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KARIN VERÔNICA FREITAS GRILLO
ANÁLISE COMPARATIVA DA
ADERÊNCIA DE TIPOS ROCHOSOS
ASSENTADOS COM TRÊS ARGAMASSAS
Dissertação apresentada à
Escola de Engenharia de São Carlos da
Universidade de o Paulo, como parte
dos requisitos para obtenção do tulo de
Mestre em Ciências, programa de pós
graduação em Geotecnia.
Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Rodrigues
São Carlos
2010
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II
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III
Dedicatória
Ao meu marido Junior (bem) pelo
carinho, amor e apoio ao longo desde
trabalho.
A minha mãe, minha primeira
educadora, meu maior exemplo de
esforço e perseverança que sempre
acreditou que eu posso chegar mais
longe.
A meu pai, maior presente de Deus na
minha vida, minha sorte grande. Seu
bom humor, seus conselhos otimistas e
sua forma de me fazer rir em todos os
momentos me fazem ver a vida de outro
modo e te amar cada dia mais.
Aos meus irmãos, amigos, cunhadas
pelo apoio e conselhos recebidos, pelo
incentivo em todos os momentos.
IV
V
Agradecimentos
Primeiramente, a vida, por todas as boas oportunidades que eu tive até o momento.
Aos meus pais, Francisco e Neide e irmãos Gustavo e Rodolfo pela força que obtive a
cada abraço e palavra de carinho. Ao meu marido Osvaldo Junior, pelo carinho e
amor, sempre me apoiando em todas as horas difíceis.
Ao meu orientador professor Dr. José Eduardo Rodrigues por toda dedicação e
disposição para ajudar nos momentos mais difíceis, e principalmente por sempre
acreditar em mim para a realização deste trabalho.
Ao professor Dr. Antenor Braga Paraguassu por toda sua dedicação e ajuda. Ao
professor Dr. Eduvaldo P. Sichieri pelo apoio e sugestões.
A minha cunhada Damares, a minha grande amiga Márcia e Lisandra por estarem
sempre dispostas a ajudar em todas as horas e juntas formamos o grupo de Rochas
Ornamentais que ficará na memória para sempre.
Aos amigos e amigas que fiz no departamento e fora dele, obrigada pela ajuda e
companheirismo, e que nossa amizade seja eterna, independente da distância. Aos
amigos de Pouso Alegre que apesar da distância física estavam sempre presentes na
minha vida de uma forma tão especial e única.
Aos funcionários do departamento de geotecnia e ao Paulo César Albertini e Sérgio
Aparecido Trevelin, do Laboratório de Construção Civil da ESSC/USP que, direta ou
indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.
Ao Departamento de Geotecnia e Arquitetura, da Escola de Engenharia de o
Carlos, pela infra-estrutura oferecida.
A CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pelo
apoio financeiro.
VI
VII
Não se preocupe com o futuro.
Ou então se preocupe se quiser, mas saiba que p-ocupação
é tão eficaz quanto mascar chiclete
para tentar resolver uma equação de álgebra.
As encrencas de verdade de sua vida tendem a vir de coisas que nunca
passaram pela sua cabeça preocupada, e te pegam no ponto fraco às
quatro da tarde de uma terça-feira modorrenta.
Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de
verdade.
(Mary Schmich)
VIII
IX
Resumo .............................................................................................................................. 21
Abstract .............................................................................................................................. 24
Capítulo 1 Introdução ................................................................... 1
Capítulo 2 Objetivo................................................................ 8
Capítulo 3 Revisão Bibliogfica.......................................................................... 9
3.1- Normatização ........................................................................................................... 9
3.2- Rochas ornamentais no mundo .............................................................................. 13
3.2.1- Panorama das rochas ornamentais no Brasil ............................................... 15
3.3- Parâmetros técnicos das Rochas Ornamentais....................................................... 16
3.3.1- Caracterização tecnológica .......................................................................... 16
3.3.2 - Análise petrográfica ................................................................................... 18
3.3.3 - Índices físicos ............................................................................................. 20
3.3.4 - Resistência ao desgaste abrasivo ................................................................ 21
3.3.5- Resistência a compressão uniaxial .............................................................. 22
3.3.6- Resistência à flexão ..................................................................................... 23
3.3.7- Coeficiente de dilatação térmica ................................................................. 23
3.3.8- Rugosidade .................................................................................................. 24
3.4- Argamassas de revestimentos: ............................................................................... 30
3.4.1- Argamassa para revestimento convencional ............................................... 34
3.4.2- Argamassa adesiva ...................................................................................... 35
3.4.3- Argamassa “A4 Porcelanato ...................................................................... 38
3.4.4 - Argamassa produzida com o resíduo da rocha ........................................... 40
3.4.5 - Inserts metálicos ......................................................................................... 42
3.5 - Patologias das Rochas Ornamentais ..................................................................... 44
3.6- Ligações da interface substrato-argamassa-rocha ................................................. 48
3.7 - Beneficiamento das Rochas Ornamentais e a geração de resíduos ...................... 51
3.7.1 - Estudos realizados com o resíduo .............................................................. 57
Capítulo 4 Programa experimental ......................................................................... 61
4.1- Materiais ................................................................................................................ 61
4.1.1- Rochas ......................................................................................................... 61
4.1.1.1- Arenito ...................................................................................................... 62
X
4.1.1.2 Quartzito São Tomé.................................................................................63
4.1.1.3 - Mármore Esmeralda:.............................................................................65
4.1.2- Argamassas ..................................................................................................67
4.2- Procedimentos dos ensaios ....................................................................................69
4.2.1- Confecção do substrato padrão ....................................................................69
4.2.2- Preparação dos corpos de prova ..................................................................72
4.2.2.1 - Determinação da massa específica aparente, porosidade aparente e
absorção d’água ......................................................................................................................72
4.2.2.2 - Determinação da resistência da aderência à tração..................................73
4.2.2.2.1- Determinação do brilho .........................................................................75
4.2.2.2.2 - Retirada das bordas dos corpos de prova..............................................77
4.2.2.2.3 - Determinação da rugosidade dos corpos de prova ...............................78
4.2.3- Determinação da resistência de aderência à tração......................................81
4.2.4- Preparação das amostras para análise na lupa .............................................82
Capítulo 5 Resultados dos ensaios .........................................................................84
5.1- Determinação da massa específica aparente (seca e saturada), porosidade e
absorção de água ...................................................................................................................84
5.1.1- Determinação da massa específica aparente (seca e saturada) ....................84
5.1.2- Determinação da porosidade aparente .........................................................85
5.1.3- Determinação da absorção da água..............................................................86
5.2- Medidas de brilho do mármore e do arenito .........................................................86
5.3- Medidas das áreas dos corpos de prova após o chanfro.........................................88
5.4- Perfis de rugosidade das rochas .............................................................................90
5.4.1- Perfis de rugosidade do arenito (face lisa e face não polida) ......................90
5.4.2 - Perfis de rugosidade do mármore (face lisa e face não polida) ..................91
5.4.3 - Perfis de rugosidade do quartzito (face lisa e face não polida) ..................92
5.5- Gráfico de rugosidade média das rochas na face lisa e na face não polida ...........92
5.6- Resistências de aderência das rochas assentadas na face lisa ................................93
5.6.1- Resistência de aderência do arenito na face lisa .........................................94
5.6.2- Resistência de aderência à tração do mármore na face lisa........................96
5.6.3- Resistência de aderência à tração do quartzito na face lisa .........................97
5.7- Resistências de aderência das rochas assentadas na face não polida .....................99
5.7.1- Resistência de aderência do Arenito ............................................................99
XI
5.7.2- Resistência de aderência do mármore ....................................................... 100
5.7.3- Resistência de aderência do quartzito ....................................................... 102
5.8- análises com lupa binocular da interface argamassa-rocha ................................. 104
Capítulo 6 Análise dos Resultados ......................................................................... 106
6.1- Determinação da massa específica aparente (seca e saturada), porosidade e
absorção de água ................................................................................................................. 106
6.2- Resistências de aderência à tração ....................................................................... 106
6.2.1- Resistências de aderência à tração na face lisa.......................................... 106
6.2.2- Resistências de aderência à tração na face não polida (natural)................ 109
6.3- Correlações entre as resisncias da adencia à tração nas faces lisa e não polida
............................................................................................................................................ 117
6.4- Comentários sobre a norma NBR 14084 utilizada para ensaios com rochas ...... 124
Capítulo 7 Conclusões .............................................................................. 126
7.1 Sugestões para trabalhos futuros:.......................................................................... 128
Refencias ...................................................................................................................... 129
ANEXO A PERFIS DE RUGOSIDADES DOS CORPOS DE PROVA NA FACE
O POLIDA .................................................................................................................... 142
Perfis de rugosidade do arenito .................................................................... 142
Perfis de rugosidade do mármore ................................................................. 146
Perfis de rugosidade do quartzito.................................................................. 150
ANEXO B PERFIS DE RUGOSIDADES DOS CORPOS DE PROVA NA FACE
LISA ................................................................................................................................... 154
Perfis de rugosidade do arenito .................................................................... 154
Perfis de rugosidade do mármore ................................................................. 157
Perfis de rugosidade do quartzito.................................................................. 161
XII
Lista de Figuras
Figura 3.01- Parâmetro da rugosidade, valor de Ra. (ROSA, 2004) ........................... 26
Figura 3.02- Parâmetros de rugosidade, Rt (ROSA, 2004) .......................................... 27
Figura 3.03- Avaliador de rugosidade de chapas, ARC (RIBEIRO et al., 2007)..... 28
Figura 3.06- Fluxograma dos processos para argamassa mista preparada em obra
(REGATTIERI et al.,2006). .......................................................................................... 35
Figura 3.07- Acúmulo de rejeitos nas pedreiras (CARVALHO et al., 2003)............... 41
Figura 3.08- Forma de fixação dos inserts superior e inferior (SOUZA et al., 2002).43
Figura 3.09- Aderência mecânica (JUNGINGER, 2007). .............................................. 50
Figura 3.10- Tear para o corte da Rocha Ornamental. .................................................. 52
Figura 3.11- Traços das argamassas utilizadas (COELHO et al., 2006). ................... 59
Figura 4.12- Rochas ensaiadas ......................................................................................... 67
Figura 4.13- Molde metálico com a tela de aço e espaçadores plásticos .................. 70
Figura 4.14- Telas de aço eletrossoldadas com o espaçadores de plástico colocadas
dentro do molde............................................................................................................. 71
Figura 4.15- Preparação do substrato em mesa vibratória. .......................................... 71
Figura 4.16- Cura do substrato por 24 horas................................................................... 72
Figura 4.17- Corpos de prova das rochas para a execução do ensaio de índices
físicos. ............................................................................................................................. 73
Figura 4.18- Furadeira de coluna, extraindo o corpo-de-prova do quartzito. ............. 74
Figura 4.19- Corpos de prova do quartzito após o desplacamento. ............................ 75
Figura 4.20- Aparelho de medição de brilho, Glossmeter. ............................................ 76
Figura 4.21- Carbeto de Silício, desbaste do polimento do mármore. ........................ 76
Figura 4.22- (A) o arenito assentado com a argamassa resíduo, borda reta e (B) o
arenito assentado com a argamassa industrializada, borda chanfrada............... 77
Figura 4.23- Avaliador de Rugosidade de Chapas. ........................................................ 79
Figura 4.24- Rugosidade inicial. ........................................................................................ 79
Figura 4.25- Perfil horizontalizado (MUMMERY, 1992) ................................................. 80
Figura 4.26- Definição de Rt (SANDVIK, 1994 apud SPÍNOLA, 1998 in RIBEIRO,
2005) ............................................................................................................................... 80
Figura 4.27- Assentamento dos corpos-de-prova com argamassa de resíduo. ........ 81
XIII
Figura 4.28- Equipamento utilizado no ensaio de resistência de aderência à tração.
......................................................................................................................................... 82
Figura 5.36- Corpo de prova do mármore com as laterais retas. ................................ 93
Figura 5.37- Tipos de ruptura no ensaio de determinação de resistência de
aderência à tração de revestimento (Adaptado de CINCOTTO et al., 1995). .... 94
Figura 5.38- Imagem da interface argamassa-rocha do corpo de prova do quartzito.
....................................................................................................................................... 104
Figura 5.39- Imagem da interface argamassa-rocha do corpo de prova do arenito.
....................................................................................................................................... 105
Figura 6.41- Minerais fixos na argamassa após o arrancamento dos corpos de
prova. ............................................................................................................................ 108
Figura 6.42- Corpo de prova após o ensaio do arrancamento das rochas assentadas
com a argamassa para porcelanato. ....................................................................... 109
Figura 6.43- Corpo de prova do arenito, assentado na argamassa industrializada, na
face não polida. ........................................................................................................... 110
Figura 6.44- Corpo de prova do mármore (face não polida) assentado com a
argamassa porcelanato. ............................................................................................ 111
Figura 6.48- Interface do quartzito assentado com a argamassa industrializada. .. 115
Figura 6.49- Perfil do substrato-argamassa-rocha. ...................................................... 116
Figura 6.53- Ancoragem mecânica da argamassa industrializada no arenito (face
não polida). .................................................................................................................. 120
Figura 6.54- Assentamento do arenito na argamassa industrializada: (a) - face lisa e
....................................................................................................................................... 121
Figura 6.55- Interface do mármore na argamassa industrializada na face não polida.
....................................................................................................................................... 121
Figura 6.57- Microscopia do quartzito. (A) Face lisa e (B) Face não polida. ........... 123
Figura A.58- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 142
Figura A.59- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa de industrializada ................................................................................... 143
Figura A.60- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa de resíduo. .............................................................................................. 143
XIV
Figura A.61- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa de resíduo................................................................................................ 144
Figura A.62- Perfil de rugosidade Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa porcelanato.............................................................................................. 145
Figura A.63- Perfil de rugosidade Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa porcelanato.............................................................................................. 146
Figura A.64- Perfil de rugosidade Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 146
Figura A.65- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 147
Figura A.66- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa de resíduo................................................................................................ 148
Figura A.67- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa de Resíduo. ............................................................................................. 149
Figura A.68- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa para porcelanato..................................................................................... 149
Figura A.69- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa para porcelanato..................................................................................... 150
Figura A.70- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa industrializada ......................................................................................... 150
Figura A.71- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa industrializada ......................................................................................... 151
Figura A.72- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do Quartzito assentados com a
argamassa de Resíduo. ............................................................................................. 152
Figura A.73- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa para porcelanato..................................................................................... 153
Figura A.74- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa para porcelanato..................................................................................... 154
Figura B.75- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 154
Figura B.76- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 155
XV
Figura B.77- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa resíduo. .................................................................................................... 156
Figura B.78- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa resíduo. .................................................................................................... 157
Figura B.79- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 158
Figura B.80- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 159
Figura B.81- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa resíduo. .................................................................................................... 159
Figura B.82- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa resíduo. .................................................................................................... 160
Figura B.83- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 161
Figura B.84- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa industrializada. ........................................................................................ 162
Figura B.85- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa resíduo. .................................................................................................... 162
Figura B.86- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa resíduo. .................................................................................................... 163
XVI
Lista de Tabelas
Tabela 3.01- Normas da comissão de estudo de rochas para revestimento da ABNT.
(HTTP://www.abnt.org.br) ............................................................................................ 11
Tabela 3.02- Especificações para argamassas colantes. (ABNT,1998) ..................... 12
Tabela 3.03- Especificações para as argamassas quanto à absorção de água.
(ABNT, 1997) ................................................................................................................. 12
Tabela 3.04- Variação comparativa da taxa de crescimento do valor das
exportações. (CHIODI FILHO, 2009) ......................................................................... 14
Tabela 3.05- Propriedades importantes para a escolha e utilização de rochas em
revestimento, conforme o emprego (FRASCÁ, 2001). ........................................... 18
Tabela 3.06- Métodos dispoveis de medição da rugosidade (GRASSELLI, 2001).
.......................................................................................................................................... 25
Tabela 3.07- Valores Limites Especificados pela ASTM para Propriedades de
Rochas usadas como Revestimentos (FRASCÁ, 2001). ....................................... 29
Tabela 3.08- Valores de Algumas Propriedades de Rochas Ornamentais Brasileiras
(FRAZÃO et al., 1995).................................................................................................. 29
Tabela 3.09- Resistência de aderência a tração para cerâmica (NBR- 14084)......... 37
Tabela 3.10- Resultados de análise qmica da argamassa industrializada
(NOGAMI, 2007). .......................................................................................................... 37
Tabela 3.11- Resultados das análises da argamassa industrializada (NOGAMI op
cit.). .................................................................................................................................. 38
Tabela 3.13- Caracterização do Resíduo do Beneficiamento de Rochas Ornamentais
(COELHO, 2006) ........................................................................................................... 41
Tabela 3.14- Análise Qmica dos Resíduos do corte da "pedra Mineira"
(CARVALHO, 2003)...................................................................................................... 42
Tabela 3.15- Situações potencialmente degradadoras de rochas ornamentais e
ensaios para previsão de desempenho (FRASCÁ, 2001). .................................... 47
Tabela 3.16- Composição da lama abrasiva (PERFETTI et al., 1993)........................ 53
Tabela 3.17- Análise qmica do resíduo do beneficiamento da rocha ornamental
silicatada. (Sendo MS: Modulo de Sílica e MA: Modulo de Aluminio) (COELHO
et al.,2006). .................................................................................................................... 55
XVII
Tabela 3.18- Composição química do resíduo de rochas graníticas GONÇALVES et
al.,(2002). ....................................................................................................................... 56
Tabela 4.19- Valores médios dos ensaios de caracterização tecnológica do arenito
(MATOS, 2003). ............................................................................................................ 63
Tabela 4.20- Valores médios dos ensaios de caracterização tecnológica dos
quartzitos do Centro Produtor de o Tomé das Letras (FERNANDES, 2002.) 65
Tabela 4.21- Valores médios dos ensaios de caracterização tecnológica do Mármore
Esmeralda (IPT, 1993). ................................................................................................ 66
Tabela 5.22- Resultados da massa específica aparente das rochas .......................... 85
Tabela 5.23- Resultados dos ensaios de porosidade aparente para o mármore ...... 85
Tabela 5.24- Resultados dos ensaios de porosidade aparente para o quartzito....... 85
Tabela 5.25- Resultados dos ensaios de porosidade aparente para o arenito.......... 86
Tabela 5.26- Resultados da absorção da água das rochas .......................................... 86
Tabela 5.27- Medidas do brilho realizadas com o Glossmeter no mármore e no
arenito. ............................................................................................................................ 87
Tabela 5.28- Medidas das áreas dos corpos de prova do arenito, face não polida. . 88
Tabela 5.29- Medidas das áreas dos corpos de prova do mármore, face não polida.
......................................................................................................................................... 89
Tabela 5.30- Medidas das áreas dos corpos de prova do quartzito, face não polida.
......................................................................................................................................... 89
Tabela 5.31- Resistência de aderência à tração do arenito com a argamassa
industrializada................................................................................................................ 94
Tabela 5.32- Resistência de aderência do arenito com a argamassa de resíduo. ... 95
Tabela 5.33- Resistência de aderência à tração do arenito com a argamassa para
porcelanato. ................................................................................................................... 95
Tabela 5.34- Resistência de aderência à tração do mármore com a argamassa
industrializada................................................................................................................ 96
Tabela 5.35- Resistência de aderência à tração do mármore com a argamassa
resíduo. ........................................................................................................................... 96
Tabela 5.36- Resistência de aderência à tração do mármore com a argamassa de
porcelanato. ................................................................................................................... 97
Tabela 5.37- Resistência de aderência à tração do quartzito com a argamassa
industrializada................................................................................................................ 97
XVIII
Tabela 5.38- Resistência de aderência à tração do quartzito com a argamassa de
resíduo. ........................................................................................................................... 98
Tabela 5.39- Resistência de aderência à tração do quartzito com a argamassa
porcelanato..................................................................................................................... 98
Tabela 5.40- Resistência de aderência do arenito com a argamassa industrializada.
.......................................................................................................................................... 99
Tabela 5.41- Resistência de aderência do arenito com a argamassa resíduo. ...... 100
Tabela 5.42- Resistência de aderência do arenito com a argamassa porcelanato . 100
Tabela 5.43- Resistência de aderência do mármore com a argamassa
industrializada. ............................................................................................................. 101
Tabela 5.44- Resistência de aderência do mármore com a argamassa resíduo. ... 101
Tabela 5.45- Resistência de aderência do mármore com a argamassa porcelanato.
........................................................................................................................................ 102
Tabela 5.46- Resistência de aderência do quartzito com a argamassa
industrializada. ............................................................................................................. 102
Tabela 5.47- Resistência de aderência do quartzito com a argamassa resíduo ..... 103
Tabela 5.48- Resistência de aderência do quartzito com a argamassa porcelanato
........................................................................................................................................ 103
Tabela 6.49- Valores médios das resistências da aderência à tração da face lisa. 107
Tabela 6.50- Valores médios das resistências da aderência à tração da face não
polida. ............................................................................................................................ 112
XIX
Lista de Gráficos
Gráfico 3.02- Consumo interno aparente de rochas ornamentais (CHIODI, 2008) .. 15
Gráfico 3.03- Resistência de aderência à tração do Sienogranito Vermelho Brasília
(NOGAMI, 2007). .......................................................................................................... 40
Gráfico 5.04- Perfil de rugosidade do arenito (face lisa). .............................................. 90
Gráfico 5.05- Perfil de rugosidade do arenito (face não polida). ................................. 90
Gráfico 5.06- Perfil de rugosidade do mármore (face lisa). .......................................... 91
Gráfico 5.07- Perfil de rugosidade do mármore (face não polida)............................... 91
Gráfico 5.08- Perfil de rugosidade do quartzito (face lisa). ........................................... 92
Gráfico 5.09- Perfil de rugosidade do quartzito (face não polida). .............................. 92
Gráfico 5.10- Médias das rugosidades (Rt) na face lisa e face não polida. ............... 93
Gráfico 6.11- Gráfico dos valores médios das resistências da aderência à tração das
rochas com as argamassas assentados na face lisa e local de ruptura. .......... 107
Gráfico 6.12- Gráfico da resistência da aderência à tração das rochas com as
argamassas assentadas na face não polida. ......................................................... 112
Gráfico 6.13- Resistência de aderência a tração do arenito, face não polida ......... 113
Gráfico 6.14- Resistência de aderência à tração do quartzito (não polido) ............. 114
Gráfico 6.15- Resistência de aderência à tração do mármore ................................... 117
Gráfico 6.16- Gráfico da resistência da aderência à tração do arenito com as
argamassas, assentados na face lisa e não polida............................................... 118
Gráfico 6.17- Gráfico da resistência da aderência à tração do mármore com as
argamassas, assentados na face lisa...................................................................... 119
Gráfico 6.18- Gfico da resistência da aderência à tração do quartzito com as
argamassas, assentados na face lisa...................................................................... 122
XX
XXI
Resumo
GRILLO, K. V. F (2010). Análise comparativa da aderência de tipos rochosos
assentados com três argamassas. Dissertação (Mestrado) Escola de Engenharia
de São Carlos, Universidade de o Paulo, São Carlos, 2010.
O presente estudo trata da determinação da resistência de aderência de três
rochas: arenito, mármore e quartzito assentados com três diferentes argamassas
(industrializada, resíduo e para porcelanato).
Os ensaios de resistência de aderência à tração foram executados tanto na face
lisa como na não polida (natural) dos corpos de prova e seguiram a norma NBR
14084 utilizada para material cerâmico. Os resultados obtidos foram diferentes
para os conjuntos argamassas/rochas, entretanto evidenciaram o melhor
desempenho da argamassa para porcelanato em todas as determinações. Alguns
resultados anômalos verificados em algumas combinações foram explicados pelas
características petrográficas (composição mineral, textura e estrutura),
evidenciando sua relevante influência nos valores obtidos de resistência de
aderência à tração.
Palavras chaves: Argamassa colante, arenito, quartzito, mármore, rochas
ornamentais, resíduos de rochas.
