ruellia geminiflora Kunth cerrado erva ornamental
Adiantaceae
Pityrogramma calomelanos L. vereda erva ornamental
Adiantum trapeziforme L. cerrado erva ornamental
Alismataceae
Echinodorus longipetalus Micheli vereda erva
Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli vereda erva
Echinodorus paniculatus Micheli vereda erva
Sagittaria guayanensis H.B.K. vereda erva
Sagittaria rhombifolia Cham. vereda erva
Amaranthaceae
Alternanthera philoxeroides (Mart.) Griseb. vereda erva
Froelichia procera (Seub.) Pedersen cerrado erva
Anacardiaceae
Anacardium humile St.-Hill. cerrado subarbusto frutífera
Astronium fraxinifolium Schott cerrado árvore florestal
Myracrodruon urundeuva (Engl.) Fr.Al. cerrado árvore florestal
Tapirira guianensis Aubl. cerrado árvore
Annonaceae
Annona coriacea Mart. cerrado árvore frutífera
Annona crassiflora Mart. cerrado árvore frutífera
Annona dioica St.-Hill. cerrado arbusto frutífera
Annona nutans R.E.Fr. cerrado arbusto frutífera
Annona phaeoclados Mart. cerrado arbusto frutífera
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Benth & Hook. cerrado arbusto frutífera
Duguetia lanceolata A. St.-Hil. cerrado arbusto frutífera
Xylopia aromatica (Lam.) Mart. cerrado árvore medicinal
Apiaceae
Eryngium ebracteatum Lam. vereda erva
Eryngium elegans Cham. & schltdl. vereda erva
Apocynaceae
Aspidosperma macrocarpon Mart. cerrado árvore florestal
Aspidosperma tomentosum Mart. cerrado árvore florestal
Forsteronia pubescens DC. cerrado liana
Hancornia speciosa Gomes cerrado árvore frutífera
Continua
55
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Himatanthus obovatus (M. Arg.) Woods. cerrado arvoreta ornamental
Macrosiphonia petraea (A. St.-Hil.) Schum. cerrado erva ornamental
Odontadenia lutea (Vell.) Marckgr. cerrado liana ornamental
Odontadenia nitida (Vell.) Müll. Arg. cerrado liana ornamental
Prestonia tomentosa R.Br. cerrado liana ornamental
Secondatia densiflora DC. cerrado liana ornamental
Aquifoliaceae
Ilex affinis Gardn. mata ciliar arvoreta
Arecaceae
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. cerrado árvore frutífera
Allagoptera campestris (Mart.) Kuntze cerrado arbusto ornamental
Mauritia flexuosa L.f. várzea árvore frutífera
Aristolochiaceae
Aristolochia esperanzae Kze. cerrado liana medicinal
Asclepiadaceae (Apocynaceae)
Blepharodon bicuspidatum E. Fourn. cerrado liana
Blepharodum nitidum J.F.Macbr. cerrado liana
Oxypetalum pachyglossum Decne. borda liana
Asteraceae
Acilepdopsis echitifolia (Mart.ex DC.) H.Rob. vereda subarbusto
Bidens gardneri Baker cerrado erva ornamental
Clibadium armanii (Balb.) Sch.Bip. ex Baker
Dasyphyllum brasiliense (Spreng.) Cabrera cerrado arbusto
Eclipta prostrata L. vereda erva
Emilia fosbergii Nicolson cerrado erva medicinal
Enidra radicans (Willd.) Lack vereda erva
Erechtites hieraciifolius (L.) Raf. Ex DC. vereda erva
Eupatorium macrocephalum Less. cerrado arbusto melífera
Eupatorium maximilianii Schrd. cerrado arbusto melífera
Eupatorium squalidum DCL. cerrado subarbusto melífera
Gochnatia barrosii Cabrera borda arbusto medicinal
Lessingianthus glabratus (Less.) H.Rob. vereda subarbusto
Melanthera latifolia (Gard.) Cabrera cerrado subarbusto
Mikania capricorni Rob cerrado liana
Mikania micrantha Kunth vereda subarbusto
Piptocarpha rotundifolia Baker cerrado arbusto
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. cerrado erva medicinal
Continua
56
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Spagneticola trilobata DC cerrado erva
Tilesia baccata (L.) Pruski vereda arbusto
Vernonia scabra Pers. cerrado arbusto melífera
Vernonia beyrichii Less. vereda subarbusto melífera
Vernonia brevifolia Less. cerrado subarbusto melífera
Vernonia chamaedrys Less. cerrado subarbusto melífera
Vernonia grandiflora Less. vereda subarbusto melífera
Vernonia rubricaulis H. et B. cerrado arbusto
Bignoniaceae
Anemopaegma arvense (Vell.) Stellfeld ex de Souza cerrado subarbusto medicinal
Arrabidaea cinnamomea (A.DC.) Sandwith cerrado liana ornamental
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau cerrado arbusto ornamental
Cybistax antisyphilitica Mart. cerrado árvore florestal
Distictella elongata (Vell) Urb. cerrado liana ornamental
Fridericia florida (DC.) L.G. Lohmann cerrado liana ornamental
Jacaranda caroba (Vell.) A. DC. cerrado arbusto medicinal
Jacaranda cuspidifolia Mart. cerrado árvore florestal
Melloa quadrivalvis (Jacq.) Gentry cerrado liana ornamental
Memora peregrina (Miers) Sandwith cerrado arbusto
Pithecoctenium crucigerum (L.) Gentry cerrado liana
Pyrostegia venusta Miers cerrado liana ornamental
Tabebuia aurea (Manso) B. et H. cerrado árvore florestal
Tabebuia ochracea (Cham.) Stdl. cerrado árvore florestal
Zeyhera montana Mart. cerrado arbusto
Bombacaceae (Malvaceae)
Eriotheca gracilipes (Schum.) Robyns cerrado árvore florestal
Pseudobombax longiflorum (Mart. & Zucc.) Rob. cerrado árvore florestal
Pseudobombax marginatum (A.St.-Hil.,) A.Robyns cerrado árvore florestal
Boraginaceae
Cordia sellowiana Cham. cerrado árvore florestal
Bromeliacae
Ananas ananassoides (Bak.) L.B. Smith cerrado erva rosulada ornamental
Bromelia balansae Mez cerrado erva rosulada orn. e med.
Burmanniaceae
Burmannia flava Mart. vereda erva
Burseraceae
Protium heptaphyllum (Aubl.) March. mata ciliar árvore florestal
Continua
57
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Protium ovatum Engl. cerrado arbusto
Protium spruceanum (Benth.) Engl. mata ciliar arvoreta florestal
Cabombaceae
Cabomba furcata Schult. & Schult. F. vereda erva
Caesalpiniaceae (Fabaceae)
Bauhinia mollis (Bong.) Dietr. cerrado arbusto medicinal
Bauhinia pentandra (Bong.) Vog. cerrado arbusto medicinal
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. cerrado arbusto medicinal
Bauhinia ungulata L. cerrado arbusto medicinal
Chamaecrista campestris (Benth.) H.S.Irwin & Barneby cerrado erva ornamental
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip cerrado subarbusto forrageira
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene cerrado subarbusto forrageira
Chamaecrista nictitans Collad. cerrado erva forrageira
Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene cerrado erva forrageira
Chamaecrista serpens (L.) Greene cerrado erva forrageira
Copaifera langsdorffii Desf. cerrado árvore flor. e med.
Dimorphandra mollis Bth. cerrado árvore florestal
Diptychandra aurantiaca (Mart.) Tul. cerrado árvore florestal
Hymenaea courbaril L. próximo à vereda árvore flor. e alim.
Hymenaea stigonocarpa (Mart.) Hayne cerrado árvore flor. e alim.
Senna occidentalis (L.) Link cerrado subarbusto medicinal
Senna rugosa (G. Don) H.S.Irwin & Barneby cerrado arbusto ornamental
Senna silvestris H.S.Irwin & Barneby cerrado arbusto ornamental
Caryocaraceae
Caryocar brasiliense Camb. cerrado árvore flor. e alim.
Caryophyllaceae
Drymaria cordata (L.) Willd. ex Roem & Schult. vereda erva
Cecropiaceae
Cecropia pachystachya Trec. vereda árvore ecológica
Celastraceae
Austroplenckia populnea Reissek (Plenckia) cerrado árvore florestal
Chrysobalanaceae
Couepia grandiflora (Mart. & Zucc.) Bth. cerrado árvore florestal
Licania humilis Cham. & Schltdl cerrado árvore florestal
Parinari obtusifolia Hooker f. cerrado arbusto
Clusiaceae
Clusia criuva Cambess. vereda arvoreta
Continua
58
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Kielmeyera coriacea Mart. cerrado árvore flor, orn. e med.
Cochlospermaceae (Bixaceae)
Cochlospermum regium (Mart. & Schl.) Pilg. cerrado arbusto orn. e med.
Combretaceae
Buchenavia tomentosa Eichl. cerrado árvore florestal
Terminalia argentea Mart. cerrado árvore florestal
Terminalia brasiliensis Camb. cerrado árvore florestal
Terminalia glabrescens Mart. cerrado árvore florestal
Commelinaceae
Commelina ereta L. cerrado erva medicinal
Connaraceae
Connarus suberosus Planch. cerrado arvoreta florestal
Rourea induta Planch. cerrado arbusto medicinal
Convolvulaceae
Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schult. cerrado liana ornamental
Ipomoea procumbens Mart.ex Choisy cerrado liana ornamental
Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O'Donell cerrado liana
Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. cerrado liana
Cyperaceae
Ascolepis brasiliensis (Kunth) Benth. ex C.B. Clarke vereda erva
Bulbostylis capillaris (L.) C.B.Clarke. vereda erva
Calyptrocarya longifolia (Rudge) Kunth vereda erva
Cyperus esculentus L. vereda erva
Cyperus flavus J. Presl & C. Presl vereda erva
Cyperus haspan L. vereda erva
Cyperus iria L. vereda erva
Cyperus laetus J. Presl & C. Presl vereda erva
Cyperus lanceolatus Poir. vereda erva
Cyperus laxus Lam. cerrado erva
Cyperus luzulae (L.) Rottb. ex. Retz. vereda erva
Cyperus odoratus L. vereda erva
Cyperus reflexus Vahl vereda erva
Cyperus surinamensis Rottb. vereda erva
Eleocharis capillacea Kunth vereda erva
Eleocharis elegans (Kunth) Roem. & Schult. vereda erva
Eleocharis filiculmis Kunth vereda erva
Eleocharis geniculata (L.) Roem. & Schult vereda erva
Continua
59
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Eleocharis interstincta (Vahl) Roem. & Schult. vereda erva
Eleocharis minima Kunth vereda erva
Eleocharis montana (Kunth) Roem. & Schult. vereda erva
Eleocharis sellowiana Kunth vereda erva
Fimbristylis autumnalis (L.) Roem. & Schult. vereda erva
Fimbristylis squarrosa Vahl vereda erva
Fuirena umbellata Rottb. vereda erva
Kyllinga odorata Vahl vereda erva
Kyllinga vaginata Lam. vereda erva
Oxycaryum cubense (Poepp. & Kunth) Palla vereda erva
Rhynchospora corymbosa (L.) Britton vereda erva
Rhynchospora trispicata (Nees) Steud vereda erva
Rhynchospora velutina (Kunth) Boeck. vereda erva
Scleria melaleuca Rchb. Ex Schltdl. & Cham vereda erva
Dilleniaceae
Curatella americana L. cerrado árvore florestal
Davilla elliptica St.-Hil. cerrado arbusto ornamental
Doliocarpus dentatus (Aubl) Standl. cerrado liana
Dioscoreaceae
Dioscorea trifida L. cerrado liana
Ebenaceae
Diospyrus hispida DC. cerrado arvoreta frutífera
Diospyrus obovata DC. cerrado arvoreta frutífera
Eriocaulaceae
Syngonanthus gracilis Mart. vereda erva ornamental
Erythroxylaceae
Erythroxylum deciduum St.-Hil. cerrado arbusto
Erythroxylum campestre A.St.-Hil. cerrado arbusto
Erythroxylum suberosum A.St.-Hil. cerrado arvoreta
Euphorbiaceae
Caperonia palustris (L.) A. St.-Hil. vereda erva
Cnidosculus albomaculatus (Pax) I.M.Johnst. cerrado subarusto medicinal
Cnidosculus appendiculatus P. & H. cerrado subarusto medicinal
Croton bonplandianus Baill. cerrado erva
Croton campestris A.St.-Hil. cerrado subarusto
Croton glandulosus L. cerrado erva
Croton lobatus L. cerrado erva
Continua
60
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Croton lundianus (Didr.) Müll. Arg. cerrado erva
Dalechampia micromeria Baill mata ciliar liana
Dalechampia scandens L. mata ciliar liana
Jatropha elliptica (Pohl) Müll. Arg. cerrado subarusto medicinal
Mabea fistulifera Mart. cerrado árvore
Manihot caerulescens Pohl cerrado subarbusto recurso genético
Manihot gracilis R.W.Pohl cerrado subarbusto recurso genético
Manihot tripartida Müll. Arg. cerrado subarbusto
Maprounea guianensis Aubl. cerrado árvore
Phyllanthus orbiculatus L.C. Rich. (Phyllanthaceae) cerrado erva medicinal
Sapium hasslerianum Huber cerrado arbusto
Sebastiania corniculata (Vahl) Müll. Arg. cerrado erva
Sebastiania hispida (Mart.) Pax cerrado subarbusto
Fabaceae
Acosmium subelegans (Mohlenbr.) Yakovlev cerrado arvoreta florestal
Aeschynomene americana L. cerrado erva forrageira
Aeschynomene histrix Poir cerrado erva forrageira
Aeschynomene paniculata WilldexVogel cerrado subarbusto forrageira
Aeschynomene rudis Benth. cerrado erva forrageira
Andira cuyabensis Benth cerrado árvore florestal
Andira humilis Mart. Ex Benth cerrado subarbusto ornamental
Andira vermifuga Mart. Ex Benth cerrado árvore florestal
Arachis hypogaea L. cerrado erva recurso genético
Arachis kuhlmannii Krap. et Greg. cerrado erva recurso genético
Arachis repens Handro cerrado erva recurso genético
Bowdichia virgilioides Kunth cerrado árvore flor. e med.
