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JOSÉ BONIFÁCIO PIRES JÚNIOR
AVALIAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA EM
BEZERROS RECÉM-NASCIDOS ORIUNDOS DE PARTOS
DISTÓCICOS OBTIDOS POR CESARIANA
RECIFE
2009
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA VETERINÁRIA
JOSÉ BONIFÁCIO PIRES JÚNIOR
AVALIAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA
EM BEZERROS-RECÉM NASCIDOS ORIUNDOS DE PARTOS
DISTÓCICOS OBTIDOS POR CESARIANA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciência Veterinária do
Departamento de Medicina Veterinária da
Universidade Federal Rural de Pernambuco,
como requisito para obtenção do grau de Mestre
em Ciência Veterinária.
Orientadora: Dra. Carla Lopes de Mendonça
RECIFE
2009
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA VETERINÁRIA
AVALIAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA
EM BEZERROS RECÉM-NASCIDOS ORIUNDOS DE PARTOS
DISTÓCICOS OBTIDOS POR CESARIANA
Dissertação de Mestrado elaborada por
JOSÉ BONIFÁCIO PIRES JÚNIOR
Aprovada em 19/Fevereiro/2009
BANCA EXAMINADORA
Dra. Carla Lopes de Mendonça
Orientador Clínica de Bovinos Campus Garanhuns/ UFRPE
Dr. José Augusto Bastos Afonso
Clínica de Bovinos Campus Garanhuns/ UFRPE
Profa. Dra. Maria José Sena
Departamento de Medicina Veterinária da/UFRPE
Prof. Dr. José Cláudio de Almeida Souza
Unidade Acadêmica de Garanhuns UAG / UFRPE
RECIFE
2009
Dedico este trabalho a minha família, que sempre deu
todo apoio de que precisei para chegar até aqui; aos
meus colegas e orientadores que sempre partilharam
os momentos de dificuldade durante a realização
deste trabalho e aos animais objetos deste estudo,
pela contribuição, mesmo que involuntária, ao
aprendizado e ao engrandecimento da Medicina
Veterinária.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela vida e pela minha profissão
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela Bolsa
concedida.
À minha mãe pelo apoio e participação em todos os momentos de minha vida
Agradeço a minha orientadora Dra. Carla Lopes de Mendonça pelo apoio e aprendizado
adquirido desde a época de estudante da graduação.
A minha esposa Rose pela compreensão e força durante a realização deste trabalho.
Aos amigos: Amanda Emília, Humberto Henrique Brito de Melo, Luiz Teles Coutinho, Luís
Carlos V.Simão (in memorian), pelo companheirismo e incentivo.
Aos Residentes da Clínica de Bovinos/UFRPE, Campus Garanhuns: Franklin Roosevelt
Dantas, André Luís Lopes Pereira e Aerlen Cynnara S. Vieira, que nos auxiliaram na colheita
das amostras.
A dona Selma e aos demais funcionários da Clínica de Bovinos de Garanhuns pela
colaboração durante o período de coleta das amostras e pela dedicação ao trabalho com os
animais.
Aos funcionários da biblioteca central da UFRPE e da UAG pela presteza e solicitude nos
momentos, que foram consultados.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Bezerro, logo após o parto por cesariana, ingerindo colostro. 23
Figura 02: Prova de imunodifusão radial demonstrando os diferentes diâmetros dos
halos, correspondendo as concentrações de imunoglobulina G, nos diferentes
momentos experimentais 24
Figura 03: Valores das medianas da concentração da Imunoglobulina G (IgG) (mg/dL)
de bezerros oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes
momentos experimentais, na primeira semana de vida 26
Figura 04: Valores das medianas da concentração da Proteína Total (g/dL) de bezerros
oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos
experimentais, na primeira semana de vida 28
Figura 05: Valores das medianas da concentração da fração gama globulina (g/dL) de
bezerros oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes
momentos experimentais, na primeira semana de vida 30
Figura 06: Valores das medianas da atividade sérica da gama glutamiltransferase (U/L)
de bezerros oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em
diferentes momentos experimentais, na primeira semana de vida 32
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Valores das medianas da concentração da Imunoglobulina G (IgG) (mg/dL)
de bezerros oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em
diferentes momentos experimentais, na primeira semana de vida. 26
Tabela 02: Valores das medianas da concentração da proteína total (g/dL) de bezerros
oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos
experimentais, na primeira semana de vida. 28
Tabela 03: Valores das medianas da concentração da fração gama globulina (g/dL) de
bezerros oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes
momentos experimentais, na primeira semana de vida. 30
Tabela 04: Valores das medianas da atividade sérica da gama glutamiltransferase (U/L)
de bezerros oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em
diferentes momentos experimentais, nos primeiros dias de vida. 32
SUMÁRIO
PÁG.
1- INTRODUÇÃO
10
2- REVISÃO DE LITERATURA
2.1- Imunidade neonatal dos bezerros
2.2- Estresse e transferência de imunidade passiva
2.3 - Avaliação da transferência de imunidade passiva
13
13
16
18
3- MATERIAL E MÉTODOS
3.1- Local de realização do trabalho
3.2- Animais
3.3- Momentos Experimentais
3.4 Colheita de material
3.5- Exames Laboratoriais
3.5.1- Determinação dos níveis de imunoglobulina G
3.5.2- Determinação da proteína total sérica
3.5.3- Determinação da fração gama globulina
3.5.4- Determinação da atividade da gama glutamiltransferase
3.6- Análise estatística
22
22
22
23
23
23
23
24
24
24
25
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1- Imunoglobulina G (IgG)
4.2- Proteína Total
4.3- Fração Gama Globulina
4.4- Atividade sérica da Gama Glutamiltransferase (GGT)
5- CONCLUSÃO
26
26
28
29
31
34
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
35
1 INTRODUÇÃO
A alta taxa de mortalidade de bezerros no primeiro mês de vida constitui um importante
fator limitante no desenvolvimento da pecuária nacional, sendo resultado de uma interação de
fatores, entre os quais, o estado imune dos animais; o manejo nutricional, higiênico e sanitário e,
os agentes infecciosos (RIBEIRO et al.,1983;FELL et al., 1999).
O rebanho nacional é composto por 169.900.049 bovinos, destes cerca de 26 milhões
encontram-se na região nordeste (IBGE, 2006). No Brasil, as informações ainda são escassas e
incompletas, especialmente no que diz respeito à identificação de pontos críticos relacionados
ao manejo de bezerros. Frois et al. (1994), trabalhando no estado de Minas Gerais, encontraram
taxa de mortalidade de 14,9%, decorrente de inadequada alimentação, de falhas no manejo e de
problemas sanitários.
