Download PDF
ads:
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR
Jane Dagmar Pollo Renner
A influência dos polimorfismos do gene MDR1 na resposta virológica e
imunológica no tratamento com Efavirenz durante os seis primeiros meses em
pacientes HIV positivos
Porto Alegre
Outubro, 2010
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ii
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE BIOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR
A influência dos polimorfismos do gene MDR1 na resposta virológica e
imunológica no tratamento com Efavirenz durante os seis primeiros meses em
pacientes HIV positivos
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Biologia Celular e
Molecular como requisito para a obtenção
do grau de Doutor.
Autora
Jane Dagmar Pollo Renner
Orientadora
Profª Drª Virgínia Minghelli Schmitt
Porto Alegre
Outubro, 2010
ads:
iii
AGRADECIMENTOS
Eu quero agradecer a Deus por ter me dado mais uma chance de viver.
Quero agradecer ao meu filho Henrique e a meu marido Daniel por ter acreditado em
mim nesta longa jornada.
Quero agradecer à minha família por nunca me deixar desistir.
Quero agradecer à minha orientadora Virgínia por ser uma excelente orientadora e
acima de tudo uma amiga de verdade.
Quero agradecer a Professora Dra. Clarice Alho que me ajudou e acreditou no nosso
trabalho.
Quero agradecer à minha grande amiga Andréia Rosane de Moura Valim que
acreditou em mim quando eu nem sabia que eu seria Professora.
Quero agradecer a Lia Gonçalves Possuelo por sua amizade e por tudo que eu
aprendi ao seu lado.
Quero agradecer à UNISC, ao Reitor, ao Setor de Recursos Humanos, às
Faculdades de Farmácia e Medicina por acreditarem na minha recuperação.
Quero agradecer o Programa de Pós-Graduação em Biologia Molecular e Celular da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) por ter me dado
essa oportunidade.
Quero agradecer aos meus alunos queridos que me apoiaram e me deram muita
força para eu recuperar a minha voz.
iv
RESUMO
Os transportadores de drogas são cada vez mais reconhecidos como importantes na
disposição das drogas e na resposta terapêutica. A P-glicoproteína é um
transportador, codificado pelo gene humano MDR1 (ABCB1), de grande relevância
clínica, pois apresenta ampla especificidade de substrato, incluindo uma variedade
de drogas com diferentes estruturas atualmente em uso clínico. Efavirenz é
substrato para a glicoproteína-P e é metabolizado pelo Citocromo P- 450 (CYP) 2B6.
No presente estudo, foi investigada, de forma prospectiva, a influência do genótipo
para os diferentes polimorfismos do MDR1 (1236C>T, 2677G>T, 3435C>T) sobre a
resposta imunológica e virológica ao tratamento de pacientes infectados pelo HIV,
sem tratamento prévio. O genótipo MDR1 foi analisado em 81 pacientes do Centro
Municipal de Atendimento à Sorologia (CEMAS), em Santa Cruz do Sul (RS, Brasil),
que iniciaram terapia antiretroviral entre 2009 e 2010. Os dados foram obtidos ao
início do tratamento e nas semanas 12 e 24 após o início da terapia. Os genótipos
MDR1 de cada indivíduo foram determinados com a utilização de reação em cadeia
da polimerase, seguida de análise dos fragmentos de restrição (PCR-RFLP).
Durante as primeiras semanas de terapia antiretroviral, o padrão de diminuição da
carga viral foi similar para todos os pacientes após 12 e 24 semanas de tratamento
com Efavirenz. A redução da carga viral em 12 e 24 semanas não se mostrou
associada aos genótipos dos polimorfismos 1236C>T, 2677G>T e 3435C>T do gene
MDR1. O padrão do aumento das células T CD4+ foi similar para todos os pacientes
após 12 e 24 semanas de tratamento com Efavirenz. O aumento no número de
células T CD4+ foi significativamente associado à presença do alelo 3435T, sendo
mais elevado nos homozigotos 3435TT, intermediário em 3435CT e menos elevado
em 3435CC em contrapartida, não se mostrou associado aos genótipos dos
polimorfismos 1236C>T e 2677G>T do gene MDR1. A resposta individual ao
tratamento antiretroviral é um fenômeno complexo que é influenciado por um grande
número de variáveis biológicas. Novos estudos sobre o papel dos polimorfismos do
transportador MDR1 e enzimas envolvidas no metabolismo de drogas são
necessários para elucidar o papel dos efeitos farmacogenéticos na terapêutica para
o HIV.
Palavras chaves: MDR1, polimorfismos, tratamento antiretroviral
v
ABSTRACT
Drug transporters are increasingly recognized to be important on drug disposition and
therapeutic response. P-glycoprotein, encoded by the human MDR1 (ABCB1) gene,
is of particular clinical relevance in that this transporter has broad substrate
specificity, including a variety of structurally divergent drugs in clinical use today.
Efavirenz is a substrate for P-glycoprotein and is metabolized by cytochrome P-450
(CYP) 2B6. In this prospective study, we investigated the influence of the MDR1
genotype polymorphisms (1236C>T, 2677G>T, 3435C>T) in the virological and
immunological response to treatment of naïve HIV-infected patients. MDR1 genotype
was analyzed in 81 patients attending the Municipal Center for Serology Assistance
(CEMAS) in Santa Cruz do Sul, RS, Brazil) who started antiretroviral therapy
between 2009 and 2010. Data were obtained at baseline and week 12 and 24 post
therapy initiation. MDR1 genotypes were determined by means of polymerase chain
reaction followed by analysis of restriction fragment length polymorphism (PCR-
RFLP). During the first weeks of antiretroviral therapy, the pattern of decrease in viral
load was similar for all patients after 12 and 24 weeks of treatment with efavirenz.
The reduction in viral load at 12 and 24 weeks was not associated with the
genotypes of the polymorphisms 1236C> T, 2677G> T and 3435C> T MDR1 gene.
The pattern of increased CD4 + T cells was similar for all patients after 12 and 24
weeks of treatment with efavirenz. The increase in the number of CD4 + T cells was
significantly associated with allele 3435T, and are higher in homozygous 3435TT,
intermediate in 3435CT and lower in 3435CC however, was not associated with the
genotypes of the polymorphisms 1236C> T and 2677G> T MDR1 gene. Individual
response to antiretroviral treatment is a complex phenomenon that is influenced by a
large number of biological variables. Further studies on the role of polymorphisms of
MDR1 transporter and enzymes involved in drug metabolism are needed to elucidate
the role of pharmacogenetic effects in HIV therapy.
Keywords: MRD1, Polymorphism, antiretroviral therapy
vi
LISTA DE ABREVIATURAS
3TC: Lamivudina
ABC: Abacavir
AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
APV: Amprenavir
ARV: Antiretroviral
ATV: Atazanavir
AZT: Zidovudina
CCR5: Receptor de quimiocina
CYP (Cytochrome P450 enzymes) Citocromo P450
d4T: Estavudina
DdC: Zalcitabina
DdI: Didanosina
DLV: Delavirdina
DNA: Ácido desoxirribonucleico
EDTA: ácido etilenodiamino tetra-acético
EFV: Efavirenz
HAART: Terapia Antiretroviral Potente
HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana
IDV: Indinavir
ITRN: Inibidor da Transcriptase reversa análogos de nucleosídeos
ITRNN: Inibidor da Transcriptase reversa não análoga de nucleosídeos
IP: Inibidor de protease
LD (Linkage Disequilibrium): desequilíbrio de ligação
LPV/r: Lopinavir/r
µL: microlitro
vii
mL: mililitro
MS: Ministério da Saúde
MTD: Monitorização terapêutica de fármacos
NFV: Nelfinavir
NVP: Nevirapina
OMS: Organização Mundial da Saúde
PCR: Reação da polimerase e cadeia
P-gp: Glicoproteína-P
Primer: Iniciadores
RAM: reações adversas aos medicamentos
RFLP: Análise de restrição de fragmentos polimórficos
RTV: Ritonavir
SNPs (Single-Nucleotide Polymorphisms): polimorfismos de um único nucleotídeo
SQV: Saquinavir
SVS: Secretaria de vigilância sanitária
T CD4: Células T CD4
TDF: Tenofovir
UNAIDS: Programa das Nações Unidas da AIDS/HIV
viii
LISTA DE TABELAS E FIGURAS
Tabela 1: Variantes farmacogenéticas associadas com resposta terapêutica a
Efavirenz em pacientes HIV positivos ...................................................................
14
Tabela 2: Principais fármacos licenciados em cada classe de antiretrovirais...
22
Tabela 3:
Efeito do polimorfismo do gene MDR-1 sobre a evolução da infecção
pelo HIV. Estudos em pacientes...........................................................................
41
Figura 1. Arranjo de proteínas transmembrana de efluxo ABC...........................
31
Figura 2. Função da P-glicoproteína (P-gp). Este modelo mostra que o
transporte de efluxo P-gp-mediada por substratos de drogas pode ocorrer ao
nível da membrana do plasma ou do compartimento intracelular. ATP,
adenosina trifosfato; ADP, adenosina difosfato; Pi, fosfato inorgânico...............
32
Figura 3: Esquema da proteína codificada pelo gene mostrando a localização
dos SNPs...............................................................................................................
35
ix
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ............................................ 10
1.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 11
1.1.1 Epidemiologia de HIV ......................................................................... 17
1.1.2 Tratamento antiretroviral .................................................................... 20
1.1.3 Avaliação da resposta terapêutica ..................................................... 26
1.1. 4 Efavirenz ............................................................................................ 27
1.4.1 Monitorização terapêutica de efavirenz .............................................. 28
1.5 Efavirenz e Farmacogenética ................................................................ 29
1.2 OBJETIVOS............................................................................................ 44
1.2.1 Objetivo Geral .....................................................................................
44
1.2.2 Objetivos Específicos ..........................................................................
44
1.3 HIPÓTESE ............................................................................................. 45
CAPÍTULO 2 - ARTIGO ............................................................................... 46
CAPÍTULO 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO ......................
61
3.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 62
3.2 CONCLUSÕES ...................................................................................... 67
REFERÊNCIAS ............................................................................................
68
APÊNDICES................................................................................................. 79
ANEXOS....................................................................................................... 85
10
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
11
1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o conceito de que variações no genoma humano são
determinantes importantes que influenciam na susceptibilidade a doenças
infecciosas vem se consolidando, sendo responsáveis pela grande variação
interindividual na resposta imune do hospedeiro após infecções, bem como na
resposta terapêutica a diferentes fármacos (HASS, 2005). A existência de grandes
diferenças populacionais, bem como de pequenas variabilidades intrínsecas ao
paciente, é consistente com a possibilidade de a herança genética ser um
determinante na resposta aos fármacos. Estima-se que fatores genéticos sejam
responsáveis por 20 a 95% da variabilidade na biodisponibilidade e efeitos
terapêuticos dos fármacos (EVANS, 2003). Embora muitos fatores não genéticos
possam influenciar as reações adversas aos medicamentos (RAM), tais como idade,
etnia, capacidade funcional de órgãos (fígado e rins principalmente), terapia
concomitante, interações medicamentosas, e a natureza da doença. Existem agora
numerosos exemplos de casos nos quais diferenças individuais na resposta ao
fármaco (eficácia e toxicidade) ocorrem devido a polimorfismos de genes que
codificam enzimas responsáveis pela biotransformação do fármaco, transportadores,
e/ou polimorfismos nos próprios alvos do rmaco (receptores e enzimas) (EVANS,
1999; WILSON, 2001; EVANS, 2003). A identificação de genes que influenciam nas
variações interindividuais, na eficácia ou toxicidade de agentes terapêuticos, e a
aplicação desta informação na prática clínica tem sido o alvo de estudos de
farmacogenômica ou farmacogenética (EVANS, 2003).
12
Os genes são considerados funcionalmente “polimórficos” quando existem
variantes alélicas de forma estável na população, alterando a atividade da proteína
codificada em relação à seqüência do tipo-selvagem (GOLSTEIN et al., 2003).
Em alguns casos, o polimorfismo genético está associado à atividade
reduzida da proteína codificada, mas existem também estudos demonstrando que a
variante alélica codifica proteínas com atividade melhorada. Desde a clonagem e
caracterização de CYP2D6 (debrisoquina hidroxilase), outros genes humanos
envolvidos em alguns traços farmacogenéticos estão sendo isolados e seus
mecanismos moleculares elucidados, permitindo que a sua importância clínica seja
mais claramente definida (GOLSTEIN et al., 2003).
Diferentes capacidades de metabolização de fármacos são geralmente traços
monogênicos herdados e a influência na farmacocinética e na ação farmacológica
dos medicamentos está associada à velocidade de metabolização dos substratos.
Os efeitos observados podem ser de toxicidade, no caso de medicações que tenham
limitado índice terapêutico e são inativados por uma enzima polimórfica com menor
atividade, ou de reduzida eficácia no caso de medicamentos que requerem ativação
por uma enzima que apresente um polimorfismo genético que afete negativamente a
sua atividade (EVANS, 1999).
Em geral, dois tipos de alterações genéticas são descritas: polimorfismos e
mutações. Mutações são geralmente definidas como alterações no DNA (ácido
desoxirribonucléico) que estão associadas à dano celular, ocorrendo numa
freqüência baixa na população (geralmente menos de 1%). Polimorfismos, por outro
lado, são variantes genéticas mais frequentes, geralmente mais de 1% da população
estudada. A maioria dos polimorfismos ocorre em nucleotídeos individuais, sendo
chamados de polimorfismos de um único nucleotídeo (do inglês Single Nucleotide
Polymorphisms - SNPs). Outros polimorfismos ocorrem como repetições de
13
dinucleotídeos ou como grandes inserções ou deleções. Estes polimorfismos podem
ocorrer na região codificante dos genes, podendo ou não alterar o aminoácido
codificado, ou nas regiões não codificantes, podendo modular a expressão de genes
individuais (WEINSHILBOUM, 2003).
Mais de 1,4 milhão de SNPs foram identificados no seqüenciamento inicial do
genoma humano, dos quais aproximadamente 60.000 se localizam em regiões
codificantes. Muitos destes SNPs têm sido estudados visando à sua associação com
alterações no metabolismo, com resposta diferenciada a medicamentos, ou
utilizados como indicadores prognósticos da resposta clínica. Na Tabela 1, estão
apresentadas diferentes variantes genéticas que m sido significativamente
associadas com respostas terapêuticas a Efavirenz em indivíduos HIV positivos.
14
Tabela 1: Variantes farmacogenéticas associadas com resposta terapêutica a Efavirenz em pacientes HIV positivos.
Referencias
CYP2B6 CYP2D6 CYP3A4 CYP3A5 MDR1 MDR1
516G>T 983C>T *3, *4, *6 *1B/(392ª>G) *1 / (6986ª>G) 3435C>T 2677G>T
Haas et al.
(2004)
TT: altas concentrações
plasmáticas, Toxicidade
do SNC em 1 semana
Não feito Não feito
GG: altas
concentrações
plasmáticas,
(Alguns sujeitos)
GG: altas
concentrações
plasmáticas,
(Alguns sujeitos)
Nenhuma associação
com níveis plasmáticos
Nenhuma
associação
com níveis
plasmáticos
Tsuchiya et
al. (2004)
TT: altas concentrações
plasmáticas
Não feito Não feito Não feito Não feito
Nenhuma associação
com níveis plasmáticos
Não feito
Rotger et al.
(2005a)
TT: altas concentrações
plasmáticas e
toxicidade
neuropsicológica
Não feito Não feito Não feito Não feito Não feito Não feito
Haas et al.
(2005)
TT: altas concentrações
plasmáticas. Nenhuma
influencia na contagem
de CD4 e na carga viral
Não feito
Nenhuma
associação com
níveis
plasmáticos
Nenhuma
associação com
níveis plasmáticos
Nenhuma
associação com
níveis plasmáticos
Nenhuma associação
com níveis
plasmáticos.
Resposta virologica
favorável
Nenhuma
associação
com níveis
plasmáticos
Saitoh et al.
(2006)
TT: altas concentrações
plasmáticas. Nenhuma
influencia na contagem
de CD4 e na carga viral
Não feito Não feito Não feito Não feito Não feito Não feito
Kwara et al.
(2008)
TT: altas concentrações
plasmáticas
CC: Nenhuma
associação com
níveis plasmáticos
Não feito Não feito Não feito Não feito Não feito
Wyen et al.
(2008)
TT: altas concentrações
plasmáticas
CC: altas
concentrações
plasmáticas
Não feito
Não feito
Não feito
Não feito
Não feito
Cabrera et al.
(2009)
TT: altas concentrações
plasmáticas
Não feito Não feito
Nenhuma
associação com
níveis plasmáticos
Não feito
Nenhuma associação
com níveis plasmáticos
Não feito
15
A partir do mapeamento genômico de SNPs, uma questão interessante para
estudos genéticos seria a possibilidade de utilizar o desequilíbrio de ligação (LD-
Linkage Disequilibrium
) para identificar genes que possam estar associados a
doenças. O LD descreve uma situação em que algumas combinações de alelos ou
marcadores genéticos ocorrem mais ou menos frequentemente numa população do
que seria esperado pela formação aleatória de haplótipos, com base na frequência
dos alelos. Associações não-aleatórias entre polimorfismos em loci diferentes são
medidos pelo grau de LD e podem refletir haplótipos descendentes de um único
cromossomo ancestral (REICH, 2001). Os haplótipos são combinações particulares
de alelos observados em uma população após o surgimento de uma nova mutação,
sendo esta associação entre cada alelo mutante e o haplótipo ancestral rompida
somente por uma mutação e recombinação em gerações subseqüentes (GABRIEL,
2002). A determinação do haplótipo pode ser utilizada como um poderoso sistema
para encontrar variantes que influenciem na resposta aos fármacos, existindo uma
forte evidência de que estas variantes comuns possam desempenhar um papel
importante na variabilidade de resposta aos diferentes fármacos administrados
(GOLDSTEIN, 2003).
Um dos mais conhecidos polimorfismos na resposta terapêutica em pacientes
HIV positivos é o do gene MDR1 (ou ABCB1) que codifica a glicoproteína P (P-gp). A
P-gp é uma proteína de efluxo ATP-dependente. A P-gp foi apenas o primeiro
membro identificado de uma grande e diversificada superfamília que compreende
cerca de cinqüenta cassetes humanos ATP- dependente (ABC), com proteínas que
desempenham funções múltiplas e variadas (CHAN LM, LOWES S, HIRST BH,
2004). De particular interesse nesta análise são os membros da família envolvidos
no transporte das drogas, como as proteínas de efluxo de drogas MDR (resistência a
múltiplas drogas), uma vez que estas proteínas podem ter um grande impacto na
16
biodisponibilidade da droga e na resistência à quimioterapia, bem como na
homeostase fisiológica (OUDE ELFERINK RP, DE WAART R, 2007).
Os transportadores de drogas tendem a ser super-expressos em tumores,
mas estão em níveis normais em muitos tecidos, sobretudo em locais excretores
como o fígado, rins e intestino, onde eles fornecem uma barreira contra a penetração
da droga, ao propiciar um mecanismo para a sua eliminação. O arsenal de
transportadores ABC envolvidos no efluxo de drogas é apoiado pela metabolização
de drogas por enzimas que modificam a produção dos metabólitos destas drogas,
que são eles próprios substratos para estes transportadores. Assim, um
relacionamento sinérgico existe dentro de tecidos excretores ao proteger o corpo
contra a invasão por compostos estranhos (CHAN LM, LOWES S, HIRST BH, 2004).