XXII
XXIII
XXIV
Abstract
GRILLO, K. V. F (2010). Comparative analysis of adherence of stone types
seated with three mortars. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São
Carlos, Universidade de São Paulo, o Carlos, 2010.
The present study deals with the determination of bond strength of three stones:
sandstone, marble and quartzite seated with three different mortars (industrialized,
waste and porcelain).
Tests on tension bond strength were performed in both the smooth face and the non-
polished (natural) of the specimens and followed NBR 14.084 used for ceramic
material. The results were different for the joint mortar / stone, but showed the best
performance of the mortar for porcelain tile in all determinations. Some anomalous
results observed in some combinations were explained by petrographics
characteristics (mineral composition, texture and structure), indicating its important
influence on the values of tension bond strength.
Key words: Adhesive mortar, sandstone, quartzite, marble, dimension stone, waste
rock.
1
Capítulo 1 Introdução
As rochas são utilizadas desde a pré-história, tendo os mais diversos usos nos
seus primórdios com moradias e chegando até a fabricação de armas. Com o passar
do tempo, os gregos começaram a inovar a arte de usar as rochas para a fabricação
de esculturas e na arquitetura. Na arquitetura, Acrópoles um templo grego do século
V a.C, inovou a arte por ser composta de rochas calcárias e xisto vermelho, e tem um
significado para os gregos de perfeição, irradiando a pureza.
Os romanos inovaram o uso de novos materiais para construção, começando
pelo “opus cementicium”, uma espécie de concreto armado resistente e o “opus
latericium”, um ladrilho, que junto com os mármores, trouxeram na época novas
concepções para as edificações. O império romano teve sua expano e, com isso, o
mármore começou a ganhar seu espaço no mundo.
A exploração e a utilização das rochas ornamentais, graças a sua variedade de
cores e texturas, são crescentes e diversificadas, possibilitando a realização de
projetos inusitados. Sua durabilidade, resistência mecânica, efeito estético e funcional
nas edificações fazem com que sua utilização seja freqüente.
O Brasil produz, aproximadamente, mais de 1.200 tipos de rochas
comercializadas no mercado interno e externo, derivadas de cerca de 1.800 jazidas
em atividade. Os principais tipos são: granitos, mármores, quartzitos, ardósias,
conglomerados, serpentinitos, pedra sabão, pedra talco e materiais do tipo pedra
2
Miracema e pedra Lagoa Santa. Estão registradas mais de 11.300 empresas
operando na cadeia produtiva (CHIODI FILHO, 2008).
As rochas ornamentais são aplicadas, principalmente, em pisos e revestimentos.
Cerca de 70% da produção mundial de mármores e granitos é utilizada na forma de
pisos (internos e externos) e em revestimentos de parede e fachadas, 17,5% em arte
funerária, 9,5% em decoração e 3,5% em outras aplicações.
O termo rocha ornamental e a definição de rochas de revestimentos de acordo
com a definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas é material rochoso
natural, submetido a diferentes graus de beneficiamento ou aperfeiçoamento (bruta,
aparelhada, apicoada, esculpida ou polida) utilizado para exercer uma função
estética.” A definição de rochas de revestimento, é a seguinte: um componente de
construção com formas geométricas (regulares) que se destinam ao embelezamento
e proteção das edificações, além de propiciar funcionalidade.
As duas grandes categorias comerciais de rochas ornamentais são os granitos e
os mármores. Podem-se citar outros grupos menos comercializado, tais como as
ardósias, os quartzitos e os arenitos.
1. Os granitos englobam um grande grupo de rochas silicatadas (ígneas ácidas,
intermediárias e básicas, tanto de origem plunica e/ou vulcânicas; granitos, sienitos,
monzonitos, dioritos, charnoquitos, diabásios, basaltos etc.). Os granitos são
produzidos em blocos e mais utilizados em placas e/ou ladrilhos polidos. As cores
destas rochas são determinadas pelos seus constituintes mineralógicos. Os minerais
que formam os granitos são definidos por associações variáveis de quartzo,
feldspatos, micas, piroxênios e anfibólios com diversos minerais acessórios em
proporções reduzidas.
3
O quartzo normalmente é translúcido, incolor ou fume; os feldspatos conferem a
coloração avermelhada, rosada, branca, creme-acinzentada e amarelada nos
granitos. A cor negra variavelmente impregnada na matriz das rochas é conferida por
teores de mica (biotita), piroxênio e anfibólio. Geralmente, são rochas de
granulometria grossa com textura equidimensional sem orientação, isto é, típica
textura granítica. Entretanto, em certos casos, são rochas com fenocristais ou
porfiroblastos orientados.
2. Os mármores comercialmente entendidos são do grupo das rochas
carbonáticas incluindo calcários, dolomitos e seus correspondentes metamórficos. Os
calcários são rochas sedimentares compostas principalmente de calcitas (carbonato
de cálcio), enquanto os dolomitos são rochas também sedimentares formadas do
carbonato de lcio e magnésio. Os mármores resultam das modificações ocorridas
em calcários e dolomitos e estão relacionados a variações nas condições de pressão
e temperatura e do ambiente geológico.
As ardósias e os quartzitos foliados são outro grupo de rochas. As ardósias são
rochas metamórficas de baixo grau, com sua clivagem originada pela orientação
planar preferencialmente de seus minerais placoídes, por isso a superfície é
notavelmente plana. Sua composição é essencialmente de mica (muscovita-sericita),
quartzo e clorita. Os quartzitos são rochas metamórficas originadas do Arenito (rochas
sedimentares) possuindo uma estrutura mais coesa. Em geral os corpos rochosos são
marcados por uma foliação metamórfica com baixo mergulho, paralelizada a sub-
paralelizada ao bandamento composicional, que possivelmente corresponde ao
acamamento sedimentar e que se encontra definida pela alternância de veis
quartzosos e veis micáceos, com espessuras variando de milímetros a centímetros,
respectivamente (FERNANDES et al., 2003).
4
Os arenitos o outro grupo de rochas sedimentares, formadas pela
sedimentação de fragmentos de minerais de 0, 006 mm a 2 mm e são compostos por
quartzo, feldspato (ou outros minerais de origem ígnea) e fragmentos líticos (MATOS,
2003).
Todos os tipos de rochas depois extraídas têm sua divio comercial em duas
categorias: naturais e tratadas. As rochas naturais são aquelas retiradas na natureza
sem qualquer tratamento e sem polimento conservando seu aspecto natural e sendo
mais resistentes às ações de intemperismo. Como a resistência das rochas naturais é
elevada, elas são mais utilizadas em áreas externas e úmidas, como por exemplo,
bordas de piscina. As rochas tratadas o aquelas que recebem tratamento, algum
tipo de polimento, aumentando seu brilho e como resultado obtendo valorização das
texturas e cores. As tratadas também podem ser lustradas, o lustro é feito de forma
diferenciada para cada tipo de rocha. Outros métodos de tratar a rocha o citados:
1. Apicoadas: opção que torna a rocha antiderrapante. Apicoamento
processo manual ou mecânico que utiliza o picão, ferramenta própria para desgastar
pedras, para conferir um aspecto salpicado.
2. Levigamento: são quando as rochas o desgastadas por abrasivos
de granulometria grossa e não recebem mais nenhum tratamento, resultando uma
superfície áspera.
3. Flamejamento: é o processo que se aplica exclusivamente ao granito,
com o objetivo de torná-lo áspero. Consiste na queima da pedra para que ocorra o
desprendimento de alguns cristais.
A diversidade e a qualidade das rochas extraídas no Brasil são responveis
por torná-lo um grande exportador mundial.
5
De acordo com SILVA (1998) “o estado do Espírito Santo, no Sudeste do Brasil
em decorrência da sua posição geográfica privilegiada, da infra-estrutura de ferrovias,
rodovias e portos dispoveis em seu território atua como o principal lo industrial de
rochas ornamentais, contribuindo para o crescimento do estado com importações e
exportações.
Unindo as variedades das rochas com o grande mero de importações e
exportações percebe-se que os sistemas de assentamento com as argamassas
destas rochas ainda não possuem tecnologia avançada. De acordo com NOGAMI
(2007) “os sistemas de revestimentos com rochas ainda que muito utilizados em
construções, são baseados no empirismo, não existindo uma metodologia para a
especificação tanto da rocha, quanto dos materiais utilizados na fixação”.
Com relação ao assentamento das placas de rochas, foram introduzidas
técnicas modernas para a realização do assentamento destas. Os Estados Unidos e a
Alemanha inovaram com a técnica de inserts metálicos que fixam a rocha na estrutura
da edificação através de perfis. Porém esta técnica ainda não é utilizada com
freqüência, pois necessita de um conhecimento do comportamento estrutural da rocha
e uma mão de obra especializada, possuindo um custo mais alto em relação ao
assentamento com argamassas, em contra partida os inserts ocasionam uma maior
confiabilidade na fixação. Para o assentamento das rochas, na maioria dos casos,
ainda são utilizadas as argamassas.
Com relação ao assentamento dos materiais cerâmicos existem normas e
especificações, mas para o assentamento das rochas não existem especificações na
literatura e por conseqüência o utilizadas, na maioria dos casos, as mesmas
normas de assentamento dos produtos cerâmicos. As técnicas de assentamento de
placas de rochas com argamassa necessitam de um projeto detalhado para prevenir
6
patologias, uma vez que, a alteração das rochas se logo após o assentamento e
posteriormente quando entra em contato com as condições atmosféricas, poluição,
produtos de limpeza.
Para permitir que os materiais cimentícios ocupem novos nichos de mercado,
faz-se necessário entender seus detalhes com o objetivo de aprimorar a sua
resistência mecânica. O aprimoramento desta resistência vem sendo discutida a
mais de duas décadas, pois a necessidade de investigar a adesão dos materiais
está diretamente ligada à incidência de problemas relacionados à perda ou a falta de
aderência.
Das principais propriedades exigidas da argamassa de revestimento no estado
endurecido destaca-se a aderência ao substrato. Apesar de sua importância, a
incidência de problemas relacionados com a falta de aderência de argamassas tem
se acentuado, tornando-se atualmente uma grande preocupação para as empresas.
Os assentamentos das cerâmicas e das placas das rochas são executados
com argamassa de acordo com a especificação dos fabricantes. Existem várias
normas para o assentamento da cerâmica, porém são escassos os estudos que
tratam do assentamento das rochas. O assentamento das placas de rochas pode ser
efetivado da argamassa e ou dos inserts metálicos, componentes que fazem a
ligação entre a placa da rocha e a estrutura da edificação. Para cada especificação
do ambiente (interno ou externo) e para cada tipo de rocha existe uma argamassa
adequada.
As argamassas começaram a ser utilizadas pelos gregos e romanos. Os
gregos preparavam misturas de cal, areia ou adicionavam gesso para obter o
estuque ou em certos casos utilizavam também a mistura do pó de mármore. Os
7
romanos utilizavam a argamassa de forma ampla, tanto no assentamento das
alvenarias, como nos revestimento de seus edifícios.
Essa dissertação esta organizada com o objetivo e fornecer a base necessária
para a contextualização do trabalho.
No Capítulo 3, é feita uma revisão na literatura, ressaltando a normatização para
o assentamento das rochas, os ensaios necessários para a caracterização das
rochas. Os processos de assentamentos com as especificações das argamassas e o
beneficiamento com a geração dos resíduos das rochas ornamentais.
O Capítulo 4 demonstra o programa experimental com os materiais e métodos
utilizados para a realização da pesquisa.
Os resultados estão presentes no Capítulo 5 e as análises dos resultados no
Capítulo 6. No Capítulo 7 estão as conclusões e as propostas para trabalhos futuros.
8
Capítulo 2 Objetivo
O objetivo deste trabalho é determinar a resistência das aderências à tração e
correlacionar as forças de arrancamento com diversas rugosidades e composições
mineralógicas para cada grupo de rocha (mármores, quartzitos e arenitos) e entre
eles. As argamassas utilizadas serão um fator importante para a classificação da
melhor aderência. Serão utilizadas, além da argamassa industrializada, a argamassa
composta de resíduos de rochas e a argamassa desenvolvida em laboratório. Por
meio dos resultados obtidos neste trabalho, poder-se a ter uma melhor avaliação das
aderências para as rochas escolhidas e um melhor uso das argamassas nos seus
assentamentos.
9
Capítulo 3 Revisão Bibliográfica
3.1- N orm at i za ção
Atualmente, segundo a definição da International Organization for
Standardization (ISO) normatização é a atividade que estabelece, em relação a
problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e
repetitiva com o objetivo de obter maior eficiência em um dado contexto”.
A norma tem origem antiga, surgindo da necessidade do homem em controlar
suas atividades.
Por volta do ano 1600 a.C., no Egito, estabeleceu-se um processo para produzir
blocos de rochas em dimensões padronizadas. Registros o conta que na Roma
Antiga as dimensões eram de 54,2x54,2x4cm e 44,4x44,4x4cm e eram especificadas
para o uso de pisos em ruas e estradas. (MOREIRAS, 2005).
No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) cita os
objetivos e benefícios:
Objetivos:
Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos.
Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e
o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços.
Proteger a vida humana e a saúde.
Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos.
Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em
diferentes países, facilitando assim o intercâmbio comercial.
10
Benefícios:
Utilizar adequadamente os recursos (equipamentos, materiais e mão-de-obra).
Uniformizar a produção.
Facilitar o treinamento da mão-de-obra, melhorando o nível técnico.
Registrar o conhecimento tecnológico.
Facilitar a contratação ou venda de tecnologia.
Reduzir o consumo de material.
Reduzir o desperdício.
Padronizar componentes.
Padronizar equipamentos.
Reduzir a variedade de produtos.
Fornecer procedimentos para lculos e projetos.
Aumentar a produtividade
Melhorar a qualidade.
Controlar os processos.
Os ensaios mostram as características físicas, qmicas, mecânicas,
petrográficas e de alterabilidade das rochas. A Tabela 3.01 mostra os ensaios com as
respectivas normas:
11
Tabela 3.01- Normas da comissão de estudo de rochas para revestimento da ABNT.
(HTTP://www.abnt.org.br)
Número
tulo
NBR 12072:1992
Determinação de Desgaste por Abrasão
NBR 12763:1992
Determinação de Resistência a Flexão
NBR 12673:1992
Determinação da Resistência ao Impacto Corpo
Duro
NBR 12765:1992
Determinação do Coeficiente de dilatação linear
NBR 12766:1992
Determinação dos Índices sicos
NBR 12767:1992
Determinação da Resistência a Compressão
Uniaxial
NBR 12768:1992
Alise petrográfica
NBR 12769:1992
Ensaio de Congelamento e Degelo
NBR 13707:1996
Projetos de Revestimento de Paredes e
Estrutura com Placas de Rochas
NBR 13708:1996
Execução e Inspeção de Revestimento de
Paredes e estruturas com Placas de Rochas
NBR 15012:2003
Terminologia
No que se trata de normas para a produção de argamassas, a atual NBR
14081 (ABNT, 2004a) trata apenas de argamassa colante industrializada a base de
cimento Portland, específicando três classes (ACI, ACII e ACIII), indicadas pela sigla
AC (Argamassa Colante), e os números (I, II, III) em função da resistência de
aderência a tração e o tempo em aberto. A norma acrescentou ainda que cada uma
das classes pode ser classificada em ACI-E, ACII ou ACIII-E, quando o tempo em
aberto for aumentado em, no mínimo, 10 minutos.
12
A NBR 14084 espefica valores de resistência 0,5MPa para o assentamento
de cerâmicas na vertical para as argamassas ACI, ACII e para as argamassas ACIII
e ACIII E ≥ 1 MPa, conforme ilustra a Tabela 3.02.
Tabela 3.02- Especificações para argamassas colantes. (ABNT,1998)
A NBR 13817 (1997)-anexo A classifica as cerâmicas em função da absorção
de água. A Tabela 3.03 corrobora a absorção de água para os diversos grupos de
argamassas.
Tabela 3.03- Especificações para as argamassas quanto à absorção de água. (ABNT, 1997)
13
3.2- R ocha s or na m enta i s n o mu nd o
No período de janeiro a novembro de 2008, as exportações brasileiras de
rochas ornamentais acumularam faturamento de US$ 890,58 milhões,
correspondentes, à comercialização de 1.866.299,44 toneladas. Estes valores
representaram, respectivamente, uma variação negativa de 11,99% e 18,90% frente
ao mesmo período de 2007. Tal variação negativa é menor do que faria supor a
dimensão da crise do mercado imobiliário dos EUA principal destino das
exportações brasileiras de rochas e da economia mundial como um todo. As
rochas processadas compuseram 80,97% do total do faturamento e 53,71% do total
do volume físico das exportações. As rochas silicáticas brutas participaram com
18,82% do faturamento e 45,96% do volume físico dessas exportações, sendo
devidos, respectivamente, apenas 0,20% e 0,32% às rochas carbonáticas brutas
(CHIODI, 2008).
Porém, as exportações brasileiras de rochas ornamentais fecham o ano de
2009 com uma grande queda de 40% no faturamento e de 32% no volume físico,
voltando as porcentagens do ano de 2004. Este fato se deve ainda por causa da
crise do mercado imobiliário dos EUA. De janeiro a maio de 2009, a participação do
faturamento das exportações de rochas, no total do faturamento das exportações
brasileiras, caiu para um patamar de 0,43%, o que é significativamente inferior ao
dos últimos anos (ABIROCHAS, 11-2009).
As importações efetuadas de janeiro a maio de 2009 somaram US$ 11,92
milhões e 23.397,70 toneladas, com variação negativa de respectivamente 42,49% e
34,85% frente ao mesmo período de 2008. Tamm é negativa, portanto, a variação
14
do preço médio dos principais produtos importados, registrando-se -15,21% para as
chapas beneficiadas de rochas carbonáticas. As rochas processadas compuseram
80,11% do valor e 76,13% do volume físico importado. As chapas aglomeradas
importadas pelas posições 6810.19.00 e 6810.99.00 somaram US$ 5,2 milhões e
6.604,60 toneladas, com variação negativa de respectivamente 13,34% e 29,29%
(seu preço médio é, portanto, ascendente) (ABIROCHAS, 11-2009).
A Tabela 3.04 apresenta uma comparação feita com as taxas das exportações
entre os anos de 2006-2009.
Tabela 3.04- Variação comparativa da taxa de crescimento do valor das exportações.
(CHIODI FILHO, 2009)
Assim as exportações efetuadas no período de janeiro a maio de 2009
somaram US$ 238,25 milhões, correspondentes à comercialização de 555.290,79
ton., com variação negativa de respectivamente 38,51% e 33,15% frente ao mesmo
período de 2008. As rochas processadas compuseram 80,35% do faturamento e
53,08% do volume físico das exportações.
15
3.2.1- Panorama das rochas ornamentais no Brasil
No ano de 2006, o Brasil colocou-se como 4º maior produtor e exportador
mundial de rochas em volume físico, como maior exportador de granitos brutos,
como 4º maior exportador de rochas processadas especiais, e como 2º maior
exportador de ardósias. No Brasil são registradas atividades de extração em cerca
de 400 municípios, assumindo-se a existência de 1.800 frentes ativas de lavra e a
produção de 1.200 variedades comerciais de rochas (CHIODI, 2007).
A atuação do setor produtivo de rochas ornamentais tem possibilitado ao país
participar de forma significativa do mercado mundial, prática favorecida pela singular
diversidade e ótima aceitação das matérias-primas brasileiras, especialmente os
granitos, que para o setor de rochas ornamentais e de revestimento, designa um
amplo conjunto de rochas silicatadas, abrangendo monzonitos, granodioritos,
sienitos, dioritos, basaltos, entre outros. Segundo as informações extraídas de
CHIODI FILHO (2008) o consumo interno de rochas é mostrado no Gráfico 3.01.
Gráfico 3.01- Consumo interno aparente de rochas ornamentais (CHIODI, 2008)
16
3.3- Par âm et ros t écn icos das R oc ha s O rn a ment a is
3.3.1- Caracterização tecnológica
Segundo BARROS et al., (2002) as rochas são sistemas químicos, em
equilíbrio natural, constitdos por minerais, nas suas variadas “espécies”. Estas
“espécies” podem encontrar-se, na natureza, associadas umas com outras rocha
polifásica, tendo em conta as suas compatibilidades, nomeadamente em termos
térmicas, ou sozinhas. Neste último caso, uma situação monomineral rocha
monomineral, onde apenas se encontra uma “espécie” que mesmo assim pode
apresentar diferentes orientações. Por mais que uma rocha seja homogênea”
quimicamente, ela poderá apresentar propriedades físicas diferentes em
determinadas porções do corpo rochoso, dependendo das suas condições de
formação (profundidade, pressão, velocidade de resfriamento, entre outras)”.
Além destas propriedades físico-químicas das rochas, deve-se analisar
também o local onde elas serão aplicadas, pois em locais com características
diferentes daquelas onde foram formadas, ficam sujeitas a condições agressivas,
sejam elas antrópicas (atrito ou desgaste, choques, contacto com produtos de
limpeza domésticos e industriais) ou naturais (variações de temperatura, exposição
solar, água e gelo) (DUARTE, 2003).
Perante as características das rochas pode-se colocar como regra, que todos
os materiais rochosos, tanto de ornamentação quanto de revestimento, devem ser
submetidos a ensaios de caracterização tecnológica. Os ensaios de caracterização
tecnológica nos mostram as características das rochas, tais como cor, dureza, grau
17
de alterabilidade, que estão ligadas às suas texturas, seus minerais constituintes,
sua granulação, descontinuidades, fissuras.
Um fato relevante e de grande importância é a caracterização tecnológica das
rochas logo na etapa de pesquisa mineral, ou seja, antes de começar a exploração
comercial do material. As exigências das características tecnológica das rochas são
descobertas recentes, porém com o aumento da demanda da utilização das rochas,
essas características tecnológicas passam a ser obrigatórias para o conhecimento
do material pétreo.
Podemos escolher uma rocha, seja para revestimento ou para ornamentação,
não apenas baseando-se no seu padrão estético, mas também observando-se as
propriedades físico-mecânicas para que estejam de acordo com os esforços
mecânicos e a ação dos intempéries para os quais a rocha estará sujeita.
Além das propriedades físico-menica das rochas, pode-se observar nos
dados da composição química da rocha, a presença de alguns compostos que
afetam a sua durabilidade, assim permite-se saber quais os elementos que
contribuem para alteração da rocha por esta reação.
Para determinar as características físicas das rochas são executados os
seguintes ensaios: o peso especifico aparente, o coeficiente de absorção de água e
a porosidade, pois uma rocha muito porosa absorve uma maior quantidade de água
na sua estrutura, podendo acelerar os processos de alteração química dos minerais.
As características mecânicas são: a resistência a compressão; à flexão; ao
choque; à compressão após os ciclos de gelo e degelo; a resistência ao desgaste; à
resistência as amplitudes térmicas; o modulo de elasticidade; o coeficiente de
dilatação térmica linear e a micro dureza.
18
A Tabela 3.05 mostra propriedades importantes para a escolha e utilização de
rochas conforme o emprego:
Tabela 3.05- Propriedades importantes para a escolha e utilização de rochas em
revestimento, conforme o emprego (FRASCÁ, 2001).
Função do
revestimento
Pisos
Ext. Int.
Paredes
Ext. Int.
Fachadas
Tampos
Tipo de rochas
X X
X X
X
X
Absorção de água
X X
X X
X
X
Desgaste abrasivo
X X
Flexão
X X
X
X
Compreso
X X
X X
X
Dilatação Térmica
X X
X X
X
Acabamento
Superficial
X X
X
Alterabilidade
X X
X
X
3.3.2 - Análise petrográfica
QUEIROZ et al., (2007) argumenta que as contribuições em nível nacional para
o setor de rochas ornamentais, a respeito da importância dos estudos petrográficos,
foram inseridas por FRAZÃO et al., (1995) que abordam, de modo qualitativo, sobre
a importância dos estudos petrográficos e do nível de informação detalhada que é
possível obter por meio dessa técnica. Com isso aprimora-se a compreensão dos
resultados tecnológicos e assegura-se uma melhor aplicação da rocha.