As taxas de morbidade e de mortalidade de bezerros recém-nascidos são consideradas
de grande importância econômica nos sistemas de criação de bovinos leiteiros, pois estão
diretamente relacionadas ao sucesso da produção, comprometendo, em muitas situações futuros
estágios do desenvolvimento animal (FELL et al., 1999).
Em geral, índices de mortalidade de até 5% entre o nascimento e os três primeiros
meses de idade são considerados esperados (ROY, 1980). Trabalhos realizados na América do
Norte estimam que a mortalidade neonatal varie entre 6,5 e 22%, representando assim, perda
econômica significativa para a indústria leiteira (OXENDER et al., 1973; NIX et al., 1998).
Acredita-se que altas taxas de mortalidade são decorrentes do estresse da dificuldade do
parto. O procedimento da cesariana, resultante de casos de distocia materna e/ou fetal, é
bastante freqüente na clínica veterinária (COSTA et al., 2003). A mortalidade em bezerros é
quatro vezes maior em bezerros oriundos de partos distócicos, quando comparados a bezerros
nascidos de parto eutócico (LASTER & GREGORY, 1973). O conceito de que a
hiperadrenalinemia resultante do estresse possa suprimir a absorção de imunoglobulinas
colostrais foi relatado por alguns autores (JEFFCOTT 1972; STOTT, 1980; PERINO et al.
1995), sendo inclusive comprovado em neonatos de outras espécies animais (HALLIDAY,
1959), podendo alterar a permeabilidade das células intestinais, reduzindo desta forma a
absorção de imunoglobulinas colostrais.
Supõe-se que o estresse durante o período neonatal diminui a capacidade de absorção de
imunoglobulinas em bezerros (HALLIDAY, 1965.; STOTT et al.,1978). A eficiência da
absorção é reduzida, provavelmente, pela interrupção prematura do transporte macromolecular
(fechamento) em decorrência de concentrações elevadas de corticóides adrenais circulantes
(JEFFCOTT, 1972).
As primeiras 24 horas de vida representam o período de maior importância para o
reconhecimento de situações que poderão gerar futuros problemas de saúde no neonato
(FEITOSA et al, 2001a). A falha na transferência passiva da imunidade continua sendo um sério
problema para a criação de bezerros; apesar de muitos fatores, que contribuem para esta falha
serem extensamente estudados, ainda representa um entrave na profilaxia de doenças neonatais
(BARRINGTON & PARISH, 2002).
A falha na transferência passiva de imunoglobulinas é um sério e imediato problema em
bezerros, representando ainda um obstáculo a rentabilidade no setor agropecuário. (PERINO et
al., 1995).
A ocorrência de enfermidades neonatais, principalmente as diarréias e as doenças
respiratórias, têm sido relacionadas de maneira direta ou indireta ao sucesso da aquisição da
imunidade passiva, assim como o ganho de peso e conseqüentemente a produtividade futura do
animal (ROY, 1980; WITTUM & PERINO, 1995; MACHADO NETO et al, 1997, FEITOSA et
al., 2001a; BARRINGTON & PARISH, 2002). A exata avaliação da transferência passiva de
imunidade permite planejar o manejo preventivo a ser adotado nos animais de um rebanho
(TESSMAN et al, 1997).
Existe uma série de testes qualitativos e quantitativos para avaliar a transferência da
imunidade passiva em bezerros, sendo o mais preciso e específico, no entanto ainda bastante
oneroso, a determinação da imunoglobulina G (IgG) (TIZARD, 2000). Outros métodos
indiretos, mais baratos e eficazes têm sido recomendados por alguns autores, dentre estes a
determinação da concentração de proteína total sérica (WITTUM & PERINO, 1995; TYLER et
al., 1998) e a determinação quantitativa das frações protéicas presentes no soro, particularmente
a concentração da gama globulina (GARRY et al., 1993; FEITOSA et al., 2001b). A
determinação da atividade rica da gama glutamiltransferase (GGT) também vem sendo
recomendada por alguns autores, que verificaram correlação positiva entre os níveis desta
enzima e a concentração de imunoglobulina G nos primeiros dias de vida dos bezerros
(PERINO et al., 1993; PEIXOTO et al., 2002).
No Brasil, a avaliação da transferência de imunidade passiva em bezerros está bem
caracterizada, tendo em vista o registro de inúmeros trabalhos (FAGLIARI et al., 1996, 1998;
BORGES, 1997; COSTA 2000; FEITOSA et al., 2001b, PAULETTI et al, 2002; COSTA et al.,
2008), no entanto são escassas as informações, ou mesmo inexistentes, quanto à avaliação desta
em bezerros em que as mães foram submetidas à cesariana, decorrentes de situações de distocias
materno e/ou fetal.
Tendo em vista que o estresse possa interferir na absorção intestinal de imunoglobulinas
nas primeiras horas de vida, conforme confirmado em algumas espécies animais (STOTT et
al., 1976; ODDE, 1988; WITTUM & PERINO, 1995), este estudo teve por objetivo avaliar, por
meio de provas diretas e indiretas, a transferência da imunidade passiva em bezerros recém-
nascidos oriundos de partos distócicos (distocia materna e/ou fetal) obtidos por cesariana.
2 - REVISÃO DE LITERATURA
2.1- Imunidade neonatal dos bezerros
O
tipo de placenta presente nas fêmeas bovinas é epiteliocorial ou sindesmocorial, ou
seja, o epitélio coriônico fica em contato direto com os tecidos uterinos. Este tipo de placenta
impossibilita totalmente a passagem transplacentária das moléculas de imunoglobulinas, e os
recém-nascidos dessas espécies são dependentes dos anticorpos recebidos através do colostro
(TIZARD, 2000). A qualidade/quantidade de colostro ingerido e o tempo após o nascimento em
que esta ingestão ocorre são fatores vitais na determinação do perfil imunológico do bezerro
recém nascido (PERINO, 1997).
O colostro é fundamental no estabelecimento da imunidade passiva de bezerros jovens e
tem também, um importante papel na proteção intestinal. É rico em imunoglobulinas (Ig),
energia, vitaminas lipossolúveis (especialmente vitamina A) e traços minerais. A composição de
sólidos totais do colostro varia de 21 a 27% em comparação ao observado no leite (12 a 13%).
O mero de lactações, a raça e a duração do período de secagem influenciam no volume e na
concentração de imunoglobulinas do colostro. (PRITCHETT et al, 1991; TOMKINS &
JASTER, 1991).
