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O crescimento econômico tem aspecto de um processo mais geral, ou seja, o
desenvolvimento de uma sociedade que evolui ao longo do tempo, provocando
mudanças fundamentais em sua organização e em suas instituições. De maneira geral,
o crescimento econômico é o crescimento percentual do Produto Nacional Bruto
(PNB) mais rápido que o crescimento populacional.
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O “crescimento econômico é a chave para se conseguir uma série de efeitos
positivos para uma sociedade”.
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A ele, encontram-se ligados os aumentos do nível de
vida, do emprego e da renda. Trata-se de “um processo sustentado e contínuo ao longo
do tempo, no qual os níveis de atividade econômica aumentam constantemente sem
que ocorram mudanças estruturais na distribuição da renda”, ou seja, “processo pelo
qual a quantidade de bens e serviços, produzidos por uma coletividade tende a crescer
mais rapidamente que ela”.
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Para que se possa considerar o crescimento (quantitativo) e o desenvolvimento
(qualitativo) de um país ou região é preciso verificar primeiro se a renda nacional per
capita foi melhorada, e se essa melhora refletiu de modo perceptível no nível de
desenvolvimento econômico e social. Salienta Rossetti que “pode haver crescimento
econômico, mas se não houver distribuição justa, não há desenvolvimento”.
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A forma como acontece o crescimento econômico de um país é esclarecida por
Souza da seguinte maneira:
O crescimento econômico de determinado país acontece em uma
política de dinamização no processo produtivo, isto no que diz
respeito ao setor primário, ou agricultura; ao setor secundário, ou de
transformação e beneficiamento; e, ao setor terciário, ou de serviços.
O processo de crescimento deve acontecer nesta taxonomia
econômica, de tal maneira, que ninguém saia sacrificado dentro do
contexto nacional; pois, ao avanço de qualquer um isoladamente,
implicará num desequilíbrio no vizinho, que desajustará a economia
com prejuízos catastróficos, e, muitas vezes, sem controle, pelas
autoridades econômicas. Por isto, é preciso que os três setores da
economia cresçam harmonicamente, melhorando o bem-estar de toda a
população, e isto não acontecendo, ocorre o que se presencia no dia-a-
dia dos países periféricos, que são as constantes migrações
campo/cidade, cidade/campo, e agora, interpaíses
.
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30
GREMAUD, Amaury Patrick et al. Economia brasileira contemporânea. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 77.
31
TROSTER, Roberto Luis; MONCHÓN. Francisco. Introdução à economia. São Paulo: Makron Books, 2002. p.
317.
32
KIECKHÖFER, Adriana Migliorini; FONSECA, Luiz Gonzaga de Souza. Op. Cit. p. 48.
33
ROSSETTI, José Paschoal. Op. Cit. p. 283.
34
SOUSA, Luiz Gonzaga de. Ensaios de economia: economia industrial. Edición digital texto completo. 2005.
Disponível em: <www.eumed.net/libros//lgs-ei/>. Acesso em: 18 abr. 2010.