Com o estudo petrográfico pode-se identificar a natureza ou tipo de rocha e
analisar a composição mineralógica presente na rocha, principalmente os silicatos e
19
carbonatos que são analisados através das cores, das estruturas, da granulação e a
composição mineralógica. Através dessa análise é possível se fazer uma
reconstituição histórica da rocha. Esta análise é o método de investigação
laboratorial que possibilita avaliar as propriedades no comportamento dos
parâmetros físicos e mecânicos da rocha.
Os ensaios para a caracterização das rochas fornecem conhecimentos como: a
porosidade, as descontinuidades, as fissuras e o estado de alteração da rocha.
Pode-se também mencionar: a textura da rocha, que está relacionada com as
proporções dos diferentes minerais constituintes, como a sua natureza, origem,
dimensões dos grãos e características dos materiais cimentantes. Todos esses itens
são importantes para prever o comportamento das rochas mediante determinadas
agressões físicas e químicas, como por exemplo, a ação deletéria dos ácidos em
minerais máficos. A literatura cita alguns exemplos:
- Calcários e mármores (constitdos essencialmente pelos minerais calcita e
dolomita) o facilmente corroídos por substâncias ácidas presentes em águas de
chuva de regiões urbanas.
- Sulfetos (Pirita, calcopirita etc.) presentes em alguns granitos e mármores
alteram-se facilmente quando expostos ao ar e líquidos ácidos ou alcalinos,
formando manchas e desagregação dos minerais.
- Granitos contendo granada, mineral com propriedades físicas que os tornam
quebradiços diante de solicitações de abrasão e ambientes úmidos, tem baixa
durabilidade quando utilizados em determinados pisos e pias.
Para que seja feita a análise petrográfica nas rochas é recomendada a norma
ABNT NBR 12678.
20
3.3.3 - Índices físicos
Os índices físicos determinam a porosidade, absorção de água e a massa
específica nas rochas. Uma rocha, no seu estado natural, apresenta-se como um
conjunto de minerais interligados, constituído pelos minerais e pelos vazios entre
estes. A maior ou menor quantidade de vazios gera menor ou maior compacidade da
rocha, que refletirá numa maior ou menor massa específica e por conseqüência,
maior ou menor porosidade.
A porosidade mostra relação direta com a resistência físico-mecânica das
rochas. A absorção de água nas rochas também é um fator que pode influenciar
quando assentada em áreas expostas às intempéries e ambientes de elevada
umidade. Pode-se ressaltar que parte das patologias encontradas nas rochas,
principalmente nas rochas de revestimento é conseqüência da percolação e ou
acúmulo de soluções. O exemplo são as rochas fixadas com argamassa na fachada
de um edifício onde a especificação correta da argamassa ajuda a manter seu
aspecto estético.
A massa específica está relacionada com os aspectos de resistência físico-
mecânica das rochas mediante os esforços compressivos e de flexão, além de
permitir o cálculo do peso individual das placas especificadas no projeto
arquitetônico de uma edificação.
NAVARRO (2006) deduziu “que os valores dos índices físicos estão
interrelacionados. Por exemplo, quanto menor a densidade para granitos de uma
mesma linhagem, tanto maior se pode estimar o volume de espaços vazios
existentes na rocha. Sendo maior o volume de espaços vazios, maior será a
porosidade aparente e, possivelmente, a porosidade efetiva. Com maior porosidade
21
efetiva, que traduz a existência de poros e/ou cavidades intercomunicantes, maior
será a absorção d’água esperada para a rocha e provavelmente menor a sua
resistência físico-mecânica.
As normas utilizadas para a realização do ensaio de índices físicos são ABNT
NBR 12766 (1992). A norma ainda sugere que a rocha sofra aquecimento em estufa
para a retirada total da água, para posteriormente ser submetida a uma saturação
em água a temperatura ambiente; mas os estudos realizados na Universidade
Federal de Pernambuco (BARROS et al., 2002) provam que esse procedimento não
está correto, pois sua secagem reabre as microfissuras naturais da rocha levando a
resultados falsos, por isso sugerem a saturação da rocha no seu estado natural em
água fervente a fim de extrair o ar aprisionado na porosidade e nas microfissuras.
3.3.4 - Resistência ao desgaste abrasivo
A resistência ao desgaste abrasivo está relacionada à dureza na escala de
Mols dos minerais e ao estado de desagregação dos minerais das rochas.
As rochas silicatadas são mais resistentes que as rochas carbonatadas
definindo assim, que quanto maior a quantidade de quartzo maior será a dureza da
rocha.
O ensaio de resistência ao desgaste da rocha tem a finalidade de medir a
perda de espessura do material após ser atritado por areia normatizada 50. Após
a análise dos resultados, poderá ser especificado corretamente o uso da rocha, para
revestimento de interiores ou pisos e degraus de escadas onde o tráfego de pessoas
e veículos será intenso.
22
A norma que determina esse ensaio é a NBR 12.042 (ABNT, 1992a).
3.3.5- Resistência a compressão uniaxial
O ensaio de compressão uniaxial é realizado para utilização da rocha, seja em
revestimentos verticais ou em pisos, e visa determinar qual a tensão que provoca a
ruptura da rocha, quando submetida a esforços compressivos. A composição
mineralógica, a textura, o estado de alteração e a porosidade do material estão
relacionados com a tensão da rocha.
Rochas anisotrópicas e, principalmente, as movimentadas, com estruturas
definidas por minerais placóides (micas), tendem a apresentar valores distintos da
tensão de ruptura, de acordo com o posicionamento do eixo do corpo de prova em
relação a essas estruturas. Rochas isotrópicas, de granulação fina a média, são por
sua vez normalmente mais resistentes à ruptura por compressão uniaxial.
No estudo da resistência à compressão uniaxial, os corpos de prova são
submetidos à compressão em uma prensa que determina a tensão (MPa)
provocando a ruptura da rocha, avaliando-se a resistência da rocha quando
empregado como elemento estrutural. Este ensaio também é utilizado nas rochas
assentadas em revestimentos verticais, pisos, degraus e tampos.
23
3.3.6- Resistência à flexão
A resistência a flexão representa a tensão máxima desenvolvida na superfície
do corpo de prova quando sujeita ao arqueamento. Este ensaio visa determinar qual
a tensão que iocorrer à ruptura na rocha quando submetida a esforços fletores.
Os revestimentos de rochas em fachadas sofrem constantemente o esforço de carga
da pressão do vento.
Este ensaio é importante, pois os resultados obtidos determinam qual a carga
máxima à rocha suporta quando submetida a uma força na perpendicular.
Os ensaios de flexãoo executados de acordo com duas normas: ASTM-C99
(ABNT-NBR 12763), efetuado com três pontos e designado tração na flexão”; e o da
norma ASTM-C880, efetuado com quatro cutelos (dois de ação e dois de reação),
designado resistência à flexão. São diferentes as dimensões dos corpos de prova
utilizados para cada um dos procedimentos e as especificações de seus resultados.
3.3.7- Coeficiente de dilatação térmica
O ensaio de dilatação térmica determina o coeficiente de dilatação térmica
linear da rocha quando submetidos a variações de temperatura de 0° a 5C. Os
materiais naturais se dilatam e comprimem com o aumento ou redução da
temperatura. Os materiais escuros absorvem mais calor, atingindo um alto índice
calorífico, portanto são recomendáveis apenas para edificações em clima frio e ou
áreas internas.
Nos revestimentos assentados com argamassa o espaçamento se através
de rejuntes, materiais ligantes que preenchem os espaços vazios e permitem assim
24
a dilatação. O maior problema é que o coeficiente de dilatação da argamassa para a
rocha é diferente, portanto, pode ocorrer o descolamento, ocasionando a queda das
placas de rochas, caso não haja o espaçamento mínimo entre elas. O ensaio é feito
com dois corpos de prova aquecidos a a 50°C e novamente resfriados a 0°C,
segue a norma ABNT-NBR 12765.
3.3.8- Rugosidade
A rugosidade é um conjunto de irregularidades presentes em diversos materiais
e constitdos por pequenas saliências que caracterizam a superfície. Estas
saliências podem ser avaliadas com aparelhos eletrônicos, por exemplo, o
rugosímetro.
A rugosidade influi em diversos fatores nos diversos componentes. No caso
das rochas ornamentais influi na resistência ao desgaste e na qualidade de
aderência das rochas nas argamassas. (ROSA, 2004)
SIQUEIRA et al., (2003) cita que os aparelhos de medição de superfície
foram desenvolvidos inicialmente para metais. Com a demanda crescente por outros
materiais e a exigência do mercado na busca de um produto de melhor qualidade,
surgiu a necessidade de medição do estado de superfície para esses tipos de
materiais, dentre eles a madeira.
A rugosidade de uma superfície pode ser definida como ondulações
apresentadas na supercie. SIQUEIRA (2003) completa que “essas ondulações
podem apresentar freqüências periódicas e aperiódicas, produzidas diretamente
pelo contato da ferramenta de corte ou abrasão sobre a superfície da peça sofrendo
25
uma influência sobre o tipo de formação de cavaco. as ondulações são desvios
predominantemente periódicos, que surgem devido à fixação fora de centro,
batimento no processo de usinagem ou por vibrações nas máquinas, ferramentas ou
peças”.
RENGERS (1970 apud NOGAMI 2007) desenvolveu o primeiro perfilômetro
para o registro mecânico de rugosidade. A partir da década de 80, o avanço
tecnológico dos computadores possibilitou o desenvolvimento de resultados mais
rápidos, sofisticados e com mais precisão.
A classificação dos principais métodos disponíveis atualmente para mensurar a
rugosidade é apresentada na Tabela 3.06.
Tabela 3.06- Métodos disponíveis de medição da rugosidade (GRASSELLI, 2001).
Os parâmetros para a mensuração da rugosidade são divididos em três classes
distintas: aqueles que se baseiam na medida da profundidade da rugosidade, os que
se baseiam em medidas horizontais e os que se baseiam em medidas proporcionais.
SISTEMAS 2D
COM CONTATO
SEM CONTATO
COM CONTATO
SEM CONTATO
SISTEMAS 3D
Perfilômetro com apalpador
Perfilômetro com stylus tipo agulha
Perfilômetro laser
Equipamentos pneumáticos
Sistemas acústicos e ultrasônicos
Máquinas de medição
Fotogrametria
Interferometria
Câmeras digitais de alta precisão
26
Para aqueles que se fundamentam em medidas de profundidade, os seguintes
parâmetros ficam definidos:
Ra (roughness average) é dado pelo comprimento de amostragem
indicando a medida da rugosidade (FIGURA 3.01). ROSA (2004) cita que a
indicação do Estado de Superfícies em Desenhos Técnicos esclarece que a
característica principal (o valor) da rugosidade Ra pode ser indicada média
dos meros da classe de rugosidade correspondente, conforme a Figura
3.01.
Figura 3.01- Parâmetro da rugosidade, valor de Ra. (ROSA, 2004)
Rz (Rugosidade média)- a média aritmética dos valores de rugosidade parcial;
Rt (Rugosidade total) - corresponde à distância vertical entre o pico mais alto
e o vale mais profundo no comprimento de avaliação, como ilustra a Figura
3.02.
27
Figura 3.02- Parâmetros de rugosidade, Rt (ROSA, 2004)
Rmax - a maior das rugosidades parciais;
R3z - a média aritmética dos valores de rugosidade parcial. (GONZÁLEZ,
2005).
Naqueles casos, onde as medidas horizontais são fundamentais, os
parâmetros a serem medidos são: Lc - que é o comprimento do contato a uma
profundidade abaixo da saliência mais alta; e Tp - a fração de contato a determinada
profundidade. Por último, o parâmetro de medição de rugosidade fundamentado em
medidas proporcionais tem como variáveis: Ke - definido como coeficiente de
esvaziamento; e Kp - que é o coeficiente de enchimento (GONZÁLEZ, op cit).
Para mensurar a rugosidade dos corpos de prova, realizaram-se os ensaios
com um perfilômetro portátil (ARC-Avaliador de Rugosidade de Chapas), modificado
por RIBEIRO et al.,(2007).
De acordo com RIBEIRO et al., (2007) “o avaliador de rugosidade de chapas,
ARCé formado de: (1) um corpo de aço; (2) s ajustáveis por quatro parafusos
para nivelamento do sistema; (3) carro de medição com um defletômetro digital
(precisão de 1m) acionado por um sistema de braços ortogonais interligados, em
que em um deles é fixada a ponta de dea que toca a superfície da chapa”.
28
O carro de medição é deslocado por meio de uma rosca acionada
manualmente (4) contando-se os giros em um cilindro graduado com precisão de
0,25mm. Por meio de conexão (5) e uma interface (6) as medidas do defletômetro
são enviadas para um computador portátil (7) através de uma porta serial (FIGURA
3.03).
Figura 3.03- Avaliador de rugosidade de chapas, “ARC” (RIBEIRO et al., 2007).
A necessidade do conhecimento das características do material pétreo que
será utilizado nas fachadas ou mesmo em piso é de extrema imporncia para evitar
patologias após seu assentamento, tais como manchamentos, eflorescências de
sais, pontos de oxidação entre outros. Esses problemas podem ser minimizados ou
até evitados com a correta interpretação dos resultados destes ensaios de
caracterização de rochas ornamentais. Portanto, durante a elaboração de um projeto
de revestimento com materiais pétreos, torna-se indispenvel a interpretação
29
criteriosa dos resultados e a adequação da rocha a um meio, mais condizente com
as suas propriedades químico-mineralógicas e físico-mecânicas. Segundo FRASCÁ
(2001) “a durabilidade da rocha está baseada no período de tempo em que ela pode
manter suas características inatas em uso, sendo conseqüência das condições do
ambiente de aplicação. As Tabelas 3.07 e 3.08 indicam alguns limites das
características das rochas segundo as normas referidas.
Tabela 3.07- Valores Limites Especificados pela ASTM para Propriedades de Rochas
usadas como Revestimentos (FRASCÁ, 2001).
FRAZÃO et al., (1995) também definiram uma especificação para o emprego
de mármores e granitos.
Tabela 3.08- Valores de Algumas Propriedades de Rochas Ornamentais Brasileiras
(FRAO et al., 1995).
30
3.4- Ar ga ma ssa s de revestiment os :
De acordo com SELMO (1989) “o uso das argamassas pelas civilizações
antigas é um tema de documentação fragmentária e sem evolução cronológica
definida, porque a história da Arquitetura enfatiza muito mais a forma dos edifícios
do que, propriamente, os materiais e as técnicas de construção.
Existem rias definições de argamassas; segundo SABBATINI (1986) a
argamassa é constituída essencialmente de materiais inertes de baixa granulometria
(agregados mdos) e de uma pasta com propriedades aglomerantes, composta por
minerais e água (materiais ativos), podendo ser composto, ainda, por produtos
especiais, denominados aditivos”.
A NBR 13529 (ABNT, 1995) define a argamassa para revestimento como
sendo “uma mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s)
inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de
aderência e endurecimento”. Nesta mesma norma são definidos outros termos
usuais envolvendo o revestimento executado à base de cimento e cal, ou ambos,
quanto ao campo de sua aplicação. Podem-se encontrar definições como:
adições: materiais inornicos naturais ou industriais finamente divididos,
adicionados às argamassas para modificar as suas propriedades e cuja quantidade
é levada em consideração no proporcionamento;
argamassa de cal: argamassa preparada com cal como único aglomerante;
31
argamassa de cimento: argamassa preparada com cimento como único
aglomerante;
revestimento: é o recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com uma ou
mais camadas sobrepostas de argamassa, em espessura normalmente uniforme,
apta a receber um acabamento final.
A literatura técnica cita as seguintes principais funções dos revestimentos
externos de argamassa (FIORITO, 1994);
- Resistir à ação de variações normais de temperatura e umidade do meio,
principalmente quando de revestimentos externos, ou seja, proteger os elementos
de vedação da ação direta dos agentes agressivos.
Proteger as vedações e a estrutura contra a ação de agentes agressivos e,
por conseqüência, evitar a degradação precoce das mesmas, aumentar a
durabilidade e reduzir os custos de manutenção dos edifícios;
Auxiliar as vedações a cumprirem com as suas funções, tais como:
isolamento termo-acústico, estanqueidade à água e aos gases e segurança ao fogo;
Estéticas, de acabamento e aquelas relacionadas com a valorização da
construção ou determinação do padrão do edifício.
Diversos autores classificam as argamassas, segundo a consistência, em
secas (a pasta preenche os vazios entre os grãos), plásticas (a pasta forma uma fina
película e atua como lubrificante na superfície dos grãos dos agregados) e fluidas
(os grãos ficam imersos na pasta). A consistência é diretamente determinada pelo
conteúdo de água, sendo influenciada pelos seguintes fatores: relação
água/aglomerante, relação aglomerante/areia, granulometria da areia, natureza e
qualidade do aglomerante.
32
As propriedades da consistência da argamassa requeridas para um
assentamento ideal são: boa trabalhabilidade, facilidade de manuseio, de modo
geral, quando as argamassas distribuem-se facilmente, não grudam na ferramenta e
permanecem plásticas até que seja terminada a utilização (SABBATINI, 2000).
De acordo com o documento MR-3 da RILEM (1982 apud NOGAMI 2007), a
trabalhabilidade das argamassas é uma propriedade complexa, resultante da
conjunção de diversas outras propriedades, tais como consistência, plasticidade,
retenção de água, coesão, endurecimento sob sucção e tixotropia.
A reologia é a ciência que estuda o fluxo e a deformação dos materiais,
avaliando as relações entre a tensão de cisalhamento aplicada e a deformação em
determinado período de tempo. Considerando o comportamento reológico das
argamassas, a consistência está diretamente relacionada com a maior ou menor
fluidez, e a plasticidade está relacionada com a viscosidade da argamassa.
Atualmente existem equipamentos sofisticados que permitem uma avaliação
mais ampla do comportamento reológico de argamassas, fornecendo inclusive os
parâmetros fundamentais (viscosidade e tensão de escoamento). Estes
equipamentos não são amplamente utilizados nos laboratórios de tecnologia das
argamassas, devido, em primeiro lugar, ao seu elevado custo e, em segundo lugar, a
algumas dificuldades operacionais.
Encontra-se em CARASEK (2007) que a adesão inicial da argamassa, também
denominada de pegajosidade” é a capacidade de união inicial da argamassa no
estado fresco a uma base. Ela está diretamente relacionada com as características
reológicas da pasta aglomerante, especificamente a sua teno superficial. A
redução da tensão superficial da pasta favorece a molhagem” do substrato,
reduzindo o ângulo de contato entre as superfícies e implementação da adesão.
33
Esse fenômeno propicia um maior contato físico da pasta com os grãos de agregado
e também com sua base, melhorando, assim, a adesão.
Quando a argamassa no estado plástico é colocada sobre a superfície
absorvente do substrato, parte da água, que contém soluções dos componentes dos
aglomerantes penetra pelos poros e cavidade do substrato. No interior dos poros
ocorrem fenômenos de precipitação dos produtos de hidratação do cimento, e logo
em seguida, esses compostos exercem a função de ancoragem da argamassa com
a base.
A argamassa, devido a sua estrutura porosa, quando expostas às condições
climáticas, é capaz de fixar e transferir umidade na fase líquida como na fase vapor.
Essa umidade na forma de vapor é fixada nos poros da argamassa através dos
processos de adsorção física e condensação capilar, que em condições isotérmicas,
essa água fixada nas argamassas é transportada para o interior da rocha através do
fenômeno de capilaridade.
CARASEK (2007) afirma que “em seus estudos micro-estruturais empregando
microscópio eletrônico de varredura confirmou que a aderência decorre do
intertravamento principalmente da etringita (um dos produtos de hidratação do
cimento) no interior dos poros do substrato. Tendo em vista o mecanismo de ligação,
pode-se concluir que quanto melhor for o contato entre a argamassa e o substrato,
maior será a aderência obtida.
Segundo CARASEK op. cit. “a aderência da argamassa endurecida ao
substrato é um fenômeno essencialmente mecânico devido, basicamente, à
penetração da pasta aglomerante ou da própria argamassa nos poros ou entre as
rugosidades da base de aplicação.
34
3.4.1- Argamassa para revestimento convencional
A definição da composição da argamassa convencional é feita no próprio
canteiro de obras, a partir da medição e mistura correta dos materiais (cimento, cal,
areia e água). As argamassas podem ser compostas por um ou mais aglomerantes
(simples ou misto), podendo acrescentar aditivos para o aumento da trabalhabilidade
e resistência. A argamassa para revestimento apresenta uma consistência semi
seca nas seguintes proporções cimento e areia (1:3) e com relação de água/cimento
a/c 0,8. Na preparação da massa, em alguns casos, a sua consistência já fica
comprometida logo na medição dos materiais, pois os equipamentos utilizados não
são adequados para a correta proporção. Quando se utiliza os aditivos para
aumentar a trabalhabilidade da massa, a dificuldade de sua dosagem ainda é maior
por ser adicionada uma quantidade mínima em relação aos outros componentes.
Segundo a NBR 7200 (ABNT, 1998) quando se utiliza a cal na mistura da
argamassa produzida em obras é necessário aguardar o seu tempo de maturação,
para que seja completada a hidratação da massa, este tempo corresponde a 16
horas. A Figura 3.04 demonstra um fluxograma dos processos para preparação da
argamassa mista em obra.
35
Figura 3.04- Fluxograma dos processos para argamassa mista preparada em obra
(REGATTIERI et al.,2006).
Neste fluxograma pode-se observar que há um grande número de processos,
portanto promove maior demanda do transporte dos componentes da argamassa,
maior necessidade de áreas de armazenagem, maior quantidade de controles e por
conseqüência maior utilização de mão de obra, portanto fica evidente que a opção
por argamassa para revestimento fabricadas nos canteiros de obras não é viável, e
não são mais utilizadas com freqüência.
3.4.2- Argamassa adesiva
As argamassas industrializadas apresentam composição e dosagem
estabelecidas diretamente pelo fabricante, sendo necessária apenas a adição da
água, porém, é recomendado que se faça uma avaliação antes da utilização da
argamassa, pois os fabricantes têm interesse de atender uma grande gama de
situações do emprego e também de logística e acabam não levando em conta as
condições que serão aplicadas essas argamassas no canteiro de obra.
36
As fábricas fazem suas especificações de acordo com o ambiente que vai ser
assentado o produto, de acordo com o guia Weber (2006) as argamassas são
divididas em: ACI- argamassa com características de resistência indicadas para
solicitações mecânicas típicas de revestimento internos, com exceção daqueles
aplicados em áreas especiais como sauna, churrasqueira, estufas e outras. ACII - é
indicada para o uso em ambientes externos. Possui propriedades que diminuem a
interferência de temperatura e umidade típica do trabalho ao ar livre. ACIII- é
indicada para as condições de altas exigências, com o tempo em aberto estendido.
Específica é indicada para todos os locais especiais como saunas, piscinas, estufas.
MACIEL et al.,(1998) afirmam “que a aderência de uma argamassa no tardoz
de uma placa é uma propriedade que o revestimento tem em manter-se fixo ao
substrato, através da resistência às tenes normais e tangenciais que surgem na
interface base-revestimento”. Resultam-se da resistência de aderência à tração, da
resistência de aderência ao cisalhamento e da extensão de aderência da
argamassa.
A aderência depende das propriedades da argamassa no estado fresco, dos
procedimentos de execução do revestimento, da natureza e características da base
e da sua limpeza superficial. A resistência de aderência à tração do revestimento
pode ser medida através do ensaio de arrancamento por tração.
Para a realização do ensaio de aderência com argamassa adesiva
industrializada assentada com cerâmica é necessário, de acordo com a norma, que
o conjunto: substrato padrão, argamassa e placa de rocha devem ser submetidos a
cura durante 28 dias, as condições normais de temperatura (23ºC) e umidade (65%).