Estão presentes três tipos de imunoglobulinas no colostro, IgG (IgG1 e IgG2), IgM e
IgA, representando aproximadamente 85 a 90%, 5% e 7%, respectivamente do total de
imunoglobulinas (LARSON et al., 1980; ROY, 1980).
A imunização passiva, através da absorção de imunoglobulinas presentes no colostro, é
considerada como o processo natural mais significativo para conferir proteção imunitária eficaz,
nas fases iniciais da vida do bezerro, que, nos bovinos, do mesmo modo que em outros
ruminantes, não ocorre transferência transplacentária de imunoglobulinas durante a gestação,
fazendo com que estes neonatos nasçam hipo ou agamaglobulinêmicos (ROBSON et al, 1988).
Os linfócitos maternos também podem ser transferidos para o feto através da placenta ou para os
animais recém-nascidos por meio do colostro. Acredita-se que estas células têm importância no
desenvolvimento da resistência neonatal frente às doenças, pois bezerros que mamaram colostro
desprovido destas células foram mais sensíveis que bezerros que mamaram colostro integral
(RIEDEL-CASPARI
&
SCHMIDT, 1991; LE JAN, 1996; TlZARD, 2000).
O
sistema imune
dos bezerros desenvolve-se precocemente na vida fetal. Pode-se observar linfócitos no sangue
periférico de fetos com 45 dias de gestação, assim como imunoglobulinas M (IgM) com 59 dias
e imunoglobulinas G (IgG) com 145 dias, apesar dos níveis de anticorpos serem muito baixos
ao nascimento. (OSBURN et al, 1974; TIZARD, 2000).
A quantidade de imunoglobulina absorvida pelo intestino do bezerro depende da
quantidade ingerida, da concentração de imunoglobulina e da eficiência da absorção
intestinal do colostro. A idade que o bezerro recebe o primeiro colostro e o modo como
esse colostro é oferecido compromete a eficiência da absorção e conseqüentemente a
transferência passiva de imunidade (RAJALA & CASTRÉN, 1995).
A transferência de imunidade passiva é um processo essencial nas espécies mamíferas
proporcionando ao neonato proteção durante um curto período de vida enquanto seu sistema
imunológico se estabiliza (LARSON et al, 1980). Foi observado que o epitélio intestinal de
várias espécies animais exerce um grau de seletividade na transferência de proteínas ao sangue,
o que parece ser dependente da presença de receptores, entretanto, o bovino neonato
aparentemente não exerce seletividade na absorção de proteínas (STALEY & BUSH, 1985;
TIZARD 2000). O processo de absorção parece requerer a ligação das imunoglobulinas a uma
membrana vesicular endocítica com posterior transporte através da célula e liberação do produto
no interior do vacúolo pela membrana celular basal (STALEY & BUSH, 1985). As
imunoglobulinas são captadas por pinocitose até os vasos linfáticos, migrando para a circulação
sanguínea pelo ducto torácico (PENHALE et al., 1973; BESSER & GAY, 1994). Este
mecanismo de transferência passiva inicia seu declínio aproximadamente 12 a 23 horas após o
nascimento e cessa em média às 24 horas. (McCOY et al, 1970; STOTT et al, 1979a)
O
intestino dos ruminantes não apresenta permeabilidade seletiva logo após o
nascimento e, todas as classes de imunoglobulinas são absorvidas, embora a IgA seja
gradualmente re-excretada (TIZARD, 2000). O período no qual o intestino delgado é
permeável varia entre as espécies e entre as classes de imunoglobulinas e é um fator crucial
para a absorção de anticorpos. Em geral a permeabilidade é maior imediatamente após o
nascimento e começa a declinar após seis horas, provavelmente devido às células
intestinais, que absorvem imunoglobulinas serem substituídas por uma população de
células mais maduras. De maneira geral, a absorção de todas as classes de imunoglobulinas
terá um declínio para níveis relativamente baixos em aproximadamente 24 horas (STOTT
et al, 1979a; BUSH
&
STALEY, 1980; TIZARD, 2000; RADOSTITS et al; 2007).
Penhale
et al., (1973) concluíram que há um fechamento gradual e progressivo do mecanismo de
absorção de imunoglobulinas que opera independentemente para cada classe. Estima-se que o
fechamento aconteça em aproximadamente 16h, 22h e 27h para IgM, IgA e IgG
respectivamente. Observou-se também que a IgM parece ser absorvida mais lentamente que a
IgG e IgA (STOTT et al, 1979ab).
Recomenda-se que a primeira administração do colostro seja realizada até seis horas
após o nascimento (BURTON et al, 1989). Segundo McGuirk (1999), se a administração
do colostro for realizada somente às oito horas após o nascimento, pode ocorrer uma
redução de 50% na absorção de imunoglobulinas.
Stott et al. (1979abc) demonstraram que a taxa de absorção de IgG depende da
quantidade de colostro ingerida e quão cedo após o nascimento ocorreu esta ingestão e que,
quanto maior a demora na ingestão maior é a probabilidade de invasão de microrganismos
no epitélio intestinal podendo acarretar índices elevados de morbidade e mortalidade em
bezerros.
Nos bovinos, após a ingestão de colostro, os níveis séricos de imunoglobulinas
atingem valores máximos 18 a 30 horas após o nascimento, sendo evidenciado um pico de
IgM e IgA primariamente
à
IgG1 e IgG2. Um decréscimo gradual ocorre entre uma a cinco
semanas, dependendo da meia vida da imunoglobulina, com posterior elevação a partir de
sua síntese, frente
a
estímulos antigênicos. Em bezerros, a concentração de IgG declina
lentamente e alcança valores nimos em torno de 60 dias; a concentração de IgM e IgA
declinam rapidamente, atingindo valores mínimos cerca de 21 dias após o nascimento dos
bezerros. A meia vida de IgG, IgM e IgA são de aproximadamente vinte, quatro e dois dias,
respectivamente (RADOSTITS et al., 2007).
O bezerro recém nascido é essencialmente agamaglobulinêmico em virtude da o
transferência de anticorpos maternais através da placenta. Conseqüentemente, a aquisição
passiva da imunidade no neonato depende da ingestão e absorção de adequadas quantidades
de imunoglobulinas (Ig) via colostro nas primeiras 24 horas. Estudos m documentado a
associação entre a falha na absorção colostral de Ig e a ocorrência de doenças neonatais
(WILLIAMS & SPOONER, 1975; BOYD, 1976). Baixas concentrações de IgG no soro
(menor que 1000mg/dL após 48h) são indicativos de falha na transferência de imunidade
passiva. (JASTER, 2005). Bessi et al. (2002) encontraram valores iniciais de IgG da ordem
de 0,76 ± 1,13 mg/mL em bezerros que não mamaram o colostro; 13,88 ± 5,52 mg/mL em
bezerros que mamaram apenas uma vez imediatamente após o nascimento e 26,89 ± 12,45
mg/mL em bezerros com três dias de idade e que mamaram o colostro duas vezes.
