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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA- PRPGP
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA - DQB
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR
ESTUDO QUÍMICO E ATIVIDADES MICROBIOLÓGICAS DE
ESPÉCIES DO GÊNERO Psidium (Myrtaceae)
CARLA KARINE BARBOSA PEREIRA
CRATO, CE
2010
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CARLA KARINE BARBOSA PEREIRA
ESTUDO QUÍMICO E ATIVIDADES MICROBIOLÓGICAS DE
ESPÉCIES DO GÊNERO Psidium
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Bioprospecção Molecular da
Universidade Regional do Cariri URCA,
como requisito parcial para obtenção do título
de Mestre em Bioprospecção Molecular.
Orientador: Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa
CRATO, CE
2010
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Ana Paula Saraiva de Sousa – CRB 3/1000
Pereira, Carla Karine Barbosa Pereira
P436e Estudo químico e atividades microbiológicas de espécies do gênero
Psidium (Myrtaceae)/ Carla Karine Barbosa Pereira. – Crato-CE, 2010.
120p.il.
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Mestrado em
Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA
Orientador: José Galberto Martins da Costa
1. Psidium (Myrtaceae)- estudo químico. 2 Óleo essencial
3. Atividade antimicrobiana I. Título.
CDD: 615.323
CARLA KARINE BARBOSA PEREIRA
ESTUDO QUÍMICO E ATIVIDADES MICROBIOLÓGICAS DE
ESPÉCIES DO GÊNERO Psidium
Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em
Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito
parcial para obtenção do título de Mestre em Bioprospecção Molecular. Área de
concentração: Bioprospecção de Produtos Naturais.
Aprovada em 18 de Outubro de 2010
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________________________
Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa – Orientador
Universidade Regional do Cariri – URCA
______________________________________________________________________
Prof. Dr. Henrique Douglas Melo Coutinho – Avaliador Interno
Universidade Regional do Cariri – URCA
______________________________________________________________________
Prof. Dr. Flávio Furtado de Farias – Avaliador Externo
Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio – FALS
______________________________________________________________________
Prof. Dr. Irwin Rose de Alencar – Avaliador Interno Suplente
Universidade Regional do Cariri – URCA
Dedico este trabalho a Deus, razão da minha existência,
aos meus pais Carlos Alberto Feijó Pereira e Benicia Maria Barros Barbosa Pereira,
por toda dedicação, apoio, oração e amor insubstituível,
a meu noivo Marcos André Rodrigues da Silva Júnior,
pela compreensão, incentivo, cuidado e amor,
e aos meus irmãos Herisson Barbosa Pereira, Alyson Barbosa Pereira,
Vanessa Kelly Barbosa Pereira, a minha cunhada Rosana Maria de Oliveira Pereira
e a minha avó Maria José Barros Barbosa,
pela paciência, carinho e apoio.
AGRADECIMENTOS
A Deus, porque até aqui me conduziu em triunfo, e por ter me capacitado, me
dado sabedoria, saúde, tranqüilidade e forças para superar todos os obstáculos desta
caminhada.
Aos meus pais Carlos Alberto Feijó Pereira e Benicia Maria Barros Barbosa Pereira,
por seu amor incondicional, por sua oração, paciência e sabedoria, e onde sempre encontrei a
tranqüilidade e paz nos momentos mais turbulentos, incentivo nos momentos de desânimo e
festa nos momentos das conquistas. Obrigada por serem esses exemplos de vida e por
acreditarem e incentivarem sempre meus projetos.
Ao meu noivo Marcos André Rodrigues da Silva Júnior pelo seu incentivo, orações e
apoio, por estar sempre pronto a me ajudar, e por sempre colocar meu bem estar à frente de
todas as coisas. Obrigada por sua atenção, dedicação, amor e amizade e por sempre ouvir
minhas queixas e preocupações, por ser meu ombro amigo nas horas mais difíceis, e estar
sempre pronto a me aconselhar e me auxiliar.
Aos meus irmãos Herisson Barbosa Pereira, Alyson Barbosa Pereira e Vanessa Kelly
Barbosa Pereira, a minha cunhada Rosana Maria de Oliveira Pereira e minha avó Maria José
Barros Barbosa, pela compreensão, apoio e amor. Obrigada por entenderem minha falta, por
suas orações, por apoiarem meus projetos e estarem sempre prontos a me ajudar no que for
preciso.
Ao meu orientador Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa, pela oportunidade,
paciência, dedicação e incentivo durante todo o meu caminhar acadêmico, sempre me
auxiliando e aconselhando e sempre demonstrando confiança em meu trabalho. Obrigada por
sua compreensão e preocupações durante todo esse tempo em que convivemos.
A Prof. Msc. Fabíola Fernandes Galvão Rodrigues por sua amizade, incentivo e apoio
dedicados a mim e a meu trabalho ao longo da minha caminhada acadêmica. Obrigada por sua
atenção, conselhos e dedicação, e por estar sempre disponível mesmo estando sobrecarregada
com suas obrigações.
Ao Prof. Dr. Henrique Douglas Melo Coutinho da Universidade Regional do Cariri
URCA e ao Prof. Dr. Flávio Furtado de Farias da Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão
Sampaio – FALS por terem aceito o convite de avaliarem o trabalho e pela atenção, cuidado e
importantes contribuição feitas a este.
Ao Prof. Dr. Sidney Gonçalves Lima, do Departamento de Química da Universidade
Federal do Piauí – UFPI, pela obtenção dos espectros dos óleos essenciais.
Ao Herbário Caririense Dárdano de Andrade Lima, sob supervisão da Prof. Dr, Maria
Arlene Pessoa da Silva da Universidade Regional do Cariri Urca, e ao amigo Antônio
Carlito, pela catalogação das exsicatas e encaminhamento para a identificação botânica.
Obrigada pela paciência.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular pelo
incentivo e pela oportunidade de crescimento intelectual durante este curso.
As amigas Eidla Mikaelle Maciel do Nascimento, Samara Alves Brito, Helenicy Veras
e Magaly Lima Mota, pela amizade, conselhos, apoio, incentivo, sinceridade e lealdade.
Obrigada pela ajuda e por muitas vezes terem feito o papel de família quando estes estavam
longe, agradeço a Deus a oportunidade de ter conhecido pessoas tão especiais como vocês.
Aos meus colegas de mestrado pelo incentivo e pelos bons momentos que desfrutamos
durante esta caminha. Em especial agradeço a Vanessa Bitu, Gerlânia de Oliveira e Elaine
Cristina pelo apoio, amizade, incentivo e ajuda, louvo a Deus por ter colocado vocês em
minha vida.
A toda equipe do Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais (LPPN), Thiago Silva,
Natálya Fechinne, Francisco Stefânio, Erlânio de Oliveira, Fábio Fernandes, George Souza,
Walmir Emanuel, Liana Oliveira, Manuele Eufrásio, Mário Eduardo e Aracélio Viana, pela
ajuda, preocupação e apoio e pelos bons momentos que passamos juntos. Agradeço também a
pessoa de Luiz Leandro da Silva (seu Luiz) e a Josniel Pires, pela ajuda nas coletas e pelo
apoio durante todo este processo. Obrigada, a ajuda de vocês foi essencial para este trabalho.
Aos colegas e professores de outros laboratórios pela amizade, companheirismo e
disponibilidade em tudo o que precisei.
Ao Instituto Federal de Educação Tecnológica do Ceará IFCE, campus Juazeiro do
Norte, representado na pessoa do Prof. João Marcos, pelo auxílio no levantamento
bibliográfico.
A Fundação Oswaldo Cruz FIOCRUZ, ao Hospital Universitário da Universidade
Federal da Paraíba – UFPB e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível
Superior – CAPES, pelas doações dos microorganismos e pelo suporte financeiro.
Enfim, os meus sinceros agradecimentos a TODOS aqueles que, direta ou
indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho e aos que aqui não foram
mencionados.
Muito Obrigada!!!
“A verdade vem de DEUS,
A verdade vem de DEUS,A verdade vem de DEUS,
A verdade vem de DEUS,
onde quer que a encontramos,
onde quer que a encontramos,onde quer que a encontramos,
onde quer que a encontramos,
e é nossa”.
e é nossa”. e é nossa”.
e é nossa”.
Richard Sibbes
Richard SibbesRichard Sibbes
Richard Sibbes
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
19
2. OBJETIVOS
22
2.1 Objetivo geral 22
2.2 Objetivos específicos 22
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
24
3.1 Família Mirtaceae 24
3.2 Gênero Psidium 25
3.3 Espécies estudadas 25
3.3.1 Psidium sobraleanum Proença Landrum 25
3.3.2 Psidium myrsinites DC. A 26
3.3.3 Psidium guajava 28
3.4 Levantamento do gênero Psidium 31
4. MATERIAIS E MÉTODOS
45
4.1 Material vegetal 45
4.2 Obtenção dos óleos essenciais 45
4.3 Análise por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa
(CG/EM)
48
4.4 Atividade antimicrobiana 48
4.4.1 Difusão em disco 49
4.4.2 Microdiluição 49
4.4.2.1 Concentração Inibitória Mínima (CIM) 49
4.4.2.2 Concentração Fungicida Mínima (CFM) 51
4.5 Modulação 51
4.5.1 Contato gasoso 51
4.5.2 Atividade moduladora 52
4.6 Análise Estatística 54
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
56
5.1 Levantamento do gênero Psidium 56
5.2 Constituintes químicos dos óleos essenciais 59
5.3 Atividade antibacteriana pelo método de difusão em disco 64
5.4 Atividade antibacteriana pelo método de contato gasoso 68
5.5 Atividade antibacteriana por microdiluição 75
5.5.1 Concentração inibitória mínima (CIM) 75
5.5.2 Atividade moduladora 79
5.6 Atividade antifúngica pelo método de difusão em disco 82
5.7 Atividade antifúngica por microdiluição 85
5.7.1 Concentração inibitória mínima (CIM) 85
5.7.2 Concentração fungicida mínima (CFM) 87
5.7.3 Atividade moduladora 89
6. CONCLUSÃO
94
REFERÊNCIAS
97
LISTA DE FIGURAS
Figura
1
. Foto da espécie Psidium sobraleanum. 26
2
.
A - Foto da espécie Psidium myrsinites 1; B - Foto da espécie Psidium
myrsinites 2 e C - Foto da espécie Psidium myrsinites 3.
28
Figura
3
.
Foto da espécie Psidium guajava. 31
Figura
4
.
Extração do óleo pelo método de hidrodestilação, (A) Aparelho tipo
Clevenger e (B) Folhas em processo de extração.
46
Figura 5.
Metodologia de extração dos óleos essenciais do gênero Psidium. 47
Figura
6
.
Métodos de análises microbiológicas. (A) Difusão em Agar; (B)
Contato gasoso; (C) Microdiluição.
53
Figura 7.
Estruturas dos constituintes químicos majoritários presentes nos óleos
das espécies de Psidium.
61
LISTA DE TABELAS
Tabela
1.
.
Publicações sobre espécies de Psidium no período entre 2000 - 2010. 32
Tabela
2.
Composição química
dos óleos essenciais das folhas frescas das
espécies do gênero Psidium.
62
Tabela
3
.
Descrição dos parâmetros de classificação de atividade dos óleos. 64
Tabela
4
.
Atividade antibacterina de Psidium sobraleanum, Psidium myrsinites
1, Psidium myrsinites 2, Psidium myrsinites 3 e Psidium guajava pelo
método de difusão em disco.
65
Tabela
5
.
Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium myrsinites 2. 68
Tabela
6
.
Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium myrsinites 3. 69
Tabela
7
.
Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium myrsinites 1.
70
Tabela
8
.
Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium sobraleanum.
71
Tabela
9
.
Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium guajava.
72
Tabela
10
.
Concentração Inibitória Mínima (CIM)
dos óleos essenciais de
Psidium sobraleanum, Psidium myrsinites 1, Psidium myrsinites 3,
Psidium myrsinites 2 e Psidium guajava.
78
Tabela 1
1
.
Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium sobraleanum.
79
Tabela
1
2
.
Atividade moduladora do óleo essencial Psidium myrsinites 2.
80
Tabela
13
.
Atividade moduladora do óleo essencial de Psidum guajava.
81
Tabela
1
4
.
Atividade antifúngica pelo método de difusão em disco dos óleos de
Psidium sobraleanum, Psidium myrsinites 2, Psidium myrsinites 1,
Psidium myrsinites 3 e Psidium guajava.
83
Tabela
1
5
.
Concentração Inibitória Mínima dos óleos essenciais de Psidium
myrsinites 2, Psidium myrsinites 3, Psidium myrsinites 1, Psidium
sobraleanum e Psidium guajava.
87
Tabela
1
6
.
Concentração Fungicida Mínima (CFM) dos óleos essenciais das
espécies de Psidium.
88
Tabela
1
7
.
Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium myrsinites 2.
89
Tabela
1
8
.
Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium sobraleanum.
90
Tabela
19
.
Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium myrsinites 1.
90
Tabela
2
0
.
Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium myrsinites 3.
91
Tabela
2
1
.
Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium guajava.
92
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1.
Espécies do gênero Psidium estudadas nos últimos 10 anos. 57
Gráfico 2
.
Partes mais estudadas da espécie Psidium guajava. 57
Gráfico 3
.
Tipo de preparação mais utilizadas nos estudos com Psidium
guajava.
58
Gráfico 4
.
Atividades apresentadas pela espécie Psidium guajava nos estudos.
58
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS
AMI.
– amicacina;
ATCC
– American Type Culture Collection
BHI
- Brain Heart Infusion;
C.a
Candida albicans
CET.
Cetoconazol
CFM
Concentração Fungicida Mínima
CG/EM
– Cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas;
CIM
– Concentração Inibitória Mínima;
C.k
Candida krusei
CLSI/NCCLS
– Clinical and Laboratory Standards Institute
CSD
Caldo Sabourand Dextrose
C.t
Candida tropicalis
DMSO
– Dimetilsulfóxido;
FIOCRUZ
- Fundação Oswaldo Cruz;
GEN.
– gentamicina;
IK
Índice Kovats
INCQS
– Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde;
L
– litro;
LPPN
– Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais;
MH
- Muller-Hilton;
mm
– milímetros;
MR
– Multiresistente;
Óleo essencial de Psidium myrsinites 3
OEAE
-
Óleo essencial de Psidium myrsinites 1
OEAP
Óleo essencial de Psidium myrsinites 2
OEAV
Óleo essencial de Psidium sobraleanum
OE
PG
Óleo essecial de Psidium guajava
PCA
- Plate Count Agar;
PDA
Potate Dextrose Agar;
SPSS
-
Statistical Package for the Social Sciences
TOB.
– tobramicina;
UFC
– Unidade formadora de colônias
UFPB
– Universidade Federal da Paraíba;
µg
– micrograma;
µg/mL
micrograma por mililitro
URCA
– Universidade Regional do Cariri;
- maior ou igual a
> - maior que
%
-
Porcentagem
RESUMO
As espécies do gênero Psidium apresentam frutos que são muito utilizados para alimentação
pela população. Na medicina popular estas espécies são utilizadas, em processos de
cicatrização por suas propriedades
adstringentes, além disso, são usadas como calmante,
anticonvulsivante, estimulante digestivo e menstrual, antiséptico, antioxidante, depressor do
sistema nervoso central, febrífugo, contra feridas, úlceras, dor de dente, tosse, dor de garganta
e inflamação. O presente trabalho relata o estudo químico e a avaliação das atividades
antimicrobianas apresentadas pelos óleos essenciais de cinco espécies do gênero Psidium. Os
óleos essenciais foram extraídos das folhas frescas de Psidium myrsinites 1 (araçá encarnado),
Psidium myrsinites 2 (araçá preto), Psidum myrsinites 3 (araçá amarelo), Psidium
sobraleanum (araçá de veado) e Psidium guajava (goiaba), por hidrodestilação e os
constituintes químicos identificados por CG/EM. Como compostos majoritários destacam-se
o acetato de nerila (35,7 e 32,7 %), 1,8-cineol (16,2%); δ-cadinol (29,3%) e limoneno
(96,2%). Os óleos essenciais foram avaliados para a atividade antimicrobiana isoladamente e
em interação direta e indireta com os antibióticos aminoglicosídeos e antifúngicos, por
microdiluição e contato gasoso. Os resultados do screening da atividade antimicrobiana
mostraram que todos os óleos obtiveram atividade, mesmo que discreta, frente a todas as
linhagens bacterianas e leveduras. Na atividade moduladora foi observada uma interferência
dos óleos para todos os aminoglicosídeos e antifúngicos analisados por microdiluição e
contato gasoso, sendo observada uma interação sinérgica na maioria das associações com os
óleos. Sendo assim, os óleos essenciais das espécies do gênero Psidium podem vir a ser
potenciais agentes terapêuticos para o tratamento de patologias causadas por agentes
microbianos, atuando como antimicrobiano e modulador das atividades de antibióticos, bem
como fornece uma contribuição para o conhecimento das atividades biológicas das espécies
do gênero Psidium.
Palavras-Chave: óleos essenciais; atividade antimicrobiana; Psidium myrsinites 1; Psidium
myrsinites 2; Psidum myrsinites 3; Psidium sobraleanum ; Psidium guajava.