Para cura submersa em água, consiste em submeter o conjunto durante 8 dias em
condições normais e depois seguir imerso em água durante 20 dias. No final do
37
período, retira-se da água fazendo o ensaio de arrancamento. Para a cura da
argamassa em estufa é necessário colocar o conjunto: substrato padrão, argamassa
e placa de rocha em estufa para a cura, nas condições normais por 14 dias e em
aquecimento por mais 13 dias. Os valores desejáveis, de acordo com a norma NBR-
14084, para o ensaio de arrancamento estão na Tabela 3.09.
Tabela 3.09- Resistência de aderência a tração para cerâmica (NBR- 14084).
Tipo da
Argamassa
ACI
ACII
ACIII
Cura normal
0,5 MPa
0,5 MPa
1,0 MPa
Cura Submersa
0,5 MPa
0,5 MPa
1,0 MPa
Cura em Estufa
X
0,5 MPa
1,0 MPa
NOGAMI (2007) estudou uma argamassa adesiva, industrializada, de uma
empresa líder deste segmento, indicada para o assentamento de granitos. A
argamassa, de acordo com as instruções de uso, é para assentar granitos de até 60
cm x 60 cm, com espessura das placas de até 2 cm, em pisos e paredes. A análise
química foi realizada pelo ITP e o resultado está na Tabela 3.10.
Tabela 3.10- Resultados de análise química da argamassa industrializada (NOGAMI, 2007).
Determinações
Resultados (%)
Umidade
0,2
Perda do fogo
30,4
Reduo insolúvel
16,5
Anidrido silícico (SiO2)
3,47
Óxido de ferro e alumínio (R2O3)
0,99
Oxido de lcio (CaO)
36,3
Oxido de magnésio (MgO)
12,1
Anidrido sulfúrico (SO3)
0,72
Anidrido carbônico (Co2)
30,1
38
A composição da argamassa segundo a empresa é cimento branco estrutural,
calcário dolomítico, aditivos especiais e polímeros. A densidade aparente é de 1,5
g/cm³ e o desempenho do produto para a aderência quando a cura for normal é de
0,90 MPa e quando a cura for submersa em água é de 0,60 MPa.
A partir destes resultados, calculam-se os seus constituintes percentuais, traço
e relação aglomerante/agregado, em massa, considerando-se os seguintes
parâmetros:
A fração agregado é constituída por agregado carbonático dolomítico
[CaMg(CO3)2] e calcítico (CaCo3) calculado estequiometricamente a partir do teor
total de anidrido carbônico (CO2) e por agregado silicoso correspondente ao
resíduo insolúvel;
O teor de cimento foi calculado de duas maneiras: a partir do anidrido silícico
(SiO2) da argamassa adotando-se como parâmetro de referência um cimento
branco com teor de SiO2 de 20,4% - e por diferença de 100% em relação ao teor de
agregado (NOGAMI, op. cit.). Os resultados estão na Tabela 3.11.
Tabela 3.11- Resultados das análises da argamassa industrializada (NOGAMI op cit.).
Parâmetros
Cimento
Agregado
Rel. Aglo/Agre
Constituintes (%)
18,8
81,2
1: 4,3
Traço, em massa
1
4,3
X
3.4.3- Argamassa “A4Porcelanato
A argamassa para porcelanato foi desenvolvida por Almeida (2005), que
através da sua aplicabilidade, comprovou a melhora na aderência através da
39
rugosidade da superfície em relação às argamassas do mercado. A composição
utilizada é de 5% de sílica, 20% de látex, relação at/c 0,4 (at: água total, incluindo a
água proveniente do látex polimérico), a proporção cimento-areia é de 1:1, 5 e
massa e 1% de superplastificante em relação a massa do cimento.
Segundo Almeida (2005) “o mecanismo de aderência entre a argamassa e o
Porcelanato é o resultado de forças entre moléculas (ligação secundaria de Van Der
Waals) entre o filme polimérico e os compostos hidratados”.
NOGAMI (2007) estudou a comparação entre a argamassa A4” e a argamassa
industrializada realizando o ensaio de arrancamento por tração em rochas graticas.
NOGAMI (2007) comprovou que para todos os tipos de rochas (graticas)
ensaiadas a argamassa para porcelanato, apresentou aderência superior a
argamassa industrializada. A argamassa para porcelanato e a argamassa
industrializada apresentaram resistências de aderências superiores à 1 MPa (valores
apresentados superiores a norma). A aderência à tração obtida na argamassa para
porcelanato foi aproximadamente 2 vezes superior a encontrada para argamassa
industrializada, mostrando sua excelente qualidade para o assentamento de placas
de granitos. A argamassa comum obteve resultados abaixo da norma, como ilustra o
Gráfico 3.02.
40
Gráfico 3.02- Resistência de aderência à tração do Sienogranito Vermelho Brasília
(NOGAMI, 2007).
3.4.4 - Argamassa produzida com o resíduo da rocha
De acordo com CARVALHO et al., (2003) em Santo Antônio de Pádua são
comercializados dois tipos de rochas: a pedra Miracema” (tamm chamada de
paduana) e a “pedra madeira”. A rocha existente na região é classificada
geologicamente como um gnaisse milonitizado, sendo oriundo de um metamorfismo
de rochas ígneas com semelhança dos gnaisses. A rocha apresenta variedades
localmente conhecidas como pedra madeira, olho de pombo, pinta rosa e granito
fino. As três últimas variedades são comercializadas como “pedra Miracema” e
apresentam cor cinza. Esse tipo de pedra é o mais abundante na região, sendo
utilizada no revestimento de pisos, paredes e muros. A “pedra madeira” apresenta
como cores predominantes o rosa, o amarelo e o branco, sendo utilizada em pisos e
revestimento de paredes e muros.
Parte dos rejeitos destas pedreiras é usada para preparação de
paralelepípedos e brita para construção civil. Em conseqüência desta extração foi
constatado que os resíduos provocados pela extração destas rochas estavam sendo
acumulados em torno das pedreiras e serrarias como ilustra a Figura 3.05.
41
Figura 3.05- Acúmulo de rejeitos nas pedreiras (CARVALHO et al., 2003).
Trabalhos reportados na literatura demonstram o potencial da utilização de
resíduos de rochas ornamentais, particularmente de mármore e granito, no
desenvolvimento de diversos produtos para construção civil.
A geração do resíduo será mostrada com mais detalhes no item 3.6 desta
dissertação.
A granulometria e a massa volúmica do resíduo de rochas foram ensaiadas por
COELHO (2006) e os resultados estão na Tabela 3.12.
Tabela 3.12- Caracterização do Resíduo do Beneficiamento de Rochas Ornamentais
(COELHO, 2006)
Ensaios
Material retido na peneira 30 (0,6 mm) (NBR 11579 )
18,57%
Material retido na peneira 200 (0,075 mm) (NBR 11579 )
51,48%
Massa Volúmica (NBR 6474 ) (kg/dm3)
2,697
A reutilização do resíduo para a fabricação de argamassas foi estudada por
CARVALHO et al., (2003) que estudaram o resíduo da pedra Miracema” e da pedra
Madeira” o qual possui sua extração em Santo Antonio de Pádua RJ.
42
De acordo com Carvalho et al., (2003) o resíduo é “constituído de biotita
(responvel pela cor escura da pedra), quartzo e feldspatos microclina, anortita e
albita . 85% das partículas possuem tamanho menor que 44μm e seu d50 (tamanho
em que 50% das partículas são menores) é de cerca de 26μm. A densidade
aparente é 1,43 g/cm3.
A Tabela 3.13 demonstra a análise química dos resíduos de pedra Miracema”.
A quantidade de óxidos alcalinos (K2O e Na2O) é um pouco superior a 8%. O CaO
da amostra é originário dos feldspatos plagioclásios e não atua como fundente por
sua elevada temperatura de fusão. Quando se faz necessária a queima, a
quantidade de Fe2O3 (4,4%) coloração avermelhada ao produto. As baixas
perdas ao fogo indicam pouca quantidade de argila no resíduo.
Tabela 3.13- Alise Química dos Resíduos do corte da "pedra Mineira" (CARVALHO,
2003).
Compostos
SiO
2
Al
2
O
3
Fe
2
O
3
CaO
Na
2
O
TiO
2
K
2
O
MgO
P.F.
Teor (%)
67,14
14,92
4,40
1,91
2,93
0,73
5,18
0,73
0,50
3.4.5 - Inserts metálicos
Outro método utilizado para a fixação das placas de rochas, principalmente
utilizadas em fachadas, são os inserts. Os inserts são componentes metálicos que
fixam na rocha através de um prolongador existente em sua extremidade, sendo
esse conjunto ancorado na estrutura da edificação que pode ser de concreto e ou
metálica. A fixação das placas de rochas com inserts metálicos em fachadas
começou a ser realizada a mais de 40 anos na Europa e nos Estados Unidos e a
partir da década de 1980 no Brasil, passando a substituir, gradativamente o sistema
43
convencional de assentamento com argamassa (FLAIN, 1995). A fixação das rochas
com os inserts metálicos surgiu da necessidade de melhoria nas condições de
segurança, qualidade no assentamento das peças, proporcionar maior conforto
térmico e garantir maior agilidade em revestimentos externos de fachadas. Na
Figura 3.06 é apontado o esquema de fixação dos inserts.
Figura 3.06- Forma de fixão dos inserts superior e inferior (SOUZA et al., 2002).
Foi citado por FLAIN (1995) que existem dois tipos de inserts, um americano
feito em perfil ou chapa e o alemão onde o sistema é em forma de pino. O mais
utilizado no Brasil é o alemão. A estrutura dos inserts pode ter duas funções, a de
sustentar o peso da placa e a de retentores que tem a função de impedir o
tombamento das placas. O material geralmente é de aço inoxivel, pois ser mais
resistente à corrosão.
A especificação das placas para o assentamento segue três aspectos, a
espessura, o controle das características da placa e os aspectos petrográficos.
Os controles das características da placas devem ser feitos em obra, mas
especificado por um profissional treinado e o projeto deve ser muito bem definido.
44
Devem ser levadas em conta as dimenes da placas, a tonalidade de cada placa,
se há a existência de fissuras, trincas e imperfeições para que estes não venham a
danificar o seu desempenho (MOREIRAS, 2005). Todos esses motivos citados
podem afirmar que o assentamento de placas de rochas com as argamassas ainda
é o método mais utilizado.
3.5 - Pat ol ogia s d a s R ochas Or nam e nt ai s
A necessidade do conhecimento das características do material treo que é
utilizado nas fachadas ou mesmo em piso é de extrema importância para evitar as
patologias após seu assentamento. As patologias são manchamentos,
eflorescências de sais, pontos de oxidação entre outros. Essas patologias são
evitadas com a correta elaboração e interpretação dos resultados dos ensaios de
caracterização de rochas ornamentais. Portanto, durante a elaboração de um projeto
de revestimento com materiais pétreos, torna-se indispenvel a interpretação
criteriosa dos resultados e a adequão da rocha a um meio mais condizente com
as suas propriedades químico-mineralógicas e físico-mecânicas. Segundo FRAS
(2001) “a durabilidade da rocha está baseada no período de tempo em que ela pode
manter suas características inatas em uso, sendo conseqüência das condições do
ambiente de aplicação e dos caracteres físicos mecânicos das litológicas
empregadas”.
As rochas ornamentais quando empregadas como rochas de revestimentos
são muito duráveis e sua beleza contribui esteticamente, mas se houve falha na
especificação pode ocasionar problemas que certamente irão comprometer a
qualidade do revestimento e da obra.
45
As patologias nas rochas são estudadas com o intuito de diagnosticar as
causas dos problemas, podendo desta forma, minimizar ou evitar a ocorrência delas
nas próximas obras executadas com revestimento pétreo.
Em geral as patologias estão associadas a diversos fatores:
Especificação de materiais incompatíveis com as condições de
utilização, por desconhecimento das características e propriedades das
pedras;
Emprego das técnicas de execução não adequadas;
Auncia de um projeto construtivo;
Falta de controle de qualidade das etapas de produção.
As patologias são causadas por agentes físicos, que estão relacionados com
as características das rochas; químicos, com o sistema de fixação utilizado e ainda o
biológico. No caso dos agentes químicos, a utilização do sistema de fixação com
argamassa de assentamento pode ser responvel por surgimento de manchas,
causando assim o destacamento das placas. O excesso de água na argamassa
pode penetrar na rocha deixando-a com o aspecto molhado além da penetração de
impurezas e de sais solúveis que causam as eflorescências (IAMAGUTI, 2001).
Os manchamentos são devido à umidade existente na própria argamassa,
provocando alterações cromáticas na superfície da rocha. Um tipo freqüente de
manchas é a eflorescência, que ocorre pela cristalização de sais solúveis: o
carbonato de cálcio (CaCO3) e o de magnésio (MgCO3). Os destacamentos são
causados pela aderência entre a argamassa de assentamento e o tardoz da
placa de rocha.
46
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais,
o Paulo-SP, as alterações mais importantes ocorrem pelo ataque físico-químico
dos minerais constituintes das rochas, podendo-se destacar alguns fatores
conhecidos:
Os álcalis, por exemplo, na forma de soda cáustica, atacam os minerais
silicatados presentes nas rochas graníticas e granitóides em geral; Calcita
e dolomita, que são carbonatos e principais constituintes dos mármores,
sofrem ataque de todas as soluções aciduladas;
O oligoclásio, mineral silicatado da família dos feldspatos cálcio-alcalinos, e
a nefelina, tamm um mineral silicatado do tipo feldspatóide, o
sensíveis ao ácido clorídrico;
Os minerais máficos (escuros) são mais alteráveis por oxidação que os
minerais félsicos (claros), salientando-se que o hiperstênio, mineral fico
da família dos piroxênios e constituinte dos charnockitos (granitos verdes
tipo Ubatuba), degrada-se por insolação e modifica o padrão cromático da
rocha; (serpentinitos e quartzitos oxidam-se mais ou menos rapidamente).
Os sulfetos, minerais metálicos que ocorrem como acessórios tanto em
mármores, quanto em granitos, expostos às condições atmosféricas,
constituem assim um dos principais problemas das rochas de revestimento.
Ensaios específicos são feitos para verificar a alterabilidade da rocha e
podem ser úteis para a previsão, atenuação dos problemas decorrentes da
coloração, manutenção e/ou limpeza inadequados. Os ensaios
normalmente executados são o congelamento e degelo, saturação e
secagem e o ataque por reagentes qmicos. A Tabela 3.14 ilustra as
47
diversas situações de ensaios para a previsão do desempenho da rocha
(FRASCÁ, 2001).
Tabela 3.14- Situações potencialmente degradadoras de rochas ornamentais e ensaios para
previsão de desempenho (FRASCÁ, 2001).
OBJETIVO
Intempéries
Exposição
a intemperismo
artificial
Simulação da exposão de rochas, principalmente no
revestimento de fachadas, à umidade e irradiação solar (UV).
Exposição
a saturação e
secagem
Verificar eventual queda de resistência da rocha, as ciclos de
umedecimento em água e a secagem em estufa.
Variações térmicas
Exposição
da rocha a
choque térmico
Verificar eventual queda de resistência da rocha, após ciclos de
aquecimento e resfriamento imédiato em água.
Exposição
da rocha a
congelamento e
degelo
Verificar eventual queda de resistência da rocha, pela imersão da
rocha em água e realização de ciclos de congelamento e degelo em
temperatura ambiente.
Ação de poluentes
Exposição
da rocha a
ambientes ácidos
e salinos
Simulação de ambientes urbanos poluídos (umidade e H
2
SO
4
) e
marinhos (névoa salina), potencialmente degradadores de materiais
rochosos.
Assentamento em piso
Efeito da
cristalização de
sais
Simulação de efloresncias e outros efeitos deletérios por
imersão parcial de corpos-de-prova de ladrilhos polidos em soluções de
natureza ácida e básica.
O estudo das patologias nas rochas é de extrema importância para a
durabilidade do material, pois uma vez instalada a patologia, não existem técnicas
de restauração e recuperação do material rochoso.
48
3.6- Liga ç õe s da int e r face su b str a t o- ar gamassa -
r oc ha
O mecanismo de aderência entre argamassa colante e o revestimento
cerâmico ocorre em função do tipo de argamassa e da porosidade da placa. A
aderência entre argamassas cimentíceas e substrato é resultado de duas forças de
ligação (JUNG 1988, apud ALMEIDA 2005):
Resistência de aderência à tração, onde a força de ligação é normal ao plano
da camada de revestimento;
Resistência de aderência ao cisalhamento, onde a força de ligação é paralela
ao plano da camada de revestimento.
Portanto a aderência da interface da argamassa e do substrato de um
revestimento precisa resistir a esforços normais e tangenciais, resistência de tração
e cisalhamento.
Existem três fases no processo de aderência dos revestimentos de rochas
quando assentados com argamassas. Na primeira fase a argamassa em contato
com o substrato permanece aderida, mas não ocorre à completa adesão do sistema.
Na segunda fase, ainda na adesão, ocorre o sarrafeamento. Nesta fase a
argamassa tende a diminuir a plasticidade e o aumento da consistência. E na
terceira fase, a fase da aderência, a argamassa começa a perder água por
evaporação e por absorção do substrato e/ou rocha, acompletar o endurecimento
nos 28 dias.
49
A quantidade de água da mistura das argamassas constitui-se num parâmetro
de grande importância no desempenho das argamassas para o assentamento, pois
exerce uma forte influência nos parâmetros reológicos, está relacionada com a
porosidade e formação de compostos de hidratados do cimento.
A quantidade de água capaz de preencher os poros da rocha define a
capacidade da rocha em absorver e reter água e como conseência altera na
resistência a aderência. Os valores de porosidade o determinados com base na
NBR 12766 (ABNT, 1992e).
O processo de aderência mecânica é relacionado com a exteno de
aderência. Esta extensão é a razão entre a área de contato e a área total preenchida
com argamassa. Em alguns casos, esta exteno é diminuída com as falhas
causadas no contato argamassa-substrato e em materiais com absorção quase
zero. Essa interação pode ser classificada em interação física, e está intimamente
relacionada com a área de contato superficial entre os materiais aderidos e pela
hidratação do cimento.
SABBATINI (2000) cita que “a aderência mecânica ocorre por ação da
ancoragem da argamassa na superfície porosa e irregular dos componentes de
vedação, devido à continuidade entre a pasta presente na argamassa e a pasta que
penetra nos poros dos blocos”.
No presente estudo pode-se relacionar com a penetração nos poros das
rochas, ocorrendo assim à precipitação de hidróxidos e silicatos. Os componentes
precipitados intracapilares exercem na rocha uma ação de ancoragem, obtendo
assim a aderência desejada. Para que ocorra uma perfeita aderência mecânica é
necessário que a argamassa ceda água à rocha e que a sucção seja continua e
compatível com os poros em questão. A Figura 3.07 ilustra a aderência mecânica.
50
Figura 3.07- Aderência mecânica (JUNGINGER, 2007).
No caso de argamassas aditivadas com a lica (argamassa para porcelanato)
além da parcela de aderência de origem mecânica, existe também uma parcela de
origem química que se estabelece entre as superfícies de contato. ALMEIDA et
al.,(2006) descrevem que a sílica ativa consiste num material altamente pozolânico,
isto é, de alta reatividade, capaz de reagir com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) para
a formação de silicato de cálcio hidratado (C-S-H), responvel pela resistência da
pasta de cimento hidratado.
A interação física ocorre através do contato interfacial entre os diferentes
materiais que desencadeiam a formação de ligações intermoleculares (Van der
Walls), e maior quanto maior a área superficial específica dos materiais aderidos
(ALMEIDA et al.,2006).
A aderência formada pela presença de forças de ligação entre moléculas e a
adsorção química da argamassa com o substrato, são processos de ligação regida
pelas forças de van der Walls. As ligações de Van Der Waals o conduzidas por
forças intermoleculares, entre moléculas eletricamente neutras. Essas forças são as
responveis por muitos fenômenos físicos e qmicos, como a adesão, o atrito e a
viscosidade. A ligação secundária de Van Der Waals responsável pelo mecanismo
51
de aderência é considerada uma ligação fraca em comparação as ligações
primárias.
No caso das rochas escolhidas para a realização do ensaio de resistência de
aderência à tração, o arenito possui ligação secundária de Van Der Waals, pois
possui porosidade acima de 3%.
Os resultados para efeito de comparação das porosidades das rochas
encontradas na literatura serão apresentados no Capítulo 5.
3.7 - B e n e ficiamen t o das Rocha s O rn a menta is e a
ger a çã o d e r esí du os
Depois de extraídas as rochas em forma de matacões e/ou maciços rochosos,
estas são transportadas para as serrarias para o desdobramento ou serragem. O
processo de serragem do bloco para a transformação em placas inicia-se com o
esquadrejamento do bloco de modo que as laterais fiquem paralelas entre si. Em
seguida o bloco é serrado nos teares transformando-os em placas com dimenes
pré-definidas e de acordo com o fim pretendido. Nos anos 50/60 do séc. XX o
processo de serragem dos blocos era feito através de uma areia silicosa, mas com o
avanço da tecnologia a serragem passou a ser efetuada por teares com multilâminas
com injeção da lama, substituindo à areia silicosa. O processo de transformação dos
blocos em chapas ou placas semi-acabadas, possuem espessuras que variam de 1
a 3 cm, e são utilizadas as máquinas denominadas teares (FIGURA 3.08).
52
Figura 3.08- Tear para o corte da Rocha Ornamental.
Os teares possuem um sistema de injeção de água, a cal hidráulica, a granalha
de aço com o objetivo de resfriar as lâminas e executar o corte da rocha. Estes três
elementos, junto com o de pedra, resultam numa lama abrasiva que possui uma
viscosidade peculiar.
De acordo com RIBEIRO (2005) esta viscosidade é a propriedade de um fluido
que determina o grau de resistência à força cisalhante. A viscosidade é devida,
principalmente, a interação entre as partículas do fluido, resultando quanto mais
coesas as partículas estiverem uma as outras, mais viscoso será o fluido”.
A lama abrasiva após certo tempo de operação do desdobramento da rocha
não possui a viscosidade necessária para efetuar o corte e resfriar as lâminas,
então, faz-se necessário o descarte em barragens de rejeito.
Nesta barragem de rejeito é colocado um floculante para permitir a separação
da parte lida da parte líquida. O líquido é reutilizado e o sólido é levado em uma
prensa para a sua reutilização (NOGUEIRA et al., 2006).
Na Tabela 3.15 é ilustrada a composição da lama abrasiva.
53
Tabela 3.15- Composição da lama abrasiva (PERFETTI et al., 1993).
Parâmetro
Concentração
Peso específico (g/L)
1,45 a 1,70
Viscosidade
(Centipoise)
900 a 1400
Cal (g/L)
10 a 50
Detritos (g/L)
400 a 700
Água (g/L)
500 a 700
GOBBO et al., (2004) classificam esta lama residual de acordo com a NBR
10004, a resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, o anteprojeto de
Potica Estadual de Resíduos Sólidos e o Projeto de Lei 611 sobre Disciplina da
Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, como demonstrado a seguir:
NBR 10004 (2004) : classificado como classe II B em que se faz menção das
rochas. No entanto, não se faz referência específica aos finos e lama gerados.
Resolução 307: classifica-se como classe B, os quais são entendidos como
resíduos recicláveis para destinações, como plásticos, papel, papelão, metais,
vidros, madeiras e outros; onde abrangeria também os finos de serragem, polimento
e lustro”.
Anteprojeto de Política Estadual de Resíduos lidos: encaixam-se na
categoria II, os quais são resíduos industriais provenientes de atividades de
pesquisa e de transformação de matérias-primas e substâncias orgânicas em novos
produtos, por processos específicos, bem como os provenientes das atividades de
mineração e extração, de montagem e manipulação de produtos acabados e
aqueles gerados em áreas de utilidade, apoio, depósito e de administração das
instrias similares”.