Apesar dos transportadores ABC serem diferencialmente expressos em
determinados locais do corpo, sua expressão não acontece de forma estática, os
tecidos têm uma notável capacidade de regular as quantidades de transportadores
da membrana, tanto ao nível de transcrição como na pós-transcrição, a fim de atingir
a homeostase (CHAN LM, LOWES S, HIRST BH, 2004; OUDE ELFERINK RP, DE
WAART R, 2007).
Efavirenz (EFV) é um inibidor da transcritase reversa o-nucleosídeo que
tem demonstrado eficácia e segurança adequadas no tratamento da infecção pelo
vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1). Por conseguinte é frequentemente
usado na terapia antiretroviral potente (HAART) implementada para pacientes
virgens e não virgens de tratamento que tipicamente fornece uma redução da carga
viral e benefícios imunológicos (GULICK et al., 2004; GALLANT et al., 2006; .
RIDDLER et al., 2008). O efavirenz é metabolizado principalmente pelo citocromo
P450 (CYP) 2B6 (WARD et al., 2003). Um freqüente polimorfismo não-sinônimo no
exon 4 do CYP2B6 (516G>T, rs3745274) prevê diminuição da depuração plasmática
17
de efavirenz e aumento no plasma no estado estacionário, como faz um menos
freqüentes não-sinônimo exon 9 CYP2B6 polimorfismo 983T > C (Rs28399499)
(HAAS et al., 2004; HAAS et al., 2005; ROTGER et al., 2005; WANG et al., 2006;
ROTGER et al., 2007).
1.1 Epidemiologia do HIV
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency
Syndrome - AIDS) foi reconhecida oficialmente como doença em 1981, pelo Centro
de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em função de uma explosão de casos
inexplicados de sarcoma de Kaposi e de pneumonia por Pneumocystis jiroveci em
homossexuais masculinos em diversas cidades dos Estados Unidos (RACHID &
SCHECHTER, 2001). A epidemia de AIDS no Brasil experimentou modificações
profundas desde o seu início na década de 80. De característica regional e restrita a
determinados segmentos populacionais, passou a ser uma epidemia de caráter
nacional nos anos 90.
Dados da UNAIDS (Joint United Nations Programm on HIV/AIDS) divulgados
em julho de 2009 estimam que 33,4 milhões de pessoas vivam com o vírus no
mundo (UNAIDS, 2009). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil
se mantém entre os países com epidemia de AIDS, com prevalência da infecção
pelo HIV de 0,61% entre a população de 15 a 49 anos (UNAIDS, 2009).
A América Latina é a região que ocupa a quarta posição em número de
infectados no mundo, sendo o Brasil o país que possui o maior número de casos de
AIDS nesta região, com 506.499 casos de AIDS de janeiro de 1980 até junho de
2008 (Boletim Epidemiológico da AIDS, 2009). No Brasil, a AIDS foi responsável por
205.409 óbitos de 1980 até junho de 2007, sendo as taxas de mortalidade
crescentes até meados da década de 90, estabilizando em cerca de 11 mil óbitos
18
anuais desde 1998. Após a introdução da política de acesso universal ao tratamento
antiretroviral (ARV), observou-se uma importante queda na mortalidade. A partir do
ano 2000, essa taxa se estabilizou em cerca de 6,0 óbitos por 100 mil habitantes
(Boletim Epidemiológico da AIDS, 2009).
As regiões Sul e Sudeste concentram 80% dos casos. Dados do Boletim
Epidemiológico de AIDS (2009) do Programa Nacional de AIDS do Ministério da
Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul mostram que o RS
foi o terceiro estado com maior incidência de casos de AIDS de 1983 a 2008, com
46.299. O município de Porto Alegre é o terceiro município brasileiro e o primeiro do
Estado com maior número de casos de AIDS notificados (Boletim Epidemiológico da
AIDS, 2009). Em Santa Cruz do Sul, numa população de 116.000 habitantes, tem
650 infectados com HIV.
A abordagem clínica da infecção pelo HIV e de suas complicações é bastante
complexa (MS/SVS, 2009). Com o advento da terapia antiretroviral potente
(HAART), as manifestações clínicas decorrentes da infecção pelo HIV tornaram-se
menos freqüentes e houve melhora substancial do prognóstico e da qualidade de
vida dos indivíduos infectados. Todavia, a resistência viral, a toxicidade dos
fármacos, os efeitos adversos e a necessidade de alta adesão ao tratamento
permanecem como importantes barreiras ao sucesso prolongado das terapias
(MS/SVS, 2009; MU et al., 2007).
No Brasil, dentre as estratégias para combater a epidemia destaca-se a
política de distribuição dos medicamentos antiretrovirais aos portadores do HIV que
necessitam de tratamento. Vários indicadores evidenciam o efeito positivo dessa
política adotada no país: redução da mortalidade em aproximadamente 50%,
redução do número de internações hospitalares, redução da incidência de infecções
19
oportunistas, redução da transmissão vertical, dentre outros (GUIMARÃES et al.,
2008; MELCHIOR et al., 2008).
Os atuais esquemas terapêuticos são complexos, de difícil adesão e
associados a reações adversas e interações medicamentosas (KING et al., 2002;
MONTESSORI et al., 2004; KLIMAS et al., 2008; HAMMER et al., 2008).
Atualmente, alguns estudos realizados em diversos países buscam aumentar a
efetividade dos tratamentos disponíveis e incluem tentativas para entender melhor
os efeitos adversos dos agentes antiretrovirais (HAMMER et al., 2008; MOLINA et
al., 2008; MONTESSORI et al., 2004). Efeitos adversos dos antiretrovirais, muitos
dos quais desconhecidos no passado, são cada vez mais freqüentes e, na maioria
das vezes, são os principais responsáveis pela interrupção da terapia (HAMMER et
al., 2008). Em estudo realizado por Borges, foi observado o desenvolvimento de
efeitos adversos (ADR) em 75,4% dos pacientes estudados, sendo os principais
tontura, cefaléia, diarréia, náusea e vômitos (Borges, 2005). O desenvolvimento de
neuropatia, hepatotoxicidade, pancreatite, lipodistrofia, diabetes, dislipidemia,
osteoporose e acidose lática estão entre as complicações que podem piorar
consideravelmente a qualidade de vida do indivíduo infectado pelo HIV recebendo
HAART (MS/SVS, 2009).
O uso de potentes fármacos está geralmente associado com toxicidade e os
fármacos antiretrovirais não são exceção. O aumento das enzimas hepáticas,
descrito em muitos estudos como hepatotoxicidade, vem sendo reportada em muitos
pacientes tratados com antiretrovirais (MENDES-CORREA et al., 2008; NUNES,
2006). No entanto, a prevalência destes casos e as suas causas não são ainda bem
definidas (MENDES-CORREA et al., 2008; NUNES, 2006). Um mecanismo potencial
de associação entre hepatotoxicidade e inibidores da protease (IP) é a alteração no
20
metabolismo, porque todos os IPs são metabolizados no fígado por várias enzimas
pertencentes ao citocromo P450 (FLEXNER, 1998).
1.2 Tratamento Antiretroviral
Desde o descobrimento do vírus HIV e do conhecimento da patogenia da
AIDS, pesquisadores não mediram esforços relacionados ao desenvolvimento de
novos fármacos e estratégias terapêuticas para o combate da doença (HAMMER,
2008; FLEXNER, 2007).
O principal objetivo da terapia antiretroviral é retardar a progressão da
imunodeficiência e/ou restaurar, tanto quanto possível, a imunidade aumentando o
tempo e a qualidade de vida da pessoa infectada (MS/SVS, 2009). Contudo, a
evolução natural da infecção pelo HIV caracteriza-se por intensa e continua
replicação viral, que resulta, principalmente, na destruição e disfunção de linfócitos T
que expressam o antígeno de membrana CD4 e de outras células do sistema imune.
A depleção progressiva dos linfócitos T CD4, em conjunto com outras alterações
quantitativas e qualitativas do sistema imune, leva à imunodeficiência, que em sua
forma mais grave manifesta-se pelo surgimento de infecções oportunistas e
neoplasias que caracterizam a AIDS. Assim, a supressão máxima e contínua da
replicação viral é desejável para reduzir ou reverter o dano imunológico (ABBAS et
al., 2008).
O início da terapia deve ser recomendado para pacientes assintomáticos com
contagem de linfócitos T CD4 entre 350/mm
3
e 200/mm
3
. Nesses indivíduos, a
decisão de iniciar o tratamento dependerá da tendência de queda da contagem de
linfócitos T CD4 e/ou da elevação da carga viral. Para aqueles assintomáticos que
têm contagem de linfócitos T CD4 menor do que 200/mm
3
e para aqueles que têm
manifestações clínicas associadas ao HIV (independentemente da contagem de
21
linfócitos T CD4 e da carga viral plasmática) o tratamento deve ser instituído
(MS/SVS, 2009).
Segundo consenso do Ministério da Saúde, referente às recomendações da
terapia antiretroviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV, a terapia inicial
deve sempre incluir três fármacos, sendo dois inibidores da transcriptase reversa
análogos de nucleosídeos (ITRN) associados a um inibidor da transcriptase reversa
não análogo de nucleosídeos (ITRNN) ou a um inibidor da protease (IP), o que
significa que esquemas duplos (apenas com dois ITRN) não devem mais ser
utilizados. A única exceção na qual a terapia dupla pode ser utilizada é o caso de
exposição ocupacional. O uso isolado de AZT ainda é aceitável para a
quimioprofilaxia da transmissão vertical em algumas situações específicas (MS/
SMS, 2008). Na Tabela 2, são apresentados os principais fármacos incluídos em
cada classe de antiretrovirais.
22
Tabela 2: Principais fármacos licenciados em cada classe de antiretrovirais
ITRNN
IP
Outros
Abacavir (ABC)
Didanosina(ddI)
Delavirdina (DLV)
Efavirenz (EFV)
Amprenavir (APV)
Atazanavir (ATV)
Enfuvirtide (Inibidor da
Integrase)
Estavudina (d4T)
Lamivudina (3TC)
Tenofovir (TDF)
Nevirapina (NVP) Indinavir (IDV)
Lopinavir/r (LPV/r)
Nelfinavir (NFV)
Maraviroc (inibidor da
interação com o co-
receptor CCR5)
Zalcitabina (ddC) Ritonavir (RTV)
Zidovudina (AZT) Saquinavir (SQV)
Tipranavir
Darunavir
*modificada a partir de Flexner, 2008. ITRN: inibidor da transcriptase reversa análogo de
nucleosídeos. ITRNN: inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeos. IP: inibidor da
protease.
A preferência é a terapia com 2 ITRN associados a um ITRNN. Os esquemas
que utilizam 2 ITRN + ITRNN são, em geral, de posologia mais simples, o que
provavelmente facilita a adesão ao tratamento. O AIDS Clinical Trials Group
(ACTG) comparou 3 regimes terapêuticos inicias em 757 pacientes: i) efavirenz
com 2 ITRNs; ii) lopinavir potencializado com ritonavir (lopinavir/r) com 2 ITRNs; e
iii) efavirenz com lopinavir/r, sem ITRNs. O esquema que utilizava efavirenz com 2
ITRNs levou à queda da taxa viral e à supressão viral por mais tempo que
lopinavir/r com 2 ITRNs (24% vs 37%, respectivamente) (RIDLLER et al., 2008).
Um ensaio clínico randomizado que comparou diretamente esquemas iniciais de
tratamento de 2 ITRN+efavirenz (ITRNN) com 2 ITRN+lopinavir/r (IP/r) demonstrou
que, na análise de intenção de tratamento, os resultados de supressão viral (carga
viral < 50 cópias/mL) nos pacientes do grupo efavirenz (89% de supressão viral)
foram superiores ao grupo lopinavir/r (77%) em 96 semanas, e a contagem de
linfócitos T CD4 foi maior no grupo lopinavir/r que no grupo efavirenz (287céls./ul e
230/ul, respectivamente) (HAUBRICH et al., 2007). Não existe dado publicado
sobre tratamento de longo prazo, particularmente em estratégias de terapia
seqüencial, que permitam definir qual seria a abordagem associada com melhores
resultados.
23
Diante dos resultados de equivalência dos esquemas com 2 ITRN + ITRNN
em relação aos esquemas com 2 ITRN + IP/r, e por vantagens potenciais no manejo
anti-retroviral, o comitê das recomendações para terapia anti-retroviral em adultos e
adolescentes infectados pelo HIV 2007/2008 do Ministério da Saúde/programa
DST/AIDS optou por sugerir esquemas com ITRNN como primeira opção, e
esquemas com IP com o reforço farmacológico do ritonavir (IP/r) como alternativos
para o início de terapia anti-retroviral em pacientes virgens de tratamento (MS/ SMS,
2008).
A associação zidovudina/lamivudina (AZT/3TC) é a mais estudada em
ensaios clínicos randomizados, apresenta resposta virológica equivalente a outras
combinações de 2 ITRN e é habitualmente bem tolerada, tendo sido mantida como a
dupla de ITRN de primeira escolha para compor o esquema antiretroviral inicial. O
AZT e a didanosina entérica (ddI EC) têm um perfil de toxicidade metabólico
considerável. Em ambos são descritos a lipoatrofia em longo prazo, toxicidade
hematológica associada ao AZT, e pancreatite e neuropatia periférica associadas ao
ddI. O abacavir (ABC) pode causar a síndrome de hipersensibilidade e o tenofovir
(TDF) pode causar nefrotoxicidade. Nos casos de intolerância ao AZT, a ddI EC ou o
TDF permaneceram como alternativas, sempre em combinação com a lamivudina
(MS/SVS, 2009).
Em pacientes em uso de AZT, a toxicidade hematológica e a lipoatrofia são
um dos principais efeitos adversos que resultam na modificação do tratamento. O
ABC permanece recomendado na terapia inicial apenas nas situações de
intolerância ao AZT, ao ddI EC e ao TDF, pois seu custo elevado o se traduz em
benefício proporcional quando comparado às outras opções. A estavudina (d4T)
permanece sendo a última opção para substituir o AZT, devido ao acúmulo de dados
científicos e clínicos confirmando a forte associação entre uso do d4T e
24
desenvolvimento de lipoatrofia e dislipidemia. A dupla ddI/d4T continua excluída da
terapia inicial devido ao maior potencial de toxicidade (MS/SVS, 2009).
Os dois ITRNN disponibilizados no Brasil são o efavirenz (EFZ) e a nevirapina
(NVP). Quanto à escolha dos ITRNN, o efavirenz (EFZ) continua sendo preferencial
à nevirapina (NVP), exceto em gestantes. Essa opção está fundamentada na sua
elevada potência de supressão viral, comprovada eficácia em longo prazo e ao
menor risco de efeitos adversos sérios. Os efeitos adversos mais relacionados ao
EFV, como tonturas, alterações do sono e alucinações, costumam desaparecer após
as primeiras duas a quatro semanas de uso. A NVP é uma opção ao EFZ em
algumas situações, como mulheres que desejam engravidar ou durante a gestação.
Entretanto, a NVP apresenta maior toxicidade hepática, rash cutâneo e risco de
desencadear Síndrome de Stevens-Jonhson (MS/SVS, 2009; HAMMER et al, 2008).
Os inibidores da protease potencializados com ritonavir (IP/r) oferecem menor
probabilidade de desenvolvimento de resistência que os ITRNN. A escolha do IP
para ser a combinação com ritonavir como adjuvante farmacológico tem como
vantagens proporcionar níveis sangüíneos do IP mais elevados, estáveis e por
tempo mais prolongado e menor risco de mutações que confiram resistência viral
(RIDDLER et al, 2006). Esquemas que incluem a associação de IP/r estão
relacionados com uma maior elevação nas contagens de linfócitos T CD4, mas por
outro lado, é mais freqüente a ocorrência de dislipidemias em esquemas com IP/r,
quando comparados a associações que envolvem ITRNN, particularmente o
efavirenz (RIDDLER et al., 2008).
A escolha da terapia inicial envolvendo um esquema composto por um
inibidor da protease deve preferencialmente utilizar o lopinavir (LPV) potencializado
com ritonavir, com base na experiência de uso, no maior número de estudos clínicos
com seguimento de pacientes em longo prazo e na alta potência e durabilidade que
25
confere aos esquemas antiretrovirais. A associação atazanavir/r (ATV/r), é
considerada a combinação de inibidores da protease alternativa (MOLINA et al,
2008; MS/SVS 2009). De forma geral, o saquinavir/r, indinavir/r e fosamprenavir/r
permanecem como opção de resgate. As principais desvantagens do LPV/r são a
dificuldade de adesão em longo prazo e seus eventos adversos, particularmente
efeitos metabólicos. O ATV/r está mais relacionado à icterícia (MOLINA et al., 2008;
WALMSLEY et al., 2007; CLUMECK et al., 2007).
Raltegravir, um inibidor de integrase, foi aprovado em 2007 para uso em
tratamento experimental de pacientes (STEIGBIGEL et al, 2007; COOPER et al,
2007). Foi comparado com efavirenz num tratamento de pacientes iniciantes, sendo
administradas 4 doses de raltegravir (100, 200, 400, ou 600 mg duas vezes ao dia)
ou efavirenz, cada um combinado com tenofovir e lamivudine. Em 48 semanas, a
proporção dos indivíduos que tinham níveis de RNA de HIV abaixo de 50 copias / mL
foi similar entre os 5 grupos (MARKOWITZ et al, 2007).
Uma nova classe de drogas antiretrovirais foi desenvolvida, o os chamados
inibidores de fusão ou inibidores de entrada. Maraviroc, um antagonista do CCR5, foi
aprovado em 2007 para uso em tratamento experimental de pacientes (SCHLECHT
et al, 2008). Foi utilizado como antiretroviral em pacientes com variantes de HIV-1
que utilizam exclusivamente CCR5 como co-receptor. Maraviroc foi comparado com
efavirenz, cada um combinado com zidovudine/lamivudine. Em 48 semanas, 69,3%
e 65,3% dos pacientes tiveram uma carga viral inferior a 50 copias/mL nos grupos
efavirenz e maraviroc, respectivamente (SAAG et al., 2007).
26
1.3 Avaliação da resposta terapêutica
A avaliação da resposta terapêutica utiliza como parâmetros a redução da
carga viral e o aumento do número de linfócitos T CD4. Embora um dos principais
objetivos da terapia antiretroviral seja a obtenção de carga viral indetectável (abaixo
de 50 ou 80 pias/mL) dentro de um período de seis meses, deve-se considerar
como resultado positivo uma grande redução nos seus valores: 90% da carga viral
nas primeiras quatro a seis semanas, ou 99% após 12 a 16 semanas (MS/SVS,
2009).
O impacto inicial da terapia antiretroviral sobre a carga viral tem relação direta
com a carga viral pré-tratamento, o grau de imunodeficiência, a potência do
esquema, o grau de adesão e a tolerância do paciente aos rmacos, assim como
com outros aspectos que possam influenciar a farmacocinética. Sendo assim, a
situação individual do paciente pré-terapia e seu comportamento, uma vez
implementada a terapia, deve ser considerada ao se estabelecer o período de seis
meses como máximo para atingir níveis indetectáveis da carga viral (MS/SVS, 2009).