ABSTRACT
Psidium species are used as food plants by people. In popular medicine, the species are used
in healing process because their astringent properties. Besides this, they are used as
tranquilizer, anticonvulsant, digestive and menstrual stimulant, antiseptic, antioxidant, central
nervous system depressor, febrifugue, wound healing, ulcers, toothache, cough, sore throat
and inflammation. This work reports the chemical study and the antimicrobial activity
evaluation of essential oils from five species of Psidium. The essential oils were extracted by
hydrodistillation from fresh leaves of Psidium myrsinites 1 (araçá encarnado), Psidium
myrsinites 2 (araçá preto), Psidum myrsinites 3 (araçá amarelo), Psidium sobraleanum (araçá
de veado) and Psidium guajava (goiaba). The chemical constituents were identified by
GC/MS. The majoritary compounds found were neryl acetate (35.7 and 32.7%), 1.8-cineole
(16.2%), δ-cadinol (29.3%) and limonene (96.2%). The essential oils were analysed for their
antimicrobial activity alone and the interaction with aminoglycosides antibiotics and
antifungics, by microdillution and gaseous contact assays. The results obtained from
antibacterial screening showed that the five essential oils were active against all bacterial and
yeast strains. On the modulatory activity test, it was observed that the essential oils influenced
the aminoglycosides and antifungic profiles. The synergism of the essential oils and
aminoglycosides was verified too. In conclusion, the essential oils from Psidium species can
be source of potential therapeutic tools to treat infectious diseases, acting as antimicrobial and
modulators of antibiotic activity. This study also provides a contribution to the knowledge of
biological activities from Psidium species.
Key-words: essential oils; antimicrobial activity; Psidium myrsinites 1; Psidium myrsinites 2;
Psidum myrsinites 3; Psidium sobraleanum; Psidium guajava.
18
18
INTRODUÇÃO
19
19
1. INTRODUÇÃO
A Fitoterapia, do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal, é definida como o
estudo de plantas medicinais e suas aplicações terapêuticas no tratamento e cura de doenças e
vem crescendo notadamente nestes últimos anos (YUNES, PEDROSA e CECHINEL FILHO,
2001).
O uso de plantas no tratamento e na cura de enfermidades é muito antigo (MACIEL
et al., 2002), acredita-se que na China deve ter surgido no ano 3000 a.C. No Brasil, essa
prática também têm sido utilizada durante muito tempo, por grupos indígenas em seus rituais
religiosos e de cura (DI STASI, 2007).
Nos últimos anos tem-se verificado um grande avanço científico envolvendo os
estudos químicos e farmacológicos de plantas medicinais que visam obter novos compostos
com propriedades terapêuticas (CECHINEL e YUNES, 1998), com a finalidade de suprir as
novas exigências de uma população cada vez maior e mais duradoura.
A avaliação do potencial terapêutico de plantas medicinais e de alguns de seus
constituintes, tais como flavonóides, alcalóides, triterpenos, sesquiterpenos, taninos, lignanas,
etc, tem sido objeto de incessantes estudos, onde foram comprovadas as ações
farmacológicas através de testes pré-clínicos com animais (CALIXTO et al., 1991).
Além disso, produtos oriundos de plantas têm demonstrado potencial antimicrobiano
frente a uma grande variedade de microorganismos, dentre fungos, bactérias e vírus, e
significativa atividade antioxidante (ASOLINI et al., 2006).
Neste contexto, o gênero Psidium se destaca por apresentar espécies com grande
potencial terapêutico e diversas atividades biológicas e farmacológicas, dentre elas: atividade
antioxidante, hepatoprotetora, antitumoral, antimicrobiana, antiinflamatória, e anticestódea
(ABREU et al., 2006; UBOH, OKON e EKONG, 2010; CHEN et al., 2009; NAIR,
KALARIYA e CHANDA, 2007; GONÇALVES et al., 2008; ARIMA e DANNO, 2002;
CHOI et al., 2008; TEMGENMOGLA e ARUN, 2006).
Essas atividades justificam seus usos na medicina popular como antiséptico, no
tratamento de diabetes, antiinflamatórios, contra cáries, como tratamento para diarréia e dores
no estômago devido a indigestão, no tratamento de gastrite e de laringites (MEJÍA e
RENGIFO¸ 2000; MITCHELL e AHMAD, 2006; TEIXEIRA et al., 2003; HOLETZ et al.,
2002).
20
20
Sendo assim, esse estudo tem objetivo de avaliar as atividades microbiológicas dos
óleos essenciais de cincos espécies do gênero Psidium, a saber, Psidium guajava, Psidium
sobraleanum, Psidium myrsinites 1, Psidium myrsinites 2 e Psidium myrsinites 3, e identificar
a composição química de seus óleos a fim de validar seu uso como agente terapêutico, para a
síntese e elaboração de novos fitofármacos e/ou fitomedicamentos.
21
21
OBJETIVOS
22
22
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Realizar o estudo químico e avaliar as atividades antimicrobianas de cinco espécies do
gênero Psidium.
2.2 Objetivos específicos
Identificar as espécies, partes das plantas, tipo de preparação e atividades biológicas
do gênero Psidium, na literatura naacional e internacional;
Extrair e caracterizar quimicamente os óleos essenciais das espécies P. guajava, P.
sobraleanum, P. myrsinites 1, P. myrsinites 2 e P. myrsinites 3;
Avaliar o espectro de ação e o grau de inibição dos óleos essenciais das cinco
espécies, frente a linhagens de bactérias e fungos;
Verificar o efeito modificador da atividade antimicrobiana, por contato direto e por
contato gasoso, frente a bactérias e fungos por óleos essenciais.
23
23
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
24
24
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFIA
3.1 Família Myrtaceae
A família Myrtaceae compreende cerca de 100 gêneros e 3.500 espécies de árvores e
arbustos que se distribuem por todos os continentes, à exceção da Antártica, mas com nítida
predominância nas regiões tropicais e subtropicais do mundo (BARROSO, 1991;
MARCHIORI e SOBRAL, 1997). Todas as mirtáceas brasileiras estão incluídas na Tribo
Myrteae (WILSON et al., 2005), representada por aproximadamente 1.000 espécies.
Esta é uma das famílias mais importantes do Brasil (LANDRUM e KAWASAKI,
1997). Os principais gêneros dessa família são Eucalyptus (500 éspécies); Malaleuca (100
espécies); Eugenia (600 espécies), Myrcia (300 espécies), Syzygium (200 espécies) e Psidium
(100 espécies) (CRONQUIST, 1981; BARROSO e PERÓN, 1994; LANDRUM e
KAWASAKI, 1997).
Os espécimes de Myrtaceae são plantas lenhosas, arbustivas ou arbóreas, com folhas
inteiras, de disposição alterna ou oposta e ás vezes oposta cruzada, com estípulas muito
pequenas. Suas flores são em geral brancas ou às vezes vermelhas, efêmeras hermafroditas, de
simetria radial. Encontram-se inseridos nessa família desde pequenos arbustos de não mais
que 2 m de altura, até grandes árvores com mais de 10m (CRONQUIST, 1981; JOLY, 1977).
A família tem grande importância econômica, uma vez que várias espécies são
utilizadas na alimentação, fornecem madeiras, possuem propriedades medicinais e potencial
ornamental. Entre as espécies apreciadas por seus frutos temos a goiaba (Psidium guajava L.),
a uvaia (Eugenia uvalha L. e E. pyriformes L.), a pitanga (E. uniflora L.), a cerejeira (E.
bracteata Vell.), o jambo (Syzygium jambos (L.) Alston), além da jaboticaba (Plinia
cauliflora L.) e do cambuci (Campomanesia phaea (O. Berg) Landrum), também utilizadas
na fabricação de licores (BARROSO 1991; KAWASAKI e LANDRUM, 1997).
Várias espécies de Psidium são utilizadas popularmente para aliviar disenterias, como
anestésicos e por apresentar atividade fungicida (Psidium acutangulum DC.). Algumas
espécies, como o cravo (Syzygium aromaticum L.) Merr.) e a pimenta (Pimenta oficinalis
Lindl.), fornecem condimentos. Entre as grandes produtoras de madeira e também de anti-
sépticos, destacam-se várias espécies de Eucalyptus L´Her. Além disso, espécies ornamentais
25
25
merecem destaque como, Myrtus communis L., na confecção de grinaldas e também algumas
espécies de Melaleuca L., na arborização urbana (ALMEIDA et al., 1998; BARROSO, 1991;
JUDD et al., 2002; KAWASAKI e LANDRUM, 1997; MILES et al., 1991; SILVA, 1998).
3.2 Gênero Psidium
O gênero Psidium inclui aproximadamente 150 espécies, que são todas árvores
frutíferas ou arbustos (JAISWAL e JAISWAL, 2005). O termo araçá é usado no Brasil para se
referir a espécies de Psidium silvestres, entre as quais P. cattleyanum Sab., P. incanescens
Martius, P. gradiflorum Martius e P. arboretum Vell. que são espécies nativas da América do
Sul (RASEIRA e RASEIRA, 1996).
As espécies desse gênero podem variar de subarbustos a árvores, com ramos não
dicotômicos e casca cinza e lisa, flores solitárias, axilares ou em partes dos ramos, sem folhas
ou dicásios 3-7 flores. Bractéolas decíduas ou persistentes após a antese. Cálice
completamente fechado no botão, rompendo-se na antese em 3-5 lobos irregulares,
eventualmente decíduos; pétalas presentes; ovário 3-10-locular, com muitos óvulos por
lóculo; hipanto presente. Frutos plurisseminados, coroados por vestígios do lice ou cicatriz
circular; sementes numerosas, com testa óssea e embrião mirtóide (MCVAUGH, 1969).
3.3 Espécies estudadas
3.3.1 Psidium sobraleanum Proença Landrum
A espécie Psidium sobraleanum Proença Landrum, é uma espécie conhecida
popularmente como araçá de veado e está presente na região da Chapada do Araripe, no
estado do Ceará. Entretanto, indícios que se trata de uma espécie nova, motivo pelo qual
não há registros de sua existência na literatura.
3.3.2 Psidium myrsinites
DC.
A espécie
Psidium myrsinites
(PINTO, LENZA, e
PINTO
nos estados
de Goiás, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins,
Ceará, Maranhão,
no cerrado brasileiro e em áreas de encosta (
JÚNIOR, 2005).
O nome araçá vem do tupi
significa fruta com olhos ou olhos no u (
SILVA JÚNIOR, 2005).
Psidium myrsinites
apresenta
terminais glabros, troncos com até 21 cm de diâmetro; ritidoma acinzentado ou castanho liso,
com depressões de placas irregulares que se desprendem do tronco; folhas simples, opostas,
cruzadas, el
ípticas de 6 a 16 cm de comprimento e 3
coriáceas; discolores, mais claras na face inferior, as flores
com cinco pétalas livres, de cor branca
as sementes são esfer
óides,
Os frutos servem de alimentação para a fauna e também são utilizados pelo homem, para
consumo in natura
e na forma de iguarias region
DC.
A
Psidium myrsinites
DC. A. apresenta sinonímia com
PINTO
, 2009) e
é conhecida popularmente como araçá
de Goiás, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins,
no cerrado brasileiro e em áreas de encosta (
FRAZON
O nome araçá vem do tupi
ara´sa, ou do guarani ara
(céu), e
significa fruta com olhos ou olhos no u (
DONADIO,
MORO e SERVIDONE
apresenta
-
se na forma de árvore com copa com ramos e gemas
terminais glabros, troncos com até 21 cm de diâmetro; ritidoma acinzentado ou castanho liso,
com depressões de placas irregulares que se desprendem do tronco; folhas simples, opostas,
ípticas de 6 a 16 cm de comprimento e 3
a 8 cm de largura.
coriáceas; discolores, mais claras na face inferior, as flores
possuem
com cinco pétalas livres, de cor branca
, os frutos tem
até 2 cm de comprimento, piriformes,
óides,
muitas por fruto (SILVA JÚNIOR, 2005).
Os frutos servem de alimentação para a fauna e também são utilizados pelo homem, para
e na forma de iguarias region
ais como doces e gelé
Figura 1: Foto da espécie Psidium sobraleanum
Fonte: Foto da autora
26
26
Psidium myrsinoides
é conhecida popularmente como araçá
, está distribuída
de Goiás, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins,
FRAZON
et al., 2009; SILVA
(céu), e
aza (olho), que
MORO e SERVIDONE
, 2002;
se na forma de árvore com copa com ramos e gemas
terminais glabros, troncos com até 21 cm de diâmetro; ritidoma acinzentado ou castanho liso,
com depressões de placas irregulares que se desprendem do tronco; folhas simples, opostas,
a 8 cm de largura.
As folhas são
até 2 cm de diâmetro
até 2 cm de comprimento, piriformes,
e
Os frutos servem de alimentação para a fauna e também são utilizados pelo homem, para
ais como doces e gelé
ias. A espécie tem
27
27
potencial para o paisagismo, principalmente pela linda folhagem, e é útil para a recuperação
de áreas degradadas, por atrair aves dispersoras de sementes (FRAZON et al., 2009; SILVA
JÚNIOR, 2005).
Algumas espécies nativas de araçá também vêm despertando a atenção da indústria
farmacêutica, pois as frutas são ricas em vitaminas e em substâncias antioxidantes, entre
outras, como óleos essenciais que podem ser extraídos das folhas e de outras partes da planta.
Um estudo, com a espécie P. myrsinites, indicou a presença do composto linalol na
composição química de suas folhas, que desperta interesse na indústria de cosmético e
perfumes devido à utilização dessa substância como fixador (FRAZON et al., 2009).
Na medicina popular a espécie P. myrsinites é utilizada para cicatrização, devido a suas
propriedades adstringentes e contra a diarréia (SOUZA et al., 2004; SOUZA e FELFILI,
2006), no entanto, poucos estudos relatam as atividades e a composição química dessa
espécie.
Nesse estudo, P. myrsinites é relatada com três possíveis quimiotipos, ou seja, a mesma
espécie apresentando óleos essenciais com variações qualitativas e quantitativas, indicando
que essas espécies podem apresentar atividades distintas, bem como diferenças morfológicas
(TAVARES et al., 2005).
Outros estudos com o óleos essenciais de quimiotipos diferentes tem sido relatados, como
no caso das espécies de Lippia alba, Ocimum gratissimum, Mentha piperita, Rosmarinus
officinalis (TAVARES et al., 2005; VIANNA, 2009; SOUSA et al., 2004a; MAFFEI,
MUCCIARELLI e SCANNERINI, 1993), indicando que fatores ambientais podem afetar as
características morfológicas e químicas de espécies vegetais.
A espécie P. myrsinites, foi estudada com seus três quimiotipos, conhecidos
popularmente como araçá encarnado, araçá preto e araçá amarelo. Neste trabalho foram
denominadas como: P. myrsinites 1 (araçá encarnado); P. myrsinites 2 (araçá preto) e P.
myrsinites 3 (araçá amarelo).
3.3.3 Psidium guajava L.
Psidium guajava
é considerada nativa do México
longo da
América do Sul, Europa, África e Ásia. A espécie cresce em todas as áreas tropicais
e subtropicais do mundo e adapta
áridos. É uma árvore pequena, que pode atingir 10m de altura e apresenta
pecioladas de
forma oval com lâmina proeminente
comprimento.
As flores são pouco vistosas,
numerosos (STONE
, 1970)
aproximadamente 5 cm
de
numerosas sementes branc
as
Esta é denominada comumente de goiabeira em português,
espanhol (LOZOYA
et al.
espontaneamente
em terrenos baldios, pastos e margem de estradas.
cultivada, em razão
de seus
comerciais para a
indústria alimentícia (
Os frutos da goiabeira (
devido às suas boas características organolépticas (sabor e aroma) como também nutricionais,
sendo considerados, portanto, alta fonte de vitamina C, teores de vitamina A e do grupo B,
A
Figura 2: A -
Foto da espécie
é considerada nativa do México
(RIOS et al
., 1977)
América do Sul, Europa, África e Ásia. A espécie cresce em todas as áreas tropicais
e subtropicais do mundo e adapta
-
se a condições climáticas diferentes, mas prefere climas
áridos. É uma árvore pequena, que pode atingir 10m de altura e apresenta
forma oval com lâmina proeminente
,
nervuras pinadas, 5
As flores são pouco vistosas,
talas
esbranquiçadas até 2 cm
, 1970)
. Os frutos são globosos, amarelo
s e
de
diâmetro e possuem um mesocarpo
rosa comestível
as
pequenas (GUTIÉRREZ, MITCHELL e
SOLIS
Esta é denominada comumente de goiabeira em português,
guava
em inglês e
et al.
, 2002) e é uma das
espécies mais comuns, crescendo
em terrenos baldios, pastos e margem de estradas.
de seus
frutos comestíveis,
em pomares domésticos ou plantações
indústria alimentícia (
LORENZI, 1992).
Os frutos da goiabeira (
P. guajava
L.) se destacam dentre os frutos tropicais não só
devido às suas boas características organolépticas (sabor e aroma) como também nutricionais,
sendo considerados, portanto, alta fonte de vitamina C, teores de vitamina A e do grupo B,
Foto da espécie
Psidium myrsinites 1; B - Foto da espécie
Psidium
Foto da espécie Psidium myrsinites 3
Fonte: Foto da autora
B
C
28
28
., 1977)
, mas estende-se ao
América do Sul, Europa, África e Ásia. A espécie cresce em todas as áreas tropicais
se a condições climáticas diferentes, mas prefere climas
áridos. É uma árvore pequena, que pode atingir 10m de altura e apresenta
folhas opostas,
nervuras pinadas, 5
-15 cm de
esbranquiçadas até 2 cm
e estames
s e
carnudos, com
rosa comestível
, que contém
SOLIS
, 2008).
em inglês e
guayabo em
espécies mais comuns, crescendo
em terrenos baldios, pastos e margem de estradas.