54
Projeto de Lei 611: os resíduos de marmorarias se encaixariam dentre
aqueles “gerados em comércio, escritórios e serviços”, onde o seu possuidor se
desprenda ou tenha a intenção ou a obrigação de desprender-se.
Segundo dados estimados por FREIRE et al., (1995) o volume total de rejeitos
é bastante significativo e conseqüentemente seu manuseio e deposição final geram
problemas técnicos, ambientais e econômicos para as serrarias. Vale ressaltar que a
legislação ambiental está cada vez mais rígida com todos os setores, no qual, as
empresas terão que se adequar às normas.
A quantidade de resíduo gerada nas indústrias de rochas é elevada e para
tentar contribuir para um maior desenvolvimento sustentável, pesquisadores
estudam o resíduo lama” resultante do beneficiamento de rochas ornamentais na
produção de argamassas, tijolos cerâmicos, peças cerâmicas, aterros compactados
e o uso em concretos. De acordo com a citação de NEVES (2002) “as razões que
motivam os países em geral são: esgotamento das matérias-primas não renováveis,
redução do consumo de energia, menores emissões de poluentes, redução de
custos, melhoria da saúde e segurança da população”.
A viabilidade técnica da purificação da lama dos resíduos de serraria de
mármores e granitos é estudada com uma maior freqüência. Atualmente a
necessidade de cumprir as exigências do manejo de resíduos lidos gerados nas
atividades industriais vem sendo imposta nas duas últimas décadas por leis
ambientais e movimentos ecológicos em todo o mundo, procurando fazer uma
mineração auto-sustenvel, respeitando o meio ambiente e a comunidade.
CALMON et al., (1998) citam que “o setor de industrialização de rochas
ornamentais não escapa ileso das normas ambientais, sendo lembrado
55
constantemente como causa de poluição sonora, de poluição de rios, de derrubada
de árvores, etc”. Estes problemas podem gerar grandes conflitos, evitáveis quando
tomadas providências que comprovem o desenvolvimento harmônico e sustentável
do meio ambiente, com os oportunos e necessários benefícios a todas as
comunidades.
O resíduo da serragem ou lama, como é normalmente denominado, apresenta
uma granulometria fina, com 71,65% de materiais com dimenes inferior a
0,075mm. A variação do tipo de rocha granítica e ou silicatada que foi cortada não
proporciona significativas alterações na composição do resíduo final (SOUZA et al.,
2005).
A estrutura da lama apresenta três fases distintas: branca, cinza clara e cinza
escura. A fase branca apresenta o elemento ferro (93%) e outros elementos tais
como o Si (5%), o Ca e Al estão presentes em menor quantidade; esta fase constitui
a fração metálica do resíduo. A fase cinza clara é caracterizada como constituintes
da mistura abrasiva (cal e resíduo de rocha), Si (40%). A fase cinza escura tem
presença de elementos da própria rocha, com a mesma morfologia da fase anterior.
(SILVA, 1998). A sua composição qmica foi comprovada por COELHO et al.,
(2006), mostrada na Tabela 3.16.
Tabela 3.16- Alise química do resíduo do beneficiamento da rocha ornamental silicatada.
(Sendo MS: Modulo de Sílica e MA: Modulo de Aluminio) (COELHO et al.,2006).
Compostos
SiO
2
Al
2
O
3
Fe
2
O
3
CaO
CACO
3
MS
K
2
O
MA
MgO
Teor (%)
59,95
16,52
9,91
6,95
12,4
2,29
4,58
1,65
1,39
56
Algumas características específicas dos resíduos graníticos beneficiam sua
utilização industrial, tais como sua fina granulometria, sua composição química
predefinida e grãos mistos entre os componentes básicos. GONÇALVES et
al.,(2002) estudou a composição química do resíduo lido de pó de rocha gratica
cujos os resultados são apresentados na Tabela 3.17. O resíduo possui uma massa
específica de 2,76 g/ cm3, medida conforme a NBR 6474 (ABNT, 1984). Através
desta característica os compostos qmicos possuem forma cristalina com baixa
possibilidade de atividade pozolânica.
Tabela 3.17- Composição química do resíduo de rochas graníticas GONÇALVES et
al.,(2002).
Compostos
SiO
2
Al
2
O
3
Fe
2
O
3
CaO
MgO
SO
2
K
2
O
Na
2
O
PF
Teor (%)
59,62
12,77
9,49
4,83
1,96
0,03
5,3
2,72
1,98
A avaliação do risco ambiental do resíduo foi analisada por GONÇALVES op.
cit. através dos ensaios de lixiviação e solubilização, de acordo com a NBR 10005
(ABNT, 1987) e NBR 1006 (ABNT, 1987).
Na NBR 10004 (ABNT, 1987) classifica os resíduos em função das suas
propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, que podem apresentar riscos
à saúde pública e ou ao meio ambiente.
A partir dos resultados obtidos, pode-se enfatizar que no ensaio de lixiviação os
resíduos apresentaram concentração superior em relação às especificações da
norma. No ensaio de solubilização apenas o flúor não é considerado como
substância perigosa, classificando os resíduos como pertencente à classe II e
composto por material não inerte.
57
De acordo com MANHÃES et al., (2005) verifica-se “que do ponto de vista
mineralógico o resíduo é constitdo basicamente por quartzo (SiO2), microclina
(KAlSi3O8, feldspato potássico), albita (NaAlSi3O8, feldspatodico), calcita (CaCO3) e
hematita (Fe
2
O
3
). Estes resultados confirmam a presença dos constituintes
principais de rochas metamórficas do tipo gnaisse, que são ricas em feldspatos e
quartzo. As presenças de calcita e hematita estão relacionadas principalmente à
adição de granalha e óxido de cálcio como abrasivo e lubrificante no processo de
corte/serragem de rochas ornamentais.
Devido à presença de granalha nos resíduos do desdobramento dos blocos foi
necessário o estudo do poder de oxidação do Fe. Através dos ensaios de difrações
de raios X, pode-se observar que o Fe presente na amostra está se oxidando.
(GONÇALVES et al., 2002). Porém, KOTZ e TRIECHEL (1998) afirmam que a
química da corrosão do ferro na presença da água e oxigênio é 100 vezes mais
rápida que na auncia de oxigênio, e que se não há oxigênio em abunncia, a
continuação da oxidação do hidróxido de ferro II fica limitada pela formação de óxido
magnético xido misto de FeO e Fe2O3).
3.7.1 - Estudos realizados com o resíduo
Existem vários estudos da utilização do resíduo do beneficiamento, a lama, um
deles foi realizado por SOUZA et al., (2005) que relatam um estudo sobre a
utilização do rejeito com origem da serragem do granito, nos concretos asfálticos,
como filler. SOUZA et al., (2005) ressaltaram que a potencialidade da utilização do
rejeito como filler, em substituição aos produtos convencionais como o cimento e a
58
cal, visando o aproveitamento do resíduo e a redução do custo final dos concretos
asfálticos”.
Os resultados encontrados indicam que a reutilização do resíduo como filer nas
misturas asfálticas (para um teor de 5,5% de cimento asfáltico) em substituição aos
produtos convencionais satisfazem as normas preconizadas pelo DNER.
COELHO et al., (2006) mostraram nos estudos realizados que é “viável a
utilização do resíduo de granito na fabricação de blocos de concreto de vedação”. O
resíduo foi retirado dos teares que cortavam rochas silicatadas com a técnica do fio
diamantado. O resíduo foi utilizado na forma seca e na forma úmida, substituindo o
pó de pedra normalmente utilizado para a confecção dos blocos de vedação.
Os resultados foram satisfatórios, os ensaios da resistência à compressão e a
absorção de água dos blocos atendem às prescrições das normas brasileiras.
Segundo a Associação Brasielira Concreto Portland (1986), o solo-cimento é o
produto endurecido resultante da mistura de solo, cimento e água, que compactados
na umidade ótima e máxima densidade, nas proporções estabelecidas em dosagem,
adquire resistência e durabilidade por meio das reações de hidratação do cimento.
As vantagens dos tijolos de solo-cimento são: baixo custo em relação aos tijolos
comuns, durabilidade e segurança estrutural além de permitir a fabricação no local
da obra (GRANDE, 2003).
Em decorncia destas vantagens, MIRANDA (2007) apresentou por meio de
uma metodologia experimental o aproveitamento do resíduo gerado pelo
beneficiamento das rochas em tijolos de solo-cimento, com a finalidade de melhorar
o desempenho do material.
MIRANDA op cit. analisou a adição de quatro porcentagens do resíduo de
rocha: 0%, 10%, 15% e 30%. O cimento foi adicionado com os teores de 5%, 10% e
59
15%. Todos os tijolos produzidos com os teores de 10% e 15% de cimento
ultrapassaram os valores mínimos estabelecidos na NBR 8491 (ABNT, 1984),
quanto à resistência à compressão simples e a capacidade de absorção de água. Os
tijolos moldados com 15% de cimento atingiram, em média, o valor mínimo de 4,5
MPa aos 28 dias, podendo ser empregados em alvenaria estrutural.
COELHO et al., (2006) estudaram a viabilidade técnica da reutilização do
resíduo na fabricação das argamassas de assentamento e revestimento,
substituindo a argila por resíduos de rochas. Os traços estudados são: 25%, 50%,
75% e 100% (FIGURA 3.09) e as propriedades avaliadas são índice de consistência,
retenção de água, massa volúmica e exsudação de água no estado fresco e
resistência à compressão e à tração, massa volúmica, absorção e índice de vazios e
absorção de água por capilaridade no estado endurecido.
Figura 3.09- Traços das argamassas utilizadas (COELHO et al., 2006).
De acordo com os resultados de COELHO op. cit. foi possível selecionar o
traço com o teor de 75% de substituição de argila por resíduos do beneficiamento de
Rochas Ornamentais, T 75, como mais adequado para as argamassas de
revestimento e assentamento com características que atendem aos requisitos das
60
normas brasileiras. Com esta aplicação, são desenvolvidas, também, alternativas
para minimizar os problemas ambientais.
MOURA et al., (2002) demonstraram a viabilidade técnica da utilização do
resíduo de corte de mármore e granito como agregado miúdo para argamassas de
revestimento e produção de lajotas pré-moldadas para piso. A análise dos
resultados permitiu concluir que a utilização do resíduo, em até 10%, como
agregado miúdo para argamassas de revestimentos é tecnicamente viável, bem
como na produção de lajotas para piso.
O beneficiamento da serragem de granitos nos estados da Parba,
Pernambuco e Ceará também geram elevadas quantidades de resíduos. NEVES
(2002) estudou a aplicação como matéria-prima cerâmica, como componente
principal, em substituição aos tradicionais quartzo e feldspato. Os resultados
evidenciaram que os resíduos estudados apresentaram caracterização física e
mineralógica adequadas para emprego como matéria-prima cerâmica para uso em
cerâmica vermelha para a fabricação de blocos maciços, blocos furados, telhas,
revestimentos cerâmicos e grés sanitário.
A utilização do resíduo do beneficiamento de rochas ornamentais em diversos
produtos mostra-se como uma alternativa viável em conseqüência do custo reduzido
e o melhor desempenho dos materiais que foram substitdos, alem de minimizar os
problemas ambientais causados pela incorreta disposição dos resíduos em
barragens de rejeito.
61
Capítulo 4 Programa experimental
O programa experimental efetuado buscou identificar o comportamento das
argamassas industrializada, para porcelanato e de resíduo quando utilizadas para o
assentamento de rochas ornamentais. As variáveis adotadas foram: três tipos de
rochas e três tipos de argamassas.
Neste capítulo, apresentam-se o material utilizado e os procedimentos
realizados no desenvolvimento da pesquisa.
4.1- Ma t er iai s
Na seleção dos materiais foram consideradas rochas de diferentes
composições, texturas e estruturas utilizadas como elemento de revestimento nas
edificações.
4.1.1- Rochas
Para o desenvolvimento da pesquisa foram escolhidas rochas com
características e propriedades diferentes, de elevada aceitação comercial. Os
ensaios foram executados visando às comparações de comportamento frente à
aderência de diversas argamassas com placas de rochas.
As rochas escolhidas foram: o arenito, o quartzito e o mármore.
62
4.1.1.1-
Arenito
O arenito apresenta-se finamente estratificado seguido de planos bem
definidos, com coloração castanha- avermelhada e granulação densa a muito fina
medindo entre 0,05 e 0,15 mm na observação microscópica. Sua composição
mineralógica da análise da rocha é de 65% de quartzo, 24% de feldspato
(plagioclásio e feldspato potássico), 5% de biotita, 1,5% muscovita, opacos (ilmetita-
magnetita) <1%, limonita e óxidos-hidróxidos de ferro 2,5%, 1% carbonatos. Sua
estrutura mostra-se praticamente isotrópica, com sutil isorientação de alguns grãos
de quartzo e de feldspatos inequidimensionais. A estratificação igualmente sutil,
perceptível pela presença de microleitos descontínuos mais ou menos enriquecidos
em feldspatos, biotita, óxidos e hidróxidos de ferro. O arenito trata-se de uma rocha
densa e muito fina, com granulometria entre 0,05 a 0,15 mm, denotando
sedimentação imatura e com boa seleção granulométrica. O imbricamento mineral é
excelente, indicando forte compactação dos grãos minerais, sem presença de matriz
argilosa, sendo raras a carbonática e a resultante de óxidos e hidróxidos de ferro. Os
grãos minerais, principalmente, os de quartzo e os de feldspatos, apresentam-se em
formas irregulares, pouco alongados e na maioria dos casos, com contornos
angulosos a côncavo-convexos que resultam no bom engrenamento entre si. O
microfissuramento é muito baixo, do tipo intragranular e com raros planos
intercomunicantes.
A forte compactação dos grãos minerais devido à ação de um processo de
dissolução por pressão de cargas das bordas dos cristais de quartzo é levado a um
efeito de silificação parcial do arenito. As feições indicativas da forte compactação
63
devem-se ao bom imbricamento mineral e a presença de lamelas de muscovitas
esmagadas e encurvadas, inclusive parcialmente, envolvendo ou emoldurando
grãos de feldspatos angulosos sem evidências de agilização. Portanto a coesão da
rocha é dada por compactação do sedimento e, provavelmente, pela percolação de
fluidos contendo sílica livre, oriunda de processo de dissolução, embora discreto,
dos grãos de quartzo do próprio mineral sedimentar, o qual contribuiria para uma
cimentação parcial da rocha. Em resumo, trata-se de uma rocha sedimentar
classificada petrograficamente como um arenito arcosiano com micas. As
características físico-químicas o indicadas na Tabela 4.18.
Tabela 4.18- Valores médios dos ensaios de caracterização tecnogica do arenito (MATOS,
2003).
Massa Espefica Aparente Seca
2,320 (kg/m3)
Porosidade Aparente
9,28 (%)
Absorção de Água
4,00 (%)
Flexão
12,8 (MPa)
4.1.1.2 Quartzito o Tomé
O Estado de Minas Gerais exibe um grande mero de lavras de quartzitos que
são utilizados como rochas de revestimento ou ornamentais. FERNANDES et al.,
(2003) dizem que “a maior parte das exportações de quartzitos foliados extraídos em
placas do Estado de Minas Gerais é do centro Produtor de São Thomé das Letras e
a sua imporncia pode ser avaliada pela aplicação genérica do termo “Pedra São
Thomé”.
64
Estes quartzitos apresentam alto grau de recristalização e granulação
predominantemente fina; quando constitdos essencialmente por quartzo, mostram
textura granoblástica. COSTA et al., (1999) destacam que o quartzito pode
apresentar foliação até muito bem desenvolvida em função da disposição
preferencial destes filossilicatos, não permitindo a extração de blocos e o corte
regular de chapas. Normalmente, verifica-se falta de padrão e de regularidade nas
áreas de extração destes materiais. Nestes casos, a falta de regularidade dos níveis
aliada aos métodos não adequados de extração determinam grandes perdas e
baixas taxas de aproveitamento para os mesmos”.
Os quartzitos foliados São Tomé são extraídos em forma de lajotas quadradas
e retangulares para o uso de pisos e/ou revestimentos, pois suas características são
constituídas por superfícies planas, antiderrapantes e homeotermos. As extrações
em cacos e filetes são basicamente para o uso ornamental.
A rocha é composta essencialmente por quartzo (90-95%) e muscovita (5-
10%), além de plagioclásio (tr), turmalina (tr), zircão (tr), magnetita (tr) e rutilo (tr).
Exibe textura granoblástica fina de grãos de quartzo, com tamanho variando entre
0,1 e 0,6 mm. Nas frentes de lavra ocorrem intercalados aos quartzitos amarelos,
sendo a passagem de um nível para outro marcado por contato brusco. Possui uma
estrutura foliada/lâminada e metarseos listrados com camadas de biotita. Quanto
aos graus de alteração, a rocha encontra-se bem preservada, não observando-se
nenhuma transformação nos minerais silicáticos. No que se refere ao estado
microfissural, os grãos dos minerais apresentam grau de fraturamento incipiente,
observado-se microfraturamento intergranular apenas em poucos grãos de quartzo e
de minerais opacos. A deformação é caracterizada pela forte orientação das
palhetas de muscovitas e contatos poligonizados dos grãos de quartzos. Os estudos
65
físicos-mecânicos foram realizados por FERNANDES (2002) e são mostrados na
Tabela 4.19.
Tabela 4.19- Valores médios dos ensaios de caracterização tecnológica dos quartzitos do
Centro Produtor deo Tomé das Letras (FERNANDES, 2002.)
Massa Espefica Aparente seca
2,620 (kg/m3)
Porosidade Aparente
0,90 (%)
Absorção de Água
0,4 (%)
Flexão
14,61 (MPa)
Impacto de Corpo Duro
0,67 (m)
Dilatação rmica
8,90 (mm/mºC)
Desgaste Amsler
1,20 (mm)
Velocidade Prop. Ondas
3, 272 (m/s)
Microdureza knoop
7, 012 (MPa)
4.1.1.3 -
Mármore
Esmeralda:
Os mármores são rochas metamórficas constitdas principalmente por calcita
e/ou dolomita, que são responsáveis pela coloração branca; seus minerais
assessórios, onde suas impurezas determinaram o padrão cromático da rocha.
O mármore esmeralda é conhecido comercialmente por Mármore Pinta Verde”
possui sua classificação petrográfica calcita-dolomita mármore. O mármore é
proveniente do município de Gironda, no Espírito Santo, onde ocorre em lentes de
composição dolomítica a calcita com diferentes tonalidades. As lentes são
alongadas em sentido NE-SW, associadas a outras lentes de quartzitos, xistos e
rochas calco-silicatadas, intercaladas em gnaisses graníticos a tonalíticos. A
66
granulação varia entre 1,5mm a 3,00 mm. Os cristais são euedrais a subedrais com
contatos do tipo plano que formam um padrão poligonal, ora bem fino ora não,
devido à associação com contatos ncavo-convexos. O microfissuramento é de
fraco à intenso em poucos grãos e caracteriza-se por planos intergrãos que podem
apresentar comunicação entre si. As características petrográfica foram determinadas
pelo ITP (1993) e estão na Tabela 4.20.
Tabela 4.20- Valores médios dos ensaios de caracterização tecnológica do Mármore
Esmeralda (IPT, 1993).
Massa Específica Aparente
2,855 (kg/m3)
Porosidade Aparente
0,17 (%)
Absorção de Água
0,06 (%)
Flexão
13,04 (MPa)
Impacto de Corpo Duro
0,35 (m)
Dilatação rmica
8,90 (mm/mºC)
Desgaste Amsler
6,92 (mm)
Compreso Uniaxial no
estado natural
86,40 (MPa)
Modulo de Deformabilidade
67,20 (Gpa)
A Figura 4.10 ilustra as rochas ensaiadas.
67
Figura 4.10- Rochas ensaiadas
4.1.2- Argamassas
A argamassa, segundo SABBATINI (1986) pode ser constitda
essencialmente de materiais inertes de baixa granulometria (agregados miúdos) e
de uma pasta com propriedades aglomerantes, composta por minerais e água
(materiais ativos) e também por produtos especiais denominados aditivos.
As argamassas colantes podem ser definidas de acordo com a NBR 14081
(ABNT, 2004ª) como um produto industrial, no estado seco, composto de cimento
Portland, agregados minerais e aditivos químicos que, quando misturado com água,
forma uma massa viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de
placas cerâmicas para revestimento.
A argamassa é um material ligante largamente utilizado na construção civil,
desempenhando diversas funções. Entretanto, muitas falhas vêm sendo observadas
nos revestimentos pétreos assentados com argamassa, principalmente em
fachadas. O aparecimento de manifestações patológicas em um edifício
compromete a sua estética e o conforto ambiental, ocasionando sua desvalorização
perante o mercado, aumentando a insatisfação dos usuários e os gastos com
68
reparos e manutenção. Outro problema é a grande incidência de perda de materiais,
que resulta em prejuízos financeiros às empresas, além de acarretar a geração de
entulho, que muitas vezes não recebe o devido tratamento e disposição final,
causando um impacto negativo também no meio ambiente (COSTA, 2007).
Para a realização dos ensaios escolheu-se três diferentes tipos de argamassa,
a argamassa industrializada, produzida com o resíduo da rocha; a argamassa
industrializada para mármores e granitos de uma empresa líder neste segmento e a
argamassa para porcelanato desenvolvida em laboratório.
4.1.2.1- Argamassa industrializada produzida com o resíduo de
rocha
A argamassa produzida com o resíduo de rocha é específica para o
assentamento de porcelanatos (tipo ACIII).
A argamassa é produzida no município de Santo Antonio de Pádua, no estado
do Rio de Janeiro onde existe o beneficiamento de dois tipos de rochas: a Miracema
e a Madeira. Ambas as rochas são classificadas geologicamente como gnaisses
milonitizados, originários de metamorfismo de rochas ígneas. Atualmente o
desdobramento destes blocos de rochas é executado de forma manual e de maneira
bastante rudimentar, com a presença de pouqssimos especialistas. Todos esses
processos geram enormes problemas ambientais, por exemplo, o acúmulo dos
rejeitos nas pedreiras e no entorno das serrarias chega a 80% do volume extraído.
Para melhor entendimento, a argamassa industrializada produzida com o
resíduo da rocha será chamada de argamassa resíduo.
69
4.1.2.2- Argamassa industrializada para
mármore
s e
granitos
A argamassa especificada para o assentamento de mármores e granitos é
produzida por uma empresa líder no mercado neste segmento cujas características
são quase iguais à argamassa para granitos citada no capítulo 3. A argamassa de
acordo com as instruções de uso, é para assentar placas de granitos e mármores de
até 60 cm x 60 cm, com espessura de até 2 cm, em pisos e paredes. No preparo da
argamassa foi utilizada a proporção de 1 kg de argamassa para 0, 236 de água.
4.1.2.3- Argamassa A4para Porcelanato
A argamassa foi desenvolvida em laboratório especialmente para fixação de
Porcelanatos por Almeida (2005), no departamento de Arquitetura, da EESC - USP,
à qual se deu a designação de Argamassa para Porcelanato citada no Capítulo 2.
A composição desta argamassa é de 5% de lica, 20% de látex, relação at/c =
0,4 (at água total, incluindo a água proveniente do látex polimérico), a proporção
cimento: areia é 1:1, 5 em massa e 1% de superplastificante em relação à massa do
cimento.
4.2- Pr oce d iment os d os en sai os
4.2.1- Confecção do substrato padrão
O substrato padrão onde se assentou os corpos de provas é moldado de
acordo com a norma NBR 14082 (1998), com emprego dos seguintes materiais: tela
70
de aço eletrossoldado, areia, pedrisco e cimento CPll , com relação de água cimento
0,45 a 0,5, consumo mínimo de cimento de 400 kg/m3 e traço indicativo em massa
igual a 1:2 58:1,26.
Os moldes metálicos (FIGURA 4.11) possuem as seguintes dimensões 40cm x
45cm x 2,5cm e de acordo com a norma NBR 14082/1998 uma absorção de água
inferior a 0,5%.