Alguns pacientes com carga viral indetectável podem apresentar episódios
ocasionais de viremia detectável transitória em baixos valores (geralmente menor
que 1000–2000 cópias/mL) com subseqüente supressão. Essa situação não
caracteriza falha terapêutica, mas sugere-se que seja investigada e que eventuais
problemas com a adesão à terapia sejam corrigidos (HAMMER et al., 2008;
MS/SVS, 2009).
27
1.4 Efavirenz
Na maioria das orientações, o tratamento com efavirenz (EFV) é o ITRNN
mais recomendado entre os regimes de primeira linha em pacientes que iniciam o
tratamento antiretroviral. Assim, o EFV é uma das drogas antiretrovirais mais
utilizadas (HAMMER et al., 2008).
O EFV é descrito como um derivado do benzoxazinone (2H-3,1-Benzoxazin-
2-one,6-cloro-4(Cyclopropylethynyl) -1,4-dihidro-4-trifluormetil). Sua fórmula empírica
é C14H9CIF3NO2 (RAKHMANINA & VAN DEN ANKER, 2010).
EFV é prontamente absorvido e atinge picos de concentração sérica (Cmax)
de 4,07 ug/ml cerca de 3-5 horas após a administração de 600 mg, a dose oral
padrão do adulto. EFV tem um período de meia-vida no soro de 45 horas e atinge
estado estacionário das concentrações plasmáticas de 6-10 dias. A
biodisponibilidade do EFV é aumentada pela refeição quando comparado ao jejum.
A droga é altamente ligada às proteínas (> 99%), predominantemente à albumina
(RAKHMANINA & VAN DEN ANKER, 2010).
A segurança e a eficácia de EFV em crianças menores de 3 anos de idade
não foram estabelecidas. Os dados sobre a exposição a EFV em mães e seus bebês
em aleitamento materno é limitado. Cerca de 14 a 34% de uma dose de EFV é
recuperada na urina (menos de 1% como droga inalterada) e 16-61% de uma dose é
recuperada nas fezes (principalmente como fármaco inalterado) (RAKHMANINA &
VAN DEN ANKER, 2010). O tratamento pode ter efeitos colaterais, representados
por sonhos anormais, tonturas, sonolência, insônia e diminuição da concentração
(HAAS et al., 2004, MS/SVS, 2009). A freqüência de efeitos colaterais no SNC pode
ser tão elevada, metade dos pacientes apresentando esta queixa, ocorrendo
geralmente durante as primeiras semanas de tratamento. Uma vez que uma
diferença interindividual considerável nos níveis de meia-vida da droga após a
28
administração oral de EFV, sugere-se que a ocorrência de efeitos colaterais no SNC
possa refletir o aumento dos níveis plasmáticos EFV.
1.4.1 Monitorização terapêutica de efavirenz
A monitorização terapêutica de fármacos (MTD) é uma abordagem que visa à
otimização e individualização da administração da droga. Essa monitorização é de
grande interesse no tratamento do HIV, pois permite aumentar a eficiência do
tratamento e reduzir os efeitos adversos dos antiretrovirais. EFV se enquadra nos
critérios para a MTD, incluindo uma possível correlação das suas concentrações
plasmáticas com o efeito farmacológico, avaliado pela contagem de células CD4 e
carga viral, bem como com a toxicidade (CSAJKA et al., 2003; MARZOLINI et al.,
2001). Essa correlação é maior com a toxicidade do que com a eficácia do
medicamento (DAHRI & ENSOM. 2007). Além disso, muitos ensaios analíticos
aceitáveis estão atualmente disponíveis para esta droga, exibindo sua variável
disposição cinética interpacientes e intrapaciente (CSAJKA et al., 2003). A MTD
também é considerada uma boa ferramenta para estimar a adesão do paciente ao
tratamento. O abandono é um dos principais problemas associados ao aparecimento
de cepas virais resistentes (FEXNER, 2007). De fato, as mutações do genoma viral
que conferem resistência ao HAART, que levam a mal definidas modificações das
doses terapêuticas, são um dos principais problemas que impedem a MTD destas
drogas. Na verdade, relativamente bem definidas faixas terapêuticas foram
estabelecidas para pacientes virgem de tratamento. Por conseguinte, o alcance
terapêutico aceito para EFV (1 a 4 mg/litro) deve ser interpretado com cautela
porque pode mudar dependendo de fatores como o estado do paciente, o uso de
regimes de combinação com outros antiretrovirais, a exposição prévia a
29
antiretrovirais ou não, as mutações que conferem resistência, entre outros (CSAJKA
et al., 2003).
1.5 Efavirenz e farmacogenética
Muitos fatores genéticos humanos influenciam a história natural do HIV pelo
fato de acelerarem ou reduzirem a progressão da infecção ao desenvolvimento da
AIDS (TELENTI, 2002). Fatores relacionados ao hospedeiro também contribuem
para a resposta ao tratamento antiretroviral. A aplicação de um único regime
terapêutico resulta em importantes variações interpessoais relacionadas às
concentrações séricas e às diferenças na susceptibilidade à toxicidade dos fármacos
(TELENTI, 2002; HASS, 2005).
A relação de genes e variantes a serem pesquisados como possíveis
interferentes na resposta individual ao tratamento antiretroviral é frequente. Alguns
genes foram estudados em diversas populações, nas quais mostraram significativas
associações com alterações na resposta terapêutica aos antiretrovirais e com o
desenvolvimento de reações adversas e susceptibilidade à doença (HASS, 2005;
AHUJA et al., 2008; NAKAJIMA & KIMURA, 2008).
Apesar de não existirem muitos dados disponíveis, áreas de investigação
farmacogenética incluem a análise da eficácia da terapia com ITRNs, resposta
neurotóxica e hematotóxica aos ITRNs e ITRNNs, resposta alérgica, e a
probabilidade de resposta aos inibidores de fusão. A partir do momento em que
existirem dados disponíveis, será possível aumentar prospectivamente a chance de
sucesso no tratamento e reduzir a possibilidade de efeitos tóxicos, através da
utilização de uma terapia personalizada (FLEXNER, 2008; HAMMER et al., 2008).
Genes envolvidos na metabolização e transporte de rmacos são importantes alvos
a serem investigados para melhor prever a eficácia e a segurança de diversos
30
tratamentos (FIEGENBAUM et al, 2005). A farmacogenética é uma área de pesquisa
com grande perspectiva de crescimento que promete auxiliar no uso racional de
diferentes fármacos, bem como no desenvolvimento de novos fármacos
(GOLDSTEIN, 2003).
A resposta à terapia antiretroviral em pacientes HIV-positivo varia
consideravelmente em diferentes aspectos, como na concentração plasmática das
drogas, no desenvolvimento de efeitos adversos e na taxa de recuperação do
sistema imunológico. Esta variação pode ser atribuída a fatores como interações
medicamentosas ou diferenças individuais na capacidade de metabolização dos
fármacos antiretrovirais. A investigação dos fatores que podem interferir na eficiência
da resposta aos antiretrovirais é de grande interesse para o entendimento de como
os pacientes podem responder de forma tão variada à HAART (TELENTI &
ZANGER, 2008).
Importantes variações genéticas do hospedeiro estão associadas a uma
diferente capacidade de metabolização. Várias enzimas desempenham papéis
cruciais no transporte e metabolismo de diferentes fármacos, como a glicoproteína-
P, produto do gene MDR1 (ABCB1), e enzimas do citocromo P450 (CYP450),
diretamente envolvidas na farmacocinética de diversos fármacos (TELENTI &
ZANGER, 2008).
Variantes alélicas de MDR1 e CYP2D6 estão associadas com diferenças nas
concentrações plasmáticas de inibidores da protease (IP) e inibidores não
nucleosídeos da transcritase reversa (ITRNN). Variantes alélicas de MDR1 também
predizem a taxa de imunoreatividade (aumento dos níveis de linfócitos T CD4) após
o início do tratamento com antiretrovirais, o que mostra a relevância de
transportadores para o acesso dos fármacos antiretrovirais a compartimentos
farmacológicos privilegiados (HASS, 2005).
31
A P-gp é um membro da família dependente de ATP e é codificada pelo gene
humano ABCB1 (ATP-binding cassete, subfamília B), também chamado de
resistência a múltiplas drogas (MDR1), localizado no cromossomo 7p21-21.1 (FOJO
et al., 1986), com cerca de 4,5 kb e 28 exons (CHEN et al., 1990). A P-gp em
humanos é uma proteína transmembrana fosforilada e glicosilada, de 1280
aminoácidos, que contém duas regiões homólogas de seqüências simétricas, cada
qual com 6 domínios transmembrana e um motivo de ligação de ATP (Figura 1). Os
domínios de ligação do ATP agem como ATPases que hidrolisam ATP em ADP+Pi.
Figura 1:
Arranjo de proteínas transmembrana de efluxo ABC, mostrando as 12 regiões de domínio
transmembrana e as duas regiões NBDs (domínios de ligação de nucleotídeos/ATP).
Fonte: adaptada a partir de CHAN LM, LOWES S, HIRST BH, 2004.
A P-gp funciona como uma bomba de efluxo transmembrana, transportando
as drogas do meio intracelular para o extracelular, mas pode também interagir com
as moléculas da droga retidas na bicamada lipídica da membrana celular (Figura 2).
32
Figura 2: Função da P-glicoproteína (P-gp). Este modelo mostra que o transporte de efluxo mediado
pela P-gp de substratos de drogas pode ocorrer no nível da membrana plasmática ou do
compartimento intracelular. ATP, adenosina trifosfato; ADP, adenosina difosfato; Pi, fosfato
inorgânico.
Fonte: adaptada a partir de MARZOLINI et al., 2004.
A P-gp foi isolada pela primeira vez a partir de células de ovário de hamster
chineses (CHO) resistentes à colchicina (JULIANO RL, LING V, 1976).
Posteriormente, o gene que codifica a P-gp (MDR1) foi identificado devido à sua
superexpressão em células tumorais, associada à aquisição de resistência cruzada a
várias drogas xicas anti-câncer (UEDA et al.,1987). Este transportador de drogas
foi também reconhecido como expresso em muitos tecidos normais, sugerindo uma
função fisiológica (CHAN LM, LOWES S, HIRST BH, 2004). A P-gp é encontrada em
locais excretores como a superfície canalicular dos hepatócitos, a superfície apical
de células tubulares proximais nos rins, e na superfície da borda em escova dos
enterócitos. Além disso, a P-gp é também expressa no epitélio do plexo coróide do
cérebro e na superfície luminal dos capilares sanguíneos do encéfalo (barreira
hemato-encefálica). A P-gp também está presente em outros tecidos conhecidos
33
por ser um obstáculo sangue-tecido, tais como a placenta, os ovários e os testículos,
tendo sido detectada também em células tronco hematopoéticas e lulas
mononucleares periféricas (PBMC), macrófagos maduros, as células natural killer,
células dendríticas, linfócitos T e B (MARZOLINI et al., 2004). Assim, a função e a
localização anatômica da P-gp sugerem que esse transportador atua como uma
barreira protetora para manter as toxinas fora do corpo, excretando os compostos na
urina, na bile e para o lúmen intestinal, impedindo a acumulação de tais compostos
em órgãos vitais como o cérebro, gônadas e medula óssea, assim como no feto
(MARZOLINI et al., 2004).
A P-gp transporta um amplo espectro de substâncias, incluindo diversos
quimioterápicos e fármacos antiretrovirais da classe dos IP. Estudos de expressão
em diferentes tipos celulares mostraram que a expressão diferencial de P- gp pode
influenciar a atividade e biodisponibilidade de fármacos e que polimorfismos no gene
MDR1 podem ser importantes para a predição da resposta clínica em pacientes sob
terapia HAART (FELLAY et al, 2002; SAITOH et al, 2005).
Estudos bioquímicos sugerem que o transporte de substrato por MDR1 é
acoplado à hidrólise de ATP (SHAROM et al., 1993) e o modelo atualmente aceito é
que a P-gp funciona como uma "bomba de vácuo hidrofóbica", no qual o substrato
interage diretamente com o bolso de ligação da droga na proteína P-gp e é
bombeado do espaço intracelular para o espaço extracelular, assistido pela hidrólise
de ATP em ADP+Pi (revisto em FUNG & GOTTESMAN, 2009). A característica mais
significativa da função da P-gp é a sua ampla especificidade de substrato. Críticas
têm categorizado substratos da P-gp com base no seu uso clínico (MARZOLINI et
al., 2004; PERALTA et al., 2008) e correlacionado níveis de expressão de MDR1
com resistência às drogas. Grande número de substratos, com diferentes estruturas
químicas, são candidatos à metabolização pela P-gp (MARZOLINI et al., 2004).
34
Esses substratos têm uma ampla gama de funções biológicas, por exemplo, drogas
anti-câncer, inibidores da protease do HIV, anti-histamínicos, bloqueadores dos
canais de cálcio, antibióticos, etc. O mecanismo de ligação do substrato e o
reconhecimento de substratos e inibidores da P-gp o complexos. A P-gp contém
um grande bolso de ligação de drogas, que geralmente é constituído por vários
domínios trans-membrana (TM5, TM6, TM11 e TM12), que determina a
especificidade de substrato. No entanto, são as mutações de aminoácidos na região
transportadora que também alteram a especificidade do substrato, sugerindo que o
reconhecimento de drogas é um processo complexo (FUNG & GOTTESMAN, 2009).
A função da P-gp como transportador é semelhante à de outras drogas
transportadoras. Entre a longa lista de substratos, é evidente que algumas dessas
drogas também são substratos de enzimas metabolizadoras de drogas,
principalmente CYP3A4. Este gene está localizado no cromossomo 7q22.1, muito
próximo da localização cromossômica do MDR1, sugerindo uma inter-dependência
durante a evolução para proteger o organismo das toxinas.
De acordo com o banco de dados de SNPs (HapMap) mantido pelo NCBI
(National Center for Biotechnology Information), existem mais de 50 SNPs na região
de codificação do MDR1 humano. Estudar a localização dos SNPs tem levado a
importantes observações, por exemplo, que os SNPs com mais de 1% de
heterozigosidade foram encontrados em dois terços dos 28 exons do gene. Os SNPs
do MDR1 são mutações sinônimas e não sinônimas e a maioria das mutações são
traduzidas em aminoácidos localizados na região intracelular (Figura 3) (FUNG et al.,
2009)
35
Figura 3: Esquema da proteína codificada pelo gene MDR1 mostrando a localização dos SNPs. Este
é um modelo hipotético bidimensional da P-gp humana. Cada círculo representa um resíduo de
aminoácido. Círculos vermelhos representam os aminoácidos afetados por SNPs. Resíduos de
aminoácidos afetados por SNPs sinônimo estão marcados com triângulos. Os SNPs do haplótipo
MDR1 (1236C>T: G412, 2677G>T: A893 e 3435C>T: I1145) são circulados. As regiões que codificam
as alças A, D, H, Q, Walker-A e Walker-B estão coloridos em verde, e as posições dos aminoácidos
destes motivos estão resumidos na tabela. Sítios de fosforilação e glicosilação também são
mostrados. (Modificado por Fung et al., 2009).
Polimorfismos genéticos no gene MDR1 foram inicialmente identificados por
Kioka et al, em 1989, em estudos in vitro com células cancerosas (KIOKA et
al.,1989). Em seguida, outros grupos, incluindo Hoffmeyer et al, têm examinado o
conjunto de SNPs da região de codificação de MDR1, em especial a mutação
3435C>T, como um fator preditivo no aparecimento de certas doenças ( câncer,
colite ulcerosa, epilepsia) ou desfecho clínico de tratamentos com rmacos
(imunossupressores, inibidor da protease do HIV, anti-câncer) (HOFFMEISTER,
2000; SCHWAB et al., 2003; MARZOLINI et al., 2004; CHAN LM, LOWES S, HIRST
BH, 2004; OUDE ELFERINK RP, DE WAART R, 2007). A associação entre a
mutação sinônima 3435C>T e a expressão da proteína P-gp em diferentes órgãos
(por exemplo, duodeno, intestino, placenta, fígado, rim) tem sido extensivamente
estudada, porém esses estudos não foram conclusivos, com observações
36
conflitantes (SIEGSMUND et al., 2002; NAKAMURA et al., 2002; MORIYA et al.,
2002 HITZL et al., 2004; OWEN et al., 2005). Essas observações levaram a uma
mudança de estudo do 3435C>T para o estudo dos efeitos clínicos do haplótipo
MDR1 (BELLUSCI et al., 2009; MARFURT et al., 2010; BALCERCZAK et al., 2010;
GÜMÜ
Ş-AKAY et al., 2009; CHEN et al., 2009; VAHAB et al., 2009). Embora tenham
sido realizados numerosos estudos sobre a mutação 3435C>T, muitos não
pesquisaram os haplótipos do MDR1. Nestes estudos, o tamanho da amostra do
haplótipo é muitas vezes baixo para determinar a significância. Recentes provas, no
entanto, sugerem que o uso do haplótipo mais comum (1236C>T, 2677G>T,
3435C>T) pode ser a melhor forma de detectar a ligação a um fenótipo mais do que
estudar somente o SNP 3435C>T (FUNG et al., 2009).
O efeito do haplótipo na evolução da doença, incluindo câncer, tem sido
relatado (SABAHI Z et al., 2010; TAHARA et al., 2010; CHEN et al., 2010; KHEDRI A
et al., 2010; TAHERI et al, 2010; ANDERSEN et al., 2009; HENRÍQUEZ-
HERNÁNDEZ et al., 2009). Estudos semelhantes aos estudos clínicos do SNP
3435C>T tem mostrado que os haplótipos influenciam na resposta a drogas e nas
doenças. As linhagens celulares expressando MDR1 com a substituição 3435C>T
não alteraram a expressão na superfície celular ou a função de transporte,
comparados com as células com o gene selvagem (KOMAR, 2007; KIMCHI-
SARFATY et al., 2007). É evidente que a substituição 3435C>T não é a única razão
para menor expressão, entretanto, os pacientes portadores do genótipo 3435TT
foram relatados como tendo menor expressão de MDR1 (HOFFMEYER et al., 2000).
Um questionamento importante que tem sido colocado é como um
polimorfismo silencioso no final da região codificante do gene MDR1 pode afetar a
sua expressão. Uma possibilidade é que a substituição 3435C>T pode estar ligada a
um ou mais SNPs ainda não identificados no inicio da região 3 'UTR ou do promotor
37
que podem afetar a transcrição e os níveis de RNAm. No entanto, a análise de
ligação em pacientes japoneses não revelou uma significativa associação entre o
SNP 3435C>T e outros polimorfismos na região do promotor (SAI et al., 2006). Outra
explicação poderia ser que o RNAm do MDR1 tem a estabilidade alterada pela
substituição 3435C>T. Wang et al. relataram que, no fígado, o alelo 3435C tem
maior expressão do que o alelo 3435T. No mesmo estudo, a expressão in vitro em
células CHO mostrou que o RNAm carregando a mutação T é degradado mais
rápido do que os do tipo selvagem (WANG et al., 2005). No entanto, várias linhas de
evidência sugerem que a substituição 3435C>T não altera a expressão de MDR1
(KIMCHI-SARFATY et al., 2007; HUNG et al., 2008, GOW et al., 2008).