O
sucesso da transferência colostral, evidenciado pela concentração de
imunoglobulina sérica
é
um importante indicador da taxa de morbidade e mortalidade por
infecções neonatais em um rebanho (WITTUM
&
PERINO, 1995; PERINO, 1997).
Machado Neto et al. (1997) estudando bezerros de corte criados a campo, concluíram que a
imunidade passiva inicial constitui importante determinante na proteção do bezerro no
período compreendido entre o nascimento e a desmama, estando à mesma tamm
associada ao desempenho produtivo. Os resultados encontrados indicaram efeito positivo
dos níveis de imunoglobulina sérica sobre o peso registrado aos 120 e 210 dias de vida do
bezerro.
2.2- ESTRESSE E TRANSFENCIA DE IMUNIDADE PASSIVA
Vinte a 30% dos bezerros que mamam quantidade controlada de colostro durante as
primeiras 24 horas de vida continuam hipogamaglobulinêmicos, resultando em alta morbidade e
mortalidade.
Existe uma enorme variação dos níveis de absorção de imunoglobulinas em
animais recém-natos, que podem estar relacionados a diferentes fatores, entre os quais o
estresse (JAIN, 1993; MALLARD et al., 1998).
O estresse pode ser responsável pela inadequada absorção intestinal de imunoglobulinas
nas primeiras horas de vida, podendo ser resultante de situações de distocia (STOTT et al.,
1976; ODDE, 1988; WITTUM & PERINO, 1995).
O trabalho de parto é um processo laborioso
tanto para a mãe como para o feto, podendo desencadear uma situação de estresse. Um forte
apelo para essa teoria são os achados de Gillette e Holm (1963), que relataram contrações
abdominais e uterinas em vacas dois dias antes do parto coincidindo com o aumento dos níveis
de glicocorticóides.
Ainda não está esclarecido se os recém-nascidos submetidos às condições de estresse
têm a capacidade de absorção de imunoglobulinas alterada. O conceito de que a
hiperadrenalinemia poder diminuir a absorção de imunoglobulinas pelo epitélio intestinal nas
primeiras horas de vida foi confirmado em roedores (DEUTSCH & SMITH, 1957;
HALLIDAY, 1959). Segundo Stott et al. (1976), a imunidade passiva dos bezerros pode ser
influenciada pela temperatura, umidade, dor, medo e apreensão devido à maior liberação de
adrenalina. Existem evidências de que o estresse da vaca antes do parto possa interferir na
absorção de imunoglobulinas pelo bezerro logo após o nascimento (STOTT, 1980).
Kruse & Buus (1972) observaram que concentrações relativamente altas de
corticosteróides em bezerros duas horas após o nascimento poderiam induzir mudanças no
epitélio intestinal levando a perda da habilidade na absorção de imunoglobulinas.
Stott & Reinhard (1978) realizaram um experimento para determinar se bezerros
oriundos de partos distócicos são menos capazes de absorver imunoglobulinas colostrais e se a
hiperadrenalinemia está envolvida. Foram selecionados 20 bezerros oriundos de parto distócicos
e 20 de parto eutócico sendo oferecido um litro de colostro até 4 horas após o nascimento e mais
um litro após 12 horas, a absorção de IgA, IgM e IgG nos dois grupos foram equivalentes nas
16 e 24 horas pós-parto, mostrando que bezerros nascidos de parto distócico absorveram
imunoglobulinas tão bem quanto aos nascidos de partos eutócicos, no entanto, Perino et al.
(1995) observaram que apesar de não haver diferença significativa, bezerros nascidos de partos
distócicos tiveram valores médios inferiores da concentração de proteína plasmática total e de
imunoglobulina G.
Ribeiro et al. (1983) trabalhando com bezerros da raça Holandesa no Estado de Minas
Gerais constataram 37,7% de animais hipogamaglobulinêmicos 72h após o nascimento,
associando este resultado ao fator estresse sofrido em decorrência do manejo inadequado.
As situações de distocias têm sido implicadas como comprometedoras da transferência
passiva de imunoglobulinas (MUGGLI et al. 1984; ODDE, 1988). Contudo não foram
observados efeitos da distocia sobre a concentração de imunoglobulinas séricas em bezerros que
mamaram pelo menos um litro de colostro. Da mesma forma em outro estudo controlado por
outras variáveis, utilizando-se bezerros de ambos os sexos e diferentes idades a distocia não
comprometeu a transferência passiva de imunoglobulinas. (PERINO et al., 1995)
A administração de corticosteróides (ACTH) ou ainda de depressores de
corticosteróides a bovinos recém-nascidos não resultou em alterações nas taxas de absorção de
imunoglobulinas de maneira significativa (PATT, 1977).
Muller et al. (1975), usando quantidades extra de glicocorticóides (dexametasona) para
indução do parto em vacas (40,8 ± 9,6h após a administração), não foram capazes de demonstrar
efeito sobre a absorção de imunoglobulina no bezerro neonato.
Segundo Halliday (1965) e Jeffcott (1972), resultados discordantes, por vezes de
alguns mesmos autores, tamm o relatados, em que a elevação dos níveis de
corticosteróides resultantes de situações de estresse, suprima a absorção de gama
globulinas.
2.3 - AVALIAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA
Numerosos testes são empregados para estimar as imunoglobulinas séricas. Os
testes variam intensamente em custo, facilidade de uso, tempo requerido e a natureza da
mensuração (GARRY et al., 1993).
Dentre as técnicas de avaliação da transferência de imunidade passiva destaca-se a
determinação da concentração da imunoglobulina G (IgG), classe esta de imunoglobulina
encontrada em concentração mais elevada no soro, exercendo papel primordial nos mecanismos
de defesa mediados por anticorpos. A imunoglobulina predominante no colostro da maioria dos
animais domésticos é a IgG, que pode responder por 85 a 90% da concentração de anticorpos
totais (TIZARD, 2000; JASTER, 2005).