Figura 4.11- Molde melico com a tela de aço e espaçadores plásticos
Os moldes metálicos possuem as dimenes exatas e têm o acabamento
regular. Após a montagem dos moldes efetuou-se a limpeza para a retirada de
impurezas para não influenciar na consistência do concreto e em seguida fez-se
necessária a aplicação de óleo nas superfícies para facilitar a desmoldagem do
substrato. As telas de aço eletrossoldadas com o espaçadores de plástico foram
colocadas dentro do molde, como ilustra a Figura 4.12.
Para a colocação do concreto, preparado em betoneira, é necessário que a tela
seja totalmente recoberta e que o concreto seja nivelado com as cantoneiras da
forma. Levou-se o molde com o concreto para o adensamento em mesa vibratória
(FIGURA 4.13). A cura do concreto seguiu as condições especificadas por norma
71
(temperatura de 23º C e umidade relativa do ar de 65%) (FIGURA 4.14). Após 24
horas executou-se a desmoldagem do substrato que em seguida é levado para a
cura submersa até completar 7 dias. Na seqüência, retirou-se o substrato da cura
submersa o qual foi deixado em ambiente climatizado completando assim sua cura
por mais 21 dias.
Figura 4.12- Telas de aço eletrossoldadas com o espaçadores de pstico colocadas dentro
do molde.
Figura 4.13- Preparação do substrato em mesa vibraria.
72
Figura 4.14- Cura do substrato por 24 horas.
4.2.2- Preparação dos corpos de prova
Inicialmente prepararam-se os corpos de prova para a realização dos seguintes
ensaios:
Determinação da massa especifica aparente, porosidade aparente e
absorção d’água.
Determinação da resistência da aderência à tração
4.2.2.1 - Determinação da massa específica aparente,
porosidade aparente e absorção d’água
Nessa pesquisa fizeram determinações de índices físicos no arenito, no
quartzito e no mármore, baseadas nos procedimentos estabelecidos pela NBR
12766 (ABNT, 1992a): Rochas para revestimento Determinação da massa
específica aparente, porosidade aparente e absorção d’água aparente)
Para a realização dos ensaios utilizaram-se 10 corpos de prova (FIGURA
4.15), de cada um dos três tipos de rochas, com pesos acima de 150g.
73
Figura 4.15- Corpos de prova das rochas para a execução do ensaio de índices sicos.
Após 24 horas em estufa a 70ºC pesou-se os corpos de prova. A seguir,
submergiram-se tais corpos de prova em água destilada por 24 h e foram obtidos
seus pesos saturados e submersos, com o auxílio de uma balança de precisão.
Posteriormente, calcularam-se suas massas específicas secas e saturadas,
porosidade e absorção de água, através de fórmulas especificadas na norma ABNT
12.766/1992. Os resultados são mostrados no capítulo 5.
4.2.2.2 - Determinação da resistência da aderência à tração
Os corpos de prova para o ensaio de resistência à tração são padronizados por
norma. Extraiu-se os corpos de prova das rochas com coroa diamantada de
diâmetro de 2,90 cm, como mostra a Figura 4.16. Após a extração, os corpos de
prova permaneceram com a forma cilíndrica, altura média 2,3 cm e com o topo e a
base paralelos.
74
Figura 4.16- Furadeira de coluna, extraindo o corpo-de-prova do quartzito.
Os corpos de prova do mármore permaneceram com uma face polida,
proveniente do processo de polimento industrializado e outra face rugosa devido ao
processo de serragem dos blocos em placas, executados nos teares.
As amostras do arenito apresentaram as duas faces lisas, por isso foi
necessário fazer um desplacamento manual com o formão e o martelo em planos de
fraqueza. Deste modo, uma das faces da rocha ficou com a superfície rugosa e a
outra face lisa.
O quartzito ensaiado mostrava uma face lisa e a outra face rugosa, porém foi
constatado que durante o processo de extração dos corpos de prova com a coroa
diamantada, eles desplacavam segundo planos de fraqueza inerentes à estrutura
plano-paralela da rocha (FIGURA 4.17). Deste modo, as faces dos corpos de prova
cindricos permaneceram lisas e rugosas e, portanto prontas para executar o ensaio
de resistência da aderência à tração.
75
Esses desplacamentos foram necessários para evitar a ruptura dos corpos de
prova sempre no mesmo plano de fraqueza durante o ensaio de aderência à tração
evitando possíveis erros durante o ensaio.
Para melhor entendimento, a face rugosa será chamada de face não polida
(natural) para os três tipos de rochas.
Figura 4.17- Corpos de prova do quartzito as o desplacamento.
4.2.2.2.1- Determinação do brilho
Os corpos de prova extraídos das placas de rochas do mármore e do arenito
exibiam na face lisa valores bastante diferentes do quartzito. Verificou-se nas
superfícies do mármore e do arenito brilho médio de 35 e no quartzito brilho zero.
Com o intuito de homogeneizar as medidas de brilho dos corpos de prova,
realizou- se medidas nas três rochas com o Glossmeter (aparelho de medição de
brilho) (FIGURA 4.18).
Foi necessário fazer o desgaste da superfície polida em placa de vidro com o
carbeto de silício (produto industrial, formado por carbono e silício, muito empregado
como abrasivo, em virtude da sua elevada dureza) (FIGURA 4.19). Após o desgaste,
76
confirmaram-se as medidas de brilho de todos os corpos de prova iguais a zero,
garantindo, assim, as mesmas condições iniciais para todos os tipos de rochas.
Figura 4.18- Aparelho de medição de brilho, Glossmeter.
Figura 4.19- Carbeto de Silício, desbaste do polimento do mármore.
77
4.2.2.2.2 - Retirada das bordas dos corpos de prova
Depois de preparados os corpos de prova eles foram assentados com a face
lisa nas argamassas para realizar o ensaio de resistência de aderência à tração,
obtendo o valor de resistência da aderência à tração.
Durante o ensaio de arrancamento percebeu-se que os minerais das bordas
dos corpos de prova, fragilizados devido ao movimento da broca durante a extração,
permaneciam fixos na argamassa. Com a finalidade de eliminar este efeito nos
ensaios de arrancamento dos corpos de prova executados na face não polida
(natural) fez-se um corte de aproximadamente 3 mm, com o torno mecânico, nas
bordas dos corpos que ficaram em contato com as argamassas, formando ângulo da
ordem de 45º entre a base e as paredes.
A Figura 4.20 ilustra (A) o arenito assentado com a argamassa resíduo, borda
reta e a Figura 4.20(B) o arenito assentado com a argamassa industrializada, borda
chanfrada. Percebe-se que quando se executa o chanfro na rocha, a argamassa não
preenche as laterais dos corpos de prova, evitando a ação da ancoragem da
argamassa nos minerais fragilizados, obtendo assim valores reais da resistência da
aderência à tração.
Figura 4.20- (A) o arenito assentado com a argamassa resíduo, borda reta e (B) o arenito
assentado com a argamassa industrializada, borda chanfrada.
78
Depois de executado o chanfro nos corpos de prova, fez-se necessário a
medição da nova área de contato, que permaneceu menor que o diâmetro de 2,9 cm
da broca durante o processo de extração. Foram feitas quatro medidas aleatórias do
diâmetro dos corpos de prova e tirou- se a média para o cálculo da área.
4.2.2.2.3 - Determinação da rugosidade dos corpos de prova
Para a medida da rugosidade utilizou-se o equipamento ARC -Avaliador de
Rugosidade de Chapas”, (FIGURA 4.21). RIBEIRO et al., (2005). Uma vez nivelado
o aparelho e fixado o corpo de prova na mesa, estabeleceu-se uma referência
horizontal.
A referência para iniciar as medidas na superfície não polida do mármore foi no
sentido ortogonal às estrias deixadas pelas lâminas do tear. No arenito e no
quartzito que foram desplacados manualmente segundos planos de fraqueza,
mediu-se a rugosidade em uma linha escolhida ao acaso.
Iniciou-se a medida colocando a agulha do aparelho nos corpos de provas,
girou-se o anel graduado movimentando-se horizontalmente o carro e no
defletômetro (precisão de 1mm) fez-se as leituras das depressões e saliências, as
quais foram automaticamente registradas em computador ligado ao equipamento.
Elaborou-se uma planilha específica para a anotação das informações coletadas nas
medições utilizando-se o software Excel 2007. Com estes valores construiu-se um
perfil de rugosidade [Rugosidade (mm) x L (mm)].
79
Figura 4.21- Avaliador de Rugosidade de Chapas.
Visando eliminar o efeito de forma nos perfis obtidos, executou-se
horizontalização pelo método pelo método dos mínimos quadrados (MUMMERY,
1992), conforme apresentado nas Figuras 4.22 e 4.23. Uma vez feita esta
horizontalização define-se o perfil de rugosidade correto.
Figura 4.22- Rugosidade inicial.
80
Figura 4.23- Perfil horizontalizado (MUMMERY, 1992)
A rugosidade total (Rt) é obtida pela diferença entre o pico mais alto e o vale
mais baixo ao longo do comprimento avaliado, conforme mostra a Figura 4.24.
Figura 4.24- Definição de Rt (SANDVIK, 1994 apud SPÍNOLA, 1998 in RIBEIRO, 2005)
81
4.2.3- Determinação da resistência de aderência à tração
A aplicação das argamassas nas superfícies do substrato seguiu os
procedimentos descritos na NBR 14082 (ABNT, 1998).
O substrato padrão deve estar seco, livre de qualquer partícula solta e isento
de manchas de óleo, tintas, gordura ou outras condições que prejudicam a
aderência.
O substrato padrão foi colocado em posição horizontal e estável sobre a
bancada de trabalho, aplicou-se uma porção de argamassa sobre a face
regularizada com régua. Com o lado reto de desempenadeira metálica estendeu-se
a argamassa apenas sobre a área a ser ensaiada. Em seguida o gerados sulcos
com o lado denteado da desempenadeira ao longo da superfície que deve estar
firmemente apoiada sobre o substrato e com a lâmina ligeiramente inclinada na
direção do movimento. Uma vez preparada às argamassas assentou-se os corpos
de prova com a face lisa e a face rugosa. Mantiveram-se as condições especificadas
pela norma (temperatura de 23ºC e umidade relativa do ar de 65%) por 28 dias
(FIGURA 4.25).
Figura 4.25- Assentamento dos corpos-de-prova com argamassa de resíduo.
82
Para realizar o ensaio de arrancamento, fixou-se um cilindro metálico na rocha
com a cola base (araldite). Após 24 horas com a cola totalmente seca, pode-se
encaixar o equipamento de arrancamento para dar início ao ensaio. O equipamento
para o arrancamento por tração apresenta uma manivela que regula a velocidade de
carregamento com precisão de 0,05 KN como ilustra a Figura 4.26 e seus
procedimentos são descritos pela norma (NBR 14084).
Figura 4.26- Equipamento utilizado no ensaio de resistência de adencia à tração.
Após a medição da resistência da aderência à tração, analisaram-se os
resultados que são descritos no capítulo 6.
4.2.4- Preparação das amostras para análise na lupa
A interface argamassa-rocha dos corpos de prova foi analisada através da
microscopia de luz refletida. Neste caso, foi necessário deixar alguns corpos de
83
prova fixos na argamassa para confecção das fatias que englobam as sessões
substrato-argamassa-rocha.
Restringiu-se o mero de amostras deixadas fixas nos substratos a 12,
simulando situações distintas, sendo 2 corpos de prova assentados na face não
polida e 2 na face lisa, para cada tipo de rocha.
A preparação das amostras destinadas a análise na lupa foi feita com corte
transversal na interface argamassa-rocha. Os cortes foram executados com disco
diamantado refrigerado com água. Depois com um disco de corte diamantado de
menor diâmetro e visando mais precisão, fez-se o acabamento da sessão em fatias
finas. Para o melhor acabamento da superfície que foi analisada lixou-se as
amostras com lixa d’água.
84
Capítulo 5 Resultados dos ensaios
Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos a partir dos ensaios
realizados para a caracterização das rochas ornamentais estudadas.
5.1- Det er mina ç ã o da m a ssa espec í fica apa rent e
( sec a e sa tu r ada) , por osidade e ab sor çã o d e águ a
O comportamento mecânico, físico e qmico das rochas, quando utilizadas
como material de revestimento e assentadas com argamassas, depende de fatores
como a quantidade de vazios presentes na rocha e a quantidade de poros contidos
nas argamassas.
5.1.1- Determinação da massa específica aparente (seca e
saturada)
A massa específica aparente seca (ρd) é a relação entre a massa dos sólidos
e o volume total da amostra (g/cm³).
A massa específica saturada aparente (ρsat) é a relação entre a massa dos
sólidos mais a massa d’água que ocupa os vazios e o volume total da amostra de
rocha (g/cm³).
Os resultados da massa específica aparente das rochas são mostrados na
Tabela 5.21.
85
Tabela 5.21- Resultados da massa específica aparente das rochas
Massa Espefica Aparente Seca
(g/cm³)
Massa Espefica Aparente Saturada
(g/cm³)
Arenito
1,858
1,950
Mármo re
3,002
3,004
Quartzito
2,081
2,088
5.1.2- Determinação da porosidade aparente
As tabelas 5.22, 5.23, 5.24 ilustram os resultados de porosidade aparente
para os três tipos de rochas.
Tabela 5.22- Resultados dos ensaios de porosidade aparente para o mármore
CP
Massa seca (g)
Massa saturada (g)
Massa submersa (g)
Porosidade (%)
1
353,54
353,86
232,42
2
352,24
352,50
231,32
3
379,9
380,17
254,64
4
360,61
360,9
243,89
5
335,34
335,62
212,34
6
348,07
348,4
224,87
7
362,17
362,47
247,65
8
370,54
370,88
254,54
9
378,90
379,14
278,98
10
350,87
351,23
217,87
dia
359, 21
359, 51
239,85
0,25
Tabela 5.23- Resultados dos ensaios de porosidade aparente para o quartzito
CP
Massa seca (g)
Massa saturada (g)
Massa submersa (g)
Porosidade (%)
1
223,01
223,88
112,89
2
170,48
171,08
97,45
3
186,97
187,5
112,45
4
218,92
219,68
110,87
5
215,96
216,68
106,89
6
232,26
233,07
123,43
7
191,22
191,76
98,67
8
194,67
195,23
102,45
9
192,45
193,12
99,45
10
186,23
186,98
87,45
dia
201,217
201,898
105,2
0,70
86
Tabela 5.24- Resultados dos ensaios de porosidade aparente para o arenito
CP
Massa seca (g)
Massa saturada (g)
Massa submersa (g)
Porosidade
(%)
1
163,86
171,33
81,23
2
157,21
164,42
79,56
3
165,06
172,92
83,23
4
165,29
172,96
83,56
5
180,79
189,27
97,56
6
160,32
168,17
80,45
7
162,53
170,71
79,45
8
160,7
168,17
80,34
9
166,54
178,67
87,56
10
189,45
197,34
101,34
dia
167,175
175,396
85,428
9,14
5.1.3- Determinação da absorção da água
A absorção de água é a percentagem de massa de água absorvida no volume
de vazios da rocha em relação à sua massa de sólidos. Os resultados da absorção
da água das rochas são mostrados na Tabela 5.25.
Tabela 5.25- Resultados da absoão da água das rochas
Absoão de água
Arenito
4,91%
rmore
0,08%
Quartzito
0,34%
5.2- Medidas d e b r ilho do
már m or e
e d o
ar eni t o
O mármore e o arenito apresentaram medidas médias de brilho igual a 34,50 e
18,66 e o quartzito igual a zero. Para que todos os corpos de prova mantivessem as
87
mesmas condições iniciais, ou seja, brilho final igual a zero, foi realizado o desgaste
no mármore e no arenito. Após o desgaste do brilho nas superfícies polidas das
rochas, para todas as rochas, esta face será chamada de face lisa.
A Tabela 5.26 ilustra os resultados das medidas de brilho iniciais do mármore
e do arenito.
Tabela 5.26- Medidas do brilho realizadas com o Glossmeter no mármore e no arenito.
Brilho dos corpos de prova
MÁRMORE POLIDO
ARENITO POLIDO
Medidas iniciais
Medidas iniciais
CP
CP
1
32
1
15
2
36
2
18
3
23
3
32
4
25
4
16
5
31
5
12
6
41
6
16
7
37
7
17
8
38
8
22
9
32
9
15
10
37
10
17
11
32
11
23
12
23
12
20
13
33
13
12
14
37
14
15
15
41
15
19
16
38
16
22
17
34
17
23
18
32
18
15
19
37
19
19
20
42
20
32
21
38
21
21
22
41
22
16
23
39
23
13
24
29
24
18
88
5.3- Me d i d a s da s ár ea s dos cor pos de pr ova a pós o
cha n fr o
Os corpos de prova, que inicialmente apresentaram diâmetro de 2,90 cm
(correspondente ao diâmetro interno da broca diamantada), passaram a mostrar
menores diâmetros, após a execução do chanfro. Para o lculo da resistência à
tração foi utilizada a média das áreas dos corpos de prova. As Tabelas 5.27, 5.28,
5.29 mostram os resultados.
Tabela 5.27- Medidas das áreas dos corpos de prova do arenito, face não polida.
ARENITO-FACE NÃO POLIDA
CP
cm
cm
cm
cm
MÉDIA (cm²)
ÁREA (cm²)
1
2
3
4
1
2,79
2,77
2,76
2,78
2,775
6,045
5
2,77
2,77
2,78
2,78
2,775
6,045
4
2,77
2,78
2,77
2,79
2,778
6,056
6
2,78
2,75
2,72
2,72
2,743
5,904
8
2,76
2,77
2,74
2,77
2,760
5,980
9
2,77
2,77
2,77
2,76
2,768
6,012
7
2,69
2,68
2,69
2,68
2,685
5,659
2
2,72
2,76
2,71
2,67
2,715
5,786
3
2,78
2,77
2,78
2,77
2,775
6,045
11
2,79
2,79
2,71
2,72
2,753
5,947
10
2,77
2,77
2,75
2,78
2,768
6,012
12
2,79
2,79
2,8
2,8
2,795
6,132
16
2,72
2,71
2,73
2,72
2,720
5,808
17
2,79
2,75
2,79
2,78
2,778
6,056
19
2,68
2,67
2,68
2,69
2,680
5,638
Área
média (cm²)
5,970
89
Tabela 5.28- Medidas das áreas dos corpos de prova do mármore, face não polida.
MÁRMORE/FACE O POLIDA
CP
cm
cm
cm
cm
MÉDIA (cm²)
ÁREA (cm²)
1
2
3
4
1
2,62
2,78
2,79
2,97
2,790
6,111
2
2,78
2,62
2,61
2,61
2,655
5,533
3
2,71
2,75
2,75
2,72
2,733
5,861
4
2,71
2,69
2,65
2,71
2,690
5,680
5
2,77
2,78
2,76
2,76
2,768
6,012
6
2,69
2,68
2,69
2,68
2,685
5,659
7
2,76
2,78
2,77
2,76
2,768
6,012
8
2,76
2,62
2,67
2,66
2,678
5,628
9
2,78
2,78
2,77
2,76
2,773
6,034
10
2,79
2,76
2,73
2,74
2,755
5,958
11
2,75
2,79
2,77
2,76
2,768
6,012
12
2,63
2,65
2,52
2,68
2,620
5,389
13
2,78
2,79
2,79
2,79
2,788
6,100
14
2,75
2,73
2,76
2,59
2,708
5,754
15
2,66
2,66
2,67
2,66
2,663
5,565
Área média (cm²)
5,890
Tabela 5.29- Medidas das áreas dos corpos de prova do quartzito, face não polida.
QUARTZITO/FACE RUGOSA
CP
cm
cm
cm
cm
MÉDIA (cm²)
ÁREA
(cm²)
1
2
3
4
1
2,72
2,71
2,72
2,71
2,715
5,786
2
2,66
2,65
2,66
2,65
2,655
5,533
3
2,68
2,68
2,67
2,69
2,680
5,638
4
2,68
2,66
2,67
2,67
2,670
5,596
5
2,73
2,77
2,74
2,75
2,748
5,926
6
2,72
2,72
2,71
2,72
2,718
5,797
7
2,71
2,71
2,71
2,69
2,705
5,744
8
2,67
2,67
2,67
2,67
2,670
5,596
9
2,73
2,73
2,73
2,73
2,730
5,851
10
2,71
2,74
2,74
2,74
2,733
5,861
11
2,75
2,71
2,73
2,75
2,735
5,872
12
2,71
2,71
2,72
2,71
2,713
5,776
13
2,76
2,77
2,77
2,75
2,763
5,991
14
2,69
2,68
2,68
2,68
2,683
5,649
15
2,76
2,76
2,77
2,76
2,763
5,991
Área média (cm²)
5,874
90
5.4- Perfis de r u gosi dade das r ocha s
Apresentam-se nas Figuras abaixo, a título de ilustração, como foram obtidos
os perfis de rugosidade das rochas na face lisa e na face não polida. Todos os
demais perfis encontram-se no Anexo A e no Anexo B desta dissertação.
5.4.1- Perfis de rugosidade do
arenito
(face lisa e face não
polida)
Apresentam-se nos Gráficos 5.03 e 5.04 os perfis de rugosidade do arenito na
face lisa e na face não polida.
Gráfico 5.03- Perfil de rugosidade do arenito (face lisa).
Gráfico 5.04- Perfil de rugosidade do arenito (face não polida).
y = -5E-05x + 9E-06
= 8E-10
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 01 - Rocha Arenito
Rt: 63 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 05 - Rocha Arenito
Rt= 565 mm
91
5.4.2 - Perfis de rugosidade do
mármore
(face lisa e face não
polida)
Apresentam-se nos Gráficos 5.05 e 5.06 os perfis de rugosidade do mármore
na face lisa e na face não polida.
Gráfico 5.05- Perfil de rugosidade do rmore (face lisa).
Gráfico 5.06- Perfil de rugosidade do mármore (face não polida).
y = 3E-05x - 0,0381
= 9E-10
-20
0
20
40
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 01 - Rocha Mármore
Rt.: 26 µm
-200
0
200
400
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 09 - Rocha mármore
Rt=352 µm
92
5.4.3 - Perfis de rugosidade do quartzito (face lisa e faceo
polida)
Apresentam-se nos Gráficos 5.07 e 5.08 os perfis de rugosidade do quartzito
na face lisa e na face não polida.
Gráfico 5.07- Perfil de rugosidade do quartzito (face lisa).
Gráfico 5.08- Perfil de rugosidade do quartzito (face não polida).
5.5- G r áfico de r u gosi dade média da s r ocha s n a fa ce
lisa e n a face nã o polida
Apresenta-se no Gfico 5.09 as rugosidades médias (Rt) das rochas
correspondentes às faces lisas e não polidas.
-40
-20
0
20
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 04 - Rocha quartzito
Rt.: 34 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 09 - Rocha quartzito
Rt = 508 µm
93
Gráfico 5.09- Médias das rugosidades (Rt) na face lisa e face o polida.
5.6- Re sist ências de ad e rê n cia das r oc has
asse n t ada s na fa ce l isa
Apresentam-se as resistências de aderência das rochas arenito, mármore e
quartzito, assentadas com a face lisa, nas argamassas industrializada, resíduo e
porcelanato. De cada amostra, extraíram-se corpos de prova de 2,9 cm de diâmetro,
conforme mostrado no capítulo 4. As amostras não foram retificadas e nem
chanfradas, assentou-se com as laterais retas (FIGURA 5.27).
Figura 5.27- Corpo de prova do mármore com as laterais retas.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Arenito
Mármore
Quatzito
Rt ( µm)
Face lisa
Face não polida
94
A ruptura dos corpos de prova quando assentados com argamassa ocorre de
diversas maneiras (FIGURA 5.28).
Figura 5.28- Tipos de ruptura no ensaio de determinação de resisncia de aderência à
tração de revestimento (Adaptado de CINCOTTO et al., 1995).
