to users a system of values, a personality and identity, that may easily go beyond
style (VERGANTI ET AL., 2006, p.157)
.
Ou seja, muitas são as formas de comunicar – e, portanto, perceber – o estágio do
imaginário coletivo, e as características estéticas, que buscam determinar parâmetros de estilo,
apresentam-se como um potencial vínculo de análise, porém, não definitivo. É o significado
que cria relações, vinculando necessidades emocionais e socioculturais. Segundo Augè:
[...] todos los objetos de la vida cotidiana están producidos industrialmente, casi
consigue identificarse con la idea de entorno, si bien, cualquiera que sea la escala en
que se sitúen, dichos objetos están siempre creados desde una misma preocupación
por la forma. A partir de este momento, los objetos se allan sujetos a una triple
obligación, cuya existência hoy en dia todos los analistas del diseño reconocen: una
obligación técnica vinculada a su función, una obligación estética vinculada a los
gustos del público y una obligación cultural (que precisamente define el margen
dentro en cual el creador puede jugar más o menos con los costumbres y tradiciones
que se le suponen al consumidor). A partir de todo lo dicho, se concibe la
possibilidad de que puedan ir sucediéndose diferentes modas, de que a veces lleguen
incluso a sobreponerse. (AUGÈ, 2001, p.103-104).
.
Conforme as argumentações do antropólogo, é a partir da obrigação cultural,
envolvida na projetação de artefatos de design, que podem ser renovadas as linguagens
representativas – sendo essas consideradas, para Augè, como modas, que podem se suceder
ou se sobrepor. Dessa forma, a análise dos objetos materiais relacionados a áreas que visem
articular signos e significados – como arte, música, cinema, arquitetura, literatura, etc. –
permite o entendimento do tipo de convergência que se estabelecerá entre os artefatos
pertencentes a essas estruturas e os artefatos de design de moda. A decomposição dos códigos
constitutivos, portanto, pode levar ao entendimento da mediação simbólica articulada através
dos objetos, possibilitando a identificação do espírito do tempo presente, potencializando a
constituição de enredos, narrativas nominadas como Tendências.
Desse modo, observar e selecionar os signos emergentes é o primeiro passo antes de
analisar. Co-relacionar e identificar o sentido a médio e longo prazo, parte de uma percepção
A tradução de Verganti et. al. é livre, ou seja, da autora: Como muitos designers sabem, a aparência estética de
um produto (seu estilo) é apenas um dos muitos meios de levar mensagens para o consumidor. O que realmente
importa para o usuário, além da funcionalidade, é o valor emocional e simbólico do produto – seu significado. Se
a funcionalidade visa satisfazer as necessidades operacionais dos consumidores, o significado do produto mexe
com suas necessidades emocionais e socioculturais. O significado do produto propõe aos usuários um sistema de
valores, uma personalidade e uma identidade, que facilmente pode ir além do estilo.
A tradução de Augè é livre, ou seja, da autora: [...] todos os objetos cotidianos são produzidos industrialmente,
quase permanece a idéia de identificação com o ambiente, mas seja qual for a escala de transferência, esse
objetos são criados a partir da preocupação com a forma. A partir desse momento, os objetos estão sujeitos a
uma tríplice obrigação cuja existência hoje em dia todos os analistas de design reconhecem: uma obrigação
técnica relacionada a sua função, uma obrigação estética ligada ao gosto do público e uma obrigação cultural
(precisamente definindo a margem dentro da qual o criador pode jogar mais ou menos com os costumes e
tradições que supõe corresponderem ao consumidor). A partir de tudo isso, é possível conceber que podem
sucederem-se diferentes modas, e que as vezes cheguem inclusive a se sobrepor.