Ela é freqüentemente
em pomares domésticos ou plantações
L.) se destacam dentre os frutos tropicais não só
devido às suas boas características organolépticas (sabor e aroma) como também nutricionais,
sendo considerados, portanto, alta fonte de vitamina C, teores de vitamina A e do grupo B,
Psidium
myrsinites 2 e C -
29
29
como a tiamina e a niacina, fibras e minerais como fósforo, ferro e cálcio (VIEIRA et al.,
2008), possuem ainda alto conteúdo de licopeno, um importante carotenóide que ajuda no
combate a doenças cardiovasculares e possui características funcionais anticancerígenas
(BRAMLEY, 2002; LERICI, NICOLI e ANESE, 2000; SHI et al., 1999; VIEIRA et al.,
2008). Além dessas características benéficas, a goiaba é um fruto com excelente aceitação
para o consumo natural e de grande importância na indústria, em virtude do seu
aproveitamento na forma de vários produtos, como goiabadas, geléias, pastas, fruta em calda,
purê, alimento para criança, base para bebidas, refrescos, sucos e xaropes (VIEIRA, et al.,
2008).
Segundo Soubihe Sobrinho (1956) e Koller (1979), a goiabeira adapta-se aos mais
variados tipos de solo, entretanto devem ser evitados solos “pesados” e com drenagem
deficiente. Os solos mais propícios ao cultivo dessa árvore são aqueles areno-argilosos,
profundos, permeáveis, ricos em matéria orgânica e com pH em torno de 5,5 a 6,0 (MAIA,
GARCIA e LEITE, 1988; MEDINA, 1988). Além disso, fatores como condições climáticas,
práticas de plantio, o cultivar utilizado e o manuseio pós-colheita influenciam a vida útil e a
qualidade das frutas frescas da goiaba (PEREIRA et al., 2005).
Esta espécie é reconhecida popularmente como medicinal, sendo utilizada contra cólicas e
diarréias, tendo também ação diurética, além disso, o chá feito das folhas também é muito
utilizado para câimbras (MORALES et al., 1994, ALMEIDA et al., 1995; CARVALHO et
al., 2002; LUTTERODT, 1989; LOZOYA et al., 2002).
As frutas, folhas e cascas são tradicionalmente usadas como medicamentos herbácios e
incluem muitos usos terapêuticos inclusive amebicida, analgésico, vermífugo, anti-malarial,
antibacteriano, antiespasmódico, adstringente, antiinflamatório, contra algumas doenças
psíquicas e hiperglicemia. Outros usos medicinais documentados são calmante,
anticonvulsivante, estimulante digestivo e menstrual, antiséptico, antioxidante, depressor do
sistema nervoso central, febrífugo e um remédio tropical para infecções de orelha e olhos
(PENG, HSIEH e CHEN, 2008). Na parte do nordeste da Índia, Naga, várias tribos utilizam a
decocção das folhas frescas de P. guajava como um remédio para infecções contra vermes
intestinais (TEMGENMOGLA e ARUN, 2006).
Os extratos de raízes, cascas e folhas são usados para tratar gastroenterites, disenteria,
feridas, úlceras, dor de dente, tosse, dor de garganta, inflamação e várias outras condições
(MORTON, 1987).
30
30
Diversos estudos indicam a presença de óleo essencial nas folhas de P. guajava,
entretanto, essa composição química pode variar de acordo com a região onde ocorre a coleta.
Segundo Lima et al. (2009), a caracterização do óleo essencial por CG-EM, revelou a
presença de α-terpineol (0,9%), 1,8-cineol (7,0%), ß-cariofileno (7,2%) e óxido de cariofileno
(13,8%). Outros compostos como α-humuleno, ß-guaieno (CRAVEIRO et al., 1981;
OGUNWANDE et al., 2003; SILVA et al., 2003), ß-bisaboleno, aromadendreno, p-selineno,
α-pineno e trans-cariofileno (PINO et al., 2001; LI, CHEN e LUO, 1999; CHEN et al., 2007;
COLE e SETZER, 2007), têm sido descritos também para o óleo essencial de P. guajava.
Além do óleo essencial, as folhas de P. guajava apresentam compostos como
aminoácidos, triterpenóides (ácido oleânico, ácido ursólico, ácido catecólico, ácido
guayavólico, ácido maslínico, ácido elágico), esteróides, compostos fenólicos, saponinas,
carotenóides, ácidos voláteis [(E)- ácido cinamico e (Z)-3-ácido hexenóico], ácidos graxos,
cumarinas, taninos, flavonóides, β-sitosterol e lectinas (OPUTE, 1978; CUELLAR, LARA e
ZAYAS, 1984; IDSTEIN, BAUER e SCHREIER, 1985; MERCADANTE, STECK e
PFANDER, 1999; GUPTA, 1995; GONÇALVES et al., 2008; TEMGENMOGLA e ARUN,
2006; CHOMNAWANG et al., 2005; CORREA, 1984; ALONSO, 1998).
A atividade antimicrobiana de P. guajava é relatada em diversos estudos (JAIARJ et
al., 1999;
CHOMNAWANG et al., 2005; QADAN et al., 2005;
ROBBERS, SPEEDIE e
TYLER, 1997;
VIEIRA et al., 2001;
CÁRCERES et al., 1993; SANTOS et al., 1998; LIMA
et al., 2010), onde se destacam a atividade dos extratos aquoso, hidroalcóolico e metanólico
sobre as linhagens de Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Sarcina lutea, Serratia
marcescens, Shigella flexneri, Staphylococcus albus, Staphylococcus aureus, Salmonella
enteritidis, e Bacillus cereus e atividade antifúngica contra Candida albicans, Candida krusei,
Candida parapsilosis e Candida stellatoidea e Aspergillus fumigatus, Arthrinium sacchari e
Chaetomium funicola (SANTOS et al., 1998; NASCIMENTO et al., 2000; GNAN e
DEMELLO, 1999; CÁRCERES et al., 1991, SATO et al., 2000).
Outras atividades como hipoglicemiante (JAIARJ et al., 1999); efeito anti-
proliferativo, antioxidante (MANOSROI, DHUMTANOM e MANOSROI, 2006;
SACCHETTI et al., 2005; HSIEH et al., 2007), anticarciogênico (CHEN et al., 2008),
atividade antinociceptiva (SHAHEEN et al., 2000; SANTOS et al., 1998; LUTTERODT,
1989), dentre outras, são relatadas para essa espécie.
3.4
Levantamento do gênero
O gênero Psidium
, conforme citado anteriormente, é constituído por mais de 150
espécies que são utilizadas muitos anos com diversos fins. O levantamento
estudo relata as
espécies mais estudadas do gênero
preparação,
atividades biológicas e farmacológicas
As informações contidas
nos últimos 10 anos (2000 a 2010),
disponíveis
na base de dados do sistema CAPES, através do acesso a mais de 50 revistas
indexadas. Outros bancos
de dados como o PubMed, Scirus, Scielo e Bireme
utilizados.
Figura 3:
Levantamento do gênero
Psidium
, conforme citado anteriormente, é constituído por mais de 150
espécies que são utilizadas muitos anos com diversos fins. O levantamento
espécies mais estudadas do gênero
Psidium
, bem como
atividades biológicas e farmacológicas
encontradas.
As informações contidas
nesse levantamento estão baseadas
nos trabalhos publicados
nos últimos 10 anos (2000 a 2010),
e
foram obtidas através de pesquisa em periódicos
na base de dados do sistema CAPES, através do acesso a mais de 50 revistas
de dados como o PubMed, Scirus, Scielo e Bireme
Figura 3:
Foto da espécie Psidium guajava
Fonte:
http://www.sulfotoclube.net
31
31
, conforme citado anteriormente, é constituído por mais de 150
espécies que são utilizadas muitos anos com diversos fins. O levantamento
realizado neste
, bem como
, as partes, tipo de
nos trabalhos publicados
foram obtidas através de pesquisa em periódicos
na base de dados do sistema CAPES, através do acesso a mais de 50 revistas
de dados como o PubMed, Scirus, Scielo e Bireme
, também foram
32
32
Tabela 1. Publicações sobre espécies de Psidium no período entre 2000 - 2010.
Espécie Parte Tipo de material Atividade Composição Referência
P. guajava Folhas Extrato aquoso
Atividade antioxidante - ABREU et al., 2006
Possível efeito vasoconstritor -
OLATUNJI-BELLO et al.,
2007
Potente atividade
anticoagulante
Ácido ferúlico, ácido
gálico e quercetina
HSIEH et al., 2007
Atividade antibacteriana -
PESEWU, CUTLER e
HUMBERA, 2008
Agente anti-LDL - HSIEH et al., 2007
Atividade antioxidante
Flavonóides e
compostos fenólicos
CHEN et al., 2007
Propriedade hepatoprotetora -
SAMBO, GARBA e
TIMOTHY, 2009
Atividade hepatoprotetora
Alcalóides,flavonóides,
glicosídeos, polifenóis,
saponinas e taninos
UBOH, OKON e
EKONG, 2010
Efeito hiperglicêmico quercetina
CHENG, SHEN e BEAWU,
2009
Atividade antidiarréica em
ratos
-
OJEWOLE, AWE e
CHIWORORO, 2008
Atividade anti-cancêr
quimiopreventiva
Compostos fenólicos PENG et al., 2010
Atividade anticancêr
Compostos fenólicos,
flavonóides e ácido
gálico
CHEN et al., 2007
Atividade hepatoprotetora
Carboidratos, taninos,
flavonóides, saponinas,
esteróides, proteínas
ROY, KAMATH e ASAD,
2006
33
33
(Cont.)
P. guajava Folhas
Extrato aquoso
Atividade
antidiarréica
Quercetina BIRDI et al., 2010
Atividade
antitumoral
Ácido gálico,
catequina,
epicatequina, rutina,
quercetina.
CHEN et al., 2009
Efeito espasmolítico
Flavonóides e
terpenóides
CHIWORORO e
OJEWOLE, 2009
Atividade anti -
hiperglicêmica
-
DEGUCHI e MIYAZAKI,
2010
Atividade anti-
rotavirus de símio
Taninos e
flavonóides
GONÇALVES et al., 2005
Efeito bacteriostático
sobre S. sanguinis, S.
mitis e Actinomyces
sp.
- FATHILAH et al., 2009
Extrato etanólico,
acetato de etila,
butanol e metanol
Atividade
antioxidante
-
TACHAKITTIRUNGROD
et al., 2007
Extrato de
acetona/éter de
petróleo
Inibição de α-amilase
pancreática
- KARTHIC et al., 2008
Extrato acetona/água
Atividade contra P.
acnes
- QADAN et al., 2005
34
34
(Cont.)
P. guajava Folhas
Extrato metanílico,
acetona e N-
dimetilformaldeído
Atividade
antimicrobiana
intensa contra
bactérias Gram-
positivas e fungos e
atividade
antibacteriana
moderada contra
bactérias Gram-
negativas
-
NAIR e CHANDA,
2007
Extrato hexânico
Atividade
antibacteriana contra
S. aureus e E. coli
-
GONÇALVES et al.,
2008
Extrato acetato de
etila
Atividade
antibacteriana contra
S. aureus e E. coli
-
GONÇALVES et al.,
2008
Extrato aquoso,
etanólico
Inibição da liberação
de cálcio intracelular
Taninos, antocianinas,
alcalóides, flavonóides,
esteróides e
triterpenóides
BELEMTOUGRI et
al., 2006
Extrato
Hidrometanólico
Atividade
antibacteriana frente
a B. cereus e S.
enteritidis de isolados
Morina-3-O-α-L-lix-o-
piranosideo Morina-3-
O-α-L-arab-o-
piranosideo;
Guaijavarina e
quercetina
ARIMA e DANNO,
2002
35
35
(Cont.)
P. guajava Folhas
Extrato metanólico,
acetato e aquoso
Atividade
antibacteriana frente
a três linhagens de S.
aureus resistente a
multidrogas
- ANAS et al., 2008
Extrato
hidroalcoolico
Atividade antifúngica
sobre cepas de C.
albicans e atividade
antibacteriana sobre
linhagens de
Streptococcus
-
ALVES et al., 2009
Diminui o
inotropismo do
miocardio
Taninos, fenóis,
triterpenos,
carotenóides, ácido
ascórbico
GARCIA,
NASCIMENTO e
SANTOS, 2003
Atividade antifúngica
sobre o gênero
Candida
- ALVES et al., 2006
Atividade
antimicrobiana
Cumarinas,
flavonóides,
triterpenóides e
elagitaninos
NASCIMENTO et al.,
2000
Atividade
antimicrobiana
- HOLETZ et al., 2002
Atividade
antiproliferativa
Quercetina KAWAKAMI et al., 2009
Extrato aquoso e
etanólico
Atividade contra E.
coli
-
VORAVUTHIKUNCHAI
et al., 2004
36
36
(Cont.)
P. guajava Folhas
Extrato metanol /
diclorometano e
aquoso
Atividade contra
microorganismos
que causam
infecções urogenitais
e sexualmente
transmissíveis
- VUUREN e NAIDOO, 2010
Extrato etanólico
Efeito inibitório
sobre glicoproteína P
- JUNYAPRASERT et al., 2006
Atividade
espamilítica
Ácido-20β-acetoxi-
2α,3β-dihidroxi-urs-
12-en-28-oico
BEGUM et al., 2002
Atividade
bacteriostática
-
PACHANAWAN,
PHUMKHACHORN e
RATTANACHAIKUNSOPON,
2008
Atividade
antioxidante
Ácido elágico MASUDA et al., 2003
Atividade
antioxidante
Compostos
fenólicos
LING et al., 2010
Atividade
antioxidante
Açúcares redutores;
flavonóides;
terpenóides;
saponinas; taninos e
glicosídeos
cardíacos
AYOOLA et al., 2008
Atividade
antiinflamatória
- CHOI et al., 2008
37
37
(Cont.)
P. guajava Folhas
Extrato etanólico
Atividade anti-stress -
LAKSHMI e
SUDHAKAR, 2009
Efeito bacteriostático
sobre S. mutans
Taninos
LIMSONG,
BENJAVONGKULCHAI
e
KUVATANASUCHATI,
2004
Extrato metanólico
Atividade
antidiabética em
ratos
- OH et al., 2005
Atividade
anticestódea
-
TEMGENMOGLA e
ARUN, 2006
Atividade contra S.
mutnas
Quercetina-3-O-α-L-
arabin-o-piranosideo
PRABU, GNANAMANI,
e SADULLA, 2006
Atividade
antibacteriana
- BETONI et al., 2006
Atividade
antibacteriana contra
S. aureus e E. coli
-
GONÇALVES et al.,
2008
Atividade
antibacteriana frente
a isolados
mutiresistentes
Gram-positivos
negativos
- CHAH et al., 2006
Atividade
antibacteriana e
antidiarréica
-
LIN, PUCKREE e
MVELASE, 2002
38
38
(Cont.)
P. guajava Folhas
Óleo essencial
Atividade
antibacteriana contra
S. aureus e S.
anatum
- GONÇALVES et al., 2008
Atividade repelente
contra baratas
- THAVARA et al., 2007
Moderado efeito
repelente contra o
mosquito Anopheles
stephensi Liston
Cariofileno, α-
pineno e eucaliptol
RAJKUMAR e JEBANESAN,
2007
-
Atividade
antiinflamatória
- KAMATH et al., 2008
-
Atividade
antimicrobiana
Morina, Morina-3-
O-lix-osideo,
Morina-3-O-arabin-
osideo, Quercetina,
e Quercetina-3-O-
arabinosideo
RATTANACHAIKUNSOPON
e PHUMKHACHORN, 2007
Cápsula
Efeito anti-
espasmódico a nível
clínico
Quercetina LOZOYA et al., 2002
P. guajava Casca
Extrato aquoso e
metanólico
Atividade
antimicrobiana
frente: B. subtilis;S.
aureus;E. coli; P.
aeruginosa; K.
pneumoniae; P.
vulgaris
Alta concentração
de taninos e baixa
concentração de
saponinas
ABDELRAHIM et al., 2002
39
39
(Cont.)
P. guajava Casca
Extrato aquoso
Efeito citotóxico -
BRANDELLI et al.,
2009
Atividade anti-
rotavirus de símio
-
GONÇALVES et al.,
2005
Extrato metanol
Baixa toxicidade
frente Artemia salina
-
AJAIYEOBA et al.,
2006
P. guajava Fruto
Extrato metanólico
Atividade
antioxidante
Compostos fenólicos,
pectinas
MAHATTANATAWEE
et al., 2006
Extrato metanólico e
diclorometano
Atividade
antioxidante
- THAIPONG et al., 2006
Extrato
hidroalcoolico
Atividade
antioxidante e
antimicrobiana
Taninos e
flavonóides
IHA et al., 2008
Suco
Efeito hiperglicêmico
em coelhos
- AGUILAR et al., 2003
Polpa -
Limoneno,
eucaliptol, geraniol,
α-pineno, α-ocimeno,
linalol, cariofileno, β-
cariofileno, β-
nerodiol, óxido de
cariofileno, dentre
outros.
CARASEK e
PAWLISZYN, 2006
40
40
(Cont.)