O sitio do SNP 3435C>T está localizado no segundo domínio de ligação de
ATP (Figura 3). A análise da seqüência dos aminoácidos indica que um sinal de
pausa adicional poderia interferir no dobramento de dois motivos. Em primeiro lugar,
poderia afetar a formação da alça Q, um elemento fundamental no mecanismo de
ligação de nucleotídeos, uma vez que forma o domínio de ligação de ATP. Os
aminoácidos que correspondem ao sito de ligação do ATP na P-gp em humanos são
a Gln475 e Gln1118, que estão dispostos na primeira e na segundo porção da alça-
Q e são responsáveis pelo domínio de ligação de ATP e pela comunicação com o
sitio de ligação do substrato (URBATSCH et al., 2000).
O SNP 1236C>T é outro polimorfismo sinônimo no MDR1, que codifica a
glicina no primeiro domínio de ligação do ATP, encontrada entre a alça–A e Walker-
A (Figura 3). Esta substituição parece não afetar a expressão nem a função da
proteína. Os experimentos também mostraram que essa substituição não está
relacionada às alterações na estabilidade do RNAm (WANG et al., 2005).
A interrupção do deslocamento do ribossomo durante a tradução pode ser
causada por um polimorfismo na posição 2677, no exon 21, podendo resultar nas
38
substituições Ala893Ser (2677G>T) ou Ala893Thr (2677G>A) (Figura 3). Uma
alteração do nucleotídeo 2677 (A893) pode resultar em uma pausa no ribossomo,
que poderá afetar a tradução de aminoácidos. No entanto, estudos têm identificado
substituições de vários aminoácidos (G830V, I849M) que podem mudar a cinética da
atividade de ATPase induzida por drogas (SAKURAI et al., 2007). A análise
bioquímica confirmou que a substituição da alanina 893 (A893) por serina ou
treonina pode alterar o transporte da droga (SAKURAI et al., 2007). Esta evidência
sugere que a mutação A893 provavelmente afeta a atividade de ATPase induzida
por drogas. Esta análise sugere que cada um dos alelos que compõem um completo
haplótipo pode contribuir com mudanças de forma pequena mas significativa,
podendo levar à alteração do dobramento da proteína e da sua função. O
dobramento co-traducional dos dois domínios de ATPase da P-gp é crucial para sua
função. Após traduções sucessivas, os dois domínios de ligação ao ATP são
dobrados juntos para formar um grande domínio que pode hidrolisar dois ATPs para
ADPs de uma forma interdependente. Embora o impacto de cada um dos SNPs no
haplótipo MDR1 pode ser independente, quando presentes juntos podem produzir
fenótipos muito mais salientes (AMBUDKAR et al., 2006).
Estudos demonstraram que existe uma relação de desequilíbrio de ligação
entre os SNPs no exon 26 (3435C>T) e no exon 21 (2677G>T/A), sugerindo que
diferenças funcionais observadas na P-gp, inicialmente atribuídas ao SNP no exon
26 (sinônimo), poderiam ser um resultado de uma associação com o polimorfismo no
exon 21 (não-sinônimo) (KIM et al., 2001; KIM et al., 2009). Três combinações
comuns de haplótipos, encontradas em mais de 70% dos indivíduos, foram relatadas
em vários estudos, e parecem ser observadas em todos os grupos étnicos com um
forte desequilíbrio de ligação entre os exons 26 e 21. Também tem sido
demonstrado que um SNP sinônimo no exon 12 (1236C>T) está ligado ao dos exons
39
26 (3435C>T) e 21 (2677G>T/A) (KIM et al. 2001, ILLMER et al, 2002; JOHNE et al.,
2002; FELLAY et al, 2002; WINZER et al., 2005). Da mesma forma, quando
possíveis combinações genotípicas dos polimorfismos nos exons 26, 21 e 12 do
MDR1 foram analisados, em mais de 50% dos indivíduos estudados pareceu existir
um forte desequilíbrio de ligação (KIM et al. 2001; ILLMER et al, 2002; JOHNE et al.,
2002; GOTO et al., 2002).
As interações dos inibidores da protease com a P-gp e ABCCs têm sido
extensivamente estudadas, e tem demonstrado que são substratos ou moduladores
dos transportadores de efluxo (LEE et al., 1998; FORD et al., 2003; CHANDLER et
al., 2003). No entanto, os dados relativos à interação dos ITRNN ou ITRN com
transportadores de efluxo são escassos e conflitantes (BERRUET et al., 2005;
DIRSON et al., 2006; WEISS et al., 2007; WEISS et al., 2008). Alguns estudos
relatam que os NNRTIs não são substratos e nem moduladores da P-gp (BERRUET
et al., 2005; DIRSON et al., 2006; WEISS et al., 2007). Outros indicam o potencial do
tratamento em longo prazo com EFV induzir a expressão de P-gp em lulas
mononucleares do sangue periférico (PBMCs) ou na linhagem celular LS180
(CHANDLER et al., 2003; WEISS et al., 2008).
Os resultados dos estudos que examinam a influência dos polimorfismos do
gene MDR1 na resposta ao tratamento com terapia antiretroviral não são uniformes
(Tabela 3). Estudo realizado por Felley et al. em 123 pacientes com infecção pelo
HIV foi encontrado um aumento significante na contagem de células T CD4 em 3 e 6
meses após o início do tratamento nos pacientes com genótipo 3435TT, e não
houve diferenças na queda da carga viral entre os genótipos TT, CT e CC (FELLEY
et al., 2002). Foi sugerido nesse estudo que o alelo T (variante) poderia resultar em
um aumento na penetração do inibidor de protease nas células T CD4. Além de
alterar a concentração intracelular da droga, a superexpressão da P-gp in vitro
40
demonstrou reduzir a suscetibilidade de células CD4 à infecção por HIV, afetando a
fusão viral e possivelmente a sua liberação (LEE et al., 2000; SPECK et al., 2002).
Tabela 3. Efeito do polimorfismo do gene MDR-1 sobre a evolução da infecção pelo HIV. Estudos em
pacientes
Pacientes
Polimor
-
fismos
estudados
Influencia dos diferentes genótipos
Referen
cias
Característica
s
Efeitos no CD4
Efeito na carga
viral
123 67 pacientes que
faziam tratamento e
mantinham a
supressão viral com
EFV E NFV, 56
pacientes com
tratamento inicial
3435C>T CD4 24 semanas
TT=257 cel/mm
3
CT=165 cel/ mm
3
CC=121 cel/ mm
3
Não houve
diferença estatística
Felley et
al., 2002
479 Pacientes sem
tratamento inicial
(virgem)
3435C>T Não houve diferença
estatística
Falha virológica
mais precoce no
genótipo CC
(P=0,07)
Brumme
et al.,
2003
149 Pacientes sem
tratamento inicial
(virgem)
2 ITRN + IP (N=106),
1 ITRN + IP (N= 43)
3435C>T Nenhuma relação
entre o polimorfismo
3435C>T com o
aumento do CD4 em
3 e 6 meses de inicio
do tratamento
antiretroviral
Nenhuma relação
entre o polimorfismo
3435C>T com o
aumento da carga
viral, em 3 e 6
meses de inicio do
tratamento
antiretroviral
Nasi et
al., 2003
71 Pacientes crianças
sem tratamento
inicial (virgem)
tratados com 2 ITRN
+ EFV ou NFV
3435C>T
Não houve diferenças
em 2, 4 e 20
semanas
Cargas virais de
400 cópias / ml na 8
semana de terapia
antiretroviral nos
genótipos 3435CC
(59%) do que no
genótipo 3435CT
(91%).
Hulgan
et al.,
2003
411 Sem tratamento 3435C>T
2677G>T
Não houve diferença
estatística
in vitro.
Não influencia na
progressão
espontânea do HIV
nas células CD4.
Bleiber
et al.,
2004
129 3TC + d4T + IDV (n =
60)
NVP + d4T + IDV (n
= 69)
3435C>T
2677G>T
Não houve diferenças
em 74 semanas
Não houve
diferenças em 74
semanas
Verstuyf
t et al,.
2005
504 Pacientes sem
tratamento inicial
(virgem) tratados
com EFV (n = 340),
NFV (n = 348). 184
dos 504 participantes
receberam efavirenz
e nelfinavir
3435C>T
2677G>T
Não houve diferenças MDR1 3435
genótipo TT foi
associado com
menor
probabilidade de
falência virológica e
diminuição da
resistência viral ao
efavirenz
Haas et
al., 2005
72 3ITRN (N = 12),
2ITRN + 1 PI (N =
3435C>T
2677G>T/A
Nenhuma relação
entre os
Nenhuma relação
entre os
Winzer
et al.,
41
40); 2ITRN + 1
ITRNN (N = 20).
Genótipo
composto
2677G>T e
3435C>T
polimorfismos com o
aumento do CD4 em
4, 12, 24 e 48
semanas de inicio do
tratamento
antiretroviral
polimorfismos com
a diminuição da
carga viral em 4, 12,
24 e 48 semanas de
inicio do tratamento
antiretroviral
2005
347 219 Crianças
infectadas e 128
crianças expostas
não infectadas
1236C>T
3435C>T
Genótipos 3435CT,
1236CT e 1236TT e a
análise de pares de
haplótipos
(3435CT/1236CT e
3435CT/1236TT)
mostraram uma
importante proteção
contra a progressão
para AIDS pediátrica.
Bellusci
et al.,
2009
3TC: lamivudina; AZT: zidovudina; d4T: estavudina; EFV: efavirenz; IDV: indinavir; IP: inibidores da
protease; ITRN: inibidores da transcritase reversa análogos de nucleosídeos; ITRNN: inibidores de
transcritase reversa não análogos de nucleosídeos; NFV: nelfinavir; NVP: nevirapina; RTV: ritonavir;
HIV: vírus da imunodeficiência humana.
Brumme et al. (2003) estudaram 479 pacientes recém-diagnosticados com
HIV e os indivíduos com genótipo 3435CC tiveram menor tempo de falha virológica
(definida por uma carga viral > 500 cópias/ml) que os genótipos 3435CT e TT, mas
com diferenças no limite de significância estatística (BRUMME et al., 2003). Este
estudo não encontrou diferenças entre os três genótipos para o desenvolvimento de
resistência às drogas antiretrovirais.
Num estudo realizado em crianças por Hulgan et al., foi encontrada uma
menor proporção de crianças que alcançaram níveis de carga viral abaixo das 400
cópias/ml na oitava semana de terapia antiretroviral com genótipo 3435CC (59%) do
que com o genótipo 3435CT (91%). Um dado deste estudo foi a resposta à terapia
antiretroviral de apenas 57% em crianças com o genótipo 3435TT, que os autores
consideraram não avaliáveis devido ao pequeno número de pacientes neste grupo
(n=7) (HULGAN et al., 2003).
Mais recentemente, foi encontrada uma associação entre o genótipo 3435TT
e uma menor probabilidade de falha virológica e de aparecimento de resistência em
doentes tratados com efavirenz (HAAS et al., 2005). Em outros estudos, não
encontraram diferenças na queda da carga viral entre os genótipos do exon 26
42
(3435C>T) e exon 21 (2677G>T) em 31 pacientes no estudo ACTG315 (HASS et al.,
2003). Nasi et al. não encontraram relação entre o polimorfismo 3435C>T e o
aumento da carga viral ou o aumento de CD4 em 3 e 6 meses do inicio do
tratamento antiretroviral (NASI et al., 2003). No estudo de Verstuyft et al. não houve
associação entre os genótipos dos polimorfismos do exon 21 e do exon 26 e a
resposta ao tratamento (VERSTUYFT et al., 2005).
Berruet et al realizaram um estudo para pesquisar a relação entre a atividade
funcional da P-gp e a evolução da infecção pelo HIV, com 185 pacientes com
infecção pelo HIV e concluiu que ocorre uma relação inversa entre a atividade da P-
gp e a carga viral (BERRUET et al., 2005). Na análise multivariada deste estudo, a
atividade de P-gp não está associada com outras variáveis demográficas e
terapêuticas, sugerindo que a P-gp apresentou por si uma atividade inibidora
sobre a replicação viral.
As diferenças entre os dados obtidos in vitro e in vivo têm sido atribuídos à
superexpressão de P-gp. In vitro, a P-gp pode ser expressa mais de mil vezes do
que em células mononucleares do sangue periférico. Bleiber et al. analisaram a
superexpressão dos diferentes genótipos de MDR1 e sua relação com a
permissividade de lulas T CD4+ de 128 doadores de sangue saudáveis para HIV-
1 e o papel que os alelos de MDR1 nos exons 21 e 26 possuem em modificar a
progressão da doença em 411 indivíduos infectados pelo HIV-1. Diferenças
fisiológicas nos níveis de expressão de MDR1 não modificam a infecção de HIV-1 in
vitro, nem os alelos e haplótipos do MDR1 têm significativa influência na
permissividade de infecção in vitro ou na progressão da doença in vivo antes do
início do tratamento (BLEIBER et al., 2004).
Em um estudo realizado por Zhu et al., foi avaliado o efeito dos SNPs na
recuperação da contagem de células CD4 em resposta ao tratamento antiretroviral
43
com inibidores da protease e obtiveram dados estatisticamente significativos que
sugerem fortemente uma associação marginal com o SNP 1236MDR1, mas não dos
2677 e 3435 (ZHU et al., 2004).
Bellusci et al., num estudo de progressão da AIDS em crianças na Argentina,
concluíram que não houve associação entre os genótipos de MDR1 e a transmissão
vertical de HIV-1. No entanto, um efeito protetor contra a progressão para a AIDS
estava associado com os genótipos 3435CT, 1236CT e 1236TT (P<0,005, P=0,024
e P=0,026, respectivamente). Além disso, a análise de pares de haplótipos mostrou
que o 3435CT/1236CT e o 3435CT/1236TT exerceram uma importante proteção
contra a progressão para a AIDS pediátrica (P=0,0025 e P=0,006, respectivamente)
(BELLUSCI et al., 2010).
Embora haja controvérsia quanto à importância biológica dos polimorfismos
de MDR1, a maioria dos relatos concorda que uma associação entre genótipos
específicos ou haplótipos dos polimorfismos dos exons 12, 21 e 26 na
permissividade de infecção pelo HIV-1 sem o seu papel no transporte da droga
(FELLEY et al. 2002; HASS et al., 2003; HASS et al. 2005, BLEIBER et al., 2005;
BELLUSCI et al., 2010).
O presente estudo teve como objetivo realizar um estudo farmacogenético de
associação entre polimorfismos do gene MDR1 de 81 indivíduos HIV-positivo virgem
de tratamento que iniciaram HAART incluindo efavirenz e as respostas virológica e
imunológica observadas.
44
1.2. OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Realizar um estudo farmacogenético para investigar o papel dos
polimorfismos 1236C>T, 2677G>T e 3435C>T do gene MDR1 no tratamento inicial
de indivíduos portadores de HIV-1 incluindo o antiretroviral Efavirenz, relacionando
os genótipos identificados com as respostas virológica e imunológica ao tratamento.
1.2.2 Objetivos Específicos
a) Avaliar a carga viral [número de cópias/ml] e níveis de linfócitos T CD4
positivos [células CD4/mm
3
] no início do tratamento com terapia antiretroviral
incluindo Efavirenz em pacientes HIV positivos e nos três e seis meses após o
início de tratamento
b) Estimar a freqüência genotípica dos SNPs 1236C>T, 2677G>T e 3435C>T do
gene MDR1 dos pacientes HIV positivos.
c) Verificar a associação dos genótipos MDR1 com a carga viral e níveis de
células T CD4+ nos três e seis primeiros meses de tratamento.
45
1.3 HIPÓTESE
Os polimorfismos 1236C>T, 2677G>T e 3435C>T do gene MDR1 influenciam
na resposta terapêutica de indivíduos HIV-positivos, sendo que indivíduos com os
genótipos 1236 TT, 2677 TT e 3435 TT apresentam um aumento das células T CD4
e uma diminuição da carga viral após 3 e 6 meses de tratamento com HAART
incluindo efavirenz no esquema terapêutico.
46
CAPÍTULO 2 - ARTIGO
Periodic – Antiviral Therapy
Title The SNP 3435C>T MDR1 gene is associated with CD4 + cells count in
HIV-positive patients from Brazil.
Jane Dagmar Pollo Renner
1*
, Lia Gonçaves Possuelo
1
, Andréia Rosane de Moura
Valim
1
, Raquel Zagonel
1
, Clarice Sampaio Alho
2
, Virginia Minghelli Schmitt
2*
Address:
1
Departmento de Biologia e Farmácia, Universidade de Santa Cruz
(UNISC), Av. Independência 2293, Santa Cruz do Sul, RS, Brazil.
2
Faculdade de
Farmácia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Av.
Ipiranga, 6681, Pd12, Porto Alegre, RS, Brazil
Email: Jane D. P. Renner* - jane[email protected], Virgínia Minghelli Schmitt
* Corresponding author
Running head: MDR1 SNPs and antiretroviral therapy
Abstract
Objective: In a prospective study of HIV-infected patients, we investigated the
influence of MDR1 genotype for three different polymorphisms (1236C>T, 2677G>T,
3435C>T) on the virological and immunological responses to treatment of naïve
patients initiating a highly active antiretroviral therapy (HAART) with one nucleoside
reverse transcriptase inhibitor (NRTI), zidovudine (AZT), and two non nucleoside
reverse transcriptase inhibitor (NNRTI), efavirenz (EFV) and lamivudine (3TC).
Methods: MDR1 genotype was analyzed in 81 patients attending the Municipal
Center for Serology Assistance (CEMAS) in Santa Cruz do Sul, Brazil, who started
HAART between 2008 and 2010. CD4 cell count and viral load were obtained at
baseline, 12 and 24 weeks post therapy initiation. MDR1 genotypes were determined
polymerase chain reaction followed by analysis of restriction fragment length
polymorphism (PCR-RFLP).
47
Results: Patients with MDR1 3536TT genotype had at 12 and 24 weeks pti a
significantly higher increase in CD4 cell count (343 cells/mm
3
) compared to baseline
than patients with CT (313 cells/mm
3
) and CC (231 cells/mm
3
) genotypes (p<0.001).
No statistically significant difference on CD4 cell count was observed for SNP
1236C>T or 2677G>T. For virological response, based on viral load at 12 and 24
weeks pti compared to baseline, no significant difference was observed for MDR1
tested genotypes.
Conclusion: A significant association was observed between MDR1 3536TT
genotype and increase in CD4+ cell count at 12 and 24 weeks of treatment
compared to baseline. Our data showed that the presence of allele 3435T is
associated with higher CD4+ cell count since baseline. According to our knowledge,
this is the first report in Brazil assessing prospectively CD4 count and viral load in
HIV-1 positive naïve patients. Further studies are needed on MDR1 transporters
polymorphisms, as P-glycoprotein, as well as other enzymes involved in drug
metabolism, to elucidate and improve understanding on the role of pharmacogenetics
on HIV HAART response, targeting optimization of a successful treatment.
Keywords: MDR1 gene, ABCB1 gene, polymorphism, antiretroviral therapy.