A IgG é produzida e secretada pelos plasmócitos no baço, linfonodos e medula óssea. É
a imunoglobulina encontrada em maior quantidade no sangue e por essa razão, é a principal
imunoglobulina relacionada com o mecanismo de defesa mediada por anticorpos. Por possuir a
menor cadeia entre as imunoglobulinas, ela pode escapar dos vasos mais rapidamente,
especialmente em tecidos inflamados, por aumento da permeabilidade vascular, participando
ativamente na defesa dos tecidos e superfícies corporais. (TIZARD, 2000).
Dentre os métodos mais precisos de mensuração da IgG, destaca-se a imunodifusão
radial, por ser tanto quantitativa como específica. A imunodifusão radial é um procedimento
laboratorial fundamental para a quantificação das proteínas específicas no soro e outros fluidos
biológicos. A mensuração é baseada numa reação antígeno-anticorpo, que ocorre em um meio
de suporte (gel de agarose), sendo visível como um anel opaco de precipitação (FAHEY &
MCKELVEY, 1965). Uma das desvantagens da imunodifusão radial é, sem dúvida, o seu alto
custo, pois como as placas de gel-ágar sensibilizadas com anticorpos contra imunoglobulinas de
bovinos não são produzidas no Brasil, o processamento das amostras é possível mediante a
importação desse material, fazendo ser o seu uso, na rotina economicamente inviável.
(FEITOSA et al. 2001b).
Bezerros com valores inferiores a 1.000mg/dL de IgG no soro com 24 à 48h de idade
estão sujeitos a taxas de mortalidade duas vezes maior à de bezerros com níveis superiores
(RADOSTITIS et al., 2007)
Para Roussel
&
Woods (1999) existe correlação positiva entre os veis de
imunoglobulinas e os valores da proteína total sérica, pois observaram que
aproximadamente 90% dos animais de uma população de bezerros, que apresentavam
valores de proteína total inferior a 5,0g/dL tinham falha da transferência passiva e 95% dos
bezerros com valores de proteína superiores a 5,5g/dL apresentavam adequada
transferência passiva.
Alguns trabalhos têm recomendado o uso da determinação da proteína total sérica
como um método indireto para estimar a concentração de imunoglobulinas, baseado no
simples fato de que valores baixos de proteína total refletem uma falha na transferência de
anticorpos maternos. Como no recém nascido o vel de albumina é pouco variável, as
diferenças nas concentrações protéicas devem-se, quase que exclusivamente
à
absorção de
imunoglobulinas após a ingestão do colostro
(WITTUM &
PERlNO, 1995; TYLER et al.,
1998).
Valores na concentração de proteínas plasmáticas inferiores a 5,0
g/dl
foram
considerados inadequados em bezerros com 24h de vida, havendo uma maior predisposição
desses animais às infecções neonatais (WITTUM
&
PERINO, 1995; TYLER et al., 1998).
Heath (1992) relatou como sendo a taxa ideal um valor igual a 5,5g/dl de proteína
total em bovinos de um rebanho, o ideal para que houvesse proteção satisfatória dos
bezerros recém nascidos contra agentes infecciosos. REA et al. (1996), ao estudarem uma
população de bezerros com idade variando de um a oito dias observaram que a média da
taxa sérica de proteína total obtida foi de 5,56g/dl. Dos 246 bezerros estudados por esses
autores, 66 (27%) e 118 (48%) tinham concentrações de proteínas séricas menores do que
5,0 e 5,5g/dl, respectivamente; os bezerros que possuíam níveis séricos menores do que
4,5g/dl (62 25%) apresentaram maiores riscos de saúde e de vida, com evidente aumento
da taxa de mortalidade.
O fracionamento eletroforético das proteínas séricas permite classificá-las em
albumina e globulinas, que se separam em alfa-globulina
(α),
beta-globulina
(β)
e gama-
globulina
(γ)
(RICE, 1968; THOMAS, 2000b).
A fração gama globulina é constituída pelas
imunoglobulinas IgA, IgE, IgG e IgM e algumas enzimas (KANEKO et al., 1997). A
imunoglobulina A (IgA) constitui 12% do total e por apresentar maior mobilidade eletroforética,
está localizada no início da fração gama globulina. A imunoglobulina M (IgM) normal compõe
3% da fração e a imunoglobulina G (IgG) representa normalmente 85% desta fração, sendo
responsável pelas modificações na curva (CANAVESSI, 1997).
A eletroforese é um método valioso para a determinação quantitativa das frações
protéicas presentes no soro, sendo de particular importância para avaliação dos níveis de
gamaglobulinas (OLIVEIRA
&
VOGEL, 1984, GARRY et al., 1993).
Braun et a1. (1982) analisaram a variação do fracionamento eletroforético das
proteínas totais de 14 bezerros neonatos, imediatamente após o parto, seis horas após a
ingeso do colostro e diariamente até 10 dias de vida. Foi observado um aumento das
frações beta e gama globulinas, o se evidenciando marcantes alterações na fração
albumina, observações estas também relatadas por Hanschke et al. (1982).
Costa et al. (2008) relataram alta correlação dos valores da fração gama globulina
com os valores da proteína total (r=0,811) e a concentração da IgG (r=0,859), estimada pelo
método de turvação pelo sulfato de zinco.
Uma alternativa aos testes de diagnostico utilizados para determinar a falha na
transferência passiva em bezerros, é a mensuração da atividade sérica da gama
glutamiltransferase (GGT). Essa enzima, comumente usada para o diagnóstico de doenças
hepáticas, é encontrada em altas concentrações no colostro dos ruminantes e é prontamente
absorvida através da barreira intestinal no primeiro dia de vida. Conseqüentemente bezerros e
cordeiros com adequada transferência passiva apresentam alta atividade da GGT. (JOHNSTON
et al. 1997). A relação positiva entre a atividade sérica da GGT e a concentração de IgG está
bem documentada (THOMPSON & PAULI, 1981; PERINO et al. 1993).
A atividade sérica da GGT em bezerros é de 60 a 160 vezes superior a encontrada em
um bovino adulto saudável, enquanto que em bezerros, que não receberam colostro a atividade
da GGT é similar a um bovino adulto. (TOMPSON & PAULI, 1981; PERINO et al., 1993).
A enzima GGT está presente em quantidade relativamente elevada no colostro de vacas
e ovelhas e, juntamente com os anticorpos do colostro, é transferida ao sangue do bezerro recém
nascido (PAULI, 1983; BOYD, 1989). Bostedt (1983) constatou que bovinos e ovinos recém
nascidos apresentaram elevação significativa das atividades séricas das enzimas gama
glutamiltransferase, fosfatase alcalina e aspartato aminotransferase, após ingerirem colostro. A
atividade da GGT é determinada por espectrofotometria, por meio de kits comerciais,
empregando-se analisadores bioquímicos (JOHNSTON et al. 1997).