Calopogonium caeruleum (Bth.) Sauv. cerrado erva trep. forrageira
Camptosema ellipticum (Desv.) Burkart cerrado arbusto ornamental
Centrosema angustifolium (Kunth) Benth. cerrado erva trep. forrageira
Centrosema pubescens Benth. cerrado erva trep. forrageira
Centrosema virginianum (L.) Benth. cerrado erva trep. forrageira
Crotalaria micans Link cerrado erva forrageira
Crotalaria pilosa Mill. várzea subarbusto forrageira
Crotalaria stipularia Desv. cerrado erva forrageira
Dalbergia miscolobium Benth. entorno árvore flor. e orn.
Desmodium barbatum (L.) Benth. vereda erva forrageira
Desmodium incanum DC. cerrado erva forrageira
Continua
61
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Desmodium incinatum (Jacq.) DC. cerrado erva forrageira
Desmodium tortuosum (Swartz DC.) cerrado subarbusto forrageira
Dioclea violacea Mart. ex Benth. cerrado liana forrageira
Eriosema platycarpon Mich. cerrado subarbusto forrageira
Galactia eriosematoides Harms. cerrado arbusto medicinal
Machaerium acutifolium Vogel cerrado árvore florestal
Machaerium villosum Vogel entorno árvore florestal
Platypodium elegans Vogel cerrado árvore florestal
Riedeliella graciliflora Harms cerrado arbusto
Sesbania exasperata H. B. K. cerrado arbusto
Stylosanthes acuminata M.B.Ferreira & Sousa Costa cerrado subarbusto forrageira
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. cerrado subarbusto forrageira
Stylosanthes viscosa (L.) Sw. cerrado subarbusto forrageira
Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke cerrado árvore florestal
Zornia crinita (Mohlenbr.) Vanni cerrado erva forrageira
Zornia reticulata Sm. cerrado erva forrageira
Flacourtiaceae (Salicaceae)
Casearia sylvestris Sw. cerrado arbusto medicinal
Gentianaceae
Irlbachia alata (Mart.) J.Pers. & Maas vereda erva ornamental
Gesneriaceae
Sinningia elatior (Kunth) Chautems vereda erva ornamental
Heliconiaceae
Heliconia psittacorum L. f. mata ciliar erva ornamental
Hippocrateaceae (Celastraceae)
Peritassa campestris (Cambess.) A.C.Sm. cerrado arbusto
Hydrocharitaceae
Egeria najas Planch. vereda erva
Limnobium laevigatum (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Heine vereda erva
Icacinaceae
Casimirella lanata Howard entorno arvoreta
Juncaceae
Juncus densiflorus Kunth vereda erva
Lacistemataceae
Lacistema hasslerianum Chodat cerrado arbusto
Lamiaceae
Hyptis brevips Poit borda erva medicinal
Continua
62
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Hyptis lagenaria A.St.-Hil. ex. Benth. borda erva medicinal
Hyptis lorentziana O. Hoffm. vereda erva medicinal
Hyptis suaveolens (L.) Poit. cerrado subarbusto medicinal
Hyptis villosa Pohl ex Benth cerrado erva medicinal
Peltodon tomentosus Pohl cerrado subarbusto medicinal
Lauraceae
Cassyta filiformes L. vereda erva
Nectandra cuspidata Nees cerrado árvore florestal
Lecythidaceae
Eschweilera nana (Berg) Miers cerrado arvoreta ornam. e alim.
Lentibulariaceae
Utricularia breviscapa Wright ex Griseb. várzea erva
Utricularia breviscapa foliosa L. várzea erva
Utricularia gibba L. várzea erva
Lycopodiaceae
Lycopodiella camporum B. Ollg. & P.G. Windisch vereda erva ornamental
Limnocharitaceae
Hydrocleys parviflora Seub. vereda erva
Loganiaceae
Strychnos pseudoquina A.St.-Hil. cerrado árvore florestal
Lythraceae
Cuphea ingrata Cham. & Schltdl. borda erva medicinal
Cuphea linarioides Cham. & Schltdl. cerrado erva medicinal
Lafoensia pacari A.St.-Hil. cerrado árvore med e orn.
Malpighiaceae
Banisteriopsis campestris (A.Juss.) Little cerrado arbusto ornamental
Diplopteris pubipetala (A.Juss.) W.R. And. & C. Cav. D. cerrado liana ornamental
Byrsonima coccolobifolia Kunth cerrado árvore ornamental
Byrsonima intermedia A.Juss. cerrado arbusto ornamental
Byrsonima subterranea Brade & Markgr. cerrado subarbusto ornamental
Heteropterys aphrodisiaca O.Mach. cerrado arbusto medicinal
Heteropterys byrsonimifolia A.Juss. cerrado arbusto ornamental
Heteropterys hypericifolia A.Juss. cerrado arbusto ornamental
Heteropterys umbellata A.Juss. cerrado arbusto ornamental
Tetrapterys salicifolia (A.Juss.) Nied. cerrado subarbusto ornamental
Malvaceae
Abutilon bedfordianum (Hook) (St. Hil.) & Naud. cerrado subarbusto ornamental
Continua
63
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Abutilon ramiflorum St.-Hill. cerrado subarbusto
Pavonia communis A.St.-Hil. vereda erva ornamental
Pavonia guerkeana R.E.Fr. cerrado arbusto ornamental
Pavonia sessiliflora Kunth cerrado erva ornamental
Pavonia sidifolia Kunth cerrado erva ornamental
Peltaea polymorpha (A.St.-Hil.) Krapv. & Cristóbal cerrado subarbusto ornamental
Sida glaziovii K. Schum vereda erva
Sida linifolia Juss. ex Cav. cerrado erva
Sidastrum paniculatum (L.) Fryxell cerrado subarbusto
Marantaceae
Thalia geniculata L. várzea erva
Melastomataceae
Acisanthera alsinaefolia (DC.) Triana vereda erva ornamental
Acisanthera variabilis (Mart.) Triana vereda erva ornamental
Desmoscelis villosa (Aubl.) Naudin vereda subarbusto ornamental
Leandra scabra DC. borda arbusto ornamental
Macairea radula (Bonpl.) DC. vereda arbusto ornamental
Miconia albicans (Sw.) Triana cerrado arbusto ornamental
Miconia chamissois Naudin vereda arbusto ornamental
Miconia fallax DC. mata ciliar arbusto ornamental
Miconia stenostachya DC. cerrado arbusto ornamental
Microlicia isophylla DC. vereda subarbusto ornamental
Mouriri elliptica Mart. cerrado arbusto frutífera
Pterolepis glomerata (Rottb.) Miq. vereda arvoreta ornamental
Rhynchanthera cordata DC. vereda arbusto ornamental
Rhynchanthera dichotoma (Desr.) DC. vereda arbusto ornamental
Rhynchanthera hispida Naudin vereda arbusto ornamental
Tibouchina gracilis (Bonpl.) Cogn. vereda subarbusto ornamental
Tibouchina herbacea (DC.) Cogn. vereda subarbusto ornamental
Tibouchina sebastianopolitana (Raddi) Cogn. vereda subarbusto ornamental
Menispermaceae
Cissampelos ovalifolia DC. cerrado subarbusto
Mimosaceae (Fabaceae)
Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan cerrado árvore florestal
Calliandra parviflora Bth. cerrado arbusto
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong cerrado árvore florestal
Enterolobium gummiferum (Mart.) J.F.Macbr. cerrado árvore florestal
Continua
64
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Leucochloron incuriale (Vell.) Barneby & J.W.Grimes cerrado árvore florestal
Mimosa debilis Humb.&Bonpl. ex Willd. cerrado arbusto ornamental
Mimosa invisa Mart. cerrado subarbusto ornamental
Mimosa nuda Benth. cerrado subarbusto ornamental
Mimosa polycarpa Kunth cerrado subarbusto ornamental
Mimosa rixosa Mart. cerrado subarbusto ornamental
Mimosa setosa Benth. várzea arbusto
Mimosa somnians Willd. cerrado arbusto ornamental
Mimosa xanthocentra (Benth.) Barneby cerrado subarbusto ornamental
Plathymenia reticulata Benth. cerrado árvore florestal
Stryphnodendrum adstringens (Mart.) Coville cerrado árvore flor. e med.
Stryphnodendrum obovatum Benth. cerrado árvore flor. e med.
Stryphnodendrum polyphyllum Mart. cerrado árvore flor. e med.
Molluginaceae
Mollugo verticillata L. borda erva
Monimiaceae
Siparuna guianensis Aubl. mata ciliar arbusto medicinal
Moraceae
Brosimum gaudichaudii Trécul. cerrado arbusto med. e alim.
Myristicaceae
Virola sebifera Aubl. cerrado e mata ciliar árvore florestal
Myrtaceae
Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg cerrado arbusto frutífera
Campomanesia sessiflora (O. Berg) Mattos cerrado arbusto frutífera
Eugenia dysenterica DC. entorno arbusto frutífera
Eugenia pitanga Kiaersk. cerrado subarbusto frutífera
Myrcia bella Cambess. cerrado arvoreta frutífera
Myrcia linearifolia Cambess. cerrado subarbusto ornamental
Myrcia lingua (O. Berg) Mattos cerrado arvoreta frutífera
Myrcia fallax (Rich.) DC. mata ciliar arbusto frutífera
Myrciaria cuspidata O.Berg. cerrado subarbusto frutífera
Nyctaginaceae
Guapira noxia (Netto) Lundell cerrado arvoreta florestal
Neea theifera Oerst. cerrado arvoreta florestal
Ochnaceae
Ouratea floribunda (A.St.-Hil.) Engl. cerrado arbusto ornamental
Ouratea nana (A.St.-Hil.) Engl. entorno arbusto ornamental
Continua
65
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Ouratea spectabilis (Mart.) Engl. entorno árvore ornamental
Sauvagesia ereta L. vereda erva ornamental
Onagraceae
Ludwigia lagunae (Morong) Hara vereda subarbusto
Ludwigia longifolia (DC.) Hara vereda subarbusto
Ludwigia octovalvis (Jacq.) P.H. raven vereda arbusto
Orchidaceae
Cyrtopodium paludiculum Hoehne. vereda erva grande ornamental
Habenaria glazioviana Kraenzl. ex Cogn. vereda erva ornamental
Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. cerrado erva ornamental
Oxalidaceae
Oxalis grisea A.St.-Hil. & Naudin cerrado erva
Passifloraceae
Passiflora cincinnata Mast. cerrado liana frutífera
Passiflora foetida L. cerrado liana recurso genético
Passiflora giberti N.E.Brown cerrado liana recurso genético
Passiflora pohlii Mast. cerrado liana recurso genético
Passiflora tricuspis Mast cerrado liana recurso genético
Pinaceae
Pinus elliottii Engel. exótica árvore
Piperaceae
Piper tuberculatum Jacq. vereda erva
Poaceae
Andropogon bicornis L. vereda erva forrageira
Andropogon leucostachyus Kunth vereda erva forrageira
Axonopus pressus (Nees ex Steud.) Parodi. cerrado erva forrageira
Echinochloa polystachya (Kunth) Hitchc. vereda erva forrageira
Eragrostis pilosa (L.) P.Beauv. borda erva forrageira
Eragrostis rufescens Schrad. ex Schult. borda erva forrageira
Eryocrysis cayennensis P. Beauv. vereda erva forrageira
Gymnopogon foliosus (Willd.) Nees cerrado erva forrageira
Hymenachne amplexicaulis (Rudge) Nees vereda erva forrageira
Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf borda erva forrageira
Imperata tenuis Hackel vereda erva forrageira
Leersia hexandra Sw. vereda erva forrageira
Loudetiopsis chrysothrix (Nees) Conert cerrado erva forrageira
Melinis minutiflora P. Beauv. borda erva forrageira
Continua
66
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Panicum aquaticum Poir. vereda erva forrageira
Panicum laxum Sw. vereda erva forrageira
Panicum mertensii Roth vereda erva forrageira
Panicum pernambucense (Spreng.) Mez vereda erva forrageira
Panicum sellowii Nees cerrado erva forrageira
Panicum sp. cerrado erva forrageira
Paspalum acuminatum Raddi várzea erva forrageira
Paspalum repens Berg. vereda erva forrageira
Pennisetum setosum (Sw.) Rich. borda erva forrageira
Rhynchelytrum repens (Willd) C.E.Hubb. borda erva forrageira
Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen vereda erva forrageira
Sporolobus indicus (L.) R. Br. borda erva forrageira
Urochloa decumbens Stapf borda erva forrageira
Urochloa humidicola (Rend.) vereda erva forrageira
Polygalaceae
Bredemeyera floribunda Willd. cerrado arbusto medicinal
Monnina richardiana A.St.-Hil. & Moq. vereda erva
Coccoloba mollis Casar borda árvore florestal
Polygonaceae
Rumex palustris Sm. borda erva
Portulacaceae
Portulaca striata Poelln. borda erva ornamental
Proteaceae
Roupala montana Aubl. cerrado árvore florestal
Rhamnaceae
Gouania latifolia Reissek borda liana
Rhamnidium elaeocarpum Reissek mata ciliar árvore florestal
Rubiaceae
Alibertia concolor (Cham.) K.Schum. cerrado arbusto frutífera
Alibertia edulis (Rich.) A.Rich. Ex DC. cerrado arbusto frutífera
Alibertia sessilis (Vell.) K.Schum cerrado arbusto medicinal
Coccocyoselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. vereda erva ornamental
Declieuxia fruticosa (Willd. Ex Roem. & Schult.) Kuntze cerrado subarbusto
Galianthe dichasia (Sucre & Costa) E.L. Cabral borda erva
Guetarda viburnoides Cham. & Schltdl. cerrado arbusto
Palicourea rigida Kunth cerrado arvoreta
Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. borda erva
Continua
67
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Sipanea hispida Benth. ex Wernham vereda erva ornamental
Spermacoce latifolia Aubl. borda e várzea erva
Staelia thymoides C.et S. borda erva
Tocoyena brasiliensis Mart. cerrado arbusto ornamental
Tocoyena formosa (Cham. & Schltdl.) K.Schum. cerrado arbusto ornamental
Sapindaceae
Cardiospermum grandiflorum Sw. cerrado liana
Dilodendron bipinnatum Radlk. cerrado árvore florestal
Magonia pubescens A.St.-Hil. cerrado árvore florestal
Matayba elaeagnoides Radlk. cerrado arvoreta
Matayba guianensis Aubl. cerrado arvoreta
Serjania caracasana (Jacq.) Willd. borda liana
Serjania erecta Radlk. cerrado arbusto
Serjania lethalis A.St.Hil. borda liana
Sapotaceae
Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. cerrado árvore florestal
Pouteria torta (Mart.) Radlk. cerrado árvore florestal
Pradosia brevipes (Pierre) T.D.Penn. cerrado subarbusto orn. e alim.