P. guajava Fruto
Casca e polpa
liofilizados
Atividade
antioxidante
-
JIMENEZ-ESCRIG
et al., 2001
-
Inibi a adesão de E.
coli em células
epiteliais
Lectinas
RODRÍGUEZ,
CRUZ e RÍOS, 2001
P. guajava Casca do fruto
-
Atividade
antioxidante
Compostos fenólicos
MARQUINA et al.,
2008
Extrato aquoso
Efeito hiperglicêmico
em ratos
- RAI et al., 2007
Atividade
hipolipidêmica,
hipoglicemiante e
antidiabética
-
RAI, MEHTA e
WATAL, 2010
P. guajava Sementes Extrato acetona -
1-O-3,4-dimetoxi-
fenil-etil-4-O-3,4-
dimetoxi, Cinamoil-6-
O-cinamoil-b-D-
glucopiranose
SALIB e MICHAEL,
2004
P. guajava Broto
Extrato aquoso,
metanpolico e
acetona
Atividade
microbicida frente a
E. coli e S. aureus
- VIEIRA et al., 2001
41
41
(Cont.)
P. guajava
Folha, raiz e casca do
caule
Extrato aquoso e
hidroalcoolico
Atividade
antibacteriana frente
S. aures e B. subtilis
Flavonóides,
esteróides e
triterpenóides
SANCHES et al.,
2005
P. guajava -
Óleo essencial
Prolonga o efeito
sedativo
- FAUTH et al., 2002
Inibição de
proliferação da
leucemia e de células
de carcinoma humano
-
BAKKALI et al.,
2008
Extrato metanólico
Atividade antifúngica
contra A. sacchari e
C. funicola
- SATO et al., 2000
Atividade
antibacteriana
Taninos, saponinas,
flavonóides e
glicosídeos
CHERUIYOT,
OLILA e
KATEREGGA, 2009
Extrato
Atividade antifúngica
contra C. albicans
-
MENEZES et al.,
2009
Extrato
diclorometano/metanol
Atividade anti-
inflamatória e anti-
tumoral
- KAILEH et al., 2007
Extrato aquoso
Efeito antiadesivo
sobre colonizadores
de placa dental
-
RAZAK, OTHMAN
e RAHIM, 2006
Agente antiglicativo - HSIEH et al., 2007
Extrato
etanólico
Atividade
antimicrobiana
-
HEMA,
KUMARAVEL e
ELANCHEZHIYAN,
2009
42
42
(Cont.)
Psidium cattleianum
Folhas
Extrato aquoso
Atividade
antibacteriana
-
BRIGHENTI et al.,
2007
Extrato hidroalcoolico
Não apresenta
atividade mutagênica
nem tem efeito
citotóxico
- COSTA et al., 2008
Partes aéreas Extrato metanólico
Atividade
antimicrobiana
- SOUZA et al., 2004
Frutos Óleo essencial
Atividade
antioxidante
β-cariofileno (22,5%),
neo-intermedeol
(14,2%), α-humuleno
(7,5%) e β-selineno
(10,1%)
MARIN et al., 2008
Polpa dos frutos Óleo essencial -
α-pineno, (Z)-3-
hexenol, (E)-β-
cariofileno, ácido
hexadecanóico
PINO et al., 2001
Psidium guineensis
Fruto
-
Fonte de compostos
bioativos
Quercetina, ácido
elágico
GONÇALVES,
LAJOLO e
GENOVESE 2010
Polpa congelada
Fonte de compostos
bioativos
Flavonóides e ácido
elágico livre
GONÇALVES et al.,
2010
- Óleo essencial
Atividade
anticonvulsivante
-
ALMEIDA,
NAVARRO e
BARBOSA-FILHO,
2001
- Óleo essencial
Prolonga o efeito
sedativo
- FAUTH et al., 2002
43
43
(Cont.)
Psidium pohlianum
Folhas Óleo essencial Atividade analgésica -
ALMEIDA,
NAVARRO e
BARBOSA-FILHO,
2001
- Óleo essencial
Prolonga o efeito
sedativo
- FAUTH et al., 2002
- Óleo essencial
Atividade
anticonvulsivante
-
ALMEIDA,
NAVARRO e
BARBOSA-FILHO,
2001
Psidium
friedrichsthalianum
Polpa dos frutos Óleo essencial -
(E)-β-cariofileno, α-
terpineol, α-pineno,
α-selineno, β-
selineno, α-copaeno
PINO, MARBOT e
VAÄZQUEZ, 2002
Psidium salutare Frutos Óleo essencial -
Limoneno, mirceno,
α-pineno
PINO, MARBOT e
VAÄZQUEZ, 2002
Psidium
rotundatum
Folhas Óleo essencial
Atividade inseticida
frente as larvas de
Aedes aegypti
1,8-cineol (28,0%); α-
pineno (18,3 %)
AGUILERA et al.,
2003
- Dados não especificados.
44
MATERIAL E MÉTODOS
45
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Material vegetal
As folhas de Psidium sobraleanum, Psidium myrsinites 1 , Psidium myrsinites 2 e
Psidium myrsinites 3 foram coletadas na fazenda Barreiro Grande, na Chapada do Araripe,
no município de Crato, Ceará. As folhas de Psidium guajava foram coletadas no Horto de
Plantas Medicinais e Aromáticas do Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais LPPN,
da Universidade Regional do Cariri URCA. Todas as amostras foram coletadas no horário
de 8 ás 10 horas da manhã.
As identificações botânicas dos espécimes foram realizadas pelo professor Dr. Marcos
Eduardo Guerra Sobral, da Universidade Federal de São João del-Rei UFSJ, Minas Gerais,
e pela professora Dr
a
Carolyn Elinore Barnes Proença, da Universidade de Brasília UNB,
Brasília.
As exsicatas encontram-se depositadas no Herbário Caririense Dárdano de Andrade-
Lima HCDAL da Universidade Regional do Cariri URCA, sob registro: Psidium guajava
L. (# 3930), Psidium myrsinites DC. A. (#4837, # 4838 e # 4839), Psidium sobraleanum
Proença Landrum (# 4840).
4.2 Obtenção do óleo essencial
As folhas frescas de Psidium sobraleanum (404 g), Psidium myrsinites 2 (512g),
Psidium myrsinites 3 (229g), Psidium myrsinites 1 (363 g) e Psidium guajava (400g) foram
colocadas, separadamente, em balão de vidro de 5 L, acrescida de 3 L de água destilada e
aquecida á destilação por 2 horas, em equipamento tipo Clevenger (Fig. 4). Em seguida, a
mistura água/óleo obtida foi separada, tratada com sulfato de sódio anidro e filtrada, o óleo
obtido foi mantido em refrigeração até o momento das análises (Fig. 5).
Figura 4.
Extração do óleo pelo método de hidrodestilação, (A) Aparelho tipo Clevenger
(B) Folhas em processo de extração.
(A) Aparelho tipo Clevenger
Extração do óleo pelo método de hidrodestilação, (A) Aparelho tipo Clevenger
(B) Folhas em processo de extração.
(A) Aparelho tipo Clevenger
(B) Folhas em processo de extração
Foto da autora
46
Extração do óleo pelo método de hidrodestilação, (A) Aparelho tipo Clevenger
e
(B) Folhas em processo de extração
Foto da autora
47
Figura 5. Metodologia de extração dos óleos essenciais do gênero Psidium.
Material vegetal
(Folhas frescas)
Hidrolato Óleo / Água
Óleo
Tratado com sulfato de
sódio anidro (Na
2
SO
4
) e
filtrado
Óleo essencial
Análise por
CG/EM
Solução aquosa
Desprezada
Extração por hidrodestilação
(aparelho tipo Clevenger)
48
4.3 Análise por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG/EM)
A análise da composição química dos óleos voláteis foi realizada em equipamento
Shimadzu CG-17A / EM QP5050A (sistema de CG/EM): DB-5HT, nas seguintes condições:
coluna de capilaridade (30 m x 0,251 mm); gás de transporte: hélio 1,7 mL/min; pressão da
coluna 107,8 kPa; velocidade linear = 47,3 cm/seg; fluxo total 24 mL/min; fluxo de
transportador 24 mL/min; temperatura do injetor 270 ºC; temperatura de detector 290 ºC;
temperatura da coluna 60 (2min) - 180 ºC (1min) a 4 ºC/min, então 180 - 260 ºC a 10 ºC/min
(10 min), operando com energia de ionização de 70 eV.
A identificação das substâncias foi realizada pela interpretação dos respectivos
espectros e por comparação com dados obtidos na literatura (ADAMS, 2001; ARIMURA
2004).
4.4 Atividade antimicrobiana
Os óleos essenciais obtidos foram submetidos à avaliação da atividade antimicrobiana
por meio de 3 métodos distintos: difusão em disco (Fig. 2 A), contato gasoso (Fig. 2 B) e
microdiluição (Fig. 2 C). Os ensaios foram realizados com seis linhagens bacterianas e três
cepas de leveduras padrões. As linhagens bacterianas utilizadas foram: Staphylococcus aureus
ATCC 12692; Escherichia coli ATCC 25922; Bacillus cereus ATCC 33018; Pseudomonas
aeruginosa ATCC 15442 e as linhagens multiresistentes isoladas de material clínico:
Staphylococcus aureus 358 e Escherichia coli 27. Os fungos utilizados foram: Candida
albicans ATCC 40006, Candida krusei ATCC 6538 e Candida tropicalis ATCC 40042.
As linhagens bacterianas padrões utilizadas, exceto as multiresistentes, foram cedidas
pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo
Cruz (FIOCRUZ), Ministério da Saúde. Os fungos, bem como as linhagens bacterianas
multiresistentes foram cedidas pelo Laboratório de Micologia Clínica da Universidade
Federal da Paraíba – UFPB.
49
4.4.1 Difusão em disco
Foi utilizado o método de difusão em disco (BAUER et al., 1966) adaptado por
Romeiro (2001) e Koneman et al. (1993). As linhagens bacterianas foram reavivadas em meio
Brain Heart Infusion (BHI) e incubadas por 24 horas a 35 ± 2 ºC, em seguida, foram
replicadas em placas de petri previamente preparadas com agar Muller-Hinton.
As leveduras foram reavivadas em meio Potato Dextrose Agar (PDA) e incubadas a
temperatura ambiente por um período de 24 horas, em seguida, foram replicadas em placas de
petri, previamente preparadas com PDA.
As placas de petri utilizadas neste ensaio, com 80 mm de diâmetro, foram preenchidas
com uma camada de agar de 3-4 mm de profundidade. O pH do meio foi ajustado entre 7,2 e
7,4 (NCCLS, 2003).
Após essa etapa discos de papel estéreis (6 mm de diâmetro) foram colocados sobre o
meio de cultura, eqüidistantes do centro da placa e entre si. A seguir, estes discos foram
embebidos na solução do material a ser testado, preparado em diferentes concentrações (10; 5;
2.5; 1.25; 0.6; 0.3%). As placas foram incubadas em estufa bacteriológica a 35 ± 2 ºC para
linhagens bacterianas e em temperatura ambiente para os fungos, e os resultados lidos com o
auxílio de uma régua milimetrada, após 24 e 48 horas para determinação da atividade
bacteriostática/fungiostática, bactericida/fungicida. Os resultados foram avaliados utilizando-
se os seguintes parâmetros: inativo (< 9 mm), parcialmente ativo (9 12 mm), ativo (12 18
mm) e muito ativo (> 18 mm) (RIOS, RECIO e VILLAR, 1998; LIMA, 1993; COLE, 1994;
ALVES et al., 2000).
4.4.2 Microdiluição
4.4.2.1 Concentração Inibitória Mínima (CIM)
A atividade antimicrobiana dos óleos foi avaliada, com base no documento M7-A6
para bactérias e para fungos documento M38-A (NCCLS, 2003). Foram utilizadas seis
50
linhagens de bactérias padrões, sendo duas Gram-positivas: Staphylococcus aureus ATCC
12692 e Bacillus cereus ATCC 33018 e duas Gram-negativas: Pseudomonas aeruginosa
ATCC 15442 e Escherichia coli ATCC 25922 e duas linhagens multiresistentes: Escherichia
coli (27) obtida de escarro, e Staphylococcus aureus (358), isolada de ferida cirúrgica. Os
fungos utilizado foram as leveduras : Candida albicans ATCC 40006; Candida krusei ATCC
6538 e Candida tropicallis ATCC 40042.
Previamente, as bactérias foram ativadas em meio Brain Hear Infusion Broth (BHI)
durante 24 h a 35 ± 2 ºC. Após este subcultivo procedeu-se a padronização do inóculo, que
consistiu na preparação de uma suspensão em BHI a 3,8%, cuja turvação fosse similar ao tubo
0,5 da Escala McFarland (1 x 10
8
UFC/mL). Em seguida, essa suspensão foi diluída a 1 x 10
6
UFC/ mL em caldo BHI a 10%, e volumes de 100 µL foram então homogeneizados nos poços
de uma placa de microdiluição acrescido de diferentes concentrações dos óleos, resultando
num inoculo final de 5 x 10
5
UFC/mL (HADACEK e GREGER, 2000; NCCLS, 2003 e
VILJOEN et al., 2003).
Os fungos foram reavivados em Caldo Sabouraud Dextrose (CSD) em temperatura
ambiente durante 24 h. Em seguida essas leveduras foram submetidas aos mesmos
procedimentos citados anteriormente.
Os óleos foram solubilizados inicialmente em água destilada e dimetilsufóxido
(DMSO) de forma a obter-se uma solução estoque de 1024 µg/mL, obtendo-se concentrações
finais dos óleos no meio de cultura de 512, 256, 128, 64, 32, 16 e 8 µg/mL. Os testes foram
efetuados em triplicata. As placas foram incubadas a 35 ± 2 ºC, durante 24 h.
As placas contendo bactérias foram reveladas com corante específico, a resazurina, um
indicador calorimétrico de óxido-redução (SALVAT, ANTONNACCI e FORTUNATO,
2001). Uma solução foi preparada com a resazurina sódica e água destilada na concentração
de 0,01% e realizada a leitura, onde 25 µL da solução indicadora foi adicionada em cada
cavidade e as placas foram incubadas por 1 h em temperatura ambiente. O controle negativo
do teste foi realizado com o caldo BHI.
Os resultados obtidos foram classificados segundo Aligianis et al. (2001) como: forte
inibição - CIM até 500 µg/mL; inibição moderada CIM entre 600 e 1500 µg/mL e fraca
inibição – CIM acima de 1600 µg/mL.
A leitura das placas com as cepas foi realizada através da visualização da turvação,
onde o aumento da turbidez ou opacidade no meio indica o crescimento de microorganismos
(LENNETTE et al, 1985). O CIM é definido como sendo a menor concentração capaz de
51
produzir proeminente inibição do crescimento da levedura, em relação à cavidade com
controle positivo.
A concentração inibitória mínima (CIM) foi definida como a menor concentração
capaz de inibir completamente o crescimento microbiano, nos poços de microdiluição
conforme detectado a olho nu. A leitura dos resultados para determinação da CIM foi
considerada como positivo para os poços que permaneceram com a coloração azul e negativa
os que obtiveram coloração vermelha.
4.4.2.2 Concentração Fungicida Mínima (CFM)
A concentração fungicida mínima foi realizada a partir de cada inóculo do teste anterior que
não apresentou crescimento e os controles positivos. Uma alçada de cada poço, ou seja, dos
poços onde foram determinadas as CIMs, foi subcultivada em placas de Potate Dextrose Agar
(PDA), devidamente identificadas. Após 24 horas de incubação a 35 ± 2ºC, realizou-se leitura,
com a finalidade de observação do crescimento das colônias. As leituras das CFMs foram
realizadas com base no crescimento dos controles, sendo considerada CFM, a menor
concentração da droga que impediu crescimento visível do subcultivo (SHADOMY, ESPINEL-
INGROFF e CARTWRIGHT, 1985).
4.5 Modulação
4.5.1 Contato Gasoso
Nesse ensaio foram testadas as concentrações: 50, 25, 12 e 6 %, obtidas a partir de
diluições com o tensoativo DMSO. Uma suspensão bacteriana, referente a 10
6
células/mL, foi
semeada com auxílio de swab estéril em placas de petri contendo meio de cultura PCA (Plate
Count Agar), previamente preparadas (INOUYE, TAKIZAWA e YAMAGUCHI, 2001).
52
Discos de antibióticos foram colocados sobre as placas de petri contendo os
microorganismos a serem testados. A seguir, um volume de 100µL de cada concentração foi
colocado na parte interna da tampa da placa de petri, de modo que os componentes voláteis
dos óleos pudessem interagir diretamente como o antibiótico, para avaliar se os mesmos,
possuíam efeito sinérgico ou antagônico. Para o controle negativo foi utilizado o DMSO
(Dimetilsulfóxido), usado para diluir as soluções teste, colocado sobre a tampa, e como
controle positivo foram utilizados discos de antibiótico.
Após a realização do ensaio, as placas de petri foram incubadas em estufa
bacteriológica a 35 ± 2 º por 24 horas, e em seguida realizada a leitura com auxílio de régua
milimetrada. Os antibióticos utilizados no ensaio foram os aminoglicosídeos amicacina
(30µg), gentamicina (10 µg) e tobramicina (10 µg).
4.5.2. Atividade moduladora
Para avaliar a atividade moduladora foram utilizados os CIM
s
dos óleos frente aos
antibióticos aminoglicosídeos (amicacina, canamicina, gentamicina e neomicina) e ao
cetoconazol e fluconazol. As linhagens bacterianas utilizadas foram inoculados em BHI a
10% e armazenados em estufa bacteriológica a 35 ± 2ºC por 24 horas. As cepas fúngicas
foram inoculadas em Caldo Sabourand Dextrose a 10% e mantidas em temperatura ambiente
até o momento do ensaio. O teste foi monitorado com um controle positivo contendo apenas
os antibióticos e os microorganismos (COUTINHO, 2008; SAGDIÇ, 2005).
Figura 6.
Métodos de análise
(C) Microdiluição.