BACKGROUND
P-glycoprotein (P-gp), the protein product of Multidrug Resistance (MDR1)
gene, is a 170kD protein first identified in a cancer cell line [1]. P-gp belongs to the
adenosine triphosphate-binding cassette (ABC) super family of membrane
transporters involved in active transport of a wide spectrum of substrates through
lipid bilayers. REF
P-gp is found in the canalicular surface of hepatocytes, on the apical surface
of proximal tubular cells in kidneys, and on the brush border surface of enterocytes
[2].It is also expressed in the epithelium of the brain choroid plexus (which forms the
blood–cerebrospinal fluid barrier), on the luminal surface of blood capillaries of the
brain (blood-brain barrier), besides other tissues known to have blood-tissue barriers,
such as the placenta, the ovaries, and the testes [3]. In addition, P-gp has been
detected in hematopoietic stem cells, peripheral blood mononuclear cells (PBMCs),
mature macrophages, natural killer cells, antigen presenting dentritic cells, and T and
B lymphocytes [4,5].
48
A consequence of its wide distribution and localization, P-gp can influence the
uptake of a drug from gastrointestinal tract, its distribution and elimination by
excretion in urine or bile, as well as its access penetration to the brain or fetus [3].
Some HIV-1 protease inhibitors are P-gp substrates, and therefore P-gp expression
and activity are of high clinical relevance [2- 6].
Oral absorption and tissue penetration of non-nucleoside reverse transcriptase
inhibitor (NNRTI) are affected by the drug transporter P-gp [2]. Polymorphisms in the
MDR1 gene can be associated with differences in P-gp activity and, thus, in drug
disposition. As a consequence, the association between allelic variance of MDR1
gene and NNRTI plasma concentrations was studied with no conclusive results [6-8].
Fellay et al. analyzed the association between Efavirenz (EFV) plasma levels
and allelic variants of MDR1 gene and several other genes. Patients with the MDR1
3435TT genotype 6 months after starting treatment had a greater rise in CD4-cell
count (257 cells/
µL) than patients with the CT (165 cells/µL) and CC (121 cells/µL)
genotype (p=0.0048), and the best recovery of naïve CD4 cells [6]. EFV drug levels
were also significantly lower in patients with CYP2D6 extensive-metabolizer TT
alleles. Although in this study patients with the MDR1TT genotype had also a greater
rise in CD4 cell count, this was not confirmed in subsequent studies [7-11].
Is the first study in Brazil in HIV-1 positive that investigated the influence of
MDR1 polymorphisms on the virological and immunological response the progression
of HIV infection it vivo before the initiation of EFV antiretroviral treatment.
METHODS
Patients
This was a prospective cohort study carried out between March 2008 and
March 2010. A total of 81 HIV-1 infected patients started antiretroviral therapy and
clinically followed at the Municipal Center for Serology Assistance (CEMAS) in Santa
Cruz do Sul, Brazil. Inclusion criteria were adult patients (>18 years) naïve of
treatment with antiretroviral drugs, HAART with two NRTIs plus one NNRTI (namely
EFV), HIV load and CD4 cell count determined 12 and 24 weeks after initiation of
therapy performed in the laboratory accredited on the CEMAS. CD4 and CD8 T-
lymphocyte subpopulation counting was performed by flow cytometry using the
FACSCount system (Becton Dickinson, San Jose, CA, USA). HIV-1 viral load was
49
performed using the NASBA technique (Biomerieux, Marcy l'Etoile, France), no
patient was in use of co-medication characterized as substrate or inhibitor of P-gp.
Treatment was based on current international treatment guidelines [16]. The
study protocol (number 2215/08) was approved by the Ethics Committee of the
University of Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil, and informed written
consent was obtained from all patients.
Exclusion criteria were: presence of clinically
and laboratory confirmed liver chronic disease, results of liver function tests prior to
the beginning of treatment twofold higher than the upper normal limit.
Clinical and epidemiological data, such as age, sex, skin color (selfreported),
alcohol abuse (according to CAGE criteria [17]), and use of another co-medication,
were obtained by application of a standard questionnaire or patient’s medical record
access. Treatment adherence was evaluated by pill counting, frequency of medical
appointment attendance, and information from medical records on regularity of pill
taking.
Genotype analysis
Venous blood (5 mL) was obtained from each participant and DNA extracted
with Wizard Genomic DNA Purification Kit (Promega) according to manufacturer’s
instructions. MDR1 genotypes for polymorphisms (SNPs) 1236C>T (rs1128503),
2677G>T (rs2032582) and 3435C>T (rs1045643) were determined by polymerase
chain reaction followed by analysis of restriction fragment length polymorphism
(PCR-RFLP). PCR conditions, primer sequences, restriction enzymes, and fragment
length analysis were carried out according to Cascorbi et al. [12]. A total of 8 random
samples for each investigated polymorphism were PCR amplified, eletrophoresed on
2% agarose gel, bands were cut and purified according to the DNA GFX purified
band kit (GE Health Care) and sequenced according to the MegaBace protocols to
confirm PCR–RFLP results.
Statistical analysis
Statistical analyses were performed using Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS) v. 12.0 (SPSS, Chicago, IL) and EPIINFO v. 6.04d (Centers for
Disease Control and Prevention, Atlanta, GA). Results are expressed as mean ±
standard deviation (SD) or as absolute value and percentage. Data were analyzed by
Kruskal-Wallis or Mann-Whitney test. Due to the small sample size a nonparametric
50
test was used. A P-value of 0.05 was considered to be significant. The observed
genotypic frequencies were tested for Hardy–Weinberg equilibrium (HWE).
RESULTS
Study population
A total of 81 HIV-infected patients attending CEMAS at Santa Cruz do Sul had
DNA specimens available for analysis. Population characteristics are summarized in
Table 1.
MDR1 polymorphisms
Patients’ DNA was analyzed to identify 1236C>T, 2677G>T>A and 3435C>T
MDR1 variants allele and genotype frequencies of the study population are
presented in Table 2.
Genotypic frequencies MDR SNP 1236 in exon 12 were: 0.64 for 1236 CC,
0.34 for 1236 CT and 0.01 for 1236TT. Allelic frequencies were: 0.815 and 0.185 for
C and T, respectively. Genotypic frequencies did not significantly different from the
expected distribution at HWE due to a higher frequency of 1236 CT with respect to
1236 CC and 1236T T with p=0.5.
Analysis of the 2677G>T polymorphism in exon 21 showed 46 (56.8%)
patients with GG genotype, 23 (28.4%) GT and 12 (14.8%) TT. Allelic frequencies
were 0.71 and 0.29 for C and T, respectively. Genotypic frequencies did not
significantly differ from the expected distribution at HWE, mainly due to a higher
frequency of 2677GG with respect to 2677GT and 2677TT with p= 0.14.
MDR1 SNP 3435 in exon 26 revealed 47 (58.0%) patients with CC genotype,
21 (25.9%) with CT and 13 (16.0%) with TT and allelic frequencies of 0.55 and 0.45
for C and T, respectively. The distribution data of genotyped samples shown in
Genotypic frequencies did not significantly different from the expected distribution at
HWE, mainly due to a higher frequency of 3435CC with respect to 3435CT and
3435TT with p=1.6.
CD4 T cell counts and HIV-1 viral load among patients with MDR1
polymorphisms
Table 3 shows mean values of HIV-1 viral load (VL) count [log copies/ml] at
baseline initiation of therapy and mean values of 12 and 24 weeks after initiation of
51
antiretroviral therapy. There were no significant differences of viral load decline for
any of the SNP genotypes analysed.
Table 4 shows mean values of CD4 cell count at baseline initiation of therapy
and mean values of CD4 cell determined at 12 and 24 weeks after initiation of
therapy. No significant differences were observed among different genotypes for
SNPs 1236 and 2677. However, patients with the MDR1 3435TT genotype had a
significantly higher mean CD4-cell count at 12 and 24 weeks (343 and 533 cell/mm
3
,
respectively) than patients with the CT (313 and 461 cell/mm
3
, respectively) and CC
(231 and 322 cell/mm
3
, respectively) genotypes (p<0.001).
DISCUSSION
The ethnic characterization of our study population showed a vast majority of
European descendents, which was expected once the population of Santa Cruz do
Sul is mainly of German origin, which compromised the analysis of antiretroviral
therapy response association between MDR1 polymorphisms and racial differences
in MDR1 allelic frequencies. Winzer et al. found in 72 HIV-1 infected patients from
Germany, genotypic frequencies for MDR1 3435 SNP of 27.7% of CC genotype,
45.8% of CT and 26.4% of TT [7]. This study has not compared of genotypic
frequencies of 3435 C>T variants the Winzer. Analysis of the 2677 SNP
demonstrated 33.3% patients with GG genotype, 31.9% with GT and 25% with TT.
Studies conducted in Brazil by Scheiner et al. in study genetics polymorphisms in Rio
de Janeiro showed different allelic distribution for MDR1 SNPs 1236 and 3435
compared with our study (SNP 1236C: 0.61 and T: 0.39; 3435C: 0.55 and T: 0.45
respectively) [18].
Recent studies have examined the relationship between polymorphic alleles of
the MDR1 gene and the course of HIV infection [6-11]. Such polymorphisms may
alter the metabolism of antiretroviral medications or influence susceptibility to HIV
infectivity [2]. We have investigated the impact of polymorphisms of the MDR1 genes
on the virological and immunological response of treatment with two NRTIs plus one
NNRTI (namely EFV) of naïve patients.
Regarding viral load, no significant association of MDR1 1236, 2677 or 3435
genotypes with viraemia decay was observed during the first six months of therapy.
Winzer et al analyzed data of 20 naïve patients and Nasi et al. of 46 naïve patients
with identical HAART scheme as in our study and also found no association between
52
the MDR1 genotype at position 3435 and 2677 and plasma viral load decrease
during the first six months of treatment [7,8].
The association of increase in CD4 cells with MDR1 1236 and 2677 genotypes
was not significant, but there was a significant association of CD4 cells increase and
genotype MDR1 3435TT compared with CC and CT at 12 and 24 weeks of
treatment. Our study is consistent with results of Felley et al., which found that
patients with MDR1 3435TT genotype 6 months after starting treatment had a
significant greater rise in CD4 cell count than patients with the CT and CC genotypes
(p>0·0048)[6].
Zhu et al. in a retrospective study found a relationship between the effect of
SNPs on CD4 cell count recovery in response to antiretroviral treatment with PIs, and
obtained a statistically significant evidence that suggested marginal association of
the SNP at MDR1 1236, but not at MDR1 2677 or 3435 [13]. Patient number was 79
(similar to our study), but the class of antiretroviral used for treatment was different,
which possibly explains differences in SNP association.
In a recently published study, Bellusci et al. found a protective effect against
progression to AIDS in children with MDR1 3435CT, 1236CT and 1236TT genotypes
(p<0.005, p=0.024 and p=0.026, respectively)[14]. These results support the notion
that P-gp plays a role in HIV-1 infection independently from its role in drug transport
[14].
The MDR1 3435C>T SNP is a synonymous polymorphism. The TT genotype
may have reduced translation efficiency or may lead to post-translational differences
[16]. It was assumed that the T variant could result in an increase in the penetration
of protease inhibitors on CD4 T cells. Besides changing the intracellular
concentration of drugs, overexpression of P-gp in vitro has been shown to reduce the
susceptibility of CD4 cells to HIV infection affecting viral fusion and possibly its
release [2, 15, 16].
It has been shown that linkage disequilibrium exists between 3435C>T and
2677G>T/A polymorphisms [2]. Therefore, we investigated both SNPs in our study
but analysis of a set of genotypes and haplotypes were not an isolated effect in the
virological or immunological response to treatment of naïve patients (data not
shown).
Our data suggest that the in MDR1 expression appear to have an influence on
HIV-1 infection in vivo. Inclusion in the genotype/haplotype analysis of the exon 12
(1236C>T) and exon 21 (2677G>T) should not alter our overall results and
53
conclusion; however, we conclude that in vivo of the estimated time for CD4+ counts
in 12 and 24 weeks increased significantly in the MDR1 3435TT genotype (p<0.001)
compared with MDR1 3435CC.
CONCLUSIONS
No evidence was found for an association between MDR1 1236C>T and
2677G>T and 3435C>T polymorphisms and virological response to therapy in HIV-
positive drug-naïve patients treated with HAART consisting of two NRTIs and one
NNRTI (namely EFV). However, a significant increase in CD4 count was observed in
3435TT individuals after 12 and 24 weeks of treatment compared to baseline. We
conclude that the MDR1 gene SNP 3435C>T, and not the SNPs 1236C>T and
2677G>T, is associated with recovery of CD4+ cells in HIV-positive patients after 12
and 24 weeks of HAART including Efavirenz . Further studies on additional
polymorphisms, whether associated or not with those analysed in this study, are
needed to elucidate the actual role of pharmacogenetics in HIV therapy.
54
Table 1: Characteristics of studied population
Characteristics
Value
Number of patients, n 81
Sex (female/male), n 48/33
Age (years), [mean (±SD)] 38.49 (± 10.27)
Ethnicity [European descendent / African
descendent]
62/19
IRC, n (%) 1 (1,2)
Liver disease, n (%) 0 (0)
HBV, n (%) 3 (3.7),
HCV, n (%) 5 (6.2)
IDU, n (%) 9 (11.1)
Alcohol, n (%) 8 (9.9)
Body mass index (kg2/cm), [mean (±SD)] 19.46 (± 3.63)
55
Table 2. Allele and genotype frequencies for the 3 studied SNPs of MDR1 gene
Location
Position
Allele
Effect
Frequency
%
Genotype
Frequency
%
MDR1
1236
Exon 12
rs1128503
C Wobble 81.5 CC 64.2
T 18.5 CT 34.6 YES
TT 1.2
MDR1
2677
Exon 21
rs2032582
G 893Ala 71.0 GG 56.8
T 893Ser 29.0 GT 28.4 YES
TT 14.8
MDR1
3435
Exon 26
rs1045643
C Wobble 71.0 CC 58.0
T 29.0 CT 26.0 YES
TT 16.0
HWE: Hardy–Weinberg equilibrium
56
Table 3: Viral load [log copies/ml] at baseline, week 12 and 24 after initiation of antiretroviral therapy with
respect to genotypes of MDR1 1236, 2677 and 3435 SNPs
No. (%)
BASELINE
12 WEEK
24 WEEK
MEAN ± SD
MEAN
± SD
MEAN ± SD
MDR1
1236
81 (100)
CC
52 (64.2)
4.45 ± 1.2
2.20 ± 2.0 0.80 ± 1.0
CT
28 (34.6)
3.58 ± 1.6
2.26 ± 1.4 0.59 ± 0.9
TT
1 (1.2)
4.95
0.00 0.00
TT+CT
29 (36.0)
4.15 ± 1.3
2.18 ±1.5 0.57 ± 0.8
MDR1
2677
81 (100)
GG
46 (56.8)
4.15 ±1.4
2.32 ± 1.8
0.83 ± 1.1
GT
23 (28.4)
4.20 ± 1.4
2.29 ± 1.9
0.71 ± 0.8
TT
12 (14.8)
4.07 ± 1.2
1.54 ± 2.0
0.27 ± 0.7
TT+GT
35 (43.0)
4.16 ± 1.3
2.03 ± 1.9
0.56 ± 0.8
MDR1
3435
81 (100)
CC
47 (58.0)
4.20 ± 1.3
2.36 ± 1.8
0.75 ± 0.9
CT
21 (26.0)
3.96 ± 1.5
1.85 ± 1.8
0.63 ± 1.0
TT
13 (16.0)
4.29 ± 1.2
2.14 ± 2.2
0.74 ± 1.0
TT+CT
34 (42.0)
4.08 ± 1.4
1.96 ± 1.9
0.67 ± 1.0
Statistical analysis was performed with Kruskall-Wallis test for the three genotypes (CC vs CT vs TT)
and Mann-Whitney test for the genotypic group (CC vs CT+TT).
57
Table 4: CD4-cell count [cells/mm
3
] at baseline, week 12 and 24 after initiation of antiretroviral therapy
with respect to genotypes of MDR1 1236, 2677 and 3435 SNPs.
No. (%)
BASELINE
12 WEEKS
24 WEEKS
MEAN ± SD
MEAN ± SD
MEAN ± SD
MDR1
1236
81 (100)
CC
52 (64.2) 138 ± 43.7 267 ± 106.4 401 ± 136.0
CT
28 (34.6) 143 ± 44.0 273 ± 96.3 370 ± 122.1
TT
1 (1.2) 153.0 381.0 492.0
TT+CT
29 (36.0) 143 ± 43.3 277 ± 96.7 375 ± 122.0
MDR1
2677
81 (100)
GG
46 (56.8) 138 ± 44.2
273 ± 95.7
398 ± 132.4
GT
23 (28.4) 146 ± 43.6
274 ± 126.5
395 ± 144.1
TT
12 (14.8) 138 ± 42.0
253 ± 80.9
363 ± 102.5
TT+GT
35 (43.0) 143 ± 42.6
267 ± 112.2
384 ± 130.7
MDR1
3435
81 (100)
CC
47 (58.0) 134 ± 41.6
231 ± 69.5**
322 ± 86.5**
CT
21 (26.0) 148 ± 42.3
313 ± 140.7**
461 ± 113.4**
TT
13 (16.0) 147 ± 51.1
343 ± 61.0**
533 ± 122.5**
TT+CT
34 (42.0) 148 ± 45.1
325 ± 116.5**
489 ± 120.5**
Statistical analysis was performed with Kruskall-Wallis test for the three genotypes (CC vs CT vs TT)
and Mann-Whitney test for the genotypic group (CC vs CT+TT).
**p<0,001
58
References
1- Juliano R.L., Ling V.: A surface glycoprotein modulating drug permeability in
Chinese hamster ovary cell mutants. Biochim. Biophys. Acta, 1976, 455, 152–
162.
2- Marzolini C, Paus E, Buclin T, Kim RB. Polymorphisms in human MDR1(P-
glycoprotein): recent advances and clinical relevance. Clin Pharmacol
Ther.2004 Jan;75(1):13-33. Review.
3- Cianfriglia M, Dupuis ML, Molinari A, Verdoliva A, Costi R, Galluzzo CM,
Andreotti M, Cara A, Di Santo R, Palmisano L. HIV-1 integrase inhibitors
aresubstrates for the multidrug transporter MDR1-P-glycoprotein.
Retrovirology. 2007 Mar 7;4:17.
4- Ambdukar S.V., Dey S., Hrycyna C.A., Ramachandra M., Pastan I.,
Gottesman M.M.: Biochemical, cellular, and pharmacological aspects of the
multidrug transporter. Annu. Rev. Pharmacol. Toxicol. 1999, 39, 361–398.
5- Kim RB. MDR1 single nucleotide polymorphisms: multiplicity of haplotypes
and functional consequences. Pharmacogenetics 2002; 12:425–7.
6- Fellay J., Marzolini C., Meaden E.R., Back D.J., Buclin T., Chave J.P.,
Decosterd L.A., Furrer H., Opravil M., Pantaleo G., Retelska D., Ruiz L.,
Schinkel A.H., Vernazza P., Eap C.B., Telenti A.: Response to antiretroviral
treatment in HIV-1-infected individuals with allelic variants of the multidrug
resistance transporter 1:a pharmacogenetics study. Lancet, 2002, 359, 30–
36.