Scrophulariaceae
Buchnera longifolia H.B.K. (Orobanchaceae) borda erva
Scoparia dulcis L. (Plantaginaceae) borda erva
Verbascum nigrum L. vereda erva
Smilacaceae
Smilax brasiliensis Spreng. cerrado liana medicinal
Smilax cissoides Martius ex Grisebach cerrado liana medicinal
Smilax fluminensis Steud. cerrado liana medicinal
Smilax japicanga Griseb. mata ciliar liana medicinal
Smilax goyazana DC. cerrado liana medicinal
Smilax polyantha Griseb. cerrado liana medicinal
Smilax campestris Grisebach cerrado liana medicinal
Solanaceae
Solanum lycocarpum A.St.-Hil. cerrado arbusto medicinal
Solanum paniculatum L. borda arbusto med. e alim.
Schwenckia micrantha Benth. borda subarbusto
Sterculiaceae (Malvaceae)
Ayenia tomentosa L. cerrado erva
Helicteres lhotzkyana (Schott & Endl.) K.Schum. cerrado subarbusto ornamental
Continua
68
Continuação
Família/Espécie Fitofisionomia Porte Pot. agronômico
Melochia pyramidata L. mata ciliar subarbusto fibras
Melochia simplex A.St.- Hill. vereda erva
Melochia tomentosa L. vereda erva
Waltheria douradinha St. Hill. cerrado erva medicinal
Waltheria indica L. cerrado erva
Tiliaceae (Malvaceae)
Luehea grandiflora Mart. cerrado árvore florestal
Corchorus argutus H.B.K. borda subarbusto
Turneraceae
Piriqueta corumbensis Moura borda erva ornamental
Piriqueta rosea (Cambess.) Urb. cerrado erva ornamental
Turnera melochioides Camb. borda erva ornamental
Typhaceae
Typha domingensis Pers. vereda erva
Typha angustifolia L. vereda erva
Verbenaceae
Aegiphila lhotzkyana Cham. (Lamiaceae) cerrado arbusto
Lippia lasiocalycina Cham. cerrado arbusto ornamental
Lippia lupulina Cham. cerrado subarbusto ornamental
Violaceae
Hybanthus calceolaria (L.) borda erva ornamental
Vochysiaceae
Qualea grandiflora Mart. cerrado árvore florestal
Qualea multiflora Mart. cerrado árvore florestal
Qualea parviflora Mart. cerrado árvore florestal
Xyridaceae
Xyris jupicai L.C.Rich. vereda erva
Xyris savanensis Miq. vereda erva
Abreviaturas utilizadas: med.=medicinal, orn.=ornamental e flor.=florestal.
69
Tabela 3 - Espécies coletadas na área do Exército, para verificação de colonização
micorrízica. Famílias e espécies, nomes populares, porcentagem e índice de colonização
observadas.
Famílias/ espécies nomes populares % índice
Amaranthaceae
Gomphrena macrocephala perpétua 10 baixa
Anacardiaceae
Anacardium humile cajuzinho 79 alta
Astronium fraxinifolium gonçalo 89 muito alta
Myracrodruon urundeuva aroeira 80 muito alta
Annonaceae
Duguetia furfuracea marolinho 08 baixa
Duguetia lanceolata pindaíba-vermelha 70 alta
Xylopia aromatica pindaíba 82 muito alta
Apocynaceae
Aspidosperma tomentosum guatambu-do-cerrado 09 baixa
Arecaceae
Acrocomia aculeata macaúba 90 muito alta
Allagoptera campestris buri-do-campo 84 muito alta
Bignoniaceae
Anemopaegma arvense carobinha 73 alta
Cybistax antisyphilitica ipê-verde 80 muito alta
Jacaranda decurrens caroba-rasteira 89 muito alta
Jacaranda rufa caroba-nova 74 alta
Tabebuia ochracea ipê-amarelo 84 muito alta
Bombacaceae
Eriotheca gracilipes paininha 70 alta
Bromeliaceae
Bromelia balansae caraguatá 90 muito alta
Burseraceae
Protium ovatum protium 70 alta
Cactaceae
Praecereus euchlorus xique-xique 80 muito alta
Caesalpiniaceae
Dimorphandra mollis fava-de-anta 70 alta
Diptychandra aurantiaca balsemim zero ausente
Hymenaea stigonocarpa jatobá 86 muito alta
Caryocaraceae
Continua
70
Continuação
Famílias/ espécies nomes populares % índice
Caryocar brasiliense pequi 68 alta
Clusiaceae
Kielmeyera coriacea pau-santo 80 muito alta
Dilleniaceae
Davilla elliptica cipó-caboclo 72 alta
Fabaceae
Andira humilis angelim-do-campo 85 muito alta
Arachis hypogaea amendoim 08 baixa
Bowdichia virgilioides sucupira-preta 82 muito alta
Galactia eriosematoides galactia 79 alta
Flacortiaceae
Casearia sylvestris guaçatonga 08 baixa
Lecythidaceae
Eschweilera nana sapucaia 09 baixa
Mimosaceae
Anadenanthera falcata angico 82 muito alta
Enterolobium gummiferum orelha-de-macaco 70 alta
Mimosa hebecarpa angico-rosa 10 baixa
Plathymenia reticulata vinhático 70 alta
Stryphnodendron adstringens barbatimão 73 alta
Myrtaceae
Eugenia bimarginata eugenia 76 alta
Myrcia linearifolia alecrim-do-cerrado 70 alta
Rubiaceae
Palicourea rigida douradinha 96 muito alta
Sapindaceae
Serjania erecta cipó-timbó 70 alta
Sapotaceae
Pouteria ramiflora abiu-do-cerrado 80 muito alta
Pradosia brevipes tatu 10 baixa
Turneraceae
Piriqueta rosea piriqueta 76 alta
Vochysiaceae
Qualea grandiflora pau-terra 72 alta
71
Tabela 4 - Espécies coletadas no Parque Capivaras, para verificação de colonização
micorrízica. Famílias e espécies, nomes populares, porcentagem e índice de colonização
observadas.
Famílias/ espécies nomes populares % índice
Anacardiacae
Astronium fraxinifolium gonçalo-alves 78 alta
Annonaceae
Annona coriacea marolo 91 muito alta
Duguetia furfuracea marolinho 82 muito alta
Duguetia lanceolata pindaíba-vermelha 83 muito alta
Xylopia aromatica pindaíba 100 muito alta
Apocynaceae
Aspidosperma tomentosum guatambú zero ausente
Hancornia speciosa mangaba 96 muito alta
Himatanthus obovatus tiborna 93 muito alta
Arecaceae
Allagoptera campestris buri-do-campo 72 alta
Bignoniaceae
Cybistax antisyphilitica ipê-verde 10 baixa
Jacaranda cuspidifolia jacaranda 78 alta
Tabebuia ochracea ipê-amarelo 72 alta
Bombacaceae
Eriotheca gracilipes paininha 71 alta
Bromeliaceae
Ananas ananassoides bromélia zero ausente
Caesalpiniaceae
Copaifera langsdorffii copaíba 89 muito alta
Hymenaea courbaril jatobá-do-mato 86 muito alta
Hymenaea stigonocarpa jato 78 alta
Caryocaraceae
Caryocar brasiliense pequi 75 alta
Cochlospermaceae
Cochlospermum regium algodãozinho 90 muito alta
Dilleniaceae
Davilla elliptica cipó-de-caboclo 97 muito alta
Doliocarpus dentatus cipó-de-fogo 72 alta
Fabaceae
Arachis hypogaea amendoim 70 alta
Continua
72
Continuação
Famílias/ espécies nomes populares % índice
Desmodium barbatum desmodio zero ausente
Vatairea macrocarpa amarelinho zero ausente
Galactia eriosematoides desconhecido zero alta
Hippocratiaceae
Peritassa campestris bacupari 91 muito alta
Lecythidaceae
Eschweilera nana sapucaia 71 alta
Mimosaceae
Anadenanthera colubrina angico 86 muito alta
Plathymenia reticulata vinhático 96 muito alta
Miristicaceae
Virola sebifera bicuíba 68 alta
Moraceae
Brosimum gaudichaudii mama-cadela zero ausente
Myrtaceae
Myrcia linearifolia alecrim-do-cerrado 92 muito alta
Orchidaceae
Oeceoclades maculata orquídea terrestre 83 muito alta
Proteacae
Roupala montana roupala zero ausente
Rubiaceae
Palicourea rigida douradinha 83 muito alta
Sapindaceae
Cardiospermum grandiflorum cardiospermo 87 muito alta
Dilodendron bipinnatum maria-pobre 83 muito alta
Magonia pubescens timbó 89 muito alta
Serjania erecta cipó-timbó 91 muito alta
Serjania lethalis serjania 83 muito alta
Sapotaceae
Pouteria ramiflora abiu-do-cerrado 70 alta
Pradosia brevipes tatu 70 alta
Vochysiaceae
Qualea grandiflora pau-terra-amarelo 79 alta
Qualea multiflora pau-terra-pintado 71 alta
74
Figura 2-Fotografia representativa da área da Reserva do Exército, Cerrado Sentido Restrito-
Cerrado Típico. Fonte: Neto (2009).
Figura 3-Fotografias representativas da área do Parque Capivaras,Cerrado Sentido Restrito-
Cerrado Denso e Veredas. Fonte: Neto (2009).
76
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93
CAPÍTULO 2: A FLORA RUDERAL DA VILA PILOTO EM TRÊS LAGOAS - MS,
BRASIL E SEU POTENCIAL PARA COLONIZAÇÃO MICORRÍZICA.
RESUMO-As plantas que crescem espontaneamente em terrenos baldios, frestas de calçadas
e muros, beiras de caminhos, em áreas urbanas são chamadas ruderais. Muitas destas plantas
são cultivadas como alimentícias, medicinais, ornamentais ou aparecem como invasoras em
hortas e jardins, enquanto outras são remanescentes da flora local. Independente da origem, as
plantas ruderais podem servir como excelente material para estudos em Botânica e Ecologia.
Este trabalho teve como objetivo identificar a composição florística e a origem da flora
ruderal, e sua colonização por fungos micorrízicos arbusculares (FMA), em área urbana (Vila
Piloto e seus arredores) no município de Três Lagoas-MS. A pesquisa foi realizada no período
compreendido entre agosto de 2007 e julho de 2009, por meio de observações mensais,
considerando os períodos reprodutivos das plantas. Foram encontradas 344 espécies
distribuídas em 202 gêneros e 61 famílias, três espécimes determinados apenas em nível de
gênero. Os dados obtidos permitiram concluir que a flora ruderal da Vila Piloto é composta de
plantas nativas e exóticas, sendo no contexto da totalidade das espécies, 280 nativas do
Continente Americano, 59 do Velho Mundo e quatro são consideradas cosmopolitas ou
pantropicais. Considerando a posição geoclimática do Brasil, as 281 espécies podem ser
consideradas nativas no Brasil e, dentre estas, 76 são típicas de Cerrado ou Cerradão. No
contexto geral, a maioria da flora encontrada é nativa do Brasil. Das 50 espécies escolhidas
para verificação da colonização micorrízica, 27 exibiram colonização muito alta, três alta,
duas média, 11 baixa e sete espécies não apresentaram colonização micorrízica, permitindo
concluir que a maioria das plantas ruderais estudadas apresentou colonização micorrízica. Os
resultados da amostragem do solo para os dois pontos coletados revelaram uma fertilidade que
pode ser considerada mais alta que a do cerrado típico e a média do número de esporos de
FMA foi 152 por 100g de solo
-1
seco, não podendo o mesmo ser considerado degradado.
Palavras-chave: Vegetação urbana. Origem geográfica. Ervas-daninhas. Micorriza
arbuscular.
94
CHAPTER 2: RUDERAL FLORA OF VILA PILOTO IN TRÊS LAGOAS - MS,
BRAZIL AND ITS POTENTIAL FOR MYCHORHIZAL COLONIZATION
SUMMARY- Plants which grow spontaneously in empty lands, on wall and pavement
openings or on roadsides in urban areas are called ruderal. Many of these plants are cultivated
as food, medicinal, ornamental or they appear as invaders in gardens, while others are
remnants of the local flora. Regardless of the origin, the ruderal plants serve as excellent
material for botanical and ecological studies. The goal of this research was to identify a
floristic composition and the origin of the ruderal flora, and also its colonization by arbuscular
mychorrizal fungi (FMA) in an urban area (Vila Piloto and its surroundings) in Três Lagoas-
MS County. The research was carried out between August 2007 and July 2009, through
monthly observations, considering the reproductive periods of the plants. Three hundred and
fourty four species were identified and distributed in 202 genera and 61 families, three
specimens determined only in genus level. The ruderal flora of Vila Piloto was composed by
native and exotic plants, and from the species total, 280 are native to the American Continent,
59 from the Old World and four are considered cosmopolitans or pantropical. Considering
Brazil’s geoclimatic location, the 281 are probably native species to Brazil, and among these,
76 are typical of cerrado or cerradão. In a general context, most of the flora found is native to
Brazil. Of the 50 species chosen for mychorhizal colonization verification, 27 had very high
colonization, three high, two medium, eleven low and seven species did not present any
colonization, indicating that the majority of the ruderal plants studied here had mychorhizal
colonization. The results from Vila Piloto soil samples collected from two points revealed a
fertility that can be considered higher than the typical Cerrado and an average number of
FMA spores of 152 per 100g of dry soil, which indicates that the soil cannot be considered
degraded.
Key words: Urban vegetation. Geographic origin. Weed. Arbucular micorizza.