(A) Difusão em disco
(C)
Microdiluição
Métodos de análise
s microbiológicas. (A) Difusão em disco
; (B)
(B) Contato gasoso
Microdiluição
– inoculação das linhagens
Fontes: Fotos da autora
53
; (B)
Contato gasoso e
54
4.5. Análise Estatística
Os valores de média e desvio padrão foram calculados para as amostras através da
utilização do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) for Windows
versão 16.0 (BISQUERRA, 2004).
55
55
RESULTADOS E DISCUSSÃO
56
56
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Levantamento do gênero Psidium
Os resultados obtidos para o levantamento dos estudos com espécies do gênero
Psidium, nos ultimos dez anos, estão representados através dos Gráficos 1, 2, 3 e 4. Apenas os
dados referentes à espécie P. guajava foram representados desta forma, este fato ocorreu, pois
esta espécie foi a que demonstrou maior número de estudos.
Dessa forma, de acordo com a análise dos gráficos, é possível observar que um total
de 91% dos trabalhos publicados com espécies do gênero Psidium, são referentes a espécie
Psidium guajava. Os estudos com esta espécie, em sua maioria (69%), são refentes a
trabalhos com as folhas, tendo como tipo de preparação mais estudada, os extratos aquosos
(28%), sendo a atividade antimicrobiana desta espécie a atividade biológica mais estudada
(34%), conforme os dados do levantamento realizado.
Gráfico 1.
Espécies do gênero
Gráfico 2.
Partes mais estudadas da espécie
8%
5%
3%
4%
Folhas
Cascas do fruto
Espécies do gênero
Psidium estudadas no período de 2000-
2010
Partes mais estudadas da espécie
Psidium guajava.
69%
4%
11%
Frutos
Cascas do caule
Cascas do fruto
Outras partes
Partes não identificadas
91%
9%
Psidium guajava
Outras espécies
57
57
2010
.
69%
Cascas do caule
Partes não identificadas
Psidium guajava
Outras espécies
Gráfico 3.
Tipo de preparação mais utilizadas com
Gráfico 4. Atividades
biológicas
34%
Extrato aquoso
Extrato hidrometanólico
Não identificados
2%
1%
3%
Antimicrobiana
Antidiarréia
Anticâncer
Repelente
Hepatoprotetora
Sem registro de atividade
Tipo de preparação mais utilizadas com
Psidium guajava.
biológicas
apresentadas pela espécie
Psidium guajava
28%
12%
11%
6%
5%
34%
4%
Extrato metanólico Extrato etanólico
Extrato hidrometanólico
Óleo essencial Outros tipos
34%
13%
4%
3%
6%
8%
24%
2%
Antimicrobiana
Antioxidante
Antiinflamatória
Antidiabética
Antivirótica
Hepatoprotetora
Outras atividades farmacológicas
Sem registro de atividade
58
58
Psidium guajava
.
Outras atividades farmacológicas
59
59
5.2 Constituintes químicos dos óleos essenciais
Os óleos essenciais das cinco espécies em estudo, submetidos à hidrodestilação,
obtiveram os seguintes rendimentos: 2,2% - P. sobraleanum; 0,16%- P. myrsinites 2; 1,3% -
P. myrsinites 3; 0,4% - P. myrsinites 1 e 0, 046% - P. guajava.
Na análise da composição química do óleo de P. myrsinites 1 foi possível identificar
96,9% dos constituintes, correspondendo a 21 substâncias (Tabela 2), sendo como composto
majoritário o acetato de nerila (32,7%). No óleo de P. myrsinites 3 (Tabela 2) foram
identificados 14 constituintes, totalizando 79,1% dos compostos identificados para este óleo,
destacando-se o majoritário acetato de nerila (35,7%).
O acetato de nerila apresenta diversas atividades biológicas, dentre elas: bactericida,
fungicida, antiparasitária, repelente de insetos, agente antitumoral, antioxidante, apresenta
atividade antimicrobiana, ação antivirótica, reduz a excitabilidade, ansiedade, e tensão, possui
propriedades antiespasmódicas, carminativas, estomáquicas, diaforéticas, sedativas,
antidepressivas e vermífugas (GOVIN et al., 2000; ITA et al., 2001; SUPPAKUL et al.,
2003; SOUSA et al., 2004b; MIMICA-DUKIC et al., 2004; KENNEDY et al., 2003;
HUANG et al., 2008; SCHNITZLER et al., 2008; REIS et al.,2009).
Além disso, o acetato de nerila está presente na constituição de outros óleos como em
espécies do gênero Ocimum, entre elas, Ocimum basilicum, Ocimum gratissimum, e Ocimum
sanctum e também se encontra no óleo de Melissa officinalis, sendo um dos compostos
responsáveis pelas atividades encontradas nestas e em outras espécies (MIMICA-DUKIC et
al., 2004; SUPPAKUL et al., 2003).
Para óleo de P. sobraleanum (Tabela 2), 65,3% dos compostos foram quantificados
perfazendo, um total de 15 substâncias identificadas, aparecendo o composto 1,8-cineol como
majoritário neste óleo.
O majoritário 1,8-cineol, além de se encontrado nestas espécies também está presente
na constituição dos óleos de espécies do gênero Salvia, no óleo de Malaleuca alternifólia e
Eucalyptus globulus. Este composto é responsável por diversas atividades, dentre elas:
potente atividade antibacteriana (ARANGO, SÁNCHEZ e GALVIS, 2004; TAKAHASH,
KOKUBO e SAKAINO, 2004; SONBOLI, BABAKHANI e MEHRABIAN, 2006), atividade
antimicótica contra fungos do gênero Candida e Malassezia, e é usado no tratamento de
infecções de pele (HAMMER, CARSON e RILEY, 2000; HAMMER, CARSON e RILEY,
60
60
2002; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002; NAVARRO et al., 1996; TAKAHASH,
KOKUBO e SAKAINO, 2004; SALARI et al., 2006; CERMELLI et al., 2008), atividade
sobre o carrapato Boophilus microplus (CHAGAS et al., 2002), bem como atividade
inseticida sobre Musca domestica (HALIM e MORSY, 2005), Pediculus humanus capitis
(YANG et al., 2004), além dos coleópteros Acanthoscelides obtectus (PAPACHRISTO e
STAMOPOULOS, 2004), Zabrotes subfasciatus e Callosobruchus maculatus (BRITO,
OLIVEIRA e DE-BORTOLI, 2006).
O óleo de Psidium myrsinites 2 foi analisado e um total de 20 substâncias foi
identificado (90,2%), apresentando a substância δ-cadinol (29,3%) como constituinte
majoritário (Tabela 2).
A substância δ-cadinol, majoritária neste óleo e presente em quantidades relativas em
outros óleos como o de Lippia Alba, Pinus ponderosa, Pinus resinosa, Pinus strobus,
Kadsura longipedunculata, Cryptomeria japonica é reponsável pela atividade antibacteriana e
antifúngica apresentada por eles, além de outras atividades como tripanocida e
antiinflamatória (KRAUZE-BARANOWSKA et al., 2002: NOGUEIRA et al., 2007;
MULYANINGSIH et al., 2010; CHENG, LIN e CHANG, 2005).
No óleo das folhas de P. guajava (Tabela 2), 11 constituintes foram identificados
(100%), no entanto o composto identificado como majoritário foi o limoneno (96,2%). Este
composto, amplamente estudado apresenta diversas atividades como inseticida, nematicida,
anticonvulsivante, e com atividade antimicrobiana (VIEGAS JÚNIOR , 2003; FALCÃO e
MENEZES, 2003; PASSOS et al., 2009; DUARTE et al., 2005; SCHUCK et al., 2001).
As espécies de Psidium apresentadas neste trabalho são ainda pouco estudadas, com
exceção da espécie P. guajava, fato que justifica a ausência de relatos químicos sobre essas
espécies. Contudo, outros estudos com espécies do gênero Psidium como Psidium
friedrichsthalianum, Psidium salutare, Psidium caudatum, Psidium pohlianum, P. guyanensis
e P. aff aerugineum, apresentaram compostos como: δ-cadineno, α–pineno, (E)-β-cariofileno,
α-terpineol, β-pineno, 1,8-cineol, mirceno, limoneno, terpinen-4-ol, β-pineno, ρ-cymene, α-
humuleno, linalol, у-eudesmol e β-eudesmol (SANTOS, RAO e SILVEIRA, 1996; SANTOS
et al., 1997; PINO, MARBOT e VAÄZQUEZ, 2002; PINO e QUERIS, 2008; YÁÑEZ et al.,
2002), que também estão presentes em alguns dos óleos supracitados.
Entretanto, a espécie P. guajava, muito bem estudada, possui diversos estudos que
retratam o perfil químico desta espécie, apresentando na composição química de seu óleo
essencial das folhas constituintes como: α-pineno, β-pineno, limoneno, mentol, álcool
61
61
isopropil, longicicleno, cariofileno, β-bisaboleno, cineol, óxido de cariofileno, β-copaneno,
farneseno, humuleno, selineno, cardineno e curcumeno (ZAKARIA e MOHD,1994; LI,
CHEN e LUO, 1999; GUTÍERREZ, MITCHELL e SOLIS, 2008).
Figura 7. Estruturas dos constituintes químicos majoritários presentes nos óleos das espécies
de Psidium.
Acetato de nerila
δ - cadinol
1,8 -cineol
Limoneno
OH
O
OAc
62
62
Tabela 2. Composição química dos óleos essenciais das folhas frescas das espécies do gênero Psidium.
Componente IK
Psidium
myrsinites 1
(%)
Psidium
myrsinites 2
(%)
Psidium
myrsinites 3
(%)
Psidium
sobraleanum
(%)
Psidium guajava
(%)
α-pineno 937 - - - 7,0 0,4
sabineno 972 - - - - 0,1
β-pineno 974 - - - 4,9 0,6
mirceno 989 - - - - 0,9
α-felandreno 1002 1,0 - - - -
δ-3-careno 1009 - 0,5 - - -
p-cimeno 1023 1,5 6,3 - - 0,6
limoneno 1028 - 3,2 - -
96,2
1,8-cineol 1031 22,0 1,1 6,3
16,2
-
γ-terpineno 1058 0,9 1,8 - - 0,3
terpinoleno 1087 0,5 1,0 - - 0,4
linalol 1098 9,0 - 2,9 - -
1-borneol 1163 0,6 - - - -
mentol 1167 0,9 - - - -
terpineno-4-ol 1176 8,0 6,5 3,4 - -
α-terpineol 1190 3,1 3,2 2,3 1,2 0,3
acetato de mentila 1294 1,2 - - 0,4 -
acetato de nerila 1362
32,7
-
35,7
- -
α-copaeno 1371 - 3,3 - - -
β-cubebeno 1385 - - - 0,8 -
β-elemeno 1387 - - - - 0,1
β-cariofileno 1410 0,9 1,6 0,8 0,6 -
germacreno D 1473 - - - - 0,2
63
63
(Cont.)
Componente IK
Psidium
myrsinites 1
(%)
Psidium
myrsinites 2
(%)
Psidium
myrsinites 3
(%)
Psidium
sobraleanum
(%)
Psidium guajava
(%)
γ -muuroleno 1501 - 4,0 - 0,5 -
δ-cadineno 1517 1,0 4,1 1,2 0,8 -
elemol 1548 - - - 8,4 -
germacreno B 1569 1,5 - 1,6 - -
óxido cariofileno 1572 - 3,7 - - -
espatulenol 1577 - - - 8,8 -
globulol 1582 - 1,6 - - -
viridiflorol 1592 0,6 2,0 1,4 1,3 -
guaiol 1600 0,9 0,9 0,9 1,7 -
1,10-di-epi-cubenol 1615 2,2 2,2 2,3 - -
α-cadinol 1627 5,3 8,8 11,8 8,8 -
δ-cadinol 1634 1,2
29,3
3,2 3,9 -
muurolol 1641 1,9 5,1 5,3 - -
TOTAL
96,9
90,2
79,1 65,3 100
- Ausência do constituinte
64
64
5.3 Atividade antibacteriana pelo método de difusão em disco.
Os resultados obtidos pelo método de difusão em discor estão apresentados na
Tabela 4 (p. 65).
Os valores obtidos neste ensaio foram classificados como muito ativo, ativo,
parcialmente ativo e inativo, de acordo com o tamanho dos halos obtidos e por
comparação com os parâmetros (RIOS, RECIO e VILLAR, 1998; LIMA, 1993; COLE,
1994; ALVES et al., 2000) apresentados na Tabela 3, abaixo.
Tabela 3. Descrição dos parâmetros de classificação de atividade dos óleos.
Tamanho do halo em milímetros
(mm)
Classificação
< 9 mm Inativo
Entre 9 a 12 mm Parcialmente Ativo
Entre 12 a 18 mm Ativo
> 18 mm Muito Ativo
O óleo de P. sobraleanum apresentou atividade (halo entre 12 e 18 mm) frente às
linhagens S. aureus ATCC 12692, S.aureus 358, E. coli 27 e P. aeruginosa ATCC
15442. No entanto, na comparação dos halos obtidos pelas soluções e os do controle,
apenas frente a P. aeruginosa ATCC 15442 foi possível observar que o halo obtido por
este óleo (16,5 mm) na maior concentração testada (10%), foi superior ao do controle
tobramicina (15 mm).
As demais linhagens, E. coli ATCC 25922 e B. cereus ATCC 33018, não foram
sensíveis a nenhuma concentração ensaiada, sendo o óleo inativo (halo < 9 mm) frente a
essas espécies bacterianas.
65
65
Tabela4. Atividade antibacterina de Psidium sobraleanum, Psidium myrsinites 1, Psidium myrsinites 2, Psidium myrsinites 3 e Psidium guajava
pelo método de difusão em disco.
Óleos Linhagens
Concentração/Diâmetro do halo (mm)
10%
5%
2,5%
1,25%
0,6%
0,3%
AMI. (30µ)
TOB. (10µ)
Psidium sobraleanum
S. a (ATCC 12692) 12,5±2,1 11,5±4,9 9,5±0,7 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 26
S. a (MR 358) 12,0±5,6 11,0±1,41 11,0±2,8 6,5±7,7 0,0±0 0,0±0 22 24
E. c (ATCC 25922) 6,5±8,4 6,0±7,0 6,0±6,3 0,0±0 0,0±0 0,0±0 15 20
E. c (MR 27) 14,0±0 7,0±1,4 7,0±0,7 6,0±4,2 0,0±0 0,0±0 24 25
P. a (ATCC 15442) 16,5±6,3 10,0±2,8 5,5±7,7 0,0±0 0,0±0 0,0±0 25 15
B. c (ATCC 33018) 6,5±8,4 6,5±7,0 6,0±7,0 6,0±5,6 0,0±0 0,0±0 24 20
Psidium myrsinites 1
S. a (ATCC 12692) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 26
S. a (MR 358) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 22 24
E. c (ATCC 25922) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 15 20
E. c (MR 27) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 25
P. a (ATCC 15442) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 25 15
B. c (ATCC 33018) 6,5±6,3 6,5±5,6 6,5±7,7 6,0±7,0 0,0±0 0,0±0 24 20
Psidium myrsinites 2
S. a (ATCC 12692) 9,5±0,7 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 26
S. a (MR 358) 9,5±3,5 7,0±1,4 6,5±7,7 0,0±0 0,0±0 0,0±0 22 24
E. c (ATCC 25922) 8,5±4,9 7,5±4,9 7,0±0 6,0±5,6 0,0±0 0,0±0 15 20
E. c (MR 27) 6,5±4,9 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 25
P. a (ATCC 15442) 6,0±7,0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 25 15
B. c (ATCC 33018) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 20
Psidium myrsinites 3
S. a (ATCC 12692) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 26
S. a (MR 358) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 22 24
E. c (ATCC 25922) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 15 20
E. c (MR 27) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 25
P. a (ATCC 15442) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 25 15
B. c (ATCC 33018) 7,5±6,3 6,5±4,9 6,0±4,9 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 20
Psidium guajava
S. a (ATCC 12692) 15,0±5,6 9,5±6,3 9,0±0,7 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 26
S. a (MR 358) 9,0±1,41 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 22 24
E. c (ATCC 25922) 7,5±6,3 7,0±5,6 6,5±6,3 0,0±0 0,0±0 0,0±0 15 20
E. c (MR 27) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 25
P. a (ATCC 15442) 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 25 15
B. c (ATCC 33018) 6,5±6,3 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 0,0±0 24 20
AMI. – Amicacina (30µg/disco); TOB. – Tobramicina (10 µg/disco).
S.aStaphylococcus aureus; E.c. – Escherichia coli; P.a – Pseudomonas aeruginosa; B.c – Bacillus cereus
66
66
Diversos estudos retratam a atividade antibacteriana do gênero Psidium sobre
linhagens patogênicas como P. aeruginosa e S. aureus (PESEWU, CUTLER e
HUMBER, 2008; NAIR e CHANDA, 2007; ANAS et al., 2008; NASCIMENTO et al.,
2000; HOLETZ et al., 2002), como a demonstrada nesse estudo.
A resistência ao óleo de P. sobraleanum, apresentada por E. coli, neste trabalho,
também foi demonstrada em outros estudo, onde essa linhagem mostra-se resistente a
várias drogas assim como a vários extratos vegetais (NASCIMENTO et al., 2000).
Os óleos de P. myrsinites 1 e P. myrsinites 3 foram classificados como inativos
(halo < 9 mm) frente às linhagens B. cereus ATCC 33018, E. coli ATCC 25922, E. coli
MR 27 e P. aeruginosa ATCC 15442 e não foram capazes de inibir o crescimento das
demais espécies bacterianas testadas.