7- Winzer R, Langmann P, Zilly M, Tollmann F, Schubert J, Klinker H, Weissbrich
B. No influence of the P-glycoprotein polymorphisms MDR1 2677G>T/A and
3435C>T on the virological and immunological response in treatment naïve
HIV-positive patients. Ann Clin Microbiol Antimicrob. 2005 Jan 20;4:3.
8- Nasi M, Borghi V, Pinti M, Bellodi C, Lugli E, Maffei S, Troiano L, Richeldi L,
Mussini C, Esposito R, Cossarizza A. MDR1 3435C>T genetic polymorphism
does not influence the response to antiretroviral therapy in drug-naive HIV-
positive patients. AIDS. 2003 Jul 25;17(11):1696-8.
59
9- Haas DW, Wu H, Li H, Bosch RJ, Lederman MM, Kuritzkes D, Landay A,
Connick E, Benson C, Wilkinson GR, Kessler H, Kim RB. MDR1 gene
polymorphisms and phase 1viral decay during HIV-1 infection: an adult AIDS
Clinical Trials Group study. J Acquir Immune Defic Syndr 2003 Nov
1;34(3):295-8.
10- Haas DW, Smeaton LM, Shafer RW, Robbins GK, Morse GD, Labbe L,
Wilkinson GR, Clifford DB, D'aquila RT, De Gruttola V, Pollard RB, Merigan
TC, Hirsch MS, George Al Jr, Donahue JP, Kim RB Pharmacogenetics of
long-term responses to antiretroviral regimens containing Efavirenz and/or
Nelfinavir: an Adult Aids Clinical Trials Group Study. J Infect Dis 2005 Dec
1;192(11):1931-42.
11- Verstuyft C, Marcellin F, Morand-Joubert L, Launay O, Brendel K, Mentré F,
Peytavin G, Gérard L, Becquemont L, Aboulker JP; ANRS081 Study Group.
bsence of association between MDR1 genetic polymorphisms, indinavir
pharmacokinetics andresponse to highly active antiretroviral therapy. AIDS
2005 Dec2;19(18):2127-31.
12- Cascorbi I, Gerloff T, Johne A, Meisel C, Hoffmeyer S, Schwab M,
Schaeffeler E, Eichelbaum M, Brinkmann U, Roots I. Frequency of single
nucleotide polymorphisms in the P-glycoprotein drug transporter MDR1 gene
in white subjects. Clin Pharmacol Ther 2001 Mar;69(3):169-74.
13- Zhu D, Taguchi-Nakamura H, Goto M, Odawara T, Nakamura T, Yamada H,
Kotaki H, Sugiura W, Iwamoto A, Kitamura Y. Influence of single-nucleotide
polymorphisms in the multidrug resistance-1 gene on the cellular export of
nelfinavir and its clinical implication for highly active antiretroviral therapy.
Antivir Ther 2004 Dec;9(6):929-35.
14- Bellusci CP, Rocco CA, Aulicino PC, Mecikovsky D, Bologna R, Sen L,
Mangano A. MDR1 3435T and 1236T alleles delay disease progression to
pediatric AIDS but have no effect on HIV-1 vertical transmission. AIDS 2010
Mar 27;24(6):833-40.
15- Lee CG, Ramachandra M, Jeang KT, Martin MA, Pastan I, Gottesman MM.
Effect of ABC transporters on HIV-1 infection: inhibition of virus production by
the MDR1 transporter. FASEB J 2000;14:516-22.
60
16- Speck RR, YU XF, Hildreth J, Flexner C. Differential effects of P-glycoprotein
and multidrug resistance protein-1 on productive human immunodeficiency
virus infection. J Infect Dis 2002;186:332-40.
17-
Mayfield D, McLeod G, Hall P (1974) The CAGE questionnaire: validation of a
new alcoholism screening instrument. Am J Psychiatry 131:1121
18- Scheiner MA, Damasceno AM, Maia RC. ABCB1 single nucleotide
polymorphisms in the Brazilian population. Mol Biol Rep. 2010 Jan;37(1):111-
8. Epub 2009 May 13.
61
CAPÍTULO 3
CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO
62
3.1 Considerações Finais
A terapia antiretroviral para infecção pelo HIV está disponível desde a
introdução e aprovação da zidovudina em 1986. Desde lá, aproximadamente 20
fármacos pertencentes a 4 diferentes classes de fármacos estão disponíveis para o
tratamento da infecção pelo HIV (HAMMER et al., 2008).
O uso de uma combinação de fármacos antiretrovirais para fornecer ao
paciente uma terapia mais potente tem impactado na morbidade e mortalidade
associadas à infecção pelo HIV e à AIDS. Entretanto, estudos clínicos tem
aumentando as possibilidades na seleção e gerenciamento dos regimes
antiretrovirais (ART), incluindo a escolha de terapias mais eficazes para evitar a
toxicidade pelos fármacos e o impacto das interações farmacológicas. Apesar da
introdução da genotipagem viral e da combinação de dados farmacocinéticos da
terapia, a investigação de fatores genéticos do hospedeiro que têm grande impacto,
tanto na eficácia quanto na toxicidade dos ART, pode também auxiliar na seleção de
melhores regimes para cada pacientes (FLEXNER, 2007).
É amplamente reconhecido que todas as classes de ART têm múltiplos
efeitos além da supressão da replicação viral e estão associados com muitos efeitos
adversos, alguns dos quais podem ameaçar a vida do paciente. Até recentemente,
entretanto, não estão claros os motivos pelos quais alguns pacientes desenvolvem
toxicidade, enquanto outros, que utilizando esquemas terapêuticos idênticos, não o
fazem. Múltiplos fatores contribuem para este fenômeno, incluindo a adesão à
terapia, outras doenças concomitantes, e interações medicamentosas; apesar
destes fatores, respostas completas ainda não foram observadas quando estes
fatores são controlados. Embora muitas variáveis influenciem na resposta aos ART,
evidências apontam para variações genéticas do hospedeiro, que podem estar
63
fortemente associadas com os diferentes perfis de resposta aos ART (KLIMAS et al.,
2008).
Se considerarmos o problema atual da AIDS em nosso meio e as graves
implicações dos efeitos adversos na condução satisfatória dos casos, se evidência a
necessidade de estudos que abordem não só os possíveis fatores extrínsecos
associados, mas também os fatores genéticos potencialmente relevantes
(FLEXNER, 2008; HAMMER et al., 2008).
Nas últimas décadas, vem se consolidando o conceito de que variações no
genoma humano são determinantes importantes que influenciam na susceptibilidade
a doenças infecciosas, sendo responsáveis pela grande variação interindividual na
resposta imune do hospedeiro após infecções, bem como na resposta a diferentes
fármacos (HASS et al., 2005). A existência de grandes diferenças populacionais,
bem como de pequenas variabilidades intrínsecas ao paciente, é consistente com a
possibilidade de a herança genética ser um determinante na resposta aos fármacos.
Estima-se que fatores genéticos sejam responsáveis por 20 a 95% da variabilidade
na biodisponibilidade e efeitos terapêuticos dos fármacos (EVANS et al., 2003).
Em geral, dois tipos de variantes genéticas são descritas: polimorfismos e
mutações. Mutações são geralmente definidas como alterações no DNA (ácido
desoxirribonucléico) que estão associadas à doença, ocorrendo em raros pacientes
(geralmente em menos de 1%). Polimorfismos, por outro lado, são variações comuns
no DNA que geralmente ocorrem em muito mais de 1% da população estudada
(WEINSHILBOUM, 2003). A maioria dos polimorfismos ocorre em nucleotídeos
individuais, sendo chamados de polimorfismos de um único nucleotídeo (do inglês
Single-Nucleotide Polymorphisms - SNPs). Outros polimorfismos ocorrem como
repetições de dinucleotídeos ou como grandes inserções ou deleções. Alguns
destes polimorfismos ocorrem em regiões codificantes dos genes, que podem ou
64
não mudar o aminoácido codificado, outros ocorrem em regiões não codificantes,
mas podem modular a expressão de genes individuais (WEINSHILBOUM, 2003).
A Glicoproteína P (P-gp) é codificada pelo gene MDR1, que foi
extensivamente estudado em função do fenótipo relacionado a drogas
multirresistentes em certos cânceres. Portanto, uma expressão constitutiva deste
transportador é normal em tecidos como no cérebro, nos túbulos renais, no intestino,
na placenta, nos ovários e nos linfócitos, e tem um importante papel na disposição e
na resposta das drogas (TOZZI, 2010).
A heterogeneidade genética, associada aos SNPs do gene MDR1 tem
recebido significante atenção como um potencial determinante da variabilidade na
disponibilidade e eficácia das drogas (CRESSEY, 2007).
A resposta à terapia antiretroviral tem sido estudada em relação os
polimorfismos do MDR1. A absorção oral e a penetração nos tecidos dos ITRNNs
são afetadas pelo transportador P-gp (CRESSEY, 2007). Fellay et al. encontraram
relação entre a expressão de P-gp em células mononucleares periféricas em
pacientes HIV positivos e a resposta dos linfócitos CD4 ao tratamento. Pacientes
com a variante alélica 3435C>T no exon 26 do gene MDR1 tiveram um significativo
aumento das células CD4 após 6 meses da terapia antiretroviral. Foi levantada a
hipótese de que este benefício associado ao alelo T poderia resultar da aumentada
penetração na célula do antiretroviral e aumentada concentração dentro do linfócito
CD4. Além disso, tem sido demonstrado que o efeito da superexpressão da P-gp in
vitro nas células humanas resulta em redução da suscetibilidade da infecção pelo
HIV por afetar a fusão e possível liberação viral (FELLAY et al., 2002; LEE et al.,
2000; SPECK et al., 2002).
65
O presente estudo incluiu, de forma prospectiva, 81 indivíduos HIV positivos
que faziam tratamento triplo com 2 ITRN e 1 ITRNN, o Efavirenz, no CEMAS de
Santa Cruz do Sul no período de 2008 a 2010.
A construção metodológica deste estudo levou em consideração limitações
existentes e citadas nos estudos revisados, buscando superar algumas das
relatadas na literatura. Porém, persistiram dificuldades associadas à realidade dos
pacientes e das instituições, como o comparecimento dos pacientes para a
realização dos exames nas 12 ou 24 semanas após início do tratamento,
necessidade de modificação da terapia antiretroviral ou associação de novos
medicamentos, ou mesmo questões associadas às técnicas laboratoriais, como
inviabilidade do material genético para análise.
Não foi encontrada relação significativa dos genótipos dos polimorfismos de
MDR1 1236C>T, 2677G>T e 3435C>T com a queda da carga viral em 12 e 24
semanas de tratemento, mas em contrapartida, a contagem de células T CD4+ teve
um aumento significativo associado ao genótipo 3435TT em comparação com o
genótipo 3435CC nas 12 e 24 semanas do tratamento incluindo Efavirenz. Não foi
realizada a análise conjunta dos genótipos e haplótipos uma vez que a literatura
relata que não apresentam efeito isolado no fenótipo. Isto foi visto por estudos que
relacionaram a carga viral e a contagem de células CD4+ nos polimorfismos
2677G>T e 3435C>T e observaram uma associação mais frequente com o genótipo
3435TT, porém não significativa (WINZER et al. 2005, HASS et al., 2005). Felley et
al., em 80 pacientes com infecção pelo HIV sob tratamento com abacavir e
amprenavir ou abacavir, nelfinavir e saquinavir ou amprenavir encontrou um
aumento significativamente maior na contagem de células T CD4+ nos pacientes
com genótipo 3435TT após 3 e 6 meses do início do tratamento, e não houve
diferenças na queda da carga viral entre os genótipos TT, CT e CC (FELLEY et al.,
66
2002). Foi sugerido nesse estudo que o alelo T (variante) poderia resultar emum
aumento na penetração do inibidor de protease nas células T CD4. Além de alterar a
concentração intracelular da droga, a superexpressão da P-gp in vitro demonstrou
reduzir a susceptibilidade de células CD4 à infecção por HIV, afetando a fusão viral e
possivelmente a sua liberação (LEE et al., 2000; SPECK et al., 2002).
A importância dos polimorfismos do gene MDR1 na resposta às drogas
antiretrovirais ainda está pouco claro. O aumento do número de publicações sobre
este tema nos últimos anos só confirma o amplo grau de interesse nessa área.
A resposta individual ao tratamento antiretroviral é um fenômeno complexo
que é influenciado por um grande número de variáveis biológicas. Novos estudos
sobre o papel dos polimorfismos do transportador MDR1 e enzimas envolvidas no
metabolismo de drogas são necessários para elucidar o papel dos efeitos
farmacogenéticos na terapêutica para o HIV.
67
3.2 Conclusão
Os resultados deste estudo permitiram as seguintes conclusões de acordo com seus
objetivos:
O padrão de diminuição da carga viral foi similar para todos os pacientes após
12 e 24 semanas de HAART incluindo Efavirenz. A redução da carga viral em
12 e 24 semanas não se mostrou associada aos genótipos dos polimorfismos
1236C>T, 2677G>T e 3435C>T do gene MDR1.
O padrão do aumento das lulas T CD4+ foi similar para todos os pacientes
após 12 e 24 semanas de HAART incluindo Efavirenz. O aumento no número
de células T CD4+ foi significativamente associado à presença do alelo
3435T, sendo mais elevado nos homozigotos 3435TT, intermediário em
3435CT e menos elevado em 3435CC. O aumento das células T CD4+ após
12 e 24 semanas de HAART incluindo Efavirenz não se mostrou associado
aos genótipos dos polimorfismos 1236C>T e 2677G>T do gene MDR1.
68
REFERÊNCIAS
ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia Celular E Molecular. Editora
Elsevier, Rio de Janeiro, 2008.
AHUJA SK, KULKARNI H, CATANO G, AGAN BK, CAMARGO JF, HE W,
O'CONNELL RJ, MARCONI VC, DELMAR J, ERON J, CLARK RA, FROST S,
MARTIN J, AHUJA SS, DEEKS SG, LITTLE S, RICHMAN D, HECHT FM, DOLAN
MJ. CCL3L1-CCR5 genotype influences durability of immune recovery during
antiretroviral therapy of HIV-1-infected individuals. Nat Med. 2008 Apr;14(4):413-20.
AMBUDKAR SV, KIM IW, SAUNA ZE. The power of the pump: mechanisms of action
of P-glycoprotein (ABCB1). Eur J Pharm Sci. 2006 Apr;27(5):392-400. Epub 2005
Dec 13. Review.
ANDERSEN V, OSTERGAARD M, CHRISTENSEN J, OVERVAD K, TJØNNELAND
A, VOGEL U. Polymorphisms in the xenobiotic transporter Multidrug Resistance 1
(MDR1) and interaction with meat intake in relation to risk of colorectal cancer in a
Danish prospective case-cohort study. BMC Cancer. 2009 Nov 21;9:407.
Balcerczak E, Panczyk M, Piaskowski S, Pasz-Walczak G, Sałagacka A, Mirowski M.
ABCB1/MDR1 gene polymorphisms as a prognostic factor in colorectal cancer. Int J
Colorectal Dis. 2010 Oct;25(10):1167-76. Epub 2010 Jun 9.
BELLUSCI CP, ROCCO CA, AULICINO PC, MECIKOVSKY D, BOLOGNA R, SEN L,
MANGANO A.MDR1 3435T and 1236T alleles delay disease progression to pediatric
AIDS but have no effect on HIV-1 vertical transmission. AIDS. 2010 Mar
27;24(6):833-40.
BERRUET, N., S. SENTENAC, D. AUCHERE, F. GIMENEZ, R. FARINOTTI, AND C.
FERNANDEZ.. Effect of efavirenz on intestinal P-glycoprotein and hepatic p450
function in rats. J. Pharm. Pharm. Sci. 2005; 8:226–234.
BLEIBER G, MAY M, SUÁREZ C, MARTÍNEZ R, MARZOLINI C, EGGER M, et al.
MDR1 genetic polymorphism does not modify either cell permissiveness to HIV-1 or
disease progression before treatment. J Infect Dis. 2004;189:583-6
BÖGER R.H. Drug interactions of the statins and consequences for drug selection.
Int J Clin Pharmacol Ther 2001; 39:369-82.
BONDY B, ZILL P. Pharmacogenetics and psychopharmacology. Curr Opin
Pharmacol. 2004 Feb;4(1):72-8.
BORGES, M. Análise da ocorrência das dislipidemias em pacientes HIV positivos em
uso de terapia antiretroviral atendidos em um centro de referencia em DST/HIV/AIDS
na cidade de Porto Alegre. Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do titulo
de especialista em Farmacologia aplicada ao câncer. ULBRA, 2005.
BRUMME ZL, DONG WW, CHAN KJ, HOGG RS, MONTANER JS,
O’SHAUGHNESSY MV, ET AL. Influence of polymorphisms within the CX3CR1 and
MDR-1 genes on initial antiretroviral therapy response. AIDS. 2003;17:201-8.
69
CASCORBI I, GERLOFF T, JOHNE A, MEISEL C, HOFFMEYER S, SCHWAB M,
SCHAEFFELER E, EICHELBAUM M, BRINKMANN U, ROOTS I. Frequency of
single nucleotide polymorphisms in the P-glycoprotein drug transporter MDR1 gene
in white subjects. Clin Pharmacol Ther. 2001 Mar;69(3):169-74.
CHAN LM, LOWES S, HIRST BH. The ABCs of drug transport in intestine and liver:
efflux proteins limiting drug absorption and bioavailability. Eur J Pharm Sci. 2004
Jan;21(1):25-51. Review.
CHANDLER, B., L. ALMOND, J. FORD, A. OWEN, P. HOGGARD, S. KHOO, AND
D. BACK. The effects of protease inhibitors and nonnucleoside reverse transcriptase
inhibitors on P-glycoprotein expression in peripheral blood Mononuclear cells in vitro.
J. Acquir. Immune. Defic. Syndr. 2003, 3:551–556.
Chen B, Zhang W, Fang J, Jin Z, Li J, Yu Z, Cai W. Influence of the MDR1 haplotype
and CYP3A5 genotypes on cyclosporine blood level in Chinese renal transplant
recipients. Xenobiotica. 2009 Dec;39(12):931-8.
CHEN CJ, CLARK D, UEDA K, PASTAN I, GOTTESMAN MM, RONINSON IB.
Genomic organization of the human multidrug resistance (MDR1) gene and origin of
P-glycoproteins. J Biol Chem. 1990 Jan 5;265(1):506-14.
CHEN S, HUO X, LIN Y, BAN H, LIN Y, LI W, ZHANG B, AU WW, XU X. Association
of MDR1 and ERCC1 polymorphisms with response and toxicity to cisplatin-based
chemotherapy in non-small-cell lung cancer patients. Int J Hyg Environ Health. 2010
Mar;213(2):140-5.
CLUMECK N, VAN LUNZEN J, CHILIADE P, et al. Artemis: efficacy and safety of
lopinavir (BID vs QD) and darunavir (QD) in antiretroviral-naive patients. Presented
at: 11th European AIDS Conference; October 24-27, 2007; Madrid, Spain. Abstract
LBPS7/5.
COOPER D, GATELL J, ROCKSTROH J, et al. Results of BENCHMRK-1, a phase III
study evaluating the efficacy and safety of MK-0518, a novel HIV-1 integrase
inhibitor, in patients with triple-class resistant virus. Presented at: 14th Conference on
Retroviruses and Opportunistic Infections; February 25-28, 2007;Los Angeles, CA.