95
1. INTRODUÇÃO
As plantas que crescem ou aparecem espontaneamente em vãos de calçadas, terrenos
baldios, beiras de muros e caminhos, podem ser consideradas ruderais. Apresentam elevado
grau de rusticidade e adaptação; portanto, devem ser dotadas de mecanismos muito eficientes
de competição, dispersão de propágulos e capacidade de utilização máxima de nutrientes.
É importante ressaltar que estas plantas o tratadas, muitas vezes, como invasoras de
culturas, mas casos, como no presente trabalho, em que a cultura principal é inexistente. O
caráter invasor pode estar relacionado, mas não é exatamente igual ao caráter daninho ou
ruderal. As ervas daninhas são geralmente definidas como espécies não cultivadas, que se
proliferam em ambientes agrícolas, interferindo na produção da lavoura, embora o termo
tenha sido usado ocasionalmente em um contexto mais amplo.
As plantas ruderais, usualmente, são espécies exóticas, mas às vezes são nativas e
prosperam em condições de alta disponibilidade de nutrientes, luz e perturbação frequentes no
solo, aspectos típicos de campos cultivados. As espécies ruderais possuem atributos que
permitem seu sucesso em habitats temporários, incluindo campos cultivados e beiras de
estrada, bem como em áreas sujeitas a perturbações, como deslizamentos de terra ou
enchentes repentinas.
A palavra “ruderal” deriva de rudereno sentido de “selvagem” ou grosseiro” ou
“ruínas”. Embora “daninha” e “ruderal” sejam termos usualmente empregados como
sinônimos, o primeiro é tipicamente utilizado na agricultura e o último, em ecologia
(GUREVITCH et al., 2009). Algumas espécies fazem parte da medicina caseira, outras
“escapam” de hortas, jardins ou pomares, e outras ainda não têm conhecidas suas utilidades.
Independente de seu uso, a flora ruderal serve como material de estudo para qualquer
subárea da Botânica, como em morfologia, anatomia, taxonomia e fisiologia, pois grande
parte delas é anual e de crescimento rápido, o que facilita seu estudo. Outro aspecto que pode
reforçar ainda mais a importância destas plantas é a sua ecologia: vegetam, florescem e
frutificam com tanta eficiência e tão pouca exigência, que poderiam ser solução para
recuperação de áreas degradadas, por meio das atividades antrópicas, e que, em muitos casos,
ainda sem solução.
96
A revegetação pode recompor as características originais do solo a um vel mínimo
que permita a atividade microbiana, e o desenvolvimento de espécies vegetais nativas. Os
microrganismos participam da ciclagem de nutrientes e podem ser utilizados como
bioindicadores para aferição da sustentabilidade dos ecossistemas. Dentre as inúmeras
relações biológicas encontradas no solo destacam-se as simbioses mutualistas entre fungos
micorrízicos arbusculares (FMA) e raízes, denominadas micorrizas, que abrangem cerca de
90% das plantas vasculares para as quais trazem benefícios à nutrição.
Particularmente, na área urbana de Três Lagoas-MS, muitas plantas que podem ser
classificadas como ruderais são típicas de Cerrado, uma vez que o Município está encravado
neste Bioma carente de atenções, reconhecida a enorme destruição que o afeta ao longo dos
últimos anos, principalmente devido à expansão agrícola brasileira. Desta forma, este trabalho
teve como objetivo identificar a composição florística e a origem da flora ruderal, e sua
colonização micorrízica, em área urbana (Vila Piloto e seus arredores) no município de Três
Lagoas-MS; e estabelecer relações com condições ambientais, com vistas a ampliar o
conhecimento sobre a vegetação nativa e introduzida, as quais poderiam ser utilizadas na
recuperação de áreas degradadas, fruto das mais diversas atividades antrópicas.
97
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Plantas ruderais
Desde o advento da agricultura e da urbanização há, aproximadamente 9000 anos
(TIVY, 1993), que a flora vem se especializando em viver no meio antropizado,
principalmente nos novos ecossistemas, criados devido ao acelerado crescimento
populacional e a ocupação de extensos espaços na superfície do planeta (CARNEIRO;
IRGANG, 2005).
O processo de urbanização é, possivelmente, uma das atividades humanas que mais se
desenvolveram no último século e, provavelmente, uma das principais causas de perturbação
do habitat e de mudança na diversidade de espécies em nível mundial (BERTIN, 2002) e,
consequentemente, pode atuar como promotor do estabelecimento de espécies não nativas
(KOWARIK, 1995). Todas essas alterações podem ser ameaças à singularidade biológica dos
ecossistemas locais (BLAIR, 2001; McKINNEY, 2006), pois promovem alterações das mais
variadas: retirada da vegetação nativa, alteração do solo pela adição de restos de construção,
pavimentação, compactação (CARNEIRO, 1998), e a retirada total da camada de solo.
O processo de urbanização está fortemente condicionado em cada caso pela história
local de uso de seu território e, seja em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, as
cidades estão em processo de crescimento contínuo (GARCILLÁN et al., 2008). Os centros
urbanos e seus arredores podem apresentar uma diversidade florística, devido ao movimento
humano que transporta consigo propositadamente ou não, propágulos das mais diferentes
espécies (RAPOPORT et al., 1983), ainda podem ser importantes para a biodiversidade
(SUKOPP et al., 2003).
Esse ambiente artificial possui características especiais, comuns às aglomerações
urbanas. A cobertura de parte do solo com construções, pavimentação e saneamento, e a
atividade urbana implicam em várias alterações: na temperatura, que tende a ser mais alta nas
áreas urbanizadas que nos seus arredores; na radiação solar; na provisão da água, pois a
cobertura e compactação do solo fazem diminuir a percolação e aumentar o escoamento
superficial, além do tempo de iluminação que sofre um aumento devido à ação de luzes
98
artificiais (HAIG, 1980; MIESS, 1979). O período noturno iluminado artificialmente pode
alterar significativamente o fotoperíodo das plantas (RAPOPORT et al., 1983). A acidez do
solo pode ser elevada pela deposição de restos de construção, e a adição de excrementos
animais, restos de plantas e lixo fazem aumentar o conteúdo de fosfatos e nitrogênio
(SUKOPP et al., 1979).
Para pioneiros no reconhecimento da importância da conservação da
natureza, nos aglomerados humanos, pode haver condições para a conservação da natureza e da
paisagem (SUKOPP; WERNER, 1991).
A existência de grande heterogeneidade de micro-habitats pode afetar positivamente a
riqueza florística no ambiente urbano, principalmente levando-se em conta os diferentes usos
da terra e densidade de construções, incrementados pelas bordas, micro-habitats e pelos
micro-relevos criados pelo homem. O distúrbio contínuo das áreas urbanas desestabiliza o
meio, devido ao movimento de pessoas e veículos, operações de limpeza e mudanças no uso
da terra, acompanhadas pela destruição e edificação, de novas áreas urbanas. Condições
ambientais alteradas podem favorecer a sobrevivência de espécies fisiologicamente
semelhantes, em localidades geograficamente distantes (TIVY, 1993).
A facilidade dos meios de transportes e o contínuo movimento de pessoas quebram
barreiras geográficas, que seriam fatores impeditivos à dispersão das espécies (RAPOPORT,
1976). Os fatores citados, juntamente com a adição de espécies de origem não nativa e ou
cosmopolita, dão condições para formação de uma nova vegetação, a ruderal, que de acordo
com Galvão et al., (2003) são aquelas que durante o processo evolutivo adaptaram-se a
ambientes humanos, ocupando beiras de calçadas, terrenos baldios e outros tipos de ambientes
urbanos, que são áreas com grande concentração de nitrogênio; algumas são invasoras, a
maioria é empregada na medicina caseira, outras são tóxicas ou têm propriedades inseticidas,
o que denota a importância do estudo dessa comunidade vegetal, especialmente do ponto de
vista sistemático, fitoquímico e fisiológico.
O termo ruderal abrange as plantas que vivem no meio criado pela habitação humana e
construções anexas, e que no significado mais amplo do termo inclui a vegetação viária e
arvense (FONT QUER, 1993). Importante ressaltar que, muitas vezes, são tratadas como
invasoras de culturas, mas em muitos casos, a cultura principal é inexistente. Algumas fazem
parte da medicina caseira, outras ainda não têm conhecidas suas utilidades ou ainda
“escapam” de hortas, jardins ou pomares. Independente de seu uso específico, a flora ruderal
serve como material de estudo para qualquer subárea da botânica, em morfologia, anatomia,
taxonomia e fisiologia, pois grande parte destas plantas é anual e de crescimento rápido, o que
facilita estudos sobre desenvolvimento vegetal (GRIMMING, 1995).
99
Outro aspecto que pode reforçar, ainda mais, a importância destas plantas é a sua
ecologia: vegetam, florescem e frutificam com tanta eficiência, que podem ser solução para
recuperação de áreas degradas, um problema que tanto cresce atualmente. Ademais, a
vegetação urbana pode quebrar a monotonia do concreto, adicionar interesse pela
biodiversidade e até preservar espécies em vias de extinção (CARNEIRO; IRGANG, 2005).
Elas são relevantes pela frequência em que são encontradas no bioma e por terem importância
nos estádios sucessionais das suas formações vegetais (MENDONÇA et al., 2008).
Apesar do grande impacto ecológico que causa a urbanização, estudos desse impacto
sobre a flora ou a fauna, não são muitos, entre eles destacam-se: Kuhlmann et al. (1947),
Pereira; Agarez (1974; 1977), Haig (1980), Rapoport et al. (1976; 1983; 1993), Cervi et al.
(1988), Gavilanes; D’Angieri Filho (1991), Valente et al. (1991), Franceschi (1996), Carneiro
(1998), Pedrotii; Guarim-Neto (1998), Carneiro; Irgand (1999; 2005), Schneider; Irgand
(2005), Pauchard et al. (2006), Schneider (2007) e Garcillán et al. (2008).
2.2. Plantas ruderais e micorrização
Os microrganismos são responsáveis pela maior parte da biodiversidade dos
ecossistemas, com representantes nos domínios Archae, Bacteria e Eucarya (MARGULIS;
SCHUWARTZ, 2001). Dentre estes, os fungos micorrízicos arbusculares (FMA), do filo
Glomeromycota (SCHÜßLER et al., 2001), formam simbiose mutualistas, denominadas
micorrizas arbusculares, com cerca de 90% das plantas vasculares, abrangendo quase todos os
gêneros de Gimnospermas e Angiopermas, além de alguns representantes de Briófitas e
Pteridófitas. Mesmo dentre as famílias botânicas citadas como não formadoras de micorrizas
(Brassicaceae, Amaranthaceae, Commelinaceae, Juncaceae, Cyperaceae, Proteaceae,
Poligonaceae e Chenopodiaceae) a não ocorrência não é em 100% dos gêneros (MOREIRA;
SIQUEIRA, 2006).
Estes fungos constituem um dos componentes importantes da biota dos solos, onde são
encontrados na forma de esporos, hifas ou infectando fragmentos de raízes (SYLVIA;
JARSTFER, 1994). Muitos são os benefícios desta simbiose, sendo os mais evidentes o
nutricional (SIQUEIRA; SAGGIN JÚNIOR, 1995). Estas associações mutualísticas permitem
às plantas explorarem mais eficientemente os recursos do solo, o que aumenta a produtividade
primária (KLIRONOMOS, 2000).
A modificação da estrutura do solo, tanto por processos erosivos como por ações
mecânicas, a remoção da vegetação e a perda da camada superficial orgânica, podem
promover a eliminação parcial ou total dos propágulos dos FMA. Quando tais processos
100
ocorrem numa determinada área, a capacidade infectiva é reduzida, o que pode afetar a
sucessão de plantas pela limitação de espécies capazes de crescerem sem estabelecer simbiose
com estes fungos (SOUZA; SILVA, 1996).
A relação entre a biodiversidade e o funcionamento dos ecossistemas tem recebido
especial atenção devido à aceleração da perda de espécies decorrente das atividades humanas
(LOREAU, 2001). Diversos estudos experimentais demonstraram uma relação positiva entre
a estabilidade dos processos ecossistêmicos e a biodiversidade (TILMAN; DOWNING,
1994). No entanto, muitos desses estudos se limitam à manipulação da diversidade de
produtores e não abordam o papel da diversidade de microrganismos como um dos fatores
limitantes na relação existente entre a biodiversidade e os processos ecossistêmicos.
A diversidade de microrganismos do solo como um determinante da diversidade de
plantas foi demonstrado por Heijden et al. (1998), em experimentos com manipulação de
diversidade de FMA. O autor relatou que o aumento da diversidade fúngica aumenta a
diversidade de plantas e a consequente manutenção das mesmas, devido ao maior fluxo de
nutrientes do solo para as plantas. Ademais, as diferentes espécies de FMA beneficiam
preferencialmente algumas espécies de plantas. Dessa forma, um solo com alta diversidade
fúngica possui um número maior de espécies de plantas, cuja produtividade aumenta em
relação aos solos pobres em micorrizas. O aumento da diversidade de plantas e da
produtividade pode ocorrer com a complementação de espécies FMA.
Frequentemente, estudos visando estabelecer relações entre plantas e microrganismos
são realizados com poucas espécies e generalizados para uma gama maior de organismos
(FRANCIS; READ, 1995). Ainda de acordo com esses autores, os FMA são ditos como
simbiontes mutualísticos das plantas, pressuposto testado para algumas espécies de plantas,
muitas das quais de interesse econômico e em sua maioria em laboratório.
As micorrizas podem influenciar de tal modo a estrutura de uma comunidade de
plantas, que padrões antes interpretados como decorrentes de características do ciclo de vida e
da fisiologia da planta, podem ser decorrentes de interações planta x fungos, como por
exemplo, as plantas ruderais prejudicadas por tal interação (FRANCIS; READ, 1994; 1995).
Os autores sugerem que a ocorrência de espécies em ambientes perturbados pode ser
decorrente das interações com as micorrizas. Além disso, as micorrizas podem formar redes
de micélios que podem interconectar diferentes espécies de plantas, translocando compostos
orgânicos de uma espécie para outra (HARTNETT; WILSON, 1999).