5.6.1- Resistência de aderência do
arenito
na face lisa
As Tabelas 5.30, 5.31 e 5.32 apresentam os valores de resistência de
aderência à tração do arenito com a três argamassas.
Tabela 5.30- Resisncia de aderência à tração do arenito com a argamassa industrializada.
Rocha:
Arenito
Argamassa:
Industrializada
nº CP
Força (kN)
Resistência
(MPa)
Rt (µm)
Ruptura
1
0,98
1,48
63
Interface
2
0,5
0,76
105
Interface
3
1,3
1,97
60
Interface
4
0,55
0,83
62
Interface
6
0,2
0,3
103
Interface
7
1
1,52
101
Interface
8
0,25
0,38
93
Interface
Soma
4,78
7,24
Resistência média (MPa)
0,68
1,03
1,03 MPa
95
Tabela 5.31- Resisncia de aderência do arenito com a argamassa de resíduo.
Rocha:
Arenito
Argamassa:
Resíduo
nº CP
Força (kN)
Resistência
(Mpa)
Rt (µm)
Ruptura
9
0,9
1,36
140
Interface
10
0,65
0,98
52
Interface
11
1
1,52
61
Interface
12
0,35
0,53
131
Interface
13
0,8
1,21
61
Interface
14
1,05
1,59
63
Interface
15
0,6
0,91
130
Interface
16
0,85
1,29
73
Interface
Soma
6,2
9,39
Resistência média (MPa)
0,78
1,11
1,11 MPa
Tabela 5.32- Resisncia de aderência à tração do arenito com a argamassa para
porcelanato.
Rocha:
Arenito
Argamassa:
Porcelanato
CP
Força (kN)
Resistência (MPa)
Ruptura
2
2,9
1,39
Rocha
3
2
3,03
Rocha
4
1,2
1,82
Rocha
5
2,25
3,41
Rocha
6
2,05
3,11
Rocha
7
1,85
2,8
Rocha
8
2,2
3,33
Rocha
9
1,9
2,88
Rocha
Soma
16,35
21,76
Resistência média (MPa)
2,04
2,72
2,72 MPa
96
5.6.2- Resisncia de aderência à tração do
mármore
na face
lisa
Nas Tabelas 5.33, 5.34 e 5.35 são apresentadas os valores de resistência de
aderência à tração do mármore com a três argamassas.
Tabela 5.33- Resisncia de aderência à tração do mármore com a argamassa
industrializada.
Rocha:
Mármore
Argamassa:
Industrializada
CP
Força (kN)
Resistência
(MPa)
Rt (µm)
Ruptura
1
0,75
1,14
26
Interface
2
0,5
0,76
55
Interface
3
1,15
1,74
72
Interface
4
1
1,52
42
Interface
5
0,3
0,45
27
Interface
6
1,3
1,97
25
Interface
8
1,35
2,05
47
Interface
9
0,4
0,61
81
Interface
Soma
6,75
10,24
Resistência média (MPa)
0,84
1,28
1,28 MPa
Tabela 5.34- Resisncia de aderência à tração do mármore com a argamassa resíduo.
Rocha:
Mármore
Argamassa:
Resíduo
CP
Força (kN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
Ruptura
10
0,4
0,61
42
Interface
11
0,5
0,76
86
Interface
12
0,35
0,53
56
Interface
13
0,8
1,21
43
Interface
14
0,95
1,44
43
Interface
15
0,45
0,68
54
Interface
16
0,5
0,76
22
Interface
Soma
3,95
5,99
Resistência média (MPa)
0,56
0,85
0,85 MPa
97
Tabela 5.35- Resisncia de aderência à tração do mármore com a argamassa de
porcelanato.
Rocha:
Mármore
Argamassa:
Porcelanato
CP
Força (kN)
Resistência (MPa)
Ruptura
1
0,85
1,29
Rocha
2
1,35
2,05
Rocha
7
0,8
1,21
Rocha
11
1,7
2,58
Rocha
12
0,9
1,36
Rocha
14
2,05
3,11
Rocha
15
0,5
0,76
Rocha
18
1,2
1,82
Rocha
Soma
9,35
14,18
Resistência média (MPa)
1,17
1,77
1,77 MPa
5.6.3- Resistência de aderência à tração do quartzito na face
lisa
Nas Tabelas 5.36, 5.37 e 5.38 apresentam-se os valores de resistência de
aderência à tração do mármore com a três argamassas.
Tabela 5.36- Resisncia de aderência à tração do quartzito com a argamassa
industrializada.
Rocha:
Quartzito
Argamassa:
Industrializada
CP
Força (kN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
Ruptura
3
1,35
2,05
12
Interface
02
1
1,52
10
Interface
5
1,25
2,35
28
Interface
7
0,55
0,83
34
Interface
8
0,3
0,45
39
Interface
9
0,30
0,45
27
Interface
Soma
4,75
7,65
Resistência média (MPa)
0,79
1,27
1,27 MPa
98
Tabela 5.37- Resisncia de aderência à tração do quartzito com a argamassa de resíduo.
Rocha:
Quartzito
Argamassa:
Resíduo
CP
Força (kN)
Resistência (MPa)
Rt
(µm)
Ruptura
12
0,91
1,34
57
Interface
22
1,05
1,59
89
Interface
3
0,55
0,83
29
Interface
5
0,65
0,98
40
Interface
6
0,75
1,13
26
Interface
14
0,6
0,91
12
Interface
8
0,65
0,98
62
Interface
Soma
5,16
7,76
Resistência média (MPa)
0,74
1,1
1,10MPa
Tabela 5.38- Resisncia de aderência à tração do quartzito com a argamassa porcelanato.
Rocha:
Quartzito
.Argamassa:
Porcelanato
CP
Força (kN)
Resistência (MPa)
Ruptura
1
1,05
1,59
Rocha
2
1,2
1,82
Rocha
3
0,95
1,44
Rocha
4
1,15
1,74
Rocha
5
1,4
2,12
Rocha
6
0,8
1,21
Rocha
7
1,55
2,35
1,00
1,52
Soma
9,10
13,79
Resistência média (MPa)
1,13
1,72
1,72 MPa
99
5.7- Re sist ências de ad e rê n cia das r oc has
asse n t ada s na fa ce n ã o pol ida
Apresentam-se os valores de resistências de aderência das rochas arenito,
mármore e quartzito, assentados com a face não polida, nas argamassas
industrializada, resíduo e porcelanato.
5.7.1- Resistência de aderência do
Arenito
Nas Tabelas 5.39, 5.40 e 5.41 são apresentados os valores das resistências
de aderência à tração do arenito com as respectivas argamassas.
Tabela 5.39- Resisncia de aderência do arenito com a argamassa industrializada.
Rocha:
Arenito
Argamassa:
Industrializada
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt(µm)
Ruptura
4
1,09
1,82
399
Interface
6
1,50
2,5
409
Interface
8
0,73
1,21
430
Interface
9
0,73
1,21
462
Interface
5
1,27
2,12
565
Interface
1
0,73
1,21
1163
Interface
Soma
6,05
10,08
Resistência média
(MPa)
1,01
1,68
1,68 MPa
100
Tabela 5.40- Resistência de adencia do arenito com a argamassa resíduo.
Rocha:
Arenito
Argamassa:
Resíduo
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
Ruptura
12
0,85
1,44
336
Interface
3
0,45
0,76
344
Interface
7
0,77
1,29
410
Interface
2
0,70
1,14
425
Interface
10
0,73
1,21
465
Interface
11
1,13
1,89
343
Interface
Soma
4,63
7,73
Resistência média (MPa)
0,77
1,29
1,29 MPa
Tabela 5.41- Resisncia de aderência do arenito com a argamassa porcelanato
Rocha:
Arenito
Argamassa:
Porcelanato
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
Ruptura
15
1,55
2,58
317
Rocha
13
1,45
2,42
337
Rocha
18
1,55
2,58
324
Rocha
14
1,72
2,88
397
Rocha
16
1,95
3,26
463
Rocha
17
2,00
3,33
954
Rocha
Soma
10,22
17,05
Resistência média (MPa)
1,70
2,84
2,84 MPa
5.7.2- Resistência de aderência do
mármore
Nas Tabelas 5.42, 5.43 e 5.44 serão apresentados os valores das resistências
de aderência à tração do mármore com as respectivas argamassas.
101
Tabela 5.42- Resisncia de aderência do mármore com a argamassa industrializada.
Rocha:
Mármore
Argamassa:
Industrializada
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
Ruptura
21
0,25
0,42
101
Interface
22
0,35
0,53
121
Interface
11
0,7
1,06
180
Interface
26
1,05
1,59
181
Interface
5
1,05
1,59
188
Interface
17
0,35
0,59
256
Interface
27
0,70
1,19
266
Interface
23
1,00
1,69
267
Interface
3
1,65
2,80
268
Interface
24
1,05
1,78
295
Interface
25
0,55
0,93
311
Interface
19
0,70
1,19
385
Interface
18
1,10
1,86
386
Interface
6
1,00
1,69
378
Interface
5
0,65
1,10
390
Interface
10
1,25
2,12
537
Interface
18
0,50
0,85
456
6
0,55
0,93
356
Soma
14,45
23,92
Resistência média (MPa)
0,80
1,35
1,35 MPa
Tabela 5.43- Resisncia de aderência do mármore com a argamassa resíduo.
Rocha:
Mármore
Argamassa:
Resíduo
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
Ruptura
15
0,9
1,53
162
Interface
2
0,8
1,36
221
Interface
4
1
1,69
228
Interface
1
0,55
0,93
241
Interface
3
0,6
1,02
253
Interface
11
0,85
1,44
266
Interface
9
1
1,69
289
Interface
13
0,9
1,53
293
Interface
10
1
1,69
351
Interface
7
0,9
1,53
376
Interface
12
1
1,69
492
Interface
14
0,7
1,19
597
Interface
8
0,64
1,08
605
Interface
6
0,25
0,42
698
Interface
Soma
11,09
18,80
Resistência média (MPa)
0,79
1,22
1,22 MPa
102
Tabela 5.44- Resisncia de aderência do mármore com a argamassa porcelanato.
Rocha:
Mármore
Argamassa:
Porcelanato
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt
(µm)
Ruptura
15
0,94
1,59
97
Rocha
14
1,42
2,42
107
Rocha
16
0,90
1,52
118
Rocha
17
1,87
3,18
174
Rocha
18
1,83
3,11
175
Rocha
13
1,02
1,74
358
Rocha
Soma
7,98
13,56
Resistência média (MPa)
1,33
2,26
2,26 MPa
5.7.3- Resistência de aderência do quartzito
Nas Tabelas 5.45, 5.46 e 5.47 são apresentados os valores das resistências
de aderência à tração do mármore com as respectivas argamassas.
Tabela 5.45- Resisncia de aderência do quartzito com a argamassa industrializada.
Rocha:
Quartzito
Argamassa:
Industrializada
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
Ruptura
17
0,50
0,83
124
Interface
18
0,32
0,53
165
Interface
16
0,44
0,76
177
Interface
13
0,54
0,91
188
Interface
14
0,27
0,45
199
Interface
19
0,50
0,83
213
Interface
8
0,90
1,52
317
Interface
6
0,54
0,91
318
Interface
20
0,40
0,68
328
Interface
15
0,35
0,61
367
Interface
12
0,26
0,45
395
Interface
9
0,35
0,61
508
Interface
10
0,40
0,68
527
Interface
1
0,62
1,06
579
Interface
Soma
6,39
10,83
Resistência média (MPa)
0,45
0,77
0,77 MPa
103
Tabela 5.46- Resisncia de aderência do quartzito com a argamassa resíduo
Rocha:
Quartzito
Argamassa:
Resíduo
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
Ruptura
7
0,27
0,45
280
Interface
1
0,44
0,76
202
Interface
8
0,35
0,61
220
Interface
9
0,54
0,91
229
Interface
4
0,50
0,83
294
Interface
3
0,67
1,14
318
Interface
10
0,56
0,98
348
Interface
2
0,62
1,06
437
Interface
12
0,10
0,15
458
Interface
6
0,10
0,15
551
Interface
11
0,44
0,76
702
Interface
5
0,44
0,76
245
Interface
Soma
5,03
8,56
Resistência média (MPa)
0,41
0,71
0,71 MPa
Tabela 5.47- Resisncia de aderência do quartzito com a argamassa porcelanato
Rocha:
Quartzito
Argamassa:
Porcelanato
N º
CP
Força (KN)
Resistência (MPa)
Rt (µm)
16
0,62
1,06
317
Rocha
13
1,05
1,81
504
Rocha
17
0,90
1,51
599
Rocha
15
0,85
1,41
790
Rocha
18
1,00
1,66
888
Rocha
14
1,00
1,66
524
Rocha
Soma
5,42
9,11
Resistência média (MPa)
0,90
1,52
1,52 MPa
104
5.8- an á lises com l u pa b i n ocu la r da in ter face
ar ga massa - r ocha
A resistência de aderência pode ser definida como a capacidade que a
interface argamassa-rocha possui em resistir tensões normais (tração) e tangenciais
(cisalhamento) sem romper-se. Assim sendo, pode-se concluir que a aderência deve
ser entendida como uma junção de duas propriedades da interface-rocha: a
resistência de aderência à tração e a resistência de aderência ao cisalhamento, e
ambas o influenciadas pela extensão de aderência (corresponde à razão entre a
área de contato efetivo da rocha com a argamassa e a área total possível a ser
unida).
Com o objetivo de acrescentar informações da interface argamassa-rocha,
que pudessem explicar determinados comportamentos foi efetuado observações
com lupa binocular. A título de exemplo apresentam-se as Figuras 5.29 e 5.30 e
demais análises serão discutidas no capitulo 6.
Figura 5.29- Imagem da interface argamassa-rocha do corpo de prova do quartzito.
105
Figura 5.30- Imagem da interface argamassa-rocha do corpo de prova do arenito.
106
Capítulo 6 Análise dos Resultados
6.1- Det er mina ç ã o da m assa e spec í fica a pa rent e
( se c a e sa tu r ada) , por osida de e ab sor ção de á gu a
A análise dos valores médios da porosidade aparente das rochas mostra que
o mármore e o quartzito preenchem as especificações no uso como rochas
ornamentais, pois apresentam valores 1,0%. o arenito apresenta valores de
porosidade aparente de 9,14%, portanto não é viável a sua utilização como
revestimento externo.
Os resultados dos ensaios de absorção d’água são compatíveis com os da
porosidade aparente, pois as rochas que apresentam valores maiores de absorção
d’água também exibem as maiores porosidades aparentes.
6.2- R esistê nc ia s de a der ênc ia à t ra çã o
As análises dos resultados de aderência à tração das rochas selecionadas,
assentadas na face lisa e na face não polida são apresentadas a seguir.
6.2.1- Resistências de aderência à tração na face lisa
Os resultados médios dos ensaios de aderência à tração dos três tipos de
rochas assentadas com as três argamassas (argamassa para porcelanato,
industrializada e resíduo) na face lisa são mostrados na Tabela 6.48 e no Gráfico
6.10.
107
Observa-se na Tabela 6.48 que os valores médios das resistências de
aderência à tração das rochas assentadas com as argamassas industrializada e
porcelanato são superiores a 1 MPa, atendendo à norma (NBR 14084). Os corpos
de prova do arenito e do quartzito assentados com a argamassa resíduo mostraram
valores médios de resistência de aderência à tração superiores a 1 MPa, porém o
valor no mármore permaneceu inferior à norma.
Tabela 6.48- Valores médios das resistências da adencia à tração da face lisa.
Resistência média (MPa)
Argamassa
Rocha
Industrializada
Reduo
Porcelanato
Arenito
1,03
1,11
2,72
Mármore
1,28
0,85
1,77
Quartzito
1,27
1,1
1,72
Gráfico 6.10- Gfico dos valores médios das resisncias da aderência à tração das rochas
com as argamassas assentados na face lisa e local de ruptura.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Arg. Industrializada
Arg. Resíduo
Arg. Porcelanato
Resistência da adencia à tração (Mpa)
Arenito
rmore
Quartzito
Interface
Interface
Interface
Interface
Interface
Interface
Rocha
Rocha
Rocha
Tipos de
rupturas:
Interface e
Rocha
108
Analisando os corpos de prova do mármore assentados com a argamassa
resíduo verifica-se, após o arrancamento, a existência de minerais fixos na
argamassa. É provável que durante a extração dos corpos de prova, para o
assentamento na face lisa, a vibração da coroa diamantada tenha produzido
microfissuras inter e intragranulares ou mesmo destacado grãos minerais no
momento do arrancamento, tornando as bordas dos corpos de prova mais frágeis e
passíveis de se fixarem na argamassa. A textura granoblástica dos mármores, na
qual os minerais se encontram justapostos, favorece o processo de
microfissuramento referido. Este microfissuramento facilita a penetração da
argamassa por ele e como decorncia tem-se a solidarização da argamassa e
minerais (FIGURA 6.31).
Figura 6.31- Minerais fixos na argamassa após o arrancamento dos corpos de prova.
Comparando-se os locais de ruptura dos corpos de prova após o arrancamento
verificou-se que aqueles assentados com a argamassa para porcelanato a ruptura
109
ocorreu na rocha, enquanto os que estavam assentados com as argamassas
industrializada e resíduos a ruptura ocorreu na interface argamassa-rocha. A Figura
6.32 exemplifica aquele tipo de ruptura para o arenito assentado com a argamassa
porcelanato.
Para a argamassa porcelanato, o valor médio da resistência da aderência à
tração do arenito é o maior e os valores são semelhantes para o quartzito e o
mármore. Como as rupturas para as três rochas ocorreram nos corpos de prova, na
verdade a resistência à tração medida reflete as resistências delas. Desta forma,
depreende-se que, no mínimo, a resistência à tração na interface argamassa-rocha
apresenta o mesmo valor desta resistência para cada tipo de rochoso.
Figura 6.32- Corpo de prova após o ensaio do arrancamento das rochas assentadas com a
argamassa para porcelanato.
6.2.2- Resisncias de aderência à tração na face não polida
(natural)
Com o intuito de eliminar ou minimizar a fixação de argamassa nos corpos de
prova do mármore e do arenito ao longo de microfissuras, geradas na extração dos
corpos de prova na face não polida, executou-se um chanfro nas bordas das rochas,
retirando-se assim os minerais eventualmente fragilizados.
110
A Figura 6.33 ilustra o chanfro executado no arenito assentado com a
argamassa industrializada. As rochas assentadas com as argamassas
industrializada e resíduo o aderiram ao chanfro, mostrando que a resistência da
aderência está totalmente relacionada à real área de contato recalculada antes do
assentamento dos corpos de prova, conforme descrito anteriormente. Após o
arrancamento dos corpos de prova confirmou-se este fato verificando-se a não
existência de minerais fixos nas argamassas industrializada e resíduo.
Figura 6.33- Corpo de prova do arenito, assentado na argamassa industrializada, na face
não polida.
Para todos os tipos de rocha, a argamassa para porcelanato preencheu os
chanfros como conseência da sua fluidez (FIGURA 6.34). Porém, este fato não
influenciou no valor da resistência da aderência, pois as rupturas dos corpos de
prova na face não polida (chanfrada) ocorreram nas rochas, devido à elevada
capacidade de aderência desta argamassa.
111
Figura 6.34- Corpo de prova do mármore (face não polida) assentado com a argamassa
porcelanato.
Os valores de resistência da aderência das três rochas (arenito, mármore e
quartzito) assentadas com as três argamassas (argamassa para porcelanato,
industrializada e resíduo) na face não polida são apresentados na Tabela 6.49 e no
Gráfico 6.11.
Percebe-se na Tabela 6.49 que os corpos de prova do arenito e do mármore
assentados com as argamassas industrializada, resíduo e porcelanato e o quartzito
assentado com a argamassa porcelanato apresentaram resistências superiores a 1
MPa atendendo a norma (NBR 14084). Os corpos de prova do quartzito assentados
com as argamassas industrializada e resíduo mostraram valores de resistência de
aderência à tração inferior a 1 MPa, não atendendo a referida norma (NBR 14.084)
Os corpos de prova assentados com a argamassa para porcelanato
apresentaram a ruptura na rocha, prevalecendo o arenito com o maior valor de
resistência de aderência. Este fato deve-se à formação desta rocha, que embora
sendo estratificado por cimentação apresenta sílica tornando-a mais resistente em
relação às resistências devidas ao imbricamento dos grandes cristais de calcita do
mármore e à foliação do quartzito.
Nos corpos de prova assentados com as argamassas industrializada e resíduo
a ruptura ocorreu na interface argamassa-rocha.
112
Tabela 6.49- Valores médios das resisncias da aderência à tração da faceo polida.
Resistência média (MPa)
Argamassa
Rocha
Industrializada
Reduo
Porcelanato
Arenito
1,68
1,29
2,84
Mármore
1,35
1,22
2,26
Quartzito
0,77
0,71
1,82
Gráfico 6.11- Gráfico da resistência da aderência à tração das rochas com as argamassas
assentadas na face não polida.
Para melhor entendimento, as resistências de aderência à tração das rochas
serão analisadas separadamente. O Gráfico 6.12 ilustra a resistência de aderência
do arenito.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Arg. Industrializada
Arg. Resíduo
Arg. Porcelanato
Resistência da aderência à tração (Mpa)
Arenito
Mármore
Quartzito
Interface
Interface
Interface
Rocha
Rocha
Rocha
Tipos de
rupturas:
Interface
e Rocha
Interface
Interface
Interface
113
Analisando as resistências de aderência do arenito (GRÁFICO 6.12)
depreende-se que a rocha exibe maior resistência quando assentada com a
argamassa para porcelanato. Os corpos de prova assentados com a argamassa
para porcelanato apresentaram resistências à aderência mínimos, de mais que o
dobro em relação à argamassa resíduo e de quase o dobro em relação à argamassa
industrializada. Tal afirmação é valida, pois a ruptura se deu na rocha, portanto a da
interface argamassa-rocha é minimamente igual.
Gráfico 6.12- Resisncia de adencia a tração do arenito, face não polida
A resistência da aderência das três argamassas atendeu às exincias da
norma para o ensaio.
A ruptura dos corpos de prova para a argamassa porcelanato ocorre na rocha,
enquanto para as argamassas industrializada e resíduo ocorrem na interface
argamassa-rocha.
Os valores de resistência de aderência à tração do quartzito na face não polida
são mostrados no Gfico 6.13.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Arg.
Industrializada
Arg. Resíduo
Arg.
Porcelanato
Resistência da aderência à
tração (Mpa)
Arenito (não polido)
Arenito
Interface
Rocha
Interface
Tipos de
rupturas:
Interface
e Rocha
114
O Gráfico 6.13 mostra que o quartzito apresenta resistência à aderência
superior a 1 MPa quando assentado com a argamassa para porcelanato, porém os
resultados dos valores médios da resistência da aderência, para as argamassas
industrializada e resíduo são inferiores a 1 MPa.
Os minerais micáceos presentes no quartzito constituem a foliação
metamórfica e se dispõem em planos paralelos a sub-paralelos resultando em
superfícies potencialmente mais fracas à ruptura por tração.
Quando as forças de aderência na interface são mais tênues, casos das
argamassas industrializada e resíduo, a ruptura ocorreu nesta interface. para a
argamassa porcelanato a aderência na interface argamassa-rocha é mais forte a
ruptura na rocha, devido às características da argamassa.
Gráfico 6.13- Resistência de aderência à tração do quartzito (não polido)
0
0,5
1
1,5
2
Arg.
Industrializada
Arg. Resíduo
Arg.
Porcelanato
Resistência da aderência à
tração (Mpa)
Quartzito (não polido)
Quartzito
Interface
Rocha
Interface
Tipos de
rupturas:
Interface
e Rocha
115
Outro aspecto relevante a ser considerado diz respeito à presença de vazios na
interface argamassa-rocha que representam regiões de fraqueza que podem reduzir
os valores de resistência à tração. A Figura 6.35 mostra poros registrados na
interface formada pelo quartzito com a argamassa industrializada.