Abstract 105aLB.
CRESSEY TR, LALLEMANT M. Pharmacogenetics of antiretroviral drugs for the
treatment of HIV-infected patients: an update. Infect Genet Evol. 2007 Mar;7(2):333-
42. Epub 2006 Oct 11.
DIRSON, G., C. FERNANDEZ, P. HINDLET, F. ROUX, M. GERMAN-FATTAL, F.
GIMENEZ, AND R. FARINOTTI. Efavirenz does not interact with the ABCB1
transporter at the blood-brain barrier. Pharm. Res, 2006; 23:1525–1532
EVANS WE, MCLEOD HL. Pharmacogenomics-drug disposition, drug targets, and
side effects. N Engl J Med. 2003 Feb 6;348(6):538-49.
EVANS WE, RELLING MV. Pharmacogenomics: translating functional genomics into
rational therapeutics. Science. 1999 Oct 15;286(5439):487-91.
70
EVANS WE. Pharmacogenomics: marshalling the human genome to individualise
drug therapy. Gut. 2003 May;52 Suppl 2:ii10-8.
FELLAY J., MARZOLINI C., MEADEN E ., BACK D ., BUCLIN T., CHAVE J .,
DECOSTERD L. FURRER L., OPRAVIL M ., PANTALEO G. Response to
antiretroviral treatment in HIV-1-infected individuals with allelic variants of the
multidrug resistance transporter 1: a pharmacogenetics study . The Lancet. 2002
359(9300):30 – 36.
FIEGENBAUM M, DA SILVEIRA FR, VAN DER SAND CR, VAN DER SAND LC,
FERREIRA ME, PIRES RC, HUTZ MH. The role of common variants of ABCB1,
CYP3A4, and CYP3A5 genes in lipid-lowering efficacy and safety of simvastatin
treatment. Clin Pharmacol Ther. 2005 Nov;78(5):551-8.
FLEXNER, C. HIV drug development: the next 25 years. Nat Rev Drug Discov. 2007
Dec;6(12):959-66. Review.
FLEXNER, C. HIV-Protease Inhibitors. N ENGL J. MED. 1998; 388: 1281 – 92
FOJO A, LEBO R, SHIMIZU N, CHIN JE, RONINSON IB, MERLINO GT,
GOTTESMAN MM,PASTAN I. Localization of multidrug resistance-associated DNA
sequences to human chromosome 7. Somat Cell Mol Genet. 1986 Jul;12(4):415-20.
FORD, J., E. R. MEADEN, P. G. HOGGARD, M. DALTON, P. NEWTON, I.
WILLIAMS, S. H. KHOO, AND D. J. BACK. Effect of protease inhibitor-containing
regimens on lymphocyte multidrug resistance transporter expression. J. Antimicrob.
Chemother. 2003;.52:354–358.
FUNG KL, GOTTESMAN MM. A synonymous polymorphism in a common MDR1
(ABCB1) haplotype shapes protein function. Biochim Biophys Acta. 2009
May;1794(5):860-71. Epub 2009 Mar 11. Review.
GABRIEL SB, SCHAFFNER SF, NGUYEN H, MOORE JM, ROY J, BLUMENSTIEL
B, HIGGINS J, DEFELICE M, LOCHNER A, FAGGART M, LIU-CORDERO SN,
ROTIMI C, ADEYEMO A, COOPER R, WARD R, LANDER ES, DALY MJ,
ALTSHULER D. The structure of haplotype blocks in the human genome. Science.
2002 Jun 21;296(5576):2225-9. Epub 2002 May 23.
GOLDSTEIN DB, TATE SK, SISODIYA SM. Pharmacogenetics goes genomic. Nat
Rev Genet. 2003 Dec;4(12):937-47.
GOLDSTEIN DB. Pharmacogenetics in the laboratory and the clinic. N Engl J Med.
2003 Feb 6;348(6):553-6.
GOTO M, MASUDA S, SAITO H, UEMOTO S, KIUCHI T, TANAKA K, et al. C3435T
polymorphism in the MDR1 gene affects the enterocyte expression level of CYP3A4
rather than Pgp in recipients of living-donor liver transplantation.Pharmacogenetics
2002;12:451-7.
GOW JM; HODGES LM, CHINN LW, KROETZ DL. Substrate-dependent effects of
human ABCB1 coding polymorphisms, J. Pharmacol. Exp. Ther. 2008:325 435–442
71
GUIMARÃES MDC, ROCHA GM, CAMPOS LN ET Al. Difficulties reported by hiv-
infected patients using antiretroviral therapy in brazil. Clinics, 2008, 63(2):165-172.
GÜMÜ
Ş-AKAY G, RÜSTEMOĞLU A, KARADAĞ A, SUNGUROĞLU A. Haplotype-
based analysis of MDR1/ABCB1 gene polymorphisms in a Turkish population. DNA
Cell Biol. 2010 Feb;29(2):83-90.
HAAS DW, SMEATON LM, SHAFER RW, ROBBINS GK, MORSE GD, LABBE L,
WILKINSON GR, CLIFFORD DB, D'AQUILA RT, DE GRUTTOLA V, POLLARD RB,
MERIGAN TC, HIRSCH MS, GEORGE AL JR, DONAHUE JP, KIM RB
Pharmacogenetics of long-term responses to antiretroviral regimens containing
Efavirenz and/or Nelfinavir: an Adult Aids Clinical Trials Group Study. J Infect Dis.
2005 Dec 1;192(11):1931-42.
HAAS DW, WU H, LI H, BOSCH RJ, LEDERMAN MM, KURITZKES D, LANDAY A,
CONNICK E, BENSON C, WILKINSON GR, KESSLER H, KIM RB. MDR1 gene
polymorphisms and phase 1viral decay during HIV-1 infection: an adult AIDS Clinical
Trials Group study. J Acquir Immune Defic Syndr. 2003 Nov 1;34(3):295-8..
HAMMER SM, ERON JJ JR, REISS P, SCHOOLEY RT, THOMPSON MA,
WALMSLEY S, CAHN P, FISCHL MA, GATELL JM, HIRSCH MS, JACOBSEN DM,
MONTANER JS, RICHMAN DD, YENI PG, VOLBERDING PA; International AIDS
Society-USA. Antiretroviral Treatment of Adult HIV Infection. 2008 Recommendations
of the International AIDS Society–USA Panel. JAMA. 2008 Aug 6;300(5):555-70
HAUBRICH RH, RIDDLER S, DIRIENZO G, et al. Metabolic outcomes of ACTG
5142: a prospective, randomized, phase III trial of NRTI-, PI-, and NNRTIsparing
regimens for initial treatment of HIV-1 infection. Presented at: 14th Conference on
Retroviruses and Opportunistic Infections; February 25-28, 2007; Los Angeles, CA.
Abstract 38.
HENRÍQUEZ-HERNÁNDEZ LA, MURIAS-ROSALES A, HERNÁNDEZ GONZÁLEZ
A, CABRERA DE LEÓN A, DÍAZ-CHICO BN, MORI DE SANTIAGO M, FERNÁNDEZ
PÉREZ L. Gene polymorphisms in TYMS, MTHFR, p53 and MDR1 as risk factors for
breast cancer: a case-control study. Oncol Rep. 2009 Dec;22(6):1425-33
HITZL M, SCHAEFFELER E, HOCHER B, SLOWINSKI T, HALLE H, EICHELBAUM
M, KAUFMANN P, FRITZ P, FROMM MF, SCHWAB M. Variable expression of P-
glycoprotein in the human placenta and its association with mutations of the
multidrug resistance 1 gene (MDR1, ABCB1). Pharmacogenetics. 2004
May;14(5):309-18.
HOFFMEYER S, BURK O, VON RICHTER O, ARNOLD H, BROCKMOLLER J,
JOHNE A, ET AL. Functional polymorphisms of the human multidrug-resistance
gene: multiple sequence variations and correlation of one allele with P-glycoprotein
expression and activity in vivo. Proc Natl Acad Sci U S A 2000;97:3473-8.
HULGAN T, DONAHUE JP, HAWKINS C, UNUTMAZ D, D’AQUILA RT, RAFFANTI
S,et al. Implications of T-cell P-glycoprotein activity during HIV-1 infection and its
therapy. J Acquir Immune Defic Syndr. 2003;34:119-26.
72
HUNG CC, CHEN CC, LIN CJ, LIOU HH. Functional evaluation of polymorphisms in
the human ABCB1 gene and the impact on clinical responses of antiepileptic drugs.
Pharmacogenet Genomics. 2008 May;18(5):390-402.
ILLMER T, SCHULER U, THIEDE C, SCHWARZ U, KIM R, GOTTHARD S, et al.
MDR1 gene polymorphisms affect therapy outcome in acute myeloid leukemia
patients.Cancer Res 2002;62:4955-62.
JOHNE A, KOPKE K, GERLOFF T, MAI I, RIETBROCK S, MEISEL C, et al.
Modulation of steady-state kinetics of digoxin by haplotypes of the P-glycoprotein
MDR1 gene. Clin Pharmacol Ther 2002;72:584-94.
JULIANO RL, LING V. A surface glycoprotein modulating drug permeability in
Chinese hamster ovary cell mutants. Biochim Biophys Acta 1976;455:152-62.
KERB R. Implications of genetic polymorphisms in drug transporters for
pharmacotherapy. Cancer Lett. 2006 Mar 8;234(1):4-33. Epub 2006 Feb 28. Review.
KERR KM, SAUNA ZE, AMBUDKAR SV. Correlation between steady-state ATP
hydrolysis and vanadate-induced ADP trapping in Human P-glycoprotein. Evidence
for ADP release as the rate-limiting step in the catalytic cycle and its modulation by
substrates. J Biol Chem. 2001 Mar 23;276(12):8657-64. Epub 2000 Dec 19.
KHEDRI A, NEJAT-SHOKOUHI A, SALEK R, ESMAEILI H, MOKHTARIFAR A,
ENTEZARI HERAVI R, TATARI F, BEHRAVAN J, MILADPOUR B, OMIDVAR
TEHRANI S. Association of the colorectal cancer and MDR1 gene polymorphism in
an Iranian population. Mol Biol Rep. 2010 Feb 2.
KIM HJ, HWANG SY, KIM JH, PARK HJ, LEE SG, LEE SW, JOO JC, KIM YK.
Association between Genetic Polymorphism of Multidrug Resistance 1 Gene and
Sasang Constitutions. Evid Based Complement Alternat Med. 2009 Sep;6 Suppl
1:73-80.
KIM R, LEAKE B, CHOO E, DRESSER G, KUBBA S, SCHWARZ U, et al.
Identification of functionally variant MDR1 alleles among European Americans and
African Americans.Clin Pharmacol Ther 2001;70:189-99.
KIMCHI-SARFATY C, OH JM, KIM IW, SAUNA ZE, CALCAGNO AM, AMBUDKAR
SV, GOTTESMAN MM. A "silent" polymorphism in the MDR1 gene changes
substrate specificity. Science. 2007 Jan 26;315(5811):525-8. Epub 2006 Dec 21.
Erratum in: Science. 2007 Nov 30;318(5855):1382-3.
KING R, KLABE RM, REID CD, RRICKSON-VIITANEN S. Potency of Nonnucleoside
Reverse Transcriptase Inhibitors (NNRTIs)used in Combination with Other Human
immunodeficiency Virus NNRTIs, NRTIs, or Protease Inhibitors Antimicrobial Agents
and Chemotherapy. 2002 Jun;46(6):1640–1646.
KIOKA N, TSUBOTA J, KAKEHI Y, KOMANO T, GOTTESMAN MM, PASTAN I, et
al. P-glycoprotein gene (MDR1) cDNA from human adrenal: normal P-glycoprotein
carries Gly185 with an altered pattern of multidrug resistance. Biochem Biophys Res
Commun 1989;162:224
73
KLIMAS N, KONERU AO, FLETCHER MA. Overview of HIV. Psychosom Med. 2008
Jun;70(5):523-30.
KOMAR AA. Silent SNPs: impact on gene function and phenotype.
Pharmacogenomics. 2007 Aug;8(8):1075-80. Review.
LEE CG, RAMACHANDRA M, JEANG KT, MARTIN MA, PASTAN I, GOTTESMAN
MM. Effect of ABC transporters on HIV-1 infection: inhibition of virus production by
the MDR1 transporter. FASEB J 2000;14:516-22.
LEE, C. G., M. M. GOTTESMAN, C. O. CARDARELLI, M. RAMACHANDRA, K. T.
JEANG, S. V. AMBUDKAR, I. PASTAN, AND S. DEY. HIV-1 protease inhibitors are
substrates for the MDR1 multidrug transporter. Biochemistry 1998; 37: 3594–3601.
LEHNINGER, AL; D.I. NELSON; MM. COX. Princípios de Bioquímica. 2º edição, São
Paulo: Sarvier (reimpressão), 2000.
MARFURT J, SMITH TA, HASTINGS IM, MÜLLER I, SIE A, OA O, BAISOR M,
REEDER JC, BECK HP, GENTON B. Plasmodium falciparum resistance to anti-
malarial drugs in Papua New Guinea: evaluation of a community-based approach for
the molecular monitoring of resistance. Malar J. 2010 Jan 7;9:8. .
MARKOWITZ M, MORALES-RAMIREZ JO, NGUYEN BY, et al. Antiretroviral activity,
pharmacokinetics, and tolerability of MK-0518, a novel inhibitor of HIV-1 integrase,
dosed as monotherapy for 10 days in treatment-naive HIV-1-infected individuals. J
Acquir Immune Defic Syndr. 2006;43(5):509-515.
MARKOWITZ M, NGUYEN BY, GOTUZZO E, et al. Rapid and durable antiretroviral
effect of the HIV-1 integrase inhibitor raltegravir as part of combination therapy in
treatment-naive patients with HIV-1 infection: results of a 48-week controlled study. J
AcquirImmune Defic Syndr. 2007;46(2):125-133.
MARZOLINI C, PAUS E, BUCLIN T, KIM RB.Polymorphisms in human MDR1 (P-
glycoprotein): recent advances and clinical relevance. Clin Pharmacol Ther. 2004
Jan;75(1):13-33.
MELCHIOR R, NEMES MIB, ALENCAR TMD et al. Challenges of treatment
adherence by people living with HIV/AIDS in Brazil. Rev. Saúde Pública, 2007,
Dec;41 (suppl.2):87-93.
MENDES-CORRÊA MC, ANDRADE HF JR, TAKAKURA CF, DUARTE MI. Hepatic
Ultrastructural Mitochondrial Changes Prior to Antiretroviral Therapy in
MILLER SA, DYKES DD, POLESKY HF. A simple salting out procedure for extracting
DNA from human nucleated cells. Nucleic Acids Res. 1988 Feb 11;16(3):1215.
MOLINA J, ANDRADE-VILLANUEVA J, ECHEVARRIA J, CHETCHOTISAKD P,
CORRAL J et al. Once-daily atazanavir/ritonavir versus twice-daily lopinavir/ritonavir,
each in combination with tenofovir and emtricitabine, for management of
antiretroviral-naive HIV-1-infected patients: 48 week efficacy and safety results of the
CASTLE study. The Lancet. 2008 372(Issue 9639):646 - 655
74
MONTESSORI V, PRESS N, HARRIS M, AKAGI L, MONTANER JS. Adverse effects
of antiretroviral therapy for HIV infection. CMAJ. 2004 Jan 20;170(2):229-38.
MORIYA Y, NAKAMURA T, HORINOUCHI M, SAKAEDA T, TAMURA T, AOYAMA
N, SHIRAKAWA T, GOTOH A, FUJIMOTO S, MATSUO M, KASUGA M, OKUMURA
K. Effects of polymorphisms of MDR1, MRP1, and MRP2 genes on their mRNA
expression levels in duodenal enterocytes of healthy Japanese subjects. Biol Pharm
Bull. 2002 Oct;25(10):1356-9.
MS - Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e AIDS. Boletim
Epidemiológico, Dezembro 2007.
MS/SVS Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em saúde. Recomendações
para a terapia antiretroviral em adultos e adolescentes infectados pelo HIV, 2007.
Brasília: Coordenação Nacional de DST e AIDS.
MU H, CHAI H, LIN PH, YAO Q, CHEN C. Current update on HIV-associated
vascular disease and endothelial dysfunction. World J Surg. 2007 Apr;31(4):632-43.
NAKAJIMA T, KIMURA A. Genetic factors that confer sensitivity to HAART in HIV-
infected subjects:implication of a benefit of an earlier initiation of HAART.
Pharmacogenomics. 2008 Sep;9(9):1347-51.
NAKAMURA T, SAKAEDA T, HORINOUCHI M, TAMURA T, AOYAMA N,
SHIRAKAWA T, MATSUO M, KASUGA M, OKUMURA K. Effect of the mutation
(C3435T) at exon 26 of the MDR1 gene on expression level of MDR1 messenger
ribonucleic acid in duodenal enterocytes of healthy Japanese subjects. Clin
Pharmacol Ther. 2002 Apr;71(4):297-303.
NASI M, BORGHI V, PINTI M, BELLODI C, LUGLI E, MAFFEI S, et al. MDR1
C3435T genetic polymorphism does not influence the response to antiretroviral
therapy in drug-naive HIV-positive patients. AIDS. 2003;17:1696-8.
NÚÑEZ M. Hepatotoxicity of antiretrovirals: Incidence, mechanisms and
management .Journal of Hepatology . 2006 44:132 – 139.
SAUNA ZE, SMITH MM, MÜLLER M, AMBUDKAR SV. Evidence for the vectorial
nature of drug (substrate)-stimulated ATP hydrolysis by human P-glycoprotein. J Biol
Chem. 2001 Sep 7;276(36):33301-4. Epub 2001 Jul 12.
OUDE ELFERINK RP, DE WAART R. Transporters in the intestine limiting drug and
toxin absorption. J Physiol Biochem. 2007 Mar;63(1):75-81. Review.
OWEN A, GOLDRING C, MORGAN P, CHADWICK D, PARK BK, PIRMOHAMED M.
Relationship between the C3435T and G2677T(A) polymorphisms in the ABCB1
gene and P-glycoprotein expression in human liver. Br J Clin Pharmacol. 2005
Mar;59(3):365-70. PubMed PMID: 15752383;
PANG T. The impact of genomics on global health. Am J Public Health. 2002
Jul;92(7):1077-9.
75
PENZAK SR, KABUYE G, MUGYENYI P, MBAMANYA F, NATARAJAN V, ALFARO
RM, KITYO C, FORMENTINI E, MASUR H. Cytochrome P450 2B6 (CYP2B6) G516T
influences nevirapine plasma concentrations in HIV-infected patients in Uganda. HIV
Med. 2007 Mar;8(2):86-91.
PERALTA G, SÁNCHEZ MB, ECHEVARRÍA S, VALDIZÁN EM, ARMIJO JA. [P-
glycoprotein and human immunodeficiency virus infection]. Enferm Infecc Microbiol
Clin. 2008 Mar;26(3):150-9. Review. Spanish.
RACHID, M; SCHECHTER, M. Manual de HIV e AIDS. edição. Rio de Janeiro:
Revinter, 2001.
REICH DE, CARGILL M, BOLK S, IRELAND J, SABETI PC, RICHTER DJ, LAVERY
T, KOUYOUMJIAN R, FARHADIAN SF, WARD R, LANDER ES. Linkage
disequilibrium in the human genome. Nature. 2001 May 10;411(6834):199-204.