Alguns autores, no entanto, apontam efeitos deletérios das micorrizas arbusculares
sobre algumas plantas e não em outras (ALLEN et al., 1989, FRANCIS; READ, 1994). Estes
101
efeitos deletérios foram constatados principalmente em espécies ruderais e seriam decorrentes
de danos diretos causados por fungos micorrízicos, tais como a produção de substâncias
alelopáticas e destruição de tecidos da raiz (FRANCIS; READ, 1994).
Quando se trata de áreas agrícolas, a presença de plantas ruderais é vista como fator de
diminuição de produtividade, mas se manejadas adequadamente podem aumentar a
produtividade das lavouras fornecendo alimento para muitas espécies de polinizadores,
predadores e parasitóides, principalmente em lavouras de cultivo orgânico. Patricio et al.
(2009) identificando fontes alternativas de pólen e néctar, acompanharam a variação na
disponibilidade desses recursos ao longo do ano para abelhas visitantes de flores em lavoura
de tomate. Entre as plantas que tiveram suas flores visitadas destacam-se Bidens pilosa e
Emilia fosbergii, permitindo concluir que essas plantas podem constituir importantes fontes
de alimento em períodos de escassez geral. Os autores sugerem que a redução de capinas,
queima e aração, poderia resultar em habitats de forragem mais ricos para abelhas silvestres e
polinizadores de modo geral.
Os FMA predominam em solos pobres em fósforo, contudo as concentrações muito
baixas deste elemento poderiam, em solos de cerrado, tornar a associação desvantajosa para
plantas. Para testar esta hipótese, Reis (1999), utilizando as espécies Chamaecrista
rotundifolia e Solanum lycocarpum, dentre outras, inoculadas com FMA nativos, verificou
que, para o quesito comprimento de raiz, quem respondeu com sucesso foi a S. lycocarpum.
Os autores concluíram que a baixa concentração de fósforo não limita a colonização
micorrízica para plantas de cerrado, mas contribuía para melhorar o desenvolvimento das
plantas hospedeiras devido à acumulação de nutrientes na biomassa aérea. O aumento
moderado de concentração de fósforo ampliou as respostas das plantas à inoculação e a
associação micorrízica foi eficiente para plantas nativas do estrato arbustivo-arbóreo do
cerrado. Finalmente, FMA nativos podem ser recomendados para recuperação de áreas de
plantas nativas.
A associação micorrízica proporciona um aumento na absorção de nutrientes do solo
pelas plantas, principalmente do fósforo, e um melhor aproveitamento do fertilizante
fosfatado utilizado, especialmente nos solos de baixa fertilidade. A inoculação micorrízica
não substitui a adubação fosfatada, mas aumenta a eficiência de utilização pelas plantas do
fósforo natural disponível, ou do adicionado (MIRANDA, 2008).
102
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Caracterização do Município de Três Lagoas - MS
O Município de Três Lagoas-MS, escolhido para trabalho, tem uma área de 10.235,8
km
2
, com uma área urbana de aproximadamente 50 km
2
. O núcleo urbano encontra-se
posicionado sob as coordenadas 20°45’04de latitude Sul e 51°40’42” de longitude Oeste,
com altitude variando entre 315 e 325 m (BRASIL, 1985). Figura 1, página 73, dentro do
anexo do capítulo 1.
O substrato local compreende pacotes aluvionares depositados no âmbito da Bacia
Hidrográfica do Paraná e das sub-bacias dos Rios Pardo, Verde e Sucuriú. Em contexto
geográfico mais amplo, a região inclui-se no depocentro da Bacia Sedimentar do Paraná
(LORENZ-SILVA, 2004).
O clima é tropical com duas estações bem definidas (úmida no verão e seca no
inverno), Aw, de acordo com a classificação de Köppen, sob o domínio de massas de ar
tropicais e equatoriais (NIMER, 1979; ZAVATINI, 1992). A temperatura média é de 23,7°C,
sendo que registros de temperaturas absolutas acima de 40°C, com evidências de “ilhas de
calor” na área urbana e temperaturas mais baixas próximo às áreas verdes (SALVI et al.,
2007). A precipitação média anual é de 1300 mm (Instituto Nacional de Metereologia-
INMET, 1992). O município de Três Lagoas situa-se numa vasta planície com ondulações
leves, e a região foi originalmente coberta por campos limpos, florestas perenifólias ou
mesofólias e, principalmente, cerrados (MOREIRA, 2006). O núcleo urbano está encravado
em área de Cerrado típico.
A maior parte da área municipal foi desmatada para plantio de pastagens. Mais
recentemente, em conseqüência de instalação de empreendimentos na área de celulose e
papel, a dinâmica tem sido entre as coberturas vegetais e eucaliptos (MOREIRA, 2006). A
construção da estrada de ferro no início do século XX, a instalação de usina hidrelétrica na
década de 1960, a passagem de gasoduto no final década de 1990, e uma economia
agropecuária, que aos poucos vem sendo substituída por complexos industriais, são alguns
impactos que podem ter afetado a vegetação.
103
3.2. Levantamento florístico
O levantamento florístico foi realizado na zona urbana e periférica de Três Lagoas-
MS, concentrado em um complexo habitacional denominado Vila Piloto e seus arredores.
Esta vila, centralizada nas coordenadas 20°47’25” S e 51°39’49” O, teve sua construção
iniciada em junho de 1961, em pleno Cerrado, na margem direita do Rio Paraná, distanciada 6
km do centro urbano de Três Lagoas, obedecendo a um traçado radiocêntrico, e concluída em
1962. Com 76 hectares de área, edificações de madeira com pilares de alvenaria e telhas
cerâmicas, chegaram a abrigar 15.000 habitantes, entre eles trabalhadores indistintamente
chamados de barrageiros, vindos de diferentes regiões do país, no período de construção da
Usina Jupiá, parte do Complexo Hidrelétrico Urubupungá.
A partir de 1969, iniciou-se a demolição da então Vila Piloto de Jupiá, a população foi
gradativamente transferida para o núcleo urbano de Ilha Solteira-SP e os operadores alojados
na Vila dos Operários de Jupiá. Dois dias antes da virada de 1970, a Administração entregou a
Vila Piloto de Jupiá ao comando do Exército, quando pouco restava em se tratando de
construções (FIGUEIRA, 2009). Do que existia na época, restou o que é hoje um clube de
propriedade do Exército, uma área poliesportiva recuperada e um prédio que correspondente a
uma parte da sede do Campus de Três Lagoas da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul. Nos meados da década de 80, a vila começa ser reconstruída com nome de Vila Piloto,
abrigando moradias populares em alvenaria (ALVES; MOURA, 2000). Em se tratando de
perturbações, esse local foi impactado ambientalmente por duas vezes, e para surpresa de
quem observa a vegetação, quatro décadas depois, ainda existe algum verde para contemplar.
O período de estudo foi de março de 2007 a dezembro de 2009, com observações
mensais e coletas de dados taxonômicos nos períodos reprodutivos, com auxílio de fotografias
digitais. Para o presente trabalho, levou-se em conta a comunidade vegetal vascular,
englobando as espécies encontradas em frestas de calçadas, beiras de muros e cercas, terrenos
baldios, trilhas, caminhos e lixos abandonados. Foram considerados como terrenos baldios
aqueles que apresentavam características típicas de alterações devidas às atividades humanas,
como abandono, presença de restos de construções, etc., o se levou em conta áreas típicas
de remanescentes de cerrados.
As amostras foram fotografadas, coletadas e herborizadas para posterior identificação,
o que foi realizado com auxílio de literatura especializada: Pio Corrêa (1926-1978), Filgueiras
(1985), Andreata (1987), Prance; Mori (1991), Pott; Pott (1994), Ribeiro et al. (1999),
Lorenzi (2000),
Longhi-Wagner
et al. (2001), Lorenzi; Abreu Matos (2002), Durigan et al.
(2004), Pott et al. (2006), Boldrini et al. (2005) e Amaral et al. (2008).
104
As espécies de Magnoliophyta (Angiopermae) foram classificadas de acordo com
Cronquist (1981), mas consta entre parênteses na coluna correspondente às famílias botânicas,
as classificações feitas com base na proposta do Angiosperm Phylogeny Group II (2003), e
Pteridophyta, segundo Tryon e Tryon (1982).
As espécies também foram classificadas segundo as origens, levando-se em
consideração a posição geográfica do País e a flora característica da região.
3.3. Presença de colonização micorrízica em algumas plantas ruderais
A fase de observação e coleta de plantas para verificar a presença da colonização
micorrízica foi desenvolvida em condições de campo. Para a escolha das plantas, levou-se em
conta se estavam no início de floração, garantido que a fase vegetativa estaria no auge do
desenvolvimento.
3.3.1. A coleta das plantas ruderais
Após percorrer a área portando câmera fotográfica e caderneta de anotação,
verificou-se que entre as plantas identificadas, pelo menos 50 espécies, estavam nas
condições pré-estabelecidas para a coleta. As raízes foram obtidas arrancando-se as plantas
inteiras, com ajuda de um pequeno enxadão. Após a coleta, foram condicionadas em sacos
plásticos e conduzidas até o Laboratório de Microbiologia e Fitopatologia da Faculdade de
Engenharia da Unesp/Campus de Ilha Solteira. O número de plantas coletadas por espécie
variou entre três e cinco.
3.3.2. Quantificação da colonização micorrízica
Para a quantificação da colonização micorrízica, o sistema radicular foi separado da
parte aérea, que neste caso era desprezada, lavado em água corrente até eliminar todo o
resíduo de solo e preservado temporariamente em solução de álcool etílico diluído em água na
proporção de 1:1. Posteriormente, as raízes, equivalentes a um grama de raiz seca para cada
espécie, cortadas em seguimentos de aproximadamente um cm (TOTH, 1982; TOTH et al.,
1990), foram clarificadas por aquecimento a 90 °C em solução de KOH a 10% durante uma
hora, lavadas em água corrente, acidificadas com HCl 1% por 30 minutos na mesma
temperatura e coradas com azul de tripano a 0,05% (PHILLIPS; HAYMAN, 1970;
RAJAPAKSE; MILLER, 1992).
Durante os procedimentos observou-se que a metodologia utilizada deixava os tecidos
das raízes bastante dilacerados, muito provavelmente por serem provenientes de plantas
105
herbáceas ou subarbustivas, que mesmo na fase adulta, não se tornam lenhosas. Mediante o
ocorrido, modificou-se a metodologia descrita experimentando mudanças na temperatura e
concentração de KOH, estabelecendo como parâmetros ideais, 45 °C de temperatura e 5% de
KOH.
Para estimativa da colonização total das raízes por FMA, um grama de segmentos de
raízes finas devidamente tratadas foi distribuído em placa de Petri sobre papel quadriculado
centimétrico (GIOVANNETTI; MOSSE, 1980) e observado sob microscópio estereoscópico.
A contagem de segmentos colonizados foi feito com auxílio de um contador de células. Entre
os segmentos colonizados, 10 foram colocados entre lâminas e lamínulas e observados ao
microscópio óptico, sendo fotografados com câmera digital. Devido às diferenças ambientais
nas áreas de coleta, a colonização micorrízica foi abordada de modo qualitativo, uma vez que
a finalidade deste trabalho foi relatar a ocorrência ou não, de colonização micorrízica
arbuscular em ruderais.
Para a categorização quanto à colonização, as espécies foram classificadas em muito
alta, alta, média, baixa e ausente, quando apresentavam grau de colonização > 80 %, 79–50
%, 49–20 %, 19–1 % e 0 %, respectivamente (CARNEIRO et al., 1998).
3.3.3. Característica química do solo e número de esporos de FMA
Para as análises do solo, duas amostras compostas de dez amostras simples foram
coletadas onde havia apenas plantas tipicamente ruderais (20°47’03” S e 51°39’48” O) e onde
havia uma mistura de plantas ruderais e plantas de Cerrado (20°47’12” S e 51°39’57” O).
Estas foram secas ao ar, peneiradas, parte foi enviada para a análise das características
químicas do solo, no Laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de Fitossanidade,
Engenharia Rural e Solos da UNESP, Campus de Ilha Solteira. Para tanto, o pH foi
determinado em CaCl
2
, P, K
+
, Ca
+2
e Mg
+2
foi extraído com resina trocadora de íons, na
relação solo: água: resina de 1:10:1; e o Al
+3
extraído com KCl 1N. O P foi determinado por
colorimetria; o K por fotometria de chama e Ca+2 e Mg
+2
por espectrometria de absorção
atômica; H + Al
+3
empregando o ph SMP; o Al
+3
por titulação com NaOH 0,025 N e matéria
orgânica por colorimetria, de acordo com Raij; Quaggio (1983).
A outra parte destas amostras foi preservada para a contagem do número de esporos
de FMA autóctones. Para a referida análise, 100 g de cada amostra composta foram
homogeneizados e processados segundo uma associação dos métodos de decantação e
peneiramento úmido (GERDEMANN; NICOLSON, 1963) e de centrifugação e flutuação em
106
sacarose (JENKINS, 1964). A quantificação foi realizada em placas de acrílico com anéis
concêntricos, sob microscópio estereoscópico (40x).
107
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os trabalhos de campo permitiram o registro de 344 espécies, distribuídas em 61
famílias e em duas divisões: três de Pteridophyta (três gêneros e três famílias), 341 de
Magnoliophyta (202 gêneros e 58 famílias) e três determinadas apenas em nível de gênero.
Dentre as famílias mais numerosas, isto é, com mais de dez espécies, estão: Fabaceae com 48
spp., Poaceae com 37 spp., Asteraceae com 30 espécies, Euphorbiaceae com 20 spp.,
Malvaceae com 18 spp., Convolvulaceae com 17 spp., Mimosaceae com 15 spp. e
Caesalpiniaceae com 11 spp. Os gêneros mais numerosos foram Mimosa com 13 spp.,
Ipomoea com 10 spp., Sida com 7 spp., Chamaecrista, Urochloa e Crotalaria, com 6 spp., e
Merremia, Cyperus, e Solanum com 5 spp. cada. As demais famílias contribuíram com menos
de dez espécies cada uma, sendo que 25 estão presentes com uma única espécie, incluindo as
três Pteridófitas. As espécies com suas respectivas famílias, seguidas de origens geográficas,
são listadas na Tabela 1, página 114.