Figura 6.35- Interface do quartzito assentado com a argamassa industrializada.
A dimensão destes poros (vazios) está relacionada ao tamanho dos
constituintes da argamassa sendo diretamente proporcionais a eles. As argamassas
industrializada e resíduo, por apresentarem componentes granulares (areia,
fragmentos de rocha, etc.) de maiores dimenes mostram poros também maiores
em relação à argamassa para porcelanato, que é mais homogênea e com textura
fina (FIGURA 6.36).
116
Figura 6.36- Perfil do substrato-argamassa-rocha.
Verificou-se que na interface argamassa-rocha dos corpos de prova
assentados com a argamassa para porcelanato praticamente não existem poros,
pois a sua consistência fluida e a adição de aditivos impedem ou diminuem o seu
desenvolvimento.
Os corpos de prova assentados com a argamassa para porcelanato
apresentaram rupturas nas rochas, comprovando a alta resistência da argamassa
em relação a elas. A ruptura na rocha deve-se a dois fatores, o primeiro é
representado pela alta resistência da argamassa e o segundo pela inerente
formação da rocha, pois em geral os corpos rochosos de quartzito são marcados por
uma foliação metamórfica paralelizada a sub-paralelizada ao bandamento
composicional e estes planos, condicionados por minerais micáceos, podem gerar
superfícies preferenciais de desplacamento.
As resistências de aderência à tração do mármore na face não polida o
mostradas no Gráfico 6.14.
O Gráfico 6.14 ilustra que o mármore exibe maior resistência quando
assentado com a argamassa para porcelanato. A argamassa para porcelanato
117
apresenta resistência de aderência, no mínimo superior a 1,90 em relação à
argamassa de resíduo e 1,70 relativamente à argamassa industrializada.
A resistência da aderência à tração para as três argamassas é > 1MPa,
atendendo à especificação da norma. As rupturas dos corpos de prova assentados
com a argamassa para porcelanato ocorreram na rocha, enquanto para as
argamassas resíduo e industrializada ocorreram na interface argamassa-rocha,
comprovando a alta resistência da argamassa para porcelanato desenvolvida em
laboratório.
Gráfico 6.14- Resistência de aderência à tração do mármore
6.3- Cor r e lações en tr e a s r e sist ê ncia s d a a der ência
à t ra çã o n a s fac e s l i sa e nã o polida
Os valores médios da resistência da aderência à tração do arenito e do
mármore, assentados na face lisa e na face não polida são mostrados nos Gráficos
6.15 e 6.16.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Arg.
Industrializada
Arg. Resíduo
Arg. Porcelanato
Resistência da aderência à
tração (Mpa)
Mármore (não polido)
Mármore
Interface
Rocha
Interface
Tipos de
rupturas:
Interface
e Rocha
118
Pode-se concluir pelos gráficos que tanto o arenito (GRÁFICO 6.15) quanto o
mármore (GRÁFICO 6.16) apresentaram valores médios de resistência da aderência
na face não polida superiores aos valores da face lisa. Este fato deve-se à superfície
não polida propiciar melhor encunhamento da argamassa na rocha e aumentar a
superfície de contato e conseqüentemente proporcionar um acréscimo no valor de
resistência da aderência.
Gráfico 6.15- Gfico da resisncia da aderência à tração do arenito com as argamassas,
assentados na face lisa e o polida
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Arg.
Industrializada
Arg. Resíduo
Arg. Porcelanato
Resistência da adencia à tração
(Mpa)
Arenito
face lisa
face não polida
119
Gráfico 6.16- Gfico da resisncia da aderência à tração do mármore com as argamassas,
assentados na face lisa
Comparando-se os valores de resistência de aderência à tração do arenito e do
mármore, assentados com a argamassa para porcelanato, em ambas as faces,
verificou-se que os valores encontrados ficaram próximos, sendo que no mármore
ocorreu uma diferença. Este fato pode estar relacionado à formação das rochas,
pois o arenito apresenta planos de fraqueza paralelos e com resistências diferentes,
entretanto, mais uniformes quando comparado aos definidos pelo imbricamento e à
própria dureza do mármore.
Analisando a interface argamassa-rocha, dos corpos de prova do arenito
assentados com a argamassa industrializada, percebe-se que ocorre aderência
mecânica, onde a argamassa preenche totalmente a rugosidade da rocha. A Figura
6.37 ilustra a rugosidade da rocha preenchida com argamassa, promovendo a
0
0,5
1
1,5
2
2,5
Arg.
Industrializada
Arg. Resíduo
Arg. Porcelanato
Resistência da adencia à tração
(Mpa)
Mármore
face lisa
face não polida
120
ancoragem (aderência mecânica), fenômeno que praticamente não se observa na
face lisa.
Figura 6.37- Ancoragem mecânica da argamassa industrializada no arenito (face não
polida).
A aderência mecânica está intimamente relacionada à ação da ancoragem na
superfície porosa da rocha. Em materiais com alta absorção d’água como no arenito
com porcentagem na média de 4,91% e porosidade média de 9,14% a aderência
mecânica é notável.
Comparando-se a interface argamassa-rocha do arenito, na face lisa e na
face não polida, pode-se afirmar que a área da superfície de aderência da face não
polida é maior em relação à face lisa, fato que resulta nos valores superiores obtidos
na face não polida. A Figura 6.38 ilustra as interfaces argamassa-rocha do arenito
assentado em ambas as faces.
121
Figura 6.38- Assentamento do arenito na argamassa industrializada: (a) - face lisa e
(b)- face não polida.
Analisando-se as interfaces argamassa-rocha, dos corpos de prova do
mármore com face não polida assentados com as argamassas industrializada e
resíduo, percebe-se que ocorreu em alguns pontos a aderência mecânica, onde a
argamassa preencheu totalmente a rugosidade da rocha (FIGURA 6.39.a). Nesta
mesma FIGURA 6.39.b verifica-se que a interface argamassa-rocha praticamente
não apresenta este efeito mecânico.
Figura 6.39- Interface do mármore na argamassa industrializada na face o polida.
122
O Gráfico 6.17 ilustra a resistência de aderência à tração do quartzito com as
argamassas em estudo assentado na face lisa e não polida.
Comparando-se os resultados da resistência de aderência na face lisa com a
face não polida, percebe-se que os valores da resistência de aderência à tração na
face lisa são maiores em relação à face não polida para as argamassas
industrializada e resíduo. Este fato está relacionado à presença de maior quantidade
de minerais micáceos (FIGURA 6.40)
Gráfico 6.17- Gfico da resisncia da aderência à tração do quartzito com as argamassas,
assentados na face lisa
Conforme dito anteriormente, durante o processo de alisamento das
superfícies na preparação dos corpos de prova com a face lisa os minerais micáceos
são facilmente destacados. Como resultado deste fato os contatos das argamassas
com as rochas são mais eficientes nas faces lisas em relação as não polidas.
0
0,5
1
1,5
2
Arg.
Industrializada
Arg. Resíduo
Arg. Porcelanato
Resistência da aderência à
tração (Mpa)
Quartzito
face lisa
face rugosa
123
Figura 6.40- Microscopia do quartzito. (A) Face lisa e (B) Face não polida.
O quartzito assentado com a argamassa para porcelanato, tanto na face lisa
como na não polida, apresenta aderência na interface argamassa-rocha
suficientemente forte para que a ruptura dos corpos de prova ocorra na rocha. Este
fato não se constitui surpresa para a face lisa pelos motivos já referidos no tocante
ao arrancamento de micas da superfície, durante o processo de preparação dos
corpos de prova, o que aumenta a área de contato da rocha com minerais mais
resistentes, como por exemplo, o quartzo. Entretanto, para a face não polida pode-
se afirmar que a aderência desta argamassa é tão significativa que se sobrepõe ao
efeito de desplacamento dos minerais micáceos, posto que a ruptura ocorreu na
rocha.
Os corpos de prova assentados com as argamassas industrializada e resíduo
apresentaram a ruptura na interface argamassa-rocha.
124
6.4- Comen t ári os sob r e a n or ma N B R 14084 u t ilizada
pa r a e n saios c om r oc has
Esta norma foi desenvolvida para a determinação da resistência de aderência
à tração para assentamento de materiais cerâmicos com argamassas. Como não
existe norma com essa finalidade para assentamentos de materiais rochosos, ela foi
utilizada neste trabalho e em outros anteriores. Entretanto o fragrantes as
diferenças entre materiais cerâmicos e rochosos o que pode conduzir a eventuais
distorções nos resultados. As cerâmicas e os porcelanatos são materiais
constituídos por massa compacta que guarda determinada homogeneidade quanto à
porosidade, à textura, à dureza e à composição. as rochas, por serem materiais
naturais, formados por processos diversos gneos, sedimentares e metamórficos),
exibem variações notáveis com relação à composição mineralógica, texturas e
estrutura que redundam numa variabilidade maior nos resultados de aderência com
argamassas.
NOGAMI (2007) estudou a aderência de argamassas de rochas graníticas e
utilizou também a norma NBR 14084. Neste caso, a dispersão dos resultados foi
menor, pois, de forma geral, os granitos apresentam resistência elevada e
porosidade baixa. Tais características garantiram certa coerência nos resultados
pois todas as rupturas ocorrer na interface argamassa-rocha.
No presente trabalho as rochas estudadas apresentam gêneses diferentes; o
arenito é sedimentar de textura fina a media com cimento silicoso e estrutura plano-
paralela; o mármore é metamórfico de contato e exibe textura granoblástica e
125
estrutura granulada com minerais calcíticos de dimensões centimétricas; o quartzito
é proveniente de metamorfismo dinamotermal essencialmente composto por quartzo
e micas, textura média e foliação metamórfica marcante.
Como conseqüência destas diferenças entre as rochas estudadas, os
resultados são diferentes também entre elas. Por exemplo, as rupturas se
processaram tanto na interface argamassa-rocha como tamm na rocha
diferentemente dos resultados de NOGAMI (2007).
No mármore, como decorrência do processo de extração dos corpos de
prova, verificou-se o desenvolvimento de fissuras intra e inter granulares nas suas
bordas que por se fragilizarem favoreceram a penetração das argamassas,
fenômeno este comprovado pela permanência de minerais na argamassa após o
arrancamento. Este fenômeno pode conduzir a erros nos resultados principalmente
pelo efeito parede, que em última análise representa uma área de contato menor
que a do corpo de prova. Para o arenito e, sobretudo para o quartzito a estratificação
e a foliação respectivamente, induzem a ruptura na rocha devido a existência de
planos preferências com menores resistências à tração.
Estas constatações permitem que algumas sugestões sejam apresentadas
visando à adequação da norma NBR 14084 para ser aplicada em rochas e em até,
de forma mais pretensiosa, colaborar para o desenvolvimento de norma para este
fim. O mero de corpo de prova para o ensaio pode ser aumentado como também
o diâmetro deles para que efeitos com o de parede e a influência de aspectos
texturais e estruturais sejam minimizados.
126
Capítulo 7 Conclusões
Em condições normais, os valores de resistência de aderência à tração obtida
com assentamentos na face não polida são superiores ao da face lisa devido
à maior área de contato existente na primeira. As características petrográficas
e tecnológicas das rochas determinam o ganho de resistência na face não
polida em relação à lisa.
A argamassa para porcelanato tanto na face lisa quanto na não polida
(natural) apresentou maiores valores de resistência de aderência à tração
para as três rochas estudadas. Este fato pode ser explicado pela composição,
maior fluidez, menor granulometria dos constituintes, menor porosidade,
características que lhe conferem maior poder de contato com as rochas.
Com exceção de três ensaios (mármore/argamassa resíduo na face lisa e
quartzito/argamassas industrializada e resíduo) todos os outros 15 ensaios
mostram resultados de resistência de aderência à tração maiores que 1,0
MPa, portanto atendendo a norma NBR 14085.
O baixo valor de resistência de aderência à tração atingida pelo mármore com
a argamassa industrializada na face lisa deveu-se ao fato da geração de
fissuras nas bordas dos corpos de prova durante a extração que
possibilitaram a penetração dela, reduzindo consequentemente a área de
contato efetiva dos corpos de prova. Para o quartzito com face não polida,
assentado com as argamassas industrializada e resíduo, os valores médios
127
reduzidos são explicados pela presença de micas que diminuem a resistência
de aderência à tração no arrancamento.
As rupturas nos ensaios de resistência de aderência à tração ocorreram na
interface argamassa-rocha nos assentamentos da face lisa para as três
rochas como também na face não polida para as argamassas industrializada
e resíduo. Entretanto, para os três tipos de rocha assentados com a
argamassa porcelanato, as rupturas ocorrem na rocha.
Para o arenito estratificado e com cimento silicático a ruptura ocorreu
segundo planos de acamamento, no mármore ao longo do imbricamento
entre minerais e ou intragranular. para o quartzito, a ruptura se deu ao
longo dos planos determinados pela foliação metamórfica, onde os minerais
micáceos são determinantes.
O fato do assentamento dos corpos de prova com as argamassas
apresentarem resistências de aderência diferentes para as diversas rochas
confirma a importância em se considerar os aspectos mineralógicos, texturais
e estruturais de cada uma delas. Sendo assim, é recomendado que as rochas
sejam assentadas apenas em revestimentos horizontais.
128
7.1 Su gest ões para t rabal hos fu tu r os :
Repetir os mesmos ensaios realizados nesta pesquisa para um número maior
de rochas, estabelecendo correlações entre mineralogias, estruturas e
texturas.
Realizar o ensaio de resistência de aderência à tração para diferentes
períodos de tempos, 7, 14 e 21 dias, para efeito de comparação.
Realizar ensaios de resistência à flexão, ao cisalhamento e ao deslizamento
com as argamassas industrializada, resíduo e porcelanato para efeito de
comparação.
Realizar análise na interface argamassa-rocha para a verificação do tipo de
ligação ocorrida.
129
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142
AN EXO A PER FI S DE RUG O SIDA DES DO S CO RPO S DE
PRO VA N A FA CE NÃ O PO LIDA
Apresenta-se a seguir alguns exemplos dos perfis de rugosidade dos corpos
de prova assentados com as argamassas industrializada, resíduo e porcelanato, na
face não polida.
Perfis de rugosidade do
arenito
Perfis de rugosidade do
arenito
assentados com a
argamassa industrializada.
Apresenta-se nas Figuras A.52 e A.53 os perfis de rugosidade dos corpos-
de-prova do arenito assentados com a argamassa industrializada, resíduo e
porcelanato.
Figura A.41- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa industrializada.
-500
0
500
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 05 - Rt= 565 mm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 4 - Rt= 399 mm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 06 -Rt=409 mm
143
Figura A.42- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa de industrializada
Perfis de rugosidade do
arenito
assentados com a
argamassa resíduo
Nas figuras A.54 e A.55 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do arenito, fixados com a argamassa de resíduo
Figura A.43- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa de resíduo.
-1000
-500
0
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 01 - (AIR) Rt= 1163 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 08 - (AIR) Rt=430 mm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 09 - (AIR) Rt= 462 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 07 - (AR) Rt= 410 µm
144
Figura A.44- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa de resíduo.
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 02 - (AR) Rt = 425 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP11- (AR) Rt = 343 µm
-200
0
200
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 12 - (AR) Rt=336 µm
-200
0
200
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 03 (AR) - Rt = 344 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 10 - (AR) Rt= 465 µm
145
Perfis de rugosidade do
arenito
assentados com
argamassa porcelanato
Nas Figuras A.56 e A.57 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do arenito, fixados com a argamassa de porcelanato.
Figura A.45- Perfil de rugosidade Corpos de prova do arenito assentados com a argamassa
porcelanato.
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 13 -Rt = 337 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 16 - Rt=463 µm
-1000
0
1000
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 17 - Rt = 954 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 18 - Rt = 324 µm
146
Figura A.46- Perfil de rugosidade Corpos de prova do arenito assentados com a argamassa
porcelanato.
Perfis de rugosidade do
mármore
Apresenta-se a seguir os Perfis de rugosidade dos corpos-de-prova do
mármore assentados com a argamassa industrializada, resíduo e porcelanato.
Perfis de rugosidade do
mármore
assentados com a
argamassa industrializada.
Nas figuras A.58 e A.59 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do mármore, fixados com a argamassa industrializada.
Figura A.47- Perfil de rugosidade Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa industrializada.
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 15- Rt = 317 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 14 - Rt= 397 µm
-200
0
200
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 11 - Rt=180 µm
147
Figura A.48- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa industrializada.
Perfis de rugosidade do
mármore
assentados com a
argamassa resíduo
Nas Figuras A.60 e A.61 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do mármore, fixados com a argamassa resíduo.
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 19 - Rt=385 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 06 - Rt=378 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 10 - Rt= 537 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 10 - Rt= 537 µm
148
Figura A.49- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa de resíduo.
-200
0
200
400
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 01 - Rt=241 µm
-200
0
200
400
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 02 - Rt= 221 µm
-200
0
200
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 04 - Rt=228 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 07 -Rt=376 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 15 -Rt=162 µm
149
Figura A.50- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa de Resíduo.
Perfis de rugosidade do
mármore
assentados com
argamassa porcelanato
Nas figuras A.62 e A.63 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do mármore, fixados com a argamassa para porcelanato.
Figura A.51- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa para porcelanato
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 12 - Rt = 492 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 13 - Rt = 358 µm
-100
0
100
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 15 - Rt = 97 µm
-200
0
200
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 16- Rt = 118 µm
150
Figura A.52- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa para porcelanato
Perfis de rugosidade do quartzito
Apresenta-se a seguir os perfis de rugosidade dos corpos-de-prova do
quartzito assentados com a argamassa industrializada, resíduo e porcelanato
Perfis de rugosidade do quartzito assentados com
argamassa industrializada
Nas Figuras A.64 e A.65 são apresentados os Perfis de rugosidade dos corpos
de prova do quartzito, fixados com a argamassa para porcelanato.
Figura A.53- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa industrializada
-200
0
200
400
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 17 - Rt = 174 µm
-200
0
200
400
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 18 - Rt = 175 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 01 - Rt = 579 µm
151
Figura A.54- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa industrializada
Perfis de rugosidade do quartzito assentados com a
argamassa resíduo
Na Figura A.66 é apresentado os perfis de rugosidade dos corpos de prova do
quartzito, fixados com a argamassa de resíduo.
-500
0
500
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 09 - Rt = 508 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 06 - Rt= 318 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 20 - Rt = 328 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 10 - Rt = 527 µm
152
Figura A.55- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do Quartzito assentados com a
argamassa de Resíduo.
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 02 - Rt= 437 µm
-500
0
500
1000
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 03 - Rt= 318 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 04 - Rt= 294 µm
-500
0
500
1000
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 07- Rt = 280 µm
-500
0
500
1000
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 12- Rt = 458 µm
153
Perfis de rugosidade do quartzito assentados com a
argamassa porcelanato
Nas Figuras A.67 e A.68 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do Quartzito, fixados com a argamassa de Porcelanato.
Figura A.56- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa para porcelanato.
-200
0
200
0 5 10 15 20 25
Rugosidade (µm)
mm
CP 16 - Rt = 317 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 17 - Rt = 599 µm
-500
0
500
1000
0 5 10 15 20
Rugosidade (µm)
mm
CP 18- Rt = 888 µm
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 14 - Rt = 524 µm
154
Figura A.57- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa para porcelanato.
AN EXO B PER FI S DE R UGO SIDA DE S DO S CO RPO S DE
PRO VA N A FA CE LISA
Perfis de rugosidade do
arenito
Apresenta-se nas figuras B.69 e B.70 os perfis de rugosidade dos corpos-de-
prova do arenito assentados com as argamassas industrializada e resíduo
Perfis de rugosidade do
arenito
assentados com a
argamassa industrializada.
Figura B.58- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa industrializada.
-500
0
500
0 5 10 15 20 25 30 35
Rugosidade (µm)
mm
CP 15 - Rt = 508 µm
y = -1E-05x - 0,0002
= 5E-11
-100
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 04 - Rt:62 mm
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 02- Rt: 105 mm
155
Figura B.59- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa industrializada.
-100
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 03 Rt: 60 mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 01 - Rt: 63 µm
y = 1E-05x - 0,0004
= 1E-11
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 06 - Rt: 183 mm
y = 5E-05x - 0,0017
= 5E-11
-200
0
200
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (mm)
(mm)
CP 07 - Rt: 171 mm
y = -3E-05x - 0,0001
= 9E-11
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (mm)
(mm)
CP 08 - Rt; 93 mm
156
Perfis de rugosidade do
arenito
assentados com a
argamassa resíduo
Apresenta-se nas figuras B.71 e B.72 os perfis de rugosidade dos
corpos-de-prova do arenito assentados com a argamassa resíduo.
Figura B.60- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa resíduo.
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 09 -Rt: 140 µm
-20
0
20
40
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 10- Rt: 52 µm
-100
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 11 - Rt: 61 mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 13 - Rt: 61 mm
157
Figura B.61- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do arenito assentados com a
argamassa resíduo.
Perfis de rugosidade do
mármore
Apresenta-se a seguir os perfis de rugosidade dos corpos-de-prova do
mármore assentados com a argamassa industrializada e resíduo.
Perfis de rugosidade do
mármore
assentados com a
argamassa industrializada.
Nas figuras B.73 e B.74 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do mármore, fixados com a argamassa industrializada.
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 14 - Rt: 63 mm
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 15 - Rt: 130mm
-100
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 16 - Rt: 73mm
158
Figura B.62- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa industrializada.
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 01 -Rt.: 26 µm
-200
0
200
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 03 - Rt: 72 mm
-50
0
50
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 04 - Rt: 42 mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 05 - Rt: 27mm
-20
0
20
40
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 06 - Rt: 25mm
159
Figura B.63- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa industrializada.
Perfis de rugosidade do
mármore
assentados com
argamassa resíduo
Nas Figuras B.75 e B.76 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do mármore, fixados com a argamassa resíduo.
Figura B.64- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa resíduo.
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 07 - Rt: 47 mm
-200
0
200
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 09 - Rt: 81 mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 08 - Rt: 42 mm
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 10 - Rt: 86 mm
160
Figura B.65- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do mármore assentados com a
argamassa resíduo.
y = -4E-05x + 0,0002
= 6E-10
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 13 - Rt: 56 mm
-50
0
50
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 20 - Rt: 43mm
0
0,5
1
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 21- Rt: 43 mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 23 - Rt: 45mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
(mm)
CP 27 - Rt: 22 mm
161
Perfis de rugosidade do quartzito
Apresenta-se a seguir os perfis de rugosidade dos corpos-de-prova do
quartzito assentados com a argamassa industrializada e resíduo
Perfis de rugosidade do quartzito assentados com
argamassa industrializada
Nas Figuras B.77 e B.78 são apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do quartzito, fixados com a argamassa industrializada.
Figura B.66- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa industrializada.
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 02 - Rt: 10 mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 03 - Rt: 12mm
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 05 -Rt.: 28 µm
162
Figura B.67- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa industrializada.
Perfis de rugosidade do quartzito assentados com
argamassa resíduo
Nas Figuras B.79 e B.80o apresentados os perfis de rugosidade dos corpos
de prova do quartzito, fixados com a argamassa resíduo.
Figura B.68- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa resíduo.
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 07 - Rt.: 34 µm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 08 -Rt.: 39 µm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 09 - Rt: 27mm
y = -4E-05x - 123,1
= 1E-10
-200
-100
0
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 22 - Rt: 178 mm
163
Figura B.69- Perfil de rugosidade. Corpos de prova do quartzito assentados com a
argamassa resíduo.
-100
0
100
200
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP12 - Rt: 57mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 31- Rt: 29 mm
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 52 - Rt: 40 mm
y = 5E-06x - 1E-05
= 1E-11
-50
0
50
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 06 - Rt: 26 mm
y = 0,0001x - 0,0003
= 1E-09
-100
0
100
0 5 10 15 20 25 30
Rugosidade (µm)
mm
CP 08- Rt: 62mm
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