Fagliari et al. (1996) constataram correlação positiva entre os valores de gamaglobulina
e a atividade da GGT, com variações acentuadas entre os valores obtidos ao nascimento e
aqueles verificados 24 a 30 horas pós-natal (de 0,56±0,27 para 2,08±0,40g/dL, para as
imunoglobulinas e de 42,25±25,89 para 767,2±294,91 UI/L, no caso da GGT). Verificou-se que
a atividade da GGT permaneceu acima do índice normal descrito para um bovino adulto, ou
seja, 18,0UI/L (HASIM & BRAUN, 1989), com valores de 650,40±225,17 UI/L, no segundo
dia de vida, decrescendo para 206,40±72,68 no sexto dia.
Paris et al. (1992) verificaram correlação positiva entre a atividade de gama
glutamiltransferase e de proteínas totais do soro sanguíneo de bezerros recém-nascidos, com
maiores valores de 40 a 50 horas após a ingestão de colostro.
3 - MATERIAL E MÉTODOS
3.1- Local de realização do trabalho
O
trabalho foi realizado nas instalações da Clínica de Bovinos, Campus
Garanhuns, da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
3.2- Animais
Foram utilizados 30 bezerros recém nascidos, machos e fêmeas, puros
(Girolanda, Holandês e Pardo Suíço) e seus mestiços, nascidos de vacas
procedentes do Agreste Meridional do estado de Pernambuco, atendidas na Clínica
de Bovinos, Campus Garanhuns, em situações de distocias (fetal e/ou materna),
nas quais o procedimento da cesariana foi realizado, seguindo a metodologia
descrita por Grüner
&
Birgel (1989).
Logo após o nascimento (até 2 horas, no ximo) os bezerros receberam
colostro ad libitum e, aqueles que não ingeriram da própria mãe, foi realizada uma
suplementação de colostro, do Banco da Clínica de Bovinos
(o colostro foi mantido
a -20°C e descongelado à temperatura de 37°C, a fim de evitar a desnaturação térmica
das imunoglobulinas)
, sendo administrado o volume equivalente a 10% do peso
vivo do animal, dividido em duas alimentações diárias fornecidas em mamadeira.
A administração do colostro foi mantida por um período mínimo de 48 horas;
posteriormente durante o internamento foram alimentados
com leite na mesma
proporção.
Os bezerros permaneceram internados e mantidos em bezerreiros individuais,
por um período de oito dias, sendo observados clinicamente, seguindo-se as
recomendações de Dirksen et al. (1993).
Figura 01: Bezerro, logo após o parto por cesariana, ingerindo colostro.
3.3- Momentos experimentais
Estabeleceu-se como momentos de avaliação às
0
horas (antes da ingestão do
colostro), 6h, 12h, 18h, 24h, 48h, 72h, 96h e no oitavo dia após o nascimento do
bezerro, momento em que a mãe recebeu alta
3.4- Colheita das amostras
As amostras de sangue para obtenção do soro foram colhidas mediante punção
da veia jugular em tubos estéreis a vácuo sem anticoagulante, que foram centrifugados a
1600G por 10 minutos. Os soros, livre de hemólise, foram separados por aspiração e
estocados em tubos tipo eppendorf, sendo mantidos em freezer à -20°C.
3.5- Exames Laboratoriais
3.5.1- determinação dos níveis de imunoglobulina G
A concentração da imunoglobulina G (IgG) rica foi determinada pela técnica de
imunodifusão radial em gel de agarose (MANCINE et al., 1965) empregando-se kit comercial
1
1
Bovine IgG VET RID plates - Bethyl Laboratories, USA.
Figura 2: Prova de imunodifusão radial demonstrando os diferentes diâmetros dos halos, correspondendo
as concentrações de imunoglobulina G, nos diferentes momentos experimentais.
3.5.2- Determinação da proteína total sérica
A proteína total sérica foi determinada pelo método colorimétrico, por reação do
Biureto (GORNALL et al., 1949), empregando-se kit comercial
2
. A leitura foi realizada em
analisador bioquímico semi-automático
3
, empregando-se comprimento de onda de 546nm.
3.5.3- Determinação da fração gama globulina
Foi realizada segundo técnica de eletroforese em gel de agarose, de acordo com kit
comercial
4
. A leitura foi realizada em scanner de mesa, seguindo as recomendações do sistema
para eletroforese SE-250 (SDS-60A)
5
, empregando um software.
3.5.4- Determinação da atividade da gama glutamiltransferase
Foi determinada pelo método cinético, empregando-se kit comercial
6
e a leitura efetuada
em analisador bioquímico semi-automático
7
, empregando-se comprimento de onda de 405nm.
2
Proteínas Totais Labtest Diagnóstica
3
LABQUEST Labtest Diagnóstica
4
Celmgel - CELM (Cia Equipadora de Laboratórios Modernos), Barueri/SP
5
CELM (Cia Equipadora de Laboratórios Modernos)
3.6.- Análise estatística
Foi realizada a análise estatística dos dados obtidos empregando-se a análise de
variância. Para as variáveis não paramétricas (IgG, proteína total, gama globulina, GGT) foi
empregado o teste de Wilcoxon para amostras dependentes. Foi calculada a estatística
2
e seu
respectivo nível de significância (P<0.05) (CURI, 1997).
6
Gama Glutamiltransferase, GGT liquiform - Labtest Diagnóstica
7
LABQUEST Labtest Diagnóstica
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Imunoglobulina G (IgG)
Antes da ingestão do colostro foi observado ausência de imunoglobulina no soro
dos bezerros estudados. Logo após, verificou-se um crescente aumento desta
imunoglobulina, elevação esta significativa (P<0,05) a partir das 12h de observação
(1350mg/dL), atingindo valores máximos às 48horas de vida (1950mg/dL) (Tabela 01;
Figura 03).
Tabela 01 - Valores das medianas da concentração da Imunoglobulina G (IgG) (mg/dL) de bezerros
oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos experimentais,
na primeira semana de vida.