Da totalidade das espécies, 281 são nativas do Continente Americano, 59 do Velho
Mundo e quatro são consideradas cosmopolitas ou pantropicais. Considerando a posição
geoclimática do Brasil, as 281 espécies podem ser consideradas nativas no Brasil, e dentre
estas 76 são típicas de Cerrado ou Cerradão. No contexto geral, a maioria da flora encontrada
em Três Lagoas é nativa do Brasil, conforme pode ser observado na Tabela 2, página 125.
Muitas espécies nativas registradas em Três Lagoas-MS apresentam distribuição ao
longo do Continente Americano. Isso se deve à falta de barreiras entre o norte e o sul (GOOD,
1974). Da mesma forma, fica difícil determinar a origem destas espécies, mas grande parte
pode ser considerada nativa em toda sua área de permanência.
A ocorrência de muitas espécies nativas em áreas urbanas pode estar relacionada com
a existência de ambientes nativos ou nativos alterados, próximos ou até dentro destas áreas,
que servem como fonte de dispersão, por exemplos: Passiflora foetida, Smilax brasiliensis,
Serjania lethalis, Richardia grandiflora, entre outras. A possibilidade de dada espécie atingir
outros habitats depende de sua distribuição na vizinhança (MUELLER-DAMBOIS;
ELLENBERG, 1974). Nas áreas em estudo, ambientes nativos são comuns praticamente em
toda superfície não ocupada, o que representa muita relevância, pois são remanescentes de
Cerrados. Levando-se em conta que o Cerrado pode desaparecer em poucas décadas devido
108
ao avanço de atividades agrícolas, e que plantas típicas desse domínio como Duguetia
furfuracea, Eschweilera nana, Odotadenia lutea, Myrcia linearifolia, Gomphrena
macrocephala, Anemopaegma glaucum, entre outras, dificilmente podem ser conservadas fora
do seu hábitat natural (DURIGAN et al., 2004), a ocorrência destas plantas é relevante e
promissora.
A maioria das espécies introduzidas é de origem africana, euroasiática e, algumas,
mexicanas. Uma explicação seria que a maioria das espécies que colonizam estes locais,
teriam sido pré-adaptadas como resultado de séculos de distúrbios antropogênicos ou natural
nas suas regiões de origem (SUKOPP; TREPL, 1987). A agricultura e a urbanização tiveram
início no Velho Mundo, muito antes que nas Américas, exceto o México (TIVY, 1993),
havendo, então, tempo suficiente para estas espécies se adaptarem às condições de
perturbação, e serem competitivamente superiores (RAPOPORT, 1991; CROSBY, 1993).
Muitas espécies encontradas como ruderais (Zinnia elegans, Portulaca oleracea e
Solidago chilensis) são cultivadas como ornamentais, alimentícias ou medicinais, escapam ao
cultivo e se adaptam a condições agronômicas adequadas ou não. Muitas espécies alimentícias
se tornaram ruderais e cosmopolitas (ASFAW; TADESSE, 2001), e a relação entre espécies
utilizadas por nossos antepassados e sua adaptação próxima à habitação humana, está ligada à
história dos povos com as plantas cultivadas (BRIGGS; WALTERS, 1984).
Algumas espécies como Ricinus communis e Argemone mexicana são consideradas
tóxicas e, na maioria das vezes, são desconhecidas pela população humana, o que pode
ocasionar riscos de acidentes, principalmente com crianças e animais domésticos (LORENZI,
2002).
A família Poaceae é a que apresenta mais espécies africanas. Muitas devem ter
chegado ao Brasil junto com navios negreiros, e outras podem ter sido introduzidas como
forrageiras. Na área em questão, é muito séria a invasão, principalmente de braquiárias, que
formam uma cobertura que impede a regeneração de plantas típicas de cerrado, e por ocasião
de estiagem facilitam a propagação de fogo. As gramíneas africanas, segundo Parsons (1972),
tiveram grande expansão nos trópicos, pois co-evoluíram com grandes herbívoros, estando
mais aptas a viver em ambientes perturbados. Por outro lado, a herbivoria pode ser um fator
de mudança na vegetação, espécies palatáveis podem ser eliminadas, enquanto que as não
palatáveis levam vantagem nesta competição (BURRWS, 1990).
O cosmopolitismo e a homogeneização da biota mundial estão tornando o mundo
biológico mais simples (ELTON, 1958), no entanto, a área estudada apresenta uma
109
porcentagem vantajosa de plantas nativas, sobre as introduzidas, o que permite sugerir que o
local merece especial atenção.
No contexto, a presença de 268 espécies não típicas de Cerrado, formação vegetal
original, não está associada à agricultura, como sugerido por Tivy (1993), e sim à ocupação
humana de extensos espaços (CARNEIRO; IRVING, 2005) e pode ameaçar a singularidade
biológica, como sugerido por Blair (2001) e por Mckinney, (2006), a exemplo de Duguetia
furfuracea, Annona dioica, Bauhinia rufa, Cochlospermum regium, Gomphrena
macrocepala, presentes em lista de espécies ameaçadas de extinção, conforme Machado et al
(2005).
O movimento de pessoas e meios de transporte pode ser uma forma de quebra de
barreiras (RAPOPORT, 1976), o que se comprova pela presença de Derris amazônica e
Centrosema pascuorum, plantas típicas das regiões Amazônica e Nordeste, respectivamente.
As condições ambientais alteradas podem sim favorecer a sobrevivência de espécies
fisiologicamente semelhantes, em localidades geograficamente distantes (TIVY, 1993).
O ambiente urbano sem planejamento ou quando não segue parâmetros comuns, como
medidas simples de construção de calçadas, por exemplo, promove ambientes muito variados
para o crescimento de plantas, como o aumento de nitrogênio por causa do acúmulo de
matéria orgânica, aumento do pH devido aos restos de construções (SUKOPP, 1979), criando
condições para testar a capacidade de adaptação das plantas, como plantas picas de Cerrado
onde o pH do solo é muitas vezes, muito ácido.
Tudo isso acaba por gerar uma vegetação muito heterogênea, com plantas das mais
diferentes origens, vivendo ou sobrevivendo em um mesmo espaço, comprovando a tese de
Tivy (1993) quanto à heterogeneidade de micro-habitats. Essa nova comunidade vegetal
abriga espécies das mais variadas utilidades, como ornamentais, alimentícias, medicinais,
tóxicas e até plantas para as quais ainda não se conhecem aplicações e que merecem atenção
como sugerido por estudos (GALVÃO, 2003), especialmente do ponto de vista sistemático,
fitoquímico e fisiológico. Pela heterogeneidade de espécies, os períodos fenológicos são
igualmente variados, concordando com as aplicações sugeridas por Grimming (1995).
As 50 espécies coletadas para verificação de colonizações micorrízicas (Tabela 3,
página 126) distribuem-se em 14 famílias e 35 gêneros. Destas, 27 tiveram colonização muito
alta, três altas, duas médias, 11 baixas e sete espécies não apresentaram colonização.
Das famílias cujas espécies foram analisadas, Brassicaceae e Amaranthaceae não
apresentaram micorrização o que está de acordo com Moreira e Siqueira (2006), o que não
ocorreu com as espécies de Commelinaceae que contrariando dados de literatura,
110
apresentaram micorrização, muito alta. Ainda de acordo com estes autores, mesmo naquelas
famílias onde é comum o processo de micorrização pode haver diferenças dentre gêneros e
espécies, o que pode ser constatado em Fabaceae com espécies com índices de zero a muito
altos, em Poaceae, Euphorbiaceae e Asteraceae com índices variando de baixos a muito altos.
As micorrizas presentes podem ser vistas nas Figuras de 1-5, páginas 128-132.
As variações entre espécies ou gêneros podem, também, estar relacionadas com o grau
de degradação do meio, e a consequente eliminação parcial ou total de propágulos de fungos
micorrízico de determinados locais (SOUZA; SILVA, 1996), ou pelo fato do
desenvolvimento das plantas dependerem de uma série de condições, como de outros
decompositores que podem estar presentes em locais ricos em matéria orgânica
(BARDGETT; SHINE, 1999).
A flora ruderal da área estudada é rica em espécies, e as escolhidas, ao acaso, para
verificação de micorrização, apresentaram mais de 50% com alto grau de micorrização, o que
pode ser relacionado com a diversidade de espécies. Segundo Heijden et al. (1998), tem como
determinante a relação com microrganismos, bem como a manutenção dos mesmos, devido ao
maior fluxo de nutrientes no solo.
Ainda, a fertilidade e o número de esporos presentes na área podem interferir. O
número médio de esporos foi de 152 esporos por 100 g de solo seco, o que está compatível
para a área de estudo, quando comparados com os resultados obtidos por Bonfim et al. (2003),
que estudaram a dinâmica de densidade de esporos em cafeeiros e afirmam que a mesma pode
ser afetada pelo manejo e a época do ano; com Martins et al. (1999) que ao compararem áreas
degradadas com área de Cerrado encontraram maior número de esporos em período chuvoso e
em áreas degradadas e, finalmente, com os resultados de Cordeiro et al. (2005), o qual revela
maior número de esporos em áreas colonizadas por gramíneas.
As micorrizas arbusculares predominam em solos pobres em fósforo (REIS, 1999),
mas no presente trabalho, em se tratando de área alterada, se constata alternância de pontos
muito degradados com restos de construção, pedregulhos e outros com muita matéria
orgânica. De modo geral, os níveis de fósforo e de matéria orgânica são médios e o pH varia
de 5,0 a 6,2 (Tabela 4, página 133). Corroborando estes dados, Sukopp et al. (1979) apontam
que a adição de excrementos animais, restos de plantas e lixo faz aumentar o conteúdo de
fosfatos e nitrogênio. Nos pontos amostrados nível de K está baixo e Ca e Mg variam de
médio para alto índice. A soma de bases e a capacidade de troca iônica estão em níveis
médios. As áreas que ainda apresentam algumas características típicas de cerrado conservam
111
do ponto de vista químico, essas características, nos pontos das áreas mais alterados, as
características químicas estão modificadas, mas o solo não se encontra degradado.
Desta forma, pela heterogeneidade dos dados obtidos acerca das espécies
identificadas, pode-se sugerir que as plantas ruderais constituem substitutos vantajosos para
substituir gramados mantidos com alto custo. Devido à maior diversidade de espécies, as
plantas ruderais cumpre melhor as funções ecológicas para a fauna local, e apresentam em
muitos casos, rara beleza como pode ser visto na Figura 6, página 134.
112
5. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS
- A flora ruderal de Três Lagoas-MS é composta por um conjunto diversificado de espécies
nativas e introduzidas, proveniente dos mais diversos lugares do mundo, sendo a maioria
representante da flora nativa do Brasil e das Américas (Sul, Tropical e Subtropical);
- Pelo menos 20% das espécies são típicas de Cerrado ou de Cerradão, e podem ser
provenientes de remanescentes naturais próximos ou mesmo dentro das áreas urbanas. Estas
espécies, embora façam parte da flora ruderal, não são consideradas ruderais;
- As espécies exóticas são provenientes de diversas regiões do mundo, porém a maioria vem
da África, Europa e Ásia. Algumas são cosmopolitas ou pantropicais, as quais, mesmo em
minoria, encontram-se bem adaptadas em ambientes perturbados;
- Existir em ambientes adversos não garante às ruderais sobrevivência, pois espécies como
Centratherum punctatum, Eragrostis ciliaris, Sida spinosa e Dorstenia sp., vistas no início da
pesquisa, não foram encontradas no final da mesma;
- Pelo menos 50% das plantas coletadas apresentam altas porcentagens de colonização
micorrízica;
- Os resultados analíticos, dos solos em questão mostraram que apesar dos quase 40 anos de
ação antrópica, a área não está totalmente degrada;
- De um modo geral, a vegetação urbana contribui para preservação ambiental.
113
ANEXOS DO CAPÍTULO 2
114
Tabela 1 Listagem das famílias e espécies das plantas, nomes populares e origem
geográfica, identificadas na Vila Piloto e seus arredores, Três Lagoas-MS entre 2007 a 2009.