Todos os halos apresentados pelo o óleo de P. myrsinites 1 frente aos
microorganismos S. aureus ATCC 12692, S. aureus MR 358, E. coli ATCC 25922, E.
coli MR 27, P. aeruginosa ATCC 15442 e B. cereus ATCC 33018 nas concentrações de
10%, 5%, 2,5%, 1,25%, 0,62% e 0,30% o proporcionaram qualquer atividade,
manifestando atividade classificada como inativa, ou seja, apresentaram em todos os
casos halos inferiores a 9mm.
Apenas as linhagens Gram-positivas S. aureus ATCC 12692 e S. aureus MR 358,
foram sensíveis ao óleo de P. myrsinites 2, ambas apresentando halos de inibição de 9,5
mm, sendo a atividade do óleo considerada parcialmente ativa (halo entre 9 e 12 mm)
nessas linhagens. A atividade do óleo frente às demais linhagens, E. coli ATCC 25922,
E. coli MR 27, P. aeruginosa ATCC 15442 e B. cereus ATCC 33018, foi classificada
como inativa (halo < 9 mm).
As linhagens S. aureus ATCC 12692, S. aureus MR 358 foram sensíveis as
soluções do óleo de P. guajava, sendo sua ação sobre as bactérias, classificada como
ativa (halo entre 12 e 18 mm) e parcialmente ativa (halo entre 9 e 12 mm),
respectivamente. O óleo de P. guajava não foi capaz de inibir o crescimento das
linhagens E. coli ATCC 25922, E. coli MR 27, P. aeruginosa ATCC 15442 e B.
cereus 33018, de maneira significativa (inibição ≥ 9 mm).
Os óleos essenciais de P. myrsinites 2 e P. guajava indicaram a capacidade de
inibir o crescimento de linhagens Gram-positivas, com destaque, atividade contra
espécies de S. aureus. Vários estudos comprovam atividade bacteriana de produtos
naturais das espécies do gênero Psidium sobre bactérias Gram-positivas, indicando
atividade não atividade antibacteriana contra S. aures, mas também sobre diversas
67
67
linhagens do gênero Streptococcus, dentre elas Streptococcus mutans, Streptococcus
sanguinis, Streptococcus mitis e Streptococcus sobrinus (BRIGHENTI et al., 2008;
PRABU, GNANAMANI e SADULLA, 2006; LIMSONG, BENJAVONGKULCHAI e
KUVATANASUCHATI, 2004; ALVES et al., 2009; FATHILAH et al., 2009).
Os melhores resultados neste ensaio foram obtidos pelos óleos de P.
sobraleanum e P. guajava. As diferenças encontradas pelos dados obtidos neste estudo
e os de outros trabalhos podem estar estar relacionados com diversos fatores: condições
de cultivo, meio de cultura, concentrações de substâncias testadas, dispersão e
emulsificação dos agentes utilizados (RÍOS e RECIO, 2005; NASCIMENTO et al.,
2007).
Através das atividades apresentadas nestes ensaios foi possível concluir que as
espécies estudadas têm a capacidade de inibir o crescimento de várias linhagens
patogênicas, destacando-se sua atividade sobre linhagens Gram-positivas, evidenciando
o grande espectro de ação bacteriana encontrado no gênero Psidium.
Todavia, vale salientar que os dados obtidos pelo método de difusão em disco,
apenas fornece dados preliminares, de caráter qualitativo. Uma vez que, à natureza
hidrófoba da maioria dos óleos essenciais de plantas, impede a difusão uniforme destas
substâncias através do meio de cultura (LAMBERT et al., 2001).
68
68
5.4 Atividade antibacteriana pelo método de contato gasoso
Os resultados obtidos por esse método estão apresentados nas Tabelas 5 a 9.
Tabela 5. Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium myrsinites 2.
Linhagens
Tratamento
Concentração/Diâmetro(mm)
50%
25%
12%
6%
DMSO
AMI.
TOB.
GEN.
P.
aeruginosa
ATCC
15442
AMI.+OEAP 24 23 22 22 -
20 21 20
TOB.+OEAP
23 20 20 19 -
GEN.+OEAP
20 19 19 18
-
S. aureus
ATCC
12692
AMI.+OEAP 35 33 30 29 -
29 21 25
TOB.+OEAP
30 30 28 25 -
GEN.+OEAP
30 28 28 27 -
OEAP Óleo essencial de araçá preto; AMI. Amicacina 30 µg; TOB. Tobramicina 10µg; GEN.
Gentamicina 10µg; DMSO – Dimetilsulfóxido; - Não houve inibição.
Os antibióticos testados em associação com o óleo essencial de P. myrsinites 2
apresentaram diferentes resultados. Para a linhagem P. aeruginosa ATCC 15442, o óleo
em associação com o aminoglicosídeo amicacina, demonstrou um efeito sinérgico,
aumentando a atividade do antibiótico em 20% na maior concentração testada. Contudo,
para o antibiótico tobramicina a porcentagem de incremento foi um pouco menor, 9,5%,
e para a gentamicina, o óleo não demonstrou nenhuma interferência na atividade deste,
já que o halo obtido se manteve o mesmo do controle positivo.
Os resultados obtidos frente à linhagem S. aureus ATCC 12692 demonstraram
que o óleo apresentou um efeito sinérgico frente a todos os antibióticos testados. Para a
amicacina, o óleo demonstrou um incremento de 20,6% na sua atividade, e de 42,85% e
20% para os antibióticos tobramicina e gentamicina, respectivamente.
69
69
Estes resultados indicam que a linhagem S. aureus foi mais sensível a interação
do óleo com os aminoglicosídeos ensaiados. Outros estudos evidenciam a ão
antibacteriana de óleos essenciais frente a S. aures e outras linhagens Gram-positivas,
apresentando em comum, com o óleo de P. myrsinites 2, o composto sequisterno, δ-
cadinol, majoritário neste óleo e presente em quantidades relativas em outros óleos
como o de Lippia Alba, Pinus ponderosa, Pinus resinosa, Pinus strobus, sendo um dos
responsáveis pela atividade antibacteriana e antifúngica apresentada por eles
(KRAUZE-BARANOWSKA et al., 2002: NOGUEIRA et al., 2007).
Tabela 6. Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium myrsinites 3.
Linhagens
testadas
Tratamento
Concentração/Diâmetro (mm)
50%
25%
12%
6%
DMSO
AMI.
TOB.
GEN.
P.
aeruginosa
ATCC
15442
AMI..+OEAA
24 24 24 22 -
20 21 20
TOB.+OEAA 20 20 19 19 -
GEN.+OEAA 20 20 19 19 -
S. aureus
ATCC
12692
AMI.+OEAA 28 27 26 26 -
29 21 25 TOB.+OEAA 26 26 25 25 -
GEN.+OEAA 26 23 23 23 -
OEAA Óleo essencial de araçá amarelo; AMI. Amicacina 30 µg; TOB. Tobramicina 10µg; GEN.
Gentamicina 10µg; DMSO – Dimetilsulfóxido; - Não houve inibição.
A análise realizada frente a P. aeruginosa ATCC 15442 indicou que o óleo de P.
myrsinites 3 mostrou um aumento da atividade da amicacina de 20%, entretanto
associado à gentamicina e tobramicina não apresentou nenhum efeito.
os resultados obtidos para S. aureus ATCC 12692 apontaram um incremento
de 23,8% para a associação com a tobramicina e 4% para a gentamicina, a associação
com a amicacina não apresentou efeito antagônico, reduzindo a atividade do antibiótico.
70
70
Tabela 7. Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium myrsinites 1.
Linhagens
testadas
Tratamento
Concentração/Diâmetro (mm)
50%
25%
12%
6%
DMSO
AMI.
TOB.
GEN.
P.
aeruginosa
ATCC
15442
AMI.+OEAE 25 24 22 22 -
20 21 20
TOB.+OEAE
21 21 20 20 -
GEN.+OEAE
20 20 19 19 -
S. aureus
ATCC
12692
AMI.+OEAE 28 27 26 25 -
29 21 25 TOB.+OEAE
28 27 26 23 -
GEN.+OEAE
27 23 22 21 -
OEAE Óleo essencial de araçá encarnado; AMI. – Amicacina 30 µg; TOB. Tobramicina 10µg; GEN.
– Gentamicina 10µg; DMSO – Dimetilsulfóxido; - Não houve inibição.
O óleo essencial de P. myrsinites 1 apresentou frente a P. aeruginosa ATCC
15442 um aumento da atividade do antibiótico de 25%, apenas em associação com a
amicacina, não indicando nenhuma interação frente aos demais antibióticos,
gentamicina e tobramicina.
Os antibióticos, tobramicina e gentamicina, associados ao óleo apresentaram
aumento da atividade frente à linhagem S. aureus ATCC 12692, tendo a tobramicina
obtido um incremento de 33,3%, e a gentamicina de 8%. O óleo de P. myrsinites 1, em
associação com o aminoglicosídeo amicacina promoveu uma diminuição da ação deste
antibiótico.
Os resultados obtidos pelos óleos de P. myrsinites 3 e P. myrsinites 1 podem
estar relacionados com a constituição química desses óleos, que apresentam como
composto majoritário o acetato de nerila, presente no óleo de P. myrsinites 1 na
proporção de 32,7% e no óleo de P. myrsinites 3 em 35,7%.
O acetato de nerila, composto majoritário destes óleos, é um éster terpênico,
presente em diversos óleos essenciais de várias espécies do gênero Ocimum, entre elas,
Ocimum basilicum, Ocimum gratissimum, e Ocimum sanctum. Esse gênero destaca-se
por apresentar diversas atividades farmacológicas, tais como: bactericida, fungicida,
antiparasitária e, até mesmo, como repelente de insetos, além de apresentar atividade
comprovada com agente antibacteriano e antifúngico (GOVIN et al., 2000; KÉITA et
al., 2001; SUPPAKUL et al., 2003).
71
71
Outra espécie muito empregada na medicina popular, Melissa officinalis,
também apresenta na constituição química de seu óleo o acetato de nerila. Essa espécie
também possui diversas atividades biológicas como: agente antitumoral, antioxidante,
apresenta atividade antimicrobiana, ação antivirótica, reduz a excitabilidade, ansiedade,
e tensão, possui propriedades antiespasmódicas, carminativas, estomáquicas,
diaforéticas, sedativas, antidepressivas e vermífugas (SOUSA et al., 2004; MIMICA-
DUKIC et al., 2004; KENNEDY et al., 2003; HUANG et al., 2008; SCHNITZLER et
al., 2008).
Tabela 8. Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium sobraleanum.
Linhagens
testadas
Tratamento
Concentração/Diâmetro (mm)
50%
25%
12%
6%
DMSO
AMI.
TOB.
GEN.
P.
aeruginosa
ATCC
15442
AMI.+OEAV 23 22 22 - -
20 21 20
TOB.+OEAV
20 20 19 - -
GEN.+OEAV
19 18 16 - -
S. aureus
ATCC
12692
AMI.+OEAV 27 25 24 - -
29 21 25 TOB.+OEAV
27 25 24 - -
GEN.+OEAV
25 21 21 - -
OEAV – Óleo essencial de araçá de veado; AMI. – Amicacina 30 µg; TOB. – Tobramicina 10µg; GEN. –
Gentamicina 10µg; DMSO – Dimetilsulfóxido; - Não houve inibição.
A linhagem P. aeruginosa ATCC 15442 se mostrou sensível apenas a
associação amicacina/óleo essencial de P. sobraleanum, apresentando um aumento da
atividade do antibiótico de 15%. Entretanto, para a linhagem S.aureus ATCC 12692 a
interação que promoveu o aumento do espectro de ação do antibiótico ocorreu na
associação com a tobramicina, ocasionando um aumento de 28,57%.
Alguns estudos com óleos essenciais de Malaleuca alternifolia e Eucaliptus
globulus, espécies com alto ter do monoterpeno 1,8-cineol, apresentam potente
atividade antibacteriana (ARANGO, SÁNCHEZ e GALVIS, 2004; TAKAHASHI,
KOKUBO e SAKAINO, 2004; SONBOLI, BABAKHANI e MEHRABIAN, 2006).
72
72
Além disso, o óleo de Malaleuca alternifolia possui atividade antimicótica contra
fungos do gênero Candida e Malassezia, e é usado no tratamento de infecções de pele
(HAMMER, CARSON e RILEY, 2000; HAMMER, CARSON e RILEY, 2002;
WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002). O óleo de Eucaliptus globulus, também
apresenta atividade antimicótica, é muito utilizado em irritações dérmicas, além de
apresentar atividade sobre bactérias e fungos (NAVARRO et al., 1996; TAKAHASHI,
KOKUBO e SAKAINO, 2004; SALARI et al., 2006; CERMELLI et al., 2008). Esse
composto, 1,8-cineol, também está presente no óleo essencial de P. sobraleanum,
composto majoritário deste (16,2%), sendo o possível responsável pela atividade
demonstrada anteriormente.
Tabela 9. Atividade antibacteriana do óleo essencial de Psidium guajava.
Linhagens
testadas
Tratamento
Concentração/Diâmetro (mm)
50%
25%
12%
6%
DMSO
AMI.
TOB.
GEN.
P.
aeruginosa
ATCC
15442
AMI.+OEG 23 23 23 23 -
20 21 20
TOB.+OEG 25 19 17 17 -
GEN.+OEG 18 17 17 17 -
S. aureus
ATCC
12692
AMI.+OEG 32 29 28 27 -
29 21 25 TOB.+OEG 31 25 24 18 -
GEN.+OEG 26 24 23 22 -
OEG – Óleo essencial da goiaba; AMI. Amicacina 30 µg; TOB. – Tobramicina 10µg; GEN.
Gentamicina 10µg; DMSO – Dimetilsulfóxido; - Não houve inibição.
A linhagem P. aeruginosa ATCC 15442 se mostrou sensível a associação
amicacina/óleo de P. guajava promovendo um aumento de 15% no efeito do antibiótico
e na associação com a tobramicina, promovendo um incremento de 19%. Todos os
antibióticos testados frente a S. aureus ATCC 12692 demonstraram efeito sinérgico
com o óleo. A associação do óleo com a amicacina promoveu um aumento de 10,3%,
enquanto que a tobramicina e a gentamicina obtiveram um incremento de 47,6% e 4%,
respectivamente.
73
73
A atividade antibacteriana observada pela associação dos antibióticos com o
óleo essencial de P. guajava pode estar relacionada com a sua composição química. Os
terpenos, presentes em óleos essenciais, são substâncias que apresentam várias
propriedades farmacológicas sendo utilizados como antimicrobianos, antiinflamatórios
e analgésicos (CASTRO et al., 2004). A substância limoneno, majoritário presentes no
óleo de P. guajava, encontrado na maioria das espécies aromáticas, apresenta ampla
atividade biológica como inseticida, nematicida, anticonvulsivante, e com atividade
antimicrobiana (VIEGAS JÚNIOR, 2003; FALCÃO e MENEZES, 2003; PASSOS et
al., 2009; DUARTE et al., 2005; SCHUCK et al., 2001). Além disso, muitos derivados
monoterpênicos, como o composto majoritário deste óleo, têm demonstrado atividades
sobre o SNC, incluindo sedativa, antinociceptiva e antidepressiva (SOUSA et al., 2007).
A linhagem Gram-positiva S. aureus ATCC 12692, foi sensível a todos os óleos
testados, em associação com os antibióticos amicacina, gentamicina e tobramicina,
dando um indicativo que as espécies do gênero Psidium apresentam a efeito sinérgico
com os aminoglicosídeos frente a linhagens Gram-positivas.
A atividade apresentada pelos óleos essenciais dessas espécies frente a
linhagens Gram-positivas, especialmente do gênero Staphylococcus é muito relevante,
visto que o aumento crescente da freqüência de S.aureus resistentes nos últimos anos
tem sido um problema (FREITAS, 2003; CATÃO et al., 2006). Alguns trabalhos
relatam o uso de produtos naturais como fonte de combate a resistência desses
microorganismos (NASCIMENTO et al., 2000; CATÃO et al., 2006; SILVEIRA et al.,
2006). Também foi possível observar que a linhagem Gram-negativa P. aeruginosa
ATCC 15442 foi sensível as interações entre os óleos e os antibióticos, apesar de
apresentar melhores resultados frente e associação com a amicacina.
Os melhores resultados obtidos frente a S. aureus, podem estar relacionados com
a sua maior susceptibilidade aos óleos essenciais, diferentemente do que ocorre com as
linhagens Gram-negativas, que possuem uma membrana externa com cadeias de
polissacarídeos hidrofílicos, que funcionam como uma barreira hidrofóbica para estes
óleos (MANN, COX e MARKHAM, 2000; TASSOU e NYCHAS, 1995). Contudo,
apesar dessa barreira, a linhagem Gram-negativa P. aeruginosa, foi sensível as
associações, assim como demonstrado em outros trabalhos com espécies do gênero
Psidium (ABDELRAHIM et al., 2002; CHERUIYOT, OLILA e KATEREGGA, 2009;
CHAH et al., 2006).
74
74
O aumento do efeito do antibiótico, causado pela interação com os óleos,
apresentado neste trabalho, pode ser explicado pela interação dos compostos presentes
no óleo e a membrana bacteriana. Os mecanismos de ação antibacteriana dos óleos
essenciais mais freqüentes envolvem componentes fenólicos de óleos, os quais
sensibilizam a bicamada lipídica da membrana celular e alteram a atividade dos canais
de cálcio, causando aumento da permeabilidade e liberação dos constituintes
intracelulares vitais (OUATTARA et al., 1997; KIM, MARSHALL e WEI, 1995;
BUCHBAUER e JIROVETZ, 1994; ISMAIEL e PIERSON, 1990).