Imunoglobulina G (mg/dL)
Momentos (horas)
0
6
12
18
24
48
72
96
8dias
Comparação
entre momentos
0
620,0
1350,0
*
1350,0
*
1650,0
*
1950,0
*
1800,0
*
1775,0
*
1950,0
*
2
= 92,40
P<0,001
* Diferença com o momento controle (antes da ingestão do colostro) (P<0,001)
Figura 03: Valores das medianas da concentração da Imunoglobulina G (IgG) (mg/dL) de bezerros
oriundos de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos experimentais, na
primeira semana de vida
0
500
1000
1500
2000
2500
0
6
12
18
24
48
72
96
8ºdia
IgG (mg/dL)
horas após o nascimento
Os valores da imunoglobulina G ao nascimento (tabela 1) ratificam os relatos da
ausência de imunoglobulinas ao nascimento ou níveis muito baixos (JEFFCOTT, 1972;
OSBURN et al., 1974), sendo de vital importância a ingestão do colostro nas primeiras horas de
vida, como medida preventiva de infecções neonatais, principalmente as enfermidades
digestivas e respiratórias, que poderiam comprometer a vida produtiva futura destes animais
(ROY, 1980).
Após a ingestão do colostro foi observado a partir das 12h de vida, elevação
significativa na concentração desta imunoglobulina, considerada como a responsável por
conferir a imunidade no animal recém nascido, tendo em vista ser a imunoglobulina encontrada
em maior percentual no colostro (JASTER, 2005). A concentração desta classe de
imunoglobulina alcançou valor máximo de 1950mg/dL às 48h de nascimento e não às 24h,
conforme observado por alguns autores como o momento em que ocorre o pico da absorção
(FAGLIARI et al., 1988; TIZARD, 2000; FEITOSA et al., 2001b), no entanto estes valores
foram superiores aos estabelecidos por Wittun & Perino (1995) e Jaster (2005) de 1.600 mg/dL
e 1.000 mg/dL, respectivamente, como indicadores de uma adequada transferência passiva de
imunidade.
Resultados semelhantes, referentes ao momento do pico de absorção da IgG, foram
relatados por McGuirk (1999), que retrata esta elevação de 24 às 48h de idade, para então
decrescer significativamente na terceira a quarta semana de vida.
Apesar do questionamento de alguns autores quanto à interferência do estresse sobre a
absorção de imunoglobulinas pelo recém-nato (ODDE, 1988; WITTUM & PERINO, 1995;
PERINO, 1997), neste estudo verificou-se que os bezerros obtidos de partos distócicos
absorveram de forma satisfatória imunoglobulinas da classe IgG no período entre 24 e 48h de
idade. Resultados semelhantes foram relatados por Bailey et al. (1998), que verificaram a
mesma eficiência da absorção de IgG em bezerros prematuros obtidos por cesariana, quando
comparados aos bezerros nascidos através do canal vaginal.
4.2- Proteína Total
O valor da proteína total antes da ingestão do colostro foi de 4,19g/dL.
Posteriormente, pôde-se observar um aumento significativo (P<0,05) na concentração
desta variável a partir das 12h de vida, atingindo valores máximos às 48 horas
(6,70g/dL) (Figura 04) (Tabela 02),
Tabela 02 - Valores das medianas da concentração da proteína total (g/dL) de bezerros oriundos de partos
distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos experimentais, na primeira semana
de vida.
Proteína Total
(g/dL)
Momentos (horas)
0
6
12
18
24
48
72
96
8dias
Comparação entre
momentos
4,19
4,49
5,38
*
5,45
*
6,08
*
6,70
*
6,58
*
6,62
*
5,98
*
2
= 133,65
P<0,001
* Diferença com o momento controle (antes da ingestão do colostro) (P<0,001)
Figura 04 - Valores das medianas da concentração da Proteína Total (g/dL) de bezerros oriundos de
partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos experimentais, na primeira
semana de vida.
3,5
4
4,5
5
5,5
6
6,5
7
0
6
12
18
24
48
72
96
8ºdia
Proteína Total (g/dL)
horas após o nascimento
O
aumento nos valores da proteína total sérica após a ingestão do colostro
ocorreu como conseqüência
do
aumento, principalmente, da fração gama
globulina. Segundo Kaneko et al. (1997), logo após o nascimento dos bovinos os
valores da proteína apresentam-se baixos, em decorrência da concentração nima
de globulina e baixos níveis da albumina. Quando o animal ingere o colostro,
observa-se um aumento das proteínas, como conseqüência da absorção das
imunoglobulinas, dentre estas principalmente a IgG, observação esta também
verificada neste estudo.
Os resultados obtidos neste estudo, apesar de um pouco tardios, quando
comparados aos de Feitosa et al.(2001c), que detectaram valores máximo às 24horas,
foram semelhantes aos de Fagliari et al.(1988), que observaram valores mais elevados
de proteína total sérica a partir de 48 horas de vida.
Este resultado é condizente com o encontrado por Roussel e Woods (1999), que
observaram que 90% dos bezerros que apresentavam valores da proteína total inferiores a
5,0g/dL tinham falha na transferência passiva e 95% dos bezerros com valores acima de 5,5g/dL
apresentavam adequada transferência de imunidade.
Segundo Wittum
&
Perino (1995) e Tyler et al. (1998), bezerros que após a
ingestão do colostro apresentarem valores de proteína sérica inferiores a 4,8g/dl,
possuem falha da transferência passiva, havendo risco de vida para o animal. A
grande maioria dos animais em estudo apresentou após 24 horas de vida valores
superiores ao recomendado pelos autores, ocorrendo absorção intestinal de forma
satisfatória.
4.3 Fração Gama Globulina
Foi observado um aumento significativo (p<0,05) nos valores da fração gama
globulina, a partir de 6h (0,38 g/dL) após o nascimento, atingindo níveis máximo às
48h de vida (1,61g/dL) (Tabela 03),(Figura 05),
Tabela 03 - Valores das medianas da concentração da fração gama globulina (g/dL) de bezerros oriundos
de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos experimentais, na
primeira semana de vida.
Gama Globulina
(g/dL)
Momentos (horas)
0
6
12
18
24
48
72
96
8dias
Comparação entre
momentos
0,18
0,38
1,31
*
1,34
*
1,55
*
1,61
*
1,55
*
1,43
*
1,49
*
2
= 135,13
P<0,001
* Diferença com o momento controle (antes da ingestão do colostro) (P<0,001)
Figura 05- Valores das medianas da concentração da fração gama globulina (g/dL) de bezerros oriundos
de partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos experimentais, na primeira
semana de vida.
A gama globulina apresentou valores muito baixos ao nascimento (0,18g/dL), achados
estes, concordantes com a literatura, em que bezerros ao nascer, em virtude da ausência da
passagem de anticorpos via placentária, nascem hipogamaglobulinêmicos, (ROY, 1980;
TIZARD, 2000).