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Adiantaceae
Pityrogramma calomelanos samambaia-do-brejo Brasil/Africa/Am Trop
Amaranthaceae
Alternanthera dentata (Moench) Stuchlik roxinha Nativa do Brasil
Alternanthera tenella Colla perpétua-do-campo Nativa do Brasil
Amaranthus deflexus L. caruru-rasteiro Continente Europeu
Celosia argentea Linn crista-de-galo Índia
Celosia cristata L. crista-de-galo América Tropical
Gomphrena celosioides Mart. perpétua América do Sul
Gomphrena macrocephala A.St.-Hil. para-tudo Cerrado
Pfaffia glomerata (Spreng.) Pedersen fáfia Nativa do Brasil
Annonaceae
Annona dioica A.St.-hil. araticum Cerrado
Duguetia furfuracea (A. St.-Hil.) Benth.& Hook. marolinha Cerrado
Apiaceae
Apium leptophyllum (Pers.) F. Muell. ex Benth. aipo-bravo Euroasiática
Hydrocotyle bonariensis Lam. falsa-centela Continente Americano
Apocynaceae
Allamanda polyantha Müll. Arg. alamanda Nativa do Brasil
Cataranthus roseus G.Don vinca Cosmopolita
Odontadenia lutea (Vell.) Marckgr. cipó-cururu Cerrado
Odontadenia nitida (Vell.) Müll.Arg. desconhecido Cerrado
Prestonia tomentosa R.Br. cipó-carneiro Cerrado
Arecaceae
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex. Mart. bocaiúva América do Sul e México
Aristolochiaceae
Aristolochia esperanzae Kze. jarrinha Cerrado
Aristolochia gigantea Mart & Zucc. papo-de-peru Nativa do Brasil
Asclepiadaceae(Apocynaceae)
Blepharodon bicuspidatum Fourn. desconhecido Nativa do Brasil
Blepharodum nitidum J.F.Macbr. desconhecido Cerrado
Calotropis procera (Aiton) R.Br. ciumeira Origem Indiana
Oxypetalum sp. cipó-de-leite. Nativa do Brasil
Asteraceae
Acanthospermum australe (Loeft.) Kuntze carrapicho-miúdo América Tropical
Acanthospermum hispidum DC. carrapicho-de-carneiro América Tropical
Continua
115
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Bidens gardneri Baker picão-do-pantanal Cerrado
Bidens subalternans DC. picão-preto América do Sul
Bidens sulphurea (Cav.) Sch. Bip. picão-grande México
Blainvillea biaristata DC. picão-grande Nativa do Brasil
Centratherum punctatum Cass. perpétua-do-mato América Tropical
Conyza bonariensis (L.) Cronquist buva Continente Americano
Conyza canadensis (L.) Cronquist voadeira Continente Americano
Crepis japonica (L.) Benth. Oriental
Eclipta alba (L.) Hassk. erva-botão Asiática
Elephantopus mollis Kunth língua-de-vaca Américas
Emilia coccinea (Sims) G. Don serralhinha Africana
Emilia fosbergii Nicolson emília Asiática
Erechtites hieraciifolius (L.) Raf. Ex DC. capiçoba Nativa do Brasil
Eupatorium maximilianii Schrad. mata-pasto Continente Americano
Eupatorium pauciflorum Kunth botão-azul Nativa do Brasil
Eupatorium squalidumum DC. cambará-roxo Nativa do Brasil
Parthenium hysterophorus L. botão-branco Continente Americano
Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera lucera Continente Americano
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. arnica-paulista Nativa do Brasil
Pterocaulon virgatum (L.) DC. branqueja Cerrado
Solidago chilensis Meyen arnica América do Sul
Synedrellopsis grisebachii Hieron. agriãozinho América do Sul
Tithonia diversifolia A.Gray girassol mexicano México
Tridax procumbens L. erva-de-touro América Central
Unxia kubitzkii H.Rob. botão-de-ouro Nativa do Brasil
Vernonia chamaedrys Less. vassoura-branca Nativa do Brasil
Vernonia scabra Pers. assa-peixe Nativa do Brasil
Zinnia elegans Jacq. capitão México
Begoniaceae
Begonia cucullata Willd. begônia Nativa do Brasil
Bignoniaceae
Adenocalymma bracteatum (Cham.) DC. Nativa do Brasil
Anemopaegma glaucum Mart. ex DC. catuaba Cerrado
Arrabidaea brachypoda (DC.) Bureau cipó-una Cerrado
Callichlamys latifolia (L.Rich.) cipó América do Sul
Fridericia florida (DC.) L.G. Lohmann cipó-neve Cerrado
Macfadyena unguis-cati (L.) Gentry unha-de-gato Nativa do Brasil
Continua
116
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Memora peregrina (Miers) Sandw ciganinha Cerradão
Pithecoctenium crucigerum (L.) Gentry pente-de-macaco América do Sul
Pyrostegia venusta L. flor-de-são-joão Nativa do Brasil
Bixaceae
Bixa orellana L. urucum Nativa do Brasil
Boraginaceae
Heliotropium indicum L. escorpião Asiática
Heliotropium procumbens Mill. borragem América Tropical
Brassicaceae
Coronopus didymus (L.) SM. mastruz verdadeiro América Tropical
Lepidium virginicum L. mastruz Continente Americano
Raphanus raphanistrum L. nabo-bravo Europa
Cactaceae
Nopalea cochenillifera (L.)Lyons. palma-doce México
Pereskia sacharosa Gris. ora-pro-nobis América do Sul
Caesalpiniaceae(Fabaceae)
Bauhinia pentandra (Bong.) Vog. pata-de-vaca Nativa do Brasil
Bauhinia rufa (Bong.) Steud. pata-de-vaca Nativa do Brasil
Chamaecrista campestris (Bth.) H.S.Irwin & Barneby sene-do-campo Cerrado
Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip sene Cerrado
Chamaecrista flexuosa (L.) Greene mimosa Cerrado
Chamaecrista nictitans Collad. peninha Nativa do Brasil
Chamaecrista rotundifolia (Pers.) Greene erva-de-coração Nativa do Brasil
Chamaecrista serpens (L.) Greene desconhecido América Tropical
Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin & Barneby fedegoso Continente Americano
Senna occidentalis (L.) Link fedegoso-verdadeiro América Tropical
Senna rugosa (G. Don) H.S.Irwin & Barneby boi-gordo Cerrado
Capparidaceae(Brassicaceae)
Cleome affinis DC mussambê Nativa do Brasil
Cecropiaceae(Urticaceae)
Cecropia pachystachya Trec. embaúba Américas
Chenopodiaceae(Amaranthaceae)
Chenopodium ambrosioides L. erva-de-santa-maria América Tropical
Cochlospermaceae(Bixaceae)
Cochlospermum regium (Mart et Schl.) Pilg. algodãozinho Cerrado
Commelinaceae
Commelina benghalensis L. trapoeraba Asiática
Continua
117
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Commelina erecta L. santa-luzia Cerrado
Tradescantia pallida (Rose) D.R. Hunth trapoeraba-roxa Mexicana
Convolvulaceae
Evolvulus pusillus Choisy gota-de-orvalho Nativa-do Brasil
Ipomoea alba L. abre-noite-fecha-dia América do Sul
Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem. & Schult. jetirana América Tropical
Ipomoea batatas (L.) Lam. batata-doce Américas
Ipomoea cairica (L.) Sweet. campainha América do Sul
Ipomoea carnea Jacq. algodão-bravo América do Sul
Ipomoea nil (L.) Roth. corda-de-viola Continente Americano
Ipomoea procumbens Mart.ex Choisy ipoméia Cerrado
Ipomoea quamoclit L. corda-de-viola-vermelha América Tropical
Ipomoea ramosissima (Poir.) Choisy campainha América Tropical
Ipomoea rubens Choisy cipó-de-leite América do Sul
Jacquemontia tamnifolia (L.) Griseb. azulzinha América Tropical
Merremia aegyptia (L.) Urb. jitirana América Tropical
Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. campainha América Tropical
Merremia dissecta (Jacq.) Hallier f. campainha América Tropical
Merremia macrocalyx (Ruiz & Pav.) O'Donell jitirana América Tropical
Merremia umbellata (L.) Hallier f. jetirana Continente Americano
Cucurbitaceae
Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum. & Nakai melancia Africana
Luffa aegyptiaca Mill. bucha-orgânica Asiática
Momordica charantia L. melão-de-são-caetano Africana
Cyperaceae
Cyperus iria L. tiririca-do-brejo. Euroasiática
Cyperus luzulae (L.) Rottb. ex. Retz. capim-de-botão Continente Americano
Cyperus meyenianus Kunth tiririca-de-três-quinas. Continente Americano
Cyperus rotundus L. tiririca Cosmopolita
Cyperus surinamensis Rottb. tiririca América Tropical
Killinga odorata Vahl junquinho Pantropical
Euphorbiaceae
Chamaesyce hirta (L.) Millsp. erva-de-cobre América Tropical
Chamaesyce prostrata (Aiton) Small erva-andorinha América Tropical
Chamaesyce hyssopifolia (L.) Small erva-de-santa-luzia América Central
Croton bonplandianus Baill. Nativa do Brasil
Croton campestris A.St.-Hil. curraleira. Cerrado
Continua
118
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Croton glandulosus L. gervão-branco Cerrado e cerradão
Croton lobatus L. mandioquinha Cerrado e cerradão
Dalechampia micromeria Baill cipó-urtiga Cerrado
Dalechampia scandens L. coça-coça Nativa do Brasil
Euphorbia heterophylla L. amendoim-bravo Nativa das Américas
Euphorbia sp Amazonia
Jatropha gossypiifolia L. pinhão-roxo América Tropical
Phyllanthus niruri L. (Phyllanthaceae) quebra-pedra Continente Americano
Phyllanthus orbiculatus L.C. Rich. quebra-pedra Continente Americano
Phyllanthus tenellus Roxb. quebra-pedra Continente Americano
Ricinus communis L. mamona África
Sapium haematospermum (M. Arg.) Hub. sarã-de-leite Nativa do Brasil
Sebastiania corniculata (Vahl) Müll. Arg. guanxuma-de-leite Continente Americano
Sebastiania hispida (Mart.) Pax mercúrio Cerrado
Synadenium grantii Hook tiborna África
Fabaceae
Abrus precatorius L. olho-de-cabra Nativa do Brasil
Aeschynomene histrix Poir sensitiva América Tropical
Aeschynomene paniculata Willd. ex Vogel sensitiva-mansa Nativa do Brasil
Aeschynomene rudis Benth. pinheirinho América do Sul
Alysicarpus vaginalis (L.) DC. amendoinzinho Índia
Arachis hypogaea L. amendoim América do Sul
Arachis kuhlmannii Krap. et Greg. amendoim Nativa do Brasil
Arachis repens Handro amendoim-rasteiro Nativa do Brasil
Cajanus cajan L. Millsp. feijão-guandu
Calopogonium caeruleum (Bth.) Sauv. calopogônio Ámérica Tropical
Camptosema ellipticum (Desv.) Burkart favinha-do-campo Cerradão
Canavalia brasiliensis Mart.ex Benth. feijão-de-porco Nativa do Brasil
Centrosema angustifolium (Kunth) Benth. feijão-bravo Cerrado
Centrosema brasilianum (L.) Benth. Nativa do Brasil
Centrosema pascuorum Mart. ex Benth. América Tropical
Centrosema pubescens Benth. jequitirana Cerrado
Clitoria ternatea L. cunhã Ásia
Crotalaria incana L. chocalho América do Sul
Crotalaria longifolia Lam. guiso-de-cascavel Cerrado
Crotalaria micans Link crotalária Cerrado
Crotalaria pallida Aiton guiso-de-cascavel. África
Continua
119
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Crotalaria spectabilis Roth chocalho Índia
Crotalaria stipularia Desv. xique-xique América do Sul
Derris amazonica Killip Nativa do Brasil
Desmodium adscendens (Sw.) DC. carrapicho-beiço-de-boi. América Tropical
Desmodium barbatum (L.) Benth. desmódio América Tropical
Desmodium incanum DC. pega-pega América Tropical
Desmodium tortuosum (Sw.) DC. carrapicho América Tropical
Dioclea violacea Mart. ex Benth. olho-de-boi Nativa do Brasil
Galactia eriosematoides Harms. Cerrado
Gliricidia sepium (Jacq.) Steud. gliricídia México
Indigofera hirsuta L. anileira Nativa do Brasil
Indigofera sabulicola Bth. Nativa do Brasil
Indigofera suffruticosa Mill. anileira Nativa do Brasil
Macroptilium atropurpureum (DC.) Urb. siratro México
Macroptilium lathyroides (L.) Urb. feijão-de-rola. América Tropical
Rhynchosia minima (L.) DC. Nativa do Brasil
Riedeliella graciliflora Harms falsa-ciganinha Cerrado e Cerradão
Stylosanthes acuminata M.B.Ferreira & Sousa Costa meladinho Cerrado
Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw. alfafa-do-campo Nativa do Brasil
Stylosanthes leiocarpa Vogel estilosante Nativa do Brasil
Stylosanthes viscosa (L.) Sw. meladinho Cerrado
Tephrosia purpurea (L.) Pers. Nativa do Brasil
Teramnus volubilis Sw. caramanchão Nativa do Brasil
Vigna peduncularis (Kunth) Fawc. & Rendle feijão-do-mato Cerrado
Vigna unguiculata (L.) Walp. feijão-miúdo África
Zornia crinita (Mohlenbr.) Vanni carrapicho Cerrado
Zornia reticulata Sm. erva-de-ovelha Nativa do Brasil
Iridaceae
Cipura paludosa Aubl. azuladinha Nativa do Brasil
Lamiaceae
Amasonia campestris (Aubl.) Moldenke Cerrado
Hyptis mutabilis (Rich.) Briq. cheirosa Continente Americano
Hyptis suaveolens (L.) Poit. alfazema-de-caboclo Cerrado
Leonotis nepetifolia (L.) W.T.Aiton cordão-de-são-francisco África
Ocimum basilicum L. manjericão Ásia
Ocimum gratissimum L. alfavacão Nativa do Brasil
Ocimum micranthum Willd alfavaca Nativa do Brasil
Continua
120
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Peltodon tomentosus Pohl papoula-do-campo Cerrado
Plectranthus barbatus Andrews boldo-brasileiro Índia
Lecythidaceae
Eschweilera nana (Berg) Miers. sapucaia-de-três-lagoas Cerrado
Liliaceae
Herreria salsaparilha Mart. (Agavaceae) salsaparrilha-verdadeira América do Sul
Sansevieria cylindrica Bojer (Ruscaceae) lança África
Sansevieria trifasciata Prain espada-de-são-jorge África
Lithraceae
Cuphea carthagenensis (Jacq) J.F.Macbr. sete-sangrias Cerrado
Malvaceae
Abutilon bedfordianum (Hook) (St.-Hil.) & Naud. Nativa do Brasil
Abutilon ramiflorum A.St.-Hill. Nativa do Brasil
Gossypium hirsutum L. algodão Continente Americano
Hibiscus acetosella Welw. quiabo-roxo África
Hibiscus sabdariffa L. quiabo-azedo África
Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke falsa-guanxuma. América Tropical