Também podem ocorrer danos ao sistema enzimático do microrganismo
envolvido na produção de energia e na síntese de componentes estruturais, bem como a
destruição ou inativação de material genético (KIM, MARSHALL e WEI, 1995). Os
grupos hidroxilas fenólicos são bastante reativos e formam pontes de hidrogênio com
sítios ativos de enzimas-alvo, inativando-as (PORTE e GODOY, 2001).
75
75
5.5 Atividade antibacteriana por microdiluição
5.5.1 Concentração inibitória mínima (CIM)
As concentrações inibitórias mínimas obtidas pelos óleos de P. sobraleanum, P.
myrsinites 2, P. myrsinites 3, P. myrsinites 1 e P. guajava, estão representados na
Tabela 10.
O óleo essencial do P. myrsinites 2 apresentou uma CIM para S. aureus ATCC
12692 de 256 µg/mL; para S. aureus (MR 358) de 512 µg/mL; para E. coli (MR 27) a
CIM obtida foi de 64 µg/mL e para a linhagem B. cereus ATCC 33018, 256 µg/mL. As
demais linhagens, E. coli ATCC 25922 e P. aeruginosa ATCC 15442, a CIM obtida foi
considerada ≥ 1024 µg/mL.
De acordo com a classificação de Aligianis et al. (2001), os resultados obtidos
demonstram que as linhagens S. aureus ATCC 12692, S. aureus MR 358, E. coli MR 27
e B. cereus ATCC 33018, foram inibidas fortemente (CIM até 500 µg/mL) pelo óleo de
P. myrsinites 2 e apresentou inibição moderada (CIM entre 600 e 1500 µg/mL) frente a
E. coli ATCC 25922 e P. aeruginosa ATCC 15442.
O óleo de P. myrsinites 3 apresentou CIM de 512 µg/mL para duas linhagens
testadas, E. coli ATCC 25922 e P. aeruginosa ATCC 15442. Para as outras linhagens
testadas, S. aureus ATCC 12692, S. aureus (MR 358), E. coli (MR 27) e B. cereus
ATCC 33018 a CIM obtida foi 1024 µg/mL. A inibição do óleo frente às bactérias
Gram-negativas E. coli 25922 e P. aeruginosa 15442 foi considerada forte (MIC até
500 µg/mL), no entanto nas demais linhagens, S. aureus ATCC 12692, S. aureus (MR
358), E. coli (MR 27) e B. cereus ATCC 33018, obteve inibição moderada (MIC entre
600 e 1500 µg/mL).
As linhagens E. coli MR 27 e P. aeruginosa ATCC 15442 apresentaram para o
óleo essencial de P. myrsinites 1 uma CIM de 512 µg/mL, possuindo forte inibição
(MIC até 500 µg/mL) frente a essas linhagens. As demais linhagens testadas, S. aureus
ATCC 12692, S. aureus MR 358, E. coli ATCC 25922 e B. cereus ATCC 33018
apresentaram CIM 1024 µg/mL, apresentando, o óleo, uma inibição moderada (MIC
acima de 1600 µg/mL).
76
76
A CIM obtida para o óleo de P. sobraleanum frente à S. aureus ATCC 12692 e
S. aureus MR 358 foi de 64 µg/mL. As linhagens E. coli MR 27 e B. cereus ATCC
33018 obtiveram CIM igual a 32 e 16 µg/mL, respectivamente, E. coli ATCC 25922 e
P. aeruginosa
ATCC 15442 apresentaram CIM ≥ 1024 µg/mL.
Este óleo apresentou frente às linhagens Gram-positivas, S. aureus ATCC
12692, S. aureus MR 358 e B. cereus ATCC 33018, e frente à Gram-negativa E. coli
MR 27, uma forte inibição (CIM até 500 µg/mL), enquanto que para as linhagens,
Gram-negativas, E. coli ATCC 25922 e P. aeruginosa
ATCC 15442, demonstrou
inibição moderada (CIM entre 600 e 1500 µg/mL).
O óleo de P. guajava apresentou CIM 1024 µg/mL frente a S. aureus ATCC
12692, E. coli ATCC 25922 e P. aeruginosa ATCC 15442, apresentando inibição
moderada (CIM entre 600 e 1500 µg/mL). Para as duas linhagens Gram-positivas S.
aureus ATCC 6538 e B. cereus ATCC 33018 o CIM obtido foi de 64 e 32 µg/mL,
respectivamente, sendo a atividade do óleo classificada como forte (CIM até 500
µg/mL).
Os melhores resultados obtidos para análise através do CIM, foram apresentados
pelos óleos de P. sobraleanum e P. guajava, que possivelmente devem estar
relacionados com os constituintes majoritários, 1,8-cineol e limoneno, respectivamente,
presentes nesses óleos, vistos que estes apresentam relatos de atividade antimicrobiana
(ARANGO, SÁNCHEZ e GALVIS, 2004; TAKAHASHI, KOKUBO e SAKAINO,
2004; SONBOLI, BABAKHANI e MEHRABIAN, 2006; HAMMER, CARSON e
RILEY, 2000; NAVARRO et al., 1996; CASTRO et al., 2004; VIEGAS JÚNIOR,
2003; SCHUCK et al., 2001).
Vários trabalhos indicam a atividade do gênero Psidium contra diversas espécies
de bactérias patogênicas como S. mutans, B. subtillis, S. epidermidis, P. lundensis e B.
cereus (VIEIRA et al., 2001 ; SOUZA et al., 2004; BRIGHENTI et al., 2008; HEMA,
KUMARAVEL e ELANCHEZHIYAN, 2009). Os resultados obtidos neste estudo
foram superiores aos obtidos por Cheruiyot, Olila e Kateregga (2009), onde o extrato
metanólico de P. guajava apresentou CIM de 500 e 250 mg/mL frente as linhagens
como E.coli e P. aueruginosa.
77
77
Os estudos de Sanches et al. (2005) e Abdelrahim et al. (2002),com extratos de
espécies desse gênero,confirmam os resultados apresentados aqui para as linhagens S.
aures, E. coli e P. aeruginosa, onde os valores do CIM não superam 1500 µg/mL.
Todos os óleos testados apresentaram frente às linhagens Gram-negativas E. coli
ATCC 25922 e P. aeruginosa
ATCC 15442 uma CIM igual ou superior a 512 µg/mL,
indicando que esses óleos possivelmente apresentam ação frente as essas linhagens
em altas concentrações. Esta inibição moderada frente a linhagens desse grupo pode ser
explicada por causa das características específicas atribuídas a ele, pois a membrana
externa das bactérias Gram-negativas apresenta uma barreira à penetração de inúmeras
moléculas, e o espaço periplasmático contém enzimas, que são capazes de quebrar
moléculas estranhas a partir do exterior (SANCHES et al., 2005).
78
78
Tabela 10. Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos óleos essenciais de Psidium
sobraleanum, Psidium myrsinites 1, Psidium myrsinites 3, Psidium myrsinites 2 e
Psidium guajava.
Amostras testadas / Concentrações obtidas (µg/mL)
Bactérias
testadas
Psidium
myrsinites
2
Psidium
myrsinites
3
Psidium
myrsinites 1
Psidium
sobraleanum
P. guajava
S. aureus
ATCC
12692
256 ≥1024 ≥1024 64 ≥1024
S. aureus
MR 358
512 ≥1024 ≥1024 64 Z
E. coli
ATCC
25922
≥1024 512 ≥1024 ≥1024 ≥1024
E. coli
MR 27
64 ≥1024 512 32 Z
B. cereus
ATCC
33018
256 ≥1024 ≥ 1024 16 64
P.
aeruginosa
ATCC
15442
≥1024 512 512 ≥1024 ≥1024
S. aureus
ATCC 6538
Z Z Z Z 32
Z – não apresentou atividade
79
79
5. 5.2 Atividade moduladora
A atividade moduladora foi realizada apenas para os óleos que apresentaram
CIM inferior a 512 µg/mL. Sendo assim, apenas os óleos de P. sobraleanum, P.
myrsinites 2 e P. guajava foram submetidos a esse ensaio. Os resultados obtidos estão
apresentados nas tabelas 11 a 13.
Tabela 11. Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium sobraleanum.
OEAV
Linhagens/CIM
Antibiótico
(1024
µg/mL)
[8µg/mL]
S.aureus
ATCC
12692
C+
[8µg/mL]
S.aureus
MR 358
C+
[4µg/mL]
E.coli
MR 27
C+
[2µg/mL]
B.cereus
ATCC
33018
C+
Canamicina 128 32 32 64 16 64 16 8
Amicacina 64 32 32 8 16 16 8 16
Gentamicina
16 8 4 8 2 8 8 2
Neomicina 64 32 32 8 8 32 64 16
OEAV – Óleo de araçá de veado
O óleo de P. sobraleanum testado frente a S. aureus ATCC 12692 não mostrou
efeito sinérgico em associação com nenhum dos antibióticos testados. Quando
comparado com os controles observou-se que o efeito apresentado é antagônico, que
ele apresenta uma diminuição da atividade do antibiótico.
A linhagem S. aureus (MR 358) também foi utilizada frente ao óleo de P.
sobraleanum e a associação com os antibióticos demonstrou um efeito antagônico em
associação com a canamicina, amicacina e neomicina, e sinérgico frente à gentamicina.
O óleo indicou atividade frente a E. coli (MR 27) apresentando, em associação
com os antibióticos canamicina, gentamicina e neomicina, um aumento da atividade
desses aminoglicosídeos. Contudo, em associação com a amicacina, o óleo não
apresentou nenhuma interferência sobre a ação do mesmo frente à linhagem testada.
80
80
A linhagem B. cereus ATCC 33018 se mostrou sensível as associações do óleo
com os antibióticos. A associação com a amicacina e gentamicina promoveu um
aumento do espectro de ação e com a canamicina e neomicina demonstrou uma
diminuição da ação dos mesmos.
Tabela 12. Atividade moduladora do óleo essencial Psidium myrsinites 2.
OEAP
Linhagens/CIM
Antibiótico
(1024 µg/mL)
[32 µg/mL]
S.aureus
ATCC 12692
C+
[8µg/mL]
E.coli
MR27
C+
[32 µg/mL]
B.cereus
ATCC 33018
C+
Canamicina 32 32 8 64 8 8
Amicacina 128 32 8 16 ≥1024 16
Gentamicina 4 8 2 8 8 2
Neomicina 8 32 16 32 16 16
OEAV – Óleo de araçá de veado
O óleo essencial de P. myrsinites 2, testado frente a S. aureus 12692 demonstrou
atividade em associação com todos os antibióticos usados, com a gentamicina e
neomicina o óleo promoveu um aumento da atividade do antibiótico, porém com a
amicacina o efeito obtido foi o inverso, houve uma diminuição da ação. A associação
com a canamicina não apresentou nenhum tipo de interação.
O ensaio também foi realizado frente à linhagem E. coli (MR 27), obtendo-se
para todas as associações óleo/antibiótico um efeito sinérgico que promoveu um
aumento da atividade dos aminoglicosídeos. Entretanto, frente à linhagem B. cereus
ATCC 33018 essa associação apresentou interação com o antibiótico gentamicina,
promovendo um efeito antagônico, para os demais antibióticos o óleo não modificou
seus espectros de ação.
81
81
Tabela 13. Atividade moduladora do óleo essencial de Psidum guajava.
OEG
Linhagens/CIM
Antibiótico
1024 µg/mL
[4 µg/mL]
S.aureus
ATCC 6538
C+
[8 µg/mL]
B.cereus
ATCC 33018
C+
Canamicina 16 128 32 8
Amicacina 32 64 64 16
Gentamicina 4 128 16 2
Neomicina 8 128 32 16
OEG – Óleo da goiaba
.
A linhagem S. aureus ATCC 6538 foi sensível a todas as associações óleo de P.
guajava /antibiótico, indicando em todos os casos um aumento da atividade dos
aminoglicosídeos. No entanto, observou-se para a linhagem B. cereus ATCC 33018, um
efeito antagônico, caracterizado pela diminuição do espectro do antibiótico.
Os resultados do ensaio da atividade moduladora indicaram que o óleo de P.
sobraleanum, apenas frente à linhagem S.aureus ATCC 12692, apresentou efeito
antagônico nas associações com todos os antibióticos usados. Além disso, o óleo de P.
myrsinites 2, testado frente a E. coli (MR 27), assim como o óleo de P. guajava frente a
S. aureus ATCC 6538, indicaram ação sinérgica nas associações com todos os
aminoglicosídeos .
Estes resultados indicam que todos os óleos usados neste ensaio apresentaram
sinergismo com um ou mais antibióticos, frente à pelo menos uma linhagem testada,
demonstrando que essa associação pode promover benefícios, diminuindo a resistência
dos patógenos a
os antibióticos, tornando-se alternativas interessantes no combate a esses
microorganismos (LU et al., 2007; MBWAMBO et al., 2007).
O sinergismo apresentado por esses óleos confirmam os dados encontrados em
outros estudos, que demonstram que produtos naturais e vários compostos, têm
atividade direta contra muitas espécies de bactérias, reforçando a atividade de um
antibiótico específico, revertendo à resistência natural de bactérias específicas aos
antibióticos administrados, promovendo a eliminação de plasmídeos de bactérias como
82
82
Escherichia coli, e inibindo as funções de transporte da membrana plasmática em
relação aos que receberam antibióticos (JANA e DEB, 2006; SMITH et al., 2007).
A relação de interação entre óleo e antibiótico acontece de diversas maneiras,
mas comumente ocorre pela na membrana, onde o óleo essencial pode interagir e afetar
a membrana plasmática dos microorganismos, interferindo com a atividade da cadeia
respiratória e da produção de energia (RODRIGUES, COSTA e COUTINHO, 2010),
tornando-a mais permeável à absorção dos antibióticos, e promovendo à fuga de
constituintes vitais da célula bacteriana (BURT , 2004; JUVEN et al, 1994).
Diante dos resultados obtidos pelos óleos em todos os métodos avaliados, é
possível obter conclusões e realizar comparações.
As possíveis diferenças obtidas pelos métodos de contato gasoso, de atividade
moduladora e concentração inibitória mínima (CIM) estão relacionadas com a interação
ocorrida entre os microorganismos, os antibióticos e os óleos.
No método de contato gasoso a interação ocorre de maneira indireta, pois as
substâncias voláteis do óleo reagem com o antibiótico sem o contato direto de suas
substâncias. O mecanismo pelo qual ocorre esse tipo de interação pode ser pelo
enfraquecimento do sistema de enzimas bacteriano, que é um potente mecanismo de
ação, e pode acontecer devido a absorção de vapor direta pelos microorganismos e pela
absorção do vapor no meio (WENDAKOON e SAKAGUCHI, 1995; RODRIGUES,
COSTA e COUTINHO, 2010), promovendo dessa forma a morte do microorganismo.
Todavia, nos métodos de atividade moduladora e CIM, os antibióticos, os óleos
e os microorganismos interagem diretamente durante o período de crescimento das
linhagens, possibilitando uma maior reação das substâncias contidas nos óleos com os
antibióticos.
5.6 Atividade antifúngica pelo método de difusão em disco
Os resultados das atividades antibacteriana dos óleos pelo método de difusão em
agar estão representados na Tabela 14, abaixo.
83
83
Tabela 14. Atividade antifúngica pelo método de difusão em disco dos óleos de Psidium sobraleanum, Psidium myrsinites 2, Psidium myrsinites
1, Psidium myrsinites 3 e Psidium guajava.
Óleos Cepas
Concentração/Diâmetro do halo (mm)
10% 5% 2,5% 1,25% 0,6% 0,3%
CET.
(10%)
Psidium
sobraleanum
C. a (ATCC
40006)
14,5±0,70 9,5±0,70 7,5±0,70 10,5±0,70 8,0±1,41 0,0±0,0
25
C. k (ATCC
6538)
12,5±0,70 8,5±0,70 8,0±1,41 6,5±0,70 0,0±0,0 0,0±0,0
16
C.t (ATCC
40042)
11,5±0,70 10,5±0,70 10,0±0,0 9,5±0,70 9,0±0,0 6,5±0,70
26
Psidium
myrsinites 1
C. a (ATCC
40006)
10,0±0,0 9,5±0,70 8,5±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0
25
C. k (ATCC
6538)
13,0±1,41 10,5±0,70 0,0±0,0 0,±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0
16
C.t (ATCC
40042)
9,0±0,0 8,5±0,70 7,0±1,41 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0
26
Psidium
myrsinites 2
C. a (ATCC
40006)
11,0±1,41 10,0±0,0 8,5±0,70 7,5±0,70 7,0±0,0 0,0±0,0
25
C. k (ATCC
6538)
14,0±0,0 11,5±0,70 9,0±0,0 8,5±0,70 0,0±0,0 0,0±0,0
16
C.t (ATCC
40042)
10,0±0,70 8,5±0,70 8,0±0,70 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0
26
Psidium
myrsinites 3
C. a (ATCC
40006)
9,0±0,0 7,5±0,70 7,0±0,0 7,0±1,41 0,0±0,0 0,0±0,0
25
C. k (ATCC
6538)
7,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0
16
C.t (ATCC
40042)
0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0
26
Psidium guajava
C. a (ATCC
40006)
12,0±0,0 8,5±0,70 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0
25
C. k (ATCC
6538)
9,0±0,0 8,5±0,70 7,0±0,0 6,5±0,70 0,0±0,0 0,0±0,0
16
C.t (ATCC
40042)
0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0 0,0±0,0
26
C.a – Candida albicans; C. k – Candida kusei; C.t – Candida tropicallis
CET. – Cetoconazol (10%)
84
84
O óleo essencial de P. sobraleanum apresentou atividade frente a todas as cepas
testadas. A cepa C. albicans ATCC 40006 apresentou inibição de 14,5 mm, enquanto
que para C. krusei ATCC 6538 e C. tropicalis ATCC 40042 a inibição foi de 12,5 e
11,5 mm, respectivamente, sendo todas as cepas classificadas como possuindo
sensibilidade intermediária. Entretanto, quando os resultados foram comparados com o
controle cetoconazol foi possível observar que o óleo não apresentou halo superior ao
do controle utilizado.