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
0
6
12
18
24
48
72
96
8ºdia
Gama Globulina (mg/dL)
horas após nascimento
Foi observado um aumento significativo (P<0,05) nos valores médios da gama
globulina, já a partir de seis horas após o nascimento, atingindo níveis máximos com 48
horas de vida (l,61g/dl), correspondendo a um aumento de quase nove vezes o seu valor
inicial (0,18g/dl), resultante da absorção das imunoglobulinas presentes no colostro,
responsáveis pela imunidade do bezerro recém- nato, corroborando com as observações
de La Motte (1977), Fagliari et al. (1996), Mc Guirk (1999) e Feitosa et al. (2001c).
Pela análise mais detalhada sobre a elevação da gama globulina verificou-se que
a absorção de imunoglobulinas colostrais foi mais intensa nas 12 primeiras horas de
vida, (0,18g/dl para 1,31g/dl aproximadamente sete vezes mais que o valor inicial).
Apesar do aumento significativo (P<0,05) nos níveis de gama globulina verificado nos
bezerros oriundos de partos distócicos, que atingiram valores máximos às 48horas de
vida, verificou-se que estes níveis foram inferiores aos relatados por Borges et al.
(2001) e Feitosa et al. (2001c) às 24 horas de vida, no entanto semelhantes aos
encontrados por Fagliari et al. (1988), todos trabalhando com bezerros recém nascidos
oriundos de parto eutócico.
Posteriormente, a partir das 48 horas de vida, pôde-se verificar uma leve
diminuição desta variável até o momento da alta do animal (oitavo dia) (Tabela 03).
Esta diminuição, que geralmente pode perdurar por período maior, acontece em
decorrência da imunoglobulina materna, transferida passivamente, ser metabolizada
pelo organismo animal no decorrer primeiro mês de vida (LOGAN et al, 1972),
observações semelhantes também relatadas por Fagliari et al. (1988) e Borges et al.
(2001).
Ao observar os valores da proteína total (tabela 2) e os da fração gama globulina (tabela
3) verifica-se similaridade entre a curva de ambas (Figura 4 e 5), conforme também relatado por
Costa (2000) ao verificar correlação positiva (r=0,811) entre os níveis de IgG e a proteína total.
Como no bezerro recém-nascido os níveis de albumina foram praticamente estáveis, as
diferenças nas concentrações protéicas se devem, quase que exclusivamente, à absorção de
imunoglobulinas após a ingestão do colostro.
4.4- Atividade da Gama Glutamiltransferase (GGT)
Verificou-se elevação significativa (p<0,05) nos níveis da GGT, onde se
observou inicialmente valores de 15,91 U/L e logo após 6h uma atividade de 292,70
U/L, com valores máximos de 976,50 U/L, às 24horas. Após esse período observou-se
queda nos valores da atividade da GGT atingindo 225,85 U/L no oitavo dia pós
nascimento (Tabela 4; Figura 6).
Tabela 04 - Valores das medianas da atividade da gama glutamiltransferase (U/L) de bezerros oriundos de
partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos experimentais, nos
primeiros dias de vida.
GGT
(U/L)
Momentos (horas)
0
6
12
18
24
48
72
96
8dias
Comparação entre
momentos
15,91
292,70
849,45
*
658,60
*
976,50
*
591,75
*
365,85
*
302,25
*
225,85
*
2
= 134,02
P<0,001
* Diferença com o momento controle (antes da ingestão do colostro) (P<0,001)
Figura 06: Valores das medianas da atividade da gama glutamiltransferase (U/L) de bezerros oriundos de
partos distócicos, obtidos de cesariana, em diferentes momentos experimentais, na primeira
semana de vida.
0
200
400
600
800
1000
1200
0
6
12
18
24
48
72
96
8ºdia
GGT (U/L)
horas após o nascimento
Os níveis de GGT ao nascimento situaram-se dentro dos valores de normalidade para a
espécie (KANEKO et al., 1997). Após a ingestão do colostro observou-se o aumento desta
enzima a partir das 6horas de vida (292,70 U/L) atingindo o valor máximo às 24 horas (976,50
U/L), correspondendo uma elevação de mais de sessenta vezes ao índice encontrado ao
nascimento (15,91 U/L). Após o primeiro dia de nascimento verificou-se decréscimo
progressivo nos valores desta variável a a primeira semana de observação (225,85 U/L).
Estes resultados ratificaram a aplicabilidade da determinação sérica da GGT em
bezerros com 24horas de vida, assim como demonstraram uma satisfatória transferência de
imunidade passiva nos bezerros em estudo, tendo em vista os relatos de PERINO et al. (1993),
que recomendaram o valor limite de 200U/L como indicadores de diagnóstico de falha de
transferência de imunidade passiva.
A gama glutamiltransferase, comumente utilizada para o diagnóstico de doenças
hepáticas, é encontrada em altas concentrações no colostro dos ruminantes e é prontamente
absorvida através da barreira intestinal nas primeiras 24 horas de vida. (FAGLIARI et al., 1996;
JOHNSTON, 1997), achados estes também verificados neste estudo. Por outro lado, Costa
(2000) não evidenciou correlação positiva entre a GGT e a IgG no primeiro dia de vida
(r=0,399), atribuindo este achado ao fato de que, a partir das 24 horas de vida, o declínio da
atividade da GGT antecede o da concentração das gamaglobulinas, sendo a correlação tão mais
forte quanto mais próxima de até 24 horas de vida as amostras forem colhidas.
O conceito de que a hiperadrenalinemia observada em casos de distocia, conforme
citado por PERINO et al. (1995), ou os altos níveis de glicocorticóides, poderiam comprometer
a absorção de imunoglobulinas pelo recém nascido não foi evidenciado neste estudo, tendo em
vista a elevação significativa dos valores da imunoglobulina G, paralelamente aos valores da
proteína total, da fração gama globulina e da atividade da GGT, atingindo veis considerados
como adequados para a proteção do bezerro (WITTUM & PERINO, 1995), resultados estes
concordantes com STOTT (1980), que evidenciou outros fatores de estresse, que não à distocia,
e sim inerentes à vaca e ao ambiente como comprometedores da absorção de imunoglobulinas
colostrais.
Conclusão
34
5- CONCLUSÃO
Considerando os objetivos propostos e as condições sob as quais a pesquisa foi
realizada, concluiu-se que os bezerros recém-nascidos oriundos de partos distócicos
(distocia materna e/ou fetal), obtidos por cesariana, não apresentaram falha da
transferência da imunidade passiva.
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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