Pavonia communis A.St.-Hil. tira-estrepe. América do Sul
Pavonia guerkeana R.E.Fr. guaxima Cerradão
Pavonia sessiliflora Kunth malva-rasteira. Cerrado
Pavonia sidifolia Kunth vassoura Cerrado
Sida cerradoensis Krap. malva Cerrado
Sida cordifolia L. guanxuma América Tropical
Sida glaziovii K. Schum guanxuma-branca Américas
Sida linifolia Juss. ex Cav. língua-de-tucano. Cerrado
Sida rhombifolia L. mata-pasto Continente Americano
Sida santaremensis H. Monteiro guanxuma Nativa do Brasil
Sida spinosa L. malvinha Continente Americano
Sidastrum paniculatum (L.) Fryxell malva-roxa Cerrado
Urena lobata L. rosinha Ásia
Wissadula subpeltata (Kuntze) R.E.Fr. malva-estrela Nativa do Brasil
Menispermaceae
Cissampelos ovalifolia DC. orelha-de-onça Cerrado
Cissampelos pareira L. buta Nativa do Brasil
Mimosaceae(Fabaceae)
Albizia lebbeck (L.) Benth coração-de-negro Ásia
Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit leucena Ámerica Tropical
Continua
121
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Mimosa adenocarpa Benth. espinheiro Cerrado
Mimosa caesalpiniaefolia Benth. sanção-do-campo Nativa do Brasil
Mimosa debilis Humb. & Bonpl. dorme-dorme Cerrado
Mimosa dolens Vell. juquiri Cerrado
Mimosa invisa Mart. Ex Colla sensitiva Nativa do Brasil
Mimosa nuda Benth. juquiri Cerrado e Cerradão
Mimosa pellita Humb. & Bonpl. espinheiro Nativa do Brasil
Mimosa polycarpa Kunth dorme-dorme Cerrado
Mimosa quadrivalvis L. Nativa do Brasil
Mimosa rixosa Mart. mimosa Cerrado
Mimosa setosa Benth. arranhadeira Nativa do Brasil
Mimosa somnians Willd. juquiri Cerrado e Cerradão
Mimosa xanthocentra (Benth.) Barneby mimosa Cerrado
Molluginaceae
Mollugo verticillata L molugo Cerrado
Moraceae
Brosimum gaudichaudii Trécul mama-cadela Cerrado
Dorstenia sp. carapiá Nativa do Brasil
Ficus insipida Willd. figueira Nativa do Brasil
Myrtaceae
Campomanesia adamantium (Cambess.) O. Berg guavira Cerrado
Eugenia dysenterica DC. cagaita Cerrado
Eugenia pitanga Kaersk. pitanga-do-cerrado Cerrado
Eugenia uniflora L. pitanga Nativa do Brasil
Myrcia linearifolia Cambess. alecrim-do-cerrado Cerrado
Nictaginaceae
Boerhavia diffusa L. pega-pinto América Tropical
Mirabilis jalapa L. jalapa México
Onagraceae
Ludwigia octovalvis (Jacq.) P.H. Raven cruz-de-malta América Tropical
Oxalidaceae
Oxalis corniculata L. azedinha Mediterâneo
Oxalis cratensis Oliver ex Hook. Nativa do Brasil
Papaveraceae
Argemone mexicana L. papoula-do-méxico América Tropical
Passifloraceae
Passiflora alata Curtis maracujá Nativa do Brasil
Continua
122
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Passiflora cincinnata Mast. maracujá Cerrado e Cerradão
Passiflora foetida L. maracujá Cerrado
Passiflora pohlii Mast. maracujá Cerrado e Cerradão
Pedaliaceae
Sesamum orientale L. gergelim Oriente
Poaceae
Andropogon bicornis L. rabo-de-burro. Américas
Andropogon leucostachyus Kunth capim-membeca Continente Americano
Cenchrus echinatus L. capim mal-casado. América Tropical
Chloris barbata (L.) Sw. capim-pé-de-galinha. Regiões Tropicais
Cymbopogon winterianus Jowitt. citronela Índia
Cynodon dactylon (L) Pers. grama-seda África Tropical
Dactyloctenium aegyptium (L.) P. Beauv. pé-de-galo. África
Digitaria ciliaris (Retz.) Koel. capim-colchão Ásia
Digitaria insularis (L.) Fedde capim-amargoso América do Sul
Echinochloa colona (L) Link capim-arroz. Cosmopolita
Eleusine indica (L.) Gaertn. pé-de-galinha. Ásia
Eragrostis airoides Nees capim-névoa América do Sul
Eragrostis ciliaris (L.) R. Br. capim-fino América do Sul
Eragrostis pilosa (L.) P.Beauv. capim-panasco Europa
Eustachys distichophylla (Lag.) Nees capim-branco América do Sul
Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf capim-mimoso África
Leptochloa filiformes (Lam.) P. Beauv. capim-mimoso Ásia
Loudetiopsis chrysothrix (Nees) Conert brinco-de-princesa Cerrado
Melinis minutiflora P. Beauv. capim gordura África
Panicum maximum L. capim-colonião África
Panicum pernambucensis (Spreng.) Mez ex Pilg.) palha-branca Velho Mundo
Panicum sellowii Nees bambuzinho Américas
Paspalum notatum Flüggé grama-batatais Continente Americano
Pennisetum americanum (L.) Leeke milheto Continente Americano
Pennisetum purpureum Schumach. capim-napier África
Pennisetum setosum (Sw.) Rich. capim-oferecido Nativa do Brasil
Rhynchelytrum repens (Willd) C.E.Hubb. capim-favorito África
Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen rabo-de-cahorro Continente Americano
Sorghum arundinaceum (Desv.) Stapf sorgo-selvagem África
Sorghum bicolor L. sorgo África
Sporolobus indicus (L.) R. Br. capim-morão América Tropical
Continua
123
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Urochloa brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf braquiarião África
Urochloa decumbens Stapf braquiária África
Urochloa humidicola (Rendle) Morrone & Zuloaga umidícola África
Urochloa mutica (Forsk.) Stapf. capim-angola África
Urochloa plantaginea (Link) Hitchc. capim-marmelada África
Urochloa ruziziensis R.Germ. & Evrard braquiária-peluda África
Polygalaceae
Bredemeyera floribunda Willd. cipó-gemada Cerrado
Polygala violacea Aubl. roxinha Continente Americano
Portulacaceae
Portulaca fluvialis Legr. onze-horas América do Sul
Portulaca oleracea L. beldroega África
Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. maria-gorda Continente Americano
Talinum triangulare (Jacq.) Willd. beldroega-graúda Ámérica Tropical
Pteridaceae
Pteris vittata L. samambaia-de-burro Velho Mundo
Rhamnaceae
Gouania latifolia Reiss. cipó-mole Nativa do Brasil
Rubiaceae
Borreria capitata DC. vassourinha Nativa do Brasil
Diodia teres Walter mata-pasto. Nativa das Américas
Richardia brasilensis Gomes poaia-branca. Nativa das Américas
Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. poaia-rósea. Nativa do Brasil
Spermacoce latifolia Aubl. poaia-do-campo. Nativa do Brasil
Staelia thymoides Cham. & Schltdl. tomilho América do Sul
Sapindaceae
Matayba elaeagnoides Radlk. caboatá Cerrado e Cerradão
Serjania caracasana (Jacq.) Willd. Cerrado e Cerradão
Serjania erecta Radlk. cipó-timbó Cerrado e Cerradão
Serjania lethalis A.St.Hil. timbó Cerrado e Cerradão
Scrophulariaceae(Plantaginaceae)
Scoparia dulcis L. vassourinha América Tropical
Smilacaceae
Smilax brasiliensis Spreng. japecanga Cerrado
Smilax cissoides Martius ex Grisebach salsaparrilha Cerrado
Smilax fluminensis Steud. japecanga Cerrado
Smilax japicanga Griseb. japecanga Nativa do Brasil
Continua
124
Continuação
Família/Espécie Nomes populares Origem geográfica
Solanaceae
Cestrum nocturnum L. flor-da-noite Antilhas
Datura metel L. saia-roxa Ásia
Solanum americanum Mill. maria-pretinha. Américas
Solanum lycocarpum A.St.-Hil. fruta-do-lobo. Nativa do Brasil
Solanum palinacanthum Dunal joá-bravo. Nativa do Brasil
Solanum paniculatum L. jurubeba Nativa do Brasil
Solanum sisymbrifolium Lam. joá Américas
Sterculiaceae (Malvaceae)
Ayenia tomentosa L. Cerrado e Cerradão
Melochia spicata (
L
.)
Fryxell
malvinha Nativa do Brasil
Melochia simplex A.St.-Hil. malva-do-brejo Nativa do Brasil
Waltheria douradinha St.-Hil. douradinha Cerrado
Waltheria indica L. malva-branca América Tropical
Thelypteridaceae
Thelypteris dentata (Forssk.) E.P. St. John rabo-de-gato América Tropical
Tiliaceae (Malvaceae)
Corchorus argutus H.B.K. Nativa do Brasil
Triumfetta bartramia L. barba-de-boi América Tropical
Trigoniaceae
Trigonia nivea Cambess. falso-cipo´-prata. Nativa do Brasil
Turneraceae
Piriqueta cistoides (L.) Gris. guanxuma Nativa das Américas
Piriqueta corumbensis Moura Nativa do Brasil
Turnera melochioides Camb. guanxuma América do Sul
Turnera subulata Sm. operária América Tropical
Urticaceae
Phenax sonneratii (Poir.) Wedd. parietária Nativa do Brasil
Verbenaceae
Lantana camara L. cambará-de-espinho. América Tropical
Lantana canescens Kunth cambarazinho. América do Sul
Lantana trifolia L. milho-de-grilo. Nativa do Brasil
Lippia alba (Mill.) N.E.Brown cidreira-do-campo. Nativa do Brasil
Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl gervão Continente Americano
Violaceae
Hybanthus calceolaria (L.) Schulze violeta-do-mato. América do Sul
125
Tabela 2. Distribuição do número de espécies e porcentagem quanto a origem geográfica.
Origem Número de espécies %
Velho Mundo 59 17,15
Cosmopolita/Pantropical 4 1,16
Continente Americano 281 81,69
Cerrado/Cerradão 76 27,04/22,09
Total 344 100
As 76 espécies de cerrado e cerradão estão incluídas nas 281 espécies do Continente Americano,
correspondendo a 27,04% das nativas deste continente e 22,09% do total de 341 espécies.
126
Tabela 3 - Espécies coletadas para verificação de colonização micorrízica. Famílias e
espécies, porcentagem e índice de colonização observado.
Família e Espécie % de colonização índice
Amaranthaceae
Gomphrena celosioides zero ausente
Asteraceae
Bidens subalternans 92 muito alta
Porophyllum ruderale 73 alta
Tridax procumbens 01 baixa
Brassicaceae
Coronopus didynamus zero ausente
Caesapiniaceae
Chamaecrista campestris 88 muito alta
Chamaecrista desvauxii 20 média
Chamaecrista flexuosa zero ausente
Chamaecrista nictitans 98 muito alta
Chamaecrista rotundifolia 80 muito alta
Chamaecrista serpens 100 muito alta
Senna obtusifolia 01 baixa
Senna occidentalis 01 baixa
Capparidaceae
Cleome affinis 90 muito alta
Commelinaceae
Commelina benghalensis 88 muito alta
Commelina erecta 92 muito alta
Euphorbiaceae
Chamaesyse hyssopifolia 82 muito alta
Croton lobatus 90 muito alta
Euphorbia heterophylla 80 muito alta
Phyllanthus tenellus 01 baixa
Sebastiania corniculata 88 muito alta
Fabaceae
Aeschynomene histrix 90 muito alta
Aeschynomene paniculata 99 muito alta
Aeschynomene rudis 99 muito alta
Alysicapus vaginalis 98 muito alta
Arachis hypogaea 90 muito alta
Crotalaria micans 78 alta
Continua
127
Continuação
Família e Espécie % de colonização índice
Desmodium adscendens 01 baixa
Desmodium tortuosum 90 muito alta
Galactia eriosematoides 01 baixa
Indigofera hirsuta 98 muito alta
Indigofera sabulicola 01 baixa
Indigofera suffruticosa 01 baixa
Stylosanthes guianensis 01 baixa
Zornia crinita zero ausente
Zornia reticulata 80 muito alta
Lamiaceae
Hyptis suaveolens 90 muito alta
Mimosaceae
Mimosa adenocarpa zero ausente
Mimosa debilis zero ausente
Mimosa nuda zero ausente
Onagraceae
Ludwigia tomentosa 20 média
Poaceae
Cenchrus echinatus 96 muito alta
Chloris barbata 90 muito alta
Dactyloctenium aegyptium 75 alta
Digitaria ciliaris 92 muito alta
Eleusine indica 01 baixa
Eragrostis pilosa 10 baixa
Rhynchelytrum repens 90 muito alta
Polygalaceae
Polygala violacea 90 muito alta
Rubiaceae
Richardia brasilensis 88 muito alta
Considerando: muito alta > 80%, alta 50-79%, média 20-49%, baixa 01-19% e ausente zero.
128
Figura 1 Fotos das espécies com suas respectivas colonizações: 01-Aeschynomene paniculata, 02-
Aeschynomene rudis, 03-Alysicapus vaginalis, 04-Arachis hypogaea, 05-Bidens subalternans, 06-Cenchrus
echinatus ,07-Chamaecrista campestris, 08-Chamaecrista desvauxii e 09-Chamaecrista nictitans.
01
02
03
04
05
06
07
08
09
129
Figura 2 - Fotos das espécies com suas respectivas colonizações: 10-Chamaecrista rotundifolia, 11-
Chamaecrista serpens, 12-Chamaesyse hyssopifolia, 13-Chloris barbata, 14-Cleome affinis, 15-Commelina
benghalensis ,16-Commelina erecta, 17-Crotalaria micans e 18-Croton lobatus.
11
10
12
14
15
16
17
18
13
130
Figura 3 - Fotos das espécies com suas respectivas colonizações: 19-Dactyloctenium aegyptium, 20-
Desmodium adscendens, 21-Desmodium tortuosum, 22-Digitaria ciliaris, 23-Euphorbia heterophylla, 24-Hyptis
suaveolens, 25-Indigofera hirsuta, 26-Indigofera sabulicola e 27-Phyllanthus tenellus.
19
20
21
22
23
24
25
26
27
131
Figura 4 - Fotos das espécies com suas respectivas colonizações: 28-Polygala violácea, 29-Porophyllum
ruderale, 30-Richardia brasilensis, 31-Senna obtusifolia, 32-Senna occidentalis, 33-Stylosanthes guianensis,
34-Tridax procumbens , 35-Rhynchelytrum repens e 36-Sebastiania corniculata.
28
30
31
32
33
34
35
36
29
132
Figura 5 - Fotos das espécies com suas respectivas colonizações: 37-Zornia reticulata, 38-Aeschynomene
histrix e 39-Ludwigia tomentosa.
38
39
37
134
Figura 6-Fotos de algumas espécies de plantas ruderais. 1-Heliotropium indicum, 2-
Commelina erecta, 3-Ipomoea purpúrea, 4-Derris amazônica, 5-Urochloa decumbens, 6-
Crotalaria spectabilis, 7-Odontadenia nítida, 8-Memora peregrina, 9-Macroptilium
lathyroides, 10-Pyrostegia venusta, 11-Emilia fosbergii, 12-Abutilon bedfordianum. Fonte:
Neto (2009).
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
135
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