A atividade demonstrada neste estudo pelo óleo de P. sobraleanum pode estar
relacionada com a presença do composto 1,8-cineol presente como um dos majoritários
(16,2%) neste óleo. Esse constituinte apresenta diversas atividades, dentre elas
vasorelaxante, atividade antimicrobiana, antiinflamatória, larvicida, antioxidante e está
presente também nos óleos de Malaleuca alternifólia e em espécies do gênero Salvia
apresentando atividade antimicótica e antimicrobiana (SONBOLI, BABAKHANI e
MEHRABIAN, 2006; HAMMER, CARSON e RILEY, 2000; HAMMER, CARSON e
RILEY, 2002)
Os óleos de P. myrsinites 1 e P. myrsinites 2 também foram capazes de inibir o
crescimento de todas as cepas usadas. Em ambos, o melhor resultado foi obtido frente a
C. krusei ATCC 6538, onde para o óleo de P. myrsinites 1, o halo obtido foi de 13 mm e
para o P. myrsinites 2, 14 mm, sendo as cepas classificadas como apresentando
sensibilidade intermediária, bem como nos demais fungos que apresentaram os
seguintes halos de inibição: C. albicans ATCC 40006 10 mm para o óleo de P.
myrsinites 1 e 11 mm para o P. myrsinites 2 e C. tropicallis ATCC 40042 9 e 10 mm
para os óleos de P. myrsinites 1 e P. myrsinites 2, respectivamente.
As atividades apresentadas pelos óleos supracitados complementam as
atividades encontradas com outras espécies do gênero Psidium, sobre essas e outras
cepas de fungos (NAIR, KALARIYA e CHANDA, 2007; ALVES et al., 2006).
As cepas C. albicans ATCC 40006 e C. krusei ATCC 6538 foram sensíveis aos
óleos de P. myrsinites 3 e P. guajava, apresentando halos de inibição de 9 e 7 mm para
o primeiro e 12 e 9 mm para P. guajava, sendo as cepas em ambos os óleos,
classificadas como possuindo sensibilidade intermediária a estes. Apesar da
sensibilidade das outras cepas de Candida, a levedura C. tropicalis 40042 foi insensível
aos dois óleos ensaiados.
85
85
O melhor resultado obtido dentre todos os óleos testados foi o de P.
sobraleanum, que foi capaz de inibir o crescimento de todas as leveduras até a
concentração de 1,25%. No entanto, nenhum deles apresentou atividade superior ao
cetoconazol, usado como controle no ensaio.
Os resultados obtidos, pelo método difusão em disco, estão de acordo com
outros trabalhos que apresentaram atividade antifúngica frente a várias cepas fúngicas
(NAIR e CHANDA, 2007; ALVES et al., 2006; ALVES et al., 2009).
5.7 Atividade antifúngica por microdiluição
5.7.1 Concentração Inibitória Mínima (CIM)
Os resultados da concentração inibitória mínima (CIM) para os óleos essenciais
em estudo encontram-se na Tabela 15. Os dados obtidos foram classificados de acordo
com o trabalho de Menezes et al. (2009) que indica os seguintes critérios de aceitação
do CIM para antifúngicos: CIM abaixo de 100 mg/mL– boa atividade antifúngica; CIM
entre 101 e 500 mg/mL – Moderada atividade antifungica; CIM entre 501 e 1000
mg/mL– Fraca atividade antifúngica e CIM acima de 1001 mg/mL – Inativo.
Os óleos de P. myrsinites 2 e P. myrsinites 3 apresentaram uma CIM de 512
µg/mL para os três fungos testados, C. albicans ATCC 40006, C. krusei ATCC 6538 e
C. tropicalis ATCC 40042. De acordo com a classificação usada, os dois óleos
apresentaram boa atividade antifúngica (CIM abaixo de 100 mg/mL), frente às três
cepas testadas.
O óleo essencial de P. myrsinites 1 apresentou para as cepas C. albicans ATCC
40006 e C. krusei ATCC 6538 uma CIM de 512 µg/mL, enquanto que para C. tropicalis
ATCC 40042, obteve CIM de 128 µg/mL. Este óleo apresentou boa atividade (CIM
abaixo de 100 mg/mL) frente a todas as cepas ensaiadas.
Todas as cepas testadas frente ao óleo de P. sobraleanum demonstraram
sensibilidade indicando uma CIM de: 256 µg/mL para C. albicans ATCC 40006 e C.
tropicalis ATCC 40042, e 128 µg/mL para C. krusei ATCC 6538. Nesse caso, o óleo de
P. sobraleanum apresentou boa atividade antifúngica (CIM abaixo de 100 mg/mL).
86
86
A concentração inibitória mínima (CIM) do óleo essencial de P. guajava foi de
512 µg/mL para todos os fungos testados, C. albicans ATCC 40006, C. krusei ATCC
6538 e C. tropicalis ATCC 40042, demonstrando a boa atividade (CIM abaixo de 100
mg/mL) deste óleo frente às cepas ensaiadas.
Todos os óleos testados apresentaram boa atividade frente aos três fungos
utilizados, no entanto, os melhores resultados foram encontrados pelo óleo de P.
myrsinites 1, que apresentou CIM de 256 µg/mL frente a C. albicans ATCC 40006 e
C.tropicalis ATCC 40042 e CIM de 128 µg/mL frente a C. krusei ATCC 6538.
Esta atividade pode estar relacionada com a presença do constituinte 1,8-cineol,
majoritário neste óleo (16,2%), que apresenta comprovada atividade antifúngica
(SONBOLI, BABAKHANI e MEHRABIAN, 2006; ARANGO, SÁNCHEZ e
GALVIS, 2004; TAKAHASHI, KOKUBO e SAKAINO, 2004; SALARI et al., 2006;
CERMELLI et al., 2008).
Esses resultados apresentam grande relevância e indicam novos agentes
terapêuticos que podem ser utilizados no combate a infecções fungicas, que são de
difícil tratamento, fato relacionado à elevada resistência da Candida frente à ação de
alguns antifúngicos convencionais (ARAÚJO et al., 2004). Além disso, esses novos
agentes terapêuticos podem auxiliar na prevenção e no tratamento das infecções
fúngicas com eficácia, custos baixos e menores efeitos colaterais (MENEZES et al.,
2009).
A partir dos resultados obtidos da CIM foi realiza a atividade moduladora do
antibiótico para todos os óleos em estudo, que eles apresentaram CIM 512 µg/mL.
Em paralelo a esse ensaio também foi realizada a concentração fungicida mínima
(CFM), utilizada para confirmar a atividade do óleo.
87
87
Tabela 15. Concentração Inibitória Mínima dos óleos essenciais de Psidium myrsinites
2, Psidium myrsinites 3, Psidium myrsinites 1, Psidium sobraleanum e Psidium
guajava.
C.a. Candida albicans ; C.k.- Candida krusei; C.t. Candida tropicalis
5.7.2 Concentração Fungicida Mínima (CFM)
Esse ensaio foi considerado um teste confirmatório para a visualização do
crescimento ou não das cepas, evidenciando as atividades do óleo como fungiostático,
quando apenas interrompe o crescimento do fungo ou fungicida, quando inibi o
crescimento deste.
Os resultados obtidos indicam que todos os óleos utilizados, apenas foram
capazes de interromper o crescimento fúngico (Tabela 16), levando-se em consideração
apenas a CIM obtida por cada um deles no ensaio anterior.
Amostras testadas /Concentrações obtidas (µg/mL)
Fungos testados
Psidium
myrsinites
2
Psidium
myrsinites
3
Psidium
myrsinites 1
Psidium
sobraleanum
Psidium
guajava
C. a. ATCC 40006 512 512 512 256 512
C. k. ATCC 6538 512 512 512 128 512
C. t. ATCC 40042 512 512 128 256 512
88
88
Tabela 16. Concentração Fungicida Mínima (CFM) dos óleos essenciais das espécies
de Psidium.
Óleo Linhagens CFM (µg/mL)
Psidium myrsinites 2
C. albicans
ATCC 40006
≥ 512
C. krusei
ATCC 6538
≥ 512
C.tropicalis
ATCC 40042
≥ 512
Psidium myrsinites 1
C. albicans
ATCC 40006
≥ 512
C. krusei
ATCC 6538
≥ 512
C.tropicalis
ATCC 40042
≥ 256
Psidium myrsinites 3
C. albicans
ATCC 40006
≥ 512
C. krusei
ATCC 6538
≥ 512
C.tropicalis
ATCC 40042
≥ 512
Psidium sobraleanum
C. albicans
ATCC 40006
≥256
C. krusei
ATCC 6538
≥ 128
C.tropicalis
ATCC 40042
≥128
Psidium guajava
C. albicans
ATCC 40006
≥ 512
C. krusei
ATCC 6538
≥ 512
C.tropicalis
ATCC 40042
≥ 512
CFMConcentração Fungicida Mínima; C.a. Candida albicans ; C.k.- Candida krusei; C.t.
Candida tropicalis
89
89
5.7.3 Atividade moduladora
A atividade moduladora foi realizada apenas para os óleos que apresentaram
CIM 512 µg/mL, enquadrando os óleos essenciais das cinco espécies em estudo. Os
resultados podem ser observados nas Tabelas 17 a 21, abaixo.
Tabela 17. Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium myrsinites 2.
OEAP
Linhagens/MIC
Antibiótico
[32 µg/mL]
C.albicans
ATCC 40006
C+
[16 µg/mL]
C. krusei
ATCC 6538
C+
[32 µg/mL]
C. tropicalis
ATCC 40042
C+
Fluconazol 256 512
256 128
128 64
Cetoconazol
256 512
16 64 128 256
OEAP – Óleo essencial de araçá preto
O óleo de P. myrsinites 2 apresentou efeito sinérgico em associação com os dois
antifúngicos testados, cetoconazol e fluconazol, frente a C. albicans ATCC 40006. Nas
demais cepas, C. krusei e C. tropicalis, o óleo apresentou efeito antagônico na
associação com os antifúngicos.
90
90
Tabela 18. Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium sobraleanum.
OEAV
Linhagens/MIC
Antibiótico
[32 µg/mL]
C.albicans
ATCC 40006
C+
[16 µg/mL]
C. krusei
ATCC 6538
C+
[32 µg/mL]
C. tropicalis
ATCC 40042
C+
Fluconazol 256 512
256 32 128 128
Cetoconazol
256 512
8 8 64 64
OEAV – Óleo essencial de araçá de veado
Para o óleo de P. sobraleanum, a cepa C. albicans ATCC 40006, apresentou
sensibilidade a associação óleo/fluconazol e óleo/cetoconazol, sendo demonstrado um
efeito sinérgico. A associação do óleo com o fluconazol, frente à cepa C. krusei ATCC
6538 apresentou efeito antagônico, promovendo a diminuição do espectro de ão do
antifúngico. No entanto, em associação com o cetoconazol, frente à mesma cepa, o óleo
não promoveu nenhuma diferença na atividade apresentada por ele.
A associação do óleo com os antifúngicos, frente a cepa C. tropicalis ATCC
40042, não demonstrou nenhum efeito na ação destes antifúngicos.
Tabela 19. Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium myrsinites 1.
OEAE
Linhagens/MIC
Antibiótico
[32 µg/mL]
C.albicans
ATCC 40006
C+
[16 µg/mL]
C. krusei
ATCC 6538
C+
[32 µg/mL]
C. tropicalis
ATCC 40042
C+
Fluconazol 0,5 256
256 128
64 64
Cetoconazol
0,5 256
64 16 64 64
OEAE – Óleo essencial de araçá encarnado
91
91
O óleo essencial de P. myrsinites 1 apresentou efeito sinérgico em associação
com dois antifúngicos frente a C. albicans ATCC 40006. Na associação
óleo/antifúngico, esta promoveu efeito antagônico, com o cetoconazol e com o
fluconazol, frente a C. krusei ATCC 6538, entretanto frente a C. tropicalis ATCC
40042 a interação não apresentou nenhuma diferença nos resultados obtidos.
Tabela 20. Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium myrsinites 3.
OEAA
Linhagens/MIC
Antibiótico
[16 µg/mL]
C. krusei
ATCC 6538
C+
[32 µg/mL]
C. tropicalis
ATCC 40042
C+
Fluconazol 256 256
512 256
Cetoconazol
32 0,5 512 512
OEAA – Óleo essencial de araçá amarelo
A cepa C. albicans ATCC 40006, foi sensível a associação do cetoconazol e
fluconazol com óleo de P. myrsinites 3, esta interação promoveu um aumento da
atividade dos antifúngicos sobre essa cepa.
A interação entre o óleo e o cetoconozal sobre a cepa C. krusei ATCC 6538,
promoveu uma diminuição na atividade deste antifúngico, indicando uma relação de
antagonismo, porém a associação com o fluconazol não demonstrou nenhum efeito
sobre este fungo.
O óleo de P. myrsinites 3 em associação com o fluconazol promoveu um efeito
antagônico sobre a cepa C. tropicalis 40042, diminuindo a ação do antifúngico sobre
esta levedura. A associação com o cetoconazol frente a esta mesma cepa, no entanto,
não promoveu nenhuma diferença no espectro de ação deste antifúngico.
92
92
Tabela 21. Atividade moduladora do óleo essencial de Psidium guajava.
OEG
Linhagens/MIC
Antibiótico
[32 µg/mL]
C.albicans
ATCC 40006
C+
[16 µg/mL]
C. krusei
ATCC 6538
C+
[32 µg/mL]
C. tropicalis
ATCC 40042
C+
Fluconazol 16 128
256 128
512 256
Cetoconazol
64 128
32 8 512 256
OEG – Óleo essencial da goiaba
O óleo essencial de P. guajava não apresentou modulação da atividade em
nenhum dos antifúngicos testados sobre nenhuma das cepas usadas, C. albicans ATCC
40006, C. krusei ATCC 6538 e C. tropicalis ATCC 40042.
Estes resultados indicam que a maioria dos óleos testados não foram capazes de
modular a atividade dos antifúngicos usados ou apresentaram efeito antagônico em
associação com eles.
Apesar disso, os óleos de P. myrsinites 2, P. sobraleanum, P. myrsinites 1 e P.
myrsinites 3, promoveram, em associação com os antifúngicos cetoconazol e
fluconazol, efeito sinérgico frente à cepa de C. albicans ATCC 40006.
O uso de produtos naturais em associação com os recursos comercial disponíveis
tem sido freqüentemente documentado, demonstrando o uso combinado de produtos
naturais e medicamentos industrializados em tratamento de doenças respiratórias,
digestivas e acidente vascular cerebral (SHIN et al., 2007; CALVET-MIR, REYES-
GARCÍA e TANNER, 2008; VANDEBROEK et al., 2008).
93
CONCLUSÃO
94
6. CONCLUSÃO
Os resultados obtidos no presente trabalho permitem concluir que:
O levantamento bibliográfico indicou que a espécie P. guajava foi a mais estudada
dentre todas as outras espécies do gênero Psidium no período de 2000 a 2010.
Destacando-se os estudos com o extrato aquoso das folhas e a atividade
antimicrobiana desta espécie.
Os óleos essenciais das espécies do gênero Psidium apresentam constituição química
semelhantes.
Um total de 36 constituintes foram identificados nos cinco óleos estudados,
apresentando como majoritários os seguintes composto: acetato de nerila, para as
espécies Psidium myrsinites 1 (32,7%) e Psidium myrsinites 3 (35,7%); 1,8 cineol
(16,2%) para o óleo de Psidium sobraleanum; δ-cadinol (29,3%), para o óleo de
Psidium myrsinites 2 e limoneno (96,2%), para o óleo de Psidium guajava.
Todos os óleos apresentaram atividade antimicrobiana, mesmo que discreta, no
screening bacteriano e antifúngico, frente um dos microorganismos testados e em pelo
menos uma concentração.
Os óleos essenciais apresentaram atividade antimicrobiana proeminente, do ponto de
vista clínico. Todas as linhagens bacterianas foram sensíveis, com menor atividade
frente às linhagens Gram-negativas E. coli ATCC 25922 e P. aeruginosa
ATCC
15442.
Os fungos também apresentaram sensibilidade a todos os óleos ensaiados,
apresentando melhores resultados com o óleo de Psidium myrsinites 1, onde o CIM
obtido foi de 0,5 µg/mL.
95
Interferência dos óleos na atividade antimicrobiana foram observadas para todos os
aminoglicosídeos e antifúngicos analisados por microdiluição e contato gasoso, sendo
observada uma interação interessante de sinergismo na maioria das associações com
os óleos.
Os resultados obtidos indicam que os óleos essenciais das espécies do gênero Psidium
podem vir a ser potenciais agentes terapêuticos para o tratamento de patologias
causadas por agentes microbianos, atuando como antimicrobiano e modulador das
atividades de antibióticos.
Estes resultados fornecem uma contribuição para o conhecimento das características
químicas e das atividades biológicas das espécies do gênero Psidium.
96
REFERÊNCIAS
97
REFERÊNCIAS
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