educacional”. Por outro lado, vale lembrar de quando a coordenadora faz referência
aos suportes necessários para responder os problemas colocados no cotidiano da
escola, deve ser compreendido que tem uma dimensão ampla perpassando a
questão sócio-político-econômico-cultural, sobretudo de valorização profissional.
Aprofundando as discussões, trago a fala da Professora Peixe Tucunaré:
Oh, o MEC tem uma boa intenção, mas a ação é que prejudica,
porque ele quer valorizar, só que ele não conhece as realidades das
escolas aonde é desenvolvido esses projetos. Ele se baseia, eu penso,
ele se baseia mais assim, devido às questões que vêm quando as
crianças, as provas, as avaliações que vem pra crianças, eles estão
muito lá no mundo dele, eles esquecem a realidade aqui do norte de
Mato Grosso. Ou outros municípios ainda que seja mais carentes que
o nosso, eles não têm essa visão, conforme a visão que eles têm lá, eles
jogam para todos, não deve ser assim, não analisa a realidade de cada
região, de cada estado, tem uma necessidade cada região dentro de
cada estado as necessidades são diferentes. Ele não vê a realidade do
aluno, ele não vai atrás dessa realidade. A iniciativa é boa, a
intenção é boa, só que as ações é que ficam deficientes. Porque ele não
vai atrás da realidade. Por exemplo, aqui na nossa escola, é uma
escola muito carente, tem uma deficiência na estrutura, de materiais
pedagógicos, os professores são todos capacitados, tem formação, tem
boa vontade, só que falta, e o MEC não vê qual é a realidade. O
nosso Ideb é 4.3, mas pra gente conseguir esse 4.3, eles nunca vieram
aqui saber qual a realidade da nossa escola, como foi que a gente
atingiu esse 4.3, sem ter condições, e o que eu acho mais injusto ainda
que a escola, ele não valoriza, ele tem 4.3, então só vai receber o
recurso aquela que está bem abaixo da média, e não é assim, aí aonde
falha, a intenção é boa, mas a ação não condiz, uma contradiz a
outra. Porque se o MEC conhecesse, [...] a realidade de cada escola,
eu vejo que ele ia valorizar esse 4.3 da Maria Pirovani e investiria
mais que ele saberia assim, o professor conseguiu aquilo porque, na
raça, porque condições, se for analisar as condições, nós não temos,
foi o próprio esforço e suor do educador.
A fala da Professora Peixe Tucunaré da Escola Municipal Maria Pirovani
Riva se aproxima das discussões anteriormente apresentadas. Segundo a
professora, a intenção do MEC é boa, mas a “boa intenção” se perde ao não levar
em consideração as características e especificidades regionais. Outra crítica
esboçada pela professora se estrutura no fato de as avaliações do MEC basearem-
se apenas em dados quantitativos, não levando em consideração a realidade sócio-