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RESUMO
BARBOSA, Wagner Faria, M.Sc. Universidade Federal de Viçosa, julho de 2010,
Seletividade de inseticidas recomendados para a cultura do algodão ao
parasitóide de pupas Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae).
Orientador: José Cola Zanuncio. Co-orientadores: Dirceu Pratissoli, Germano Leão
Demolin Leite, José Eduardo Serrão e Teresinha Vinha Zanuncio.
Insetos pragas podem reduzir a produção do algodoeiro e o controle biológico
pode reduzir o uso excessivo de inseticidas nessa cultura. O endoparasitóide gregário
de pupas de lepidópteros e coleópteros Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle
(Hymenoptera: Eulophidae), por ter hábito generalista e facilidade de criação em
hospedeiro alternativo, pode ser utilizado no controle biológico de pragas do
algodoeiro. O objetivo dessa pesquisa foi estudar o impacto dos inseticidas acefato,
cartape, clorfenapir e deltametrina, utilizados no manejo de pragas do algodoeiro, na
mortalidade, reprodução e no aparelho reprodutor feminino de P. elaeisis. Fêmeas
adultas de P. elaeisis com, até, 24 horas de idade foram expostas a folhas de
algodoeiro tratadas nas doses de 1, 10, 25, 50, 75 e 100% da recomendada para esses
inseticidas no campo, enquanto o controle teve, apenas, água destilada. A
mortalidade de P. elaeisis foi avaliada após 24, 48 e 72 horas da exposição aos
inseticidas. Acefato e clorfenapir mataram 100% dos indivíduos desse parasitóide na
maioria das doses após 24, 48 e 72 horas. A mortalidade de P. elaeisis exposto ao
cartape e deltametrina foi, no máximo, de 15 e 38,33% respectivamente, após 72
horas. Por isso, o efeito desses inseticidas na reprodução e no ovário de P. elaeisis
foi avaliado. A deltametrina a 100% reduziu em 30% o parasitismo de P. elaeisis e
não apresentou efeito no aparelho reprodutor de fêmeas desse parasitóide. Cartape,
embora seletivo, inibiu o parasitismo de P. elaeisis nas doses de 50 e 100% e causou
morte das células nutridoras desse parasitóide quando seus ovócitos estavam na fase
inicial de desenvolvimento. Acefato e clorfenapir são altamente tóxicos a P. elaeisis