RIDDLER SA, HAUBRICH R, DIRIENZO G et al. A prospective, randomized, phase
III trial of NRTI-, IP-, and NNRTI-sparing regimens for initial tretment of HIV-1
infection: ACTG 5142. XVI International AIIDS Conference. Toronto, canadá, August
2006.
RIDDLER SA, HAUBRICH RH, DIRIENZO AG, et al. Classsparing regimens for initial
treatment of HIV-1 infection. N Engl J Med. 2008;358(20):2095-2106.
SAAG M, IVE P, HEERA J, et al. A multicenter, randomized, double-blind,
comparative trial of a novel CCR5 antagonist, maraviroc versus efavirenz, both in
combination with Combivir (zidovudine [ZDV]/lamivudine [3TC]), for the treatment of
antiretroviral naive subjects infected with R5 HIV-1: week 48 results of the MERIT
study. Presented at: 4th International AIDS Society Conference on HIV
Pathogenesis, Treatment and Prevention; July 22-25, 2007; Sydney, Australia.
Abstract WESS104.
SABAHI Z, SALEK R, HERAVI RE, MOSAFFA F, AVANAKI ZJ, BEHRAVAN J.
Association of gastric cancer incidence with MDR1 gene polymorphism in an ethnic
Iranian population. Indian J Cancer. 2010 Jul-Sep;47(3):317-21.
SAI K, ITODA M, SAITO Y, KUROSE K, KATORI N, KANIWA N, KOMAMURA K,
KOTAKE T, MORISHITA H, TOMOIKE H, KAMAKURA S, KITAKAZE M, TAMURA T,
YAMAMOTO N, KUNITOH H, YAMADA Y, OHE Y, SHIMADA Y, SHIRAO K,
MINAMI H, OHTSU A, YOSHIDA T, SAIJO N, KAMATANI N, OZAWA S, SAWADA J.
Genetic variations and haplotype structures of the ABCB1 gene in a Japanese
population: an expanded haplotype block covering the distal promoter region, and
associated ethnic differences. Ann Hum Genet. 2006 Sep;70(Pt 5):605-22..
SAITOH A, SINGH KK, POWELL CA, FENTON T, FLETCHER CV, BRUNDAGE R,
STARR S, SPECTOR AS. An MDR1-3435 variant is associated with higher plasma
nelfinavir levels and more rapid virologic response in HIV-1 infected children. AIDS.
2005 Mar 4;19(4):371-80.
SAKURAI A, ONISHI Y, HIRANO H, SEIGNEURET M, OBANAYAMA K, KIM G,
LIEW EL,SAKAEDA T, YOSHIURA K, NIIKAWA N, SAKURAI M, ISHIKAWA T.
Quantitative structure--activity relationship analysis and molecular dynamics
76
simulation to functionally validate nonsynonymous polymorphisms of human ABC
transporter ABCB1 (P-glycoprotein/MDR1). Biochemistry. 2007 Jul 3;46(26):7678-93.
Epub 2007 Jun 9.
SCHLECHT HP, SCHELLHORN S, DEZUBE BJ, JACOBSON JM. New approaches
in the treatment of HIV/AIDS - focus on maraviroc and other CCR5 antagonists. Ther
Clin Risk Manag. 2008 Apr;4(2):473-85.
SCHWAB M, EICHELBAUM M, FROMM MF. Genetic polymorphisms of the human
MDR1 drug transporter. Annu Rev Pharmacol Toxicol. 2003;43:285-307.
SHAROM, F.J; YU X.; DOIGE C.A., Functional reconstitution of drug transport and
ATPase activity in proteoliposomes containing partially purified P-glycoprotein, J.
Biol. Chem. 268 (1993) 24197–24202
SIEGSMUND M, BRINKMANN U, SCHÁFFELER E, WEIRICH G, SCHWAB M,
EICHELBAUM M,FRITZ P, BURK O, DECKER J, ALKEN P, ROTHENPIELER U,
KERB R, HOFFMEYER S, BRAUCH H. Association of the P-glycoprotein transporter
MDR1(C3435T) polymorphism with the susceptibility to renal epithelial tumors. J Am
Soc Nephrol. 2002 Jul;13(7):1847-54..
SPECK RR, YU XF, HILDRETH J, FLEXNER C. Differential effects of P-glycoprotein
and multidrug resistance protein-1 on productive human immunodeficiency virus
infection. J Infect Dis 2002;186:332-40.
STEIGBIGEL R, KUMAR P, ERON J, et al. Results of BENCHMRK-2, a phase III
study evaluating the efficacy and safety of MK-0518, a novel HIV-1 integrase
inhibitor, in patients with triple-class resistant virus. Presented at: 14th Conference on
Retroviruses and Opportunistic Infections; February 25-28, 2007; Los Angeles, CA.
Abstract 105bLB.
TAHARA T, SHIBATA T, YAMASHITA H, HIRATA I, ARISAWA T. Influence of MDR1
Polymorphism on H. pylori-Related Chronic Gastritis. Dig Dis Sci. 2010 May 13
TAHERI M, MAHJOUBI F, OMRANIPOUR R. Effect of MDR1 polymorphism on
multidrug resistance expression in breast cancer patients. Genet Mol Res. 2010 Jan
12;9(1):34-40.
TELENTI A. AND ZANGER U. M. Pharmacogenetics of Anti-HIV Drugs. Annu. Rev.
Pharmacol. Toxicol. 2008. 48:227–56
TELENTI A. New developments in laboratory monitoring of HIV-1 infection. Clin
Microbiol Infect. 2002 Mar;8(3):137-43.
TOZZI V. Pharmacogenetics of antiretrovirals. Antiviral Res. 2010 Jan;85(1):190-200.
Epub 2009 Sep 8. Review.
UEDA K, CARDARELLI C, GOTTESMAN MM, PASTAN I. Expression of a full-length
cDNA for the human MDR1gene confers resistance to colchicines, doxorubicin, and
vinblastine. Proc Natl Acad Sci U S A 1987;84:3004-8.
77
URBATSCH IL, GIMI K, WILKE-MOUNTS S, SENIOR AE. Investigation of the role of
glutamine-471 and glutamine-1114 in the two catalytic sites of P-glycoprotein,
Biochemistry 39 (2000) 11921–11927
VAHAB SA, SEN S, RAVINDRAN N, MONY S, MATHEW A, VIJAYAN N, NAYAK G,
BHASKARANAND N, BANERJEE M, SATYAMOORTHY K. Analysis of genotype
and haplotype effects of ABCB1 (MDR1) polymorphisms in the risk of medically
refractory epilepsy in an Indian population. Drug Metab Pharmacokinet.
2009;24(3):255-60. PubMed PMID: 19571437.
VERSTUYFT C, MARCELLIN F, MORAND-JOUBERT L, LAUNAY O, BRENDEL K,
MENTRE F, et al. Absence of association between MDR1 genetic polymorphisms,
indinavir pharmacokinetics and response to highly active antiretroviral therapy. AIDS.
2005;19:2127-31.
WALMSLEY S, RUXRUNGTHAM K, SLIM J, et al. Saquinavir/ r (SQV/r) BiD versus
lopinavir/r (LPV/r) BiD, plus emtricitabine/tenofovir (FTC/TDF) QD as initial therapy in
HIV-1 infected patients: the GEMINI study. Presented at: 11th Conference on
Retroviruses and Opportunistic Infections; October 24-27, 2007; Madrid, Spain.
Abstract PS1/4.
WANG D, JOHNSON AD, PAPP AC, KROETZ DL, SADÉE W. Multidrug resistance
polypeptide 1 (MDR1, ABCB1) variant 3435C>T affects mRNA stability.
Pharmacogenet Genomics. 2005 Oct;15(10):693-704.
WEINSHILBOUM R. Inheritance and drug response. N Engl J Med. 2003 Feb
6;348(6):529-37.
WEISS, J., D. THEILE, N. KETABI-KIYANVASH, H. LINDENMAIER, AND W. E.
HAEFELI.. Inhibition of MRP1/ABCC1, MRP2/ABCC2, and MRP3/ABCC3 by
nucleoside, nucleotide, and non-nucleoside reverse transcriptase inhibitors. Drug
Metab. Dispos. 2007; 35:340–344.
WEISS, J., N. WEIS, N. KETABI-KIYANVASH, C. H. STORCH, AND W. E.
HAEFELI. Comparison of the induction of P-glycoprotein activity by
nucleotide,nucleoside, and non-nucleoside reverse transcriptase inhibitors. Eur. J.
Pharmacol. 2008;579:104–109.
WHO-World Health Organization. Aids Epidemic Updade. UNIAIDS/OMS. Dezembro,
2007. Disponível em: www.uniaids.org acesso em 09/09/08.
WILSON JF, WEALE ME, SMITH AC, GRATRIX F, FLETCHER B, THOMAS MG,
BRADMAN N, GOLDSTEIN DB. Population genetic structure of variable drug
response. Nat Genet. 2001 Nov;29(3):265-9.
WINZER R, LANGMANN P, ZILLY M, TOLLMANN F, SCHUBERT J, et al. No
influence of the P-glycoprotein genotype (MDR1 C3435T) on plasma levels of
lopinavir and efavirenz during antiretroviral treatment. Eur. J. Med. Res. 2003 8:531
34
WYEN C, HENDRA H, VOGEL M, HOFFMANN C, KNECHTEN H, BROCKMEYER
NH, BOGNER JR, ROCKSTROH J, ESSER S, JAEGER H, HARRER T, MAUSS S,
78
VAN LUNZEN J, SKOETZ N, JETTER A, GRONEUER C, FÄTKENHEUER G,
KHOO SH, EGAN D, BACK DJ, OWEN A; German Competence Network for
HIV/AIDS. Impact of CYP2B6 983T>C polymorphism on non-nucleoside reverse
transcriptase inhibitor plasma concentrations in HIV-infected patients. Journal of
Antimicrobial Chemotherapy (2008) 61, 914–918.
ZANGER UM, TURPEINEN M, KLEIN K, SCHWAB M. Functional
pharmacogenetics/genomics of human cytochromes P450 involved in drug
biotransformation. Anal Bioanal Chem. 2008 Aug 10.
ZHU D, TAGUCHI-NAKAMURA H, GOTO M, ODAWARA T, NAKAMURA T,
YAMADA H, KOTAKI H, SUGIURA W, IWAMOTO A, KITAMURA Y. Influence of
single-nucleotide polymorphisms inthe multidrug resistance-1 gene on the cellular
export of nelfinavir and its clinical implication for highly active antiretroviral therapy.
Antivir Ther. 2004Dec;9(6):929-35.
79
APÊNDICE 1:
Numero do prontuário: _________________________ Protocolo Nº _________
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
Titulo do projeto: Análise de polimorfismos presentes no gene MDR e
correlação com a resposta terapêutica em pacientes HIV positivos: um estudo
farmacogenético.
Objetivos e relevância do estudo:
Nem todos os pacientes quando tomam os remédios para o tratamento do
HIV voltam a sentir-se bem e pouco se conhece sobre o porquê isto acontece.
Pouco se sabe também sobre a epidemiologia do HIV em Santa Cruz do Sul. Por
este motivo, o estudo está sendo realizado para avaliar epidemiologicamente a
população em tratamento para HIV em Santa Cruz do Sul e para tentar descobrir se
existe algum fator genético relacionado com as diferenças na resposta terapêutica.
Procedimentos:
Os voluntários que decidiram participar da pesquisa serão entrevistados para
responderem algumas questões relacionadas a sua saúde, seu perfil
socioeconômico, os fatores de risco que estão associados aos adoecimento por
tuberculose, o consumo de bebidas alcoólicas e sintomas atuais. O voluntário será
submetido a coleta de 10 mL de sangue que será realizada na face anterior do
antebraço com agulha e seringa descartáveis na primeira consulta. Uma amostra de
sangue será encaminhada para a realização dos testes genéticos e outra será
encaminhada para os testes de carga viral e contagem de linfócitos T CD4 e CD8.
Local de estudo:
Os procedimentos de coleta de sangue e entrevista serão realizados no
CEMAS no município de santa Cruz de Sul, as análises genéticas serão realizadas
na UNICS e os testes imunológicos e a carga viral serão encaminhadas para
laboratório conveniado ao SUS.
80
Riscos e desconfortos:
Os riscos e desconfortos aos participantes deste estudo são aqueles
associados aos procedimentos descritos acima. A coleta de sangue é de uma
pequena quantidade (10 mL) e por dificilmente causará algum mal estar geral, no
entanto poderá haver dor no local da coleta e eventualmente um pequeno
hematoma.
Desistência na participação de estudo:
A participação de cada indivíduo neste estudo é voluntária, ou seja, quem não
quiser participar do estudo esta livre para fazê-lo sem que haja qualquer perda no
atendimento. Se concordar em participar do estudo e mudar de idéia no decorrer do
mesmo, da mesma forma não sofrerá perdas relacionadas ao atendimento a que
tem direito.
Compensação financeira:
Não haverá nenhum pagamento aos pacientes que concordarem em
participar de pesquisa, bem como os participantes da pesquisa não terão nenhum
custo adicional relacionado aos exames realizados.
Confidencialidade das informações:
Toda a informação que se fornecida pelos participantes do estudo eo
resultados dos exames realizados será considerada confidencial e será somente
conhecida pela equipe envolvida no estudo, isto é, o será permitido o acesso a
terceiros. Todos os questionários e matérias coletados serão identificados através de
um código criado na entrada do estudo, este código será a única identificação
utlizada no banco de dados do estudo. Este banco de dados será utilizado para a
análise dos dados e divulgação dos mesmos no meio científico.
Perguntas e dúvidas relacionadas ao estudo:
Este termo de consentimento explica de forma clara o estudo que está sendo
proposto e convida os indivíduos a participar, no entanto se houver alguma dúvida
estas poder ao ser esclarecidas pela equipe do estudo, através da Msc. Jane
Dagmar Pollo Renner em qualquer momento do estudo pelo telefone 3717-7399.
Autorização para estocagem de material biológico:
81
1. Permito que a minha amostra de sangue seja guardada para ser utilizada em
outra pesquisa, mediante protocolo de pesquisa autorizado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da UNISC, ficando, no entanto livre para solicitar a destruição da mesma, a
qualquer momento, se assim desejar; (sem minha identificação e/ou mantendo
minha privacidade).
( ) Sim, permito.
( ) Não permito que minha amostra seja utilizada em novos estudos.
( ) Desejo que minha amostra seja destruída, após o fim do presente
estudo.
2. Gostaria de ser comunicado de resultados que possam interessar-me
( ) Sim, gostaria.
( ) Não gostaria de ser comunicado de novos resultados.
O significado da assinatura:
A sua assinatura abaixo significa que você entendeu a informação que foi
fornecida sobre o estudo e sobre este termo de consentimento. Se você assinar este
documento significa que você concorda em participar do estudo. Você receberá uma
cópia deste termo de consentimento.
Assinatura do voluntário Data:
Assinatura do entrevistador Data:
Assinatura do coordenador do estudo Data:
82
APÊNDICE 2: Questionário Epidemiológico
Prontuário N°: ______________ Prot ocolo N°_____________
Data da entrevista: __________ Médico:_________________
Nota: Toda a informação será mantida sob estrita confidencialidade. Este
questionário se guardado em arquivos fechados. Seu numero será a única
conexão a informação coletada.
1. Origem (1) hospital (2) ambulatório
2.
Nome:_________________________________________________________
__
3. Endereço:______________________________________________________
__
4. Bairro:_________________________________________________________
__
5. Cidade: (1) Santa Cruz (2)Outra____________Telefone p/ contato
___________
6. Renda familiar (1) Sem renda (2) 1 a 3 salarios mínimos (3) de 3 a 5 (4)
mais de 5
7. Estado civil: (1) acompanhado (2) Não acompanhado (99) IGN
8. Escolaridade: ( )analfabeto ( )_____serie do ____grau (99) IGN
9. Data de nascimento: ___/___/____ Numero de pessoas em
casa____________
10. Gênero: (1) masculino (2) femenino
11. Cor da pele: (1) branca (2) mulata (3) negra (4) amarela (5) parda (6) Outra
(99) IGN
12. Profissão: ___________________________________________ (99) IGN
13. Tabagismo: (1) Sim (2) Não (99) IGN
Cigarros por dia: _____________ (99) IGN
Ex-tabagista: (1) Sim (2) Não (99) IGN
14. Uso de drogas: (1) Sim (2) Não (99) IGN Qual: _____________
15. Hepatopatias:
83
Hepatite B (1) Sim ( 2 ) Não (99)IGN
Hepatite C (1) Sim ( 2 ) Não (99)IGN
Cirrose (1) Sim ( 2 ) Não (99)IGN
16. Uso de corticóides ou imunodepressores (1) Sim (2)Não (99) IGN
17. Uso de anticoncepcional oral: (1) Sim (2) Não (99) IGN
18. Diabetes Mellitos: (1) Sim (2) Não (99) IGN
- uso de insulina? (1) Sim (2) Não (99) IGN
19. Neoplasia maligna: (1) Sim (2) Não (99) IGN
20. Insuficiência renal: (1) Sim (2) Não (99) IGN
21. Desnutrição (IMC<20): (1) Sim (2) Não (99) IGN
Peso:___________Altura:____________IMC________
22. Gravidez: (1) Sim (2) Não (99) IGN
23. Presidiário: (1) Sim (2) Não (99) IGN
24. Alcoolismo (critérios CAGE): (1) Sim (2) Não (99) IGN
A) Qual o tipo de bebida o Sr(a) prefere?
( )cachaça ( ) cerveja ( ) vinho ( )whisky ( )outro ( ) nenhum
Caso o paciente admita o uso de qualquer bebida citada acima, responda as
perguntas, relacionadas com alcoolismo, abaixo:
B) O Sr(a) tem facilidade de fazer amizades? ( 1)
sim (2) Não
C) Alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida? ( 1)
sim (2) Não
D) Alguém critica ou já criticou seu modo de beber? ( 1) sim
(2) Não
E) Costuma beber pela manhã para diminuir o nervosismo ou a ressaca? ( 1)
sim (2) Não
F) Sente-se culpado pela maneira que costuma beber? ( 1)
sim (2) Não
Caso a reposta tenha sido sim para pelo menos 02 questões, assinale
alcoolismo como positivo.
25. Internação hospitalar nos últimos 2 anos: (1) Sim (2) Não (99)IGN
26. Uso de antiretroviral: (1) sim (2) não
84
27. Antiretroviral em uso:__________________________________________
Se em uso, quais os efeitos colaterias:
Dor de cabeça
Insonia
28.Outros medicamentos:_______________________________________
29. CD4/CD8 antes da terapia______________________________________
CD4/CD8 depois de 3 meses______________________________________
CD4/CD8 depois de 6 meses______________________________________
30. Carga viral antes da terapia_____________________________________
Carga viral depois de 3 meses da
terapia_____________________________________
Carga viral depois de 6 meses da
terapia_____________________________________
85
ANEXO 1: Aprovação do Comitê de Ética da UNISC
86
ANEXO 2:
Confirmação da submissão (na pagina seguinte)
87
ANEXO 3:
Normas da revista Antiviral Therapy (na pagina seguinte)
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo